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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA XXXXXX- XX RESPOSTA À ACUSAÇÃO AUTOS Nº: XXXXXXX-XX.XXXX.X.XX.XXXX MATEUS, já devidamente qualificado nos autos do processo, vem, por intermédio do seu advogado constituído, conforme instrumento particular de procuração em anexo, muito respeitosamente, à presença de vossa excelência, com fulcro nos artigos 396 e 396-A do Código de Processo Penal, apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos: I - DOS FATOS NARRADOS NA INICIAL Aduz a parte autora que no mês de agosto de 2016, Mateus teria se dirigido a sua casa para assistir a um jogo de futebol, porem como estavam apenas os dois naquele momento, Maísa alega que o mesmo teria a constrangido a manter conjunção carnal sem o seu consentimento, tendo a mesma resultado em uma gestação de Maísa. Apesar dos exames de corpo e delito não terem atestado violência, Maísa alega ter sido vítima, pois é deficiente mental, e que Mateus teria se aproveitado da sua deficiência e dar certa validade ao seu consentimento, diante dos fatos, foi oferecida denúncia contra Mateus sob a alegação dos artigos 217-A (Estupro de vulnerável) c/c 234-A (Crime resultou em gravidez). Em suma, essas são as alegações, que já diante do caso, não merecem prosperar. II - DO DIREITO DA TEMPESTIVIDADE Primeiramente V. Exa., vem informar acerca da tempestividade da resposta à acusação, tendo o mesmo sido citado dia 18/11/2016, sendo o último dia para a resposta o dia 28/11/2016, sendo este o dia do protocolo, PORTANTO, resta comprovado a devida tempestividade do presente ato. DA REALIDADE DOS FATOS É cediço que o caso apresenta uma série de falhas e pontos de interrogação que trazem à tona a real veracidade dos fatos, o que de fato, deixa o caso sem os devidos esclarecimentos para que o magistrado possa de forma justa reconhecer o que é devido. Exa., a realidade dos fatos são bem diferentes do relatado na denúncia, pois Mateus e Maísa mantinham relacionamento estável, já namoravam há algum tempo e era de conhecimento de várias pessoas, inclusive de toda a família de Mateus tinha conhecimento de tal relação, sua vó e sua mãe sabiam de tudo e de todas as relações existentes, existem uma serie de provas em anexo, que comprovam a veracidade desta informação, tal qual não pode ser considerado tais alegações. É necessário que seja esclarecido a questão da “deficiência mental” de Maísa, tendo em vista que ninguém tinha conhecimento dessa informação, fica muito difícil de comprovar tal ato, o que a denunciante traz é a própria versão e depoimentos de outras pessoas alegando a mesma coisa, o que de fato necessita de verificações profissionais para que seja comprovado se o que é dito tem embasamento, pois ao ser denunciado, foi indicado o crime de estupro de vulnerável, artigo 217-A do Código Penal, o que de fato não tem como prosperar pois seria necessária pericia, tanto em Maísa, como em suas testemunhas que validaram tal informação. Outro fato bastante relevante, é a atitude do promotor em oferecer tal denuncia, apesar do crime em questão não depender de representação, isso teria que ser provado de fato, o que inclusive chegou ao conhecimento do denunciado foi que Maísa nem mesmo queria dar ensejo a presente ação, porém o promotor agiu de forma autônoma, o que acaba sendo prejudicial à própria justiça. Ora Exa., com os fatos acima narrados, a não comprovação da deficiência mental da denunciante e da relação de um bom tempo que os dois possuíam, seria o mais correto, aplicar o art. 397, III, Código de Processo Penal, absolvendo o réu: Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art396a Diante disso, o denunciado pugna pela absolvição sumária do réu, por não haver crime constituído por todos os fatos narrados, não tendo comprovada a deficiência mental, não há o que se falar em estupro de vulnerável, muito menos em qualquer crime de estupro, tendo em vista que ambos mantinham relação duradoura que era reconhecida por várias pessoas. III – DOS PEDIDOS Diante de todo o exposto, pede a Vossa Exa.: A) A absolvição sumária do acusado, com fulcro no art. 397, III, CPP, pelo fato não constituir crime; B) Em caso de não absolvição, que seja realizada pericia em Maísa, e suas testemunhas para que seja atestada as condições de saúde mental de todas, para que reste esclarecido tal fato; C) Caso não acatada as teses anteriores, requer a designação de audiência de instrução e julgamento, nos termos dos artigos 399 e 400 do CPP, para que seja comprovada a inocência do acusado; D) A produção de todas as provas em direito admitidas e que se fizerem necessárias; Nestes termos, Pede e espera deferimento, ADVOGADO OAB/XX XX.XXX
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