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SUMÁRIO 
 
1. Ação de Investigação de Paternidade 
2. Investigação de Paternidade Cumulada com Pedido de Alimentos 
3. Investigação de Paternidade com Negativa de Filiação, Fixação de Alimentos e 
Retificação de Registro de Menor 
4. Ação Negatória de Paternidade - Fato Novo após Registro 
5. Pedido de Exame de DNA Gratuito 
6. Pedido de Novo Exame de DNA 
7. Ação Negatória de Paternidade 
8. Ação de anulação de casamento 
9. Ação de investigação de paternidade 
10. Ação negatória de paternidade 
11. Ação de divórcio consensual 
12. Conversão de separação judicial em divórcio 
13. Escritura pública de divórcio em conformidade com a EC/66 
14. Ação de separação judicial cumulada com pedido de fixação liminar de alimentos 
15. Ação de tutela 
16. Ação de tutela em favor de menor órfão 
17. Pedido de separação de corpos 
18. Ação de reconhecimento e dissolução de união estável 
19. Ação declaratória de união estável 
20. Guarda e posse provisória dos filhos 
21. Pedido de guarda (modelo 1) 
22. Pedido de guarda (modelo 2) 
23. Pedido de guarda (modelo 3) 
24. Ação de modificação de guarda 
25. Investigação de paternidade com negativa de filiação, fixação de alimentos e 
retificação de registro de menor 
26. Investigação de paternidade cumulada com pedido de alimentos 
27. Pedido de Alimentos 
28. Ação de Execução de Alimentos (Modelo 1) 
29. Ação de Execução de Alimentos (Modelo 2) 
30. Ação de exoneração de alimentos 
31. Ação de Exoneração de Alimentos - Contestação 
32. Ação Revisional de Alimentos 
 
 
33. Ação de Alimentos Gravídicos 
34. Ação de adoção de menor 
35. Adoção plena (modelo 1) 
36. Adoção Plena (modelo 2) 
37. Ação de Adoção C/C Destituição de Poder Familiar 
38. Ação de Suspensão do Poder Familiar c/c Pedido de Tutela de urgência 
39. Interdição Plena Cumulada com Pedido de Suprimento Judicial 
40. Pedido de Curatela 
41. Pedido da Curatela dos Interditos 
42. Ação de Interdição e Curatela Provisória 
43. Ação de Curatela - Acidente Vascular Cerebral 
44. Ação de Remoção do Curador 
45. Ação de Petição de Herança (Modelo 1) 
46. Ação de Petição de Herança (Modelo 2) 
47. Cessão de Direitos Hereditários 
48. Pedido de Abertura de Testamento 
49. Pedido de Registro e Aprovação de Testamento 
50. Pedido de abertura e registro de testamento 
51. Ação de Nulidade de Testamento (Modelo 1) 
52. Ação de Nulidade de Testamento (Modelo 2) 
53. Apresentação de Testamento feito por Instrumento Público 
54. Ação de Arrolamento Sumário 
55. Inventário pelo Rito de Arrolamento com Cessão de Direitos Hereditários 
56. Inventário e Partilha - Abertura de Inventário - Arrolamento 
57. Inventário e Partilha - Anulação de Partilha 
58. Modelo de escritura pública de inventário (Modelo 1) 
59. Modelo de escritura pública de inventário (Modelo 2) 
60. Modelo de escritura pública de inventário (Modelo 3) 
61. Escritura Pública de Procuração para Inventário/Arrolamento 
62. Ação de Exigir Contas - Inventariante 
63. Remoção do Inventariante 
64. Esboço de Partilha 
65. Modelo de Petição de Sobrepartilha 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
1. Ação de Investigação de Paternidade 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____VARA DE 
FAMÍLIA DA COMARCA DE ________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
___________ (qualificação), portador da Cédula de Identidade/RG nº...., residente e 
domiciliado na Rua ________, nº ___, por meio de seus procuradores infra firmados, 
com escritório na Rua ________, nº ___, vem mui respeitosamente à presença de 
Vossa Excelência propor 
 
AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE 
 
com fundamento no art. 319 do Código de Processo Civil cumulado com a Lei nº 
8.560/92, contra.... (qualificação), com endereço comercial na Rua.... nº...., ou 
Rua.... nº...., em...., Estado do...., pelas razões de fato e fundamentos de direito que 
passa a expor: 
 
 
I - DOS FATOS 
 
A mãe do requerente, moça simples, de poucas posses, trabalhou no Hospital.... 
desde o ano de.... até.... (carteira de trabalho em anexo). Porém, em meados de.... 
de...., internou-se, no referido hospital, o senhor...., pai do investigado. A partir de tal 
fato,.... (o investigado) e seu irmão...., tornaram-se presenças constantes no local. 
 
Desde então, os encontros que se davam nos corredores do hospital, de forma 
meramente casuais, tornaram-se frequentes e propositais. O investigado e seu 
irmão começaram a abordar.... e sua amiga...., respectivamente. 
 
As moças de origem humilde, deixaram-se envolver pelos rapazes ricos que as 
cortejavam. Então, os encontros começaram a acontecer na casa de um amigo em 
comum, no Edifício...., e até mesmo na residência do investigado, um apartamento 
localizado em cima da loja...., quando da ausência de sua mulher. 
 
O namoro, que durou vários meses, tornou-se sério e consequentemente íntimo, 
sendo que à época deste coincide com a da concepção do autor. Durante o romance 
a mãe do requerente teve uma conduta de total fidelidade para com seu 
companheiro. Entretanto, quando soube da gravidez, o investigado terminou o 
relacionamento, abruptamente, sem dar qualquer satisfação. 
 
 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
Após o rompimento a mãe do Requerente se viu totalmente desamparada, com a 
responsabilidade de criar o filho sozinha. Dedicando-se exclusivamente para tal, a 
mãe do Requerente não veio a se casar devido ao trauma causado pelo abandono. 
 
 
Deve-se ressaltar que a paternidade do Autor nunca foi escondida do investigado. 
Porém, a mãe do Requerente apenas não procurou os direitos de seu filho antes por 
ser humilde e, porque teve medo de represálias, uma vez que fora ameaçada em 
todas as oportunidades que reivindicou a paternidade do investigado. 
 
 
II - DA LEGITIMIDADE 
 
O Requerente é parte legítima para pleitear seu direito imprescritível de ser 
reconhecido como filho, pois o art. 363 do Código Civil reza: 
 
"Os filhos ilegítimos de pessoas que não caibam no art. 183, têm direito à ação 
contra os pais ou seus herdeiros para demandar o reconhecimento da filiação: 
 
I - se ao mesmo tempo da concepção a mãe estava concubinada com o pretendido 
pai; 
 
II - Se a concepção do filho reclamante coincidiu com o rapto da mãe pelo suposto 
pai, ou suas relações sexuais com ela." 
 
 
Cabe salientar que com o advento da Constituição de 1988 em seu artigo 227, 
parágrafo 6º, revoga a primeira parte do artigo 363, igualando os filhos concebidos 
dentro ou fora do casamento, eliminando a figura do filho ilegítimo. 
 
Portanto, pode-se seguramente dizer que a mãe do autor viveu em concubinato com 
o investigado, uma vez que pela Súmula 382 do Supremo Tribunal Federal "a vida 
em comum sob o mesmo teto, more uxório não é indispensável à caracterização do 
concubinato." 
 
Finalmente, a jurisprudência tem admitido que até mesmo o indivíduo nascido de 
uma relação ocasional de seus pais é legitimado a propor tal ação. 
 
 
III - DO DIREITO 
 
Todo filho tem direito de ter sua paternidade reconhecida, seja ela por meios 
voluntários ou por sentença. 
 
E provando-se o relacionamento sexual entre a mãe do autor e o investigado em 
época coincidente com a da concepção do proponente, como o acontecido, sendo 
essa pessoa de conduta irrepreensível, como é a Sra....., uma enfermeira que criou 
seu filho sozinha sem ajuda, em uma época onde não era comum tal atitude, eaté 
mesmo discriminada pela sociedade, o Requerente tem o direito de ter sua 
paternidade reconhecida. 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
 
Por tais fundamentos, presume-se verdadeira a alegação de paternidade, posição 
que vem sendo adotada pela jurisprudência: 
 
"Provados o relacionamento sexual, o romance do investigado com a mãe do 
investigante, a coincidência das relações sexuais com a concepção e a fidelidade da 
companheira, procede a ação de investigação de paternidade. - A recusa do réu em 
investigação de paternidade de se submeter a exame hematológico leva à 
presunção dos fatos alegados e há uma sanção para esta conduta incivil do réu, 
qual seja a de presumir-se verdadeira a imputação de sua paternidade." (ac. 
unânime do TJMG, 3ª Câmara Cível, na Ap. 88469/3, j. 30.04.92- relator Des. Hugo 
Bengtsson.) 
 
 
IV - DO PEDIDO 
 
Ex positis, com fulcro nos dispositivos legais retro invocados e nos arts. 319 e 
seguintes do CPC, requer: 
 
- digne-se Vossa Excelência receber e autuar a presente Ação, bem como seja citar 
devidamente o Requerido para que, querendo, ofereça Contestação, sob pena de 
revelia; 
 
- seja julgada PROCEDENTE a presente Ação, declarando-se que o réu é realmente 
genitor do Requerente, com a consequente inscrição no Cartório de Registro Civil 
competente; 
 
- protesta-se por todas as provas em direito admitidas, especialmente, o depoimento 
pessoal das partes sob pena de confissão; 
 
- a realização dos exames necessários, genéticos, de sangue e outros das partes, 
provas estas indispensáveis para a obtenção de uma resposta segura; 
 
- a oitiva de testemunhas a serem arroladas oportunamente, condenando o réu ao 
pagamento das custas processuais e honorários advocatícios a serem arbitrados por 
Vossa Excelência; 
 
- e, finalmente, o benefício da Justiça Gratuita, de acordo com a Lei nº 1.060/50. 
 
Dá-se à causa, somente para efeitos fiscais, o valor de R$.... (....). 
 
 
Termos em que, 
Pede Deferimento. 
 
Local e data. 
 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
2. Investigação de Paternidade Cumulada com Pedido de Alimentos 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DE FAMÍLIA DA 
COMARCA DE_______________ 
 
 
 
 
 
 
 
M.A.O.G., absolutamente incapaz, nascida em..., neste ato representada legalmente 
por sua genitora, Srª. A.M.O.G., brasileira, solteira, Técnica de Enfermagem, 
portadora da cédula de identidade RG nº. X.XXX.XXX SSP/PE, registrada no 
CPF/MF sob o nº. XXX.XXX.XXX-XX, residentes e domiciliadas à Rua..., 325, aptº. 
410, bairro do..., nesta cidade, CEP..., por seu procurador, signatário in fine, 
constituído na forma do Instrumento Público de Procuração apenso (fls....), vem 
respeitosamente à honrosa presença de Vossa Excelência, com fundamentos na Lei 
nº 5.478/1968, promover a presente 
 
INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE CUMULADA COM PEDIDO DE ALIMENTOS 
 
em face de L.A.A.M.F., brasileiro, casado, Contador, portador dos documentos de 
identidade RG nº. X.XXX.XXX SSP/PE e CPF/MF nº. XXX.XXX.XXX-XX, residente e 
domiciliado à Avenida..., 1210, aptº. 302, bairro de..., nesta Cidade, CEP..., que 
deverá seguir o procedimento especial, assim sendo pelas razões de fato e de 
direito a seguir expostas e ao final requer: 
 
 
PRELIMINARMENTE 
 
Com sustentação no art. 189, inciso II do Código de Processo Civil e principalmente 
o disposto nos art. 5º, inciso LX de nossa Carta Magna, requer-se que a presente 
demanda seja processada em segredo de justiça. 
 
 
I - DOS FATOS 
 
A representante legal da requerente conheceu o demandado há seis anos em uma 
pizzaria onde se encontravam ele, acompanhado de amigos, e ela, também 
acompanhada por um grupo de colegas de escola. Por iniciativa do Requerido e 
sabendo que a jovem contava apenas dezesseis anos de idade, marcaram um 
encontro dali a uma semana onde iniciaram um relacionamento íntimo-afetuoso sob 
o mais absoluto sigilo porque o mesmo era casado e tinha filhos. 
 
Os encontros aconteciam nos mais diversos lugares possíveis e com frequência 
média de duas vezes por semana, ocasiões em que a esposa do demandado, que é 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
médica, estava de plantão. 
 
Passado certo tempo, o Demandado passou a exigir menos sigilo, já frequentava 
lugares públicos acompanhado de A.M., tornando-se íntimo ao ciclo de amizades da 
mesma e demonstrava intenção de regularizar aquela situação, chegando a 
prometer diversas vezes que terminaria o casamento e passaria a viver com ela. 
 
Após alguns meses de relacionamento, a genitora da requerente revelou ao Réu que 
estava grávida, este reagiu com agressividade culpando-a pela gestação como se 
isso dela dependesse ou fosse culpa sua exclusivamente. 
 
Logo após ter ciência da condição gestacional de Dona A.M., o Sr. L. A. afastou-se 
dela, exigindo inclusive que jamais o procurasse pois “preservava a imagem de sua 
família” e alegava não ser dele aquela criança em formação. 
 
Não contando com o apoio moral e financeiro do genitor, a Requerente, imbuída de 
espírito altruísta, decidiu arcar sozinha com todas as despesas executando 
atividades que traziam recursos e não atrapalhavam a gestação, tais como bordados 
e costuras, sendo auxiliada por familiares e amigos que, consciente e preocupados 
com a situação deletéria de mãe e filha, estão financiando as despesas forenses e 
honorários para que esta lide seja solucionada com a maior celeridade. 
 
Hoje, a menor conta com cinco anos de idade, sabe da existência do seu pai como 
também da recusa do mesmo em conhecê-la e assumi-la. Por diversas vezes a 
Requerente tentou entrar em contato com o Réu para que colaborasse no sustento 
material da menina sem lograr êxito, visto que esse sempre se negou, inclusive 
mudando-se para outra localidade. 
 
II - DO DIREITO 
 
O Requerido é funcionário público do Banco.... há mais de quinze anos, possui uma 
vida extremamente confortável, reside em casa própria, além de outros imóveis do 
qual é locador, dois carros, sendo um deles importado (Marca Honda, modelo Civic). 
Consequentemente, ostenta situação patrimonial estável, com possibilidade de 
alimentar a menor. 
 
Por outro lado, a representante legal/genitora da Requerente está desempregada há 
cerca de sete meses, contando apenas com o dinheiro advindo das atividades já 
mencionadas e a ajuda da mãe, uma senhora de setenta e dois anos, aposentada, 
com renda inferior a três salários mínimos, quantia dividida entre as três, sempre em 
muita atenção à educação, saúde, amparo e alimentação de M. A. 
 
Os filhos provenientes do casamento do Réu estudam em colégio de classe média, 
frequentam bons lugares, vestem-se bem e gozam de vida dessemelhante à criança 
rejeitada pelo pai. Esta estuda em escola pública, cursando atualmente a classe do 
Jardim da Infância, é bastante inteligente e dedicada. 
 
Restando infrutíferas todas as tentativas de composição amigáveis para que o 
genitor arcasse com suas obrigações ético-morais e legais, não podendo mais 
suportar tal situação, a Requerente traz a este Egrégio Juízo suas reivindicações e 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
pede os direitos da filhinha menor. 
 
A legislação civil substantiva, por meio do artigo 1.694 e ss., assegura à menor, ora 
representada pela mãe, o direito a exigir os alimentos que lhe são indispensáveis, na 
proporção de sua necessidade e dos recursos do Réu, de que necessita para 
subsistir. Portanto, resta incontroversa a obrigação de o Requerido concorrer com a 
capacidade de alimentar e assim o devendo fazer. 
 
A Constituição da República Federativa do Brasil assegura ao filho, com a filiação 
ainda não reconhecida, o direito a receberalimentos provisórios, sendo que, se tal 
pleito for denegado, estará estabelecendo-se uma discriminação que o texto 
constitucional não comporta. 
 
 
III - DO PEDIDO 
 
Vistos os argumentos aduzidos, requer a Vossa Excelência: 
 
1. A fixação de uma prestação alimentícia provisória, de ao menos dois salários 
mínimos vigentes, a serem creditados em forma de depósito na conta corrente da 
mãe da menor ou outra a ser aberta por determinação desse Juízo. Aceita a primeira 
possibilidade, tem-se a Conta Corrente de nº... Agência... do Banco.... 
 
2. Seja citado do Requerido para que, querendo, tempestivamente apresente sua 
defesa em forma de contestação, sob pena de não o fazendo, serem-lhe aplicados 
os efeitos da revelia e confissão. 
 
3. Que desde já seja autorizado por esse MM Juízo a realização de prova pericial 
laboratorial por meio de exame de DNA, junto ao órgão público competente ou em 
caso de produção por entidade particular, seja o Requerido condenado nas custas e 
demais exames necessários para a elucidação da verdadeira relação de parentesco 
sanguíneo. 
 
4. A produção de provas por todos os meios em direito admitidas, especialmente o 
depoimento pessoal do Requerido, sob penas de confissão, juntada de novos 
documentos, oitiva de testemunhas que serão arroladas no momento oportuno e 
demais provas que se fizerem necessárias. 
 
Por fim, pede-se que a presente seja julgada PROCEDENTE com a condenação do 
Requerido ao pagamento de uma pensão alimentícia em caráter definitivo, custas 
processuais e honorários advocatícios e demais cominações de praxe, bem como a 
consequente expedição de mandado de retificação ao cartório de registro civil para 
fazer constar todas as qualificações pertinentes à filiação da menor, resultantes 
desta ação. 
 
À presente ação dá-se o valor de R$... (.... reais) para os efeitos legais. 
 
 
Nestes termos, 
pede deferimento. 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
 
 
Local e data. 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
3. Investigação de Paternidade com Negativa de Filiação, Fixação de Alimentos 
e Retificação de Registro de Menor 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ª VARA DE 
FAMÍLIA E DAS SUCESSÕES DA COMARCA DE_________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
**********, brasileiro, menor impúbere, nascido aos 20/01/2004 (certidão de 
nascimento anexa – doc. 05), representado por sua genitora *************, brasileira, 
solteira, estudante, portadora da Cédula de Identidade nº ____________ SSP/SP, 
inscrita no CPF/MF sob n° ____________ (docs. 03/04), com endereço nesta Capital 
de São Paulo, na rua _______, n° – Vila Universitária, por seus procuradores infra-
assinados, mandato anexo (doc. 1), respeitosamente, vem à presença de Vossa 
Excelência, requerendo as benesses da gratuidade processual ao teor da 
Declaração de Pobreza que anexa (doc. 02) e invocando a Lei nº 1.060/50 e suas 
posteriores regulamentações e alterações, propor a presente 
 
AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE 
 
em face de seu verdadeiro pai, *********, brasileiro, solteiro, estudante, residente e 
domiciliado também nesta Capital de São Paulo, na Rua ______, nº ____, pelos 
fatos e fundamentos que passa a expor: 
 
 
I – PRELIMINARMENTE: 
 
Do LITISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO do Sr. ************** (anuente), que 
registrou criança em seu nome e que depois se certificou não ser filho seu, para 
ciência da pretensão de anulação do registro, pedido que se faz cumulativo nestes 
autos, e cujo é permitido, conforme escorço de entendimentos feitos mais adiante. 
 
Em sede preliminar, e antes mesmo de se discutir o mérito da presente contenda, 
requer seja deferido o litisconsórcio passivo necessário de **************, eis que no 
caso em comento, a pretensão é de reconhecer e comprovar por exame D.N.A. a 
paternidade do infante registrado por ele, agora imputada a ************, e anular 
registro feito. 
 
Para tanto o referido LITISCONSORTE (ANUENTE) deverá ser citado; aliás, ele já 
está ciente dos fatos e concorda com o pleito, e suas consequências futuras. 
 
Quanto ao cabimento do litisconsórcio passivo pleiteado, transcreve entendimento 
do TJ/RJ, conforme abaixo: 
 
11ª. Câmara Cível do Tribunal de Justiça do RJ. Autos: 2005.001.04838. Relatora: 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
Desembargadora Marilene Melo Alves. Apelante: V. Apelada: B. 
Ementa: Ação negatória de paternidade cumulada com anulação de registro de 
nascimento. Sentença que extinguiu o processo por impossibilidade jurídica do 
pedido. Não se deve olvidar que o direito à paternidade verdadeira é atributo da 
dignidade humana, art. 1º, inciso III, da CF. A dúvida, em qualquer circunstância da 
vida, via de regra, costuma ser atroz e perturbadora dos sentidos, logo, não pode, 
nem deve, a Justiça, no mundo contemporâneo, contribuir para a sua manutenção, 
pela simples razão que a dúvida suspende o juízo, nada afirmando ou nada 
negando. Pelo conhecimento e provimento do recurso. 
 
Eminente Desembargadora Relatora, Colenda Câmara: 
 
1. Relatório: 
 
Trata-se de ação negatória de paternidade c/c anulação de registro civil, ajuizada 
sob o fundamento de que o Apelante, apesar de ter reconhecido voluntariamente a 
Apelada, tinha sérias dúvidas quanto à tal filiação. 
 
A r. Sentença, de fls. 39/41, julgou extinto o processo, sem julgamento do mérito, por 
impossibilidade jurídica do pedido, diante do que preceitua o art. 1º, da Lei nº 
8.560/92. 
 
Apelo, tempestivo, fls. 44/53, sob o argumento de que o Apelante incidiu em erro ao 
registrar a Apelada, requerendo a realização do exame de DNA, para comprovar tal 
afirmação. 
 
Contra-razões, fls. 55/58. 
 
O Ministério Público, às fls. 60/63, opinou pelo conhecimento e improvimento do 
recurso. 
 
 
2. Fundamentação: 
 
Esta Corte, rotineiramente, posiciona-se sempre em favor da justiça substancial, não 
acolhendo registros irreais, como se pode constatar pela ementa abaixo, in verbis: 
AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE DISPENSA DE PROVAS 
CERCEAMENTO DE DEFESA 
CARACTERIZAÇÃO 
ANULAÇÃO DA SENTENÇA 
 
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE. EXTINÇÃO DO 
PROCESSO. CERCEAMENTO DO DIREITO DE PROVA. CASSAÇÃO DA 
SENTENÇA. Configura, induvidosamente, cerceamento do direito de prova, o fato 
de ter a parte autora protestado, desde a inicial, e posteriormente insistido na sua 
produção, especialmente a pericial - exame de DNA, cujo requerimento sequer foi 
apreciado pelo juiz, a despeito da manifestação favorável do Ministério Público. 
RECURSO PROVIDO. 
 
Tipo da Ação: APELAÇÃO CÍVEL. Número do Processo: 2003.001.22285. Órgão 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
Julgador: DÉCIMA PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL 
 
DES. JOSE C. FIGUEIREDO 
 
Julgado em 26/11/2003 
Na linha desse entendimento, não se deve olvidar que o direito à paternidade 
verdadeira é atributo da dignidade humana, art. 1º, inciso III, da CF. 
O Ilustre Magistrado afirma que: “(...) não pode o vínculo de parentesco defluente do 
reconhecimento do estado de filiação ser objeto de alterações ditadas por razões de 
inferior importância, em detrimento do bem estar psíquico, emocional e material do 
filho reconhecido” (fl. 40). 
O Ministério Público, no 2º. Grau, com a devida vênia, ousa dissentir de tal 
posicionamento, tendo em vista que se faz mister investigar, permitindo-se a 
produção de provas pertinentes, para, aí então, diante de um conjunto probatório 
sólido, se garantir à Apelada um saudável relacionamento como filha, em relação ao 
Apelante, e, se assim não for, também será salutar para o desenvolvimento psíquico 
da menor, que ela tenha possibilidade de saber quem é o seu pai biológico. 
A dúvida, em qualquer circunstânciada vida, via de regra, costuma ser atroz e 
perturbadora dos sentidos, logo, não pode, nem deve, a Justiça, no mundo 
contemporâneo, contribuir para a sua manutenção, pela simples razão que a dúvida 
suspende o juízo, nada afirmando ou nada negando. 
 
3. Conclusão: 
 
Diante do exposto, ousa o Ministério Público, com atribuição perante esta Colenda 
Câmara, em opinar pelo conhecimento do recurso, e, no mérito, o seu provimento se 
afigura a solução adequada. 
Rio de Janeiro, 06 de abril de 2005. 
Ricardo Alcântara Pereira 
Procurador de Justiça 
33ª Procuradoria de Justiça da Região Especial 
 
 
E continuando... 
 
Assim também entende o STJ, quanto ao cabimento do litisconsórcio passivo 
pleiteado, conforme transcreve abaixo: 
 
Ação de investigação de paternidade independe de prévia ação de anulação de 
registro1 
 
A ação de investigação de paternidade pode ser proposta independentemente de 
prévia ação de anulação de registro de nascimento do investigante. A conclusão é 
da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, que não conheceu do recurso de 
A. J. de O., de São Paulo, suposto pai de um garoto, registrado como filho por outro 
homem. Para a Turma, é perfeitamente possível a cumulação dos pedidos de 
investigação de paternidade e de anulação de registro, desde que o litisconsorte 
passivo seja admitido no processo. 
 
1
 http://www.direitonet.com.br/noticias/x/73/64/7364/ 
 
 
 
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Representado pela mãe, o menor T. O. entrou na Justiça com uma ação de 
investigação de paternidade cumulada com pedido de alimentos contra A. J. de O. 
Em primeira instância, o processo foi extinto sem julgamento do mérito. O juiz 
considerou o garoto carecedor de ação, alegando que, antes de requerer a 
investigação de paternidade e alimentos, deveria ser feito pedido de anulação de 
registro, tendo em vista constar da certidão de nascimento nome de terceiro como 
seu pai. 
 
O menor apelou e o Tribunal de Justiça de São Paulo deu provimento à apelação, 
afastando a extinção do feito para possibilitar a inclusão do pedido de anulação de 
registro, com a chamada ao processo do terceiro que o registrou como filho. "Menor 
registrado em nome de outro pai – desnecessidade de ser proposta, previamente, 
ação anulatória de registro de nascimento – possibilidade de cumulação dos pedidos 
de investigação de paternidade e de anulação de registro, com admissão de 
litisconsórcio necessário", diz a ementa da decisão do TJSP. 
 
Segundo o Tribunal, pedidos conexos, ainda que com réus diversos, podem e 
devem ser examinados juntos, pois facilitam a prova pericial e a solução da questão. 
Embargos de declaração do suposto pai foram rejeitados posteriormente pelo TJSP. 
Ele recorreu, então, ao STJ. 
 
No recurso especial, a defesa alegou violação do artigo 6º do Código de Processo 
Civil por suposta ocorrência de irregularidade processual. Afirmou, ainda, que a 
propositura da ação de investigação de paternidade antes do prévio ajuizamento de 
ação anulatória de registro de nascimento é impossível, tendo havido, no caso, 
ofensa aos artigos 340, I e II, 344, 348, artigo 178, § 3º e 4º, do Código Civil/16 e 
aos artigos 102 e 114 da Lei nº 6.015/73. 
 
Ainda segundo a defesa, é inviável a cumulação de pedidos contra réus diversos, 
bem como a modificação do pedido após a citação do réu, salvo com sua anuência. 
"Na demanda em que se discute paternidade, o suposto pai biológico e aquele que 
figura como pai na certidão de nascimento devem ocupar, em litisconsórcio unitário, 
o polo passivo, pois a relação jurídica objeto da ação é incindível, sendo impossível 
declarar a paternidade em relação ao suposto pai biológico, sem declarar a nulidade 
do registro", considerou a relatora do processo no STJ, ministra Nancy Andrighi, ao 
votar pelo não conhecimento do recurso. 
 
Para a relatora, além de unitário, o litisconsórcio, na hipótese em exame, é 
necessário, sendo sua implementação obrigatória, sob pena de nulidade absoluta. 
"Assim, necessário o aditamento da petição inicial, como entendeu o Tribunal de 
origem, para que P. J. O., que consta como pai na certidão de nascimento, seja 
incluído no polo passivo, o que atrai a inclusão do pedido de anulação de registro, 
por ser este, na hipótese, consequência lógica do pedido de declaração de 
paternidade", concluiu. 
 
Fonte: STJ - Superior Tribunal de Justiça 
 
 
II – DOS FATOS 
 
 
 
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Ao que se vislumbra, e é fato, a mãe / representante do Requerente, manteve um 
namoro por curto período de tempo com o REQUERIDO (ANUENTE) ************, até 
meados do mês de maio/2003, ocasião em que romperam o namoro e ela, ato 
seguinte, passou a namorar (na linguagem adolescente de hoje – FICAR), com o 
litisconsorte passivo necessário nestes autos - ******* (anuente). 
 
Meses após, na sua tenra idade e inexperiência, percebeu algo diferente nos seus 
ciclos menstruais e no seu corpo, e somente depois veio a constatar estar grávida, e 
pela primeira vez. 
 
Ainda, dentro do espírito “irresponsável” e “to nem aí” típicos da adolescência, e com 
o temor dos familiares, eis que descendente de família nordestina (Baiana), passou 
por pressões psicológicas e medos desmedidos, a ponto de nem se lembrar de fazer 
direito as contas e se certificar de quem era a gravidez, oportunidade que creu ser 
do atual namorado (ficante na linguagem adolescente) o filho, e com este começou a 
planejar o nascimento. 
 
Nascido o neném, à época na Cidade de Tatuí, onde faziam, ela e o atual namorado, 
curso de música, foram ao Cartório local e registraram, ainda sem prestarem 
atenção na possibilidade de não ser do Thiago o filho, mas do namorado anterior. 
 
Passado tempo, com o nascimento e crescimento da criança, e a partir de quando 
começou a falar e pronunciar papai, e já não estando mais a mãe namorando 
(ficando) com o Sr. Thiago, entendeu por bem fazer melhor as contas para se 
certificar de quem seria o pai, EIS QUE A CRIANÇA EM NADA SE PARECIA COM 
O THIAGO, E SE ASSEMELHA A UMA XEROCOPIA DO SR. _______, quando 
constatou que pela data de nascimento 20/01/2004 (certidão de nascimento anexa) 
e data em que terminou o namoro com um e começou com outro, impossível seria a 
paternidade ser do que registrou, mas sim do outro. 
 
Para tanto usou até de novas tecnologias médicas, como exemplo uma simulação 
em computador, conforme se comprova pela inclusa cópia de pagina da internet 
(doc. 06), donde se concluiu e certificou que, tendo tido a última menstruação entre 
10 e 15/abril de 2003, época em que ainda namorava o Sr. Leandro, e com quem 
manteve relações sexuais no final de semana compreendido entre 25 e 27/04/2003, 
que, segundo os médicos e o já citado cálculo apresentado, deu-se à concepção do 
bebê, e só mantido relações sexuais com o Sr. _______ por volta de 30 (trinta) dias 
após, deste não poderia ser a paternidade. 
 
Resumindo: a) teve menstruação entre 10 e 15/04/2003; b) engravidou-se nas 
relações que manteve com o Sr. ________ entre 25 e 27/04/2003; c) deu à luz ao 
menino em 20/01/2004. 
 
Conclui-se, portanto, que o pai é o Sr. Leandro, e não o Sr. Thiago, com quem a 
representante do Requerente só começou manter relações sexuais por volta de uns 
30 dias após engravidar-se. Desnecessário mencionar que o bebê nasceu dentro do 
prazo normal, sem qualquer antecipação prematura. 
 
 
 
 
 
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III – DO DIREITO 
Do reconhecimento da paternidade. 
 
Prefacialmente cumpre anotar as disposições constantes no novo Código Civil, 
concernentes ao direito de reconhecimento do filho, conforme se pode verificar 
mediante os artigos adiante transcritos: 
 
“Art. 1.607. O filho havido fora docasamento pode ser reconhecido pelos pais, 
conjunta ou separadamente”. 
 
 
Ademais, veja-se o estabelecido no art. 1.609 do mesmo diploma legal, no que 
pertine à total procedência da presente ação: 
 
“Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e 
será feito: 
I - no registro do nascimento; 
II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório; 
III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado; 
IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento 
não haja sido o objeto único e principal do ato que o contém”. 
 
Neste sentido, lobriga-se igual disposição no Estatuto da Criança e do Adolescente, 
Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990: 
 
“Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, 
conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, 
mediante escritura ou outro documento público, qualquer que seja a origem da 
filiação”. 
 
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou 
suceder-lhe ao falecimento, se deixar descendentes. 
 
Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, 
indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus 
herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de Justiça. 
 
 
Há de se concluir, mediante os dispositivos legais transcritos, ser inegável o direito 
dos pais reconhecerem a paternidade de seus filhos, e dos filhos pretenderem a 
paternidade de seus verdadeiros pais, pais biológicos, como se pretende no 
presente caso. 
 
 
IV – DA LEI 
 
1. Neste ponto, deve-se atentar para o disposto no artigo 1.605 do Código Civil, no 
que concerne às provas da filiação: 
 
“Art. 1.605. Na falta, ou defeito, do termo de nascimento, poderá provar-se a filiação 
 
 
 
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por qualquer modo admissível em direito: 
I - quando houver começo de prova por escrito, proveniente dos pais, conjunta ou 
separadamente; 
II - quando existirem veementes presunções resultantes de fatos já certos”. 
Percebe-se facilmente, que o caso em apreço subsume-se perfeitamente às 
disposições transcritas, eis que a genitora do Requerente e o Requerido mantiveram 
relacionamento, dentro do lapso temporal durante o qual nasceu o menor. Ademais, 
nem o próprio REQUERIDO (ANUENTE) nega. 
 
Desta feita, não restam dúvidas de que ao REQUERIDO (ANUENTE) compete o 
dever de reconhecer o REQUERENTE como seu filho. 
 
 
V – DA DOUTRINA E DA JURISPRUDÊNCIA 
 
Antes do atual Código Civil, esse prazo já vinha sendo desconsiderado, em 
acórdãos como os que seguem2: 
 
O tema relacionado com o prazo extintivo do direito de o filho reconhecido promover 
a ação de anulação do registro de nascimento, cumulada com a de investigação da 
paternidade atribuída a terceiro, já foi mais de uma vez examinado nesta Quarta 
Turma, estabelecendo-se que: 
 
a) ‘No regime anterior à Constituição de 1988 e à Lei nº 8.069/90, o filho que não 
impugnasse, no prazo de quatro anos, o reconhecimento da paternidade, - 
legitimado que fora quando do casamento de sua mãe, - não poderia promover ação 
de investigação de paternidade contra outrem’ (REsp nº 83.685/MG, de minha 
relatoria); 
b) Porém, um novo regime foi implantado: ‘Em face do Estatuto da Criança e do 
Adolescente, tem-se por revogados os arts. 178, § 9º, VI, e 362, do Código Civil, que 
fixavam em quatro anos o prazo de ação de impugnação ao reconhecimento, 
contados da maioridade ou da emancipação’” (REsp n. 79.640/RS, rel. em. Ministro 
Sálvio de Figueiredo). 
 
Assim, no regime legal em vigor (Estatuto da Criança e do Adolescente), inexiste 
prazo para que o filho promova ação de investigação de paternidade cumulada com 
a de anulação do registro de seu nascimento (Superior Tribunal de Justiça, Quarta 
Turma, REsp 155.493, Ruy Rosado de Aguiar, relator, j. 16.3.99). 
 
 
Tribunal de Justiça de São Paulo, Quarta Câmara de Direito Privado, Apelação Cível 
088.643, Aguilar Cortez, relator, j. 17.12.98. Superior Tribunal de Justiça, Terceira 
Turma, Recurso Especial 107.248, Min. Carlos Alberto Menezes Direito, relator, j. 
7.5.98. (JSTJ e TRF - Volume 111 - Página 130). 
REGISTRO CIVIL - Anulação de assento de nascimento, por falso reconhecimento 
de paternidade. Ação ajuizada por herdeiros do falecido pai. Pretensão fundada na 
falsidade do registro. Pronúncia de carência, por ilegitimidade ativa. 
Inadmissibilidade. Interesse jurídico e legitimação dos herdeiros. Prosseguimento 
 
2
 Arnold Wald, O novo Direito de Família, p. 171. 
 
 
 
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ordenado. Apelação conhecida e provida. Se o reconhecimento de paternidade, 
sempre vinculado à veracidade da declaração, não corresponder à realidade, não 
pode produzir o efeito querido e deve ser anulado, por falsidade, mediante ação 
própria promovida por quem tenha legítimo interesse econômico ou moral. (TJSP - 
2ª Câm. de Direito Privado; AC nº 186.652-4/8-General Salgado-SP; Rel. Des. J. 
Roberto Bedran; j. 5/6/2001; v.u.). BAASP, 2283/2394-j, de 30.9.2002. 
 
 
Zeno Veloso, autor de um meticuloso estudo sobre o regime da filiação subsequente 
à Constituição de 1988, presta a seguinte informação: 
 
"Com a Constituição de 1988 e as leis infraconstitucionais que vieram regular a 
matéria relativa à família, o quadro passou por uma revisão, como temos 
insistentemente alertado. A maioria da doutrina e dos julgados dos tribunais, com 
base no princípio da igualdade entre os filhos, qualquer que seja a natureza da 
filiação, vem entendendo que o descendente tem o direito de investigar a sua 
paternidade, sem limitação ou restrição alguma, pelo quê a presunção pater is est, 
para dizer o mínimo, está bastante enfraquecida, praticamente afastada". 
 
"O fato é que, sob a ótica da Constituição, as ações de estado, expressão 
processual dos direitos da personalidade, são imprescritíveis. A pessoa humana 
poderá, a qualquer tempo, ajuizar ação de impugnação da paternidade de molde a 
cancelar a presunção legal e, mediante a ação de investigação de paternidade - que 
poderá ser cumulada à ação negatória - determinar o vínculo biológico de filiação". 
A ação de investigação de paternidade, porque uma ação de estado, é daquelas 
onde não se materializa a coisa julgada. A segurança jurídica cede ante valores 
mais altos, seja o de o filho saber quem é o seu pai, seja o de que os registros 
públicos devem espelhar a verdade real. 
 
A lei não pode tirar o direito de a pessoa saber se realmente a outra é seu ancestral. 
O processo não merece ser resumido a apenas um formalismo, sem qualquer 
compromisso com a substância das coisas. 
 
TJDF – AI 2.446-4/98 – 1ª T. – Rel. Des. p/o Ac. Valter Xavier – J. 
12.04.199904.12.1999. O Senhor Desembargador VALTER XAVIER – Relator 
Designado e Vogal, em julgamento sobre o assunto, assim se posicionou: 
Senhor Presidente, Em outras oportunidades, manifestei-me sobre esse assunto e 
peço licença para divergir do eminente Desembargador Relator. 
Tenho que a ação de investigação de paternidade é daquelas em que não se 
materializa a coisa julgada. Diante da segurança jurídica que se busca com uma 
coisa julgada, temos um valor mais alto, que é de o filho saber quem é seu pai e o 
pai se saber se realmente gerou aquele filho. 
 
Assim, Senhor Presidente, nego provimento ao agravo e o processo segue para que 
seja apurada a realidade dos fatos e afastada a preliminar de coisa julgada na 
espécie. 
 
 
VI – DOS DIREITOS DO GENITOR 
 
 
 
 
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Conforme explanado anteriormente, a representante legal do REQUERENTE nunca 
impediu o contato e convivência do REQUERIDO (ANUENTE) com o menor,aliás, é 
exatamente por isto que vem a Juízo, para garantir ao filho o direito de ter um pai, e 
dele receber carinho, orientações educativas e, via de consequência, a ajuda 
necessária para manutenção da subsistência. 
 
Ora, na qualidade de genitor do menor, é inegável a existência de direitos que não 
lhe podem ser negados, como o sagrado direito de estar com o filho, o que aqui não 
pede regulamentação, exatamente por conta da situação amistosa que norteia o 
caso em apreço, ultimamente. 
 
Neste sentido, veja-se disposição contida no 1.589 do Código Civil: 
 
"Art. 1.589. O pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos, poderá visitá-los 
e tê-los em sua companhia, segundo o que acordar com o outro cônjuge, ou for 
fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua manutenção e educação”. 
 
 
VII – DOS ALIMENTOS E VISITAS 
 
Sobre as visitas e contribuição alimentar do Requerido para com o menor, há 
consenso entre os pais que, no sentido de que comprovada a paternidade, por meio 
do exame D.N.A a ser realizado, dentro da equação necessidade / possibilidade, o 
pai pagará os alimentos em patamar acertado com a mãe livremente. Repita-se, há 
consenso de não discutir aqui valores e forma de pagamento. Tal será feito 
amigavelmente pelos pais sem intervenção do judiciário. 
 
 
VIII – DOS PEDIDOS 
Pelo exposto, REQUER a Vossa Excelência: 
 
a) O deferimento do litisconsórcio pleiteado, EM SEDE PRELIMINAR, determinando-
se a citação do litisconsorte passivo, por carta, para que aceite os termos da 
presente, no endereço: Rua ________, nº ___, bairro ______, cidade _________; 
 
b) Recebimento e processamento da presente ação, citando-se o Requerido 
(anuente), por carta, para que aceite os termos da presente e compareça à Sede 
deste MM. Juízo e IMESC em dia de realização da perícia; 
 
c) A procedência in totum do presente pedido, com a determinação de realização de 
exame hematológico DNA pelo IMESC, e após o resultado, se positivo, se determine 
o reconhecimento da paternidade do menor _______, mediante sentença, 
expedindo-se o competente mandado ao Cartório de Registro Civil, para a devida 
regularização; 
 
d) A anulação do Registro lavrado, para que outro seja feito constando como pai o 
REQUERIDO (ANUENTE), isentando-o de demais condenações, eis que anuente e 
por conta de sua situação financeira desfavorável. 
 
 
 
 
 
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IX – CONCLUSÃO E DAS PROVAS 
 
Pretende provar o alegado mediante prova documental, testemunhal, e 
fundamentalmente prova pericial (consistente em exame hematológico, DNA), a ser 
determinado ao IMESC por força de sua credibilidade e impossibilidade financeira do 
menor e seus pais, principalmente a representante do Requerente em arcar com as 
custas, e mais depoimento pessoal da genitora do REQUERENTE, e depoimento 
também do REQUERIDO E DO LITISCONSORTE, todos anuentes ao presente 
pleito, e que deverão ser intimados pelo correio para tanto. 
 
Concessão dos benefícios da Gratuidade de Justiça, com a consequente isenção de 
custas e demais despesas processuais, por ser o requerente pobre na acepção 
jurídica do termo, conforme faculta a Lei n° 1.060/50, com suas alterações e 
regulamentações, e fundamentalmente a Declaração de Pobreza firmada por sua 
genitora, já acostada. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais). 
 
Termos em que, requerendo D.R.A a presente, com todas as intimações judiciais em 
nome dos subscritores, 
PEDE DEFERIMENTO. 
 
 
Local e data. 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
 
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4. Ação Negatória de Paternidade - Fato Novo após Registro 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ de Direito da_____ Vara de Família da 
Comarca de____ 
 
 
 
 
 
 
 
 
Proc. N._____________ 
Requerente: D.L.S. 
Requerido: R.F.C.S. 
 
 
 
D.L.S., portador do RG nº..... e do CPF/MF nº....., nacionalidade, estado civil, 
profissão, domicílio e residência, por seu Advogado, com fundamento no art. 282 e 
arts. segs. do Cód. de Proc. Civil, c.c. arts. 1.601 e segs. do Código Civil de 2002, e 
demais disposições legais que regem a matéria, propõe Ação Negatória de 
Paternidade, c.c. Nulidade de Assento de Nascimento, pelas razões que passa a 
aduzir, contra: 
 
R.F.C.S., menor impúbere, nascido em...../...../....., representado por sua genitora 
L.F.C.S., portadora do RG nº..... e do CPF/MF nº....., nacionalidade, estado civil, 
profissão, domicílio e residência. 
 
 
Da Assistência Judiciária 
 
O Requerente é pessoa pobre na acepção legal do termo, trabalha como........, 
ganha R$..... (.....) por mês, e não tem condições de arcar com custas processuais e 
com os honorários advocatícios, conforme documento que instrui este pedido. 
 
 
Dos Fatos e dos Fundamentos Jurídicos 
 
O Requerente e a genitora do Requerido contraíram matrimônio em...../...../....., no 
regime..... Ela estava no.... mês de gestação e afirmava ser ele o genitor do 
nascituro. 
 
Ela, desde tenra idade, sempre manteve vida independente. Nos primeiros anos do 
casamento mudou sua conduta, passando a ser mulher dedicada ao lar. 
 
Há cerca de.... anos, retomou a vida de solteira e, em face de uma conduta imoral, 
não condizente com a de esposa e mãe, surgiram desentendimentos. 
 
 
 
 
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A separação ocorreu em...../...../....., após ser flagrada em flagrante adultério, 
precedida de dias difíceis, com acirradas discussões, onde, numa delas, 
em...../...../....., ela confessou que o genitor do Requerido era Fulano de Tal, portador 
do RG nº..... e do CPF/MF nº..., nacionalidade, estado civil, profissão, domicílio e 
residência. 
 
O Requerido R.F.C.S., nascido em...../...../....., foi registrado no Cartório do Registro 
Civil de..... (cidade),..... (Estado), no livro....., folha..... Nesse instrumento figuram os 
nomes do Requerente e de seus pais, estes como avós paternos. 
 
O Requerente, tomado por emoção incontida, não mais sente prazer em manter, 
educar e criar o Requerido, como seu filho. 
 
 
Do Direito, da Doutrina e da Jurisprudência 
 
Não obstante as disposições dos arts. 1.596 e segs. do Código Civil de 2002, o 
Requerente é parte legítima para propor esta demanda, uma vez que formula pedido 
juridicamente possível, porque o Código Civil, data venia, não merece interpretação 
gramatical e fria. 
 
O Requerente é parte legítima para propor esta demanda porque formula pedido 
juridicamente possível. 
 
Não se pode ignorar que a realidade fática de 1916, quando foi promulgado o 
Código Civil, era bem diferente da atual. Hoje, a moderna tecnologia de 
identificação, pelo DNA humano aplicada à medicina, permite, com precisão e 
certeza, excluir ou determinar a paternidade. 
 
Durante séculos prevaleceu o princípio latino mater semper certa est, parte autem 
incertus (a mãe é sempre certa, o pai, porém, incerto). Na última década, com a 
evolução da tecnologia facilitando o emprego do exame pelo DNA, pelo sangue, por 
um fio de cabelo, ou por outro meio de contato, como uma xícara de café, a 
paternidade pode ser demonstrada indene de dúvida, com absoluta certeza e, com 
isto, ser afastada até a afirmação que foi comum, sobre a prova hematológica, onde 
se dizia: o exame de sangue prova a não paternidade, ou admite a possibilidade, 
mas não a certeza dela. 
 
É evidente que o nosso ordenamento jurídico não está em consonância com os fatos 
sociais atuais, não podendo ser utilizado de forma exclusivamente positivista. 
 
A aplicação de dispositivos legais ultrapassados fere a verdade real e ignora o 
conceito da Justiça. No caso, a envelhecida Lei não prescreve ao Requerente a 
possibilidade de impugnar a filiação do menor, que a própria genitora já admitiu. 
 
O que se busca é a faculdade de um julgamento segundo o direito e melhor 
consciência.A lei, a doutrina e a jurisprudência são meios pelos quais se vale o 
Estado para aplicar a Justiça, dando a cada um aquilo que lhe é devido. Nessa 
distribuição deve prevalecer a verdade real, sobrepondo-se ao formalismo 
exacerbado e, in casu, completamente desatualizado da realidade. 
 
 
 
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O procedimento adotado pelo Requerente é continente de erro substancial previsto 
pelo art. 138 do Código Civil de 2002, que merece, permissa venia, ser anulado, em 
face dos elementos que negam a paternidade. E, uma vez assim realizado, deverá 
ser declarado sem nenhum efeito o assento de nascimento do Requerido, 
eliminando-se dele os nomes do Requerente e dos avós paternos. 
 
Acontece, porém, que a ação tem outro objeto, o de obter a anulação dos registros 
de nascimento, onde correria o falso, o que é ato doloso. Por tal fundamento, pode a 
ação prosperar sem que a barre o decurso do tempo, já que rege a espécie o 
disposto para as ações pessoais. 
 
 
Da Imprescritibilidade do Direito de Ação 
 
Atualmente, os julgados dos Tribunais Superiores estão dirimindo as dúvidas quanto 
à prescritibilidade ou não de ação dessa natureza, sendo desnecessário aprofundar-
se sobre a matéria, invocando-se, como subsídio, alguns julgados. 
 
“Negatória de Paternidade – Retratação de reconhecimento pretendida após a 
ruptura de relação concubinária – Admissibilidade mesmo na ausência de qualquer 
das figuras do art. 147, II, do CC, uma vez que pouco importa a definição que se 
queira das às circunstâncias que levaram os interessados a fazer a declaração que 
se diz falsa – Possibilidade de todo gênero de prova para comprovação do alegado 
– Legitimidade ad causam de quem tenha interesse moral na providência – Ação, 
ademais, imprescritível – Voto vencido. 
 
Tratando-se de reconhecimento de paternidade não sendo os genitores casados, a 
presunção gerada pelo Registro Civil pode suportar oposição hábil e idônea, uma 
vez inexistente qualquer preceito de ordem pública impediente da declaração 
negatória da paternidade daquela que registrou, imputando-se essa condição. 
Assim, é impossível a ação negatória de paternidade mesmo na ausência de 
qualquer das figuras do art. 147, II, do CC, pois pouco importa a definição que se 
queira dar às circunstâncias que levaram os interessados a fazer a declaração que 
se diz falta. 
 
Admite tal ação todo gênero de provas e pode ser intentada por quem quer que 
nisso tenha interesse. Ademais, pode ela prosperar sem que a barre o decurso do 
tempo, ou seja, é ação imprescritível, já que rege a espécie o disposto para as 
ações pessoais. 
 
Filiação – Ação negatória de paternidade – Imprescritibilidade – Preliminar rejeitada 
– Apelação improvida. São imprescritíveis as ações de estado, mormente a do pai 
para anular registro de filho não havido na constância do casamento declarado nulo 
e não putativo, por erro na manifestação da vontade. A prescrição não admite 
interpretação extensiva.” 
 
 
A Súmula 149 do Colendo Supremo Tribunal Federal, estabelece que são 
imprescritíveis as ações de estado das pessoas. Esse é o entendimento dominante 
 
 
 
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da jurisprudência. 
 
“(...) ainda que o casamento não tivesse sido declarado nulo, nada impediria ao 
marido de contestar a paternidade, em qualquer tempo, no entendimento abrangente 
que a Súmula 149 autoriza, já que as limitações impostas pelo citado art. 178, §§ 3º 
e 4º, do CC, se referindo a ações de estado, equiparam a negatória à investigação 
de paternidade conferida ao filho, malgrado, como se afirmou acima, in casu, a ação 
seja do suposto pai natural, que, induzido em erro, procedeu ao registro do 
nascimento da primeira apelante, conforme veremos. 
 
Acresce ponderar que, na espécie, não subsistem relativamente ao prazo exíguo da 
prescrição, porque este conteúdo de tamanha relevância não se projeta e não 
merece maior significação para o julgado. Em suma a imprescritibilidade das ações 
de estado civil decorre da lei natural e biológica e, se dirigindo no sentido de eliminar 
a incerteza quanto à paternidade, que sempre que possível que a filiação civil 
corresponde à filiação natural, já que o estado das pessoa é biologicamente imutável 
e se, por erro ou outra razão, tal estado não corresponde juridicamente à verdade, a 
pesquisa desta é sempre possível. Com a costumeira precisão leciona Caio Mário 
da Silva Pereira: Na paternidade ilegítima, o pai concede status ao filho que o seja 
biologicamente. 
 
Em contendo o ato uma proclamação de paternidade que não corresponde à 
realidade (o pai reconhece como seu um filho que o não é), o reconhecimento, 
embora formalmente perfeito, e até inspirado em pia causa, não pode produzir o 
efeito querido e será anulado por falsidade ideológica, em se provando a inverdade 
da declaração. Evidente, portanto, ter sido o autor levado a erro ao registrar a 
Segunda ré como sua filha, diante da comprovada impossibilidade de ser ele o pai 
da menor. Dessa forma, não socorre às rés a invocação das disposições do art. 178, 
§§ 3º e 4º, do CC.” 
 
 
É notório que numa ação onde se faz a narrativa de controvérsia sobre a filiação, 
repercutindo, no registro, a paternidade biológica, não se pode afastar ao exame 
prestigiado de DNA. O exame de DNA é prova importantíssima para a apuração dos 
fatos alegados. 
 
 
Conclusão 
 
O Autor não é pai do menor. Soube disso depois que seu casamento foi desfeito. 
Vencidas as diligências e as provas, é imperativo de Justiça seja declarado nulo o 
assento de nascimento do Requerido, com exclusão dos nomes dos avós paternos. 
 
 
Dos Pedidos 
Em face ao exposto, respeitosamente requer: 
 
1. A concessão dos benefícios da Assistência Judiciária, nos termos da Lei nº 1.060, 
de 1950, com as alterações posteriores. 
 
 
 
 
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2. A citação do Réu, na pessoa de sua representante legal, para responder a esta 
ação, querendo, sob as penas da lei. 
 
3. A designação de audiência de tentativa de conciliação, se necessário. 
 
4. A designação de audiência de instrução e julgamento. 
 
5. Os benefícios do art. 172 do Código de Processo Civil. 
 
6. A procedência da ação com: 
 
a) a declaração de que o Autor não é pai do menor; 
 
b) a declaração da nulidade e da ineficácia do assento de nascimento do menor, 
com exclusão dos nomes dos avós paternos; 
 
c) a condenação do Réu ao pagamento das custas processuais, verba honorária na 
forma do art. 20 do Cód. de Proc. Civil e demais encargos, observadas as correções 
legais incidentes; 
 
d) a expedição de mandado de averbação, após o trânsito em julgado da sentença, 
ao Cartório de Registro Civil competente. 
 
 
Das Provas 
 
Requer a produção das provas previstas no art. 212, incs. I a V do Código Civil de 
2002. 
 
 
Indica hic et nunc: 
 
a) confissão; 
 
b) documental; 
 
c) testemunhal; 
 
d) exame e vistoria ou perícia para análise do DNA das partes, com a indicação de 
Assistente Técnico e articulação de quesitos pertinentes, aguardando o momento 
para produção; 
 
e) depoimento pessoal da representante legal e genitora do Réu. 
 
 
Do Valor da Causa 
 
 
Dá-se à causa o valor de R$..... (.....). 
 
 
 
 
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Termos em que, P. deferimento. 
 
 
Local e data. 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
 
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5. Pedido de Exame de DNA Gratuito 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ ª VARA DE 
FAMÍLIA DA COMARCA DE______. 
 
 
 
 
 
 
Autos nº: (xxx) 
 
 
 
 
 
REQUERENTE, representado por sua genitora, e já devidamente qualificado,vem à 
presença de Vossa Excelência, por seu procurador in fine assinado, nos autos da 
presente AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE que move em face de 
REQUERIDO, requerer a gratuidade do exame de DNA, pelos motivos que passa a 
expor: 
 
1. A genitora do REQUERENTE percebeu a impossibilidade de arcar com as 
despesas para o custeio da realização do exame de DNA, após ter sido apresentada 
a devida proposta de valores, sem o prejuízo do sustento próprio e de sua família. 
 
2. Para prova da alegação acima disposta, a genitora do REQUERENTE faz juntar 
cópia de sua Carteira de Trabalho (vide doc. 1), comprovando, assim, a pequena 
renda percebida pela família, uma vez tratar-se o seu trabalho da única fonte de 
renda familiar. 
 
Pelo exposto, REQUER: 
 
Seja deferida a realização do exame de DNA, a fim de que os resultados possam 
instruir os autos da ação proposta, mediante os benefícios concedidos pela justiça 
gratuita, nos expressos termos do art. 3º da Lei nº 1.060/50. 
 
Termos em que, 
 
Pede Deferimento. 
 
 
Local e data. 
 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
 
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6. Pedido de Novo Exame de DNA 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA 
DA COMARCA DE ____________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo n° _________ 
(Ação de Investigação de Paternidade) 
 
 
 
 
Trata-se de Ação de Investigação de Paternidade em que figura como requerente a 
Srª. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx e como parte requerida, o Sr. xxxxxxxxxxxxxxxxxx, 
ambos já devidamente qualificados nestes autos. 
 
Solicitada a perícia para constatação de que o requerido é o pai de 
xxxxxxxxxxxxxxxx, foi realizado o exame de DNA, no laboratório BIOGENETICS. 
Pronto o exame, os profissionais concluíram que o Sr. xxxxxxxxxxxxxxxxxxx não é o 
pai biológico de xxxxxxxxxxxxx. 
 
O laudo pericial foi, então, juntado aos autos, sendo intimada a genitora para tomar 
conhecimento de seu teor. 
 
No período de convivência entre a autora e o requerido, ela manteve conjunção 
carnal apenas com seu companheiro, sendo fiel durante todo o tempo em que 
estiveram juntos. Afirma a autora, categoricamente, que o requerido é o pai da 
criança. 
 
Assim, requer a realização de outro exame de DNA, se possível for, no Laboratório 
DNA VIDA, ou outro indicado por Vossa Excelência, tendo em vista a certeza da 
paternidade, a ser assumida pelo requerido, e a possível ocorrência de divergência 
entre exames realizados por diferentes laboratórios conceituados, por motivo de 
utilizarem técnicas e/ou parâmetros distintos. 
 
Pede e espera deferimento. 
 
Local e data. 
 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
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7. Ação Negatória de Paternidade 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA.... ª VARA CÍVEL 
DA COMARCA DE _________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
................................................... (qualificação), portador da Cédula de Identidade/RG 
nº...., inscrito no CPF/MF nº...., filho de.... e de...., residente e domiciliado na Rua.... 
nº...., na Cidade de...., por seu advogado infra-assinado, vem respeitosamente à 
presença de Vossa Excelência para propor 
 
AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE 
dos filhos havidos como tidos durante coabitação com...., pelas razões que passa a 
expor: 
 
 
1. Em...., o requerente conheceu...., ocasião em que mantiverem relações sexuais, 
não se constituindo este fato, contudo, em relacionamento mais íntimo ou 
duradouro, pois logo.... se afastou, configurando aquele contato em passageira 
aventura. 
 
Em.... o requerente veio a ter novo contato com...., desta feita quando a mesma 
apareceu na Delegacia de Polícia local, onde o requerente exerce a função de 
Escrivão de Polícia, para visitar seu amásio,...., que havia sido preso em flagrante. 
Nessa ocasião,.... carregava uma criança com aproximadamente.... meses de idade, 
tendo, após se reaproximar novamente do requerente, alegado que o menino era 
fruto do relacionamento que haviam tido no ano anterior. Passaram a viver junto 
em...., ocasião em que.... convenceu o requerente a efetuar o registro do menino e 
que deveriam fazê-lo em...., no distrito de...., visto que era conhecida do dono do 
Cartório. Recorda-se o requerente que naquela ocasião,.... enfatizou ao oficial do 
Cartório que era casada apenas no religioso, guardando o requerente a lembrança 
de que.... ainda complementou com as palavras: "perante Deus casada". 
 
Naquela oportunidade, não exigiram nenhum documento do casal. A criança foi 
registrada com o nome de...., nascida em...., em...., conforme declarou a mãe (doc. 
nº....). 
 
2. No início de.... vieram a se separar, tendo a Requerida, durante a vida em 
comum, confessado ao requerente que fora casada anteriormente, mas que 
pretendia legalizar a separação por via judicial. 
 
3. Posteriormente, reatando o convívio em comum, viveram juntos até...., quando 
ocorreu o rompimento definitivo do casal. Durante esse período, a Requerida teve 
 
 
 
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mais dois filhos,...., nascido em...., e...., nascida em...., cuja paternidade foi atribuída 
ao requerente (docs.....). 
 
4. A separação ocorreu pela total indiferença da Requerida em relação ao 
requerente, que notou crescente frieza da companheira e gradativa redução do 
relacionamento íntimo, que, aos poucos, se extinguiu, levando o requerente à forte 
desconfiança de infidelidade, o que concorreu sobremaneira para a separação. 
 
5. Ocorre, porém, que vindo a se casar em.... com...., ela divorciada e mãe de uma 
menina de nome...., tendo já decorrido.... do casamento, sua esposa não 
engravidou, submetendo-se a uma série de exames que demonstraram sua total 
normalidade, em perfeitas condições físicas para o engravidamento. Este fato levou 
o médico de sua esposa ao entendimento de que poderia estar ocorrendo alguma 
anormalidade com o requerente, solicitando diversos exames, cujos resultados 
surpreendentemente demonstraram que o requerente é impotente em razão de uma 
criptorquidia bilateral que se verificou desde a sua infância, motivo pelo qual nunca 
poderia ter tido filhos em sua vida. 
 
No atestado fornecido ao requerente, o Dr....., médico que o atendeu e descobriu 
sua deficiência, diz: - "Atesto para devidos fins, que o Sr..... apresenta impotência 
generandi, devido a criptorquidia bilateral (testículos retidos) sendo que esta 
condição, quando estabelecida, é permanente e irreversível, causada por alterações 
que se iniciam na infância, não podendo o paciente ter filhos em nenhuma fase de 
sua vida". Este resultado comprova que eram procedentes as desconfianças do 
requerente no tocante ao comportamento de sua ex-companheira, demonstrando 
agora, de forma inequívoca, que....,.... e.... não são filhos do requerente. 
 
Recentemente, o requerente veio a tomar conhecimento que...., sua ex-
companheira, mantinha, à época da convivência em sua companhia, relações 
sexuais com outros homens. A concepção do primeiro filho, ressalte-se ainda, 
ocorreu na época em que.... não vivia em companhia do requerente, estando ainda 
casada com...., conforme comprovam os documentos de fls..... O requerente, 
ludibriado em sua boa-fé, graças à desonestidade de...., foi induzido a erro ao 
assumir a paternidade de.... e registrá-lo em seu nome. Está demonstrado agora, 
revelada a impossibilidade do requerente em ter filhos, que a Requerida prosseguiu 
no seu comportamento desonesto ao lhe atribuir a paternidade dos outros filhos, não 
podendo ter a convicção de quem seria o pai das crianças. Todavia, a Requerida já 
havia demonstrado o quanto seria capaz, ao registrar o filho adulterino. 
 
6. Quando de sua separação definitiva, o requerente voluntariamente requereu a 
fixação de pensão alimentícia a favor do menores que julgava seus filhos (docs.....),a qual concedida (Proc. nº....), vem sendo mantida até a presente data, cuja 
remessa vem sendo processada regularmente para a Cidade de...., via bancária, 
último domicílio da Requerida, conforme constava na época, desconhecido, porém, 
atualmente. 
 
Diante do exposto, requer a procedência da ação para que seja declarada a 
nulidade da paternidade dos menores....,.... e...., tidos como filhos do requerente, e 
expedidos mandados de averbação aos registros civis de.... e de...., para que assim 
deixe de constar o requerente como pai dos menores. Requer ainda que a pensão 
 
 
 
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alimentícia, fixada voluntariamente no Proc. nº...., seja cancelada. 
 
Requer, também, como medida cautelar e comprobatória do paradeiro desconhecido 
da ré, a expedição de Precatórias para a Comarca de...., onde originariamente vinha 
residindo na Rua...., bem como para a Comarca de...., no último endereço onde se 
teve notícia que vinha residindo, na Rua...., onde, caso venha a ser encontrada, seja 
citada para, no prazo legal, se pronunciar sobre os fatos ora descritos, podendo 
contestar e acompanhar todos os termos do processo o até final, sob pena de 
revelia, considerando-se como verdadeiros os fatos apontados. 
 
Protesta por todos meios de provas em direito admitidos, especialmente prova 
pericial médica e todas as outras que se fizeram necessárias para provar o alegado. 
Requer ainda a citação da ré, por via de Edital, vindo a comprovar-se que a mesma 
se encontra em lugar incerto e não sabido, bem como a interveniência no feito do 
DD. Representante do Ministério Público para defender o interesse dos menores. 
 
Dando à causa o valor de R$.... (....). 
 
 
Termos em que, Pede deferimento. 
 
 
Local e data. 
 
 
Advogado - OAB 
 
 
 
 
 
 
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8. Ação de anulação de casamento 
 
Encontra-se fundamentação para a ação de nulidade de casamento nos artigos 
1.548 a 1.564 do Código Civil, in verbis: 
 
Art. 1.548. É nulo o casamento contraído: 
II - por infringência de impedimento. 
Art. 1.549. A decretação de nulidade de casamento, pelos motivos previstos no 
artigo antecedente, pode ser promovida mediante ação direta, por qualquer 
interessado, ou pelo Ministério Público. 
Art. 1.550. É anulável o casamento: 
I - de quem não completou a idade mínima para casar; 
II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal; 
III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558; 
IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento; 
V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da 
revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges; 
VI - por incompetência da autoridade celebrante. 
§ 1o. Equipara-se à revogação a invalidade do mandato judicialmente decretada. 
§ 2o A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia poderá contrair 
matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável 
ou curador. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
Art. 1.551. Não se anulará, por motivo de idade, o casamento de que resultou 
gravidez. 
Art. 1.552. A anulação do casamento dos menores de dezesseis anos será 
requerida: 
I - pelo próprio cônjuge menor; 
II - por seus representantes legais; 
III - por seus ascendentes. 
Art. 1.553. O menor que não atingiu a idade núbil poderá, depois de completá-la, 
confirmar seu casamento, com a autorização de seus representantes legais, se 
necessária, ou com suprimento judicial. 
Art. 1.554. Subsiste o casamento celebrado por aquele que, sem possuir a 
competência exigida na lei, exercer publicamente as funções de juiz de casamentos 
e, nessa qualidade, tiver registrado o ato no Registro Civil. 
Art. 1.555. O casamento do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu 
representante legal, só poderá ser anulado se a ação for proposta em cento e 
oitenta dias, por iniciativa do incapaz, ao deixar de sê-lo, de seus representantes 
legais ou de seus herdeiros necessários. 
§ 1o O prazo estabelecido neste artigo será contado do dia em que cessou a 
 
 
 
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incapacidade, no primeiro caso; a partir do casamento, no segundo; e, no terceiro, 
da morte do incapaz. 
§ 2o Não se anulará o casamento quando à sua celebração houverem assistido os 
representantes legais do incapaz, ou tiverem, por qualquer modo, manifestado sua 
aprovação. 
Art. 1.556. O casamento pode ser anulado por vício da vontade, se houve por parte 
de um dos nubentes, ao consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro. 
Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge: 
I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal 
que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge 
enganado; 
II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne 
insuportável a vida conjugal; 
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não 
caracterize deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por 
herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência; 
Art. 1.558. É anulável o casamento em virtude de coação, quando o consentimento 
de um ou de ambos os cônjuges houver sido captado mediante fundado temor de 
mal considerável e iminente para a vida, a saúde e a honra, sua ou de seus 
familiares. 
Art. 1.559. Somente o cônjuge que incidiu em erro, ou sofreu coação, pode 
demandar a anulação do casamento; mas a coabitação, havendo ciência do vício, 
valida o ato, ressalvadas as hipóteses dos incisos III e IV do art. 1.557. 
Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a contar 
da data da celebração, é de: 
I - cento e oitenta dias, no caso do inciso IV do art. 1.550; 
II - dois anos, se incompetente a autoridade celebrante; 
III - três anos, nos casos dos incisos I a IV do art. 1.557; 
IV - quatro anos, se houver coação. 
§ 1o Extingue-se, em cento e oitenta dias, o direito de anular o casamento dos 
menores de dezesseis anos, contado o prazo para o menor do dia em que perfez 
essa idade; e da data do casamento, para seus representantes legais ou 
ascendentes. 
§ 2o Na hipótese do inciso V do art. 1.550, o prazo para anulação do casamento é de 
cento e oitenta dias, a partir da data em que o mandante tiver conhecimento da 
celebração. 
Art. 1.561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os 
cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos 
até o dia da sentença anulatória. 
§ 1
o
 Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos 
civis só a ele e aos filhos aproveitarão. 
§ 2o Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus 
 
 
 
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efeitos civis só aos filhos aproveitarão. 
Art. 1.562. Antes de mover a ação de nulidade do casamento, a de anulação, a de 
separação judicial, a de divórcio direto ou a de dissolução de união estável, poderá 
requerer a parte, comprovando sua necessidade, a separação de corpos, que será 
concedida pelo juiz com a possível brevidade. 
Art. 1.563. A sentença que decretar a nulidade do casamento retroagirá à data da 
sua celebração, sem prejudicar a aquisição de direitos, a título oneroso, por terceiros 
de boa-fé, nem a resultante de sentença transitada em julgado. 
Art. 1.564. Quando o casamento for anulado por culpa de um dos cônjuges, este 
incorrerá: 
I - na perda de todas as vantagens havidas do cônjuge inocente; 
II - na obrigação de cumpriras promessas que lhe fez no contrato antenupcial. 
“A validade do casamento está condicionada também à inexistência de 
impedimentos. Diz a lei quem não pode casar (CC 1.521). As vedações está ligadas 
à interdição do incesto e à proibição à bigamia, princípios norteadores da vida em 
sociedade. Quando é contrariada a proibição legal, o casamento é nulo (CC 1.548, 
II). A desobediência a uma das proibições legais afeta a higidez do casamento, 
torna-o nulo”.3 
Nesta mesma ordem de raciocínio são as lições de Cristiano Chaves de Farias e 
Nelson Rosenvald: “Também não podem casar as pessoas já casadas, em face da 
vedação da bigamia, acolhida pelo ordenamento brasileiro, perfilhando-se à maioria 
das legislações ocidentais. (... ) Lembre-se, in fine, a necessidade de proteger a boa-
fé subjetiva (falta de conhecimento do cônjuge que veio a casar sem saber que o 
seu consorte já era casado. É o chamado casamento putativo (CC, art. 1.561), 
permitindo-se ao juiz emprestar efeitos jurídicos concretos a este matrimônio que, 
por força da violação de impedimento, será reputado nulo.” 4 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA DE 
FAMÍLIA DA COMARCA DE__________ 
 
 
 
 
 
 
 
Autos nº __________________ 
 
3
 DINIZ, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 6ª Ed. São Paulo: RT, 2010. Pág. 
276. 
4
 (FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Direito das Famílias. 2ª Ed. Rio de Janeiro: 
Lumen Juris, 2010. Págs. 142-143) 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
 
____________, brasileiro, casada, profissão, portadora do RG nº __________ e 
inscrito no CPF nº ___________, endereço eletrônico ____________, residente e 
domiciliada na Rua __________________, nº _______, CEP ______, cidade de 
____________, por seu procurador infra-assinado (procuração em anexo), vem 
respeitosamente à presença de V. Exa., propor 
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE CASAMENTO 
nos termos dos arts. 1.556 e 1.557, II do Novo Código Civil, em face de _________, 
brasileiro, profissão, casado, casado, portador da Carteira de Identidade nº _______, 
inscrito no CPF sob o nº ________, residente na rua _________, nº ______, Bairro 
_______, Cidade _______, CEP. ________, no Estado de ______, pelos motivos 
que passa a expor: 
1. Prefacialmente, cumpre salientar que a Requerente é casada com o Requerido 
pelo Regime ______ de bens, contraído na data (__/__/____), conforme se verifica 
na Certidão de Casamento anexa (doc. 2). 
2. No entanto, decorridos ______ meses após a formalização do casamento, a 
Requerente se deparou com a presença do Oficial de Justiça da (___ª) Vara 
Criminal desta Comarca em sua residência, em conjunto com policiais militares, 
portando o devido mandado de prisão expedido contra seu marido, consoante se 
infere da cópia do mandado anexo (doc. 3). 
3. Verifica-se no entanto, que o referido mandado de prisão expedido contra o 
Requerido, seu marido, trata-se da condenação à reclusão a que tinha sido 
submetido nos autos da Ação Penal nº ______, devidamente transitada em julgado 
na data (__/__/____), cuja denúncia fundou-se no artigo 121 do Código Penal, 
conforme comprova-se com a documentação anexa (docs. 4/10). 
4. Demais disso, cumpre salientar que a Requerida sequer tomou conhecimento do 
fato durante o período de namoro, noivado e subsequente casamento, motivo pelo 
qual se surpreendeu com o presente mandado, pois, o Requerido jamais havia se 
referido ao fato ou processo, portando-se sempre de modo a não caracterizar 
quaisquer resquícios de sua conduta delituosa em tempo pretérito. 
Aos termos apresentados, assim dispõe o Código Civil: 
“Art. 1.556. O casamento pode ser anulado por vício da vontade, se houve por parte 
de um dos nubentes, ao consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro.” 
 
“Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge: 
I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal 
que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge 
enganado; 
II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne 
insuportável a vida conjugal; (...)” 
 
5. Ciente do ato praticado por seu marido, a Requerente promoveu perante esse D. 
Juízo, a competente Medida Cautelar de Separação de Corpos, nos termos 
determinados pelo o art. 1.562 do Código Civil, infra, a qual foi deferida, consoante 
 
 
 
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se demonstra com a documentação acostada (docs. 11/15). 
“Art. 1.562. Antes de mover a ação de nulidade do casamento, a de anulação, a de 
separação judicial, a de divórcio direto ou a de dissolução de união estável, poderá 
requerer a parte, comprovando sua necessidade, a separação de corpos, que será 
concedida pelo juiz com a possível brevidade.” 
 
6. Desse modo, tendo de sobejo comprovada a existência de erro essencial sobre o 
cônjuge, seja pela ignorância da condenação penal imposta anterior ao casamento, 
ou seja, da inconteste má fama que lhe recai, tornando-se impossível a convivência 
conjugal, somente resta à Requerida as vias judiciais para anular o casamento 
existente entre ambos. 
Pelo exposto, REQUER: 
A citação do Requerido para, querendo, apresente defesa; 
Seja julgado procedente o pedido, qual seja, determinar a anulação do casamento 
celebrado com o Requerido, na data de (__/__/____), expedindo-se, no entanto, o 
competente mandado ao I. Escrivão do (___º) Cartório de Registro Civil para que 
ocorram as averbações necessárias à formalização da anulação de casamento, nos 
moldes estatuídos pelos artigos 97 e 100 da Lei nº 6.015/73. 
Seja determinado ao feito o prosseguimento nos termos do artigo 189, II do Código 
de Processo Civil, mantendo-se o mais absoluto segredo de justiça. 
Provar o alegado por todos os meios de provas admitidos em direito, em especial a 
documental, testemunhal e depoimento pessoal do Requerido. 
Dá-se à causa o valor de R$ ______ (valor expresso). 
 
Termos que, 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
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9. Ação de investigação de paternidade 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____VARA DE 
FAMÍLIA DA COMARCA DE________. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_____________, brasileiro, solteiro, profissão, portador da Cédula de Identidade/RG 
nº______, inscrito no CPF nº __________, endereço eletrônico ____________, 
residente e domiciliado na Rua ________, nº ____, bairro ___________, cidade 
____________, por meio de seus procuradores que ao final subscrevem 
(procuração em anexo), vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência 
propor 
AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE 
com fundamento no art. 319 do Código de Processo Civil cumulado com a Lei nº 
8.560/92, contra _____________, brasileiro, solteiro, profissão, portador da Cédula 
de Identidade/RG nº______, inscrito no CPF nº __________, endereço eletrônico 
____________, residente e domiciliado na Rua ________, nº ____, bairro 
___________, cidade ____________, pelas razões de fato e fundamentos de direito 
que passa a expor: 
 
I - DOS FATOS 
A mãe do requerente, moça simples, de poucas posses, trabalhou no Hospital.... 
desde o ano de.... até.... (carteira de trabalho em anexo). Porém, em meados de.... 
de...., internou-se, no referido hospital, o senhor...., pai do investigado. A partir de tal 
fato,.... (o investigado) e seu irmão...., tornaram-se presenças constantes no local. 
Desde então, os encontros que se davam nos corredores do hospital, de forma 
meramente casuais, tornaram-se frequentes e propositais. O investigado e seu 
irmão começaram a abordar.... e sua amiga...., respectivamente. 
As moças de origem humilde,deixaram-se envolver pelos rapazes ricos que as 
cortejavam. Então, os encontros começaram a acontecer na casa de um amigo em 
comum, no Edifício...., e até mesmo na residência do investigado, um apartamento 
localizado em cima da loja...., quando da ausência de sua mulher. 
 
 
 
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O namoro, que durou vários meses, tornou-se sério e consequentemente íntimo, 
sendo que à época deste coincide com a da concepção do autor. Durante o romance 
a mãe do requerente teve uma conduta de total fidelidade para com seu 
companheiro. Entretanto, quando soube da gravidez, o investigado terminou o 
relacionamento, abruptamente, sem dar qualquer satisfação. 
Após o rompimento a mãe do Requerente se viu totalmente desamparada, com a 
responsabilidade de criar o filho sozinha. Dedicando-se exclusivamente para tal, a 
mãe do Requerente não veio a se casar devido ao trauma causado pelo abandono. 
Deve-se ressaltar que a paternidade do Autor nunca foi escondida do investigado. 
Porém, a mãe do Requerente apenas não procurou os direitos de seu filho antes por 
ser humilde e, porque teve medo de represálias, uma vez que fora ameaçada em 
todas as oportunidades que reivindicou a paternidade do investigado. 
 
II - DA LEGITIMIDADE 
O Requerente é parte legítima para pleitear seu direito imprescritível de ser 
reconhecido como filho, pois os art. 1.609 do Código Civil e 26 e 27 do ECA reza: 
CÓDIGO CIVIL 
Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e 
será feito: 
I - no registro do nascimento; 
II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório; 
III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado; 
IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento 
não haja sido o objeto único e principal do ato que o contém. 
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou ser 
posterior ao seu falecimento, se ele deixar descendentes 
ECA 
Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, 
conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, 
mediante escritura ou outro documento público, qualquer que seja a origem da 
filiação. 
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou 
suceder-lhe ao falecimento, se deixar descendentes. 
 
Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, 
indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus 
herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de Justiça. 
 
Cabe salientar que com o advento da Constituição de 1988 em seu artigo 227, 
parágrafo 6º, revoga a primeira parte do artigo 363, igualando os filhos concebidos 
dentro ou fora do casamento, eliminando a figura do filho ilegítimo. 
Portanto, pode-se seguramente dizer que a mãe do autor viveu em concubinato com 
 
 
 
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o investigado, uma vez que pela Súmula 382 do Supremo Tribunal Federal “a vida 
em comum sob o mesmo teto, more uxório não é indispensável à caracterização do 
concubinato.” 
Finalmente, a jurisprudência tem admitido que até mesmo o indivíduo nascido de 
uma relação ocasional de seus pais é legitimado a propor tal ação. 
 
III - DO DIREITO 
Todo filho tem direito de ter sua paternidade reconhecida, seja ela por meios 
voluntários ou por sentença. 
E provando-se o relacionamento sexual entre a mãe do autor e o investigado em 
época coincidente com a da concepção do proponente, como o acontecido, sendo 
essa pessoa de conduta irrepreensível, como é a Sra....., uma enfermeira que criou 
seu filho sozinha sem ajuda, em uma época onde não era comum tal atitude, e até 
mesmo discriminada pela sociedade, o Requerente tem o direito de ter sua 
paternidade reconhecida. 
Por tais fundamentos, presume-se verdadeira a alegação de paternidade, posição 
que vem sendo adotada pela jurisprudência: 
“Provados o relacionamento sexual, o romance do investigado com a mãe do 
investigante, a coincidência das relações sexuais com a concepção e a fidelidade da 
companheira, procede a ação de investigação de paternidade. - A recusa do réu em 
investigação de paternidade de se submeter a exame hematológico leva à 
presunção dos fatos alegados e há uma sanção para esta conduta incivil do réu, 
qual seja a de presumir-se verdadeira a imputação de sua paternidade.” (ac. 
unânime do TJMG, 3ª Câmara Cível, na Ap. 88469/3, j. 30.04.92- relator Des. Hugo 
Bengtsson.) 
 
IV - DO PEDIDO 
Ex positis, com fulcro nos dispositivos legais retroinvocados e nos arts. 319 e 
seguintes do CPC, requer: 
- seja julgada procedente a presente demanda, declarando-se que o réu é realmente 
genitor do Requerente, com a consequente inscrição no Cartório de Registro Civil 
competente; 
- protesta-se por todas as provas em direito admitidas, especialmente, o depoimento 
pessoal das partes sob pena de confissão; 
- a realização dos exames necessários, genéticos, de sangue e outros das partes, 
provas estas indispensáveis para a obtenção de uma resposta segura; 
- a oitiva de testemunhas a serem arroladas oportunamente, condenando o réu ao 
pagamento das custas processuais e honorários advocatícios a serem arbitrados por 
Vossa Excelência; 
- e, finalmente, o benefício da Justiça Gratuita, de acordo com o art. 98 do CPC e da 
Lei nº 1.060/50. 
 
Dá-se à causa, somente para efeitos fiscais, o valor de R$ _____________ 
 
 
 
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(_______) 
 
Termos em que, 
Pede Deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
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10. Ação negatória de paternidade 
 
Importante trazer matéria consignada pelo STJ5. 
Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou o entendimento de 
que a ação negatória de paternidade é imprescritível, ou seja, pode ser proposta a 
qualquer tempo. Esse tipo de ação tem o objetivo de reverter a paternidade 
reconhecida voluntariamente pelo autor. 
A confirmação da tese que já vinha sendo adotada em outros processos apreciados 
pelo STJ ocorreu no julgamento de um recurso especial interposto por G.N. No 
recurso, ele pedia a reforma da decisão anterior do Tribunal de Justiça de São Paulo 
(TJSP) que reconhecera o direito de seu pai de contestar, a qualquer tempo, a 
paternidade por meio da ação negatória. 
Informações constantes nos autos do processo relatam que G.N. nasceu durante o 
período em que sua mãe era casada com J.M. Este afirma que, à época do 
nascimento da criança, desconfiou que ela não era seu filho. Apesar disso, decidiu 
registrá-lo. No entanto, afirma ele, pouco tempo depois de dar à luz a criança, a mãe 
abandonou a casa onde o casal morava para viver com um amante. 
No recurso endereçado ao STJ, a defesa de G.N. alegou que a decisão do TJSP 
que afastou a prescrição da ação negatória violou o artigo 178, parágrafo 2º, do 
Código Civil de 1916. A norma dispõe que o prazo para o pai contestar a 
legimitidade do filho é de dois meses contados a partir do nascimento da criança. 
A defesa também argumentou que a regra prevista no Estatuto da Criança e do 
Adolescente (artigo 27), que garante a imprescritibilidade da ação investigatória de 
paternidade, não poderia ser utilizada em favor de J.M. já que foi elaborada com o 
intuito de proteger não os pais, mas o direito dos menores de saber, a qualquer 
tempo, de quem são filhos. 
Sem acolher as alegações da defesa de G.N., o relator do recurso no STJ, ministro 
Aldir Passarinho, recordou que o Tribunal fixou a compreensão de que a ação 
negatória de paternidade, a exemplo da investigatória, não está mais sujeitaà 
prescrição. No entendimento do ministro e dos demais integrantes da Quarta Turma, 
o pai pode, sem prazo limite, contestar a paternidade de um filho. 
Mencionando vários precedentes do STJ (REsp 278.845 – MG e 155.681 – PR), o 
relator também ressaltou, no voto proferido no julgamento, que esse direito, o de 
investigar o estado de filiação, está hoje expresso no artigo 1.601 do novo Código 
Civil. 
Vejamos o que estabelece o Código Civil: 
Art. 1.601. Cabe ao marido o direito de contestar a paternidade dos filhos nascidos 
de sua mulher, sendo tal ação imprescritível. 
Parágrafo único. Contestada a filiação, os herdeiros do impugnante têm direito de 
prosseguir na ação. 
 
 
5
 Disponível em: 
http://www.stj.jus.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=104858 Acesso 
em 02 de mar. 2012. 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ ª VARA CÍVEL 
DA COMARCA DE ______________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
________________________ (qualificação), portador da Cédula de Identidade/RG 
nº _____________, inscrito no CPF/MF nº _____________, residente e domiciliado 
na Rua ____________ nº _____________, na Cidade de _____________, endereço 
eletrônico ____________, por seu advogado infra-assinado, vem respeitosamente à 
presença de Vossa Excelência para propor 
AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE 
dos filhos havidos como tidos durante coabitação com ________________________ 
(qualificação), portador da Cédula de Identidade/RG nº _____________, inscrito no 
CPF/MF nº _____________, residente e domiciliado na Rua ____________ nº 
_____________, na Cidade de _____________, pelas razões que passa a expor: 
 
1. Em _____________, o requerente conheceu _____________, ocasião em que 
mantiverem relações sexuais, não se constituindo este fato, contudo, em 
relacionamento mais íntimo ou duradouro, pois logo ____________ se afastou, 
configurando aquele contato em passageira aventura. 
Em ____________ o requerente veio a ter novo contato com _____________, desta 
feita quando a mesma apareceu na Delegacia de Polícia local, onde o requerente 
exerce a função de Escrivão de Polícia, para visitar seu amásio, _____________, 
que havia sido preso em flagrante. Nessa ocasião, ____________ carregava uma 
criança com aproximadamente ____________ meses de idade, tendo, após se 
reaproximar novamente do requerente, alegado que o menino era fruto do 
relacionamento que haviam tido no ano anterior. Passaram a viver junto em 
_____________, ocasião em que ____________ convenceu o requerente a efetuar 
o registro do menino e que deveriam fazê-lo em _____________, no distrito de 
_____________, visto que era conhecida do dono do Cartório. Recorda-se o 
requerente que naquela ocasião, ____________ enfatizou ao oficial do Cartório que 
era casada apenas no religioso, guardando o requerente a lembrança de que 
____________ ainda complementou com as palavras: “perante Deus casada”. 
Naquela oportunidade, não exigiram nenhum documento do casal. A criança foi 
registrada com o nome de _____________, nascida em _____________, em 
_____________, conforme declarou a mãe (doc. nº __). 
2. No início de ____________ vieram a se separar, tendo a Requerida, durante a 
 
 
 
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vida em comum, confessado ao requerente que fora casada anteriormente, mas que 
pretendia legalizar a separação por via judicial. 
3. Posteriormente, reatando o convívio em comum, viveram juntos até 
_____________, quando ocorreu o rompimento definitivo do casal. Durante esse 
período, a Requerida teve mais dois filhos, _____________, nascido em 
_____________, e _____________, nascida em _____________, cuja paternidade 
foi atribuída ao requerente (docs. __). 
4. A separação ocorreu pela total indiferença da Requerida em relação ao 
requerente, que notou crescente frieza da companheira e gradativa redução do 
relacionamento íntimo, que, aos poucos, se extinguiu, levando o requerente à forte 
desconfiança de infidelidade, o que concorreu sobremaneira para a separação. 
5. Ocorre, porém, que vindo a se casar em ____________ com _____________, ela 
divorciada e mãe de uma menina de nome _____________, tendo já decorrido 
____________ do casamento, sua esposa não engravidou, submetendo-se a uma 
série de exames que demonstraram sua total normalidade, em perfeitas condições 
físicas para o engravidamento. Este fato levou o médico de sua esposa ao 
entendimento de que poderia estar ocorrendo alguma anormalidade com o 
requerente, solicitando diversos exames, cujos resultados surpreendentemente 
demonstraram que o requerente é impotente em razão de uma criptorquidia bilateral 
que se verificou desde a sua infância, motivo pelo qual nunca poderia ter tido filhos 
em sua vida. 
No atestado fornecido ao requerente, o Dr. _____________, médico que o atendeu 
e descobriu sua deficiência, diz: - “Atesto para devidos fins, que o SENHOR 
____________ apresenta impotência generandi, devido a criptorquidia bilateral 
(testículos retidos) sendo que esta condição, quando estabelecida, é permanente e 
irreversível, causada por alterações que se iniciam na infância, não podendo o 
paciente ter filhos em nenhuma fase de sua vida”. Este resultado comprova que 
eram procedentes as desconfianças do requerente no tocante ao comportamento de 
sua ex-companheira, demonstrando agora, de forma inequívoca, que 
_____________, ____________ e ____________ não são filhos do requerente. 
Recentemente, o requerente veio a tomar conhecimento que _____________, sua 
ex-companheira, mantinha, à época da convivência em sua companhia, relações 
sexuais com outros homens. A concepção do primeiro filho, ressalte-se ainda, 
ocorreu na época em que ____________ não vivia em companhia do requerente, 
estando ainda casada com _____________, conforme comprovam os documentos 
de fls. ____________ O requerente, ludibriado em sua boa-fé, graças à 
desonestidade de _____________, foi induzido a erro ao assumir a paternidade de 
____________ e registrá-lo em seu nome. Está demonstrado agora, revelada a 
impossibilidade do requerente em ter filhos, que a Requerida prosseguiu no seu 
comportamento desonesto ao lhe atribuir a paternidade dos outros filhos, não 
podendo ter a convicção de quem seria o pai das crianças. Todavia, a Requerida já 
havia demonstrado o quanto seria capaz, ao registrar o filho adulterino. 
6. Quando de sua separação definitiva, o requerente voluntariamente requereu a 
fixação de pensão alimentícia a favor dos menores que julgava seus filhos (docs. 
__), a qual concedida (Proc. nº __), vem sendo mantida até a presente data, cuja 
remessa vem sendo processada regularmente para a Cidade de _____________, 
via bancária, último domicílio da Requerida, conforme constava na época, 
desconhecido, porém, atualmente. 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
Diante do exposto, requer a procedência do pedido para que seja declarada a 
nulidade da paternidade dos menores _____________, ____________ e 
_____________, tidos como filhos do requerente, e expedidos mandados de 
averbação aos registros civis de ____________ e de _____________, para que 
assim deixe de constar o requerente como pai dos menores. Requer ainda que a 
pensão alimentícia, fixada voluntariamente no Proc. nº _____________, seja 
cancelada. 
Requer, também, como medida cautelar e comprobatória do paradeiro desconhecido 
da ré, a expedição de Precatórias para a Comarca de _____________, onde 
originariamente vinha residindo na Rua _____________, bem como para a Comarca 
de _____________, no último endereço onde se teve notícia que vinha residindo, na 
Rua _____________, onde, caso venha a ser encontrada, seja citadapara, no prazo 
legal, se pronunciar sobre os fatos ora descritos, podendo contestar e acompanhar 
todos os termos do processo o até final, sob pena de revelia, considerando-se como 
verdadeiros os fatos apontados. 
Protesta por todos meios de provas em direito admitidos, especialmente prova 
pericial médica e todas as outras que se fizeram necessárias para provar o alegado. 
Requer ainda a citação da ré, por via de Edital, vindo a comprovar-se que a mesma 
se encontra em lugar incerto e não sabido, bem como a interveniência no feito do 
DD. Representante do Ministério Público para defender o interesse dos menores. 
Dando à causa o valor de R$ ____________ (__). 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
11. Ação de divórcio consensual 
Através desta nova Emenda Constitucional nº 66, os casais que querem se divorciar 
estão liberados do cumprimento prévio da separação judicial por mais de um ano ou 
de comprovada separação de fato por mais de dois anos. 
 
Assim determina a atual Emenda Constitucional nº 66/2010: 
 
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 66, DE 13 DE JULHO DE 2010 - DOU 14.07.2010 
Dá nova redação ao § 6º do art. 226 da Constituição Federal, que dispõe sobre a 
dissolubilidade do casamento civil pelo divórcio, suprimindo o requisito de prévia 
separação judicial por mais de 1 (um) ano ou de comprovada separação de fato por 
mais de 2 (dois) anos. 
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do art. 60 da 
Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional: 
Art. 1º O § 6º do art. 226 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte 
redação: 
“Art. 226. (...) 
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.”(NR) 
Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, em 13 de julho de 2010. 
 
Tendo em vista a aplicação desta atual norma, aboliram-se por completo as antigas 
regras de que os cônjuges só poderiam se divorciar um ano após o pedido de 
separação judicial (na Justiça ou em um cartório) ou se provassem que já não 
estavam juntos há pelo menos dois anos, mesmo se a separação fosse consensual. 
A partir da promulgação desta norma (13/07/2010) o instituto da separação deixou 
de existir praticamente, pois os cônjuges, acompanhados de um advogado ou 
defensor público, podem fazer o pedido de divórcio sem esperar cumprir qualquer 
prazo. Se não tiver filhos menores e houver absoluto consenso, o pedido pode 
ser feito através da via judicial ou diretamente no Cartório de Tabelionato e 
concluído no mesmo dia. 
Lembrando-se que após realizarem a escritura pública no Cartório de Tabelionato, 
os cônjuges deverão providenciar a averbação desta escritura no Cartório de 
Registro Civil onde foi registrada a certidão de casamento. 
Para a realização do divórcio extrajudicial, os cônjuges deverão ter que arcar com os 
custos da escritura do Cartório de Tabelionato, da averbação desta escritura no 
Cartório de Registro Civil e dos honorários advocatícios, exceto no caso de ser 
defensor público. 
 
 
 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DE FAMÍLIA DA 
COMARCA DE _________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
________________, brasileiro, empresário, residente e domiciliado na Rua 
__________, nº ___, __________, cidade __________, endereço eletrônico 
____________, portador do RG nº _____________ SSP/__, devidamente inscrito no 
CPF sob n. ___________, e ______________, brasileira, professora, residente e 
domiciliada na Rua ____________, nº ___, bairro __________, em _______, 
portadora do RG nº _______ SSP/___, devidamente inscrita no CPF sob n. 
________, endereço eletrônico ____________, casados entre si pelo regime de 
comunhão parcial de bens, por intermédio de seu advogado ___________, 
brasileiro, casado, devidamente inscrito na OAB/____ sob o n. _______, com 
escritório profissional na Rua __________, bairro __________, em _________, CEP 
__________, endereço eletrônico ____________, onde recebe intimações e demais 
comunicações, com fone/fax ________, vem, mui respeitosamente perante Vossa 
Excelência, propor AÇÃO DE DIVÓRCIO CONSENSUAL, consubstanciada no § 6º 
do art. 226 da Constituição Federal de 1988. Para tanto, o farão com espeque nos 
fatos e fundamentos a seguir elencados: 
 
1. O casal proponente da presente ação de divórcio consensual é casado pelo 
regime de comunhão parcial de bens desde o dia 21 de janeiro de ____. Desta união 
nasceram dois filhos e constituíram patrimônio significativo. Contudo, não possuem 
mais ânimo em continuar a vida conjugal ante o término da afetividade recíproca. 
DO NOME DE SOLTEIRA 
2. Acordam os requerentes que a sra. _________ voltará a usar seu nome de 
solteira, qual seja, _____________, tudo de acordo com o permissivo § 2º do art. 
1.578 do Código Civil. 
DOS FILHOS – GUARDA, CONVIVÊNCIA E ASPECTOS ACIDENTAIS 
3. Os filhos, ____________, com nascimento em ________, e ________, com 
nascimento em ________, ficarão com a guarda unilateral e responsabilidade da 
mãe, de acordo com o art. 1584, I, do Código Civil. 
4. Por sua vez, o pai terá o período de convivência livre, podendo levá-los à cidade 
de Porto Velho, desde que não atrapalhe os estudos escolares. As férias escolares 
deverão ter o seu período dividido entre os pais. Tais disposições atendem o 
disposto contido no art. 1.589 do Código Civil. 
 
 
 
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4.1. Na ocorrência de qualquer modalidade de alienação parental, constatada por 
equipe interdisciplinar, nos termos da Lei nº 12.318/2010, o culpado pela prática terá 
o dever de indenizar ao outro a quantia de 50 (cinquenta) salários-mínimos vigentes 
a partir de sua constatação, sendo a mesma quantia dividida e depositada em conta 
poupança a benefício de cada um dos filhos. Ainda como sanção, reverter-se-á a 
guarda unilateral ao cônjuge inocente. 
4.2. Da mesma forma, em caso de abandono afetivo, consistente na não convivência 
injustificada do cônjuge não guardião em, ao menos, um final de semana por mês, 
deverá este pagar a cada um dos filhos a quantia de 5 (cinco) salários-mínimos 
vigentes no país, em conta poupança individualizada. 
4.3. Considerando a afetividade existente, é garantido o período de convivência dos 
filhos do casal divorciando com os avós paternos, residentes em Ji-paraná, de forma 
livre, podendo incidir da mesma forma a indenização em caso de alienação 
avoenga, prevista no item 3.1 (alienação parental), com a reversão da guarda 
unilateral para o cônjuge não guardião. No caso da constatação da alienação 
avoenga por equipe multidisciplinar nos mesmos termos do disposto na Lei nº 
12.318/2010, a indenização corresponderá aos mesmos valores referentes à 
alienação parental. 
 
DOS ALIMENTOS 
5. O casal divorciando dispensa reciprocamente o pagamento de pensão alimentícia. 
Entretanto, o SENHOR _________ compromete-se a pagar, a título de alimentos, a 
quantia de 1 (um) salário-mínimo vigente no país, atualizado por este fator, além de 
arcar com plano de saúde e escola de idioma para cada um dos filhos menores, até 
o atingimento da maioridade civil, tudo de acordo com o art. 1.694 e seguintes, do 
Código Civil. 
5.1. O pagamento da pensão alimentícia será mediante depósito bancário em conta 
corrente de n. ________, da agência ________, do Banco ________ SA, de 
titularidade da Sra. _________. 
DOS BENS E SUA PARTILHA 
6. O casal divorciando conquistou o seguinte patrimônio durante a união conjugal: 
(descrever os bens e estimar seus valores) 
7. Como o casal não possui entendimento pacífico quanto à partilha do patrimônio 
adquirido, resolvem partilhá-loem momento posterior, via escritura pública, em 
sendo consensual, assim como prevê o art. 1.581 do Código Civil e também o art. 
733 do Código de Processo Civil, eis que não necessitarão de dispor acerca dos 
interesses dos filhos menores. 
 
DO PEDIDO 
8. Diante de todo o exposto, pugnam a Vossa Excelência a homologação da 
presente Ação de Divórcio em todos os seus termos, especialmente: 
a) o deferimento do pedido de alteração do nome da autora para aquele de solteira, 
qual seja, _________ DE SOUZA, de acordo com o § 2º do art. 1.578 do Código 
Civil; 
 
 
 
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b) O deferimento da guarda unilateral e responsabilidade dos filhos para a autora, 
tudo de acordo com o inciso I do art. 1.584 do Código Civil; 
c) O deferimento do pagamento de pensão alimentícia, na forma do item 5.1, em 1 
(um) salário-mínimo vigente no país, atualizado por este fator, além de arcar com 
plano de saúde e escola de idioma para cada um dos filhos menores, até atingirem a 
respectiva maioridade civil, tudo de acordo com o art. 1.694 e seguintes, do Código 
Civil; 
d) O deferimento de pacto pós-nupcial para se discorrer acerca da partilha dos bens 
descritos no item n. 6, por escritura pública, se na forma consensual, conforme 
previsão expressa no art. 1.581 do Código Civil; 
e) A expedição de competente ofício para averbar a homologação desta ação de 
divórcio na Certidão de Casamento lavrada no Livro 0, fls. 000, do 0º Cartório de 
Registro Civil de Nascimentos e Casamentos da Comarca de ________, Estado do 
_____; 
f) A expedição de competente ofício para a averbação da homologação desta ação 
de divórcio nos respectivos registros dos imóveis do casal divorciando, descritos nos 
itens 6. (discriminar os itens); 
g) A expedição de competente ofício para a averbação da homologação desta ação 
de divórcio no contrato social da empresa (discriminar), perante a Junta 
Comercial/Registro Civil de Pessoa Jurídica (dependendo da empresa). 
 
Protesta pela juntada de todos os documentos ora anexados à presente para a 
comprovação dos fatos ora alegados e por eventuais outros que Vossa Excelência 
entenda como necessários à homologação desta. 
Estima-se à causa o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). 
Nestes termos, 
Pedem e esperam deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado - OAB 
 
 
 
 
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12. Conversão de separação judicial em divórcio 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA DE 
FAMÍLIA DA COMARCA DE _____________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_______________, ______(nome, qualificação e residência), endereço eletrônico 
____________, por seu procurador infra-assinado, vem, com fundamento nos arts. 
25 e 35 da Lei nº 6.515, de 26.12.1977, propor contra ______________________ 
(nome, qualificação e residência) o presente procedimento para conversão da sua 
separação judicial em divórcio, para que expõe e requer o seguinte: 
I - Conforme sentença proferida na data de ___/___/____, foi decretada, por este 
Juízo, a separação judicial do casal (Lei nº 6.515/77); 
II - que o Requerente tem cumprido rigorosamente todas as obrigações assumidas 
no aludido procedimento judicial. 
 
Em face do exposto, requer a Vossa Excelência a citação da Requerida para 
responder ao presente, no qual se requer a conversão da separação judicial em 
divórcio, nos precisos termos da legislação específica. 
Outrossim, requer a distribuição desta por dependência para ser apensada ao 
processo da separação judicial, processo nº _________________ 
Termos em que, 
Pede e Espera Deferimento. 
 
Local e data 
 
Advogado - OAB 
 
 
 
 
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13. Escritura pública de divórcio em conformidade com a EC/66 
 
 
S A I B A M tantos quantos esta Pública Escritura de DIVÓRCIO bastante virem que, 
aos .......dias do mês de ......... do ano dois mil e .........., neste CARTÓRIO DE 
TABELIONATO DE NOTAS, localizado na Rua ............. nº ...., Bairro ....., nesta 
cidade e Comarca de ......, Estado de .................., República Federativa do Brasil, 
inscrito no CNPJ-MF sob o nº ............./........, cujos serviços me foram regularmente 
delegados pelo poder Público Estatal, perante mim, .............................., Notário, em 
pleno e estável exercício da titularidade nesta Serventia, compareceram como 
outorgantes e reciprocamente outorgados: OUTORGANTES e como 
INTERVENIENTE ASSISTENTE: o Dr. (ASSISTENTES DAS PARTES), todos 
identificados pelos documentos apresentados e cuja capacidade jurídica reconheço 
e dou fé. Então, me foi dito sob as penas da lei, pelos outorgantes e reciprocamente 
outorgados, acompanhados de seu advogado constituído, o ora ASSISTENTE, para 
realizar o seu DIVÓRCIO, sem partilha de bens nos termos seguintes: 1.- DO 
CASAMENTO.- os outorgantes e reciprocamente outorgados contraíram matrimônio 
no dia ....., conforme assento feito sob nº ....., às fls. ...., do livro ....., nos termos da 
certidão emitida neste cartório, sob o regime patrimonial de Comunhão ......, (com 
Escritura Pública de Convenção com Pacto Antenupcial lavrada neste Cartório (ou 
nome do cartório) a folha nº ... do livro ... em ....); 2.- DA INEXISTÊNCIA DE FILHOS 
MENORES E INCAPAZES:- que os outorgantes e reciprocamente outorgados 
declaram que não possuem filhos menores ou incapazes.............; 3.- DOS 
REQUISITOS DO DIVÓRCIO: que, não desejando mais os outorgantes e 
reciprocamente outorgados manter o vínculo conjugal, declaram, de sua espontânea 
vontade, livre de qualquer coação, sugestão ou induzimento, fazendo gozo do que 
dispõe a Lei Federal nº 11.441 de 04 de janeiro de 2007, publicado no Diário da 
Justiça da União de 05 de janeiro de 2007, e de acordo com a Emenda 
Constitucional nº 66 que deu nova redação ao § 6º do art. 226 da Constituição 
Federal, publicado no Diário Oficial da União de nº 133, no dia 14 de julho de 2010, 
o seguinte: 3.1.- que, não havendo nenhuma possibilidade de reconciliação, 
restando infrutífera quaisquer tentativas propostas por este Tabelião de Notas, que 
lhes advertiu inclusive sobre as consequências desta manifestação de vontade, 
livremente e sem hesitações, permanecem no propósito de se divorciarem 
consensualmente, por meio desta escritura pública; 3.2.- DA DISSOLUÇÃO DO 
VÍNCULO MATRIMONIAL: Assim, resolvem divorciar-se, com fundamento no artigo 
1.580 do Código Civil Brasileiro, alterado pela Emenda Constitucional antes citada; 
4.- DO ACONSELHAMENTO E ASSISTÊNCIA JURÍDICA:- Pelo assistente, 
advogado constituído pelos outorgantes e reciprocamente outorgados, me foi dito 
que, tendo ouvido ambas as partes, aconselhou e advertiu-as também das 
consequências do divórcio. As partes declararam perante o assistente jurídico e este 
tabelião de notas estarem convictas de que a dissolução do casamento é a melhor 
solução para ambos. 5.- DO DIVÓRCIO:- assim, em cumprimento ao pedido e 
vontade dos outorgantes e reciprocamente outorgados, atendidos os requisitos 
legais, pela presente escritura, nos termos do artigo 1.571, IV, do Código Civil e 733 
do Código de Processo Civil, fica dissolvido o vínculo conjugal entre eles, que 
passam a ter o estado civil de DIVORCIADOS EXTRAJUDICIALMENTE; 6.- 
EFEITOS DO DIVÓRCIO: em decorrência deste divórcio fica extinto todos os direitos 
e deveres do casamento. 7.- DO NOME DOS CÔNJUGES: Em virtude do divórcio, a 
 
 
 
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mulher (ou ambos) voltou(ram) a usar o seu nome de solteira(o) (s), ou seja: “.........”; 
8.- DA PENSÃO ALIMENTÍCIA: os outorgantes e reciprocamente outorgados 
DISPENSAM pensão alimentícia. (ou se fizeram acordo, mencionar); 9. - DOSBENS: as partes declaram não possuírem bens objeto de partilha (se possuírem, a 
redação muda, mencionar os bens e a forma de partilha, observar se não vai haver 
torna. ou divisão desigual. Neste caso vai gerar o ITBI ou ITCD, calculado sobre a 
diferença). 10.- DOCUMENTOS E CERTIDÕES - apresentaram-me por fim, os 
seguintes documentos e certidões adiante mencionados que ficam devidamente 
arquivados: Certidão de casamento e cópia dos documentos de identificação das 
partes; 11.- DO INTERVENIENTE - O interveniente acima identificado na posição de 
advogado dos outorgantes e reciprocamente outorgados, declara que prestou 
assistência jurídica aos outorgantes e reciprocamente outorgados e acompanhou a 
lavratura desta escritura, inclusive assistindo a proposta de reconciliação, que fora 
recusada, ouvido deles a declaração de estarem convictos quanto a este 
DIVÓRCIO, não tendo oposição alguma a fazerem, dão-na, por boa, firme, valiosa, 
declarando-me que são verdadeiras todas as informações aqui prestadas, 
respondendo civil e criminalmente pela veracidade das mesmas. 12.- as partes 
requerem e autorizam desde já, ao Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais, a 
efetuar o necessário registro e averbação para que conste no respectivos livros, o 
presente DIVÓRCIO, passando as partes ao estado civil de DIVORCIADOS 
EXTRAJUDICIALMENTE e, por ser esta a vontade das partes, lavro esta escritura, 
que depois de lida e achada conforme assinam, tudo perante mim Tabelião de Notas 
que a redigi, subscrevo, dou fé e assino, em público e raso. 
 
 
 
 
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14. Ação de separação judicial cumulada com pedido de fixação liminar de 
alimentos 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTORJUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL 
DA COMARCA DE __________. 
 
 
 
 
 
 
 
 
____________, brasileiro, casado, profissão, portador do RG nº _________, inscrito 
no CPF sob o nº __________, residente e domiciliada na rua ___________, nº___, 
bairro____________, cidade ______________, endereço eletrônico ____________, 
por seu advogado infra-assinado, vem, respeitosamente, à presença de V.Exa., 
propor a presente: 
AÇÃO DE SEPARAÇÃO JUDICIAL CUMULADA COM PEDIDO DE FIXAÇÃO 
LIMINAR DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS PARA OS FILHOS MENORES, 
em desfavor de, _________, brasileira, casada, profissão, portadora do RG nº 
__________, inscrita no CPF sob o nº __________, e-mail, residente e domiciliada 
na rua _________, nº_____, cidade de ___________, pelos fatos e fundamentos 
que passa a expor: 
 
DOS FATOS 
Em __/___/______, o requerente casou-se com a requerida, sob o regime de 
comunhão parcial de bens, conforme certidão de casamento em anexo. 
Da união nasceram dois filhos conforme certidões de nascimento em anexo, sendo 
estes: 
_________________, nascida em ___/__/______, estando hoje com 17 anos de 
idade e _______________, nascido em ___/__/______, estando hoje com 13 anos 
de idade. 
Ocorre que a requerida nos últimos tempos estava mantendo um relacionamento 
extraconjugal, abandonando assim marido e os filhos para constituir um novo lar 
com o seu amásio, conforme registrado no boletim de ocorrência em anexo, 
incorrendo assim no disposto do art. 1.573, I, IV e VI e art. 9º da Lei nº 6.515 e 
tornando uma reconciliação inviável. 
Sendo assim, desde que a requerida abandonou o lar, é o requerido que vem 
 
 
 
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arcando unicamente com todas as despesas da criação de seus filhos menores. 
 
DOS BENS DO CASAL 
O casal não possui bens imóveis, possui apenas um carro, que ficará com o cônjuge 
____________. 
Os bens que guarnecem a residência são os seguintes: 
 
Relacionar: 
a) _____________________ 
b) _____________________ 
c) _____________________ 
d) _____________________ 
 
- estes e os demais necessários ao conforto de um lar, ficarão com o cônjuge 
____________. 
 
- DO NOME: 
O cônjuge virago, voltará a usar o seu nome de solteira, _________DE TAL, de 
acordo com o disposto no art. 1.578 do CC. 
 
- DA GUARDA DOS FILHOS MENORES: 
Como a requerida é quem deu causa ao fim do matrimônio, agindo assim com culpa 
e causando o fim da sociedade conjugal cabe a guarda dos filhos menores ao seu 
genitor, assegurado o direito de visitas. 
 
- DAS VISITAS: 
Os dias para visitas serão aos finais de semana, preferencialmente aos sábados, 
que serão alternados entre os pais, acontecendo da mesma forma com os feriados, 
datas comemorativas. 
O período de férias escolares será dividido igualmente entre os mesmos, ficando os 
menores nos primeiros 15 (quinze) dias sob responsabilidade da mãe. 
 
- DOS ALIMENTOS: 
A requerida fica obrigada a prestar alimentos aos seus filhos menores no valor de 
40% (quarenta por cento) dos seus rendimentos líquidos, incluindo-se 13º e férias 
que deverão ser descontados diretamente do seu holerite e depositados na conta 
corrente do requerente no BANCO_________, CONTA:_________ AG:________, 
sendo oficiado a empresa empregadora, Santa Casa de Misericórdia, localizada a 
rua____________, nº______________, na cidade de___________, para que 
 
 
 
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apresentem os reais rendimentos da requerida e efetuem o referido desconto. 
O cônjuge ____________ dispensa alimentos para si. 
 
DO DIREITO 
Em consonância com os fatos narrados, é cediço aduzir que, conforme dispõe o art. 
1.572 do Código Civil, a separação litigiosa poderá ser requerida por um só dos 
cônjuges, a qualquer tempo, desde que prove, em juízo, que o outro vem se 
conduzindo desonrosamente ou está violando os deveres do matrimônio, e não há 
nada que viole tanto tais deveres quanto o comportamento extremamente agressivo 
do requerido, o que impediu a continuidade da vida a dois. 
Com relação à cumulação de pedido liminar de fixação de alimentos provisionais, 
este encontra fundamento legal no art. 13, da Lei nº 5.478, de 25 de Julho de 1968 
(Lei de Alimentos); 
A possibilidade de cumulação dos pedidos retro citados é possível, mormente a 
seguinte ementa jurisprudencial resumindo decisão do Egrégio Tribunal de Justiça 
de Santa Catarina. 
SEPARAÇÃO JUDICIAL CUMULADA COM ALIMENTOS E MEDIDA DE 
SEPARAÇÃO DE CORPOS - MULHER E FILHOS MENORES - PENSÃO 
PROVISÓRIA - ALEGADA RECONCILIAÇÃO DO CASAL NÃO COMPROVADA - 
EXCESSO NA FIXAÇÃO DA PRESTAÇÃO ALIMENTÍCIA, EM RAZÃO AOS 
GANHOS DO ALIMENTANTE - FUNCIONÁRIO PÚBLICO - E DA ALIMENTADA, 
QUE AUFERIRIA RAZOÁVEIS VENCIMENTOS COMO PROFESSOR - AUSÊNCIA 
DE PROVA - INDÍCIOS DE QUE O MARIDO E PAI POSSUI MAIS DE UMA FONTE 
DE RENDIMENTOS HÁBIL A SUPORTAR O ENCARGO - AGRAVO DESPROVIDO. 
Decisão: “POR VOTAÇÃO UNÂNIME, NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO. 
CUSTAS LEGAIS.” 
(AGRAVO DE INSTRUMENTO nº 7149, LAGES, rel. ALCIDES AGUIAR, in DJ, nº 
8.636, de 03-12-92, pág. 06). 
 
Igualmente a Terceira Câmara Cível do Egrégio Tribunal Paranaense, em sábia 
decisão unânime, no Agravo de Instrumento nº 45.363, da Comarca de São José 
dos Pinhais, Vara de Menores, Família e Anexos, Relator: Des. Silva Wolff, in verbis: 
DECISÃO: ACORDAM, OS DESEMBARGADORES INTEGRANTES DA TERCEIRA 
CÂMARA CÍVEL, DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ, POR 
UNANIMIDADE DE VOTOS, NEGAR PROVIMENTO AO AGRAVO. EMENTA: 
SEPARAÇÃO JUDICIAL. PEDIDO CUMULADO COM CAUTELARES INCIDENTAIS 
DE SEPARAÇÃO DE CORPOS E ALIMENTOS PROVISIONAIS. CONTESTAÇÃO E 
PROCEDIMENTO ORDINÁRIO. JULGAMENTO DA LIDE, POR SENTENÇA FINAL. 
EMBORA A LEGISLAÇÃO ESPECIFICA PREVEJA UM PROCEDIMENTO PARA 
CADA TIPO DE PEDIDO OU SEJA, PARA PEDIDO DE SEPARAÇÃO JUDICIAL (A 
COMUM, PREVISTA PELO ART. 5º, CAPUT, DA LEI nº 6.515/77), O RITO 
ORDINÁRIO; PARA A SEPARAÇÃO DE CORPOS E ALIMENTOS PROVISIONAIS, 
O PROCEDIMENTO CAUTELAR (ARTS. 796, 852, I E 888, VI DO CPC), ADMITE-
SE QUE TAIS PEDIDOS POSSAMSER CUMULADOS, PORQUANTO O PEDIDO 
DE ALIMENTOS ACHA-SE IMPLÍCITO NA AÇÃO DE SEPARAÇÃO DE CORPOS, 
 
 
 
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AMBOS, NESTA HIPÓTESE, COM CARÁTER DE MEDIDA CAUTELAR 
INCIDENTAL. ESSES PEDIDOS NÃO SÃO INCOMPATÍVEIS ENTRE SI; AO 
CONTRARIO, SÃO CONEXOS E CONSEQUENTES AO PEDIDO PRINCIPAL 
(ART. 292, E PARÁGRAFO 1 DO CPC), TANTO QUE NENHUM TUMULTO 
PROCESSUAL ACARRETARIA O PROCEDIMENTO PASSANDO, APÓS, A 
CONTESTAÇÃO A SER OBSERVADO O RITO ORDINÁRIO (ART. 34, DA LEI N. 
6515/77), PROPICIANDO O JULGAMENTO DA LIDE, POR SENTENÇA FINAL. 
RECURSO IMPROVIDO. SEGREDO DE JUSTIÇA - N.I Decisão: Unânime. 
 
Assim sendo Excelência, a pretensão do SEPARANDO encontra amparo legal, 
jurisprudencial e doutrinário, sendo legítima, necessária e urgente, sob pena de 
prejuízo irreparável sob todos os aspectos à sua família, merecendo pois a proteção 
da tutela jurisdicional do Estado, uma vez que encontram-se presentes os 
pressupostos processuais do periculum in mora e fumus boni iuris, autorizadores do 
deferimento de pedidos liminares. 
 
DOS PEDIDOS 
Ex POSITIS, requer de V.Exa., 
a) Seja LIMINARMENTE fixado a título de ALIMENTOS PROVISÓRIOS EM FAVOR 
DOS FILHOS MENORES, o valor equivalente a 40% (quarenta por cento) dos 
rendimentos líquidos da requerida, a serem depositados diretamente na conta 
corrente do requerente no BANCO_________, CONTA:_____________, 
AG:___________. 
b) Seja oficiado a empresa empregadora, Santa Casa de Misericórdia, localizada na 
rua_____________________, nº _____________, na cidade de______________, 
para que apresentem os reais rendimentos da requerida e efetuem o referido 
desconto. 
c) Seja julgada PROCEDENTE a presente ação, decretando-se a separação judicial 
do casal, expedindo-se o competente mandado de averbação, para o cartório de 
registro civil desta comarca; 
d) A CITAÇÃO da requerida, via MANDADO, no endereço supramencionado, para 
integrar a relação processual e, querendo, no prazo legal, contestar, sob pena de 
revelia; 
e) Seja assegurada ao autor a guarda definitiva dos filhos menores (art. 10 da Lei nº 
6.515/77), regulando-se as visitas da requerida aos menores de acordo com art. 9º, 
e 15 da Lei nº 6.515/77; 
f) A intimação do douto representante do Ministério Público, (art. 178, Il, do CPC). 
g) A intimação pessoal de seu procurador, para todos os atos processuais; 
h) Requer os benefícios da gratuidade da justiça por ser pobre no sentido legal e 
não poder arcar com custas judiciais e honorárias advocatícios sem sofrer prejuízo 
próprio ou de sua família. 
Protesta provar todo o alegado, em especial oitiva de testemunhas, documental, 
depoimento pessoal da requerida, sob pena de confissão. 
Dá-se à causa o valor de R$ 4.800,00 (quatro mil e oitocentos reais), para efeitos 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
fiscais. 
Nestes termos, 
Pede e espera, 
Deferimento. 
 
Local e data 
 
Advogado - OAB 
 
 
 
 
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15. Ação de tutela 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA… VARA CÍVEL DA 
COMARCA DE.................... 
 
 
 
 
 
 
 
 
…TÍCIA, brasileira, divorciada, do lar, portadora de Cédula de Identidade RG nº …… 
e de CPF/MF ……, residente e domiciliada na Rua ………, nº ……, nesta cidade e 
comarca de …….., Estado de…….., endereço eletrônico ____________, por seu 
advogado e procurador ao final assinado, nos termos dos artigos 719 e seguintes do 
Código de Processo Civil, vem com respeito e acatamento de estilo à presença de 
V.Exa., requerer apresente 
AÇÃO DE TUTELA 
relativamente à menor …, brasileira, menor absolutamente incapaz, pelos motivos a 
seguir expostos: 
 
DO FATO 
A requerente é avó paterna de ……, tendo obtido a sua guarda judicial em …/…/…., 
conforme comprova documento em anexo. 
A genitora da menor durante algum tempo cumpriu pena no presídio da cidade de 
………, e há mais de um ano que a requerente não tem notícia de seu paradeiro, 
sendo que nunca compareceu para visitara filha desde a data da guarda. 
O pai faleceu …/…./…., conforme também comprova certidão em anexo. 
A menor é possuidora do bem imóvel recebido em doação por sua tia Martha, 
consistindo em … 
Assim, a menor ….. encontra-se sem representante legal, motivo por que é 
requerida a presente tutela, pela avó paterna, objetivando a proteção e o resguardo 
dos direitos da menor. 
 
DO PEDIDO 
Diante o exposto, requer: 
I – o deferimento de TUTELA PROVISÓRIA à requerente, expedindo-se competente 
termo. 
 
 
 
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II – seja ouvido o ilustre representante do Ministério Público; 
III – o acolhimento da presente ação, concedendo a tutela definitiva da menor …., à 
requerente na forma da Lei. 
IV – os benefícios da assistência judiciária gratuita, uma vez que a requerente não 
dispõe de recursos suficientes para custear a presente ação sem prejuízo da 
subsistência. 
 
Requer todos os meios de prova admitidos em direito; sem exceção. 
Dá-se à causa o valor de R$ ……….. 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado - OAB 
 
 
 
 
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16. Ação de tutela em favor de menor órfão 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA..... VARA DE 
FAMÍLIA DA COMARCA DE....................... 
 
 
 
 
 
 
 
....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de....., portador (a) do CIRG 
nº..... e do CPF nº....., residente e domiciliado (a) na Rua....., nº....., Bairro....., 
Cidade....., Estado....., endereço eletrônico ____________, por intermédio de seu 
(sua) advogado(a) e bastante procurador(a) (procuração em anexo - doc. 01), com 
escritório profissional sito na rua....., nº....., Bairro....., Cidade....., Estado....., 
endereço eletrônico ____________, onde recebe notificações e intimações, vem mui 
respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor 
AÇÃO DE TUTELA 
em favor de....., menor impúbere, residente e domiciliado na Rua....., nº....., 
Bairro....., Cidade....., Estado....., pelos motivos de fato e de direito a seguir 
aduzidos. 
 
DOS FATOS 
Tendo falecido os pais do menor.... sem deixarem algum testamento ou bens, 
conforme comprovam as respectivas Certidões de Óbito inclusas (docs. nº.... e....), 
se encontra o mesmo, desde.... do presente ano, em companhia de seu parente 
consanguíneo, único tio e legítimo tutor, o ora requerente; 
Outrossim, Douto Magistrado, é desejo do requerente em representar nos atos da 
vida civil o menor referido, que está atualmente com.... (nasceu em...., conforme 
Certidão da Nascimento lavrada pelo Cartório do....ª Ofício de Registro Civil, 
anexado - doc. nº....), dirigindo-lhe a atenção e educação, bem como prestando-lhe 
os alimentos necessários, conforme seus haveres e condição, enfim, tudo fazendo 
para preservar os direitos e os interesses de seu estimado e único sobrinho; 
 
DO DIREITO 
A teor do que dispõe o art. 1731 de nosso Código Civil Brasileiro, que estabelece a 
ordem dos parentes a ser deferida a tutela do menor, diante da falta de tutor 
nomeado pelos pais, incumbe a mesma: 
“Art. 1.731... 
 
 
 
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I -....... 
II -...... 
III - aos colaterais até o terceiro grau, preferindo os mais próximos aos mais 
remotos, e, e no mesmo grau, os mais velhos aos mais moços; em qualquer 
dos casos, o juiz escolherá entre eles o mais apto a exercer a tutela em 
benefício do menor.” 
 
Não obstante, insta ressaltar que o entendimento da boa doutrina e da 
Jurisprudênciadominante (RT 338/175) é de que a ordem acima mencionada 
poderá ser alterada pelo Magistrado, em benefício do menor e em atenção aos seus 
anseios e interesses, sendo, portanto, a referida ordem “não inflexível”. Entretanto, 
Douto Magistrado, no presente caso, como já noticiado, o ora requerente é o único 
tio e parente consanguíneo do menor...., fato que lhe transforma em legítimo tutor do 
mesmo; 
Como sabemos, a tutela é um instituto de caráter assistencial, que tem por escopo 
substituir o pátrio poder, protegendo o menor não emancipado e seus bens, se seus 
pais faleceram ou foram suspensos ou destituídos do poder familiar (art. 1.728, CC), 
dando-lhe assistência e representação na órbita jurídica. Importa no exercício de 
funções de alta responsabilidade e importância, exigindo a lei que o tutor seja 
pessoa idônea, de conduta irrepreensível. E no caso, Excelência, é clara e cristalina 
a constatação de que se trata de pessoa “reconhecidamente idônea”, apta para o 
exercício imediato da tutela, pela sua própria personalidade e retidão. O requerente, 
além do grande laço de afinidade e carinho que mantém com seu sobrinho menor, 
possui um bom emprego, trabalhando na função de Supervisor Para Médicos-
Operador de UTI da empresa...., situada na Rua...., nesta Capital do Estado do...., 
há aproximadamente.... anos, encontrando-se numa situação economicamente 
estável; 
Ressalte-se, também, Meritíssimo, que o menor referido não apresenta bem algum, 
como se pode verificar, inclusive, pelas Certidões de Óbito juntadas, dispensando-
se, portanto, a garantia de hipoteca legal, que o legislador obrigou quando o tutelado 
tiver bens sujeitos à gestão do tutor. 
Com efeito, insta trazermos à colação os ensinamentos de Maria Helena Diniz, em 
sua valorosa obra “Curso de Direito Civil”, 5º vol., Direito de Família, p. 305, onde 
leciona: 
“Claro está que a hipoteca legal só é essencial se o tutelado tiver bens sujeitos à 
gestão do tutor; se não tiver patrimônio algum, dispensável será essa garantia”. 
 
Destarte, ínclito Magistrado, sendo o requerente o único parente consanguíneo do 
menor, provando a idoneidade do mesmo com os inclusos documentos, bem como 
não sendo incapaz de exercer a tutela, nos termos do art. 1.735 do Código Civil 
(estando, portanto, apto para o exercício do ofício tutelar), se intenta a presente 
peça inicial com o intuito de que seja deferido o compromisso legal de tutela, a fim 
de que o menor seja representado na órbita jurídica, investindo-se o requerente nos 
poderes imprescindíveis para tanto. 
 
 
 
 
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DOS PEDIDOS 
Cumpridas as formalidades da lei e ouvindo-se o ilustre representante do Ministério 
Público, requer digne-se Vossa Excelência deferir-lhe o presente pedido, expedindo-
se o competente compromisso legal de TUTELA do menor referido, com o que se 
estará decidindo, mais uma vez, com equidade, e prevalecendo a mais salutar 
Justiça. 
Dá-se à causa o valor de R$..... 
Nesses Termos, 
Pede Deferimento. 
 
Local e data 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
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17. Pedido de separação de corpos 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ________VARA De 
FAMÍLIA Da COMARCA DE__________. 
 
 
 
 
 
 
Autos Nº :______. 
 
NOME DA REQUERENTE (ou Autor, Demandante, Suplicante), por seu procurador 
infra-assinado, nos autos da AÇÃO DE SEPARAÇÃO JUDICIAL, que move em face 
de seu marido NOME DO REQUERIDO, vem à presença de V. Exa. requerer a 
separação de corpos, pelos fundamentos que se segue: 
1. A medida, que tem fundamento nos arts. 7º, § 1º, da Lei nº 6.515/77, impõe-se 
pelos motivos que passa a narrar: (expor e fundamentar o direito ameaçado e o 
receio da lesão). 
Pelo exposto, REQUER: 
A citação do cônjuge, para, querendo, contestar o pedido e indicar as provas que 
pretenda produzir. 
Provar o articulado por meio de depoimento pessoal, depoimento de testemunhas, 
perícia e juntada de documentos. 
 
Termos que, 
Pede deferimento. 
 
Local e data 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
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18. Ação de reconhecimento e dissolução de união estável 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA DE 
FAMÍLIA DA COMARCA DE........... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
______, brasileira, solteira, do lar, residente na rua____________, nº____, bairro 
____________, cidade de___________, portadora da cédula de identidade número 
_______, e CPF número _______, endereço eletrônico ____________, por seus 
advogados, mandato incluso, vem respeitosamente à presença de Vossa 
Excelência, propor a presente 
Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável, em face de 
________, brasileiro, solteiro, empresário, endereço eletrônico ____________, 
residente na rua___________, número______, Bairro___________, na cidade DE 
_________________, portador da cédula de identidade número 03030303 e CPF 
05050505, com fundamento nos fatos e no direito que a seguir articula: 
 
I - DOS FATOS 
A autora e o réu se conheceram em junho de 1992, portanto, há mais de quinze 
anos, época em que iniciaram o relacionamento afetivo, sem compromisso definido. 
Depois, embora as partes fossem desimpedidas para contrair matrimônio, optaram 
por constituir um lar e viver sob o mesmo teto, como se casados fossem, desde os 
últimos doze anos, ou seja, exatamente a partir de agosto de 1995. 
Durante este período, e até meados do ano em curso, a vida do casal não sofreu 
qualquer desgaste e permaneceram juntos sem qualquer interrupção. 
A autora, que trabalhava como demonstradora de cosméticos, a partir desta data 
deixou o emprego e passou a cuidar do lar. 
O réu, que era empregado de uma fábrica de tecidos, também deixou o emprego e, 
desde os últimos 08 anos, passou a trabalhar por conta própria num dos cômodos 
da casa de residência do casal, confeccionando bolsas e cintos de couro. 
A partir desta data a autora passou a ajudar o companheiro nas tarefas de produção 
e na administração das entregas e cobranças dos lojistas distribuidores dos 
 
 
 
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produtos. 
O equilíbrio no relacionamento, e a recíproca cooperação na administração do lar e 
dos negócios, permitiram que o casal conseguisse amealhar recursos para adquirir 
uma casa de residência, um carro, e um sítio, entre outros bens, todos legalizados 
apenas no nome do réu, a saber: 
Entretanto, no último semestre o réu conheceu uma jovem senhora, com ela iniciou 
um romance, e se abandonou o lar do casal. 
Recentemente a autora foi surpreendida com a visita do réu que, alegando se 
encontrar endividado, afirmou a disposição de vender os bens do casal para saldar 
seus compromissos. 
É certo que durante o convívio da autora e réu não havia dívidas de qualquer 
espécie, salvo a compra de eletrodomésticos que, no momento já se encontram 
completamente quitados. 
Embora a autora imaginasse que o caso amoroso do seu companheiro fosse coisa 
passageira e que tudo poderia voltar ao normal, a partir desta revelação, 
provavelmente inverídica, teve certeza de que a união de doze anos chegara ao fim. 
 
Da união entre autora e réu não advieram filhos 
A atitude do réu em abandonar o lar do casal e a sua disposição de vender os bens 
que impropriamente constam apenas em seu nome, autorizam a autora buscar 
prestação jurisdicional para obter a declaração de reconhecimento e dissolução da 
união estável havida entre ela e o réu, bem como, o amparo judicial para obter a 
partilha dos bens adquiridos na constância da união. 
 
II – DO DIREITO 
É induvidoso, pela legislação aplicável à espécie e mesmo pela pacífica 
jurisprudência, que a “uniãoestável”, com todos os seus reflexos, patrimoniais 
inclusive, goza de proteção legal e pode ser reconhecida e dissolvida judicialmente. 
Em conformidade com o novo Código Civil o patrimônio adquirido na constância da 
união estável, independente de ter sido adquirido em nome de um ou de outro, ao 
fim da vida em comum, deve ser partilhado: 
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem 
e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e 
estabelecida com o objetivo de constituição de família. 
 
Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, 
aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão 
parcial de bens. 
Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que 
sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos 
artigos seguintes. 
 
 
 
 
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Art. 1.660. Entram na comunhão: 
I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda 
que só em nome de um dos cônjuges; 
 
Art. 1.662. No regime da comunhão parcial, presumem-se adquiridos na 
constância do casamento os bens móveis, quando não se provar que o foram 
em data anterior. 
 
A súmula 380 do Egrégio Supremo Tribunal Federal, dispõe com absoluta clareza: 
Súmula 380 do Egrégio Supremo Tribunal Federal: 
Comprovada a existência de sociedade de fato entre os concubinos, é cabível a sua 
dissolução judicial, com a partilha do patrimônio adquirido pelo esforço comum. 
 
A jurisprudência dos tribunais também é absolutamente pacífica: 
AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE 
RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL. CONFIGURAÇÃO. 
SÚMULA 7/STJ. SEPARAÇÃO DE FATO ENTRE CÔNJUGES. POSSIBILIDADE DE 
RECONHECIMENTO DA UNIÃO ESTÁVEL. SÚMULA 83/STJ. 1. Inviável o recurso 
especial cuja análise das razões impõe reexame do contexto fático-probatório da 
lide, nos termos da vedação imposta pelo enunciado nº 7 da Súmula do STJ. 2. A 
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça possui entendimento no sentido de 
que a existência de casamento válido não obsta o reconhecimento da união estável, 
desde que haja separação de fato ou judicial entre os casados. 3. Agravo regimental 
a que se nega provimento. 
 
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RECONHECIMENTO DISSOLUÇÃO DE UNIÃO 
ESTÁVEL. PARTILHA DE BENS. ALIMENTOS. PARTILHA DAS DÍVIDAS. TERMO 
INICIAL AFASTADO De proceder-se a partilha tão-somente da dívida contraída na 
constância da união estável, sobre a qual não há qualquer divergência entre as 
partes, AMBAS APELAÇÕES DESPROVIDAS. (TJ-RS - AC: 70044527836 RS, 
Relator: Roberto Carvalho Fraga, Data de Julgamento: 17/10/2012, Sétima Câmara 
Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 22/10/2012) 
 
Destarte, conforme consta, a “união estável” de companheiros, comprovada pela 
convivência prolongada sob o mesmo teto como se casados fossem, é um fato 
jurídico incontroverso irradiador de direitos e obrigações, legalmente protegido pelo 
estado. 
O direito à partilha dos bens adquiridos na constância da união estável, da mesma 
forma, é matéria absolutamente incontroversa e passível de ser definida pela via 
judicial. 
 
III - Do Pedido 
 
 
 
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Face ao exposto, requer a citação do réu, no endereço que consta do preâmbulo 
desta peça, para, querendo, apresentar defesa, no prazo legal, sob pena de revelia. 
Pede e espera, ainda, que seja processado presente feito e, afinal, julgada 
procedente a presente ação para: 
a) declarar a existência da “união estável” havida entre autora e réu, produzindo 
efeitos durante o lapso de tempo de____ a______; 
b) decretar a dissolução da “união estável”, com a consequente partilha dos bens 
adquiridos na constância da união, em partes iguais para a autora e réu, e 
c) condenar o réu no pagamento dos ônus processuais, conforme se apurar, e a 
suportar os honorários advocatícios que vierem a ser arbitrados. 
Protesta a autora pela produção de provas em direito admitidas, especialmente 
depoimento pessoal do réu, ouvida de testemunhas, e juntada de documentos, se 
necessários para contrapor eventual alegação do réu. 
Para efeitos meramente fiscais, atribui à causa o valor de R$ 1.000,00. 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local e data 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
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19. Ação declaratória de união estável 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA DE 
FAMÍLIA DA COMARCA DE _________. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
____________, brasileiro, solteiro, profissão, portador do RG nº __________ e 
inscrito no CPF nº ___________, endereço eletrônico ____________, residente e 
domiciliado na Rua __________________, nº _______, CEP ______, cidade de 
____________, por seu procurador infra-assinado (procuração em anexo), vem, 
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor a presente 
AÇÃO DECLARATÓRIA DE UNIÃO ESTÁVEL 
em face de ____________, brasileiro, solteiro, profissão, portador do RG nº 
__________ e inscrito no CPF nº ___________, endereço eletrônico ____________, 
residente e domiciliado na Rua __________________, nº _______, CEP ______, 
cidade de ____________, pelos fatos e fundamentos que passa a expor: 
 
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA 
Inicialmente, informa que é pobre na acepção legal do termo, não possuindo 
condições de arcar com as custas de um processo e honorários advocatícios, sem 
prejuízo de seu sustento e de sua família, razão pela qual faz jus a assistência 
judiciária gratuita, nos termos do art. 98 do CPC e da lei nº 1.060/50. 
 
DOS FATOS 
1. A REQUERENTE conviveu more uxorio com o REQUERIDO por 
aproximadamente ______ anos. Desta união adveio ______, hoje com ______ anos 
de idade, como corrobora cópia da certidão de nascimento em anexo (doc. 2). 
2. Apesar do longo período em que viveram juntos, nos últimos anos, o 
relacionamento desgastou-se sobremaneira, em razão de divergências surgidas 
entre o REQUERIDO e o filho mais velho da requerente, que reside em companhia 
do casal. 
3. Ademais, há aproximadamente um ano, a REQUERENTE e o REQUERIDO não 
mantêm mais qualquer relacionamento amoroso, apesar de morarem sob o mesmo 
teto. 
 
 
 
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4. Necessário constar-se, que todos os bens móveis já foram partilhados por ocasião 
da separação do imóvel. 
5. Cumpre anotar, que durante a constância da união estável, os conviventes 
adquiriram junto à ENCASA um lote na quadra ______, do loteamento ______, no 
bairro ______, nesta cidade, como corrobora cópia do contrato de compra em 
anexo. Neste terreno, as partes construíram uma casa composta por três quartos, 
sala, copa, cozinha e banheiro. No entanto, tal imóvel não possui escritura, nem 
tampouco registro. 
6. Além do imóvel acima descrito, possuem um veículo da Marca ______, modelo 
______, de cor ______, placa ______, ano ______. 
7. Quanto aos bens móveis, a REQUERENTE deseja permanecer com todos os que 
guarnecem a casa. 
8. Como é impossível a reconciliação das partes, a REQUERENTE deseja a 
dissolução da presente união estável, pois não deseja continuar residindo no mesmo 
imóvel que o REQUERIDO. 
9. A fim de ajudar na manutenção e criação do filho comum, a REQUERENTE 
requer seja o REQUERIDO compelido a fornecer pensão alimentícia ao menor, à 
ordem de ______% de seu salário líquido, tendo em vista o binômio necessidade-
possibilidade, que deve imperar em questões de alimentos. 
 
DO DIREITO 
Da existência de união estável 
1. Prefacialmente, cumpre anotar o disposto no art. 1º, da Lei nº 9.278/96: 
“Art. 1º. É reconhecida comoentidade familiar a convivência duradoura, pública 
e contínua, de um homem e uma mulher, estabelecida com objetivo de 
constituição de família.” 
2. Ora, é inegável que a situação em análise subsume-se perfeitamente ao artigo 
transcrito, eis que os conviventes mantêm relacionamento com ´animus´ de família, 
há cerca de ______ anos, morando, inclusive, sob o mesmo teto. Corrobora a 
existência de união estável o nascimento do filho, como elo maior da família. 
Ademais, o depoimento das testemunhas arroladas comprovará a existência da 
entidade familiar entre os conviventes. 
3. Desta feita, em sendo declarada a união estável, caberá a sua dissolução, nos 
termos de sobredita Lei, com os consectários necessários. 
 
Da obrigação alimentar 
1. Aqui, há de se atentar para o disposto no art. 2º da Lei nº 9.278/96, que ora se 
transcreve: 
“Art. 2º. São direitos e deveres dos conviventes: 
I) respeito e consideração mútuos; 
II) assistência moral e material recíproca; 
III) guarda, sustento e educação dos filhos comuns”. 
 
 
 
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2. Desta feita, resta indubitável a obrigação do REQUERIDO em prover o sustento e 
a manutenção de seu filho, devendo, destarte, contribuir com o “quantum” relativo à 
______% de seus rendimentos líquidos, estimados em torno de R$ ______ (valor 
expresso). 
3. Assim, faz-se juntar à presente exordial, comprovantes dos gastos mínimos com o 
menor, justificadores do percentual ora pleiteado. 
4. Ademais, veja-se o disposto no art. 7º da mesma lei: 
“Art. 7º. Dissolvida a união estável por rescisão, a assistência material prevista 
nesta Lei será prestada por um dos conviventes ao que dela necessitar, a título 
de alimentos.” 
 
5. Ora, há de se considerar, que o REQUERIDO, percebendo uma remuneração 
mensal de R$ ______ (valor expresso), era o responsável pelo sustento da família, 
eis que a REQUERENTE, exercendo a função de ______, recebe a parca quantia 
de R$ ______ (valor expresso). Assim, percebe-se claramente, que com a saída do 
REQUERIDO do lar, o padrão da família caíra drasticamente, restando insuficiente 
os alimentos pagos ao menor. 
6. Deste modo, é irretorquível a necessidade da REQUERENTE auferir alimentos do 
REQUERIDO para prover a manutenção de toda família, sem que haja decaimento 
profundo no padrão de vida. Assim, requer seja o REQUERIDO condenado à prestar 
alimentos à REQUERENTE, consoante determinação do artigo em apreço. 
 
Da divisão dos bens 
1. Neste ínterim, cumpre analisar as disposições constantes do art. 5º da Lei nº 
9.278: 
“Art. 5º. Os bens móveis e imóveis adquiridos por um ou por ambos os 
conviventes, na constância da união estável e a título oneroso, são 
considerados fruto do trabalho e da colaboração comum, passando a 
pertencer a ambos, em condomínio e em partes iguais, salvo estipulação 
contrária em contrato escrito. 
§ 1º Cessa a presunção do caput deste artigo se a aquisição patrimonial 
ocorrer com o produto de bens adquiridos anteriormente ao início da união. 
§ 2º A administração do patrimônio comum dos conviventes compete a ambos, 
salvo estipulação contrária em contrato escrito.” 
 
2. Desta feita, como o terreno onde foi construída a casa, e outrossim, o automóvel 
foram adquiridos na constância da união estável, mediante o esforço comum dos 
conviventes, é certo que pertença a ambos, e deste modo, faz-se necessária a justa 
partilha. 
 
DO PEDIDO 
 
 
 
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Pelo exposto, REQUER: 
I - A concessão do benefício da assistência Judiciária, nos termos do art. 98 do CPC 
e da Lei nº 1.060/50; 
II - A citação do REQUERIDO, para, querendo, vir contestar os termos da exordial 
no prazo legal, sob pena de serem reputados como verdadeiros os fatos ora 
alegados, nos termos do art. 344 do Código de Processo Civil; 
III - A fixação in limine de alimentos provisórios, e que ao final sejam convertidos em 
definitivos, à ordem ______% dos rendimentos líquidos percebidos pelo 
REQUERIDO em favor de seu filho, e outrossim, ______% em favor da 
REQUERENTE, devendo a quantia ser depositada em conta bancária a ser aberta 
em nome da representante legal do menor, cujo ofício requer seja fornecido por este 
Juízo; 
IV - A procedência in totum do pedido para decretar a dissolução da união estável, 
determinando a partilha do bem imóvel e do automóvel adquiridos durante a 
constância do relacionamento; 
V - A condenação do REQUERIDO nas custas processuais e nos honorários 
advocatícios; 
 
Pretende provar o alegado mediante prova documental, testemunhal, cujo rol segue 
em anexo, depoimento pessoal do REQUERIDO, sob pena de confissão, e demais 
meios de prova em direito admitidos consoante disposição do art. 369 do Código de 
Processo Civil. 
Dá-se à causa o valor de ______ (valor expresso). 
Termos que, 
pede deferimento. 
Local e data 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
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20. Guarda e posse provisória dos filhos 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA …… VARA DE 
FAMÍLIA DA COMARCA DE ……………… 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
…………, (nacionalidade), (profissão), (estado civil), portador da Carteira de 
Identidade RG nº ….., inscrito no CPF/MF sob o nº …., endereço eletrônico 
____________, residente e domiciliado na rua …….., nº ….., bairro ……., cidade 
……, no Estado de …….. CEP ……., por seu procurador infra-assinado, mandato 
anexo, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer a presente 
MEDIDA CAUTELAR DE GUARDA E POSSE PROVISÓRIA 
do filho menor impúbere, ……….., nacionalidade, menor impúbere, nascido em 
../../…., Certidão de nascimento lavrada no …. Cartório de Registro Civil ou portador 
da Carteira de Identidade RG nº ….., neste ato representado por sua genitora 
…………, (nacionalidade), (profissão), (estado civil), portadora da Carteira de 
Identidade RG nº ….., inscrita no CPF/MF sob o nº …., residente e domiciliada na 
rua …….., nº ….., bairro ……., cidade ……, no Estado de …….. CEP ……., 
aduzindo, para tanto, o seguinte: 
 
I - DOS FATOS 
Na constância do casamento entre o requerente, ……………….., e a requerida, 
……………….., nasceu-lhes o menor ………………… Tudo nos termos já 
mencionados nos autos de Separação Judicial (Consensual) distribuído nesta Vara 
de Família, sob nº ………………… 
Ainda na constância do casamento, o então cônjuge virago cursava a faculdade de 
psicologia, ocasião em que houve os primeiros desentendimentos. 
O então cônjuge virago iniciou um caso com um colega acadêmico, gerando 
conflitos conjugais de grande ordem, havendo um rodízio maior de “amigos”; tudo 
isto culminou com a separação. 
Tudo era tolerado pelo então cônjuge ____________, ao ponto de lhe fazer a 
“cabeça” o então cônjuge virago, no sentido de se proceder a uma separação judicial 
CONSENSUAL. 
 
 
 
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Houve a separação, como se comprova com os documentos em anexo, com a 
promessa firme do então cônjuge virago de que o menor, que permanecia sob sua 
guarda, não ficasse sabendo dos desacertos de sua mãe. Como houve pagamento 
de alimentos, descontados em folha, e as visitas do pai ao menor eram sempre nos 
finais de semana, não houve contratempos no sentido de causar qualquer problema 
relacionado aos então separados. 
Há pouco mais de um ano, entretanto, o pequeno, …., (filho do casal) começou a 
contar ao pai histórias um tanto escabrosas, de que a mãe estava “saindo” com 
amigos e que tinha uma porção de amigos que gostavam muito dela. 
Tal fato fez com que o requerente intercedesse junto à requerida, pedindo-lhe 
cautela no trato com “outras pessoas”, especialmente não permitindo que o menor 
ficasse sabendo das suas “aventuras” (oudesventuras). 
Tal atitude não foi bem aceita pela requerida que, ato contínuo, passou a acusar o 
requerente de bisbilhotar na sua vida, sem qualquer direito neste sentido. 
As acusações culminaram com uma queixa na Delegacia do ……………….. Distrito, 
especialmente ao superintendente ……………….., que numa ocasião chamou o 
requerente até a Delegacia, com o intuito de lhe chamar a atenção. 
Entretanto, à medida que vinha crescendo o pequeno ……………….., este também 
vinha cada semana com “novidades” ao pai. 
Estas novidades traziam, entre outras, a triste notícia que entre os “amigos da 
mamãe” havia um delegado de polícia, que não era outro, descobriu-se mais tarde, 
senão o próprio superintendente mencionado acima, nos dizeres do pequeno 
………………… 
Em princípio, tentava o pai “desconversar”, dizendo tratar-se de amigos com os 
quais a mãe tinha assuntos de negócios, entretanto, a situação agravou-se 
sobremaneira, quando um dia o pequeno ……………….. mostrou fotos ao pai, nas 
quais sua mãe aparecia despida. (vide fotos anexas) 
As fotos eram, dizia o menor, para uma revista de homens, que gostam muito de 
olhar para a mãe daquele jeito. 
O requerente então dirigiu-se aos vizinhos, e, para sua surpresa, ficou sabendo que 
em inúmeras ocasiões, a requerida deixava o menor sozinho em casa enquanto saía 
com os “amigos”. 
Conseguiu verificar no verso das fotos em qual estúdio fora fotografada a requerida, 
e valeu-se da condição de “ex-marido” a fim de conseguir um jogo destas fotos para 
prova em Juízo. Trata-se do Stúdio ……………….., situado na rua …….., nº ….., 
bairro ……., cidade ……, no Estado de …….. CEP ……., sendo que o fotógrafo que 
fotografara a requerida é o Sr. ……………….., e atende pelo telefone 
(….)(……………..) 
Para sua maior surpresa, entretanto, a requerida ainda está reservando algo muito 
mais escabroso. Questionada pelo requerente sobre o problema das fotos e o que 
realmente pretendera com este gesto, ficou sabendo que a requerida pretende 
mudar-se de ……………….. para local não sabido pelo requerente, levando consigo 
o menor ………………… Como a pensão é descontada em folha e depositada em 
banco, em conta corrente à disposição da requerida, este realmente corre o risco de 
não ficar sabendo para onde irá com o menor. 
 
 
 
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A requerida comprometeu-se, por ocasião da separação judicial, a investir o que 
percebia em favor do filho menor, inclusive comprometeu-se a encaminhá-lo à 
escola – inicialmente pré-primário e depois à escola primária regular. 
Até a presente data, entretanto, a requerida não providenciou nenhuma destas 
situações. O menor já deveria ter sido matriculado em escola regular, e nem isto foi 
feito. 
Cada vez que o requerente toca no assunto, esta “alvoroça-se”, como se estivesse 
sendo agredida, ameaçando chamar o “tal delegado de polícia”, por agressões, que 
nunca sofreu. 
No afã das discussões, chegou a saber da requerida que as fotografias haviam sido 
enviadas para determinados hotéis e com o objetivo de conseguir encontros com 
homens de negócios. 
Soube pelo menor ……………….., que nos finais de semana, quando o pai fica com 
o menor, esta simplesmente não aparecia em casa. Permanecia fora sem qualquer 
responsabilidade a cumprir. 
De fato, o requerente, ao entregar o menor, ……………….., aos cuidados da mãe, 
devolvia-o, na verdade, à genitora da requerida, em endereço bem diferente da sua 
residência, de onde a requerida só o busca, geralmente às terças-feiras à tarde, 
deixando o menor na companhia dos dois filhos excepcionais da “ex-sogra”, um dos 
quais agride constantemente o menor, ……………….., por ter índole agressiva e 
colérica. 
Mister se faz, e com urgência, que o menor, ……………….., seja afastado o mais 
rapidamente possível desta situação horrível, sob pena de sofrer sequelas 
irreparáveis. 
Em primeiro lugar, deverá ser sumariamente afastado deste “mar de lama” em que 
está envolvido, como também ser matriculado em uma escola regular, onde 
aprenderá as primeiras letras, que a mãe não tem condições de lhe ensinar. 
Como não há qualquer forma de diálogo entre requerente e requerida, também não 
há meios de se exigir o cumprimento das obrigações normais e de praxe, como, por 
exemplo, alimentação, vestuário e escola. 
Até há tempos, a requerida, sempre que se via em situação embaraçosa, em virtude 
do descumprimento com as obrigações do menor, insinuava-se junto ao requerente, 
como se este era o único que podia satisfazê-la com suas ambições sexuais. 
E esta situação esdrúxula até teve uma certa permanência entre ambos, haja vista 
que havia uma constante ameaça por parte da requerida em “escafeder-se” daqui, 
levando o menor ao ponto de deixar o pai verdadeiramente desesperado ante a 
ameaça de não ver mais o seu filho. 
Entretanto, esta situação tornou-se insustentável, ao ponto de não concordar mais 
com esta coação. 
E, a partir deste momento, “a corda rompeu”. 
 
II – DO DIREITO 
O requerente proporá, no prazo legal, a ação própria de Guarda e Posse Definitiva 
do Menor, sendo que então apresentará testemunhas que confirmarão tudo o que foi 
 
 
 
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dito nesta ação de Medida Cautelar. 
Os genitores do requerente são pessoas muito bem estabelecidas, sendo que ele é 
oficial do exército e ela, do lar. São devidamente casados na forma da lei, 
proprietários de casa própria, na Rua _______________ nº ______, onde também 
reside o requerente. 
Apesar de o requerente ter condições plenas de prover o sustento do menor, este 
ficará muito bem guardado aos auspícios da progenitora por parte do pai, que já se 
propôs a cuidar do menor, com amor e carinho, dando-lhe os tratos que não recebeu 
por parte da requerida. 
Uma vez que, neste momento, é absolutamente preponderante o restabelecimento 
emocional e educacional do menor, requer: 
 
III – DO PEDIDO 
À vista do exposto, diante dos fatos comprovados nos autos, diante das provas que 
não deixam qualquer dúvida e diante do fumus boni iuris e do periculum in mora, 
caso houvesse procrastinação, requer, inaudita altera pars, mediante MANDADO 
JUDICIAL, a guarda e posse provisória do menor impúbere ……………….., que 
permanecerá sob a guarda e posse do pai, ora requerente, no endereço dos 
progenitores (paternos) na Rua ___________, nº ____, bairro _______, cidade 
________, até decisão final e julgamento do mérito da ação principal que será 
proposta no prazo legal; 
Seja a requerida citada nos termos da lei, após o cumprimento do Mandado Judicial 
expedido especificamente para o fim previsto nos presentes autos; 
Seja distribuída a presente ação, por dependência, nos Autos nº………………… 
Requer ainda que as fotografias anexas à presente Medida Cautelar de Guarda e 
Posse Provisória, após instruírem o processo, sejam recolhidas aos cofres desta …. 
Vara, para instruírem igualmente os Autos da ação principal que será proposta no 
prazo legal. 
Requer igualmente que, após julgado o mérito, transitado o julgado, sejam as fotos 
destruídas, sob ordem judicial, a termo, para evitar distúrbios posteriores do menor 
que, quando maior, pudesse por alguma razão lançar mão deste processo. 
 
Dá-se à presente o valor de R$……,.. (valor por extenso). 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
Local e data. 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
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21. Pedido de guarda (modelo 1) 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA DE 
FAMÍLIA DA COMARCA DE ________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
________________, brasileiro, casado, profissão, portador da Carteira de Identidade 
RG nº __________, inscrito no CPF sob o nº ____, endereço eletrônico 
____________, residente e domiciliado na Rua ______, nº ____, bairro ________, 
cidade _______, CEP. ________, por seu procuradorinfra-assinado, vem, 
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer 
ALVARÁ DE CONCESSÃO DE GUARDA 
pelos motivos que abaixo que passa a expor: 
1. O REQUERENTE é avô materno do menor ______, condição esta devidamente 
provada pelas certidões anexas a este pedido (doc. 01). Em virtude da situação 
financeira precária em que tem se encontrado nos últimos anos a mãe do menor, 
filha do REQUERENTE, há muito este vem provendo o sustento da criança, arcando 
com todas as suas necessidades materiais. O pai do menor há muito também 
encontra-se em semelhante situação financeira, estando desempregado há quase 
dois anos, motivo pelo qual não pôde este, da mesma forma, corresponder às 
necessidades materiais da criança, hoje com 06 (seis) anos de idade; 
2. Com seus vencimentos, o REQUERENTE felizmente têm conseguido arcar com o 
sustento material da criança, possibilitando atualmente que seu neto estude em 
colégio particular e que se dedique inclusive a atividades esportivas e recreativas, 
também custeadas pelo REQUERENTE. 
3. Tendo em vista a situação de fato que se afigura, demonstrado o zelo e carinho 
com o qual o REQUERENTE cuida da criança, tanto do ponto de vista material 
quanto afetivo (vale ressaltar que a criança permanecerá, como até agora esteve, no 
convívio também de sua mãe), pretende o REQUERENTE tão somente regularizar a 
situação de dependência econômica de fato já existente. Oportuno esclarecer que 
preocupa-se também o REQUERENTE, com a medida judicial, viabilizar o 
recebimento, por parte da criança, de eventuais benefícios previdenciários. 
A Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente, sobre 
a questão da guarda dispõe: 
“Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à 
 
 
 
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criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, 
inclusive aos pais. 
§ 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar 
ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por 
estrangeiros. 
§ 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção, 
para atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou 
responsável, podendo ser deferido o direito de representação para a prática de atos 
determinados. 
§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para 
todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciário.” 
 
Tendo em vista o exposto, REQUER: 
a. Seja intimado o ilustre representante do Ministério Público, para que se manifeste 
quanto aos termos do pedido; 
b. Proceda-se à oitiva das testemunhas e interessados, sendo enfim julgada 
PROCEDENTE a demanda, com a consequente expedição do alvará de guarda da 
criança; 
 
Pretende provar, caso necessário, o que ora alega através de todos os meios de 
prova em direito admitidos. 
Dá à causa o valor de ______ (valor expresso). 
 
Termos que, 
Pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado - OAB 
 
 
 
 
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22. Pedido de guarda (modelo 2) 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA 
INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE __________. 
 
 
 
 
 
 
(nome, qualificação e residência), por seu advogado, e com apoio no art. 33, § 1º, da 
Lei nº 8.069, de 13.07.1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente - expõe e requer 
o seguinte: 
1. O menor ____________ de cerca de _________ anos, foi deixado com a família 
do requerente, no mês de _________, empregado do Circo __________, que esteve 
alguns meses nesta cidade, dando espetáculos. 
_______(Nome do pai) confiou o menor à guarda da família do requerente, que o 
acolheu e a ele se afeiçoou. 
O pai retirou-se para outros lugares no exercício de sua profissão, não tem 
condições de dar ao descendente assistência e educação, e até manifestou algumas 
vezes o desejo de deixá-lo em definitivo com o casal. 
Assim exposto, e para regularizar e legalizar a posse de fato da aludida criança, 
requer a Vossa Excelência que lhe conceda a respectiva guarda, na forma do 
Estatuto, pois é intenção do peticionário e de sua mulher, que não tem filhos, 
assumir a tutela, de modo a consolidar os interesses do menor e também o interesse 
sentimental e social do requerente e sua mulher. 
 
Termos em que, 
P. deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado - OAB 
 
 
 
 
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23. Pedido de guarda (modelo 3) 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DA 
INFÂNCIA E JUVENTUDE DA COMARCA DE ……….. ESTADO DE ………… 
 
 
 
 
 
XXXXXXX, brasileiro, solteiro, autônomo, portador da cédula de identidade RG 
000 e do CPF/MF 000 residente e domiciliado à rua …….., n°….., bairro …….., nesta 
cidade e comarca de …….., Estado de ……. e TÍCIA, brasileira, solteira, estudante, 
portadora da cédula de identidade RG 000 e do CPF/MF 000, residente e 
domiciliada à Rua ……., n° ….., nesta cidade e comarca de …….., Estado de 
………, vêm, respeitosamente à presença de Vossa Excelência requerer a 
homologação do TERMO DE GUARDA COMPARTILHADA, ALIMENTOS E VISITA 
(em anexo) do menor impúbere __________. 
 
 
Requerem outrossim, após ouvido o ilustre representante do Ministério Público, 
seja homologado o presente acordo, nos termos apresentados, expedindo-se para 
tanto o competente compromisso de guarda em nome da genitora do menor. 
 
Termos em que, P. Deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
 
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24. Ação de modificação de guarda 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA DE 
FAMÍLIA DA COMARCA DE _______. 
 
 
 
 
 
____________ (nome, qualificação e residência), endereço eletrônico 
____________, por seu procurador infra-assinado, constituído conforme incluso 
mandato, com escritório na rua _____________________, nesta cidade, vem, 
respeitosamente, propor contra (nome, qualificação e residência), a presente ação 
ordinária de modificação de guarda, com base nos seguintes fatos e fundamentos: 
1. Por força de acordo celebrado na separação consensual firmada entre as partes, 
coube à requerida a guarda do filho menor do casal, de nome 
___________________ (doc. nº 1, cláusula 3ª). 
2. ocorre que, após a separação consensual, passou a requerida a manter conduta 
desregrada, comprometendo a formação moral do menor, pois recebe homens em 
sua residência, sem ao menos cuidar para que o fato passe ao menor despercebido. 
3. É sabido que, segundo a doutrina autorizada, a sentença sobre guarda de 
menores não transita em julgado materialmente e pode ser modificada, na 
ocorrência de circunstância supervenientes e segundo convier aos interesses do 
menor. 
Pelo exposto, requer a citação da requerida para os termos da presente ação e para 
que a conteste, querendo, no prazo de 15 dias, sob pena de se presumirem 
verdadeiros os fatos ora articulados e, a final, seja a ação julgada procedente, 
condenada a requerida na perda do direito de guarda sobre o menor, filho do casal, 
o qual deverá ser objeto de busca e apreensão, se necessário, para posterior 
entrega ao requerente. 
Requer, ainda, a condenação da requerida nas despesas processuais; a produção 
das provas testemunhal e depoimento pessoal, sob pena de confessa, e a citação 
do Ministério Público para os termos da ação. 
 
Dá à causa o valor de R$ _________ (________________). 
Pede e Espera Deferimento. 
Local e data. 
 
Advogado - OAB 
 
 
 
 
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25. Investigaçãode paternidade com negativa de filiação, fixação de alimentos 
e retificação de registro de menor 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ª VARA DE 
FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE ____________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
______________________, brasileiro, menor impúbere, nascido aos 20/01/2004 
(certidão de nascimento anexa – doc. 05), representado por sua genitora 
_________________, brasileira, solteira, estudante, portadora da Cédula de 
Identidade nº ____________ SSP/SP, inscrita no CPF/MF sob nº ____________ 
(docs. 03/04), com endereço nesta cidade de _______________________, na rua 
__________________, nº – Vila Universitária, endereço eletrônico ____________, 
por seus procuradores infra-assinados, mandato anexo (doc. 1), respeitosamente, 
vem à presença de Vossa Excelência, requerendo as benesses da gratuidade 
processual ao teor da Declaração de Pobreza que anexa (doc. 02) e invocando a Lei 
nº 1.060/50 e suas posteriores regulamentações e alterações, propor a presente 
AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE 
em face de seu verdadeiro pai, _______________________, brasileiro, solteiro, 
estudante, residente e domiciliado também nesta cidade de ............, na Rua, nº, 
bairro..........., pelos fatos e fundamentos que passa a expor: 
 
I – PRELIMINARMENTE 
DO LITISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO do Sr. ___________ (anuente), 
que registrou criança em seu nome e que depois se certificou não ser filho seu, para 
ciência da pretensão de anulação do registro, pedido que se faz cumulativo nestes 
autos, e cujo é permitido, conforme escorço de entendimentos feitos mais adiante. 
Em sede preliminar, e antes mesmo de se discutir o mérito da presente contenda, 
requer seja deferido o litisconsórcio passivo necessário de 
_____________________, eis que no caso em comento, a pretensão é de 
reconhecer e comprovar por exame D.N.A. a paternidade do infante registrado por 
ele, agora imputada a ____________________, e anular registro feito. 
Para tanto o referido LITISCONSORTE (ANUENTE) deverá ser citado; aliás, ele já 
está ciente dos fatos e concorda com o pleito, e suas consequências futuras. 
 
 
 
 
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Vejamos a jurisprudência: 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE. 
PÓLO PASSIVO. LITISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO. Havendo pai 
registral, a ação de investigação de paternidade cumulada com pedido de retificação 
de registro civil desafia a inclusão do pai registral no pólo passivo. NEGARAM 
PROVIMENTO AO RECURSO. (TJ-RS - AI: 70058234154 RS, Relator: Alzir Felippe 
Schmitz, Data de Julgamento: 08/05/2014, Oitava Câmara Cível, Data de 
Publicação: Diário da Justiça do dia 12/05/2014) 
 
AGRAVO INTERNO. INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE. ANULAÇÃO DE 
REGISTRO DE NASCIMENTO. LITISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO 
ENTRE O INVESTIGADO E O PAI REGISTRAL OU, NA HIPÓTESE DE SEU 
FALECIMENTO, DE SEUS DEMAIS HERDEIROS. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO 
VÁLIDA. INOBSERVÂNCIA DO ART. 218 DO CPC. NULIDADE. Tratando-se de 
investigação de paternidade, cumulada com pedido de retificação de registro civil, há 
litisconsórcio passivo necessário entre o investigado e o pai registral, ou, na hipótese 
de seu falecimento (como no caso), de seus demais herdeiros, sob pena de 
nulidade. Precedentes do STJ e desta Corte de Justiça. RECURSO DESPROVIDO. 
(TJ-RS - AGV: 70064032279 RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Data de 
Julgamento: 25/03/2015, Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da 
Justiça do dia 31/03/2015) 
 
Importante trazer ainda o noticiado no Superior Tribunal de Justiça: 
Ação de investigação de paternidade independe de prévia ação de anulação de 
registro 
A ação de investigação de paternidade pode ser proposta independentemente de 
prévia ação de anulação de registro de nascimento do investigante. A conclusão é 
da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, que não conheceu do recurso de 
A. J. de O., de São Paulo, suposto pai de um garoto, registrado como filho por outro 
homem. Para a Turma, é perfeitamente possível a cumulação dos pedidos de 
investigação de paternidade e de anulação de registro, desde que o litisconsorte 
passivo seja admitido no processo. 
Representado pela mãe, o menor T. O. entrou na Justiça com uma ação de 
investigação de paternidade cumulada com pedido de alimentos contra A. J. de O. 
Em primeira instância, o processo foi extinto sem julgamento do mérito. O juiz 
considerou o garoto carecedor de ação, alegando que, antes de requerer a 
investigação de paternidade e alimentos, deveria ser feito pedido de anulação de 
registro, tendo em vista constar da certidão de nascimento nome de terceiro como 
seu pai. 
O menor apelou e o Tribunal de Justiça de São Paulo deu provimento à apelação, 
afastando a extinção do feito para possibilitar a inclusão do pedido de anulação de 
registro, com a chamada ao processo do terceiro que o registrou como filho. “Menor 
registrado em nome de outro pai – desnecessidade de ser proposta, previamente, 
ação anulatória de registro de nascimento – possibilidade de cumulação dos pedidos 
de investigação de paternidade e de anulação de registro, com admissão de 
 
 
 
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litisconsórcio necessário”, diz a ementa da decisão do TJSP. 
Segundo o Tribunal, pedidos conexos, ainda que com réus diversos, podem e 
devem ser examinados juntos, pois facilitam a prova pericial e a solução da questão. 
Embargos de declaração do suposto pai foram rejeitados posteriormente pelo TJSP. 
Ele recorreu, então, ao STJ. 
No recurso especial, a defesa alegou violação do artigo 18 do Código de Processo 
Civil por suposta ocorrência de irregularidade processual. Afirmou, ainda, que a 
propositura da ação de investigação de paternidade antes do prévio ajuizamento de 
ação anulatória de registro de nascimento é impossível, tendo havido, no caso, 
ofensa aos artigos 340, I e II, 344, 348, artigo 178, § 3º e 4º, do Código Civil/16 e 
aos artigos 102 e 114 da Lei nº 6.015/73. 
Ainda segundo a defesa, é inviável a cumulação de pedidos contra réus diversos, 
bem como a modificação do pedido após a citação do réu, salvo com sua anuência. 
“Na demanda em que se discute paternidade, o suposto pai biológico e aquele que 
figura como pai na certidão de nascimento devem ocupar, em litisconsórcio unitário, 
o polo passivo, pois a relação jurídica objeto da ação é incindível, sendo impossível 
declarar a paternidade em relação ao suposto pai biológico, sem declarar a nulidade 
do registro”, considerou a relatora do processo no STJ, ministra Nancy Andrighi, ao 
votar pelo não-conhecimento do recurso. 
Para a relatora, além de unitário, o litisconsórcio, na hipótese em exame, é 
necessário, sendo sua implementação obrigatória, sob pena de nulidade absoluta. 
“Assim, necessário o aditamento da petição inicial, como entendeu o Tribunal de 
origem, para que P. J. O., que consta como pai na certidão de nascimento, seja 
incluído no polo passivo, o que atrai a inclusão do pedido de anulação de registro, 
por ser este, na hipótese, consequência lógica do pedido de declaração de 
paternidade”, concluiu. 
Fonte: STJ - Superior Tribunal de Justiça 
 
II – DOS FATOS 
Ao que se vislumbra, e é fato, a mãe/representante do Requerente, manteve um 
namoro por curto período de tempo com o REQUERIDO (ANUENTE) 
____________________, até meados do mês de maio/2003, ocasião em que 
romperam o namoro e ela, ato seguinte, passou a namorar (na linguagem 
adolescente de hoje – FICAR), com o litisconsorte passivo necessário nestes autos -
________ (anuente). 
Meses após, na sua tenra idade e inexperiência, percebeu algo diferente nos seus 
ciclos menstruais e no seu corpo, e somente depois veio a constatar estar grávida, e 
pela primeira vez. 
Ainda, dentro do espírito “irresponsável” e “to nem aí” típicos da adolescência,e com 
o temor dos familiares, eis que descendente de família nordestina (Baiana), passou 
por pressões psicológicas e medos desmedidos, a ponto de nem se lembrar de fazer 
direito as contas e se certificar de quem era a gravidez, oportunidade que creu ser 
do atual namorado (ficante na linguagem adolescente) o filho, e com este começou a 
planejar o nascimento. 
Nascido o neném, à época na Cidade de .........., onde faziam, ela e o atual 
 
 
 
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namorado, curso de música, foram ao Cartório local e registraram, ainda sem 
prestarem atenção na possibilidade de não ser do _________ o filho, mas do 
namorado anterior. 
Passado tempo, com o nascimento e crescimento da criança, e a partir de quando 
começou a falar e pronunciar papai, e já não estando mais a mãe namorando 
(ficando) com o Sr. _________, entendeu por bem fazer melhor as contas para se 
certificar de quem seria o pai, EIS QUE A CRIANÇA EM NADA SE PARECIA COM 
O _________, E SE ASSEMELHA A UMA XEROCÓPIA DO SR. _________, 
quando constatou que pela data de nascimento 20/01/____ (certidão de nascimento 
anexa) e data em que terminou o namoro com um e começou com outro, impossível 
seria a paternidade ser do que registrou, mas sim do outro. 
Para tanto usou até de novas tecnologias médicas, como exemplo uma simulação 
em computador, conforme se comprova pela inclusa cópia de pagina da internet 
(doc. 06), donde se concluiu e certificou que, tendo tido a última menstruação entre 
10 e 15/abril de 2003, época em que ainda namorava o Sr. _________, e com quem 
manteve relações sexuais no final de semana compreendido entre 25 e 27/04/___, 
que, segundo os médicos e o já citado cálculo apresentado, deu-se à concepção do 
bebê, e só mantido relações sexuais com o Sr. _________ por volta de 30 (trinta) 
dias após, deste não poderia ser a paternidade. 
Resumindo: a) engravidou-se nas relações que manteve com o Sr. _________ entre 
25 e 27/04/____; b) deu à luz ao menino em 20/01/_____. 
Conclui-se, portanto, que o pai é o Sr. _________, e não o Sr. _________, com 
quem a representante do Requerente só começou manter relações sexuais por volta 
de uns 30 dias após engravidar-se. Desnecessário mencionar que o bebê nasceu 
dentro do prazo normal, sem qualquer antecipação prematura. 
 
III – DO DIREITO 
Do reconhecimento da paternidade 
Prefacialmente cumpre anotar as disposições constantes no novo Código Civil, 
concernentes ao direito de reconhecimento do filho, conforme se pode verificar 
mediante os artigos adiante transcritos: 
“Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, 
conjunta ou separadamente”. 
 
Ademais, veja-se o estabelecido no art. 1.609 do mesmo diploma legal, no que 
pertine à total procedência da presente ação: 
“Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e 
será feito: 
I - no registro do nascimento; 
II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório; 
III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado; 
IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento 
não haja sido o objeto único e principal do ato que o contém.” 
 
 
 
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Neste sentido, obriga-se igual disposição no Estatuto da Criança e do Adolescente, 
Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990: 
Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, 
conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, 
mediante escritura ou outro documento público, qualquer que seja a origem da 
filiação. 
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou 
suceder-lhe ao falecimento, se deixar descendentes. 
Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, 
indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus 
herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de Justiça. 
 
Há de se concluir, mediante os dispositivos legais transcritos, ser inegável o direito 
dos pais reconhecerem a paternidade de seus filhos, e dos filhos pretenderem a 
paternidade de seus verdadeiros pais, pais biológicos, como se pretende no 
presente caso. 
 
IV – DA LEI 
1. Neste ponto, deve-se atentar para o disposto no artigo 1.605 do Código Civil, no 
que concerne às provas da filiação: 
“Art. 1605. Na falta, ou defeito, do termo de nascimento, poderá provar-se a filiação 
por qualquer modo admissível em direito: 
I - quando houver começo de prova por escrito, proveniente dos pais, conjunta ou 
separadamente; 
II - quando existirem veementes presunções resultantes de fatos já certos”. 
Percebe-se facilmente, que o caso em apreço subsume-se perfeitamente às 
disposições transcritas, eis que a genitora do Requerente e o Requerido mantiveram 
relacionamento, dentro do lapso temporal durante o qual nasceu o menor. Ademais, 
nem o próprio REQUERIDO (ANUENTE) nega. 
Desta feita, não restam dúvidas de que ao REQUERIDO (ANUENTE) compete o 
dever de reconhecer o REQUERENTE como seu filho. 
 
V – DA DOUTRINA E DA JURISPRUDÊNCIA 
 
Arnold Wald, O novo Direito de Família, p. 171. 
Antes do atual Código Civil, esse prazo já vinha sendo desconsiderado, em 
acórdãos como os que seguem: 
O tema relacionado com o prazo extintivo do direito de o filho reconhecido promover 
a ação de anulação do registro de nascimento, cumulada com a de investigação da 
paternidade atribuída a terceiro, já foi mais de uma vez examinado nesta Quarta 
Turma, estabelecendo-se que: 
 
 
 
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a) ‘No regime anterior à Constituição de 1988 e à Lei nº 8.069/90, o filho que não 
impugnasse, no prazo de quatro anos, o reconhecimento da paternidade, - 
legitimado que fora quando do casamento de sua mãe, - não poderia promover ação 
de investigação de paternidade contra outrem’ (REsp nº 83.685/MG, de minha 
relatoria); 
b) Porém, um novo regime foi implantado: ‘Em face do Estatuto da Criança e do 
Adolescente, tem-se por revogados os arts. 178, § 9º, VI, e 362, do Código Civil, que 
fixavam em quatro anos o prazo de ação de impugnação ao reconhecimento, 
contados da maioridade ou da emancipação’” (REsp n. 79.640/RS, rel. em. Ministro 
Sálvio de Figueiredo). 
Assim, no regime legal em vigor (Estatuto da Criança e do Adolescente), inexiste 
prazo para que o filho promova ação de investigação de paternidade cumulada com 
a de anulação do registro de seu nascimento (Superior Tribunal de Justiça, Quarta 
Turma, R Esp 155.493, Ruy Rosado de Aguiar, relator, j. 16.3.99). 
Tribunal de Justiça de São Paulo, Quarta Câmara de Direito Privado, Apelação Cível 
088.643, Aguilar Cortez, relator, j. 17.12.98. 
Superior Tribunal de Justiça, Terceira Turma, Recurso Especial 107.248, Min. Carlos 
Alberto Menezes Direito, relator, j. 7.5.98. (JSTJ e TRF - Volume 111 - Página 130). 
REGISTRO CIVIL - Anulação de assento de nascimento, por falso reconhecimento 
de paternidade. Ação ajuizada por herdeiros do falecido pai. Pretensão fundada na 
falsidade do registro. Pronúncia de carência, por ilegitimidade ativa. 
Inadmissibilidade. Interesse jurídico e legitimação dos herdeiros. Prosseguimento 
ordenado. Apelação conhecida e provida. Se o reconhecimento de paternidade, 
sempre vinculado à veracidade da declaração, não corresponder à realidade, não 
pode produzir o efeito querido e deve ser anulado, por falsidade, mediante ação 
própria promovida por quem tenha legítimo interesse econômico ou moral. (TJSP - 
2ª Câm. de Direito Privado; AC nº 186.652-4/8-General Salgado-SP; Rel. Des. J. 
Roberto Bedran; j. 5/6/2001; v.u.). BAASP, 2283/2394-j, de 30.9.2002. 
 
Zeno Veloso, autor de um meticuloso estudo sobre o regime da filiação subsequenteà Constituição de 1988, presta a seguinte informação: 
“Com a Constituição de 1988 e as leis infraconstitucionais que vieram regular a 
matéria relativa à família, o quadro passou por uma revisão, como temos 
insistentemente alertado. A maioria da doutrina e dos julgados dos tribunais, com 
base no princípio da igualdade entre os filhos, qualquer que seja a natureza da 
filiação, vem entendendo que o descendente tem o direito de investigar a sua 
paternidade, sem limitação ou restrição alguma, pelo quê a presunção pater is est, 
para dizer o mínimo, está bastante enfraquecida, praticamente afastada”. 
“O fato é que, sob a ótica da Constituição, as ações de estado, expressão 
processual dos direitos da personalidade, são imprescritíveis. A pessoa humana 
poderá, a qualquer tempo, ajuizar ação de impugnação da paternidade de molde a 
cancelar a presunção legal e, mediante a ação de investigação de paternidade - que 
poderá ser cumulada à ação negatória - determinar o vínculo biológico de filiação”. 
 
A ação de investigação de paternidade, porque uma ação de estado, é daquelas 
 
 
 
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onde não se materializa a coisa julgada. A segurança jurídica cede ante valores 
mais altos, seja o de o filho saber quem é o seu pai, seja o de que os registros 
públicos devem espelhar a verdade real. 
A lei não pode tirar o direito de a pessoa saber se realmente a outra é seu ancestral. 
O processo não merece ser resumido a apenas um formalismo, sem qualquer 
compromisso com a substância das coisas. 
Agravo improvido. Maioria. 
TJDF – AI 2.446-4/98 – 1ª T. – Rel. Des. p/o Ac. Valter Xavier – J. 
12.04.199904.12.1999. 
O Senhor Desembargador VALTER XAVIER – Relator Designado e Vogal, em 
julgamento sobre o assunto, assim se posicionou: 
Senhor Presidente, 
Em outras oportunidades, manifestei-me sobre esse assunto e peço licença para 
divergir do eminente Desembargador Relator. 
Tenho que a ação de investigação de paternidade é daquelas em que não se 
materializa a coisa julgada. Diante da segurança jurídica que se busca com uma 
coisa julgada, temos um valor mais alto, que é de o filho saber quem é seu pai e o 
pai se saber se realmente gerou aquele filho. 
Assim, Senhor Presidente, nego provimento ao agravo e o processo segue para que 
seja apurada a realidade dos fatos e afastada a preliminar de coisa julgada na 
espécie. 
 
VI – DOS DIREITOS DO GENITOR 
Conforme explanado anteriormente, a representante legal do REQUERENTE nunca 
impediu o contato e convivência do REQUERIDO (ANUENTE) com o menor, aliás, é 
exatamente por isto que vem a Juízo, para garantir ao filho o direito de ter um pai, e 
dele receber carinho, orientações educativas e, via de consequência, a ajuda 
necessária para manutenção da subsistência. 
Ora, na qualidade de genitor do menor, é inegável a existência de direitos que não 
lhe podem ser negados, como o sagrado direito de estar com o filho, o que aqui não 
pede regulamentação, exatamente por conta da situação amistosa que norteia o 
caso em apreço, ultimamente. 
Neste sentido, veja-se disposição contida no 1.589 do Código Civil: 
“Art. 1.589. O pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos, poderá visitá-
los e tê-los em sua companhia, segundo o que acordar com o outro cônjuge, 
ou for fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua manutenção e educação”. 
 
VII – DOS ALIMENTOS E VISITAS 
Sobre as visitas e contribuição alimentar do Requerido para com o menor, há 
consenso entre os pais que, no sentido de que comprovada a paternidade, por meio 
do exame D.N.A a ser realizado, dentro da equação necessidade/possibilidade, o pai 
pagará os alimentos em patamar acertado com a mãe livremente. Repita-se, há 
consenso de não discutir aqui valores e forma de pagamento. Tal será feito 
 
 
 
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amigavelmente pelos pais sem intervenção do judiciário. 
 
VIII – DOS PEDIDOS 
Pelo exposto, REQUER a Vossa Excelência: 
a) O deferimento do litisconsórcio pleiteado, EM SEDE PRELIMINAR, determinando-
se a citação do litisconsorte passivo, por carta, para que aceite os termos da 
presente, no endereço: Rua _____________, nº ____, Jd. ________, cidade 
_________/____; 
b) Recebimento e processamento da presente ação, citando-se o Requerido 
(anuente), por carta, para que aceite os termos da presente e compareça à Sede 
deste MM. Juízo e IMESC em dia de realização da perícia; 
c) A procedência in totum do presente pedido, com a determinação de realização de 
exame hematológico DNA pelo IMESC, e após o resultado, se positivo, se determine 
o reconhecimento da paternidade do menor G.B., mediante sentença, expedindo-se 
o competente mandado ao Cartório de Registro Civil, para a devida regularização; 
d) A anulação do Registro lavrado, para que outro seja feito constando como pai o 
REQUERIDO (ANUENTE), isentando-o de demais condenações, eis que anuente e 
por conta de sua situação financeira desfavorável; 
 
IX – CONCLUSÃO E DAS PROVAS 
Pretende provar o alegado mediante prova documental, testemunhal, e 
fundamentalmente prova pericial (consistente em exame hematológico, DNA), a ser 
determinado ao IMESC por força de sua credibilidade e impossibilidade financeira do 
menor e seus pais, principalmente a representante do Requerente em arcar com as 
custas, e mais depoimento pessoal da genitora do REQUERENTE, e depoimento 
também do REQUERIDO E DO LITISCONSORTE, todos anuentes ao presente 
pleito, e que deverão ser intimados pelo correio para tanto. 
Concessão dos benefícios da Gratuidade de Justiça, com a consequente isenção de 
custas e demais despesas processuais, por ser o requerente pobre na acepção 
jurídica do termo, conforme faculta a Lei nº 1.060/50, com suas alterações e 
regulamentações, e fundamentalmente a Declaração de Pobreza firmada por sua 
genitora, já acostada. 
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais). 
Termos que, requerendo D.R.A a presente, com todas as intimações judiciais em 
nome dos subscritores, 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
Local e data 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
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26. Investigação de paternidade cumulada com pedido de alimentos 
 
A ação de investigação de paternidade é uma ação de conhecimento, Na 
classificação geral das ações judiciais, sabemos que a Ação de Investigação de 
Paternidade pode ser uma ação meramente declaratória ou ação 
constitutiva/condenatória, respectivamente conforme trate o pedido, apenas de obter 
a declaração da paternidade ou a declaração da paternidade e consequentes 
pedidos de alimentos, herança ou danos morais. 
O art. 1.606 do Código Civil traz a seguinte redação: 
“A ação de prova de filiação compete ao filho, enquanto viver, passando aos 
herdeiros, se ele morrer menor ou incapaz. Parágrafo único: Se iniciada a ação pelo 
filho, os herdeiros poderão continuá-la, salvo se julgado extinto o processo.” 
O procedimento de investigação de paternidade é sempre o ordinário, pois se trata 
de ação de estado, tendo como principal objeto uma sentença declaratória do “status 
familiae”, com principal fundamento no art. 1.606 do Código Civil ao dispor que a 
ação de prova de filiação compete ao filho, enquanto viver, passando aos herdeiros, 
se ele morrer menor ou incapaz. A ação é iniciada em conformidade com o disposto 
nos arts. 319 e ss do Código de Processo Civil, sendo a ação de investigação de 
paternidade pessoal, o foro competente é o domicílio do réu (art. 46, CPC) e na 
hipótese do réu ter vários domicílios (art. 46, § 1º), sendo incerto ou desconhecido o 
domicílio do mesmo, ele será demandado onde for encontrado ou no domicílio do 
autor (§ 2º). 
Nas ações em que o ausente for réu, corre no foro do seu último domicílio (art. 49, 
CPC) mas, nasações em que o incapaz for réu, processar-se-á no foro do domicílio 
de seu representante (art. 50, CPC). Vale ressaltar, que a parte deverá ser 
representada em juízo por advogado legalmente habilitado. 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DE FAMÍLIA DA 
COMARCA DE _________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
_________, absolutamente incapaz, nascida em..., neste ato representada 
legalmente por sua genitora, Srª. ____________, brasileira, solteira, Técnica de 
Enfermagem, portadora da cédula de identidade RG nº. _______ 
SSP/_______________, registrada no CPF/MF sob o nº. __________, residentes e 
domiciliadas na rua _________, 325, apto. ________________, bairro do 
__________, nesta cidade, CEP __________, endereço eletrônico ____________, 
por seu procurador, signatário in fine, constituído na forma do Instrumento Público 
 
 
 
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de Procuração apenso (fls __), vem respeitosamente à honrosa presença de Vossa 
Excelência, com fundamentos na Lei nº 5.478/1968, promover a presente 
INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE CUMULADA COM PEDIDO DE ALIMENTOS 
em face de _________, brasileiro, casado, Contador, portador do RG nº. _________ 
SSP/___ e CPF/MF nº. _________, residente e domiciliado na av. _________, ___, 
apt. ____, bairro de _________, nesta Cidade, CEP _________, pelas razões de 
fato e de direito a seguir expostas: 
PRELIMINARMENTE 
Com sustentação no art. 189, inciso II do Código de Processo Civil e principalmente 
o disposto nos art. 5º, inciso LX de nossa Carta Magna, requer-se que a presente 
demanda seja processada em segredo de justiça. 
 
I - DOS FATOS 
A representante legal da requerente conheceu o demandado há seis anos em uma 
pizzaria onde se encontravam ele, acompanhado de amigos, e ela, também 
acompanhada por um grupo de colegas de escola. Por iniciativa do Requerido e 
sabendo que a jovem contava apenas dezesseis anos de idade, marcaram um 
encontro dali a uma semana onde iniciaram um relacionamento íntimo-afetuoso sob 
o mais absoluto sigilo porque o mesmo era casado e tinha filhos. 
Os encontros aconteciam nos mais diversos lugares possíveis e com frequência 
média de duas vezes por semana, ocasiões em que a esposa do demandado, que é 
médica, estava de plantão. 
Passado certo tempo, o Demandado passou a exigir menos sigilo, já frequentava 
lugares públicos acompanhado de _________, tornando-se íntimo ao ciclo de 
amizades da mesma e demonstrava intenção de regularizar aquela situação, 
chegando a prometer diversas vezes que terminaria o casamento e passaria a viver 
com ela. 
Após alguns meses de relacionamento, a genitora da requerente revelou ao Réu que 
estava grávida, este reagiu com agressividade culpando-a pela gestação como se 
isso dela dependesse ou fosse culpa sua exclusivamente. 
Logo após ter ciência da condição gestacional de Dona _________, o SENHOR 
__________ afastou-se dela, exigindo inclusive que jamais o procurasse pois 
“preservava a imagem de sua família” e alegava não ser dele aquela criança em 
formação. 
Não contando com o apoio moral e financeiro do genitor, a Requerente, imbuída de 
espírito altruísta, decidiu arcar sozinha com todas as despesas executando 
atividades que traziam recursos e não atrapalhavam a gestação, tais como bordados 
e costuras, sendo auxiliada por familiares e amigos que, consciente e preocupados 
com a situação deletéria de mãe e filha, estão financiando as despesas forenses e 
honorários para que esta lide seja solucionada com a maior celeridade. 
Hoje, a menor conta com cinco anos de idade, sabe da existência do seu pai como 
também da recusa do mesmo em conhecê-la e assumi-la. Por diversas vezes a 
Requerente tentou entrar em contato com o Réu para que colaborasse no sustento 
material da menina sem lograr êxito, visto que esse sempre se negou, inclusive 
mudando-se para outra localidade. 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
 
II - DO DIREITO 
O Requerido é funcionário público do Banco ____________ há mais de quinze anos, 
possui uma vida extremamente confortável, reside em casa própria, além de outros 
imóveis do qual é locador, dois carros, sendo um deles importado (Marca Honda, 
modelo Civic). Consequentemente, ostenta situação patrimonial estável, com 
possibilidade de alimentar a menor. 
Por outro lado, a representante legal/genitora da Requerente está desempregada há 
cerca de sete meses, contando apenas com o dinheiro advindo das atividades já 
mencionadas e a ajuda da mãe, uma senhora de setenta e dois anos, aposentada, 
com renda inferior a três salários-mínimos, quantia dividida entre as três, sempre em 
muita atenção à educação, saúde, amparo e alimentação de __________. 
Os filhos provenientes do casamento do Réu estudam em colégio de classe média, 
frequentam bons lugares, vestem-se bem e gozam de vida dessemelhante à criança 
rejeitada pelo pai. Esta estuda em escola pública, cursando atualmente a classe do 
Jardim da Infância, é bastante inteligente e dedicada. 
Restando infrutíferas todas as tentativas de composição amigáveis para que o 
genitor arcasse com suas obrigações ético-morais e legais, não podendo mais 
suportar tal situação, a Requerente traz a este Egrégio Juízo suas reivindicações e 
pede os direitos da filhinha menor. 
A legislação civil substantiva, por meio do artigo 1.694 e ss., assegura à menor, ora 
representada pela mãe, o direito a exigir os alimentos que lhe são indispensáveis, na 
proporção de sua necessidade e dos recursos do Réu, de que necessita para 
subsistir. Portanto, resta incontroversa a obrigação de o Requerido concorrer com a 
capacidade de alimentar e assim o devendo fazer. 
A Constituição da República Federativa do Brasil assegura ao filho, com a filiação 
ainda não reconhecida, o direito a receber alimentos provisórios, sendo que, se tal 
pleito for denegado, estará estabelecendo-se uma discriminação que o texto 
constitucional não comporta. 
 
III - DO PEDIDO 
Vistos os argumentos aduzidos, requer a Vossa Excelência: 
1. A fixação de uma prestação alimentícia provisória, de ao menos dois salários-
mínimos vigentes, a serem creditados em forma de depósito na conta corrente da 
mãe da menor ou outra a ser aberta por determinação desse Juízo. Aceita a primeira 
possibilidade, tem-se a Conta Corrente de nº ... Agência ... do Banco ____________ 
2. Seja citado do Requerido para que, querendo, tempestivamente apresente sua 
defesa em forma de contestação, sob pena de não o fazendo, serem-lhe aplicados 
os efeitos da revelia e confissão. 
3. Que desde já seja autorizado por esse MM Juízo a realização de prova pericial 
laboratorial por meio de exame de DNA, junto ao órgão público competente ou em 
caso de produção por entidade particular, seja o Requerido condenado nas custas e 
demais exames necessários para a elucidação da verdadeira relação de parentesco 
sanguíneo. 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
4. A produção de provas por todos os meios em direito admitidas, especialmente o 
depoimento pessoal do Requerido, sob penas de confissão, juntada de novos 
documentos, oitiva de testemunhas que serão arroladas no momento oportuno e 
demais provas que se fizerem necessárias. 
Por fim, pede-se que a presente seja julgada PROCEDENTE com a condenação do 
Requerido ao pagamento de uma pensão alimentícia em caráter definitivo, custas 
processuais e honorários advocatícios e demais cominações de praxe, bem como a 
consequente expedição de mandado de retificação ao cartório de registro civil para 
fazer constar todas as qualificações pertinentes à filiação da menor, resultantes 
desta ação. 
Dá-se à causa o valor de R$ ______________. (____________) 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado – OABManual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
27. Pedido de Alimentos 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA.... VARA DE 
FAMÍLIA DA COMARCA DE.... 
 
 
 
 
 
 
 
 
.................................. (qualificação), menor impúbere, nascida aos.... de.... de...., 
neste ato representada por sua mãe.... (qualificação), portadora da Carteira de 
Identidade/RG nº...., residente e domiciliada na Rua.... nº...., por intermédio de sua 
procuradora, com instrumento de mandato em anexo (doc.....), Advogado da 
defensoria Pública do...., lotada na Rua.... nº...., onde recebe intimações e 
notificações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com 
suporte na Lei nº 5478/68 e demais dispositivos legais aplicáveis, interpor o presente 
pedido de 
 
ALIMENTOS 
 
contra................................... (qualificação), residente e domiciliado na Rua.... nº...., 
e, com endereço comercial na Rua.... nº.....,...., (empresa....), pelas razões de fato e 
direito, que a seguir passará a expor, para ao final, requerer: 
 
1. A mãe da autora viveu maritalmente com o Réu pelo período aproximado de.... 
(....) anos, resultando desta união, o nascimento da filha...., aos.... de.... de ...., ora 
autora, conforme docs..../..., em anexo. 
 
2. O dever de sustento está perfeitamente caracterizado, pois o Réu é pai da autora 
(doc.....). 
 
3. O réu rompeu a convivência com a mãe da Autora antes mesmo do nascimento 
da filha. 
 
 
Porém o Réu, embora tenha registrado a filha, contribuiu até então com apenas 
R$.... (....) para o sustento da mesma, recusando-se terminantemente a colaborar 
espontaneamente quando procurado pela genitora da menor. 
 
4. Desnecessário dizer que, ante a diferença e o descaso do Réu quanto à sorte da 
própria filha, vem a Autora, passando por inúmeras privações, pois os rendimentos 
de sua mãe não são suficientes para atender a todos os reclamos oriundos da sua 
manutenção e sustento, necessitando da colaboração paterna. 
 
Assim, somente a fixação judicial dos alimentos, com desconto em folha de 
pagamento do Réu, poderá atender ao menos as necessidades elementares da 
autora, porquanto, cabe também ao Pai, ora Réu, esta obrigação que decorre da Lei 
 
 
 
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e da moral. 
 
5. O Réu exerce a profissão de supervisor de produção, junto à Empresa...., sito na 
Rua.... nº...., Bairro...., nesta Capital, percebendo aproximadamente os vencimentos 
de R$.... (....) mensais, estando, portanto, dentro de sua possibilidade financeira 
colaborar no sustento da filha, ora autora. 
 
6. Diante de todo exposto, requer a Vossa Excelência: 
 
a) Sejam fixados LIMINARMENTE os alimentos provisórios; 
 
b) Seja o Réu citado nos endereços antes indicados, para que, querendo, conteste o 
presente pedido, no prazo legal, sob pena de revelia; 
 
c) Seja intimado o digno representante do Ministério Público; 
 
d) Seja deferido à Autora os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, nos termos da Lei 
nº 1.060/50 e de conformidade com a anexa declaração de pobreza (doc.....); 
 
e) Seja finalmente julgado procedente o presente pedido, para condenar o Réu ao 
pagamento de pensão alimentícia mensal destinada à filha menor, no equivalente a 
1/3 (um terço) calculado sobre os seus vencimentos líquidos (bruto menos os 
descontos obrigatórios), extensivo ao décimo terceiro salário, férias, verbas de 
rescisão de contrato de trabalho, quando houver, gratificações e adicionais que 
obtiver, a ser descontado em folha de pagamento, mediante a expedição de ofício à 
empresa...., sito na Rua.... nº...., Bairro...., nesta Capital, a ser remetido à conta 
corrente nº...., Agência...., junto ao Banco...., nesta Capital, em nome da mãe da 
Autora, condenando-se o Réu ao pagamento das custas processuais e honorários 
advocatícios; 
 
f) Protesta pela produção de todas as provas em direito admitidas: documental, 
testemunhal, cujo rol, desde já oferece e que comparecerão independentemente de 
intimação, e, depoimento pessoal do Réu sob pena de confesso. 
 
 
Dá-se à causa o valor de R$.... (....) apenas para efeitos de alçada. 
 
Termos em que, Pede Deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
 
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28. Ação de Execução de Alimentos (Modelo 1) 
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA __ 
VARA CÍVEL DA COMARCA DE _________ 
 
 
 
Por força de escritura pública de divórcio, título executivo extrajudicial, Exequente 
ingressa com Ação de Execução de Alimentos contra Executado, com fulcro nos 
artigos 911 e 528, §§ 2º a 7º, do NCPC. 
____________, brasileiro, solteiro, profissão, portador do RG nº __________ e 
inscrito no CPF nº ___________, endereço eletrônico ____________, residente e 
domiciliado na Rua __________________, nº _______, CEP ______, cidade de 
____________, por seu procurador, signatário in fine, constituído na forma do 
Instrumento Público de Procuração apenso (fls. __), vem respeitosamente à 
presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 911 e 528, §§ 2º a 7º, do 
Novo Código de Processo Civil, propor a presente 
AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS 
em face de ____________, brasileiro, solteiro, profissão, portador do RG nº 
__________ e inscrito no CPF nº ___________, endereço eletrônico ____________, 
residente e domiciliado na Rua __________________, nº _______, CEP ______, 
cidade de ____________, pelos fatos e de direito a seguir expostas. 
Por força de escritura pública de divórcio, título executivo extrajudicial nos termos do 
artigo 784, II do Novo Código de Processo Civil, a Exequente tornou-se credora do 
Executado pela quantia de R$ valor (valor expresso), conforme cálculo em anexo 
(doc. Nº), que se encontra devidamente atualizado até a presente data nos moldes 
estabelecidos no referido título. 
Dessa forma, o Executado deve à Exequente a quantia de R$ valor (valor expresso). 
Isto posto, na forma do artigo 911, parágrafo único, do Novo Código de Processo 
Civil, requer-se a citação do Executado, por intermédio de oficial de justiça, para 
efetuar o pagamento do quantum demonstrado no prazo de 3 (três) dias sob pena 
de prisão nos termos do § 3º do artigo 528 do Novo Código de Processo Civil. 
Não efetuado o pagamento requer-se desde já, independentemente da prisão ou de 
novo pedido, ato contínuo, nos termos do artigo 528, § 5º, do Novo Código de 
Processo Civil, a expedição de mandado de penhora e avaliação. 
Protesta por provar o alegado através do título que enseja a vertente execução. 
Dá-se à causa o valor de R$ valor (valor expresso). 
 
 
 
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Requer, ainda, os benefícios da GRATUIDADE DA JUSTIÇA, uma vez que o 
REQUERENTE é pessoa pobre e, atualmente, não tem condições de arcar com as 
custas processuais ou extraprocessuais; Protesta, ainda, provar o alegado, por 
todos os meios de prova em direito permitido, e, em especial, por juntada de 
documentos, depoimentos de testemunhas que serão arroladas, perícias, vistorias e 
demais meios que se fizerem necessários. 
Termos em que, 
Pede Deferimento. 
Local e data. 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
PLANILHA DE DÉBITO 
MESES 
 
ESTIPULADO 
 
PAGOU 
 
DEVE 
 
Janeiro/____ 
 
R$ 600,00 
 
Não Pagou 
 
R$ 600,00 
 
Março/____ 
 
R$ 600,00 Não Pagou R$ 600,00 
Abril/____ 
 
R$ 600,00 Não Pagou R$ 600,00 
Maio//____ R$ 600,00 Não Pagou R$ 600,00 
Junho//____ R$ 600,00 Não Pagou R$ 600,00 
Julho//____ R$ 600,00 Não Pagou R$ 600,00 
Agosto//____ R$ 600,00 Pagou R$ 600,00 R$ 18,00 
Setembro//____ R$ 600,00 Não Pagou R$ 600,00 
TOTAL 
 
R$ __________ 
 
R$ ________ 
 
R$ ______ (deve) 
 
 
 
 
 
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29. Ação de Execução de Alimentos (Modelo 2) 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA DE 
FAMÍLIA DA COMARCA DE _______________. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Distribuição por dependência aos autos nº ________. 
 
 
___________________ e ___________________, menores impúberes, neste ato 
representados por sua genitora _______________________, (Nacionalidade), 
(Profissão), (Estado Civil), portadora da Carteira de Identidade RG nº ________, 
inscrita no CPF sob o nº ____________, todos residentes e domiciliados na Rua 
_______________, nº ___, Bairro ________, Cidade _________, CEP. ________, 
no Estado de ______________, por seu procurador infra-assinado, mandato anexo 
(doc. 01), vêm, respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor a presente 
 
AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS 
 
em face de _____________________, (Nacionalidade), (Profissão), (Estado Civil), 
portador da Carteira de Identidade RG nº ________, inscrito no CPF sob o nº 
_________, residente e domiciliado na Rua ___________, nº ____, Bairro ______, 
Cidade ________, CEP. _________, no Estado de ____________, nos seguintes 
termos: 
 
I – DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. 
 
1. Inicialmente, afirmam que não possuem condições de arcar com custas 
processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do sustento próprio bem como o 
de sua família (doc. 02), razão pela qual fazem jus ao benefício da gratuidade da 
justiça, nos termos da Lei nº 1.060/50. 
 
II – DOS FATOS 
 
2. O Réu, nos autos do processo acima mencionado, que tramitou perante este r. 
Juízo e Ofício, comprometeu-se a pagar aos Autores, que são seus filhos, (certidões 
de nascimento em anexo, docs. 03 e 04) a título de pensão alimentícia, o valor 
equivalente a ___% dos seus rendimentos líquidos, pagos diretamente, em espécie, 
à mãe dos menores. 
 
3. No entanto, desde ______, o requerido não tem efetuado o pagamento do valor 
combinado em juízo, tornando-se, assim, inadimplente com a sua obrigação 
alimentar, não restando aos exequentes outra alternativa que não a propositura da 
presente ação. 
 
 
 
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4. O crédito dos exequentes, apurado conforme cálculo anexo, já atinge o montante 
de R$ ____ (valor expresso), incluindo principal e juros moratórios de 1% ao mês e 
honorários advocatícios à base de 10% do "quantum debeatur". 
 
 
III – DO PEDIDO 
 
Pelo exposto, Requer: 
 
a) A concessão do benefício da gratuidade de justiça; 
b) A citação do executado para, em três dias, efetuar o pagamento do débito de R$ 
________ (_______________), provar que já o fez ou apresentar justificação pelo 
inadimplemento, sob pena de prisão, que desde já requer; 
c) A expedição de guia para abertura de conta bancária em nome da representante 
legal dos exequentes, para que doravante as prestações alimentícias sejam nela 
depositadas; 
d) A condenação do executado ao pagamento das custas processuais e honorários 
advocatícios à base de 10% do "quantum debeatur". 
 
Pretende provar o alegado por meio de prova documental, testemunhal e demais 
meios de prova em Direito admitidas. 
 
 
Dá a esta causa o valor de R$ ____________ (valor expresso). 
 
 
Nesses termos, Pede e espera deferimento. 
 
 
Local e data. 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
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30. Ação de exoneração de alimentos 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DE FAMÍLIA DA 
COMARCA DE ____________________ 
 
 
 
 
____________, brasileiro, solteiro, profissão, portador do RG nº __________ e 
inscrito no CPF nº ___________, endereço eletrônico ____________, residente e 
domiciliado na Rua __________________, nº _______, CEP ______, cidade de 
____________, por seu procurador, signatário in fine, constituído na forma do 
Instrumento Público de Procuração apenso (fls. __), vem respeitosamente à 
presença de Vossa Excelência, propor a presente 
AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS 
em face de _________, brasileiro, solteiro, profissional, portador do RG nº. 
_________ SSP/___ e CPF/MF nº. _________, residente e domiciliado na rua 
_________, nº ___, bairro _________, Cidade _________, pelas razões de fato e de 
direito a seguir expostas: 
 
I - DOS FATOS 
O Requerente vem pagando a título de pensão ao Requerido durante _________, e 
após completar a maioridade, manteve até a conclusão do Ensino Superior. 
(...) 
Sendo assim, não tem mais o dever de cumprir com tais medidas, uma vez que já 
houve a concretização do curso (...). 
 
II - DO DIREITO 
De acordo com o Código Civil é dever dos pais prover a necessidade dos filhos (...), 
vejamos: 
 
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos 
outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a 
sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação. 
§ 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do 
reclamante e dos recursos da pessoa obrigada. 
 
A lei de alimentos discorre em seu art. 13, § 1º da Lei nº 5.478/68, sobre a 
possibilidade revisão quando haja a modificação na situação financeira das partes 
(...) 
 
 
 
 
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Art. 13 O disposto nesta lei aplica-se igualmente, no que couber, às ações 
ordinárias de desquite, nulidade e anulação de casamento, à revisão de 
sentenças proferidas em pedidos de alimentos e respectivas execuções. 
§ 1º. Os alimentos provisórios fixados na inicial poderão ser revistos a qualquer 
tempo, se houver modificação na situação financeira das partes, mas o pedido 
será sempre processado em apartado. 
 
Sendo assim, o Autor faz jus ao ser exonerado do compromisso de pagamento de 
pensão alimentícia. 
 
III - DA TUTELA DE URGÊNCIA 
 
* Elencar os danos sofridos pelo Requerente de acordo com o art. 300 e seguintes 
do Código de Processo Civil. 
 
Presentes os requisitos, o Autor faz jus á tutela pretendida. 
 
IV - DO PEDIDO 
Mediante o exposto, requer: 
a) a concessão da tutela de urgência, exonerando o Requerente da obrigação de 
pagar pensão alimentícia, devido ao fato de (...); 
b) a citação do Requerido para integrar a lide processual e, querendo, contestar no 
prazo legal; 
c) a procedência do pedido para definitivamente exonerar o Requerente da 
obrigação alimentos; 
d) a condenação do Requerido nas custas processuais e honorários advocatícios; 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, 
especialmente a documental, testemunhal e oitiva do Requerido. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ ___________. (__________) 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
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31. Ação de Exoneração de Alimentos - Contestação 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA 
DA COMARCA DE________ 
 
 
 
 
Processo nº 
 
__________brasileira, solteira, estudante, portadora da carteira de identidade 
nº_______, residente e domiciliada à Av._______, nº_________, Bairro________, 
Município de _______, vem, mui respeitosamente perante V. Exa., apresentar 
 
CONTESTAÇÃO 
 
nos autos da ação ordinária declaratória de exoneração de obrigação alimentar que 
lhe move, já devidamente qualificado no aludido procedimento, pelos fatos e 
fundamentos a seguir transcritos: 
 
Inicialmente, a peticionária requer os benefícios da justiça gratuita, nos termos da 
Lei nº 1.060/50, porquanto afirma ser pessoa hipossuficiente, não possuindo 
condições econômicas de arcar com as custas e honorários advocatícios sem 
prejuízo do seu próprio e de sua família, razão pela qual indica a Defensoria Pública 
para o patrocínio dos seus interesses. 
 
I) DOS FATOS E FUNDAMENTOS: 
 
Conformese extrai da peça exordial, o autor pretende a exoneração da obrigação 
alimentícia devida a sua filha_______, alegando que esta atingiu a maioridade e, por 
conseguinte, não faz mais jus ao pensionamento. O autor sustenta ainda que não 
possui condições financeiras para continuar a assumir o encargo. No entanto, tal 
argumento não merece prosperar, uma vez que o autor se qualifica na inicial como 
sendo serventuário da justiça. Logo, goza das prerrogativas inerentes aos ocupantes 
de cargo público de provimento efetivo, como estabilidade e irredutibilidade do 
vencimento base. 
 
Ademais, a ré percebe a título de pensão alimentícia o valor de R$ 450,00, que 
correspondem a 20% dos rendimentos do autor. Sendo assim, conclui-se que este 
afere um salário de aproximadamente R$ 2.250,00. Desse modo, não há como 
vislumbrar no presente caso qualquer dificuldade financeira que enseje a 
impossibilidade do autor em cumprir com o seu compromisso. 
 
Neste sentido, cabe ressaltar que os pais da ré se separaram quando esta tinha 4 
meses. No entanto, somente aos 10 anos passou a receber a pensão do pai. 
Durante aquele período, a ré nunca obteve qualquer assistência financeira paterna, 
sequer de caráter afetivo, a qual perdura até hoje. 
 
Já com relação à maioridade civil aventada na peça vestibular, de fato, a ré tem 
mais de 18 anos. Ocorre que a mesma é estudante, matriculada em instituição de 
 
 
 
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ensino, consoante documento em anexo. 
 
Com efeito, o dever de sustento diz respeito ao filho menor e vincula-se ao poder 
familiar e seu fundamento encontra-se insculpido no art. 1.566, IV, do Código Civil 
de 2002. É sabido que a maioridade ou emancipação põe termo ao poder familiar e, 
por via de consequência, ao dever em questão. 
 
Todavia, existem casos em que mesmo com o advento da maioridade civil, a pensão 
deve ser prestada. É a hipótese do filho estudante. Assim, o Código Civil de 2002, 
acompanhando os avanços da jurisprudência, estabelece expressamente no seu 
artigo 1.694 que: 
“Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os 
alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição 
social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.” (grifei) 
 
 
De acordo com a letra da lei, é possível encampar a tese da subsistência da 
obrigação, mesmo após alcançada a capacidade civil aos 18 anos, quando o valor 
for destinado para a manutenção do filho estudante. 
 
Isto porque a obrigação alimentar não se vincula ao poder familiar, mas sim à 
relação de parentesco, atingindo uma amplitude maior, posto que sua causa jurídica 
subjacente se centraliza no vínculo ascendente-descendente e no binômio 
necessidade-possibilidade. 
 
Neste aspecto, a obrigação alimentar não se submete ao critério etário, podendo 
continuar a ser prestada em função da necessidade do alimentando. 
 
Salienta-se que o Judiciário, com espeque no Regimento do Imposto de Renda, 
passou a garantir a prestação alimentícia até que o filho completa-se 24 anos de 
idade, desde que estivesse cursando estabelecimento de ensino, salvo na hipótese 
de possuir rendimento próprio. Assim, desde muito tempo, não se aplica a 
maioridade, por si só, como parâmetro automático para cessação da prestação 
alimentar. 
 
Neste diapasão, convém trazer à colação a seguinte ementa de uma decisão do STJ 
a respeito do tema em apreço, a qual reproduzimos abaixo: 
“ALIMENTOS – FILHOS. O FATO DA MAIORIDADE NEM SEMPRE SIGNIFICA 
NÃO SEJAM DEVIDOS ALIMENTOS.” (Resp 4347/ce, 1990/0007451-7, DJ 
data:25/02/1991 pg:01467, Min. Eduardo Ribeiro). 
O Colendo Superior Tribunal de Justiça preconiza ainda a orientação pela qual os 
alimentos são devidos "ao filho até a data em que vier ele a completar os 24 anos, 
pela previsão de possível ingresso em curso universitário" (STJ – 4ª turma – RESP 
23.370/PR – Rel. Min. Athos Carneiro – v.u. – DJU de 29/03/1993, p. 5.259). 
 
Em recente julgado, este Egrégio Tribunal abordou a questão da seguinte forma: 
"RECURSO ESPECIAL. PENSÃO ALIMENTÍCIA. FILHA MAIOR. AUSÊNCIA DE 
PREQUESTIONAMENTO. MATÉRIA DE FATO. REEXAME. IMPOSSIBILIDADE. 
SÚMULA N° 7/STJ. VIOLAÇÃO AO ART. 399 DO CÓDIGO CIVIL NÃO 
VERIFICADA. 
 
 
 
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I – O prequestionamento é indispensável à admissibilidade do recurso. Incidência 
das súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 
II – Decidido pelo tribunal estadual, soberano na interpretação da prova, sobre a 
necessidade de filha maior ser provida com pensão alimentícia pelo pai, o reexame 
da questão encontra, em sede de especial, óbice da Súmula n° 7 desta Corte. 
III – Não merece reforma o aresto hostilizado que, considerando a situação 
econômica de filha, a qual, embora maior e capaz, vive em estado de penúria, impõe 
ao pai a obrigação de prestar alimentos, por certo tempo. (grifei) 
Recurso não conhecido" (STJ – 3ª Turma – RESP 201348/ES – Rel. Min. Castro 
Filho – v.u. – DJU de 15/12/2003, p. 302). 
 
Por ocasião do julgamento deste recurso especial, o ministro Castro Filho defendeu 
que o fato de atingir a maioridade não significa que o alimentante se exonera da 
obrigação alimentar, pois esta é devida entre ascendentes e descendentes, 
enquanto se apresentar como necessária. 
 
O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro segue a mesma direção, 
conforme ementa abaixo: 
“ALIMENTOS. EXONERAÇÃO, MAIORIDADE. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. O 
FILHO ESTUDANTE CONTINUA FAZENDO JUS À PENSÃO ALIMENTÍCIA, ATÉ A 
IDADE DE 24 ANOS. O SIMPLES IMPLEMENTO DA MAIORIDADE NÃO FAZ 
CESSAR O DEVER ALIMENTAR (grifei). DESPACHO CORRETO. AGRAVO 
IMPROVIDO.” (Agravo de Instrumento nº 2003.002.03491, Sétima Câmara Cível, 
Des. Carlos C. Lavigne de Lemos. Julgado em 26/07/2003) 
 
De posse destas informações, convém aduzir, por oportuno, que a necessidade dos 
alimentos vincula-se com a própria subsistência física e mental do ser humano, e 
abrange, além dos gastos com alimentação e vestuário, as despesas com a 
formação intelectual. Não foi embalde que a Carta Magna de 1988 erigiu a educação 
em "direito de todos e dever do Estado e da família" (art. 205). 
 
O jurista Lourenço Prunes, citado por Yussef Said Cahali6, explana que "a instrução 
e educação não são privilégios dos menores, como pretendem alguns autores; isso 
seria uma espécie de regressão às Ordenações, que mandavam ensinar a ler até a 
idade dos doze anos (Liv. I, Tít. 88, § 5°), a despeito do fato de que, em direito 
romano, a instrução e educação já se incluíam, genericamente, entre os alimentos 
(…); assim, mesmo maiores podem e devem, em certas circunstâncias, ser 
instruídos e educados à custa dos pais". 
 
Destarte, é lícito inferir que a maioridade não implica no sobrestamento da pensão 
alimentícia devida pelos genitores à respectiva prole. Na realidade, opera-se apenas 
a mudança da causa da obrigação alimentar, que deixa de ser o dever de sustento 
decorrente do poder familiar e passa a ser o dever de solidariedade resultante do 
parentesco. 
 
 
Em abono do pensamento acima, Sérgio Gilberto Porto leciona que "se é certo que, 
com a maioridade ou emancipação, cessa o pátrio poder, também é certo que, tão 
 
6
 CAHALI, Yussef Said. Dos alimentos. 3. ed. São Paulo: RT, 1999. p. 693. 
 
 
 
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somente com o implemento de tal fato, não será extinto o dever alimentar, 
merecendo que se analise, caso a caso, o binômio necessidade-possibilidade.” 
 
Como visto, o direito de família, atualmente, é fundado nos anseios e interesses dos 
diversos integrantes da entidade familiar considerados tanto de forma global quanto 
individualmente, passando a priorizar as aspirações das crianças, dos adolescentese das relações afetivas. 
 
Com base nos princípios da obrigação alimentar, no direito à vida e nos princípios da 
solidariedade familiar, capacidade financeira, razoabilidade e dignidade da pessoa 
humana, são devidos alimentos aos parentes, cônjuges, companheiros ou pessoas 
integrantes de entidades familiares lastreadas em relações afetivas, quando quem 
os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria 
mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do 
necessário ao seu sustento. 
 
Portanto, em que pese tais considerações a respeito da análise dos fatos, não cabe 
o acolhimento das pretensões do autor, posto que a ré é estudante e necessita da 
continuidade do pensionamento alimentar para o custeio de sua formação. 
Conforme mencionado alhures, é cediço na doutrina e jurisprudência que, não 
obstante a chegada da maioridade civil, a obrigação alimentar deve se manter para 
o filho estudante até a idade de 24 anos, em prestígio à instrução educacional. 
Referida hipótese decorre da relação de parentesco e não do poder familiar. 
 
Outrossim, resta evidente a possibilidade do autor em cumprir com o 
pensionamento. Revela-se, ainda, que a ré não exerce nenhuma espécie de 
atividade laborativa e vive com dificuldades financeiras, haja vista sua mãe trabalhar 
como empregada doméstica, recebendo, para tanto, quantia ínfima e insuficiente 
para atender às demandas vitais e sociais básicas da jovem. Daí, a importância da 
pensão alimentar no suprimento dessas necessidades. 
 
Por derradeiro, face ao exposto, requer a V. Exa.: 
 
1. a concessão da gratuidade de justiça; 
2. recebimento da presente contestação e que seja julgado improcedente o pedido 
inicial de exoneração de alimentos, condenando o autor ao pagamento das custas e 
honorários advocatícios, em favor do CEJUR/DPGE; 
3. a apresentação da declaração de rendimentos do autor, ou expedição de ofício à 
Receita Federal, a fim de obter cópia da declaração do imposto de renda feita por 
este nos últimos 5 anos; 
 
Protesta pela produção de todas as provas em direito admitidas, em especial 
documental, testemunhal e depoimento pessoal do autor. 
 
Nestes termos, Pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
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32. Ação Revisional de Alimentos 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA__________VARA 
DE FAMÍLIA DA COMARCA DE_________ 
 
 
 
 
 
 
 
Por dependência ao 
 
Processo n° (XXX) 
 
(XXX), brasileiro, divorciado, operador de telemarketing, portador da Cédula de 
Identidade RG: (xxx) e do CPF (xxx) (docs. 02 e 03), residente e domiciliado na Rua 
(xxx), (xxx), Bairro (xxx), CEP (xxx), e-mail, cidade de _______, por seu advogado 
(doc. 01), vem respeitosamente à presença de V. Exa., com fulcro nos arts. 13 e 15 
da Lei nº 5.478/68, combinado com o art. 1.703 da Lei n° 10.406/02 (Código Civil) 
 
AÇÃO DE REVISÃO DE PENSÃO ALIMENTÍCIA COM PEDIDO DE TUTELA DE 
URGÊNCIA 
 
em face do menor impúbere (XXX), representado por sua mãe, (XXX), brasileira, 
divorciada, funcionária pública, residente e domiciliada na Rua (xxx) n° (xxx), Bairro 
(xxx), CEP (xxx), nesta cidade de SÃO PAULO, Estado de São Paulo, pelas razões 
de fato e de direito que passa a expor: 
 
 
DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA 
 
O Requerente é pessoa pobre, na acepção jurídica da expressão, conforme 
declaração (doc. 08), onde informa não poder demandar em juízo sem prejuízo de 
seu próprio sustento e do de sua família. 
 
Assim, REQUER digne-se Vossa Excelência conceder-lhe os benefícios da Justiça 
Gratuita. 
 
 
DOS FATOS 
 
Em 20 de julho de _____, foi prolatada sentença por esse M.M. Juízo determinando 
o desconto em folha de pagamento na base de 25% dos ganhos líquidos do 
alimentante, em favor do ora menor. Posteriormente, referida pensão foi estipulada 
em 2,2 salários mínimos vigentes na data do pagamento. 
 
Entretanto, o Alimentante foi dispensado da empresa em que trabalhava à época da 
estipulação da pensão. Prevendo que poderia ter dificuldades na obtenção de 
novo emprego, o depositante depositou, usando praticamente toda sua verba 
 
 
 
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rescisória, a quantia de R$ 1.399,25 (um mil, trezentos e noventa e nove reais e 
vinte e cinco centavos), referente a prestações vincendas, conforme anotado 
pelo próprio Alimentando, na Ação de Execução de Alimentos (Proc. n° (xxx), 
apenso aos autos principais (Proc. (xxx)). 
 
Posteriormente, o Alimentante trabalhou, de novembro de 1999 a abril de 2.000, na 
empresa (xxx), com o salário bruto de R$ 396,00 (trezentos e noventa e seis 
reais), o que praticamente inviabilizou o pagamento de 2,2 salários mínimos, que 
montavam, à época, R$ 299,00 (duzentos e noventa e nove reais). 
 
Dispensado dessa empresa em abril de 2.000, o Alimentante permaneceu 
desempregado até agosto de 2.000, quando foi admitido na empresa (xxx), com o 
salário bruto de R$ 514,00 (quinhentos e quatorze reais), onde trabalhou até abril 
de 2.001. 
 
Em agosto de 2.001, foi o Alimentante admitido na empresa (xxx), onde labora até a 
presente data, com o salário bruto atual de R$ 744,62, percebendo líquido por 
mês, o valor de R$ 588,91 (quinhentos e oitenta e oito reais e noventa e um 
centavos), conforme faz prova os comprovantes de pagamento (docs. 04 a 06) 
e cópia de seu contrato de trabalho (doc. 07), anexados à presente. 
 
O Requerente é pessoa pobre, que vive humildemente numa casa deixada como 
herança de sua mãe. Mas está vivendo nesse imóvel, temporariamente, por 
complacência dos demais 7 (sete) herdeiros, tendo em vista a situação financeira do 
mesmo, que hoje não tem condições nem mesmo de pagar um aluguel. 
 
O valor que aufere mensalmente mal cobre as despesas domésticas, e o mesmo 
terá ainda de alugar uma casa, para residir com sua família, tendo em vista que não 
poderá usufruir indefinidamente do imóvel pertencente também aos demais 
herdeiros. 
 
É importante verificar que as despesas do Requerente são as mínimas de qualquer 
cidadão, não havendo nenhum luxo ou extravagância, mas mesmo assim é 
humanamente impossível que uma pessoa com uma renda líquida mensal de R$ 
588,91, possa arcar com uma pensão de 2,2 salários mínimos, correspondente na 
data atual a R$ 440,00 (quatrocentos e quarenta reais). 
 
Veja-se que o valor remanescente para o Alimentante, a se manter a pensão atual 
de R$ 440,00, seria de apenas R$ 148,91 (cento e quarenta e oito reais) que seria 
insuficiente até para a manutenção alimentar própria e de sua família, muito menos 
as demais despesas necessárias. 
 
Cabe ressaltar que hoje o Alimentante tem uma nova família, e suas despesas não 
comportam o valor atual da pensão alimentícia, o que está tornando inviável o 
cumprimento da obrigação alimentar estipulada por esse r. Juízo. 
 
Conforme descrito pelo Mestre Yussef Said Cahali, em sua obra DOS ALIMENTOS: 
"Do mesmo modo, aquele que dispõe de rendimentos modestos não pode sofrer a 
imposição de um encargo que não está em condições de suportar; pois se a justiça 
obrigasse quem dispõe apenas do indispensável para viver, sem sobras, e mesmo 
 
 
 
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com faltas, a socorrer outro parente que está na miséria, "Ter-se-ia uma partilha de 
misérias." 
 
 
Assim sendo, permanecendo o Alimentante obrigado a pagar 2,2 salários mínimos, 
devidos a título de alimentos, estaria se desconsiderando por completo a 
possibilidade econômico-financeira do mesmo, o que, fatalmente, acarretaria a sua 
total miséria, e, consequentemente, a sua inadimplência. 
 
Portanto, o Alimentante se dispõe a pagar a valor correspondente 15% (quinze 
por cento), sobre o seu salário líquido, a ser descontado diretamente em folha 
de pagamento e depositadoem conta da representante legal do menor, no 
valor atual de R$ 88,34 (oitenta e oito reais e trinta e quatro centavos). 
 
Diante da situação financeira atual do Alimentante, essa é única possibilidade 
existente para o mesmo, como participação na alimentação do Requerido. 
 
 
DO DIREITO 
 
Funda-se o pedido do Requerente na Lei n° 5.478/68, que dispõe sobre alimentos. 
Com efeito, assim dispõe referida lei em seus arts. 13, § 1° e 15 
 
“Art. 13. O disposto nesta lei aplica-se igualmente, no que couber, às ações 
ordinárias de desquite, nulidade e anulação de casamento, à revisão de sentenças 
proferidas em pedidos de alimentos e respectivas execuções. 
§ 1º. Os alimentos provisórios fixados na inicial poderão ser revistos a qualquer 
tempo, se houver modificação na situação financeira das partes, mas o pedido será 
sempre processado em apartado.” 
 
................................................................................................ 
 
“Art. 15. A decisão judicial sobre alimentos não transita em julgado e pode a 
qualquer tempo ser revista, em face da modificação da situação financeira dos 
interessados.” 
 
 
Também o novo Código Civil Brasileiro, instituído pela Lei n° 10.406, de 2002, com 
vigência a partir de 11 de janeiro de 2003, assim dispõe o § 1º do art. 1.694 e art. 
1.699: 
 
“Art. 1.694................................................................................ 
 
§ 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante 
e dos recursos da pessoa obrigada. 
................................................................................................ 
 
Art. 1.699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de 
quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, 
conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo.” 
 
 
 
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Assim, de acordo com a legislação vigente, a revisão do quantum está devidamente 
prevista na legislação. 
 
A decisão que estipula os alimentos tem, segundo Yussef Said Cahali7, implícita a 
cláusula rebus sic stantibus: O respectivo quantum tem como pressuposto a 
permanência das condições de possibilidade e necessidade que o determinara. 
 
De acordo com o estabelecido no art. 15 da Lei nº 5.478/68, onde reza que caberá 
revisão de alimentos quando a situação financeira dos interessados for alterada, 
encontra a presente ação respaldo legal, reforçado pacificamente pela doutrina: 
 
"O que se nota é que uma relação jurídica continuativa, dá suporte material a ação 
de alimentos, ou seja, uma relação jurídica em que a situação fática sofre alterações 
com o passar dos tempos. 
 
Deste modo, quando se diz que "inexiste" coisa julgada material nas ações de 
alimentos, faz-se referência apenas ao "quantum" fixado na decisão, pois, se resultar 
alterada faticamente a situação das partes pode se alterar os valores da obrigaçào 
alimentar." 
 
(Dos alimentos, Yussef Said Cahali, pg. 701, in fine). 
 
 
No presente caso, impõe-se a redução da pensão alimentar a fim de haja real 
possibilidade do Requerente efetuar tais pagamentos sem comprometer 
demasiadamente seu sustento próprio. A jurisprudência também tem decidido 
favoravelmente à redução do valor da pensão alimentícia, quando existe 
modificação na situação econômica do alimentante, inferior à da época da fixação 
anterior: 
 
“AÇÃO REVISIONAL - Redução liminar, ante a evidente diminuição das 
possibilidades econômicas do devedor - Admissibilidade - Desproporção 
gravosa entre os índices de correção de seu salário e da pensão devida - 
Aplicação da Lei nº 5.478/68 (Alimentos), art. 13, § 1º Sendo evidente que os 
alimentos devidos são excessivos, considerando-se a situação econômica do 
devedor, podem eles ser liminarmente reduzidos em ação revisional” (TJSP - 6ª 
Câm. Civil; AI nº 120.334-1-SP; rel. Des. J. L. Oliveira; j. 10.08.1989; v.u.). JB 
171/197. 
 
“REVISIONAL DE ALIMENTOS – DEFICIÊNCIA NA SITUAÇÃO ECONÔMICA – 
POSSIBILIDADE DE REDUÇÃO DA PENSÃO ALIMENTÍCIA – ART. 400/CC. 
Demonstrando o alimentante a impossibilidade do cumprimento da obrigação 
assumida em acordo de separação judicial, ocasionada por situação econômico-
financeira deficiente afetadora de sua empresa e, levando-se em conta que a ex-
esposa passou a exercer trabalho remunerado, além de outros elementos de provas 
constantes nos autos, a ação revisional de alimentos deve ser procedente a fim de 
 
7
 CAHALI, Yussef Said. Dos Alimentos. 2ª ed. 2ª tir. RT. p. 699. 
 
 
 
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estabelecer um tratamento equânime entre as partes, porquanto deve sempre se ter 
em vista o binômio necessidade/possibilidade na relação alimentícia.” (TJ/SC – Ap. 
Cível n° 96.000512-9 – Câmara de Laguna – Ac. unân. – 1ª Câm. Cív. – Rel. Des. 
Carlos Prudêncio – DJSC – 26.09.96 – pág. 12). 
 
 
Quanto às provas da situação financeira do Requerente, as mesmas estão 
devidamente comprovadas com a documentação juntada à presente. 
 
 
Da tutela de urgência 
 
O Requerente pretende ver os alimentos que oferece a seu filho, reduzidos de 2,2 
salários mínimos, para 15% (quinze por cento) de seu salário líquido, a ser 
descontado diretamente em folha de pagamento. O valor será suficiente, com a 
participação também da genitora, que possui cargo e salários bem superiores ao do 
Requerente. 
 
Pleiteia tal redução em função de não haver condições de arcar com tal encargo na 
sua integralidade, sem prejuízo do seu sustento e sua nova família, conforme restou 
provado pela prova documental que segue anexa. 
 
As provas exigidas pelo citado artigo estão devidamente representadas pela cópia 
dos recibos de pagamentos e do contrato de trabalho do Requerente, onde se pode 
verificar a remuneração mensal líquida do mesmo, no valor de R$ 588,91 
(quinhentos e oitenta e oito reais e noventa e um centavos). 
 
Diante dos fatos trazidos nesta Revisão não há meios de o Requerente continuar 
contribuindo com o valor anteriormente estipulado, uma vez que houve significativa 
mudança em suas condições econômicas, bem como constituição de nova família. É 
conveniente ressaltar que a não redução dos alimentos importará em prejuízo para a 
nova família do Requerente, pois atualmente passam por dificuldades financeiras 
que certamente serão agravadas, caso continue a pagar a pensão alimentícia no 
valor correspondente 75% (setenta e cinco por cento) de seu salário líquido. 
 
A concessão da tutela antecipada faz-se necessária e conveniente ante o caráter de 
urgência de tal medida. Estando presentes todos os requisitos ensejadores da 
redução por liminar, é justa sua determinação por Vossa Excelência. A 
jurisprudência assim tem se manifestado em casos idênticos: 
 
“AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO ORDINÁRIA DE REVISÃO DE ALIMENTOS 
– PENSÃO FIXADA, EM FAVOR DA MULHER E DOS FILHOS, HÁ MAIS DE 10 
ANOS – PEDIDO DE PERMANÊNCIA DE PENSIONAMENTO NEGADO – 
INCOMPROVAÇÃO DO BINÔMIO NECESSIDADE/POSSIBILIDADE – DECISÃO 
SINGULAR MANTIDA – RECURSO IMPROVIDO, EM SINTONIA MINISTERIAL. 
 
É de manter-se decisão singular que, em revisão de alimentos, outorga tutela 
antecipada para reduzir pensionamento de 30% para 15% do salário do 
alimentante, considerando sua nova prole. A Agravante, funcionária pública, não 
comprovou a necessidade. Desprovimento recursal.” (Destaque do Requerente). 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
(TJMT – AI 8.967 – Classe II – 15 – Várzea Grande – 3ª C. Cív. – Rel. Des. Wandyr 
Clait Duarte – j. 16.12.1998). 
 
 
DO PEDIDO 
 
Diante do exposto requer: 
 
a) o deferimento, em caráter de urgência, de liminar inaudita altera parte para, 
atendendo desde logo o pedido do Requerente, sejam reduzidosos alimentos pagos 
a seu filho no equivalente a 15% do seu salário líquido, a ser descontada 
diretamente em folha de pagamento; 
 
b) seja oficiado a (xxx), com endereço à Rua (xxx), (xxx), Bairro (xxx) – CEP (xxx) 
– Cidade – UF, empresa da qual o Requerente é funcionário, para que proceda ao 
desconto em folha de pagamento, do valor equivalente a 15% (quinze por cento) de 
seu salário líquido, a ser depositado diretamente na conta corrente da representante 
legal do Requerido; 
 
c) a citação do Requerido, representado por sua mãe, (XXX), no endereço 
preambular para, querendo, apresentar defesa no prazo legal, sob pena de 
confissão e revelia; 
 
d) a produção de todas as provas documentais que ora junta e por aquelas que 
poderá juntar oportunamente, e testemunhais, cujo rol anexará oportunamente; 
 
e) a intervenção do Ministério Público; 
 
f) ao final ver declarada a procedência do pedido, reduzindo o encargo alimentar 
para 15% (quinze por cento) de seu salário mensal líquido; 
 
g) seja a Requerida condenada ao pagamento das custas e honorários advocatícios 
a ser arbitrado por Vossa Excelência; 
 
h) a gratuidade das custas processuais pelo benefício da justiça gratuita, fundada no 
que dispõe o artigo 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal e o art. 4º da Lei n.º 
1.060/50. 
 
Dá à presente causa o valor de R$ 1.060,08 (hum mil, sessenta reais e oito 
centavos). 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
 
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33. Ação de Alimentos Gravídicos 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ de Direito da______Vara de Família 
da Comarca de ________ 
 
 
 
 
 
 
 
Fulana de tal, brasileira, solteira, dona de casa, portadora da Cédula de Identidade 
n. …. SESEG/AM, inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas (MF) sob de o n. …, 
domiciliada na cidade de......., residente na Rua …, n. …, Bairro ….., CEP............, 
por intermédio do advogado signatário, lotado no endereço abaixo referenciado, 
vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro na Lei nº 11.804/08 c/c 
Lei nº 5.478/68 c/c art. 1.694 e seguintes, do Código Civil, intentar a presente ação 
de alimento gravídicos contra Nome Completo, brasileiro, solteiro, vigilante (Nome 
da empresa), domiciliado no município de......., na Rua …, n. …, Conjunto …, Bairro 
…, onde reside, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos: 
 
DOS FATOS 
 
A Requerente teve um relacionamento amoroso com o Requerido, durante 11 (onze) 
meses, sendo que desta união resultou na gravidez da Requerente, que hoje se 
encontra no 4º (quarto) mês de gestação, conforme se faz prova com o Laudo 
Médico, em anexo. 
 
Acontece que, desde a separação do casal, a Requerente vem passando por sérias 
dificuldades financeiras, já que o Requerido, em nada vem contribuindo para o 
sustento da mesma, que não está podendo exercer nenhuma atividade laborativa 
que lhe proporcione uma remuneração digna, não tendo recursos para pagar os 
exames médicos exigidos durante a gravidez. 
 
A representante dos Requerentes, por diversas vezes, procurou o Requerido para 
que este cumpra com os seus deveres de pai e ajude no sustento da Requerente, 
mas que sempre lhe foi negada. 
 
Atualmente, o Requerido exerce a profissão de............., junto à Empresa.........., 
deixando em total desamparo os seus filhos menores, ora Requerentes. 
 
Portanto, diante das súplicas da Requerente, o Requerido nem sequer se preocupa 
com a situação da mesma, sempre se negando a contribuir com uma quantia mensal 
para que esta supere este momento pelo qual está passando, motivo este que o 
levou a procurar a via judicial para solucionar o problema. 
 
 
DO DIREITO 
 
 
 
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A Requerente pleiteia os seus direitos previstos na Lei nº 11.804/08, que prevê a 
prestação alimentícia a ser paga à mulher gestante, fazendo com que o suposto pai 
exerça a sua obrigação legal, uma vez que a Requerente se encontra em situação 
financeira muito difícil, necessitando do auxílio do Requerido para se manter. 
 
Vejamos o que diz a legislação civil sobre o assunto: 
 
Art. 2º, da Lei nº 11.804/08 – Os alimentos de que trata esta Lei compreenderão 
os valores suficientes para cobrir as despesas adicionais do período de 
gravidez e que sejam dela decorrentes, da concepção ao parto, inclusive as 
referentes a alimentação especial, assistência médica e psicológica, exames 
complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições 
preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo do médico, além de outras 
que o juiz considere pertinentes. 
 
Parágrafo único. Os alimentos de que trata este artigo referem-se à parte das 
despesas que deverá ser custeada pelo futuro pai, considerando-se a 
contribuição que também deverá ser dada pela mulher grávida, na proporção 
dos recursos de ambos. 
 
Art. 1.694, do Código Civil – Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros 
pedir uns dos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo 
compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades 
de sua educação. 
 
Art. 1.695, do Código Civil – São devidos os alimentos quando quem os 
pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, a 
própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem 
desfalque do necessário ao seu sustento. 
 
É direito do ser humano à sobrevivência, e constitui meios fundamentais para a sua 
realização os alimentos, o vestuário, o abrigo e, inclusive a assistência médica. A 
doutrina brasileira realça ainda mais esta linha de pensamento, qual seja, a 
abrangência do termo “alimentos”, senão vejamos nas palavras do ilustre professor 
Sílvio de Salvo Venosa: 
“Assim, alimentos, na linguagem jurídica, possuem significado bem mais 
amplo do que o sentido comum, compreendendo, além da alimentação, 
também o que for necessário para a moradia, vestuário, assistência médica e 
instrução. Os alimentos, assim, traduzem-se em prestações periódicas a 
alguém para suprir as necessidades e assegurar sua subsistência.” (in Direito 
Civil, vol. VI, Direito de Família, 2a ed., pág. 358). 
 
Ressalte-se que o Requerido tem plenas condições para o cumprimento de seu 
dever alimentar, mantendo-se em atividade profissional capaz de lhe proporcionar a 
prestação alimentícia devida. 
 
Como a necessidade da Requerente é premente, pede se digne Vossa Excelência, 
desde logo, arbitrar alimentos provisórios, em favor da …, ora Requerente, na 
base de 30% (Trinta por cento) da remuneração do Requerido, a ser descontado 
 
 
 
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em folha de pagamento, junto à Empresa …, localizada na Rua …., n. …, Bairro …. 
– na cidade de........., conforme dispõe o art. 4º da Lei nº 5.478/68. 
 
DO PEDIDO 
 
Ante o exposto, requerem a Vossa Excelência, julgue totalmente procedente a 
presente ação de alimentos gravídicos, na forma da Lei nº 11.804/08 c/c Lei nº 
5.478/68 c/c art. 1.694 e seguintes, do Código Civil, solicitando que seja arbitrada a 
pensão alimentícia na base de 30% (Trinta por cento) da remuneração do 
Requerido, a ser descontado em folha de pagamento, junto à Empresa.........., 
localizada na Rua.........., nº..........Cidade de........... colocada à disposição da 
Requerente. Requer a condenação do Requerido nas custas processuais e 
honorários advocatícios, na base de 20% (Vinte por cento) sobre o valor da 
condenação. 
 
Requer a citação do Requerido, para que este, querendo, responda aos termos da 
presente ação, sob pena de confissão e revelia. 
 
Requer, ainda, a intimação do representante do Ministério Público para funcionar em 
todos os atos do processo, sob pena de nulidade do feito. 
 
Protesta provar o alegado pelos meios de prova admitidos em direito,principalmente 
através de documentos (desde já acostados) e depoimento pessoal do Requerido, 
sob pena de confesso. 
 
Requer que lhes sejam concedidos os benefícios da Justiça Gratuita, nos termos 
na Lei nº 1.060/50, por se tratar de pessoa desprovida de recursos, bem como que 
seja observado o disposto na Lei nº 7.871/89 (contagem do prazo em dobro e 
intimação pessoal). 
 
Dá-se à causa o valor de.............. 
 
 
Nesses termos, 
Pede e espera deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado - OAB 
 
 
 
 
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34. Ação de adoção de menor 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA DA 
INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA DA COMARCA DE ___________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_______________, casado, profissão, endereço eletrônico ____________,portador 
do RG ________ e inscrito no CPF nº __________ e, _______________, casada, 
profissão, e-mail, portadora do RG ________ e inscrito no CPF nº __________, 
ambos residentes e domiciliados na rua __________________, nº. ___, cidade 
____________, CEP nº ________, endereço eletrônico ____________, ora por 
intermédio de seu procurador que ao final subscreve, vem, com o devido respeito à 
presença de Vossa Excelência, propor a presente 
 
AÇÃO DE ADOÇÃO DE MENOR 
 
pelas razões fáticas e de direito adiante evidenciadas. 
 
 
I – DOS FATOS 
 
Os autores são casados durante 10 anos (conforme certidão) e se interessam na 
adoção do menor ________, que se encontra abrigado na casa de assistência 
________. 
 
*elencar os fatos de acordo com a possibilidade de o menor e os interessados se 
enquadrarem nas disposições legais. 
 
 
 
 
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II – REQUISITOS PARA ADOÇÃO 
 
Como visto, os Autores se mostram aptos a exercerem o direito à adoção já que 
preenchem aos requisitos elencados no artigo 42 da Lei nº 8.069/90, vejamos: 
 
Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do 
estado civil. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) 
§ 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando. 
§ 2º Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados 
civilmente ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família. 
(Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) 
§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o 
adotando. 
 
 
Conforme os documentos apresentados se faz jus o direito à adoção do menor, 
devendo ser concedido aos Autores o direito pleiteado. 
(...) 
 
IV – DO PEDIDO 
 
Mediante tudo o que foi exposto, os Autores requerem: 
 
a) seja definido estágio de convivência durante o período fixado; 
 
b) julgar procedentes os pedidos formulados para ser proferida sentença 
constitutiva, concedendo aos Autores a adoção do menor; 
 
c) a manutenção do nome e alteração de prenome para ____________; 
 
d) seja intimado o Ministério Público para a devida manifestação; 
 
Protesta provar o alegado por todos os meios admissíveis em direito. 
 
Atribui-se à causa o valor estimativo de R$ ____________ 
 
 
 
 
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Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
 
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35. Adoção plena (modelo 1) 
 
A Lei nº 8.069/90 determina o procedimento para a adoção de crianças brasileiras, 
seja por nacionais ou estrangeiros domiciliados e residentes em território nacional. 
Vejamos: 
Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á segundo o disposto nesta 
Lei. 
§ 1º A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas 
quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família 
natural ou extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei. 
§ 2º É vedada a adoção por procuração. 
Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, 
salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes. 
Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e 
deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e 
parentes, salvo os impedimentos matrimoniais. 
§ 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-se os 
vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os 
respectivos parentes. 
§ 2º É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus descendentes, o 
adotante, seus ascendentes, descendentes e colaterais até o 4º grau, observada a 
ordem de vocação hereditária. 
Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do 
estado civil. 
§ 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando. 
§ 2º Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados 
civilmente ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família. 
§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o 
adotando. 
§ 4º Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem 
adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e 
desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de 
convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e 
afetividade com aquele não detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade 
da concessão. 
§ 5º Nos casos do § 4º deste artigo, desde que demonstrado efetivo benefício ao 
adotando, será assegurada a guarda compartilhada, conforme previsto no art. 1.584 
da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil. 
§ 6º A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação 
de vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença. 
Art. 43. A adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando 
e fundar-se em motivos legítimos. 
 
 
 
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Art. 44. Enquanto não der conta de sua administração e saldar o seu alcance, não 
pode o tutor ou o curador adotar o pupilo ou o curatelado. 
Art. 45. A adoção depende do consentimento dos pais ou do representante legal do 
adotando. 
§ 1º. O consentimento será dispensado em relação à criança ou adolescente cujos 
pais sejam desconhecidos ou tenham sido destituídos do poder familiar. 
§ 2º. Em se tratando de adotando maior de doze anos de idade, será também 
necessário o seu consentimento. 
Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou 
adolescente, pelo prazo que a autoridade judiciária fixar, observadas as 
peculiaridades do caso. 
§ 1º O estágio de convivência poderá ser dispensado se o adotando já estiver sob a 
tutela ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente para que seja possível 
avaliar a conveniência da constituição do vínculo. 
§ 2º A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a dispensa da realização do 
estágio de convivência. 
§ 3º Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, 
o estágio de convivência, cumprido no território nacional, será de, no mínimo, 30 
(trinta) dias. 
§ 4º O estágio de convivência será acompanhado pela equipe interprofissional a 
serviço da Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com apoio dos 
técnicos responsáveis pela execução da política de garantia do direito à convivência 
familiar, que apresentarão relatório minucioso acerca da conveniência do 
deferimento da medida. 
Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se por sentença judicial, que será inscrita no 
registro civil mediante mandado do qual não se fornecerá certidão.§ 1º A inscrição consignará o nome dos adotantes como pais, bem como o nome de 
seus ascendentes. 
§ 2º O mandado judicial, que será arquivado, cancelará o registro original do 
adotado. 
§ 3º A pedido do adotante, o novo registro poderá ser lavrado no Cartório do 
Registro Civil do Município de sua residência. 
§ 4º Nenhuma observação sobre a origem do ato poderá constar nas certidões do 
registro. 
§ 5º A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e, a pedido de qualquer 
deles, poderá determinar a modificação do prenome. 
§ 6º Caso a modificação de prenome seja requerida pelo adotante, é obrigatória a 
oitiva do adotando, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 28 desta Lei. 
§ 7º A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença 
constitutiva, exceto na hipótese prevista no § 6º do art. 42 desta Lei, caso em que 
terá força retroativa à data do óbito. 
§ 8º O processo relativo à adoção assim como outros a ele relacionados serão 
mantidos em arquivo, admitindo-se seu armazenamento em microfilme ou por outros 
 
 
 
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meios, garantida a sua conservação para consulta a qualquer tempo. 
§ 9º Terão prioridade de tramitação os processos de adoção em que o adotando for 
criança ou adolescente com deficiência ou com doença crônica. 
Art. 48. O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter 
acesso irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais 
incidentes, após completar 18 (dezoito) anos. 
Parágrafo único. O acesso ao processo de adoção poderá ser também deferido ao 
adotado menor de 18 (dezoito) anos, a seu pedido, assegurada orientação e 
assistência jurídica e psicológica. 
Art. 49. A morte dos adotantes não restabelece o poder familiar dos pais naturais. 
Art. 50. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou foro regional, um 
registro de crianças e adolescentes em condições de serem adotados e outro de 
pessoas interessadas na adoção. 
§ 1º O deferimento da inscrição dar-se-á após prévia consulta aos órgãos técnicos 
do juizado, ouvido o Ministério Público. 
§ 2º Não será deferida a inscrição se o interessado não satisfazer os requisitos 
legais, ou verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 29. 
§ 3º A inscrição de postulantes à adoção será precedida de um período de 
preparação psicossocial e jurídica, orientado pela equipe técnica da Justiça da 
Infância e da Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis 
pela execução da política municipal de garantia do direito à convivência familiar. 
§ 4º Sempre que possível e recomendável, a preparação referida no § 3º deste 
artigo incluirá o contato com crianças e adolescentes em acolhimento familiar ou 
institucional em condições de serem adotados, a ser realizado sob a orientação, 
supervisão e avaliação da equipe técnica da Justiça da Infância e da Juventude, 
com apoio dos técnicos responsáveis pelo programa de acolhimento e pela 
execução da política municipal de garantia do direito à convivência familiar. 
§ 5º Serão criados e implementados cadastros estaduais e nacional de crianças e 
adolescentes em condições de serem adotados e de pessoas ou casais habilitados 
à adoção. 
§ 6º Haverá cadastros distintos para pessoas ou casais residentes fora do País, que 
somente serão consultados na inexistência de postulantes nacionais habilitados nos 
cadastros mencionados no § 5º deste artigo. 
§ 7º As autoridades estaduais e federais em matéria de adoção terão acesso integral 
aos cadastros, incumbindo-lhes a troca de informações e a cooperação mútua, para 
melhoria do sistema. 
§ 8º A autoridade judiciária providenciará, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a 
inscrição das crianças e adolescentes em condições de serem adotados que não 
tiveram colocação familiar na comarca de origem, e das pessoas ou casais que 
tiveram deferida sua habilitação à adoção nos cadastros estadual e nacional 
referidos no § 5º deste artigo, sob pena de responsabilidade. 
§ 9º Compete à Autoridade Central Estadual zelar pela manutenção e correta 
alimentação dos cadastros, com posterior comunicação à Autoridade Central 
Federal Brasileira. 
 
 
 
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§ 10. A adoção internacional somente será deferida se, após consulta ao cadastro 
de pessoas ou casais habilitados à adoção, mantido pela Justiça da Infância e da 
Juventude na comarca, bem como aos cadastros estadual e nacional referidos no § 
5º deste artigo, não for encontrado interessado com residência permanente no 
Brasil. 
§ 11. Enquanto não localizada pessoa ou casal interessado em sua adoção, a 
criança ou o adolescente, sempre que possível e recomendável, será colocado sob 
guarda de família cadastrada em programa de acolhimento familiar. 
§ 12. A alimentação do cadastro e a convocação criteriosa dos postulantes à adoção 
serão fiscalizadas pelo Ministério Público. 
§ 13. Somente poderá ser deferida adoção em favor de candidato domiciliado no 
Brasil não cadastrado previamente nos termos desta Lei quando: 
I - se tratar de pedido de adoção unilateral; 
II - for formulada por parente com o qual a criança ou adolescente mantenha 
vínculos de afinidade e afetividade; 
III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal de criança maior de 3 
(três) anos ou adolescente, desde que o lapso de tempo de convivência comprove a 
fixação de laços de afinidade e afetividade, e não seja constatada a ocorrência de 
má-fé ou qualquer das situações previstas nos arts. 237 ou 238 desta Lei. 
§ 14. Nas hipóteses previstas no § 13 deste artigo, o candidato deverá comprovar, 
no curso do procedimento, que preenche os requisitos necessários à adoção, 
conforme previsto nesta Lei. 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA DE 
FAMÍLIA DA COMARCA DE _____________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
________________. e sua mulher ________, (qualificação), portadores do RG sob o 
nº ____________ e ____________ respectivamente, inscritos no CPF/MF sob os nº 
____________ e _____________, respectivamente, residentes e domiciliados na 
Rua __. nº _____________, na Cidade de _____________, Estado _____________, 
 
 
 
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endereço eletrônico ____________, através de sua procuradora judicial ao final 
assinada (instrumento de mandato incluso), vem, respeitosamente a presença de 
Vossa Excelência, requerer a 
ADOÇÃO PLENA 
de ______________, nascido aos ____________ dias do mês de ____________ de 
_____________, filho de ______________, (qualificação), (conforme certidão de 
nascimento inclusa nº ____________ - fls. _____________, livro ____________ do 
Registro de Nascimentos de ____________), com fundamento nos artigos 39 a 52 e 
165 a 170 do Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei nº 8.069/91. 
 
I. DOS FATOS 
Os ora Requerentes, casaram-se em data de ____________ (Certidão de 
casamento em anexo) pelo regime de Comunhão Parcial de Bens, na Cidade de 
_____________ 
Como a mãe do Requerido não queria e nem podia criá-lo, manifestou inequívoca 
vontade de entregar seu filho ____________ aos Requerentes, antes mesmo deste 
completar ____________ de idade, o que já foi tempo mais que suficiente para se 
poder avaliar através da convivência a constituição de vínculo. 
O Requerido ____________. hoje é uma criança muito amada, criada dentro de 
hábitos e normas de uma família estruturada. 
Comprovada idoneidade moral, sanidade mental e física e demais requisitos 
exigidos, obtiveram a guarda do mesmo. 
Em data de ______, foi prolatada Sentença (doc. __), nos autos de nº 
____________ na ____________ ª Vara de Família da Comarca de 
_____________, autos estes em que os ora Requerentes obtiveram a guarda e 
responsabilidadedo Requerido _____________, conforme termo em anexo (doc. 
__). 
Cumpridas todas as formalidades e exigências legais e, estando hoje o menor com 
____________ anos, desejam a ADOÇÃO DEFINITIVA da criança, estando ele hoje, 
sem sombra de dúvidas, melhor do que com a própria mãe, num ambiente familiar 
adequado, com muito amor e assistência. 
 
II. DO DIREITO 
 
* Correlacionar os artigos pertinentes ao caso fundamentando nos artigos 39 a 52 e, 
165 a 170 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/91). 
 
 
III. DO PEDIDO 
 
Diante do exposto e frente a legislação pertinente, requerem se digne Vossa 
Excelência: 
 
 
 
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- Seja-lhes deferido o pedido de ADOÇÃO PLENA do Requerido _____________, 
obrigando-se os Requerentes, pela assistência moral educacional, material e 
emocional do mesmo, nos termos do artigo 4º e parágrafo da Lei nº 8.069/90, como 
se filho legítimo fosse e passará a ser; 
- Requerem também a intimação do digno representante do Ministério Público, para 
manifestação acerca do presente pedido; 
- Na sentença que for prolatada favorável, requerem seja conferido ao Requerido o 
nome dos pais adotivos, ou seja, ____________ e de seus adotivos maternos e 
paternos, tudo de conformidade com o artigo 27 e seus parágrafos da Lei 8.069/90. 
 
Termo em que, 
Pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
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36. Adoção Plena (modelo 2) 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO DA 
INFÂNCIA E JUVENTUDE DA COMARCA DE _____ 
 
 
 
 
 
 
______________, brasileiro, solteiro, ______, portador do CPF N. ______, residente 
e domiciliado nesta Cidade e Comarca, podendo ser citado/intimado em seu 
escritório profissional, endereço supra, vem, em causa própria, requerer lhe seja 
deferida a ADOÇÃO do menor Y__________, hoje com 11 meses de idade, que 
pode ser citado na rua _______________, na pessoa de sua mãe 
Z___________________, brasileira, maior, ___________, residente e domiciliada no 
endereço do menor, em face do seguinte: 
 
I - O Requerido encontra-se sob guarda materna desde o nascimento; 
 
II - Ocorre que o Requerente vem cuidando do Requerido desde o nascimento, 
contribuindo financeira e pessoalmente para a subsistência do Requerido; 
 
III - O Requerente dispõe de idade mínima suficiente para a adoção e tem diferença 
de idade para com o Requerido a maior que a exigida pelo vigente ECA; 
 
IV - O Requerente não guarda qualquer parentesco com o Requerido, que não 
dispõe de parentes habilitados à adoção; 
 
V - O nascimento do Requerido encontra-se registrado do CRC de ___Cidade____-, 
no respectivo serviço registral; 
 
VI - Não dispõe o Requerido de bens em nome próprio, direitos ou rendimentos; 
 
VII - A ora Representante Legal do Requerido manifestará na oportunidade 
processual prevista a anuência com a requerida adoção. 
 
VIII - O Requerente dispõe de maturidade suficiente e estabilidade familiar 
necessárias à boa formação e educação do menor; 
 
IX - Dispensável o estágio de convivência em face da idade do Requerido, conforme 
regra insculpida no vigente ECA, art. 46, § 1º. 
 
Requer: a) seja designada audiência especial para oitiva da mãe do Requerido, 
citando-se-lhe por carta, concedendo-se-lhe, a seguir, oportunidade para resposta 
ao pedido vertente; 
b) seja ouvido o MP; 
c) seja intimado o nobre Conselho Tutelar para elaboração do respectivo estudo 
social do caso; 
d) seja deferido ao Requerente provar o alegado por meio do depoimento pessoal da 
 
 
 
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Representante Legal do Requerido, oitiva de testemunhas, juntada de novos 
documentos e perícias para o fim de se lhe conceder a tutela do mencionado menor. 
 
 
Dá à causa valor de R$ 100,00. 
 
Pede deferimento. 
Local e data. 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
 
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37. Ação de Adoção C/C Destituição de Poder Familiar 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA 
COMARCA DE.... ESTADO...... 
 
 
 
 
 
 
 
 
................................... (Qualificação), portadora da RG sob nº......, residente e 
domiciliada na Rua.................., por seu procurador e advogado infra-assinado, com 
escritório na rua....................., onde recebe intimações e notificações, vem com o 
devido respeito e acatamento à presença de V. Exa. propor a presente 
AÇÃO DE ADOÇÃO C/C DESTITUIÇÃO DE PODER FAMILIAR 
 
contra:..................................... (qualificação), residente e domiciliada na 
Rua........................., o que faz com fulcro na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 
(E.C.A.), bem como pelas demais razões de fato e de direito a seguir alinhadas: 
 
Que o menor.................................... nasceu em..........., e a aproximadamente quatro 
anos e meio encontra-se sob os cuidados da Requerente, o que ocorreu inclusive 
com o consentimento de sua genitora, Srª.......................... 
 
Que segundo consta de seu assento de nascimento, o mesmo não foi reconhecido 
por seu genitor. 
 
Que o desejo da Requerente é efetivamente adotar o pequeno....., o qual cabe 
ressaltar sempre recebeu todo o carinho e atenção necessários ao seu pleno 
desenvolvimento físico, psíquico, social, etc. Frise-se ainda que a adaptação do 
menor com a nova família ocorreu sem qualquer trauma para o mesmo, sendo, pois, 
dispensável todo e qualquer período de convivência para fins de adoção, o que 
restará sobejamente comprovado em regular instrução do feito. 
 
Que a Requerente atende a todos Os pressupostos legais exigidos no que diz 
respeito à concessão do pedido, a qual além de possuir endereço fixo, estando 
inclusive residindo em imóvel próprio, também possui rendimentos próprios, es que 
é pensionista junto ao INSS, conforme se vê através do incluso comprovante 
bancário. A Requerente também goza de boa saúde física, mental e psíquica, 
consoante se vê através do incluso atestado ocupacional, restando, pois, 
comprovadas as condições da Requerente em bem assistir o menor. 
 
Que durante todo o período em esteve com a guarda de......., a Requerente não 
recebeu qualquer oposição à respeito, seja por parte da mãe biológica, ou mesmo 
dos demais parentes do menor, mas pelo contrário, houve consentimento da 
genitora do mesmo, inclusive quanto à propositura da presente, a qual propôs-se 
inclusive a comparecer perante esse Juízo para prestar as informações necessárias. 
 
 
 
 
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Diante do exposto e visando a proteção e os interesses do menor, é esta para 
respeitosamente requerer a V. Exa. se digne em recebendo a presente, atendendo 
ao disposto nos artigos 28, 39 e seguintes da Lei nº 8.069/90, determinar: 
 
1. A citação da Requerida, Srª................................., para, querendo, contestar a 
presente no prazo legal, sob pena de revelia e confissão. 
 
2. A intimação do digníssimo representante do Ministério Público da Comarca para 
acompanhar o feito. 
 
3. A isenção do pagamento de custas e emolumentos, nos termos do artigo 141, § 
2º, da Lei nº 8.069/90, e bem assim que tenha o presente seus atos desenvolvidos 
sob segredo de justiça. 
 
4. A produção de provas consistentes nos documentos ora juntados, depoimento 
pessoal da Requerida, sob pena de confesso, oitiva das testemunhas abaixo 
arroladas, as quais comparecerão a esse Juízo independentemente de intimação, e 
se necessário, perícia e inspeção judicial. 
 
5. Finalmente, requer seja a presente ação julgada PROCEDENTE para conceder à 
Requerente a ADOÇÃO do menor...........................,com a consequente destituição 
do poder familiar de sua mãe biológica e ora Requerida, e após, que seja expedido o 
competente mandado judicial com todas as prerrogativas legais previstas pela Lei nº 
8.069/90, ao Cartório do Registro Civil de..........................., para as averbações 
necessárias. 
 
Dá à causa, o valor de R$......... (......). 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
38. Ação de Suspensão do Poder Familiar c/c Pedido de Tutela de urgência 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA_________VARA 
CÍVEL DA VARA ESPECIALIZADA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA 
DE_________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROCESSO:___________ 
 
AÇÃO: Suspensão do Poder Familiar c/c pedido de Tutela Antecipada 
 
AUTOR:_____________ 
 
RÉU:_______________ 
 
 
XXXXX, já qualificada nos autos supracitados, vem respeitosamente a presença de 
V. Exa.,por seu procurador que seta subscrevem, mandato incluso (doc. 1), com 
escritório profissional na xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, onde recebe intimações e 
notificações de estilo, para apresentar sua 
 
CONTESTAÇÃO 
 
como de fato contesta, a AÇÃO DE SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR c/c 
PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA que lhe move XXXXXXXXXXXXXXX, e, para 
tanto expõe e requer a V. Exa., o seguinte: 
 
I – DOS FATOS 
1. O requerente registrou Boletim de Ocorrência com acusações infundadas que 
faltavam com a verdade, pois a requerida nunca o achincalhou perante as pessoas, 
nunca esteve em seu local de trabalho após rompimento do relacionamento, mesmo 
porque o estado psicológico em que ele a deixara no 7º mês de gestação fora 
constrangedor e humilhante, não dando nenhuma assistência para a gestante que 
se encontrava em um estado frágil de saúde física e psicológica, logo em seguida 
indo morar com a companheira que vive até a presente data. 
 
2. O requerente não acompanhou a genitora nem para a condução à maternidade 
para dar a luz a sua filha, até mesmo no dia da alta hospitalar quem conduziu a 
mesma foi um casal de amigos por nome XXXXXXXXXX e XXXXXXXXX, pois o pai 
se negara a prestar tal obrigação, até para fazer o registro de nascimento da filha 
obrigou a mãe com apenas dez dias de parto a fazê-lo. 
 
3. A requerida ligava para o requerido a fim de que esse viesse visitar a filha e 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
ajudasse financeiramente para a aquisição de leite, fraldas, medicamentos...pois 
devido aos problemas ocasionados fora afetado o seu estado emocional vindo até a 
secar o leite materno ainda no segundo mês de vida de sua filha, mas o requerido 
não dava nem importância, sempre dizendo que não tinha tempo ou dinheiro, isso 
quando atendia ao telefone, pois na maioria das vezes quem o fazia era a 
companheira que até destratava a mãe ainda de dieta. 
 
4. É válido ressaltar que é mentirosa a declaração de que a última vez que viu a 
filha fora no dia 12/04/2005, pois nessa data a menor não acompanhou a mãe na 
audiência nem o pai fora visitar a menor. 
 
5. A última vez que o genitor visitou a filha foi no dia 05/03/2005, ocasião em que o 
seu irmão (gêmeo) XXXXX o acompanhou para conhecer a sobrinha, no entanto 
fora bem recebido. 
 
6. XXXXXXXXX, irmã do Requerente que mora em outra cidade do Estado, esteve 
visitando a menor no dia 29/10/04, ligou para o pai para visitarem a criança juntos 
mas esse se negou a ir. 
 
7. O Requerente só visitou a filha por 03 vezes, sendo: Quando essa nasceu levou 
a mãe e a tia para conhecê-la quando essa estava com 04 (quatro) dias de nascida, 
mas não permaneceu na casa nem por cinco minutos, fatos comprovados pela 
genitora da requerida, sua mãe e sua tia xxxxxxx, quando esteve para levar 
medicamentos, mas ficou por um período inferior a 05 minutos e no dia 05.03.05 
ocasião em que levou seu irmão, porém continuava a não permanecer por muito 
tempo junto a sua filha, pois logo em seguida decidia ir embora. 
 
8. Depois disso ligou por duas vezes para a requerida, sendo uma vez no dia 12 de 
junho (domingo) e no dia 10 de julho (domingo) querendo pegar a filha para passar o 
final de semana, sendo que da primeira vez a requerida estava viajando com a filha 
e a outra vez estava com os familiares, desse modo fora dito ao requerido que esse 
deveria se programar uma vez que aparece esporadicamente e a mãe tem uma vida 
organizada e compromisso com os familiares e igreja pois é evangélica. 
 
9. Nunca lhe foram negadas as visitas, inclusive quando esporadicamente aparecia 
era bem recebido pela mãe e pelos familiares pois são pessoas humildes mas 
educadas. 
 
10. Fato que reforça as alegações supracitados é o que descreveu a Assistente 
Social XXXXXXXX no seu ESTUDO SOCIAL sobre caso em tela. Vejamos abaixo o 
que foi relatado: 
“ De acordo com o estudo social e visitas realizadas ficou comprovado que a criança 
“ Vitória “ (um ano de idade) encontra-se residindo na companhia da genitora desde 
o seu nascimento e aparenta estar recebendo todos os cuidados necessários para 
seu bem-estar e desenvolvimento... No momento não ficou evidenciado maus tratos 
ou negligências por parte da genitora no que se refere aos cuidados com a filha, 
pelo contrario, é dedicada e extremamente organizada. Participa no cotidiano da 
filha de forma efetiva, mesmo tendo compromisso diário com seu trabalho.” 
 
11. È valido lembrarmos que a assistente social também teceu comentários sobre o 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
AUTOR, comentários estes que se seguem abaixo: 
“ Em face dos fatos expostos ficou constatado que o genitor no momento, não 
preenche os requisitos necessários para obter a guarda,...”, “... o requerente no 
momento, não possui moradia definida e que o local onde está vivendo (Oficina e 
Funilaria) não é aconselhável e nem adequado para uma criança...”. 
 
12. Mais uma vez ficou evidenciado que o genitor não tem condições para suprir as 
necessidades de uma criança de tenra idade. 
 
 
II – DO DIREITO 
A genitora em momento algum faltou com as suas obrigações que estão elencadas 
no Art. 1634, CC. 
 
Art. 1.634. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores: 
I - dirigir-lhes a criação e educação; 
II - tê-los em sua companhia e guarda; 
III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem; 
IV - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais 
não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar; 
V - representá-los, até aos dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após 
essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento; 
VI - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha; 
VII - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade 
e condição. 
 
E muito menos recaiu sobre algumas das hipóteses infracitadas... 
 
1.635. Extingue-se o poder familiar: 
I - pela morte dos pais ou do filho; 
II - pela emancipação, nos termos do art. 5º, parágrafo único; 
III - pela maioridade; 
IV - pela adoção; 
V - por decisão judicial, na forma do artigo 1.638. 
 
Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que: 
I - castigar imoderadamente o filho; 
II - deixar o filho em abandono; 
III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes; 
IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente 
 
 
Dá-se a suspensão do poder familiar por ato de autoridade, após a apuração 
devida, se o pai ou a mãe abusar de seu poder, faltando aos seus deveres ou 
arruinando os bens do filho, algo que não ocorre no caso da ré, como já foi citado 
anteriormente como já podemos ver anteriormente. 
 
A imposição da pena de suspensão é deixada ao prudente arbítrio do juiz, poderá 
deixar de aplicar,se for prestada caução idônea de que o filho receberá do pai (ou 
da mãe) o tratamento conveniente. (Espínola, A Família no Direito Civil Brasileiro, 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
247, nota 30). Sendo assim não tem embasamento o pedido do AUTOR, pois em 
momento algum como citado anteriormente a requerida deixou de cumprir com suas 
obrigações em relação a menor. 
 
É clara também a falta de pressupostos para o pedido de TUTELA DE URGÊNCIA, 
pois o caso em tela não se encontra elencado nos casos em que é admissível o 
pedido supracitado como podemos ver abaixo no Art. 300, CPC: 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que 
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil 
do processo. 
 
Esta evidente que o pedido é infundado e não se enquadra nos critérios necessários 
 
DA DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA 
 
A presunção em favor da guarda materna: 
 
Esse entendimento, praticamente unânime, vem encontrando guarida nas mais 
variadas situações, onde ao juiz da causa cabe o exame da individualidade da 
situação do filho, independentemente das circunstâncias de seus pais, desde que 
estas não ensejem motivo grave, lesivo à formação e educação do menor. 
 
Casos há, e múltiplos, em que não resta alternativa senão a alteração da guarda, 
mas a jurisprudência vem sendo criteriosa, reservando a aplicação de medida com 
consequências tão profundas na vida do menor somente para aquelas situações em 
que a exuberância dos fatos graves aconselha e indica a solução radical, 
normalmente em que o guardião não se viu envolvido em uma única falta, sempre 
escusável, mas portador de comportamento realmente teratológico, em tudo 
incompatível com o exercício do múnus de criar e educar um ser humano em 
formação. 
 
Assim se é certo que, no geral dos casos, especialmente em se tratando de crianças 
de pouca idade, melhor é mantê-los na companhia materna, quando a genitora 
apresenta não somente os atributos necessários ao exercício da maternidade, como 
também a vem exercendo junto aos filhos desde o nascimento. 
 
E não se pode ver na presunção em favor da mãe um refluxo no princípio de 
igualdade entre sexos objeto do preceito constitucional (CF, art. 5º, I, e art. 226, § 
5º), posto que as normas jurídicas não devem ser interpretadas de forma literal ou 
gramatical, cedendo ao conserto do mundo real e às peculiaridades da natureza 
humana, sejam aquelas que nos foram impostas pela biologia, como as demais fruto 
da construção cultural. 
 
O fato é que os filhos, em geral, sentem-se mais seguros na presença da mãe, e é a 
mulher, em nossa cultura, que recebe o melhor treinamento para criá-los, daí a 
norma geral que assoalha à presunção, que obviamente poderá ceder ante a 
presença de robusta prova em contrário o que não ocorre no caso em tela. 
2ªCCTJRGS: “Guarda de menor. Desde que inquestionados interesses a bem dos 
menores em seus aspectos material-psico-emocional, mesmo por sua tenra idade, 
atuante nestas ações o norte de que o direito dos pais gravita em torno do bem estar 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
dos filhos, inclinada a lei para que infantes, nos primeiros anos de vida fiquem na 
companhia da mãe, salvante casos de excepcionalidade, nada há a se reparar na 
sentença do juízo singular que bem decidiu à espécie, rejeitando o pedido do autor. 
Provimento denegado” (AC nº. 500421326, rel. Des. Manoel Celeste do Santos, j. 
em 1.12.82, Jurisprudência TJRS, C-Cíveis, 1982, V-2, T-13, P-44-47). 
4ªCCTJRGS: “Tratando-se de menor de tenra idade, a guarda deve ser confiada à 
mãe, quando da separação do casal, salvo prova de incapacidade desta. Sentença 
confirmada.” (AC nº. 583025044, rel. Des. Oscar Gomes Nunes, j. em 17.3.83, 
Jurisprudência TJRS, C-Cíveis, 1983, V-2, T-17, P-62-66). 
3ªCCTJRGS: “Busca e apreensão de menor. Devendo a criança de tenra idade ser 
melhor atendida pela própria mãe, a sua guarda deve competir a esta e não ao pai. 
Apelo provido.” (AC nº. 583039003, rel. Des. Gervásio Barcellos, j. em 17.11.83, 
Jurisprudência TJRS, C-Cíveis, 1984, V-2, T-2, P-256-262). 
8ª CCTJRGS: “GUARDA. MENOR. ALTERAÇÃO. Não demonstrada nos autos a 
falta de condições da mãe em permanecer com a guarda da filha menor, não há que 
se fazer qualquer outra alteração, sob pena de resultar prejuízos emocionais à 
menor....” (AI nº. 594139222, rel. Des. Eliseu Gomes Torres, j. em 17.11.94, in 
RJTJRGS 169/242). 8ª CCTJRGS: “A criança não deve ser tratada como moeda de 
troca. Deve ser respeitado o seu referencial afetivo. Não se retira filho de mãe para 
entregar ao pai. Ainda mais se o menor se encontra satisfeito no convívio materno.” 
(APC nº. 5972279982, relator: des. Antônio Carlos Stangler Pereira, julgado em 
05.11.1998). 
 
III – DO PEDIDO 
 
A) No mérito, que seja julgada improcedente a ação em todos os seus termos, 
isentando a Suplicada de perder o Poder Familiar e assim a Guarda de sua filha que 
tanto ama e luta para lhe dar uma vida cheia de carinho, amor, e afeto. Mulher esta 
que sofreu a dor do parto, que carregou em seu ventre durante nove meses essa 
criança que lhe dedica a vida. 
 
B) Das provas, que sejam arroladas as testemunhas infracitadas para comprovarem 
os fatos anteriormente contestados. 
 
Isto posto, deve este Nobre Magistrado, ater aos fatos narrados na Contestação ora 
ofertada, a qual objetiva afastar e descaracterizar os termos constantes da Ação 
proposta pela Requerente para ao final, ver reconhecida por sentença, os termos da 
presente defesa, acatando a decisão desse juízo, para que as visitas a filha menor 
sejam aos domingo, de maneira alternada, previamente anunciada, das 12h às 
18h, na área de lazer do condomínio onde reside a requerida, assistida pela babá ou 
pessoa da família, por ser esta a única e verdadeira expressão da JUSTIÇA ! 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado - OAB 
ROL DE TESTEMUNHAS: 
 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
39. Interdição Plena Cumulada com Pedido de Suprimento Judicial 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA....ª VARA CÍVEL DA 
COMARCA DE... 
 
 
 
 
 
 
.......................... (qualificação), residente e domiciliada na Rua.... nº...., no Município 
de...., através de seu procurador infra-assinado (instrumento de mandato incluso), 
vinculado ao Escritório Modelo de Assistência Jurídica da Universidade Federal 
do...., com endereço na Rua.... nº...., nesta cidade, com amparo nos artigos 446, I e 
447, I, do Código Civil e nos artigos 747, II e seguintes do Código de Processo Civil, 
vêm com o devido respeito, à presença de Vossa Excelência propor a presente: 
 
INTERDIÇÃO PLENA CUMULADA COM PEDIDO DE SUPRIMENTO JUDICIAL 
 
de....................................... (qualificação), filha da Requerente, internada há.... ano, 
no Hospital...., com endereço na Rua.... nº...., pelas razões de fato e de direito a 
seguir expostas: 
 
1) - A Requerida apresenta deficiência mental desde os.... anos de idade. 
Frequentou escolas especializadas tendo sido internada no.... dos.... aos.... anos. 
 
2) - A Requerida tem dificuldades em entender e se expressar oralmente. Segundo a 
sua genitora, sua filha não é capaz de prover suas próprias necessidades, 
necessitando constantemente de ajuda e orientação; 
 
3) - A Requerida já se evadiu de casa por diversas vezes bastando um pequeno 
descuido da família. Na última vez que esteve ausente da casa de seus familiares, 
por quase um ano, retornou grávida. Ocorre que a interditanda não sabia informar 
quem era o pai da criança esperada e nem de quantos meses de gravidez se 
encontrava; 
 
4) - Durante o período que a Requerida fica afastada, a família não toma 
conhecimentos de seu paradeiro e tampouco com quem ela seencontra. Em.... de.... 
de....,.... deu à luz na Maternidade do Hospital de...., ficando o recém nascido 
internado em Berçário de Alto Risco. Após alta daquela casa hospitalar a menor foi 
encaminhada ao Juizado de Menores juntamente com sua avó,...., que ficou 
responsável pela guarda da menor. A Requerida, após alta hospitalar foi transferida 
para o Hospital...., evadindo-se daquela casa hospitalar após alguns meses de 
internamento; 
5) - A Requerente informou ainda, que sua filha teve outra gestação desta feita de 
(gemelares), não tendo notícias das crianças até hoje; 
 
6) - Em.../.../..., foi preenchida solicitação de Laqueadura Tubária para a Requerida, 
tendo sido negada pela Comissão de Ética, por serem necessários melhores 
esclarecimentos quanto aos problemas psiquiátricos que afligiam a paciente. 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
Em.../.../..., foi feita nova solicitação, desta feita assinada pela Dra....., psiquiatra 
daquela casa hospitalar, a qual solicita em caráter de urgência a laqueadura na 
paciente por ser esta portadora de Esquizofrenia Paranóide, conforme laudo em 
anexo da psiquiatria e relatório da assistente social Dra....., que após solicitou 
novamente um parecer da Comissão de Ética, informando da gravidade do 
problema. 
 
7) - De posse dos relatórios já referidos, a Comissão de Ética do Hospital de........, 
considerando vários aspectos, autoriza a Ligadura Tubária na paciente em questão 
conforme parecer assinado pelo Dr....., conforme cópia reprográfica em anexo; 
 
8) - O processo nº.... foi então encaminhado à Consultoria e Procuradoria Jurídica da 
Universidade Federal do.... - UF.... - com o objetivo de se obter orientação quanto ao 
procedimento judicial cabível ao caso; 
 
9) - A Consultoria e Procuradoria Jurídica da Universidade Federal, através do 
parecer nº...., declarou-se impossibilitada de formalizar tal pedido, vez que esta 
deverá ser promovido pela mãe, pai ou tutor, conforme o que preceitua o artigo nº 
747, II, do Código de Processo Civil e, tendo em vista as condições 
socioeconômicas da paciente e sua progenitora, sugere que a mesma seja 
encaminhada à Assistência Judiciária Gratuita, junto ao Escritório Modelo desta 
Universidade Federal, cópia reprográfica do parecer em anexo, assinado pela 
Procuradora....; 
 
Pelo exposto requer: 
 
a) - A procedência dos pedidos, com a decretação da INTERDIÇÃO de...., 
nomeando a sua mãe a Sra....., sua curadora e a consequente medida judicial que o 
caso requer; 
 
b) - A citação da Requerida, para que, em dia, hora e local designados compareça à 
presença de Vossa Excelência, para verificação pessoal do estado clínico que se 
encontra a paciente em tela; 
 
c) - A intimação do Digníssimo Representante do Ministério Público para atuar no 
feito; 
 
d) - A nomeação de perito para examinar a Interditanda, iniciando a Dra....., que tem 
profundo conhecimento do caso. 
 
e) - A designação de audiência de instrução e julgamento; 
 
f) - A concessão de benefício da Justiça gratuita na forma do artigo 5º, LXXIV, da 
Constituição Federal, vez que a Requerente não pode arcar com as despesas 
processuais sem comprometer seu próprio sustento e de sua família; 
 
g) - Protesta-se pela produção de todas as provas em direito admitidas, 
especialmente a prova pericial, além da oitiva das testemunhas - arroladas em 
anexo - que comparecerão independentemente de intimação; 
 
 
 
 
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Dá-se o valor da causa em R$.... (....). 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
 
Local e data. 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
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40. Pedido de Curatela 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA.... VARA CÍVEL 
DE...... 
 
 
 
 
................................... (qualificação), Cédula de Identidade/RG nº...., residente e 
domiciliado na Rua.... nº...., por seu procurador ao final assinado, com escritório na 
Rua.... nº...., onde recebe intimações, vem a presença de V. Exa. com respeito e 
acatamento a fim de propor a presente 
CURATELA 
 
de............................... (qualificação), Cédula de Identidade/RG nº...., encontrando-se 
atualmente recolhido junto ao Manicômio Judiciário do Estado, pelas razões de fato 
e de direito que passa a aduzir: 
 
1. O Requerente é irmão do curatelado que, em razão de problemas mentais, 
encontra-se em tratamento junto ao referido Manicômio. 
 
2. Enquanto deste tratamento, vem sendo o Requerente responsável pelas 
despesas necessárias à subsistência da ex-mulher e filhos de seu irmão enfermo. 
 
3. Tanto que vinha recebendo, por procuração e em nome de irmão alienado, 
valores referentes a aposentadoria por invalidez junto ao INSS, conforme documento 
incluso. 
 
Ocorre que não há expectativa de melhora a médio prazo e em razão disto, requer a 
V. Exa. que se digne a, tomadas as cautelas legais, nomear Curador de...., para que 
assim tenha este seus interesses protegidos, sendo julgada procedente a presente 
ação e feitas as anotações necessárias. 
 
Protesta por todos os meios de prova em direito admitidas, inclusive testemunhal e 
pericial. 
 
Requer os benefícios de Justiça Gratuita, tendo em vista se tratar de pessoa pobre 
na acepção jurídica do termo. 
 
Requer a intimação do Ministério Público, para acompanhamento do feito. 
 
Atribui à presente causa, para efeitos fiscais, o valor de R$.... (....). 
 
Nestes Termos, 
Pede Deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
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41. Pedido da Curatela dos Interditos 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA______ VARA CÍVEL 
DA COMARCA DE_____ 
 
 
 
 
 
.................................., brasileira, solteira, Professora da Rede Municipal, residente e 
domiciliada nesta cidade, na Rua..................., nº........., pelo procurador abaixo 
firmado, conforme instrumento de mandato incluso, com escritório na 
Rua..................., nº..........., onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à 
presença de Vossa Excelência, com fundamento jurídico nos arts. 747 e seguintes 
do Código de Processo Civil, expor e requerer o seguinte: 
 
A requerente, conforme faz prova com as certidões inclusas, é filha de..................., 
brasileiro, aposentado, o qual é viúvo. 
 
Há cerca de seis (06) meses o requerido vem demonstrando estar perdendo 
completamente a higidez mental, razão pela qual já foi internado em 
estabelecimento especializado, para tratamento de saúde, sem, contudo, apresentar 
quaisquer sintomas de melhora, face ao estado de insanidade mental que o 
acometeu, conforme se demonstra com os atestados médicos em anexo. 
 
O requerido é proprietário de diversos bens imóveis que eram por ele mesmo 
administrados, mas que se encontram abandonados, em face do acometimento da 
moléstia. 
 
Em razão do exposto, com amparo nos dispositivos legais preambularmente 
invocados, requer a V. Exa., a instauração de perícia médica, para que constate a 
insanidade mental do interditando, designando audiência para ouvida do mesmo e 
inquirição das testemunhas abaixo arroladas. 
 
Requer, outrossim, a intimação do representante do Ministério Público e, ao final, ser 
declarada a interdição do requerido, com a nomeação do requerente como seu 
curador, admitido a prestar compromisso na forma legal e a proceder à 
especialização em hipoteca legal. 
 
Valor da causa: R$ 
 
Nestes termos. 
Pede deferimento. 
 
 
Local e data. 
 
Advogado - OAB 
 
Rol de testemunhas: 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
42. Ação de Interdição e Curatela Provisória 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA....ªVARA CÍVEL DA 
COMARCA DE.... 
 
 
 
 
 
 
 
..................................... (qualificação), portador da Cédula de Identidade/RG nº...., 
inscrito no CPF/MF sob nº.... e.............. (qualificação), portador da Cédula de 
Identidade/RG nº...., inscrito no CPF/MF sob nº...., residentes e domiciliados nesta 
Cidade, na Rua.... nº...., por seu procurador infra assinado (mandatos anexos, 
doc..... e....), respeitosamente comparecem perante Vossa Excelência para requerer 
 
INTERDIÇÃO E CURATELA 
 
de....,.... e...., pelos motivos, a seguir expostos: 
 
 
1 - Os requerentes e os interditandos são filhos de.... e...., já falecidos, 
respectivamente, em.... e...., conforme faz prova a inclusa documentação (nºs....). 
 
2 - Os requerentes e os interditandos tinham outro irmão, de nome...., também já 
falecido, em...., conforme faz prova os documentos apresentados (nºs....). 
Consequentemente, os requerentes são os únicos parentes vivos dos interditandos. 
 
3 -....,.... e...., consoante informamos inclusos documentos (nºs....) são portadores de 
um quadro de "DEFICIÊNCIA MENTAL GRAVE", impedindo-as, consequentemente, 
de gerir e administrar sua pessoa e bens. 
 
4 - A doença dos interditandos, segundo informações médicas colhidas pelos 
requerentes, é irreversível, os quais, por tal motivo, foram matriculados na APAE 
(doc.....), com o objetivo de amenizar as consequências da deficiência mental grave. 
 
5 - Destarte, em virtude dos falecimentos de seus pais, e diante da situação dos 
interditandos, que não têm condições de gerir e administrar suas pessoas e bens, é 
imprescindível que sejam legalmente representados, posto que são herdeiros dos 
finados.... e...., acima referidos, como comprova a inclusa documentação (docs.....). 
Notadamente no que se refere ao direito de pleitear e receber a pensão junto ao 
INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL - INSS, decorrente da condição 
de segurado de seu finado pai.... 
 
DIANTE DO EXPOSTO, vêm pedir e requerer o seguinte: 
 
a) tendo-se em vista que os interditandos não têm condições de gerir e administrar 
suas pessoas e bens, que seja deferida à requerente.... a CURATELA PROVISÓRIA 
 
 
 
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de....,.... e...., para representá-los em Juízo ou fora dele, na administração de suas 
pessoas e bens, prestando para tanto, o compromisso legal; 
 
b) o prosseguimento deste pedido, nos termos do disposto nos artigos 749 e 
seguintes, do Código de Processo Civil; 
 
c) ao final, decretada a interdição, que seja a requerente.... nomeada CURADOR de 
seus irmãos....,.... e...., transformando-se, portanto, de provisória em definitiva; 
 
d) intervenção do digno Senhor Promotor de Justiça sobre este pedido; 
 
e) a produção de todas as provas admitidas em direito. 
 
 
Dá-se à presente o valor de R$.... 
 
Nestes Termos, 
Pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
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43. Ação de Curatela - Acidente Vascular Cerebral 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA DE 
FAMÍLIA DA COMARCA DE _____. 
 
 
 
 
 
 
 
 
FULANA DE TAL portadora do RG nº............. e do CPF/MF nº............, 
nacionalidade, estado civil, profissão, domicílio e residência, por seu Advogado, 
promove a presente ação de 
 
CURATELA 
 
contra 
 
BELTRANO DE TAL, portador do RG nº............. e do CPF/MF nº............, nacionali-
dade, estado civil, profissão, domicílio e residência, com fundamento nos artigos 747 
e ss., do Código de Processo Civil, c.c. artigos 446 a 458 e 462, do Código Civil, e 
artigos 29, inciso V, 92, 6º, e 104, da Lei n. 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 
pelas razões que passa a aduzir. 
 
 
DOS FATOS DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
 
A Requerente casou-se com o Interditando em.../.../..., pelo regime................... 
Dessa união nasceram....... filhos: 
 
1. Fulano de Tal, em....... de............. de......., natural de........... (Cidade), 
Estado........... (Distinguir quando menor do maior; para este incluir: portador do RG 
nº............. e do CPF/MF nº............, estado civil, profissão e domicílio e residência). 
 
2. Fulana de Tal, em....... de............. de......., natural de........... (Cidade), 
Estado........... (Distinguir quando menor do maior; para este incluir: portador do RG 
nº............. e do CPF/MF nº............, estado civil, profissão e domicílio e residência). 
 
Na madrugada do....... de............. de......., o Interditando foi acometido de grave 
Acidente Vascular Cerebral Isquêmico Bilateral, sendo imediatamente internado na 
Unidade de Terapia Intensiva do Hospital............, em.............. (Cidade), em estado 
de Coma, onde ainda se encontra (docs..........). 
 
Conforme se depreende do entendimento médico “... trata-se de uma moléstia de 
caráter crônico e altamente debilitante...”, razão pela qual o Requerido apresenta, “... 
total incapacidade de exercer qualquer tipo de função de ordem física e ou que 
necessitem de suas faculdades mentais” (docs...........). 
 
 
 
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A gravidade da doença e a incapacidade total e permanente para todo e qualquer 
ato, inclusive pessoal, estão reforçadas pelo último Laudo Médico expedido em....... 
de............. de......., informando sobre a evolução do estado de coma e o surgimento 
de repetidas infecções respiratórias, que comprometem ainda mais uma provável 
recuperação precoce (docs..........). 
 
O atual estado de inconsciência provocada pela enfermidade não permite o 
despertar sequer por meio de estimulação enérgica. Perderam-se as atividades 
cerebrais superiores, conservando-se apenas a respiração e a circulação, além de 
suporte nutricional total através de equipamentos e aparelhagens apropriadas 
(docs...........). 
 
Conclui-se, portanto, que o elevado grau comatoso do Interditando, associado à falta 
de perspectiva de recuperação e à evolução de repetidas infecções respiratórias, 
impossibilitam-no de reger sua própria pessoa e administrar seus bens, e, também, 
não lhe deixa condições de receber formalmente a citação e de ser interrogado, 
circunstâncias que poderão, a critério do r. Juízo, ser constatadas no 
Hospital..........., em............ (Cidade), onde se encontra internado. 
 
Para efeitos de ordem técnica, informa que a classificação das moléstias pelo 
Código Internacional de Doenças - CID 163.3 e R40.2. 
 
Em nome do Interditando e da Requerente (marido e mulher) existem os seguintes 
bens: 
 
Ao descrever os bens atentar à diretriz seguinte: 
 
SE FOR IMÓVEL 
Descrevê-lo com as suas especificações, nomeadamente local em que se encontra, 
extensão da área, limites, confrontações, benfeitorias, origem do título, número do 
registro junto à matrícula (ou anteriormente transcrição) aquisitiva e ônus que o 
gravam. 
 
SE FOR MÓVEL 
Dar os sinais característicos. 
 
SE FOR SEMOVENTE 
Dar o número, a espécie, as marcas e os sinais distintivos. 
 
SE FOR JOIA, OBJETO DE OURO E PRATA, OU PEDRA PRECIOSA 
Declarar-lhes especificamente a qualidade, o peso e a importância. 
 
SE FOR TÍTULO DA DÍVIDA PÚBLICA, AÇÃO, COTA OU TÍTULO DE SOCIEDADE 
Mencionar-lhes o número, o valor e a data. 
 
DOCUMENTOS 
Apreciar a conveniência do encarte para cada caso. 
 
SE FOR PESSOA JURÍDICA 
 
 
 
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No caso de firma comercial ou indústria, basear-se nos estatutos, no contrato social 
e outros elementos, indicando CNPJ/MF e demais características. 
 
ACRESCENTAR, SE FOR O CASO 
 
Pela natureza dos bens descritos, verifica-se a imperiosa necessidade da 
continuidade das operações comerciais e/ou mercantis, sob pena de tudo se perder, 
e, para tanto, a nomeação da Requerente, esposa, comoCuradora Provisória, que 
se encontra ao lado do marido e a par dos negócios, virá em socorro da difícil 
situação em que a família se encontra. 
 
DOS PEDIDOS 
 
Em face ao exposto, respeitosamente requer a V. Exa.: 
A nomeação de Curadora Provisória, na pessoa da Requerente acima qualificada G. 
T. S. S. 
 
A representação (nos Autos) do Interditando pelo Doutor Promotor de Justiça. 
 
A nomeação de Perito para proceder ao exame do Interditando no Hospital............., 
em............. (Cidade, rua ou avenida, número e outros pontos de referência). 
 
Designação de dia, hora e local para que o Experto firme o compromisso de cumprir 
conscienciosamente o encargo que lhe for cometido e, também, fixação de prazo 
para entrega do laudo. 
 
Designação de audiência de Instrução e Julgamento, decretando-se a Interdição de 
J. F. S. F., transformando-se em definitiva a nomeação da Curadora. 
 
Publicação de edital pelo órgão oficial e pela imprensa local, constando dele os 
nomes do Interdito e da Curadora, a causa da interdição e os limites da Curatela. 
 
Registro da Sentença de Interdição junto ao Cartório de Registro Civil das Pessoas 
Naturais competente. 
 
Autorização expressa para a prática dos demais atos necessários, em domingos e 
feriados, ou nos dias úteis fora do horário normal, nos termos do artigo 212 e 
parágrafos do Código de Processo Civil. 
 
A produção das provas previstas no artigo 136, incisos I a VII do Código Civil, c.c. 
art. 319, inciso VI, do Cód. Processo Civil, aguardando oportunidade para produzi-
las (se necessárias). 
 
Dá-se à causa o valor de R$.......... (........). 
 
Termos em que, 
P. Deferimento. 
 
Local e data. 
ADVOGADO – OAB 
 
 
 
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44. Ação de Remoção do Curador 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA..... VARA CÍVEL DA 
COMARCA DE..... 
 
 
 
 
 
 
 
 
AUTOS Nº..... 
 
....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de....., portador (a) do CIRG 
n.º..... e do CPF n.º....., residente e domiciliado (a) na Rua....., n.º....., Bairro....., 
Cidade....., Estado....., por intermédio de seu (sua) advogado(a) e bastante 
procurador(a) (procuração em anexo - doc. 01), com escritório profissional sito à 
Rua....., nº....., Bairro....., Cidade....., Estado....., onde recebe notificações e 
intimações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor: 
 
REMOÇÃO DE CURADOR 
 
em face de 
 
 
....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de....., portador (a) do CIRG 
n.º..... e do CPF n.º....., residente e domiciliado (a) na Rua....., n.º....., Bairro....., 
Cidade....., Estado....., pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos. 
 
 
DOS FATOS 
 
O requerente possui um irmão, (Nome do Irmão) (doc. 2), que foi interditado 
judicialmente (doc. 3) e hoje está sob a curatela da requerida (doc. 4), irmã de 
ambos. 
 
Analisando a existência dos distúrbios mentais de (Nome do incapaz), que, aliás, 
persistem até o presente momento (doc. 5), sua madrasta, (Nome), tornou-se sua 
primeira curadora. No entanto, com o falecimento desta, a requerida ingressou em 
juízo com AÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO DE CURATELA, de número acima referido, e 
foi nomeada nova curadora do irmão incapacitado. 
 
Contudo, tornou-se público que a requerida, de algum tempo para cá, não vem 
cumprindo com o compromisso da curatela, assumido em juízo, mostrando-se 
desleixada no exercício desse instituto jurídico. 
 
Tanto é assim, que o curatelado está morando com vizinhos e quem arca com todas 
as despesas do mesmo é o requerente (doc. 6), pessoa de excelente saúde física e 
mental (doc. 7), de bons antecedentes (doc. 8), de reconhecida idoneidade, 
 
 
 
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trabalhadora e acima de tudo, preocupada com o bem-estar de seu irmão. 
 
Além disso, a requerida recebe a aposentadoria do curatelado, mas não a utiliza na 
manutenção e sustento do incapaz. Ademais, deu-se a mesma ao vício dos jogos, o 
que ameaça a boa gerência da pessoa do curatelado e a administração da 
aposentadoria recebida pelo mesmo a título de invalidez. 
 
 
DO DIREITO 
 
Sendo assim, dispõe o Código de Processo Civil brasileiro em seu art. 761: Compete 
ao órgão do Ministério Público, ou a quem tenha legítimo interesse, requerer, nos 
casos previstos em lei, a remoção do tutor ou curador. 
 
Por fim, demonstradas as violações aos deveres do cargo de curador pela requerida 
e a legitimidade do requerente para a propositura desta ação, faz-se indispensável a 
remoção de curador ora pleiteada. Além disso, diante da urgência do provimento 
judicial solicitado e da prova inequívoca dos fatos alegados torna-se necessária a 
tutela antecipada contemplada pelo art. 300 e parágrafos do Código do Processo 
Civil. 
 
 
DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto, requer: 
 
a) a distribuição por dependência ao autos de n.º.......; 
b) a citação da requerida para comparecer na audiência a ser designada e, 
querendo, apresentar resposta sob pena de revelia e confissão, a presente ação; 
c) seja julgada a procedente ação, removendo-se a requerida do cargo de curadora 
e nomeando-se o requerente, desde já, novo curador do interditado, de acordo com 
os arts. 300 e parágrafos e 761 e seguintes do Código do Processo Civil; 
d) a intimação do Ministério Público para acompanhar o presente feito; 
e) a condenação da requerida nas despesas processuais e honorários advocatícios; 
f) a produção de todos os meios de prova em Direito admitidos, inclusive o 
depoimento pessoal da requerida, juntada de documentos novos e depoimento de 
testemunhas. 
 
Dá-se à causa, o valor de R$.... 
 
Nesses Termos, 
Pede Deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado - OAB 
 
 
 
 
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45. Ação de Petição de Herança (Modelo 1) 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA DE 
FAMÍLIA DA COMARCA DE______ 
 
Autos nº:________ 
 
 
NOME DO REQUERENTE (ou Autor, Demandante, Suplicante), (Nacionalidade), 
(Profissão), (Estado Civil), portador da Carteira de Identidade nº (xxx), inscrito no 
CPF sob o nº (xxx), residente e domiciliado à Rua (xxx), nº (xxx), Bairro (xxx), 
Cidade (xxx), Cep. (xxx), no Estado de (xxx), por seu procurador infra-assinado, 
mandato anexo (doc. 1), vem à presença de V. Exa., com fulcro nos artigos 1.784 e 
1.824, propor 
 
AÇÃO DE PETIÇÃO DE HERANÇA 
 
 
em face de NOME DO REQUERIDO (ou Réu, Demandado, Suplicado), 
(Nacionalidade), (Profissão), (Estado Civil), portador da Carteira de Identidade nº 
(xxx), inscrito no CPF sob o nº (xxx), residente e domiciliado à Rua (xxx), nº (xxx), 
Bairro (xxx), Cidade (xxx), Cep. (xxx), no Estado de (xxx), pelos fatos e fundamentos 
que se seguem: 
 
 
1. O Requerente é filho de (XXX), falecido no dia (xx/xx/xxxx), conforme certidão de 
óbito ora exibida, provando a sua filiação através da certidão de nascimento em 
anexo, onde figura como declarante o de cujus, (doc. 02/03). 
 
2. Está na posse da herança o seu tio, Requerido, irmão do falecido, colocado na 
ordem de vocação hereditária em quarto lugar, estando em primeiro lugar o 
Requerente na forma do artigo 1.829, I, do Novo Código Civil8 in verbis: 
 
8
 Veja Também CÓDIGO CIVIL - CC (1916). - Arts. 1572, 1581, 1603. 
 
 
 
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"Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: 
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado 
este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação 
obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão 
parcial, o autor da herança não houver deixadobens particulares; 
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; 
III - ao cônjuge sobrevivente; 
IV - aos colaterais." 
 
3. A petição de herança compete ao herdeiro que se encontra privilegiado na ordem 
de vocação hereditária, contra aqueles em posição posterior que pretendam ou já 
estejam, indevidamente, na posse dela. 
 
4. Os artigos 1.784 e 1.805 do Código Civil estabelece: 
 
"Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros 
legítimos e testamentários." 
 
"Art. 1.805. A aceitação da herança, quando expressa, faz-se por declaração escrita; 
quando tácita, há de resultar tão-somente de atos próprios da qualidade de herdeiro. 
 
§ 1º Não exprimem aceitação de herança os atos oficiosos, como o funeral do 
finado, os meramente conservatórios, ou os de administração e guarda provisória. 
 
§ 2º Não importa igualmente aceitação a cessão gratuita, pura e simples, da 
herança, aos demais co-herdeiros." 
 
 
Conforme Código Civil de 1916, este trecho trazia a seguinte redação: "Está na pose da herança o 
seu tio, Requerido, irmão do falecido, colocado na ordem de vocação hereditária em quarto lugar, 
estando em primeiro lugar o Requerente na forma do artigo 1.603, I, do Código Civil verbis: ´ART. 
1.603 A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: 
I - Aos descendentes; 
II - Aos ascendentes; 
III - Ao cônjuge sobrevivente; 
IV - Aos colaterais; 
V - Aos Municípios, ao Distrito Federal ou à União.´". 
 
 
 
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Pelo exposto, REQUER: 
 
A citação do Requerido para, sob pena de revelia, responder aos termos da 
presente, que espera seja, a final, julgada procedente, a fim de ser declarado 
herdeiro do de cujus e imitido na posse dos bens da herança, com os respectivos 
acessórios e rendimentos. 
 
A condenação do Requerido ao pagamento das custas e honorários de advogado. 
 
Provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, notadamente 
pela produção de prova documental e oral, inclusive depoimento pessoal do 
demandado. 
 
 
Dá-se à causa o valor de R$ (xxx) (valor expresso). 
 
 
Termos que 
Pede deferimento. 
 
 
Local e data 
 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
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46. Ação de Petição de Herança (Modelo 2) 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ..... ª VARA DA 
FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE........ 
 
 
DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA AO PROCESSO Nº ....... / INVENTÁRIO 
 
 
 
…..... (nome completo), ..... (nacionalidade), ....... (estado civil), ..... (profissão), 
portador da cédula de identidade RG nº ............ e inscrito no CPF/MF sob nº ........., 
residente e domiciliado na ............ (endereço completo: rua [av.], nº, complemento, 
bairro, cidade, CEP, UF), e-mail, por seu Advogado e bastante procurador ao final 
assinado, conforme instrumento de mandato em anexo (doc. ...), com escritório 
profissional na cidade de ......., na ........... (endereço completo: rua [av.], nº, 
complemento, bairro, CEP, UF), onde recebe correspondências e intimações para os 
atos processuais, vem, respeitosamente, à honrosa presença de Vossa Excelência, 
com fulcro no art. 627 do Novo Código de Processo Civil em face de ............. (nome 
completo), ............ (nacionalidade), ............ (estado civil), .......... (profissão), 
residente e domiciliado na cidade de ........., na .......... (endereço completo: rua [av.], 
nº, complemento, bairro, CEP, UF), propor a 
 
AÇÃO DE PETIÇÃO DE HERANÇA 
 
dos bens deixados por ........... (nome completo do de cujus), nos autos do Inventário 
do processo em epígrafe e a que tem direitos, e pelas razões de fato e de direito que 
passa a expor. 
 
I – DOS FATOS 
 
O Requerente apresentou pedido de inventário que foi impugnado pela viúva sob a 
alegação da inexistência de qualidade de herdeiro do de cujus. 
 
 
 
 
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Ocorre, que, por cautela, requereu a reserva de bens, produzindo a prova 
documental de seu direito, inclusive juntando documento que comprova a filiação e 
condição de herdeiro do falecido. 
 
II – DO DIREITO 
 
Considerando o artigo 627 do Código de Processo Civil, há previsão legal para 
impugnações e manifestação quanto às primeiras declarações ofertadas em 
processos que tratam de assuntos sucessório, como é o caso do inventário em 
questão. 
 
O mencionado artigo também dispõe que em caso de impugnações procedentes, 
deverão ser retificadas as primeiras declarações e também decidido sobre remoção 
do inventariante se já houver prestado o compromisso, e a nomeação de outro 
inventariante. 
 
Registre-se também, Excelência, que a legitimidade para o presente pedido está 
consubstanciada com o documento em anexo (doc. ...) que comprova a filiação do 
Requerente. 
 
III – DO PEDIDO 
 
Diante do acima exposto e considerando satisfeitas as provas necessárias para o 
acolhimento do pedido, requer seja reconhecida sua condição de herdeiro do autor 
da herança; como também a reserva ad cautelam até a partilha, autuando-se a 
presente e apensando-se aos autos principais de Inventário. 
 
Nestes termos, 
Pede Deferimento 
 
Local e data 
 
Advogado - OAB 
 
 
 
 
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47. Cessão de Direitos Hereditários 
S A I B A M quantos esta pública escritura virem que, no ano do Nascimento de 
Nosso Senhor Jesus Cristo de...... (introdução conforme modelo básico), 
compareceram partes entre si, justas e contratadas, a saber: de um lado, como 
outorgantes cedentes ......... (qualificação completa, R.G. e C.P.F.), e de outro lado 
como outorgado cessionário ........ (qualificação completa, R.G. e C.P.F.), meus 
conhecidos do que dou fé. E, pelos outorgantes cedentes, falando cada um por sua 
vez e todos em consonância, me foi dito que são herdeiros de ........ (os dados mais 
completos possíveis sobre o de cujus, falecido em ..... (se possível local e data), cujo 
inventário sob o nº ...... está sendo processado na Comarca de ........., na ........., e 
que pela presente escritura e melhor forma de direito cedem, como têm efetivamente 
cedido, os quinhões hereditários que a eles, outorgantes, cabem na sua condição de 
herdeiro necessários, pelo preço de R$..... (por extenso), que neste ato recebem do 
outorgado em moeda corrente do País, que contado e achado certo, do qual lhe dão 
plena, geral e irrevogável quitação, sendo que os direitos ora cedidos correspondem 
a ........; que correrão por conta do outorgado cedente as despesas da cessão ora 
feita, inclusive certidões negativas e todos os tributos e tarifas que oneram ou 
venham a onerar esta transação, bem como ao imóvel, e que, em virtude desta 
escritura e da cláusula "constituti", transferem ao outorgado os direitos e ações que 
têm como cessionários sobre o bem descrito para que o outorgado use e disponha 
como seu que fica sendo doravante, obrigando-se os outorgante a fazer boa, firme e 
valiosa a presente cessão e responder pela evicção e autoria, ficando o outorgado 
sub-rogado em todos os direitos dos herdeiros cedentes sobre o bem acima descrito 
para, nessa qualidade, comparecer e habilitar-se no inventário, como se eles 
próprios o fizessem, praticando todos os atos necessários para complementação 
dos direitos que ora adquire, cabendo, no entanto, ao outorgado cessionário, a 
liquidação dos direitos cedidos. Pelo outorgado cessionário foi dito que aceita esta 
escritura como está feita e me apresentouos seguintes documentos: Prefeitura 
Municipal de ........ . GA. Nome: ......... . R$......, paga através do Banco ......., agência 
...... em .../.../... . Foram-me apresentadas as certidões de quitação fiscal com o 
município e a de ônus reais. Assim o disseram e dou fé. A pedido das partes lavrei 
esta escritura, a qual feita e lhe sendo lida, acharam-na conforme, outorgaram, 
aceitaram e assinam. (encerramento conforme modelo básico). 
 
NOTAS 
1) A cessão de bem imóvel de herança indivisa por parte de alguns herdeiros, não 
exclui o direito de preferência dos demais, salvo se estes intervierem na escritura 
respectiva abrindo mão desse direito. 
2) A cessão pode ter como objeto a herança, mesmo que o inventário não tenha sido 
aberto, sub-rogando-se o cessionário nos poderes para promovê-lo. 
3) A cessão e a renúncia de meação em favor de um herdeiro, havendo vários, só 
poderá ser feita com a concordância de todos os herdeiros necessários do cedente 
ou renunciante. 
 
 
 
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4) Ver artigos 1.805, § 2º, e 2.013 e seguintes do Código Civil. 
 
 
1.4. Pedido de Inclusão de Herdeiro 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ..... VARA CÍVEL DA 
COMARCA DE ... 
 
AUTOS Nº .... 
 
....., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ....., portador (a) do CIRG n.º 
..... e do CPF n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º ....., Bairro ....., 
Cidade ....., Estado ....., por intermédio de seu (sua) advogado(a) e bastante 
procurador(a) (procuração em anexo - doc. 01), com escritório profissional sito à Rua 
....., nº ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde recebe notificações e 
intimações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor 
 
INCLUSÃO NO ROL DE HERDEIROS 
 
em INVENTÁRIO E PARTILHA DE BENS, cujo (a) inventariante é .........., brasileiro 
(a), (estado civil), profissional da área de ....., portador (a) do CIRG n.º ..... e do CPF 
n.º ....., residente e domiciliado (a) na Rua ....., n.º ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado 
....., pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos. 
 
DOS FATOS 
 
A requerente é filha de ...., nascida quando ele era solteiro, da sua união em 
concubinato com ...., como comprova com a certidão do registro civil de nascimento 
junta (doc. ....), tendo sido reconhecida a filiação no assentamento do registro de 
nascimento realizado no Cartório de Registro Civil da sede da Comarca, conforme 
dispõe o artigo 1.609 do Código Civil. 
 
 
 
 
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DO DIREITO 
 
O parágrafo 6º do artigo 227 da Constituição Federal de 1988 dispõe que "os filhos 
havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão dos mesmos direitos 
(...)". 
 
DOS PEDIDOS 
 
Não pode pairar a menor dúvida quanto a ser requerente herdeira de ...., não se 
justificando a sua exclusão do rol de herdeiros e, assim sendo, requer, após ouvidas 
as partes no prazo de 10 (dez) dias, conforme determina o artigo 628 do Código de 
Processo Civil, primeira parte, a sua admissão no inventário. 
 
Nesses Termos, 
Pede Deferimento. 
 
Local e data 
 
Advogado - OAB 
 
 
 
 
 
 
 
 
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48. Pedido de Abertura de Testamento 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA DE 
SUCESSÕES DA COMARCA DE_______ 
 
 
 
REQUERENTE, (Nacionalidade), (Profissão), (Estado Civil), portador da Carteira de 
Identidade nº (xxx), inscrito no CPF sob o nº (xxx), residente e domiciliado na Rua 
(xxx), nº (xxx), Bairro (xxx), Cidade (xxx), Cep. (xxx), no Estado de (xxx), por seu 
procurador infra-assinado, mandato anexo (doc. 1), vem, respeitosamente, à 
presença de Vossa Excelência, propor 
 
ABERTURA DE TESTAMENTO 
 
pelos motivos que passa a expor: 
 
 
1. O REQUERENTE é herdeiro testamentário do testador (xxx), pela Escritura de 
Testamento Público, datada de (xxx), em anexo (doc. 1), em perfeita consonância 
com as disposições dos arts. 1864 a 1867 do Novo Código Civil. 
 
2. Conforme se pode verificar pela certidão de óbito anexa, o testador faleceu na 
data de (xxx), e desta feita, vem o REQUERENTE apresentar a certidão do 
testamento, requerendo o seu cumprimento, nos termos do art. 736 do Código de 
Processo Civil. 
 
Pelo exposto, REQUER: 
 
I - Estando presentes os requisitos necessários à validade do testamento público 
dos bens deixados pelo testador, requer que seja aberto o referido testamento, para 
surtir os efeitos legais, eis que inexistem vícios que possam torná-lo suspeito de 
nulidade ou falsidade. 
 
 
 
 
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II - Seja ouvido o representante do Ministério Público, que deverá se manifestar 
sobre o presente ato, determinando-se, após, o registro, arquivamento e 
cumprimento do referido instrumento público, conforme disposto no art. 735, § 2º do 
Código de Processo Civil. 
 
III - Seja nomeando o REQUERENTE testamenteiro, conforme disposição do art. 
1.984 do Novo Código Civil. 
 
 
Dá-se à causa o valor de R$ (xxx) (valor expresso). 
 
 
Termos que 
Pede deferimento. 
 
 
Local data 
 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
 
 
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49. Pedido de Registro e Aprovação de Testamento 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA CÍVEL 
DA COMARCA DE_________ 
 
 
Autos nº:________ 
 
 
 
 
REQUERENTE, (Nacionalidade), (Profissão), (Estado Civil), portador da Carteira de 
Identidade nº (xxx), inscrito no CPF sob o nº (xxx), residente e domiciliado à Rua 
(xxx), nº (xxx), Bairro (xxx), Cidade (xxx), Cep. (xxx), no Estado de (xxx), por seu 
procurador infra-assinado, vem à presença de Vossa Excelência, apresentar o 
testamento de (xxx), (Nacionalidade), (Profissão), (Estado Civil), portador da Carteira 
de Identidade nº (xxx), inscrito no CPF sob o nº (xxx), falecido no dia (xxx), na 
Cidade de (xxx), conforme certidão de óbito anexa. 
 
 
Cumpridas as formalidades, requer seja o testamento aprovado, registrado e 
cumprido, e nomeado o REQUERENTE como testamenteiro. 
 
Termos que, 
Pede Deferimento. 
 
Local e data 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
 
50. Pedido de abertura e registro de testamento 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ª Vara da Família e das 
Sucessões da Comarca de____________ 
 
Processo nº ________________ (INVENTÁRIO) 
Distribuição Por Dependência 
 
 
 
JOSÉ _____, brasileiro, comerciante, portador da cédula de identidade __________, 
inscrito no CPF/MF sob o nº __________, com endereço profissional na 
______________, nesta Capital, vem, respeitosamente, à presença de Vossa 
Excelência, expor e requerer o quanto segue: 
 
 
1. O Requerente é herdeiro testamentário do testador, ______, pela Escritura de 
Testamento Público, datada de __ de _____ de ___, em perfeita consonância com 
as disposições dos artigos 1864 a 1867 do Código Civil. 
 
 
2. Conforme se pode verificar pela certidão de óbito em anexo, o testador faleceu na 
data de __ de _____ de ____, tendo sido apresentada a certidão do testamento nos 
autos do Inventário (fls. __/__), cujo traslado ora requer, bem como o seu 
cumprimento, nos termos do art. 1128 do Código de Processo Civil. 
 
3. Pelo exposto, requer: 
 
I - Estando presentes os requisitos necessários à validade do testamento público 
dos bens deixados pelo testador, requer que seja aberto o referido testamento, paraManual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
surtir os efeitos legais, eis que inexistem vícios que possam torná-lo suspeito de 
nulidade ou falsidade. 
 
II – Seja determinado o traslado da certidão de testamento de fls. __/__ e/ou de fls. 
___ e ss. dos autos do Inventário a fim de instruir a presente ação. 
 
III - Seja ouvido o representante do Ministério Público, que deverá se manifestar 
sobre o presente ato, determinando-se, após, o registro, arquivamento e 
cumprimento do referido instrumento público, conforme disposto no art. 735, § 2º do 
Código de Processo Civil. 
 
IV - Seja nomeado o Requerente testamenteiro, conforme disposição do art. 1.984 
do Código Civil. 
 
4. E, atribuindo-se à causa o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), exclusivamente 
para fins fiscais e de alçada, 
 
Termos em que, 
Pede Deferimento 
 
Local e data 
 
Advogado - OAB 
 
 
51. Ação de Nulidade de Testamento (Modelo 1) 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA .... ª VARA CÍVEL 
DA COMARCA DE........ 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
 
 
...................... e seu marido ................., (qualificação), residente e domiciliado na 
Rua .... nº ...., (qualificação), residente e domiciliado na Rua .... nº ...., por si e 
representando seus filhos menores impúberes .... e finalmente ...., (qualificação), 
residente e domiciliado na Rua .... nº ...., no como se os demais brasileiros, vêm, por 
seu advogado que esta subscreve, (conforme instrumento procuratório incluso), com 
escritório profissional na Rua.... nº.... onde recebe notificações e intimações, propor 
a presente 
AÇÃO ORDINÁRIA DE NULIDADE DE TESTAMENTO, INVENTÁRIO, PARTILHA E 
OUTROS ATOS JURÍDICOS 
 
contra................................., (qualificação), residente e domiciliada na Rua .... nº ...., 
o que fazem ante as razões de fato e de direito que, permissa venia, passam a 
aduzir: 
 
 
I - OS FATOS 
 
1.1 - A ...., também conhecido como ............. e .... (qualificação), contando .... anos 
de idade, "de passagem" pela Comarca de ...., no Tabelionato local, firmou escritura 
pública de testamento, pela qual legava à suplicada 
 
"o seu quinhão disponível e que recai sobre uma casa construída de madeira, pedra 
e cal, coberta de telhas, com um portão de ferro ao lado, sob nº ...., antigo, e o 
respectivo terreno que mede .... metros e .... centímetros de frente, mais ou menos, 
por .... metros aproximadamente de fundos, medindo de testada nos fundos .... 
metros e .... centímetros, havida da Prefeitura Municipal de ...., conforme transcrição 
de nº ...., a fls. .... do livro .... do Registro de Imóveis do .... Distrito". 
 
1.2 - A ...., no .... Tabelionato da Comarca de ...., testou em favor da suplicada 
"todos os móveis e utensílios que guarnecem a residência do testador, a saber: um 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
jogo de copa de sala, uma cristaleira, um balcão, uma mesa e quatro cadeiras, uma 
mesa redonda e duas cadeiras trançadas de palhinha, três camas de solteiro, um 
guarda-roupa com três portas, de solteiro dois guarda-roupas com uma porta, e mais 
um galpão existente no fundo do terreno." 
 
1.3 - O testador nomeou testamenteiro o Dr. ...., advogado, residente e domiciliado 
na comarca de ...., na Rua .... nº ...., em ambos os pronunciamentos de última 
vontade. 
 
1.4 - Quando testou em favor da requerida, o Sr. .... era viúvo ...., através do próprio 
advogado a quem nomeou testamenteiro, requereu, juntamente com seu único filho, 
...., também conhecido por ...., o inventário de sua consorte, ...., 
surpreendentemente processando no Juízo da Comarca de .... 
 
A ...., após a lavratura dos testamentos referidos, foi lavrado o auto de partilha, 
sendo contemplados meeiro e herdeiro. 
 
1.5 - Ocorre que o testador encontrava-se doente das faculdades mentais. E assim, 
o Consulado da República Federal da .... em ...., pessoa jurídica de Direito 
Internacional Público reconhecida pela República Federativa do ...., tomando 
conhecimento do lastimável estado de tal pessoa, requereu ao Ministério Público da 
Capital o processamento do necessário pedido de interdição. 
 
Formalizado o pedido, foi este distribuído, processado e julgado procedente pelo 
Juiz de Direito da .... ª Vara Cível da Comarca de ...., que declarou interdito o Sr. .... 
 
Foi nomeado curador do interditado o Sr. .... (qualificação), residente e domiciliado 
na comarca de ...., na Rua .... nº ...., bairro .... 
 
1.6 - O mesmo se deu ao único filho do testador, .... ou .... Examinados pelo 
Departamento de Saúde Mental da Secretaria de Saúde Pública do Estado do ...., 
apresentaram, os então interditandos, anomalias diversas. 
 
 
 
 
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Atestou o Dr. ...., diretor daquele órgão público, que ambos são destituídos da 
capacidade de auto manutenção, não possuindo condições para o trabalho e para 
os cuidados pessoais. Está indicado o asilamento de ambos, isto é, a colocação em 
local onde recebem os cuidados que não podem suprir. 
 
1.7 - Os processados tiveram início em .... Encontravam-se já, pai e filho, face as 
providências assistenciais da Comuna Evangélica de ...., internados no asilo de 
Velhos da Igreja de Confissão Luterana do .... 
 
1.8 - Houve por bem o juiz presidente dos processados em nomear os especialistas 
.... e .... para a perícia médico-legal. E constatou-se então que o testador portava 
síndrome demencial, e que há alguns anos vinha perdendo as faculdades mentais, 
com permanentes manifestações de loucura, criando confusão no meio em que 
vivia. 
 
Reconheceu-se pela perícia a existência da chamada "dança das artérias", que 
corresponde à insuficiência cardiovascular, com vasos endurecidos e sinuosos. 
 
A arteriosclerose generalizada que portava o testador originou estado de 
descompensação física e decadência do poder mental, em estado de demência, 
com insuficiência do pensar, sobre o sentir e o querer, concluindo os peritos por não 
poder o então interditando por si só reger sua pessoa e administrar seus bens. 
 
O indigitado filho do testador, igualmente, foi interditado, eis que sofria de males 
congênitos e hereditários. 
 
1.9 - Vindo o testador a falecer, a .... (o filho falecera meses antes), pronunciou-se 
nos autos de interdição o curador ...., que afirmou ter sido a receita e despesa 
administrativa pela requerida, com a qual nunca pode se entender, portanto é ela 
pessoa idosa, de pouca instrução e impermeável a conselhos ou opiniões de 
terceiros (sic). 
 
1.10 - Requereu então, no Juízo da Comarca da Capital, a requerida, a inscrição e 
registro do testamento. O feito foi processado na .... ª Vara Cível, sob o nº.... 
 
 
 
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No final do ano passado, intentou a requerida, o inventário competente, que tramita 
na mesma Vara. 
 
1.11 - Nesse último feito os peticionários ingressaram, remetendo o Dr. Juiz de 
Direito as partes para as vias ordinárias, dada a complexidade da matéria 
(documentos inclusos, comprobatórios de todo o alegado). 
 
 
II - DAS NULIDADES 
 
2.1 - Tais atos jurídicos estão irremediavelmente nulos. 
 
E isso porque: 
 
a) As testemunhas referidas no instrumento público de testamento passado no 
Tabelionato de .... não compareceram em Cartório. Se alguma delas lá esteve, não 
assistiu a toda a leitura do ato. 
 
E finalmente uma delas nem sequer assinou o livro. 
 
Constata-se facilmente a veracidade das alegações. Consta do corpo do documento 
que, as testemunhas que com o testador estiverampresentes a todo o ato, desde o 
início até o encerramento, são: ...., (qualificação), advogado, ...., (qualificação), 
serventuário da Justiça aposentado, ...., (qualificação), ...., (qualificação) e ...., 
(qualificação), advogado, todos residentes e domiciliados na Comarca de .... 
 
A inclusa xerocópia fornecida e autenticada pelo próprio Tabelião, demonstra 
inequivocamente que ...., terceira das cincos pessoas que solenemente deveriam ter 
presenciado todo o ato, não assinou o livro do notário. 
 
Absurdamente consta do livro a anotação "....", a lápis, ao lado das assinaturas das 
demais testemunhas, como a indicar que tal pessoa deveria oportunamente colocar 
sua assinatura. 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
 
Surpreendentemente consta a assinatura doutra pessoa, ...., entre as 
testemunhas....... 
 
b) O próprio Dr. ...., como testamenteiro, não poderia acumular a figura de 
testemunha, eis que a lei considera estas como essenciais ao ato, "ad-solenitatum". 
 
E o testamenteiro, por receber a vintena, ou tão somente por esta ter direito, é um 
interessado! 
 
c) O inventário de ...., ex-radice, igualmente está eivado de nulidades. Reconhecido 
o mal do filho do então inventariante, necessária se tornava a presença do Curador 
(Ministério Público). 
 
Diga-se, de passagem, que o segundo dos testamentos refere-se expressamente à 
doença do filho do testador. 
 
2.2 - Prevê o Código Civil: 
 
Art. 1.864. São requisitos essenciais do testamento público: 
I - ser escrito por tabelião ou por seu substituto legal em seu livro de notas, de 
acordo com as declarações do testador, podendo este servir-se de minuta, notas ou 
apontamentos; 
II - lavrado o instrumento, ser lido em voz alta pelo tabelião ao testador e a duas 
testemunhas, a um só tempo; ou pelo testador, se o quiser, na presença destas e do 
oficial; 
III - ser o instrumento, em seguida à leitura, assinado pelo testador, pelas 
testemunhas e pelo tabelião. 
Parágrafo único. O testamento público pode ser escrito manualmente ou 
mecanicamente, bem como ser feito pela inserção da declaração de vontade em 
partes impressas de livro de notas, desde que rubricadas todas as páginas pelo 
testador, se mais de uma. 
 
O mesmo diploma legal, art. 166, reza: 
 
 
 
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"Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: 
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; 
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; 
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; 
IV - não revestir a forma prescrita em lei; 
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua 
validade; 
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa; 
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar 
sanção." 
 
2.3 - Prevê ainda a lei substantiva civil pátria a anulabilidade de atos jurídicos 
quando da ocorrência de vício resultante de dolo, erro, coação, simulação ou fraude. 
 
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio 
jurídico: 
I - por incapacidade relativa do agente; 
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude 
contra credores. 
 
 
O Código Civil considera absolutamente incapaz ao exercício pessoal de atos da 
vida civil os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário 
discernimento para a prática desses atos. (art. 3º, II). 
 
 
III - CAPTAÇÃO E MÁ-FÉ 
 
3.1 - Indubitavelmente obrou a suplicada de má-fé, procurando captar a vontade de 
forma expressa, do doente testador. 
 
Era este portador de arteriosclerose, o que nulifica o ato (Revista Forense, vol. 111, 
pág. 464). 
 
 
 
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O testamento foi lavrado em favor da concubina, segundo o texto - inobstante não 
entenderem os peticionários como a relação porventura vivida entre testador e 
suplicada - HUC, em "Comentários", volume VI, pág. 74, ensina que o concubinato, 
se não é mais em si mesmo uma causa de anulação das liberalidades entre vivos ou 
testamentárias, poderá entretanto, ser considerado como um elemento de captação 
- citado pelo professor VICENTE RAO. 
 
3.2 - A documentação inclusa deixa, incontestavelmente provada, a captação 
efetuada. 
 
O segundo dos testamentos o de .... e cuja a execução não se requereu jamais, 
visava, em verdade, a obtenção por parte da suplicada da pensão mensal recebida 
pelo testador do Governo da República da .... 
 
E tanto que alude ao filho do testador como incapaz! 
 
3.3 - Era ainda o testador portador de neurose de guerra. A certidão de óbito deste 
considera a arteriosclerose como causa mortis. 
 
A má fé campeou em todos os atos. Insólito, por exemplo, o fato do testamenteiro, 
na qualidade de requerido, mais de um ano após o falecimento de seus constituintes 
e em nome destes, a retificação do inventário de .... 
 
 
IV - LEGITIMIDADE ATIVA 
 
4.1 - Conforme se depreende da inclusa documentação, o testador era filho de .... e 
.... foi casado com ...., de cuja união resultou o insano .... 
 
Os pais do testador tiveram outro filho, ...., que foi casado com .... ambos eram 
naturais da ...., e são falecidos. 
 
4.2 - ...., irmão do testador, teve .... filhos: .... 
 
 
 
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Esta última deixou uma filha ...., que com seu marido .... integra o rol de peticionários 
- e ...., também falecido. 
 
4.3 - .... é viúva do último dos nomeados. De consequência, ...., sua(s) filha(s), 
também partes legítimas ativas. 
 
4.4 - Consequentemente, o testador .... deixou herdeiros colaterais, os peticionários. 
Na ordem estabelecida no preâmbulo, são destes sobrinhos em segundo grau, 
sobrinhos em terceiro grau e sobrinho em primeiro grau. 
 
 
V - O REQUERIMENTO 
 
O escopo precípuo desta ação é a declaração de nulidade do testamento já inscrito 
e registrado, do testamento esquecido e lavrado no .... Tabelionato da comarca de 
...., do inventário de ...., além da suspensão imediata do inventário requerido junto 
ao Juízo da .... ª Vara Cível da .... 
 
Assim, requerem os peticionários a expedição de mandado citatório à ...., antes 
qualificada, para que esta, querendo e no prazo legal, venha contestar a presente 
Ação Ordinária de Nulidade de Testamento, Inventário, Partilha e Outros Atos 
Jurídicos, que afinal deverá ser julgada procedente, para os efeitos requeridos, 
condenada a requerida ao pagamento de custas processuais, despesas oriundas 
com a preparação desta, honorários advocatícios que V. Exa. arbitrar e demais 
cominações de direito. 
 
Requerem ainda a expedição de ofício ao M.M Dr. Juiz de Direito da .... ª Vara Cível 
da cidade de ...., para que determine o sobrestamento do inventário supra aludido, 
eis que todos os bens arrolados tornaram-se litigiosos, e ao Sr. Oficial do .... 
Registro de Imóveis da Comarca de .... para que não proceda qualquer outro 
registro, seja transcrições, inscrições ou averbações decorrentes de atos jurídicos 
formalizáveis eventualmente em razão do testamento "sub judice". 
 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
Protestam provar o alegado, em complementação e se necessário, pelos meios em 
direito admitidos, não abdicando de nenhum deles, por mais especial que seja, 
inclusive periciais, testemunhais e juntada de novos documentos. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ .... (....). 
 
Nestes Termos 
Pede Deferimento 
 
Local e data 
 
 
Advogado – OABManual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
52. Ação de Nulidade de Testamento (Modelo 2) 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ......ª VARA DE 
FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE............................. 
 
(Nome), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da cédula de identidade 
R.G. nº xxxxxx e inscrição no CPF/MF nº ......................., residente e domiciliado na 
(Rua), (número), (bairro), (CEP), (Cidade), (Estado), por seu advogado e bastante 
procurador que esta subscreve, procuração em anexo (Doc.), tendo seu escritório 
profissional localizado na (Rua), (número), (bairro), (CEP), (Cidade), (Estado), onde 
de acordo com o artigo 39, inciso I, receberá as intimações, vem respeitosamente a 
presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 1.860 do Código Civil, 
propor a presente 
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE TESTAMENTO 
Em face de (Nome), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da cédula 
de identidade R.G. nº ...................... e inscrito no CPF/MF nº .............................., 
residente e domiciliado na (Rua), (número), (bairro), (CEP), (Cidade), (Estado), pelos 
motivos de fato e de direito a seguir aduzidos: 
 
1. DOS FATOS 
O testador sofre de uma enfermidade denominada (enfermidade), conforme 
comprova os documentos em anexo (Doc.), realizados por seu médico particular o 
Dr. (Nome), na data de ...../...../........, doença esta que o impossibilita de discernir 
corretamente acerca de qualquer fato da vida cotidiana. 
Assim o testamento foi elaborado depois da conclusão médica, impossibilitando 
desse modo que o requerido praticasse qualquer ato dessa natureza. 
 
2. DO DIREITO 
O requerente encontra amparo legal no artigo 1.860 do Código Civil, que substancia 
seu pedido de anulação do testamento. 
“Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não 
tiveram pleno discernimento.” Observa-se que o autor está dentro do prazo para 
propor a ação, amparado pelo artigo 1.859 do Código Civil que diz: 
“Art. 1.859. Extingue-se em 5(cinco) anos o direito de impugnar a validade do 
testamento, contado o prazo da data do seu registro.” 
 
 
 
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A doutrina nos diz: (Pesquisar doutrina) 
A jurisprudência é pacificada em nossos Tribunais: (Pesquisar jurisprudência) 
 
3. DO PEDIDO 
Diante de todo o exposto requer: 
a) a citação do requerido, para que conteste a presente ação, sob pena de serem 
tidos como verdadeiros os fatos alegados, sujeitando-se aos efeitos da confissão e 
revelia. 
b) A declaração de nulidade do testamento deixado pelo testador, nos moldes do 
artigo 1.860 do Código Civil prosseguindo-se nos termos do artigo 1.788 do mesmo 
Código. 
c) Seja intimado o representante do Ministério Público, para que se manifeste. 
d) Que a presente ação seja apensada aos autos do processo nº xxxxxx. 
 
Para os efeitos legais, atribui-se à presente demanda o valor de R$ (........) 
 
Nestes termos 
Pede deferimento 
 
Local e data 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
 
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53. Apresentação de Testamento feito por Instrumento Público 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA DE 
SUCESSÕES DA COMARCA DE (XXX) 
 
Inventários, partilhas e sucessões 
 
REQUERENTE, (Nacionalidade), (Profissão), casado, portador da Carteira de 
Identidade nº (xxx), inscrito no CPF sob o nº (xxx), residente e domiciliado na Rua 
(xxx), nº (xxx), Bairro (xxx), Cidade (xxx), Cep. (xxx), no Estado de (xxx), vem, 
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seu procurador infra-
assinado, mandato anexo (doc. 1), e com fundamento no artigo 736 do Código de 
Processo Civil, apresentar 
TESTAMENTO FEITO POR INSTRUMENTO PÚBLICO 
deixado por sua esposa (XXX), falecida no dia (xxx), nesta cidade, conforme cópia 
do atestado de óbito em anexo (doc. 2). Conste-se, que o referido instrumento foi 
lavrado no ____ Tabelionato de Notas, em consonância com os arts. 1.864 a 1.867 
do Código Civil. 
 
Pelo exposto, REQUER: 
I - Seja ouvido o representante do Ministério Público, que deverá se manifestar 
sobre o presente ato, determinando-se, após, o registro, arquivamento e 
cumprimento do referido instrumento público, conforme disposto no art. 735, § 2º do 
Código de Processo Civil; 
II - Seja nomeando o REQUERENTE testamenteiro, conforme disposição do art. 
1.984 do Código Civil. 
Dá-se à causa o valor de R$ (xxx) (Valor expresso). 
 
Termos que 
Pede deferimento. 
 
Local e data 
Advogado – OAB 
 
 
 
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54. Ação de Arrolamento Sumário 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA.... VARA CÍVEL DA 
COMARCA DE .... 
 
 
......................................... (qualificação), residente e domiciliado na Rua .... nº ....; 
................... (qualificação), residente e domiciliada na Rua .... nº ....; e .................. 
(qualificação), residente e domiciliado na Rua .... nº ...., vêm, por seu advogado infra-
assinado (mandato incluso, doc. ....), com escritório na Rua .... nº ...., onde recebe 
intimações e notificações, requerer a abertura de 
ARROLAMENTO SUMÁRIO 
 
dos bens deixados por ...., com fundamento nos arts. 659 a 667 do Código de 
Processo Civil, o que faz nos seguintes termos: 
 
DA DE CUJUS 
 
Conforme depreende-se da Certidão de Óbito em anexo (doc. ....), em data de .... de 
.... de ...., faleceu ............................... (qualificação), deixando como herdeiros os 
filhos, ...., .... e .... 
 
 
DOS HERDEIROS 
 
A de cujus deixou os seguintes herdeiros: 
 
- .... (qualificação); 
- .... (qualificação), casado sob o regime de .... com .... (qualificação); 
- .... (qualificação), casada sob o regime de .... com .... (qualificação). 
 
 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
DO BEM A INVENTARIAR 
 
A de cujus deixou como bem um único imóvel a inventariar, conforme descrição 
seguinte: 
 
- .... (descrição do bem) (doc. .... em anexo) 
 
Valor estimado : .... 
 
 
DA PARTILHA 
 
Os herdeiros, todos maiores e capazes, acordaram em partilhar o bem em três 
partes iguais, correspondendo, a cada um, 1/3 (um terço) do imóvel objeto do 
presente, na forma constante do Plano de Partilha em anexo, assumindo, 
inteiramente, inteira responsabilidade pelas confrontações e descrições do imóvel, 
como autorizado pelo art. 21, § 1º do Provimento 260 da CRJ. 
 
 
DA JUNTADA DE DOCUMENTOS 
 
Requer, desde já, a juntada de certidões negativas de Impostos Federais e 
Estaduais da de cujus e dos herdeiros, bem como do espólio, além das negativas de 
impostos municipais. 
 
 
DOS REQUERIMENTOS 
 
Assim, requer se digne Vossa Excelência designar o herdeiro .... como inventariante, 
bem como lhe seja deferida a faculdade de praticar todos os atos que se fizerem 
necessários ao bom andamento do feito, cabendo ao inventariante a administração 
do bem do espólio. 
 
 
 
 
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Diante do exposto, requer seja homologado, por sentença, o plano de partilha em 
anexo, para que surta seus jurídicos e legais efeitos. 
 
Requer ainda seja determinada a expedição do competente formal de partilha, para 
as providências legais que se fizerem necessárias. 
 
Desde já, requer-se a desistência do prazo de trânsito em julgado, com a imediata 
expedição do formal de partilha antes requerido. 
 
Dá-se à causa o valor de .... 
 
Termos em que, 
Pede Deferimento. 
 
 
Local e data 
 
Advogado – OABManual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
55. Inventário pelo Rito de Arrolamento com Cessão de Direitos Hereditários 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ....ª VARA CÍVEL DA COMARCA 
DE .... 
 
 
 
.................................., (qualificação) portadora da Cédula de Identidade/RG nº .... e 
CPF/MF nº .... (doc. ....); 
 
...., (qualificação) casada pelo regime de comunhão universal de bens com .... 
(qualificação), ela portadora da Cédula de Identidade/RG nº .... e CPF/MF nº ...., ele 
portador da Cédula de Identidade/RG nº .... e CPF/MF nº .... (doc. ....); 
 
...., (qualificação) e seu ex-marido .... (qualificações), ela portadora da Cédula de 
Identidade/RG nº .... e CPF/MF nº ...., ele portador da Cédula de Identidade/RG nº 
.... e CPF/MF nº ....; os primeiros residentes e domiciliados nesta cidade, na Rua .... 
nº ...., Bairro ...., e o último, residente e domiciliado na Rua .... nº ...., na cidade de .... 
no Estado de ... (doc. ....); 
 
Por seu bastante procurador e advogado, abaixo-assinado, instrumentos de 
mandato inclusos, com escritório profissional na Rua .... nº ...., Bairro ...., nesta 
Capital, onde recebe notificações e intimações, vem respeitosamente perante V. 
Exa. com fundamento legal no artigo 659 e 660, do Código de Processo Civil, propor 
a presente abertura de: 
INVENTÁRIO PELO RITO ARROLAMENTO 
 
Dos bens deixados por .... falecido no dia .../.../..., o qual não deixou testamento, 
deixando, porém, bens a inventariar. 
 
 
 
 
 
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1. DO AUTOR DA HERANÇA 
 
Em .... de .... de ...., faleceu Sr. ...., com .... anos de idade, certidão de óbito anexo 
(doc. ....). 
 
 
2. DA VIÚVA MEEIRA 
 
O falecido era casado com ...., acima qualificada, conforme a inclusa certidão de 
casamento (doc. ....), cedente. 
 
 
3. DOS HERDEIROS 
 
O falecido deixou .... filhos, já qualificados e a seguir relacionados: ...., ...., todos 
maiores, capazes, hoje cedentes e cessionários de seus direitos hereditários. 
 
 
4. DA DESCRIÇÃO DOS BENS 
 
Lote de terreno sob o nº .... (....), quadra .... (....), da Planta ...., situado em ...., atual 
...., nesta cidade, medindo .... (....) metros de frente para a Rua ...., atual Rua ...., por 
.... (....) metros de extensão da frente aos fundos, em ambos os lados; confrontando-
se pelo lado direito de quem da Rua olha o imóvel, com o lote nº .... (....), e do lado 
esquerdo, cm o lote nº .... (....) e tendo de largura na linha de fundos .... (....) metros, 
onde confronta com o lote nº .... (....) com a área total de .... m² (....), sem 
benfeitorias. Indicação Fiscal: .... Havido pela transcrição nº ...., livro .... do Cartório 
de Registro de Imóveis da .... Circunscrição Imobiliária, desta Capital, sendo 
estimado em R$ .... (....) (doc. ....). 
 
 
5. DÍVIDAS 
 
Não há dívidas ativas ou passivas. 
 
 
 
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6. DO PLANO DE PARTILHA 
 
Valor dos bens: R$ .... 
Valor da meação: R$ .... 
Quinhão da cada herdeiro: R$ .... 
Perfazendo o total de: R$ .... 
 
6.1. PAGAMENTOS: Tendo em vista a cessão de direitos hereditários e de meação, 
conforme as inclusas escrituras públicas (docs. ....) e por estarem os requerentes de 
pleno acordo, assim ficarão distribuídos os bens do espólio: 
 
6.2. DA VIÚVA MEEIRA: Conforme as Escrituras Públicas de Cessão de Meação e 
de Direitos Hereditários, em anexo, a viúva meeira cedeu seus direitos, guardando 
para si o usufruto do imóvel descrito no item 6.4. 
 
6.3. Caberá à herdeira e cessionárias .... e ...., já qualificadas, o lote de terreno nº 
...., da quadra nº ...., da Planta ...., supra descrito, conforme a Escritura Pública de 
Cessão de Direitos Hereditários, lavrada às fls. do livro nº ...., das notas do .... 
Tabelionato da Capital. 
 
6.4. Caberá ao herdeiro e cessionário .... o imóvel constituído pelo lote de terreno 
sob o nº .... do projeto de unificação e subdivisão dos lotes nº .... e .... da quadra .... 
(....), da Planta ...., situado no ...., atual Vila ...., nesta Cidade, medindo .... (....) 
metros de frente para Rua .... por .... (....) metros de extensão da frente aos fundos, 
em ambos os lados; confrontando-se pelo lado direito de quem da Rua olha o 
imóvel, com o lote nº .... (....), e o lado esquerdo, com o nº .... e tendo de largura na 
linha de fundos .... (....) metros, onde confronta com o lote nº .... (....) com a área total 
de .... m² (....), sem benfeitorias. Havido pela transcrição nº ...., livro .... do Cartório 
de Registro de Imóveis da .... Circunscrição Imobiliária, desta Capital, sendo 
estimado em R$ .... (....). 
 
6.5. Caberá a cessionária ...., o lote de terreno sob o nº ...., do projeto de unificação 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
e subdivisão dos lotes .... e ...., quadra .... (....), da Planta ...., situado em ...., atual 
...., nesta Cidade, medindo .... (....) de frente para a Rua ...., atual Rua ...., por .... 
(....) metros de extensão da frente aos fundos, em ambos os lados; confrontando-se 
pelo lado esquerdo de quem da Rua olha o imóvel com o lote nº .... (....) e pelo lado 
direito com a Rua ...., tendo de largura na linha de fundos .... (....) metros, onde 
confronta com o lote nº .... com a área total de .... m² (....), sem benfeitorias. Havido 
pela transcrição nº ...., livro .... do Cartório de Registro de Imóveis da .... 
Circunscrição Imobiliária, desta Capital, sendo estimado em R$ .... (....). 
 
 
7. RENÚNCIA DA HERANÇA 
 
Conforme escrituras públicas de cessão de direitos hereditários e de meação (docs. 
....) a viúva meeira e os herdeiros já qualificados CEDEM e RENUNCIAM seus 
direitos hereditários e de meação conforme o item 6 acima. 
 
8. CONCORDÂNCIA 
 
Concordam com as declarações supra, todos os interessados, por seu advogado. 
 
Diante da expressa renúncia dos herdeiros e meeira, seja adjudicado, em favor de 
cada um dos cessionários, os imóveis supra descritos. 
 
Isto posto, requerem a Abertura do Inventário pelo Rito de Arrolamento, bem como a 
nomeação da requerente .... para o cargo de inventariante para dar continuidade ao 
presente feito, até final homologação da presente partilha para os fins de direito. 
 
Valor do espólio: R$ .... (....). 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
local e data 
Advogado – OAB 
 
 
 
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56. Inventário e Partilha - Abertura de Inventário - Arrolamento 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA 
COMARCA DE _______ 
 
 
 
_______________, brasileira, viúva, do lar, domiciliada nesta cidade e residente na 
Rua ____________________________, n.º _________, por seu procurador infra-
assinado, com instrumento de procuração incluso, vem, respeitosamente, à 
presença de Vossa Excelência para comunicar o falecimento, ocorrido nesta cidade 
e na data de ___/___/___ _____________, de seu marido 
_________________________, brasileiro, comerciário, com quem era casada pelo 
regime de comunhão universal de bens, "ab intestato", ficando dois filhos maiores e 
dois filhos menores e bens a inventariar, bens estes de valor inferior ao limite legal 
fixado pelo art. 664 do Código de Processo Civil. 
 
A requerente, atendendo as exigências do art. 664 do CPC e demais disposições 
atinentes à matéria, quer dar a inventário, pelo processo de ARROLAMENTO, os 
bens do casal em cuja administração se encontra, requerendo, assim, a sua 
nomeação como inventariante, sendo admitida a fazer as declarações de direito e o 
que mais se fizer necessário até a conclusão do inventário e partilha,pedindo vênia 
para juntar, desde logo, os seguintes documentos: a) instrumento de procuração 
(Doc. 1); c) certidão de óbito do de cujus (Doc. 2); c) certidões de nascimento dos 
filhos solteiros (Doc. 3 e 4); d) certidões de casamento dos filhos casados (Doc. 5 e 
6); e) certidão de casamento da requerente (Doc. 7); f) certidões do registro de 
imóveis dos bens imóveis a inventariar (Doc. 8 e 9); g) certificado de propriedade do 
veículo a inventariar (Doc. 10); h) relação dos herdeiros (Doc. 11); i) relação e 
descrição dos bens a inventariar (Doc. 12). 
 
A requerente estima o valor dos bens a inventariar em R$ _________ 
(________________). 
 
E. Deferimento 
 
Local e data 
 
Advogado - OAB 
 
 
OBSERVAÇÕES: 
 
Segundo os arts. 659 e 664, do CPC, poderão processar-se na forma de 
arrolamento os inventários: 
 
a) no qual todos os herdeiros sejam capazes (qualquer que seja o valor dos bens); 
 
 
 
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b) cujo valor dos bens seja igual ou inferior a 1.000 (mil salários-mínimos) 
 
 
 
 
 
 
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57. Inventário e Partilha - Anulação de Partilha 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ______VARA CÍVEL 
DA COMARCA DE_______ 
 
 
 
__________ (nome, qualificação e residência), na qualidade de herdeiro do Espólio 
de____, vem, por seu procurador signatário, de conformidade com os arts. 319, 320 
e 657, parágrafo único, do Código de Processo Civil, propor a presente ação 
ordinária de anulação da partilha homologada em_______________ no mencionado 
inventário, tendo em vista os fatos, fundamentos jurídicos e provas que se seguem: 
(Seguir o modelo da Ação Rescisória) 
 
Em face do exposto, requerendo seja a presente distribuída por dependência, requer 
a citação dos demais herdeiros _____________ (qualificação e residência 
respectivas), para responderem aos termos da presente ação, na qual se requer a 
anulação da partilha, com as cominações legais. 
 
Termos em que Pede e Espera Deferimento. 
 
Local e data 
 
Advogado - OAB. 
 
 
 
 
 
 
 
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58. Modelo de escritura pública de inventário (Modelo 1) 
 
 
 
Escritura pública de inventário e partilha dos bens que compõem o espólio de 
_____________________________ 
 
A _________________ de _________________ do ano dois mil e 
_________________ (__/__/200__), no Município e Comarca de 
_________________, Estado de Minas Gerais, República Federativa do Brasil, 
neste _________________ Tabelionato de Notas, sito à Praça 
_________________, _________________ CEP _________________, telefone 
(___)_________________,_________________(e-mail e endereço eletrônico), 
perante mim, Tabelião, comparecem: 1) VIÚVA MEEIRA: (qualificação completa – 
art. 215, § 1º, III, CC); e 2) HERDEIROS: 2.1) (qualificação completa – art. 215, § 1º, 
III, CC) 2.2) (qualificação completa – art. 215, § 1º, III, CC) 2.3) (qualificação 
completa – art. 215, § 1º, III, CC) e como interveniente, que assiste a toda a 
lavratura do ato: Dr. MÁRIO MARIANO MORAIS MENDES, (qualificação completa – 
art. 215, § 1º, III, CC). 
 
Reconheço-lhes a identidade e a capacidade jurídica para este ato. As partes 
declaram, sob as penas da lei: 
 
1) AUTOR DA HERANÇA: que faleceu na Santa Casa de Misericórdia desta cidade, 
no dia _________________, conforme Certidão de Óbito expedida em 
_________________, pelo Serviço de Registro Civil das Pessoas Naturais desta 
Comarca, extraída do livro _________________, o de cujus ___________, o qual 
era brasileiro, casado, produtor rural, domiciliado nesta cidade, onde residia na Rua 
da ________, 111, Bairro da Viagem Eterna, CEP 38190-000, filho de AAAAAAA e 
BBBBBB, nascido em _________________, no dia _________________, CI/RG 
_________________, expedida em _________________, CPF/MF 
_________________, CTPS _________________, expedida pela DRT/MG em 
_________________; 
 
2) DA NOMEAÇÃO DA INVENTARIANTE: as partes nomeiam a viúva-meeira 
inventariante, conferindo-lhe os poderes para representar o espólio judicial ou 
extrajudicialmente e administrar todos os seus bens, bem como para contratar 
advogado, a fim de defender os interesses do espólio em juízo, ativa ou 
passivamente, e ela declara aceitar o encargo, compromissando-se de cumpri-lo 
fielmente e prestar contas quando solicitado pelos interessados, esclarecendo que 
tem ciência da responsabilidade civil e penal de todas as declarações que forem 
prestadas. 
 
3) DA INEXISTÊNCIA DE TESTAMENTO E HERDEIROS MENORES OU 
INCAPAZES: a inventariante declara que o de cujus faleceu sem deixar testamento 
ou qualquer outra disposição com eficácia post mortem, e que todos os herdeiros 
são capazes; 
 
4) DOS BENS QUE COMPÕEM O ACERVO HEREDITÁRIO: o acervo hereditário é 
composto pelos seguintes bens: 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
4.1) IMÓVEIS: 
4.1.1) (descrevê-los completamente, mencionando matrícula e cartório de registro 
em que estiver registrado, número de cadastro no Incra (CCIR) e na Secretaria da 
Receita Federal (Nirf) – para os rurais – e número de cadastro na Prefeitura 
Municipal – para os urbanos) 
4.1.2) 
4.1.3) 
4.1.4) 
4.2) MÓVEIS: 4.2.1) 
4.2.2) 
4.2.3) 
4.2.4) 
4.3) SEMOVENTES: 4.3.1) 
4.3.2) 
4.3.3) 
4.3.4) 
 
5) DA INEXISTÊNCIA DE DÍVIDAS: a inventariante declara que não existem 
obrigações a serem satisfeitas pelo espólio; 
 
6) DA PARTILHA: as partes acordam a partilha dos bens da seguinte forma: 
6.1) PRIMEIRO PAGAMENTO FEITO À VIÚVA-MEEIRA ___________________, no 
espólio dos bens deixados por falecimento de ___________________, no valor de 
R$___________________. Haverá para o seu pagamento o seguinte: 
6.1.1) 50% (cinquenta por cento) do imóvel 
6.1.2) 
6.1.3) 
6.1.4) 
6.2) SEGUNDO PAGAMENTO FEITO AO HERDEIRO ___________________, no 
espólio dos bens deixados por falecimento de ___________________, no valor de 
R$___________________. Haverá para o seu pagamento o seguinte: 
6.2.1) 
6.2.2) 
6.2.3) 
6.2.4) 
6.3) TERCEIRO PAGAMENTO FEITO À HERDEIRA ___________________, no 
espólio dos bens deixados por falecimento de ___________________, no valor de 
R$___________________. Haverá para o seu pagamento o seguinte: 
6.3.1) 
6.3.2) 
6.3.3) 
6.3.4) 
 
Apresentados os seguintes documentos, que ficam arquivados: 
 
1) Declaração de Bens e Direitos, com homologação do pagamento do ITCD, no 
valor de R$________________, através do Documento de Arrecadação Estadual 
(DAE), autenticado mecanicamente pela agência local do ________________, em 
__/________________/2014, sob o n. ________________, subscrita pelo Chefe da 
Administração Fazendária local, _________________ – MASP 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
_________________, datada de __/________________/2014; 
 
2) certidão negativa municipal, datada de __/________________/2014; 
 
3) certidão descritiva da matrícula ________________, em que consta o seguinte:" 
 
4) CCIR, emitido pelo INCRA, referente ao exercício ____/____/____, quitado, do 
qual se extraem os seguintes elementos previstos na Lei 4.947, de 06/abril/1966, art. 
22, § 6º, I a V e Instrução Normativa do INCRA n. 26, de 28/novembro/2005, anexo I, 
item 5: nome do imóvel: ________________; código: ________________; 
localização: ________________; município sede do imóvel: ________________: 
UF: ________________; FMP (ha): ________________; nome do detentor: 
________________; nacionalidade: brasileira; nº certificação planta/memorial: (em 
branco); 
 
5) comprovante de quitação do ITR, exercício de 2013; e, 
 
6) Certidão Negativa de Débitos de Imóvel Rural, capturada, via Internet, no 
endereço eletrônicoda Secretaria da Receita Federal, emitida às 
________________ horas do dia __/________________/2014, válida até 
__/________________/2014, código de controle ________________, onde consta 
que a ________________, com área de ________________ha, está identificada na 
Secretaria da Receita Federal sob o n. ________________. O INTERVENIENTE, 
acima identificado, na posição de advogado comum das partes, declara que prestou 
assistência jurídica às partes e acompanhou a lavratura desta escritura, conferindo 
os valores e a correção da partilha. Finalmente, as partes declaram, sob as penas 
da lei: 1) que todas as declarações prestadas nesta escritura são verdadeiras; 2) 
que os bens declarados se encontram livres de ônus reais, ações reais e pessoais 
reipsersecutórias, dívidas em geral, tributos e débitos condominiais; 3) que não se 
enquadram nas restrições da Lei 8.212/91, estando dispensados de apresentar 
certidões negativas do INSS e da Secretaria da Receita Federal; 3) que requerem 
ao(à) Oficial(a) do Serviço de Registro Imobiliário competente a prática de todos os 
atos registrais em sentido amplo; e 4) que aceitam esta escritura em todos os seus 
termos. As exigências legais e fiscais inerentes à legitimidade do ato foram 
cumpridas. E por ser essa a vontade das partes, lavro esta escritura que, depois de 
lida, outorgam e assinam, tudo perante mim, 
______________(_________________), escrevente, que digito. Eu, 
______________(_________________), tabelião, subscrevo, dou fé e assino, em 
público e raso. 
 
Em teste da verdade. 
 
___________________ 
Outorgante 1 
 
___________________ 
Outorgante 2 
 
___________________ 
Advogado 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
 
___________________ 
Tabelião 
 
 
 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
59. Modelo de escritura pública de inventário (Modelo 2) 
 
 
 
 
 
ESCRITURA PÚBLICA DE INVENTÁRIO E PARTILHA DOS BENS QUE 
COMPÕEM O ESPÓLIO DE _____________________________ 
A _________________ de _________________ do ano dois mil e 
_________________ (__/__/200__), no Município e Comarca de 
_________________, Estado de Minas Gerais, República Federativa do Brasil, 
neste _________________ Tabelionato de Notas, sito à Praça 
_________________, _________________ CEP _________________, telefone 
(___)_________________,_________________(e-mail e endereço eletrônico), 
perante mim, Tabelião, comparecem: 1) VIÚVA MEEIRA: (qualificação completa – 
art. 215, § 1º, III, CC); e 2) HERDEIROS: 2.1) (qualificação completa – art. 215, § 1º, 
III, CC); 2.2) (qualificação completa – art. 215, § 1º, III, CC) e 2.3) (qualificação 
completa – art. 215, § 1º, III, CC), e como interveniente, que assiste a toda a 
lavratura do ato: Dr............, (qualificação completa – art. 215, § 1º, III, CC). 
Reconheço-lhes a identidade e a capacidade jurídica para este ato. As partes 
declaram, sob as penas da lei: 
1) AUTOR DA HERANÇA: que faleceu na Santa Casa de Misericórdia desta cidade, 
no dia _________________, conforme Certidão de Óbito expedida em 
_________________, pelo Serviço de Registro Civil das Pessoas Naturais desta 
Comarca, extraída do livro _________________, o de cujus, FULANO DE TAL, o 
qual era brasileiro, casado com _____________________, sob o regime de 
____________________, cuja celebração se deu em 
_________________(conforme Certidão de Casamento expedida em 
________________, pelo Serviço de Registro Civil das Pessoas Naturais de 
________________, extraída do livro __________, folha __________, termo número 
____________), produtor rural, domiciliado nesta cidade, onde residia na 
Rua__________, N_______, Bairro_________, CEP _______, filho de AAAAAAA e 
BBBBBB, nascido em _________________, no dia _________________, CI/RG 
_________________, expedida em _________________, CPF/MF 
_________________, CTPS _________________, expedida pela DRT/MG em 
_________________; 
2) DA NOMEAÇÃO DA INVENTARIANTE: as partes nomeiam a viúva-meeira 
inventariante, conferindo-lhe os poderes para representar o espólio judicial ou 
extrajudicialmente e administrar todos os seus bens, bem como para contratar 
advogado, a fim de defender os interesses do espólio em juízo, ativa ou 
passivamente, e ela declara aceitar o encargo, compromissando-se de cumpri-lo 
fielmente e prestar contas quando solicitado pelos interessados, esclarecendo que 
tem ciência da responsabilidade civil e penal de todas as declarações que forem 
prestadas. 
3) DA INEXISTÊNCIA DE TESTAMENTO E HERDEIROS MENORES OU 
INCAPAZES: a inventariante declara que o de cujus faleceu sem deixar testamento 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
ou qualquer outra disposição com eficácia post mortem, e que todos os herdeiros 
são capazes; 
4) DOS BENS QUE COMPÕEM O ACERVO HEREDITÁRIO: o acervo hereditário é 
composto pelos seguintes bens: 4.1) IMÓVEIS: 4.1.1) (descrevê-los completamente, 
mencionando matrícula e cartório de registro em que estiver registrado, número de 
cadastro no Incra (CCIR) e na Secretaria da Receita Federal (Nirf) – para os rurais – 
e número de cadastro na Prefeitura Municipal – para os urbanos), 4.1.2) (...), 4.1.3) 
(...), 4.1.4) (...), 4.2) MÓVEIS: 4.2.1) (...), 4.2.2) (...), 4.2.3) (...), 4.2.4) (...), 4.3) 
SEMOVENTES: 4.3.1) (...), 4.3.2) (...), 4.3.3) (...), 4.3.4) (...); 
5) DA INEXISTÊNCIA DE DÍVIDAS: a inventariante declara que não existem 
obrigações a serem satisfeitas pelo espólio; 
6) DO MANDATO OUTORGADO AO INTERVENIENTE: a viúva-meeira e os 
herdeiros nomeiam como mandatário o Dr. ______________, com poderes 
especiais para assinar eventual sobrepartilha, bem como para retificar quaisquer 
erros ou omissões e ratificar os demais dados desta escritura, em quaisquer 
tabelionatos de notas, podendo ainda representá-los perante os órgãos públicos, a 
fim de recolher tributos e requerer a sua homologação, assinando os documentos 
necessários, podendo (ou sendo vedado) substabelecer; 
7) DA PARTILHA: as partes acordam a partilha dos bens da seguinte forma: 7.1) 
PRIMEIRO PAGAMENTO FEITO À VIÚVA-MEEIRA ___________________, no 
espólio dos bens deixados por falecimento de ___________________, no valor de 
R$___________________. Haverá para o seu pagamento o seguinte: 7.1.1) 50% 
(cinquenta por cento) do imóvel (...), 7.1.2) (...), 7.1.3) (...), 7.1.4) (...), 7.2) 
SEGUNDO PAGAMENTO FEITO AO HERDEIRO ___________________, no 
espólio dos bens deixados por falecimento de ___________________, no valor de 
R$___________________. Haverá para o seu pagamento o seguinte: 7.2.1) (...), 
7.2.2) (...), 7.2.3) (...), 7.2.4) (...), 7.3) TERCEIRO PAGAMENTO FEITO À 
HERDEIRA ___________________, no espólio dos bens deixados por falecimento 
de ___________________, no valor de R$___________________. Haverá para o 
seu pagamento o seguinte: 7.3.1) (...), 7.3.2) (...), 7.3.3) (...), 7.3.4) (...). 
Apresentados os seguintes documentos, que ficam arquivados por meio de 
_________________(classificador específico ou próprio de escrituras de inventário, 
microfilmagem, ou gravação eletrônica de dados): 1) Declaração de Bens e Direitos, 
com homologação do pagamento do ITCD, no valor de R$________________, 
através do Documento de Arrecadação Estadual (DAE), autenticado mecanicamente 
pela agência local do ________________, em __/________________/2014, sob o n. 
________________, subscrita pelo Chefe da Administração Fazendária local, 
_________________ – MASP _________________, datada de 
__/________________/2014; 2) certidão negativa municipal, datada de 
__/________________/2014; 3) certidão descritiva da matrícula 
________________, em que consta o seguinte: "(...)"; 4) CCIR, emitido pelo INCRA, 
referente ao exercício ____/____/____, quitado, do qual se extraem os seguintes 
elementos previstos na Lei 4.947, de 06/abril/1966,art. 22, § 6º, I a V e Instrução 
Normativa do INCRA n. 26, de 28/novembro/2005, anexo I, item 5: nome do imóvel: 
________________; código: ________________; localização: ________________; 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
município sede do imóvel: ________________: UF: ________________; FMP (ha): 
________________; nome do detentor: ________________; nacionalidade: 
brasileira; nº certificação planta/memorial: (em branco); 5) comprovante de quitação 
do ITR, exercício de _____; 6) Certidão Negativa de Débitos de Imóvel Rural, 
capturada, via Internet, no endereço eletrônico da Secretaria da Receita Federal, 
emitida às ________________ horas do dia __/________________/2014, válida até 
__/________________/2014, código de controle ________________, onde consta 
que a ________________, com área de ________________ha, está identificada na 
Secretaria da Receita Federal sob o n. ________________; 7) certidão negativa 
municipal, datada de __/________________/2014; 8) certidão negativa de débitos 
estaduais, expedida pela ________________, em ________________; e 9) Certidão 
conjunta negativa de débitos relativos a tributos federais e à dívida ativa da União, 
capturada, via Internet, no endereço eletrônico da Secretaria da Receita Federal, em 
nome de ___________________, emitida às ____________ horas do dia 
__/__________/2014, válida até __/________/2014, código de controle 
____________________. 
O INTERVENIENTE, acima identificado, na posição de advogado comum das 
partes, declara que prestou assistência jurídica às partes e acompanhou a lavratura 
desta escritura, conferindo os valores e a correção da partilha. Finalmente, as partes 
declaram, sob as penas da lei: 1) que todas as declarações prestadas nesta 
escritura são verdadeiras; 2) que os bens declarados se encontram livres de ônus 
reais, ações reais e pessoais reipersecutórias, dívidas em geral, tributos e débitos 
condominiais; 3) que não se enquadram nas restrições da Lei 8.212/91, estando 
dispensados de apresentar certidões negativas do INSS e da Secretaria da Receita 
Federal; 4) que requerem ao(à) Oficial(a) do Serviço de Registro Imobiliário 
competente a prática de todos os atos registrais em sentido amplo; e 5) que aceitam 
esta escritura em todos os seus termos. As exigências legais e fiscais inerentes à 
legitimidade do ato foram cumpridas. Emitida a Declaração sobre Operações 
Imobiliárias (DOI). E por ser essa a vontade das partes, lavro esta escritura que, 
depois de lida, outorgam e assinam, tudo perante mim, 
______________(_________________), escrevente, que digito. Eu, 
______________(_________________), tabelião, subscrevo, dou fé e assino, em 
público e raso. 
 
Em testemunho da verdade. 
Outorgante 1 
Outorgante 2 
Advogado 
Tabelião 
 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
60. Modelo de escritura pública de inventário (Modelo 3) 
 
ESCRITURA PÚBLICA DE INVENTÁRIO NEGATIVO DOS BENS QUE COMPÕEM 
O ESPÓLIO DE _____________________________ 
A _________________ de _________________ do ano dois mil e 
_________________ (__/__/200__), no Município e Comarca de 
_________________, Estado de Minas Gerais, República Federativa do Brasil, 
neste _________________ Tabelionato de Notas, sito à Praça 
_________________, _________________ CEP _________________, telefone 
(___)_________________,_________________(e-mail e endereço eletrônico), 
perante mim, Tabelião, comparecem: 1) VIÚVA MEEIRA: (qualificação completa – 
art. 215, § 1º, III, CC); e 2) HERDEIROS: 2.1) (qualificação completa – art. 215, § 1º, 
III, CC), 2.2) (qualificação completa – art. 215, § 1º, III, CC), 2.3) (qualificação 
completa – art. 215, § 1º, III, CC), e como interveniente, que assiste a toda a 
lavratura do ato: Dr. FULANO DE TAL, (qualificação completa – art. 215, § 1º, III, 
CC). Reconheço-lhes a identidade e a capacidade jurídica para este ato. As partes 
declaram, sob as penas da lei: 
1) DE CUJUS: que faleceu na Santa Casa de Misericórdia desta cidade, no dia 
_________________, conforme Certidão de Óbito expedida em 
_________________, pelo Serviço de Registro Civil das Pessoas Naturais desta 
Comarca, extraída do livro _________________, o de cujus ______________, o 
qual era brasileiro, casado com _____________________, sob o regime de 
____________________, cuja celebração se deu em 
_________________(conforme Certidão de Casamento expedida em 
________________, pelo Serviço de Registro Civil das Pessoas Naturais de 
________________, extraída do livro __________, folha __________, termo número 
____________), produtor rural, domiciliado nesta cidade, onde residia na Rua da 
Boa Morte, 111, Bairro da Viagem Eterna, CEP 38190-000, filho de AAAAAAA e 
BBBBBB, nascido em _________________, no dia _________________, CI/RG 
_________________, expedida em _________________, CPF/MF 
_________________, CTPS _________________, expedida pela DRT/MG em 
_________________; 
2) DA NOMEAÇÃO DA INVENTARIANTE: as partes nomeiam a viúva-meeira 
inventariante, conferindo-lhe os poderes para representar o espólio judicial ou 
extrajudicialmente e administrar todos os seus bens, bem como para contratar 
advogado, a fim de defender os interesses do espólio em juízo, ativa ou 
passivamente, e ela declara aceitar o encargo, compromissando-se de cumpri-lo 
fielmente e prestar contas quando solicitado pelos interessados, esclarecendo que 
tem ciência da responsabilidade civil e penal de todas as declarações que forem 
prestadas. 
3) DA INEXISTÊNCIA DE TESTAMENTO E HERDEIROS MENORES OU 
INCAPAZES: a inventariante declara que o de cujus faleceu sem deixar testamento 
ou qualquer outra disposição com eficácia post mortem, e que todos os herdeiros 
são capazes; 
4) DA INEXISTÊNCIA DE BENS A PARTILHAR E DÍVIDAS DO ESPÓLIO: a 
 
 
 
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inventariante declara que o de cujus faleceu sem deixar bens corpóreos ou 
incorpóreos a partilhar, bem como que não existem obrigações a serem satisfeitas 
pelo espólio; 
5) DO MANDATO OUTORGADO AO INTERVENIENTE: a viúva-meeira e os 
herdeiros nomeiam como mandatário o Dr. ______________, com poderes 
especiais para assinar eventual sobrepartilha, bem como para retificar quaisquer 
erros ou omissões e ratificar os demais dados desta escritura. Apresentados os 
seguintes documentos, que ficam arquivados por meio de 
_________________(classificador específico ou próprio de escrituras de inventário, 
microfilmagem, ou gravação eletrônica de dados): 1) Declaração de Bens e Direitos, 
com homologação do pagamento do ITCD, no valor de R$________________, 
através do Documento de Arrecadação Estadual (DAE), autenticado mecanicamente 
pela agência local do ________________, em __/________________/2014, sob o n. 
________________, subscrita pelo Chefe da Administração Fazendária local, 
_________________ – MASP _________________, datada de 
__/________________/2014; 2) certidão negativa municipal, datada de 
__/________________/2014; 3) certidão negativa de débitos estaduais, expedida 
pela ________________, em ________________; e 4) Certidão conjunta negativa 
de débitos relativos a tributos federais e à dívida ativa da União, capturada, via 
Internet, no endereço eletrônico da Secretaria da Receita Federal, em nome de 
___________________, emitida às ____________ horas do dia 
__/__________/2014, válida até __/________/2014, código de controle 
____________________. 
O INTERVENIENTE, acima identificado, na posição de advogado comum das 
partes, declara que prestou assistência jurídica às partes e acompanhou a lavratura 
desta escritura, conferindo-a em todos os seus termos. Finalmente, as partes 
declaram, sob as penas da lei: 1) que todas as declarações prestadas nesta 
escritura são verdadeiras; 2) que não se enquadram nas restriçõesda Lei 8.212/91, 
estando dispensados de apresentar certidões negativas do INSS e da Secretaria da 
Receita Federal; e 3) que aceitam esta escritura em todos os seus termos, tal como 
está redigida. As exigências legais e fiscais inerentes à legitimidade do ato foram 
cumpridas. E por ser essa a vontade das partes, lavro esta escritura que, depois de 
lida, outorgam e assinam, tudo perante mim, 
______________(_________________), escrevente, que digito. Eu, 
______________(_________________), tabelião, subscrevo, dou fé e assino, em 
público e raso. 
Em testemunho da verdade. 
Outorgante 1 
Outorgante 2 
Advogado 
Tabelião 
 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
61. Escritura Pública de Procuração para Inventário/Arrolamento 
PROCURAÇÃO que faz(em) __________________________(apenas o nome dos 
mandantes). 
A _______________(dia)de _________(mês)do ano dois mil e sete 
(____/____/2014), no Município e Comarca de ________________, Estado de 
Minas Gerais, República Federativa do Brasil, neste __________ Tabelionato de 
Notas, sito à Praça ___________________, CEP ______________, 
__________________________(telefone, __________________________(e-mail e 
endereço eletrônico, se existirem), perante mim, Tabelião, comparece(m) como 
mandante(s): __________________________(nome e qualificação completa – art. 
215, § 1º, III, CC). Reconheço-lhe(s) a identidade e a capacidade jurídica para este 
ato. O(s) mandante(s), por meio desta procuração pública, nomeia(m) seu(sua) 
mandatário(a): __________________________(nome do advogado, número de 
inscrição na OAB e qualificação completa – art. 215, § 1º, III, CC); a quem 
confere(m) os poderes especiais para atuar no foro em geral, em quaisquer juízos e 
instâncias, a fim de requerer e acompanhar, em todos os seus termos, atos e 
incidentes, o Inventário/Arrolamento dos bens deixados por falecimento de 
__________________________(nome do de cujus), a fim de que apresente e retire 
documentos, declare bens e concorde ou não com a declaração deles e com a 
relação e qualidade de herdeiros; aceite a inventariança, assinando termos e o seu 
compromisso; impugne inventariantes, testamenteiros e suas contas; aceite ou 
conteste avaliações, cálculos e contas; requeira colações e adjudicações, ou 
remissões; aprove ou impugne partilhas, bem como pré-partilhas, apresentando os 
seus planos e investindo os demais comunheiros na posse dos seus quinhões, o 
que promete(m) fazer sempre bom, firme e valioso; requeira sobrepartilhas e/ou 
retificação de partilha; intervenha em outras ações que decorram do Inventário, com 
os poderes especiais do art. 105 do Código de Processo Civil; requeira e receba 
alvarás e quantias, dando quitação; requeira os benefícios da Lei 1.060/50; pague 
tributos; represente-os perante quaisquer repartições públicas, seja elas federais, 
estaduais ou municipais, em todos os seus órgãos, inclusive perante a Secretaria da 
Receita Federal, a fim de regularizar o CPF do(s) mandante(s) ou do(a) de cujus, e 
Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais, assinando a Declaração de Bens 
e Direitos. Esses poderes abrangem a possibilidade se fazer o inventário 
extrajudicialmente, tal como previsto no art. 610 do Código de Processo Civil, 
podendo o mandatário representá-lo(s) em quaisquer cartórios de notas. As 
exigências legais e fiscais inerentes à legitimidade do ato foram cumpridas. E por ser 
essa a vontade da(s) parte(s), lavro esta procuração que, depois de lida, aceita(m), 
outorga(m) e assina(m), tudo perante mim, ______________(assinatura e nome do 
escrevente), escrevente, que digito. Eu, __________________, tabelião, subscrevo, 
dou fé e assino, em público e raso. 
Em testemunho da verdade. 
Mandante 1 
Mandante 2 
Tabelião 
 
 
 
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62. Ação de Exigir Contas - Inventariante 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ª VARA CÍVEL 
DA COMARCA DE______ 
 
 
 
 
____________ brasileiro, casado, profissão ____________, inscrito no CPF sob nº 
_________, e RG _________, residente e domiciliado na Rua ____________, na 
Cidade de _________ - UF, por seu advogado infra-assinado (doc. 01), com 
escritório situado nesta cidade, à rua ________, n°___, bairro ____, onde recebe 
intimações e avisos, vem à presença de V. Exa. ajuizar: 
AÇÃO DE EXIGIR CONTAS, com fulcro no art. 550 do CPC, 
Em face de ____________ brasileiro, solteiro, profissão ____________, inscrito no 
CPF sob nº _________, e RG _________, residente e domiciliado na Rua 
____________, na Cidade de _________ - UF, pelo que passa a expor e requerer: 
DOS FATOS 
I - O requerido figura como inventariante dos bens deixados pelo falecimento de 
_____________, de acordo com cópia do respectivo inventário, processo nº 
__________, que tramita neste juízo (doc. 02). 
II - O requerente é herdeiro dos bens pelo "de cujus". 
III - Chegou ao conhecimento do requerente que o inventariante, num ato arbitrário e 
ilegal alienou bens do espólio e não trouxe para o inventário a importância 
arrecadada. 
Os bens vendidos são: 
1) _______________; 
2) _______________; 
IV - Conforme testemunhas tais bens eram de propriedade do "de cujus" e portanto 
deveriam integrar o inventário respectivo, os tem como valor médio na praça de 
R$__________. 
V - Nos autos do inventário o requerente já requereu a remoção do inventariante, 
posto que esse deixou de prestar contas ao juízo, cópia do petitório em anexo (doc. 
03). 
 
 
 
 Manual de Direito de Família e Sucessões Stela Maris Vieira Mendes 
 
DO DIREITO 
VI - O requerente funda sua pretensão nos arts. 550 e ss. do CPC, visto que existe a 
necessidade de prestação de contas por parte do requerido. 
 
DO PEDIDO 
VII - Isso Posto requer: 
A citação do requerido, acima qualificado, para que no prazo de 5 (cinco) dias, 
apresentar as contas devidas ou contestar, se quiser, os termos da presente ação, 
sob pena de revel; 
A procedência da ação para que se declare a obrigação do requerido de prestar 
contas; 
A condenação do réu nos efeitos da sucumbência; 
O prosseguimento do presente feito com a intimação pessoal do réu na forma do art. 
550, § 4º do CPC, para apresentação das contas no prazo de 48 (quarenta e oito) 
horas, sob pena de não poder impugnar as contas que o autor apresentar; 
Protesta-se pela produção de prova documental, testemunhal, pericial e inspeção 
judicial e de todos os meios probantes em direito admitidos, desde que moralmente 
legítimos e obtidos de forma lícita. 
Dá-se à presente o valor de R$ ________ 
 
Pede e espera deferimento. 
 
Local e data 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
 
 
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63. Remoção do Inventariante 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE Direito da ___ Vara Cível da 
Comarca de _____________ 
 
Proc. n.º____. 
 
____________, brasileiro, casado, autônomo, residente e domiciliado à Rua 
____________, n° ____, nesta cidade, por seu advogado in fine assinado, ut 
instrumento de procuração anexo (doc. nº 01), com escritório situado à rua 
____________, s/n, bairro ____________, também nesta cidade, onde recebe 
intimações, vem, respeitosamente, à presença de V. Exa., com fulcro no art. 622 do 
Código de Processo Civil, requerer a REMOÇÃO DO INVENTARIANTE em face de 
____________, brasileiro, casado, aposentado, residente e domiciliado à Rua 
____________, n° ____, nesta cidade, do cargo que ocupa nos autos do inventário 
que tomou o número __________, que se processa por este MM. Juízo, dos bens 
deixados pelo falecimento de __________________, mediante as razões de fato e 
direito adiante articuladas: 
O inventariante não prestou suas últimas declarações, protelando exageradamenteos trâmites do inventário, sendo intimado para prestar suas últimas declarações no 
dia __/__/__, até o momento não as apresentou conforme dita a lei dos ritos em seu 
artigo 618 inciso III. 
Portanto este é motivo bastante para remoção do inventariante, conforme o art. 622 
do Código de Processo Civil, in verbis: 
"Art. 622. O inventariante será removido de ofício ou a requerimento: 
I - se não prestar, no prazo legal, as primeiras ou as últimas declarações;[...]" 
Ora, é o principal dever de um inventariante promover o andamento do inventário, 
visando a partilha. 
Não se compreende que este retarde a entrega do que compete a seu dono. 
Isso Posto, requer-se: 
A intimação do inventariante, acima qualificado, para se manifestar no prazo de 5 
(cinco) dias, sobre o presente pedido, produzindo, se quiser, sua defesa; 
A sentença que determine a remoção, ora pleiteada, com observância das 
formalidades legais dos artigos 624 e 625 do Código de Processo Civil; 
A produção de todos os meios de prova em direito admitidos. 
 
 
 
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P. Deferimento 
Local e data 
 
Advogado - OAB 
 
 
 
 
 
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64. Esboço de Partilha 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA CÍVEL 
DA COMARCA DE_______ 
 
 
 
 
 
Proc. n.º….. 
 
(nome dos herdeiros), por seu advogado infra-assinado, nos autos de INVENTÁRIO 
dos bens deixados pelo falecimento de….., vêm a presença de V. Exa, nos termos 
do art. 647 do Código de Processo Civil, oferecer o presente ESBOÇO DE 
PARTILHA como segue: 
I – DOS BENS 
O “de cujus" deixou os seguintes bens no valor de…… 
O "de cujus" deixou um saldo de…….no banco………conta n.º….) 
O "de cujus" deixou um veículo marca…….modelo….. ano……cor……placas…… no 
valor de……… 
VALOR TOTAL DOS BENS DECLARADOS……… 
VALOR TOTAL DA MEAÇÃO…………………………. 
QUINHÃO DOS HERDEIROS………………………….. 
 
II – DOS PAGAMENTOS 
a) Pagamento à viúva-meeira…….da sua respectiva meação, num total de……os 
seguintes bens…………… 
b) Pagamento ao herdeiro……. de sua respectiva legítima, num valor total de….. os 
seguintes bens…………… 
 
 
 
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c) Pagamento ao herdeiro……… de sua respectiva legítima, num valor total de…. os 
seguintes bens……………. 
A vista do exposto, cumpridas as formalidades legais, estando os impostos solvidos 
na forma legal, com as inclusas certidões negativas, requerem os suplicantes, se 
digne V Exa, HOMOLOGAR por r. sentença a respectiva partilha, determinando-se, 
após o trânsito em julgado de tal sentença, a expedição dos competentes formais. 
 
Nestes Termos, 
Pedem deferimento. 
 
Local e data 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
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65. Modelo de Petição de Sobrepartilha 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ______ VARA CÍVEL 
DA COMARCA DE _______ 
 
 
 
 
 
(nome, qualificação, endereço, e-mail), por seu advogado infra-assinado, nos autos 
de inventário dos bens deixados pelo falecimento de ……… (Proc. n.º…..), vem, à 
presença de V.Exa., expor e requerer o seguinte: 
1. Conforme certidão anexa, foi localizado, somente agora, a existência de outro 
imóvel urbano, situado nesta cidade, pertencente ao espólio, que não foi 
inventariado, por ter sido descoberto após a partilha, como segue: 
Um imóvel urbano, situado nesta cidade, à rua……., consistente de um terreno com 
a área total de ……, com as seguintes divisas e confrontações……, registrado no 
CRI local, sob o n.º….., livro…… fl. …., avaliado pela Administração Fazendária por 
…………….., sendo esse o total do bem objeto da sobrepartilha. 
2. Assim sendo, nos termos do art. 669, inciso II, do Código de Processo Civil, 
requer a SOBREPARTILHA do mesmo, passando o suplicante a apresentar o plano 
de sobrepartilha, como segue abaixo: 
PLANO DE SOBREPARTILHA 
De acordo com o valor do bem objeto da sobrepartilha em …….., cabe ao suplicante 
a metade do bem, no valor de ………., sendo assim sua meação em tal valor. 
A outra metade, que constitui a meação da inventariada, também no valor de ……., 
caberá à herdeira……….. 
3. Assim, acordam em fazer o pagamento dos respectivos quinhões, conforme 
pagamentos individuais, que seguem: 
SOBREPARTILHA AMIGÁVEL DO BEM 
- 1.º PAGAMENTO que se faz ao viúvo meeiro (nome, qualificação, endereço e n.º 
do CPF), de sua meação do bem deixado pelo falecimento de sua esposa …….. e 
objeto de sobrepartilha, no valor de ………… 
HAVERÁ PARA SEU PAGAMENTO: 
 
 
 
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- 50% do imóvel urbano, situado nesta cidade, à rua……., consistente de um lote de 
terreno com a área de……, com as seguintes divisas e confrontações, registrado no 
CRI local, sob o n.º……, livro ……. fla……, pelo valor de …………., com o que fica 
líquido este pagamento. 
- 2.º PAGAMENTO que se faz à herdeira filha (nome, qualificação, endereço e n.º do 
CPF), de sua herança materna do bem deixado pelo falecimento de sua mãe……., e 
objeto de sobrepartilha, no valor de …….. 
- 50% do imóvel urbano, situado nesta cidade, à rua……., consistente de um lote de 
terreno com a área de……, com as seguintes divisas e confrontações, registrado no 
CRI local, sob o n.º……, livro ……. fls……, pelo valor de …………., com o que fica 
líquido este pagamento. 
 
Requer, finalmente, seja homologada a sobrepartilha de fls., e expedidos os formais, 
na forma de arrolamento sumário, para os devidos fins de direito. 
Nestes Termos, 
Pede deferimento. 
 
Local e data 
Advogado - OAB 
 
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