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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
 
Jason Lemos de Pontes - RA 1904255 
 Pedro Loureiro – RA 1905780 
Reinaldo Borges Moreira – RA 1904064 
Thais Giovana Queiroz – RA 1906785 
 
 
 
 
 
 
O uso do e-book como uma ferramenta tecnológica auxiliar na 
aprendizagem da leitura e interpretação de textos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vídeo do Projeto Integrador 
 
<https://www.youtube.com/watch?v=zkQbBIcjkg4&feature=youtu.be> 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capão Bonito - SP 
 2020 
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O uso do e-book como uma ferramenta tecnológica auxiliar na 
aprendizagem da leitura e interpretação de textos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório Técnico - Cientifico apresentado na 
disciplina de Projeto Integrador II para o curso de 
Licenciatura da Universidade Virtual do Estado 
de São Paulo (UNIVESP). 
 
 Tutor: Natalia Lopes dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capão Bonito - SP 
2020 
PONTES, Jason Lemos de; LOUREIRO, Pedro; QUEIROZ; Thais Giovana, MOREIRA, 
Reinaldo Borges. O uso do e-book como uma ferramenta tecnológica auxiliar na aprendizagem 
da leitura e interpretação de textos. 21f. Relatório Técnico-Científico. Licenciatura II – 
Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Natália Lopes dos Santos. Capão Bonito, 
2020. 
 
RESUMO 
 
O papel do desenvolvimento deste Projeto Integrador II é buscar uma oportunidade de 
aprendizado significativo visando o uso das novas tecnologias e a oportunidade de realizar um 
trabalho diferente e que seja voltado para o aluno do século XXI. A partir das avaliações e 
discussões com a comunidade escolar, a mesma apontou que uma das dificuldades encontradas 
pelo corpo docente é o desenvolvimento do interesse pela leitura e a dificuldade de interpretação 
de textos, interpretação de figuras e a abstração por parte dos alunos. O que propomos com este 
trabalho é a elaboração de um e-book junto aos alunos da comunidade escolar. A ideia é realizar 
um trabalho de desenvolvimento de desenhos, poemas, rimas, textos, histórias junto aos alunos 
e a sua transformação em um e-book. O desenvolvimento do trabalho será pautado na confecção 
dos trabalhos por parte dos alunos e sua verificação pelos docentes da comunidade escolar. 
Após a elaboração de todo material ocorrerá a digitalização, edição e a postagem na internet no 
formato de e-book. Este trabalho pode ser desenvolvido em qualquer situação, seja no dia a dia 
da comunidade escolar ou também em épocas de isolamento social como estamos vivendo 
atualmente. O que muda a princípio é a forma de obtenção das informações e a forma de 
interação com a comunidade escolar. Acreditamos que o e-book seja uma oportunidade de 
aprendizagem e que permitirá ao aluno ser protagonista do seu aprendizado e como 
consequência a diminuição dos problemas apontados pela comunidade escolar. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Projeto Integrador II; e-book; Professores e Ferramentas Tecnológicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PONTES, Jason Lemos de; LOUREIRO, Pedro; QUEIROZ; Thais Giovana, MOREIRA, 
Reinaldo Borges. O uso do e-book como uma ferramenta tecnológica auxiliar na aprendizagem 
da leitura e interpretação de textos. 21f. Relatório Técnico-Científico. Licenciatura II – 
Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Natália Lopes dos Santos. Capão Bonito, 
2020. 
 
ABSTRACT 
 
The role of the development of this Integrator Project II is to seek a meaningful learning 
opportunity aiming at the use of new technologies and the opportunity to carry out a different 
work that is aimed at the 21st century student. Based on the evaluations and discussions with 
the school community, it pointed out that one of the difficulties encountered by the teaching 
staff is the development of interest in reading and the difficulty in interpreting texts, interpreting 
figures and abstraction by students. What we propose with this work is the development of an 
e-book with students from the school community. The idea is to carry out work on the 
development of drawings, poems, rhymes, texts, stories with students and its transformation 
into an e-book. The development of the work will be guided by the preparation of the works by 
the students and their verification by the teachers of the school community. After the 
preparation of all material, scanning, editing and posting on the internet in e-book format will 
take place. This work can be developed in any situation, whether in the daily life of the school 
community or also in times of social isolation as we are currently experiencing. What changes 
at first is how to obtain information and how to interact with the school community. We believe 
that the e-book is a learning opportunity and that it will allow the student to be the protagonist 
of his learning and as a consequence the reduction of the problems pointed out by the school 
community. 
 
KEYWORDS: Integrator Project II; e-book; Teachers and Technological Tools 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................6 
2. DESENVOLVIMENTO.......................................................................................................6 
2.1 Problemas e Objetivos...........................................................................................................6 
2.1.1. Objetivos gerais...................................................................................................... ...........6 
2.1.2. Objetivos específicos.........................................................................................................7 
2.2 Justificativas..........................................................................................................................7 
2.3. Fundamentação Teórica........................................................................................................8 
2.3.1. O protagonismo do professor no uso das ferramentas tecnológicas...................................8 
2.3.2 A formação do professor e as escolas tradicionais no contexto das novas tecnologias e da 
internet.......................................................................................................................................12 
2.4. Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador.................................................15 
2.4.1 Pensamento Computacional.............................................................................................15 
2.4.2. A Aplicação do Pensamento Computacional no ensino básico........................................15 
2.5. Metodologia........................................................................................................................16 
3. RESULTADOS....................................................................................................................17 
3.1. Solução inicial....................................................................................................................17 
3.2 Solução final........................................................................................................................18 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................19 
REFERENCIAS......................................................................................................................21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O Projeto Integrador foi idealizado a partir das dificuldades de leitura e interpretação de 
textos apontadas pela comunidade escolar e as quais propomos introduzir uma nova forma de 
aprender através do uso de uma ferramenta tecnológica aindanão desenvolvida pela 
comunidade escolar que é o e-book. 
Entendemos que esta ferramenta tecnológica pode complementar o trabalho 
desenvolvido pelos docentes e levar a uma efetivação da aprendizagem através de uma 
plataforma mais atrativa e mais significativa ao aluno do século XXI. 
O projeto foi desenvolvido numa escola municipal da cidade de Capão Bonito/SP e 
buscamos através deste Projeto Integrador viabilizar alternativas para o aprendizado 
significativo através da uma ferramenta tecnológica que é o e-book. 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 Problemas e Objetivos 
 
2.1.1. Objetivos gerais 
 
A partir da conversa com o corpo docente e coordenação o grupo percebeu que o 
estímulo a leitura e a interpretação/compreensão de textos seria o principal desafio a ser atingido 
através do Projeto Integrador. 
A leitura é fundamental para uma correta visão de mundo, mas os alunos desta unidade 
escolar apresentam dificuldades neste quesito, ora pela falta de estímulos por parte da família, 
ora pela falta de livros e materiais interessantes aos mesmos, ora pela deficiência de habilidades 
na área escrita. 
Então como viabilizar e tentar amenizar este problema? 
O objetivo deste Projeto Integrador é uma proposta de trabalho utilizando a tecnologia 
como uma ferramenta útil e possível, como complementação ao aprendizado significativo e na 
possibilidade de uma melhora do cenário atual em relação as dificuldades apontadas pela 
comunidade escolar e a sua respectiva melhora a partir de novas oportunidades como a 
elaboração do e-book. 
 
 6 
7 
 
Esta ferramenta permite uma ampla participação da comunidade escolar na resolução 
do problema apontado por todos e ao qual o Projeto Integrador busca respostas. 
 
2.1.2. Objetivos específicos 
 
No intuito de atingirmos os objetivos deste Projeto Integrador II buscamos: 
* Conhecer as principais dificuldades encontradas pelo corpo docente para levar ao 
aluno o encantamento pela leitura e sua importância no seu dia a dia; 
* Identificar os principais gêneros textuais mais solicitados pelos alunos e como estes 
podem ser utilizados na elaboração do e-book; 
* Descobrir formas de viabilizar o acesso de todos os alunos, professores e comunidade 
escolar ao e-book; 
* Traçar um cronograma de ações e seus respectivos responsáveis na elaboração do e-
book; 
* Analisar a viabilidade do projeto em função do isolamento social; 
* Avaliar o desenvolvimento do interesse pela leitura e a melhora da compreensão e 
interpretação de textos pelos alunos; 
 
2.2 Justificativas 
 
A comunidade escolar desenvolve vários projetos em parceria com a comunidade local 
entre os mais diversos temas, como: Inclusão das Famílias no Âmbito Escolar (convidando as 
famílias estarem presentes no dia a dia dos filhos), Políticas Alimentares (Ensinando aproveitar 
melhores os alimentos e diminuir os desperdícios), Projetos Culturais (Organização de aulas 
musicais, cantos, danças, semanas culturais), Projetos Sociais (Debate sobre politicais sociais, 
desafios das barreias sócios-econômicas etc.), dentre outros. 
Porém a busca pelo aprendizado significativo e como levá-lo ao aluno é constante em 
qualquer comunidade escolar e na tentativa de se adequar as demandas de alunos antenados e 
plugados neste mundo tão digital, surge a necessidade de se adequar a esta nova realidade 
através do uso de ferramentas tecnológicas. 
As ferramentas tecnológicas permitem diversas possibilidades de aprendizado, mas 
temos que nos adequar a realidade e condições de cada contexto, não adianta pensarmos no uso 
destas tecnologias, sem que elas possam ser realmente viabilizadas nesta comunidade escolar. 
8 
 
Neste novo contexto, a comunidade escolar busca se adequar à nova realidade e 
desenvolver novas políticas didáticas-pedagógicas para o âmbito escolar, o que corrobora de 
certa forma com a proposta de nosso Projeto Integrador. 
Nosso Projeto Integrador busca uma possível solução para toda essa nova realidade. 
Sabemos que a leitura é fundamental para um desenvolvimento pleno em todas as áreas de 
atuação. Sem o domínio desta habilidade, o aluno não consegue desenvolver plenamente todo 
o seu potencial humano, seja para as relações com a sociedade, mercado de trabalho, família e 
seu dia a dia. 
Nossa ideia é desenvolver junto da comunidade escolar um e-book, pois através das 
conversas, nos foi apresentada uma grande deficiência e dificuldade dos alunos adquirem a 
habilidade da leitura e a correta escrita. 
A proposta é montar um projeto junto à Comunidade Escolar sobre a elaboração de 
cartas, poemas, rimas e histórias idealizados e confeccionados pelos alunos e ao final desta 
criação, organizar todo o material num e-book. 
Ao término da elaboração do e-book este material ficaria à disposição de todos os 
alunos, pais, responsáveis e comunidade escolar. 
Para que seja viável este projeto é fundamental criar um ambiente agradável e propício 
para que as crianças possam elaborar estes materiais em suas residências ou na própria escola, 
fazendo com que os alunos se sintam importantes, peças fundamentais neste projeto. 
O uso da tecnologia permite esta nova visão de aprendizado, pois eles se sentirão 
orgulhosos de verem seus trabalhos expostos na rede mundial e possível de ser acessado por 
quaisquer familiares independentemente do local onde se encontram e sem custos. 
Mas como viabilizar o projeto? 
Ao final da elaboração destes textos, rimas, poemas, dentre outras classes e gêneros 
desenvolvidos pelos alunos, todo o material será corrigido pelos professores, formatado e 
finalizado e a partir da obtenção deste material acontecerá a digitalização e a elaboração do e-
book através das diversas ferramentas disponíveis na internet, tais como Canva e sites de 
domínio como o Google Sites. 
 
2.3. Fundamentação Teórica 
 
2.3.1. O protagonismo do professor no uso das ferramentas tecnológicas 
9 
 
A partir do que foi relatado acima, e com o objetivo de abordar o tema do uso 
educacional de Ferramenta Web 2.0, apresentar-se-á alguns autores que tratam do tema, dentro 
de um contexto de educação formal pós-moderna condizente com alunos imersos na 
cibercultura: os chamados de “geração digital’ ou mesmo “geração Youtube”. Na educação 
escolar atual, as escolas necessitam de professores capacitados, formados e motivados a 
encararem os desafios de mudanças no processo de ensino-aprendizagem, com o uso de 
ferramentas digitais. 
A partir do conceito de Web 2.0 (que surge para transformar a Internet enquanto 
plataforma, e ainda, no estabelecimento de regras para se obter o sucesso nesta nova plataforma) 
passa a ser um meio de utilização da rede global de forma colaborativa, novo conceito onde o 
conhecimento é compartilhado de forma coletiva e descentralizada da autoridade do professor, 
com maior liberdade dos usuários para utilizarem e reeditarem as informações, onde os 
professores devem reforçar o ato educativo com novas linguagens e novos comportamentos 
Coutinho; Bottentuit (2007) por meio de uma experiência pedagógica com demais 
professores, explicita que com a utilização de diversas ferramentas da Web 2.0 a formação de 
um futuro professor é enriquecida a tal ponto de encorajá-los a incorporar estas novas 
ferramentas e transformar suas práticas a nível pessoal e profissional. 
Surge um espaço de integração entre seus usuários, ou seja, como ensina Coutinho; 
Bottentuit (2007, p.200) “é um meio de utilização da rede global de forma colaborativa onde o 
conhecimento é compartilhado de forma coletiva e descentralizada de autoridade, com 
liberdade para utilizar e reeditar”. 
As novas tecnologias da informação e comunicação, que cada vez mais impactam a 
sociedade contemporânea, chegam à escola onde têm que conviver com velhos currículos e 
métodos tradicionais de ensino, onde o professor fala e os alunos escutam. A escola está sendo 
desafiada a repensar seu currículo,de forma a integrar o computador e tecnologias associadas, 
como a Internet, nos processos de aprendizagem. 
 
Assim, um desafio que se coloca hoje para a escola é compreender essas 
transformações advindas do ciberespaço, que reconfiguram as identidades juvenis 
contemporâneas quanto aos processos de socialização e que, de uma maneira ou de 
outra, terminam por se manifestar nos diferentes espaços e tempos escolares. 
(CARRANO, 2012, p. 75). 
 
Nessa nova realidade escolar e de mudanças socioculturais cabe ao educador repensar 
sua prática educacional diante de um aluno de “última geração” que, como os sites, está 
permanentemente “em construção”. 
10 
 
Para Buarque (2008), neste século, o professor será o centro do processo pedagógico, 
contudo de forma diferente, operando as ferramentas existentes para um ensino de qualidade. 
Ele completa alertando que a revolução tecnológica e a mudanças educacionais 
interligadas criaram um novo profissional, por isso, o mais importante desafio da educação 
contemporânea é formar o professor. Mais ainda: é inventar um novo tipo de professor. 
 
Educar no século XXI exige que trabalhemos a partir de múltiplas linguagens (oral, 
escrita, visual, musical etc.) e formar leitores e autores em um mundo digital implica 
na necessidade de educar a partir da multiplicidade de linguagens e multialfabetismos. 
A escola deve incorporar essa cultura da imagem [...], deve recuperar essas outras 
formas culturais e trabalhá-las desde dentro. Não podemos continuar ignorando, 
rechaçando ou desprezando essas outras culturas e essas outras linguagens com as 
quais a infância e a adolescência chegam às escolas. (RAMOS, 2009, p. 118 apud 
ALONSO, 2009). 
 
Em suma, entende-se que as escolas podem e devem utilizar em seu planejamento e 
grade curricular, algumas horas para educação digital para educar quanto ao uso ético e legal 
dos meios digitais. 
É preciso, além de uma ação educacional, monitorar a utilização das ferramentas 
disponibilizadas pela escola para seus alunos, bem como implementar um sistema de bloqueio 
a sites indevidos e distribuição de uma cartilha com dicas para uma boa navegação. Vê-se assim 
que os currículos, contratos didáticos, planejamentos anuais e Projetos Políticos Pedagógicos 
ganham nova “interface”, mas dinâmica e mais atualizada de acordo com uma educação formal 
que vise manter o aluno em constante estímulo de aprendizado, mesmo fora da sala de aula. 
Coutinho (2007) aponta que os professores envolvidos com as TIC possuem intenção 
clara de integrarem-na em suas futuras práticas educativas, assim sendo, em sua formação 
inicial, deve-lhes ser proporcionado o acesso às ferramentas necessárias e o contato com 
experiências pedagógicas que envolvem as TIC. 
Desse modo, se entende que os alunos desses professores que estão em processo de 
capacitação que envolva TIC também devem ser submetidos ao uso e o “abuso” da utilização 
dessas ferramentas para assim comprovar, como defende Coutinho (2007) que as ferramentas 
da Web 2.0 promovem a reflexão crítica e estimulam a criação de novas ideias, promovem 
também o trabalho cooperativo e colaborativo e, principalmente, a partilha do conhecimento. 
Valente (2002) aborda o tema do papel do computador no processo ensino-
aprendizagem apresentando três grandes aplicações do computador na educação, procurando 
mostrar e discutir o que essa tecnologia pode oferecer como meio para representar e construir 
11 
 
novos conhecimentos, para buscar e acessar informação e para se comunicar com outras 
pessoas, ou estabelecer relações de cooperação na resolução de problemas. 
Essas aplicações dependem tão somente da existência de softwares específicos e do fato 
de o computador estar ao alcance de todos e ligado na internet, isto é, rompe-se aquele modelo 
tradicional do professor-sala de aula-aluno naqueles minutos que representam uma hora/aula. 
Embora a formação dos professores e o acesso à utilização das ferramentas da Web 2.0 
demandem planejamento, o que o autor defende é a possibilidade livre para que tanto o corpo 
docente, como o discente da escola, se utilizem das ferramentas da Web 2.0, assim, reforça 
Valente (2002, p. 30) que “não existe uma hora predeterminada ou mesmo um currículo a ser 
cumprido para que essas aplicações sejam exercitadas e praticadas”. 
A existência por si só dos computadores ligados à internet não garantirá a utilização das 
ferramentas da Web 2.0 com objetivo pedagógico por parte dos alunos, Valente (2002) 
esclarece que a formação do professor deverá ser uma espiral crescente de aprendizagem que 
salvaguarde a ele a garantia de adquirir ao mesmo tempo competências técnicas e pedagógicas. 
Neste estudo, ao se defender a existência de computadores, utilização de ferramentas da 
Web 2.0, o uso do celular, demais aplicativos no dia-a-dia e leitura de e-books, durante o ensino 
remoto e incorporado às práticas dos professores, em momento algum tem escopo de tornar 
obsoleto a participação do educador no processo de ensino-aprendizagem pós-moderno. 
Pelo contrário, o que se prioriza é que a preparação do professor é imprescindível para 
que a educação efetivamente dê o salto de qualidade que todos anseiam, condizentes com a 
realidade de um mundo que cada vez mais sofre consequências da globalização e do uso das 
Tecnologias da Informação e Comunicação. 
Isto significa que a educação formal deixe e ser baseada na transmissão da informação 
feita pelo professor, para incorporar também aspectos da construção do conhecimento pelo 
aluno, com ferramentas como o blog, promovendo outras maneiras de ensinar e aprender. 
Segundo Morin (2001) para reformar o pensamento é preciso reformar o ensino e vice 
versa, de mesmo modo que não há falar do todo sem parte, como o inverso também é 
inadmissível, visto que o ser humano precisa saber enfrentar as incertezas da condição humana, 
adquirindo aptidões capazes de organizar o conhecimento e desfragmentar os saberes. 
E como dito, o grande desafio atual que é a utilização de diversas ferramentas da Web 
2.0 seja uma realidade e que permita um ensino mais dinâmico e interativo, um espaço formal 
de educação mais acolhedor em que se pode aprender de um modo inovador. 
 
12 
 
2.3.2 A formação do professor e as escolas tradicionais no contexto das novas tecnologias 
e da internet 
 
As formas de comunicação evoluem conforme o avanço da tecnologia. Se outrora enviar 
cartas era comum, perante o uso das ferramentas da Web 2.0 essa prática se tornou praticamente 
obsoleta, diante de plataformas de interação que fazem parte do cotidiano da maioria dos alunos. 
A participação e formação continuada dos professores se faz imprescindível. 
 
O surgimento da cibercultura tornou o tempo de juventude mais complexo, fazendo 
com que o jovem seja incessantemente demandado a realizar escolhas em quadros 
bastante amplos de referências. Isso redefine o papel educativo, que passa não apenas 
pela transmissão de conhecimentos, mas também pela mediação para que os alunos 
sejam sujeitos de escolhas conscientes sobre si mesmos e em sua relação com mundo, 
um mundo que está ao alcance dos dedos (no mouse ou diretamente na tela). 
(CARRANO, 2012, p. 78). 
 
Para Buarque (2008) são cincos os desafios que a formação do professor encara nos dias 
atuais: 
1 – Os novos equipamentos; 
2 – A dinâmica do conhecimento; 
3 – A presença da mídia; 
4 – A ausência da família; 
5 – O conhecimento precoce e a priori dos alunos. 
Nossa civilização e, por conseguinte nosso ensino, privilegiam a separação em 
detrimento da ligação e a análise em detrimento da síntese. Esse subdesenvolvimento da ligação 
e da síntese é um empecilho para o progresso da educação, e a sua solução se encontra na 
contextualização e globalização dos saberes. 
Tal solução deriva-se de um pensamento ecologizante, no sentido que situa todo 
acontecimento, informação ou conhecimento em relação dereciprocidade com seu meio 
ambiente, ou seja, como bem prescrevera Morin (2001): "considero impossível conhecer as 
partes sem conhecer o todo, assim como conhecer o todo sem conhecer, particularmente, as 
partes". 
A partir do que foi discutido até o momento, pode-se entender que vivemos um novo 
momento educacional, de um lado a “parafernália eletrônica”, de outro, a ausência de formação 
dos professores que não possuem as competências e as habilidades para fazer utilização das 
ferramentas e do imenso volume de informações disponíveis. 
13 
 
A partir daí, o desenvolvimento da aptidão para contextualizar e globalizar os saberes 
torna-se um imperativo da educação (MORIN, 2001). 
Carrano (2012) salienta que a tarefa de educar na educação formal está permeada de 
múltiplas conexões, saberes e sensibilidades virtuais, e, portanto, é na mediação executada pelo 
educador que a relação educativa na escola pode reconstituir vínculos de aprendizagem, saberes 
e afetos com seus alunos imersos nas redes. 
É justamente nessa perspectiva que Marinho (2006) debate sobre a sincronização das 
novas tecnologias e o velho currículo, onde essas novas tecnologias da informação e 
comunicação, que cada vez mais impactam a sociedade contemporânea, chegam à escola onde 
têm que conviver com o método tradicional de ensino, pautado no uso do quadro-negro, do giz 
de cera e do apagador. E a escola se encontra desafiada a repensar seu currículo, de forma a 
integrar o computador e tecnologias associadas, como a Internet, nos processos de 
aprendizagem. 
Já fora mencionado no presente estudo a ideia de que educação se prende ao tempo 
histórico e social do passado, de outro tipo de sociedade, estipulado pela forma arcaica de ensino 
não condizente com uma escola do século XXI e que, por isso, vai contra a linearidade e fluxo 
contínuo da informação dentro de uma concepção de educação moderna e tecnológica. 
Não seria arriscado afirmar que as práticas pedagógicas que ainda prevalecem na escola, 
que pode ser denominada de tradicional, sejam aquelas guiadas por um currículo como um 
conjunto de disciplinas, e cujos programas de ensino devem ser cumpridos num determinado 
tempo (MARINHO, 2006). 
Garcia (2009) discute acerca de aspectos em sua multiplicidade, relacionados ao 
cotidiano de utilização das tecnologias e mídias a serviço do currículo e da pesquisa no processo 
formativo de alunos e professores. Diante desse currículo, outrora mencionado, estanque na 
realidade desses alunos e professores, a inserção de uma nova conduta e de novos espaços de 
interação e colaboração nem sempre são bem-vindos. 
A busca de melhores ferramentas para subsidiar o trabalho pedagógico tem contribuído 
significativamente na qualidade do atendimento e no ensino-aprendizagem das escolas em 
diferentes países. 
Os jovens possuem uma nova linguagem, graças aos recursos da Web 2.0, e se utilizam 
desse recurso para constituírem uma identidade coletiva, ou mesmo, a formação de uma 
personalidade, e esse conhecimento prévio acerca dessas tecnologias e seu entendimento de 
“ser-no-mundo”, é levado, inerentemente, para dentro do espaço da educação formal, assim o 
14 
 
educador comprometido com um ensino de qualidade não pode se omitir e se enganar, se 
pautando apenas em currículos arcaicos e obsoletos. 
Os alunos, em sua maioria dotados de uma “cabeça-bem-feita” e que “pensam certo” se 
utilizam de novas linguagens e novas formas de comunicação, por isso a importância da 
preocupação com a formação contínua do educador. 
Um profissional da educação atualizado salvaguarda e garante um ensino de qualidade 
e a aprendizagem com significados, capazes de alcançar o pleno desenvolvimento dos 
indivíduos envolvidos no processo educacional. 
O grande desafio, então é, conceber a formação e pensá-la como “continuum”, uma vez 
que os professores reelaboram os saberes iniciais em confronto com suas experiências práticas 
condizentes com um mundo cada vez mais tecnológico, cotidianamente vivenciada no contexto 
educativo, num processo de autoformação. 
A escola, por sua vez, não pode isolar os alunos do mundo em que vivem, no entanto, 
torna-se cada vez mais claro que o professor precisa entender as especificidades das ferramentas 
ofertadas pela Web 2.0 e saiba usá-las adequadamente como recursos pedagógicos. 
 
Então, o que temos que entender e perceber é que as tecnologias nos possibilitam fazer 
de vários espaços, virtuais ou não, ambientes que podem propiciar aprendizagem e 
prover desenvolvimento intelectual, mesmo que, sob nossa ótica, fujam do modelo 
tradicional. Mas, afinal, não é isso que buscamos? Sair do modelo tradicional para 
o inovador, criativo, colaborativo (RIBEIRO, 2009, p. 9, grifo nosso). 
 
Por fim, afirma-se que é preciso preparar o professor para que esteja apto a levar seus 
conhecimentos para sala de aula e preparar o aluno para o novo modelo de sociedade que nos 
apresenta. 
A questão preocupante é que a maioria ainda não está preparada para uma atuação com 
esta. É preciso que estejam dispostos a aprender e que sua formação seja revista pelos 
responsáveis. É preciso preparar todos os atores que são envolvidos com educação para a 
otimização da aprendizagem, mediante ferramentas disponíveis pela Web 2.0. 
Entendemos que ferramentas como a Web 2.0 podem nos auxiliar de forma significativa 
nesta nova realidade, ou seja, levar o conhecimento ao aluno do século XXI de forma prática, 
simples e fácil, mas entendemos também que muitas destas ferramentas não estão disponíveis 
atualmente na comunidade escolar objeto deste Projeto Integrador e visando o uso da tecnologia 
adequada a realidade desta comunidade, entendemos que o e-book, como uma das ferramentas 
tecnológicas seria a mais adequada para o contexto a que estamos desenvolvendo nosso 
trabalho. 
15 
 
2.4. Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador 
 
2.4.1 Pensamento Computacional 
 
A disciplina comum aos alunos deste grupo no desenvolvimento do Projeto Integrador 
e que será explicitada neste trabalho é o Pensamento Computacional. 
A Computação é uma ciência: possui fundamentos e princípios organizando de forma 
sistemática parte do conhecimento da humanidade e explica uma parte (abstrata) do mundo real: 
os processos de informação, mas também é uma ciência do artificial porque ela pode ser usada 
para investigar problemas e construir soluções, portanto, não somente explicação, como 
também ferramentas para transformar o mundo e as comunidades escolares globais (SBC, 
2017). 
De acordo com SBC (2017) sendo a computação uma área altamente inovadora e 
tecnológica, os princípios da Computação são os mesmos há décadas, pois os conceitos 
fundamentais da Computação permitirão que estudantes compreendam de forma mais completa 
o mundo e tenham, consequentemente, maior autonomia, flexibilidade, resiliência, proatividade 
e criatividade. 
 
2.4.2. A Aplicação do Pensamento Computacional no ensino básico 
 
Nos Anos Iniciais devem ser trabalhados conceitos relacionados às estruturas abstratas 
necessárias à resolução de problemas no eixo de Pensamento Computacional e o aluno tome 
consciência do processo de resolução de problemas e nesta etapa, os alunos já são expostos à 
noção básica de algoritmos quando, por exemplo, ensinam-se as operações aritméticas básicas 
(SBC, 2017). 
Segundo SBC (2017) devem dominar as principais operações para a construção de 
algoritmos (composição sequencial, seleção e repetição) e ter noções de técnicas de 
decomposição de problemas. Além disso, espera-se que os estudantes reconheçam a 
necessidade de classificar objetos em conjuntos, cujos elementos podem ser atômicos (como 
números, palavras, valores-verdade) ou estruturados (como registros, listas e gráficos), sendo 
capazes de trabalhar com elementos. 
O importante que o Pensamento Computacional seja trabalhado (pelo menos 
inicialmente) de forma desplugada(sem o uso de computadores) nos Anos Iniciais (SBC, 2017). 
16 
 
De acordo com SBC (2017) nos Anos Finais, espera-se que os estudantes sejam capazes 
de selecionar e utilizar modelos e representações adequadas para descrever informações e 
processos, bem como dominem as principais técnicas para construir soluções algorítmicas. 
Além disso, devem conseguir descrever as soluções, de forma que máquinas possam 
executar partes ou todo o algoritmo proposto; construir modelos computacionais de sistemas 
complexos e analisar criticamente os problemas e suas soluções. Nesta etapa, deve ser adquirido 
também um entendimento de como informações podem ser armazenadas, protegidas e 
transmitidas, e da estrutura e funcionamento da internet, permitindo que o aluno tenha plena 
compreensão dos dados (SBC, 2017). 
Em suma o papel do pensamento computacional está relacionado ao desenvolvimento 
de novas tecnologias didáticas pedagógicas no âmbito escolar e priorizar maximizar os estudos 
e desenvolvimentos da aprendizagem dos alunos. 
 
2.5 Metodologia 
 
Descrevemos neste item o passo a passo para desenvolvimento do Projeto Integrador II: 
* Levantamento e aquisição de materiais bibliográficos sobre a relação da aprendizagem 
a partir do uso de e-books nas mais diversas áreas do conhecimento; 
* Conversas com docentes da comunidade escolar e levantamento das principais 
dificuldades dos alunos na leitura e interpretação de textos; 
* Conversas com docentes da área da Pedagogia, Letras e Matemática sobre a 
importância das ferramentas tecnológicas e do uso de um e-book como complementação do 
aprendizado de linguagens e como forma de tornar atrativa ao aluno o interesse pela leitura; 
* Levantamento de artigos científicos disponíveis sobre o assunto nos sites da Sociedade 
Brasileira de Pedagogia, Sociedade Brasileira de Matemática e Sociedade Brasileira de Letras; 
* Levantamento bibliográfico e de artigos científicos serão feitos em livros, artigos 
científicos e pesquisas em sites somente na língua portuguesa; 
* Uso da ferramenta Brainstorm no desenvolvimento das soluções e ideias na 
estruturação do e-book; 
* O levantamento dos dados ocorrerá numa escola pública municipal na cidade de 
Capão Bonito; 
* A interação com a comunidade escolar acontecerá através do uso de ferramentas 
como WhatsApp, e-mail e aplicativos de vídeo chamada; 
17 
 
* A coleta dos dados será feita através do desenvolvimento de textos, rimas, poemas e 
desenhos com um grupo de 30 alunos da escola; 
* Digitalização dos materiais; 
* Conversas quinzenais com a comunidade escolar sobre o desenvolvimento do e-
book; 
* Busca de ferramentas para elaboração do e-book; 
* Busca de domínios sem custos para disponibilização do e-book; 
* Busca de ferramentas para design gráfico do e-book; 
* Disponibilização do e-book para alunos, professores e comunidade para 
considerações iniciais; 
* Disponibilização do e-book para alunos, professores e comunidade para 
considerações finais; 
* Entrega do e-book a comunidade escolar e entrega do relatório final do Projeto 
Integrador. 
 
3. RESULTADOS 
 
Neste capítulo, resguardadas as limitações de aplicabilidade do Projeto Integrador, 
considerando a pandemia do Coronavírus, apresentamos os Resultados do referido trabalho, 
dividido entre Solução Inicial (o que os integrantes do grupo executaram para se chegar até 
aqui), bem como, a Solução Final (o que alcançaríamos, ou pelo menos, tentaríamos, ao 
desenvolver o Projeto Integrador com os alunos envolvidos). 
 
3.1. Solução inicial 
 
Como já reiterado, devido ao isolamento social necessário causado pela doença Covid-
19, o grupo não pôde fazer reuniões presenciais, assim optou por reuniões virtuais, e mediante 
o “brainstorming” cada integrante do grupo, imaginou quais os pontos facilitadores e 
dificultadores se o Projeto Integrador viesse a ser executado na prática. 
Assim entendemos como Pontos Dificultadores ao início: 
Elaborar um “mapa” de localização das casas dos alunos daquela comunidade escolar, 
em específico; 
https://www.google.com/search?sxsrf=ALeKk01eFyUU1nFb-FVOujw24hIPZ6nlRg:1605033880428&q=brainstorming&spell=1&sa=X&ved=2ahUKEwjJ_q2S0fjsAhUVGbkGHX5AAdcQkeECKAB6BAgfEC4
18 
 
(1) Levantar junto à escola, os números dos telefones dos pais dos alunos e apresentar 
a ideia central do Projeto Integrador juntamente com o aval da Professora; 
(2) Montar um grupo no aplicativo WhatsApp para facilitar o contato com estes pais; 
(3) Solicitar o envio das fotos dos textos elaborados pelos alunos; 
(4) Garantir visitas às casas das famílias, cujos pais não possuem acesso à internet, 
aproveitando desde já caronas da própria Secretaria da Educação ao fazer entregas dos materiais 
escolares, visitas estas, já existente neste período de ensino remoto. 
Ressalta-se que neste primeiro momento, não haveria nenhum contato com os alunos 
e pais, devido justamente à pandemia do Coronavírus, o prévio contato necessário seria com o 
Secretário de Escola ou outro membro da Direção Escolar, para levantar os números dos 
telefones dos pais dos alunos dos alunos, e mesmo assim, respeitando-se as regras de medidas 
de higienizações sanitárias: uso de máscara descartáveis, álcool em gel e 1 aluno apenas 
visitando a escola. 
No que tange aos Pontos Facilitadores da Solução Inicial pretendida na aplicabilidade 
do Projeto Integrador estariam: 
(1) Haja vista a pandemia, o ensino remoto trouxe a quebra de uma rotina escolar, 
assim, o referido Projeto Integrado visando a construção de um e-book pelos próprios alunos, 
resgataria essa característica de ritmo escolar, exigindo maior comprometimento dos alunos, 
dados os prazos que seriam colocados por nós; 
(2) Estímulo ao comportamento leitor e escritor aos alunos, mesmo, e principalmente, 
no período de ensino remoto; 
(3) Atividade extracurricular, considerando que os alunos desde já devem ser educados 
para as atividades rotineiras necessárias para avaliação, e, mesmo assim, criar um espirito de 
pesquisador científico nestes alunos, em linhas gerais, tornar o ensino mais prazeroso e 
agradável 
(4) Fazer o uso de TICs para que os alunos compreendam que o aparelho celular não 
é só para jogos e diversão; 
(5) Estimular a participação dos pais na vida escolar dos filhos; 
(6) Apresentar o EAD para os pais destes alunos e indiretamente incentivá-los a 
cursarem o Ensino Superior, seja durante uma pandemia ou fora dela, é possível continuar e 
concluir seus estudos. 
 
 
19 
 
3.2. Solução final 
 
Entende-se que superados os desafios iniciais, e obviamente, considerando que haveria 
empecilhos como a não participação de todos os alunos, muitas vezes, pelo desinteresse mesmo, 
teríamos como Solução Final, garantir que os alunos envolvidos aprimorassem o 
comportamento leitor e escritor dos mesmo, pois o intuito, após a digitalização dos e-books 
seria a troca entre todos os envolvidos e uma ampla discussão do Professor Titular da sala de 
aula sobre os temas abordados, sobre os erros gramaticais e mesmo, a análise dos vídeos dos 
alunos lendo o e-book criado pelo outro alunos, e individualmente, o Professor fazer as 
correções de leitura quanto às pausas, ênfase na pontuações e tom de voz da leitura. 
A luta contra o analfabetismo, e em especial, contra o analfabetismo funcional, deve 
ocorrer dia a dia e continuamente, por todos, qualquer estratégia é bem-vinda para mudarmos a 
realidade de nosso país. 
 
A taxa de analfabetismo no Brasil passou de 6,8%, em 2018, para 6,6%, em 2019, 
de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 
Contínua Educação, divulgada hoje (15). Apesar da queda, que representa cerca de 
200 mil pessoas, o Brasil tem ainda 11 milhões de analfabetos. São pessoas de 15 
anos ou mais que, pelos critérios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE), não são capazes de ler e escrever nem ao menos um bilhete simples 
(TOKARNIA,2020, grifo nosso). 
 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O referido Projeto Integrador II, do 2ª Semestre de 2020, sob nossa responsabilidade 
possui o tema “O uso do e-book como uma ferramenta tecnológica auxiliar na aprendizagem 
da leitura e interpretação de textos”. É cediço o momento sensível em que todos estamos 
submetidos de isolamento social, devido ao Coronavírus, logo o presente Projeto Integrador II 
é dotado de certas peculiaridades. 
Destaca-se que, após o Brainstorming, via reuniões virtuais, os membros do grupo, 
desde o início, definiram como objetivo deste Projeto Integrador seria abordar uma proposta de 
trabalho utilizando a tecnologia como uma ferramenta útil e possível, como complementação 
ao aprendizado significativo e na possibilidade de uma melhora do cenário atual em relação às 
dificuldades apontadas pela comunidade escolar e a sua respectiva melhora a partir de novas 
oportunidades como a elaboração do e-book. 
20 
 
A questão do Ensino à Distância, ou mais popularmente adotado em nosso município, 
de “ensino remoto”, trouxe à tona questões advindas da rejeição de TICs, ciberespaço ou Web 
2.0 por parte de alguns educadores. Todavia a necessidade de reinvenção exigiu que professores 
fossem criativos, originais e aderissem às tecnologias para garantir um mínimo de educação de 
qualidade entre seus alunos. 
Eis que deste modo, a ideia de criação de um e-book a ser criado com base em textos e 
imagens criados pelos alunos garantiriam maior dedicação e domínio, tanto da escrita, quanto 
da leitura por parte dos alunos. A tecnologia em si, estaria intimamente ligada às ações do grupo 
responsável do Projeto Integrador II, considerando a necessidade de colher dados dos pais, 
contatá-los via aplicativo de celular, manter contato com os pais em relação às etapas das 
atividades, buscar os trabalhos na casa dos alunos, digitalizá-los e encaminhá-los de volta aos 
alunos via aplicativo de celular. 
Ressalta-se como dito, que a maneira de escrita se encontra no modo subjuntivo, dada a 
peculiaridade do momento, no qual não se aplicou o Projeto Integrador II, mas sim imaginou-
se como seria, e, intentou-se apresentar as hipóteses variáveis e soluções para o problema. Num 
momento tão delicado seria impossível alcançar a práxis na elaboração deste Projeto Integrador 
II. 
Acredita-se, salvo melhor juízo, que nosso trabalho garantiria que os alunos envolvidos 
aprimorassem o comportamento leitor e escritor dos mesmos, pois o intuito, após a digitalização 
dos e-books, também seria a troca entre todos os envolvidos e uma ampla discussão do 
Professor Titular da sala de aula sobre os temas abordados, sobre os erros gramaticais e mesmo, 
a análise dos vídeos dos alunos lendo o e-book criado pelo outro aluno, e individualmente, o 
Professor fazer as correções de leitura quanto às pausas, ênfase na pontuações e tom de voz da 
leitura. A luta contra o analfabetismo, e em especial, contra o analfabetismo funcional, deve 
ocorrer dia a dia e continuamente, por todos, qualquer estratégia é bem-vinda para mudarmos a 
realidade de nosso país. 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
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