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ESTUDOS DISCIPLINARES V

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Prévia do material em texto

ESTUDOS DISCIPLINARES V 
 
AVALIAÇÃO I 
 
Curso ESTUDOS DISCIPLINARES V 
Teste AVALIAÇÃO I 
Iniciado 19/02/20 18:35 
Enviado 19/02/20 18:59 
Status Completada 
Resultado da 
tentativa 
10 em 10 pontos 
Tempo 
decorrido 
23 minutos 
Resultados 
exibidos 
Todas as respostas, Respostas enviadas, Respostas corretas, 
Comentários, Perguntas respondidas incorretamente 
• Pergunta 1 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir: 
Obesidade, consumo e política: uma conversa sobre as mudanças mundiais na 
alimentação 
Por que estamos engordando? O que a política tem a ver com os alimentos? Por 
que não vemos publicidade de legumes na TV? 
“Essas e outras questões relacionadas às transformações na alimentação e suas 
consequências no cenário internacional foram abordadas por Pedro Graça, diretor do 
Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável do Ministério da Saúde 
de Portugal e doutor em Nutrição Humana pela Universidade do Porto. Em visita ao 
Brasil, ele participou do Seminário Internacional: Escolhas Alimentares e seus Impactos, 
no Sesc Santos. Confira algumas questões levantadas. 
Estamos engordando: Ao comparar gráficos da presença da obesidade nas populações 
dos Estados Unidos e da área rural de Bangladesh, por exemplo, o professor Pedro Graça 
conclui: essa é uma epidemia global. A obesidade cresceu nos últimos 20 anos não só 
em países industrializados, com ampla oferta de alimentos, mas chegou até áreas rurais 
da Ásia. 
Os mais pobres engordam mais: Até recentemente, acreditava-se que essa era uma 
epidemia que atingia principalmente as populações que estavam melhorando 
economicamente, associada ao acesso à alimentação, ao acesso à caloria, à gordura, à 
proteína. Mas não é bem assim: ‘O que nós estamos a viver é não só o aumento da 
doença no mundo inteiro, mas, ao contrário do que se esperava, quem é mais afetada é a 
população mais carente, mais vulnerável. Pobreza e obesidade se aproximam de tal 
maneira que a pessoa pode ter fome e ser obesa ao mesmo tempo. Coisa que para nós da 
biologia é um paradoxo’, afirma. 
Somos treinados para engordar: ‘Nós somos uma máquina de engordar’. Isso porque a 
capacidade de acumular reservas de energia na forma de gordura foi essencial para a 
sobrevivência do ser humano, diante da escassez de alimentos. ‘O ser humano está 
preparado para lidar com a fome há dois milhões de anos. E começou a lidar com 
excesso de calorias há 50 anos. Não estamos preparados biologicamente para isso’, 
afirma Pedro. 
O que mudou?: Diversas alterações demográficas causaram mudanças na alimentação: a 
 
entrada da mulher no mercado de trabalho e na vida acadêmica, o envelhecimento da 
população e a necessidade de se trabalhar mais horas são alguns exemplos. E, se 
aumenta o tempo do trabalho, o que fica para trás é o tempo de cozinhar e de ficar com 
os filhos. Os alimentos que já vêm prontos têm, portanto, muito mais apelo do que 
aqueles que exigem tempo e conhecimentos culinários para o preparo. Além disso, em 
muitos lugares é mais fácil e barato encontrar produtos ultraprocessados e calóricos – 
ricos em açúcar, sal e gordura – em vez de alimentos frescos. 
Você já viu propaganda de alface na TV?: Provavelmente não. Mas vemos diariamente 
publicidade de produtos ultraprocessados e supercalóricos, não é mesmo? Pedro Graça 
chama atenção para o fato de que grandes indústrias alimentícias lucram muito, 
enquanto quem trabalha no campo com frutas e legumes, em geral, tem ganhos pequenos 
e são os que mais sofrem com as oscilações na economia e nos preços dos alimentos. 
Assim fica fácil entender como um lado tem muito mais capacidade de investir e 
produzir comunicação (publicidade, marketing etc.) do que o outro. 
É preciso reconhecer o ambiente: De acordo com o pesquisador W. Philip James, 
durante décadas pensou-se que a atenção e o esforço individual fossem suficientes para 
prevenir a obesidade, porém depois de décadas desse esforço, as taxas de ganho de peso 
continuaram a subir. Essa epidemia reflete a presença de um ambiente tóxico ou 
obesogênico. Isso significa que não adianta ensinar as pessoas sobre alimentação 
saudável, se não há um ambiente favorável a isso, ou seja, se não há oferta de alimentos 
saudáveis em local próximo, a preços acessíveis. 
 
‘Eu tenho primeiro que me preocupar com as condições que existem ou que eu posso 
criar para que o suco de laranja apareça, para em seguida dizer como é importante 
consumir suco de laranja’, exemplifica Pedro Graça.” 
 
Disponível em: <https://goo.gl/926x1l>. Acesso em 08 jun. 2016 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta: 
I- De acordo com o texto, o cuidado com o peso é uma questão de educação individual e 
a obesidade aumenta entre os mais pobres por falta de instrução. 
II- As alterações no modo de vida têm responsabilidade pelo aumento da obesidade, uma 
vez que há incentivo ao consumo de produtos ultraprocessados, mais práticos do que os 
alimentos frescos. 
III- A melhora econômica facilita o acesso da população aos alimentos e, 
consequentemente, aumenta a prevalência de obesidade. 
IV- A propaganda e o marketing 
têm influência sobre a venda de produtos industrializados e atingem apenas as regiões 
urbanas. 
 
Assim: 
Resposta Selecionada: c. II está correta. 
Respostas: a. Nenhuma afirmativa está correta. 
 b. I e II estão corretas. 
 c. II está correta. 
 d. III e IV estão corretas. 
 e. II e III estão corretas. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: C 
Comentário: I – Afirmativa incorreta: o texto afirma que a 
obesidade não é um problema individual, pois é favorecida pelo 
ambiente da vida moderna. 
 
II – Afirmativa correta: o texto afirma que em muitos lugares é 
mais fácil e barato encontrar produtos ultraprocessados e calóricos 
– ricos em açúcar, sal e gordura – em vez de alimentos frescos. 
III – Afirmativa incorreta: o texto afirma que a obesidade cresce 
mais entre os menos privilegiados economicamente. 
IV – Afirmativa incorreta: a propaganda e o marketing não 
atingem apenas as áreas urbanas. 
 
• Pergunta 2 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir: 
 
São Paulo, a capital mundial do grafite 
 
“A cidade mais populosa da América Latina concentra um dos mais grandiosos museus 
a céu aberto de arte urbana do mundo. Quando estiver andando por São Paulo, olhe para 
cima. Ou para os lados. Não importa muito se está caminhando por um bairro de classe 
média ou pela periferia. Há uma característica comum às diferentes regiões da maior 
cidade mais populosa da América Latina: os grafites e pichações, que vêm tomando 
conta dos muros nos mais de 1.500 quilômetros quadrados da área de extensão, estão 
transformando São Paulo na capital mundial do grafite. 
 
De maneira geral, a arte urbana não agrada a todos os gostos. Mas é unânime a opinião 
de que São Paulo é uma cidade cinza, e o grafite insere cor a esse cenário. ‘O grafite é 
uma manifestação artística que faz parte do cotidiano de todos, quer você goste ou não. 
Ele se impõe’, dizem os irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo, mais conhecidos como Os 
Gêmeos. A dupla de artistas é conhecida, ao redor do mundo, pelos trabalhos que 
misturam certo realismo fantástico com personagens bem característicos, sempre com 
cores e figuras geométricas parecidas. 
 
Os irmãos começaram a grafitar em 1987 no bairro onde cresceram, o Cambuci, na zona 
sul da capital paulista. ‘A arte não é para você gostar, é para você refletir e pensar’, 
completa Thiago Mundano, 27 anos, que se autointitula ‘artivista’, por atrelar o grafite a 
ações sociais. 
 
Na Avenida Cruzeiro do Sul, na zona norte da capital, bem próximo a uma das duas 
rodoviárias da cidade, um grupo de 58 artistas fez 66 painéis, criando, em 2011, o 
primeiro Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo (MAAU). Eles levaram para as 
ruas umadas maiores características dessa arte: a acessibilidade. ‘O fato de a arte estar 
na rua já é muito mais democrático. A pessoa não precisa entrar numa galeria fechada 
para ver’, diz a artista e grafiteira Prila Paiva, 35 anos. 
 
Organizado com autorização da Prefeitura, esse museu é uma exceção. Como o grande 
negócio do grafite é ocupar a cidade, os artistas nem sempre pintam em muros 
autorizados. Existe um aspecto de subversão, que envolve, entre outras coisas, ‘a 
adrenalina de pichar’, segundo Mundano. Para ele, tudo é relativo. ‘Um outdoor é tão 
agressivo quanto um grafite. Eu posso achar ruim, para a minha filha, por exemplo, abrir 
a janela de casa e dar de cara com uma mulher de calcinha e sutiã numa propaganda para 
vender lingerie’. 
 
São Paulo adotou, em janeiro de 2007, a Lei Cidade Limpa, durante a gestão do ex-
 
prefeito Gilberto Kassab (PSD), proibindo a propaganda em outdoors e em imóveis 
públicos e privados. Já em relação aos grafites, ainda não houve um acordo entre artistas 
e o poder público. Por isso, de um lado, a Prefeitura apaga, cobrindo com tinta cinza, 
muitos dos muros grafitados. De outro, grafiteiros e pichadores pintam os locais 
apagados novamente. ‘Nunca sentimos, por parte da prefeitura, interesse de entender e 
respeitar a cultura do grafite’, contam Os Gêmeos. 
 
‘Existem problemas sérios em São Paulo que precisam desse dinheiro do contribuinte, 
em vez de ser investido em tinta cinza para apagar trabalhos de arte’. Mesmo assim, no 
final da gestão de Kassab, a Prefeitura publicou um guia bilíngue de lugares para ver os 
grafites na cidade, com uma pequena ficha de alguns artistas. 
 
Por tratar-se de uma arte muito efêmera, um dia a obra está lá e no outro pode já ter sido 
apagada, o consultor financeiro Ricardo Czapski e a produtora cultural Marina Gonzalez 
tiveram a ideia de eternizar algumas pinturas. Eles acabam de lançar o livro Graffiti em 
São Paulo, que nasceu de um acervo de mais de dez mil fotos que Czapski tirou, por 
cinco anos, de muros grafitados. ‘O grafite tem uma recepção muito boa em todos os 
níveis. Não tem mais aquela má impressão da arte marginal’, diz Gonzalez. Com o 
passar dos anos, além do reconhecimento do público, o grafite foi se tornando um 
negócio mais rentável. Hoje, a arte urbana está presente em galerias e exposições pelo 
Brasil e pelo mundo. 
 
Pimp My Carroça: Exemplo do cunho social que o grafite pode desenvolver, em 2007, 
Thiago Mundano começou a pintar as carroças dos mais de 20.000 catadores de lixo 
reciclável de São Paulo que transportam, em um carrinho improvisado, toneladas de 
papelão, vidro e alumínio para os centros de reciclagem. ‘Percebi que essas pessoas são 
invisíveis, ninguém olha para elas’, diz Mundano. 
 
A meta, na época, era pintar 100 carroças, mas, com o tempo, Mundano viu que apenas 
pintar não bastava. As carroças precisavam de itens de segurança, como tintas refletoras 
para a noite, espelhos retrovisores, luvas e cordas para os catadores. Assim, nasceu o 
projeto Pimp My Carroça. 
 
Por meio do site de crowdfunding Catarse, Mundano arrecadou 64.000 reais (27,8 mil 
dólares), de 792 apoiadores. O projeto cresceu, se transformou em um evento no centro 
de São Paulo, onde as carroças foram pintadas e os catadores ganharam camisetas, 
alimentos e uma consulta com um clínico geral. 
 
De lá pra cá, o Rio de Janeiro e Curitiba, a capital do Paraná, no Sul do país, receberam 
uma edição do projeto, contabilizando mais de 120 voluntários e um número já 
incontável de carroças pintadas. O próximo passo é desenvolver um aplicativo para que 
qualquer um possa localizar os catadores que estiverem mais próximos e entregar a eles 
o lixo reciclável.” 
 
Disponível em: <https://goo.gl/zuZU2e>. Acesso em 05 jun. 2016 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
I- Apesar de haver controvérsias quanto à aceitação do grafite e da pichação como 
formas de arte, há indícios de que o reconhecimento dessas expressões artísticas está 
aumentando, como a criação do Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo. 
II- O grafite agrava o preconceito social contra as pessoas mais pobres, uma vez que se 
trata de uma manifestação popular que não alcança o prestígio das artes oficialmente 
reconhecidas. 
III- De acordo com o texto, o grafite e a pichação são comparáveis aos outdoors e 
deveria haver uma legislação semelhante à Cidade Limpa para proibir essas 
manifestações. 
IV- A acessibilidade, a efemeridade e a relação com causas sociais são características da 
arte urbana. 
 
Está correto o que se afirma apenas em: 
Resposta Selecionada: d. I e IV. 
Respostas: a. I e II. 
 b. II e III. 
 c. III e IV. 
 d. I e IV. 
 e. I, II e IV. 
Feedback 
da resposta: 
Resposta: D 
Comentário: I – Afirmativa correta. Justificativa: o texto menciona 
ações que mostram o reconhecimento do grafite como obra de arte, 
como a publicação do livro com figuras de arte urbana e a criação 
do Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo. 
II – Afirmativa incorreta. Justificativa: o texto não afirma que o 
grafite agrava preconceitos e o aponta como uma forma de 
expressão de arte popular. 
III – Afirmativa incorreta. Justificativa: o texto não propõe uma lei 
semelhante à implantada pelo prefeito Kassab para proibir as 
manifestações de grafite. 
IV – Afirmativa correta. Justificativa: a arte urbana é efêmera, pois 
pode ser apagada ou coberta por outra, e acessível a todos que 
circulam pela cidade. Normalmente, essas expressões têm relação 
com causas sociais, pois são manifestações populares. 
 
 
• Pergunta 3 
1 em 1 pontos 
 
(Enade-2011) Leia o excerto a seguir: 
“Em reportagem, Owen Jones, autor do livro Chavs: a difamação da classe trabalhadora, 
publicado no Reino Unido, comenta as recentes manifestações de rua em Londres e em 
outras principais cidades inglesas. Jones prefere chamar atenção para as camadas sociais 
mais desfavorecidas do país, que desde o início dos distúrbios, ficaram conhecidas no 
mundo todo pelo apelido chavs, usado pelos britânicos para escarnecer dos hábitos de 
consumo da classe trabalhadora. 
 
Jones denuncia um sistemático abandono governamental dessa parcela da população: 
‘Os políticos insistem em culpar os indivíduos pela desigualdade’, diz. ‘Você não vai ver 
alguém assumir ser um chav, pois se trata de um insulto criado como forma de 
generalizar o comportamento das classes mais baixas. Meu medo não é o preconceito e, 
sim, a cortina de fumaça que ele oferece. 
 
Os distúrbios estão servindo como o argumento ideal para que se faça valer a ideologia 
de que os problemas sociais são resultados de defeitos individuais, não de falhas 
maiores. Trata-se de uma filosofia que tomou conta da sociedade britânica com a 
chegada de Margaret Thatcher ao poder, em 1979, e que basicamente funciona assim: 
 
você é culpado pela falta de oportunidades. [...] Os políticos insistem em culpar os 
indivíduos pela desigualdade’.” 
 
Suplemento Prosa & Verso, O Globo, Rio de Janeiro, 20 ago. 2011, p. 6 (adaptado). 
 
Considerando as ideias do texto, avalie as afirmações a seguir. 
I- Chavs é um apelido que exalta hábitos de consumo de parcela da população britânica. 
II- Os distúrbios ocorridos na Inglaterra serviram para atribuir deslizes de 
comportamento individual como causas de problemas sociais. 
III- Indivíduos da classe trabalhadora britânica são responsabilizados pela falta de 
oportunidades decorrente da ausência de políticas públicas. 
IV- As manifestações de rua na Inglaterra reivindicavam formas de inclusão nos padrões 
de consumo vigente. 
 
É correto apenas o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: e.II, III e IV. 
Respostas: a. I e II. 
 b. I e IV. 
 c. II e III. 
 d. I, III e IV. 
 e. II, III e IV. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: E 
Comentário: umdos temas tratados na questão é o fato de os 
políticos culparem o indivíduo pela desigualdade social. 
I – Afirmativa incorreta: chavs é um apelido dado às camadas 
sociais mais desfavorecidas do Reino Unido. O texto afirma que 
chavs é um insulto criado como forma de generalizar o 
comportamento das classes mais baixas. 
II – Afirmativa correta: segundo o texto, os políticos aproveitaram 
os distúrbios ocorridos na Inglaterra e os deslizes de 
comportamento para culpar os indivíduos pela desigualdade social. 
III – Afirmativa correta: de acordo com o texto, os políticos 
responsabilizam os indivíduos da classe trabalhadora britânica pela 
falta de oportunidades decorrente da ausência de políticas públicas. 
IV – Afirmativa correta: o texto sustenta que as manifestações de 
rua na Inglaterra pleiteavam modos de inclusão nos padrões de 
consumo vigente. 
 
 
• Pergunta 4 
1 em 1 pontos 
 
(Enade-2011) Leia o excerto a seguir: 
A definição de desenvolvimento sustentável mais usualmente utilizada é a que procura 
atender às necessidades atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras. O 
mundo assiste a um questionamento crescente de paradigmas estabelecidos na economia 
e também na cultura política. A crise ambiental no planeta, quando traduzida na 
mudança climática, é uma ameaça real ao pleno desenvolvimento das potencialidades 
dos países. O Brasil está em uma posição privilegiada para enfrentar os enormes desafios 
 
que se acumulam. Abriga elementos fundamentais para o desenvolvimento: parte 
significativa da biodiversidade e da água doce existentes no planeta; grande extensão de 
terras cultiváveis; diversidade étnica e cultural e rica variedade de reservas naturais. O 
campo do desenvolvimento sustentável pode ser conceitualmente dividido em 3 
componentes: sustentabilidade ambiental, sustentabilidade econômica e sustentabilidade 
sociopolítica. 
 
Nesse contexto, o desenvolvimento sustentável pressupõe: 
Resposta 
Selecionada: 
b. A redefinição de critérios e instrumentos de avaliação de 
custo-benefício que reflitam os efeitos socioeconômicos e os 
valores reais do consumo e da preservação. 
Respostas: a. A preservação do equilíbrio global e do valor das reservas de 
capital natural, o que não justifica a desaceleração do 
desenvolvimento econômico e político de uma sociedade. 
 
b. A redefinição de critérios e instrumentos de avaliação de 
custo-benefício que reflitam os efeitos socioeconômicos e os 
valores reais do consumo e da preservação. 
 
c. O reconhecimento de que, apesar de os recursos naturais 
serem ilimitados, deve ser traçado um novo modelo de 
desenvolvimento econômico para a humanidade. 
 
d. A redução do consumo das reservas naturais com a 
consequente estagnação do desenvolvimento econômico e 
tecnológico. 
 e. A distribuição homogênea das reservas naturais entre as 
nações e as regiões em nível global e regional. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: B 
Comentário: o tema é o desenvolvimento sustentável, que, segundo 
o enunciado, é um campo dividido em três componentes: 
sustentabilidade ambiental, sustentabilidade econômica e 
sustentabilidade sociopolítica. O texto afirma que a crise ambiental 
no planeta (mudança climática) ameaça o pleno desenvolvimento 
das potencialidades dos países e que o Brasil está em uma posição 
privilegiada para enfrentar desafios, pois detém parcela 
significativa da biodiversidade e da água doce do planeta, grande 
extensão de terras cultiváveis, variedade de reservas naturais etc. 
Pede-se a identificação dos pressupostos do desenvolvimento 
sustentável. 
A – Incorreta: o texto não faz referências à desaceleração do 
desenvolvimento econômico e político de uma sociedade. 
B – Correta: o desenvolvimento sustentável, considerado em um 
contexto de mudanças de paradigmas, requer a inclusão de novas 
variáveis e a atualização de critérios e instrumentos avaliativos. 
C – Incorreta: o texto não afirma que os recursos naturais são 
ilimitados. 
D – Incorreta: o texto não afirma que o desenvolvimento 
sustentável gera estagnação do desenvolvimento econômico e 
tecnológico em função da redução do consumo das reservas 
naturais. 
 
E – Incorreta: o texto não afirma que a distribuição homogênea das 
reservas naturais seja requisito para o desenvolvimento sustentável. 
 
• Pergunta 5 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir: 
 
Tá lá mais um corpo estendido no chão 
Flavio Moura 
 
“Uma juíza de São Paulo mandou soltar o policial que matou o camelô Carlos Augusto 
Muniz Braga durante ação na Lapa, no último dia 18. De acordo com a ordem de soltura, 
o assassinato se deveu ao fato de que o braço esquerdo do PM foi seguro ‘bruscamente’. 
E ainda à situação tensa em que ele se encontrava, cercado de ‘populares insatisfeitos 
com a polícia no local’. 
 
O tumulto, no entender da juíza, justifica a necessidade de o policial ‘então encontrar-se 
armado’. O vídeo circulou por todo canto. O policial aponta por três minutos a arma em 
todas as direções. As pessoas em volta gritam ‘baixa a arma!’, enquanto dois colegas 
seus tentam imobilizar um vendedor de rua no chão. 
 
O vendedor se recusara a entregar os CDs piratas que tinha na mão. A polícia partiu pra 
cima e a situação se criou. 
Acuado, o assassino tira do bolso um spray de pimenta para dispersar o grupo ao redor. 
Ato contínuo, Carlos Augusto tenta tirar o spray de sua mão. É o que basta para ser 
executado. 
 
Ele ainda correu por alguns metros com a bala na cabeça, antes de tombar no asfalto. 
Isso às 17h, numa rua movimentada de um bairro de classe média de São Paulo. 
Não chega a surpreender a decisão da juíza (o nome da figura é Eliana Cassales Tosi de 
Melo e ela faz parte da 5a Vara do Júri do Foro Central Criminal de São Paulo). A lógica 
peculiar é praxe entre seus colegas. Basta lembrar o juiz que recentemente queria manter 
preso o manifestante Fabio Hideki, detido injustamente em manifestação durante a Copa 
do Mundo, por considerá-lo ‘esquerda caviar’. 
 
O que assusta é a comoção relativamente branda em torno do episódio. Da declaração 
tosca do prefeito, ‘foi um ato isolado’, aos indignados de plantão das redes sociais, tudo 
se passou como se fosse mais um tropeço da polícia, entre tantos outros. 
 
Fiquei pensando o que ocorreria se a cena fosse na Paulista, nas manifestações de junho 
do ano passado. E se a vítima fosse um jovem de classe média quebrando uma vitrine de 
loja ou banco (gesto a meu ver mais grave do que vender CD pirata). O governo estadual 
corria o risco de ser deposto. 
 
Não custa lembrar que foi a violência policial o estopim para as manifestações de junho 
de 2013. As primeiras passeatas foram pequenas e reprovadas pela imprensa e pela 
maioria da população. Quando vieram à tona as cenas de manifestantes feridos por balas 
de borracha, o cenário virou. Dali em diante, os editoriais deram razão aos manifestantes 
e a classe média ganhou as ruas em defesa do direito de protestar. 
 
O episódio da semana passada me fez lembrar uma declaração do poeta Sergio Vaz, 
 
organizador dos saraus da Cooperifa. No documentário ‘Junho’, produzido pela TV 
Folha e bom retrato das manifestações do ano passado, ele pondera. ‘Bala de borracha? 
Se lá no meu bairro a polícia usasse bala de borracha meus amigos ainda estavam vivos’. 
Com todo respeito aos feridos em junho de 2013, o que se deu com o camelô Carlos 
Augusto é motivo para alguns milhares de passeatas. 
 
A letalidade da polícia brasileira é quatro vezes maior que a dos EUA e 100 vezes maior 
que a inglesa. Se antes o Rio era o palco dos principais descalabros da corporação, esse 
posto agora parece ser ocupado por São Paulo. Na véspera do assassinato na Lapa, a PM 
paulista transformou o centro da cidade num campo de guerra, com gás lacrimogêneo e 
barricadas em chamas para despejar 200 ocupantesde um prédio vazio. 
 
Em apenas uma semana, a cidade viu repetir-se o despreparo e a truculência em duas 
regiões próximas. Se voltamos para trás no tempo, há exemplos a perder de vista. O 
governador segue blindado e na liderança das intenções de voto para as próximas 
eleições. E o prefeito, que não tem responsabilidade direta pela ação da PM, poderia 
retificar sua frase infeliz. 
 
Bem que a gente gostaria, mas o crime da semana passada não foi um ato isolado.” 
 
Disponível em: <https://goo.gl/rvlYxd>. Acesso em 7 nov. 2014. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
I- O autor se mostra indignado com a banalização da morte, afirmando que as pessoas 
não se mobilizam diante da violência da polícia, seja ela contra ricos ou pobres. 
II- O autor destaca que a violência policial contra os trabalhadores e contra os moradores 
de periferia, geralmente, não ganha grande repercussão na mídia e não estimula protestos 
populares. 
III- O objetivo do texto é criticar a pirataria, que é crime e gera confrontos entre 
ambulantes e policiais, espalhando violência pela cidade. 
IV- O texto critica a violência da polícia brasileira, mas defende a atuação repressiva 
diante de manifestações e crimes, uma vez que é esse o papel da instituição. 
Está correto o que se afirma somente em: 
Resposta Selecionada: e. II. 
Respostas: a. I e II. 
 b. II e III. 
 c. I e IV. 
 d. II e IV. 
 e. II. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: E 
Comentário: I – Afirmativa incorreta: o autor se mostra indignado 
com a banalização da morte, mas afirma que, em geral, só há 
protestos contra a morte provocada por policiais quando a vítima é 
de classe média ou alta. 
II – Afirmativa correta: o autor comenta sobre o caso do camelô 
assassinado, que foi pouco divulgado pela imprensa e não gerou 
protestos, e atribui isso ao fato de ele ser pobre. 
III - Afirmativa incorreta: o objetivo do texto é criticar a atuação 
violenta da polícia. 
IV - Afirmativa incorreta: o autor não defende a atitude repressiva 
 
da polícia. 
 
• Pergunta 6 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir: 
Geografia e meio ambiente: uma análise da legislação dos resíduos sólidos. 
Fernanda Sampaio da Silva 
 
“O processo de industrialização foi responsável por grandes transformações urbanas. 
Influenciou a multiplicação de diversos ramos de serviços que caracterizam a cidade 
moderna. Também influenciou no desenvolvimento dos meios de transporte e 
comunicação, que interligaram distintas regiões. Foi responsável pela maior 
produtividade e pela consequente elevação da produção agrícola. Contribuiu ainda com 
o êxodo rural. 
 
Além disso, introduziu um novo modo de vida e novos hábitos de consumo, criou novas 
profissões, promoveu uma nova estratificação da sociedade e uma nova relação desta 
com a natureza. Algumas das tecnologias existentes hoje no mercado ainda trazem 
problemas ao meio ambiente. 
 
Entre os resíduos gerados pelo avanço desenfreado da produção e do consumo são 
encontrados os resíduos sólidos industriais, que podem trazer impactos com 
consequências para a saúde das pessoas e ao meio ambiente, desde uma escala local até 
mesmo global. 
 
Para que se possa reduzir a geração de resíduos sólidos industriais, minimizando 
possíveis impactos negativos ao meio ambiente, é necessário que haja um processo de 
gestão para a diminuição de resíduos durante o processo produtivo e/ou, quando 
possível, substituição do material utilizado, por outro que tenha maior facilidade de ser 
reciclado. Portanto, a reciclagem é um elemento importante para a minimização de 
resíduos em lixões e aterros sanitários. 
 
[...] Assim, a geração e a disposição dos resíduos sólidos industriais em locais 
inapropriados constituem um problema ambiental e, por isso, seu gerenciamento deve 
ocorrer de forma correta e dentro da legislação, para que não seja comprometida a 
qualidade de vida das pessoas e do meio ambiente. 
 
O controle do acondicionamento, armazenamento e destinação final dos resíduos sólidos 
perigosos deve ocorrer de acordo com a norma ABNT – NBR 1004 de 2004, que faz 
uma classificação dos resíduos. Os resíduos são classificados em Classe I quando se trata 
de resíduos sólidos perigosos (classificados pelo seu grau de risco a saúde pública) e 
Classe II quando são resíduos não perigosos. 
 
Os resíduos de Classe II são subdivididos em: Classe II A, quando não são inertes e 
Classe II B, inertes. Os resíduos sólidos gerados devem ser controlados nas indústrias, 
pois fazem parte do licenciamento pelo órgão ambiental competente. 
 
Por isso, para que esse órgão tenha conhecimento dos resíduos gerados, o Conselho 
Nacional do Meio Ambiente – CONAMA dispõe de uma resolução com o objetivo de 
inventariar os resíduos sólidos gerados em todo o país, para que seja elaborado o Plano 
Nacional para Gerenciamento de Resíduos Sólidos Gerados. O inventário é elaborado a 
 
partir de informações como quantidade, formas de acondicionamento e armazenamento 
e destinação final, enviadas trimestralmente ao órgão estadual competente (Resolução 
CONAMA nº 313/2002).” 
 
Disponível em: <https://goo.gl/06swDe>. Acesso em 12 nov. 2014 (com adaptações). 
 
Com base nas informações do texto, analise as afirmativas: 
I- O controle da geração de resíduos sólidos industriais depende da conscientização do 
consumidor a fim de que modifique seus hábitos. 
II- A redução na geração de resíduos sólidos está atrelada ao gerenciamento do 
acondicionamento, do armazenamento e da destinação final dos resíduos classificados 
como perigosos. 
III- A Resolução CONAMA nº 313/2002, que trata do Plano Nacional para 
Gerenciamento de Resíduos Sólidos, tem como objetivo conscientizar a área industrial 
para que exista a redução da geração de resíduos sólidos. 
 
Com base nas informações do texto, assinale a alternativa correta: 
Resposta Selecionada: e. Nenhuma afirmativa está correta. 
Respostas: a. I está correta. 
 b. II está correta. 
 c. I e III estão corretas. 
 d. III está correta. 
 e. Nenhuma afirmativa está correta. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: E 
Comentário: I – Afirmativa incorreta: os resíduos sólidos são 
gerados, como destaca o texto, pelos processos produtivos e, 
assim, a sua redução depende das indústrias, e não da 
conscientização do consumidor. 
II – Afirmativa incorreta: o texto destaca que os resíduos são 
gerados no processo de produção. III - Afirmativa incorreta: de 
acordo com o texto, a resolução tem o objetivo de inventariar os 
resíduos sólidos gerados em todo o país. 
 
 
• Pergunta 7 
1 em 1 pontos 
 
(Enade-2011) Leia o poema a seguir: 
 
Retrato de uma princesa desconhecida 
Para que ela tivesse um pescoço tão fino 
Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule 
Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos 
Para que a sua espinha fosse tão direita 
E ela usasse a cabeça tão erguida 
Com uma tão simples claridade sobre a testa 
Foram necessárias sucessivas gerações de escravos 
De corpo dobrado e grossas mãos pacientes 
Servindo sucessivas gerações de príncipes 
 
Ainda um pouco toscos e grosseiros 
Ávidos cruéis e fraudulentos 
Foi um imenso desperdiçar de gente 
Para que ela fosse aquela perfeição 
Solitária exilada sem destino 
 
ANDRESEN, Sophia. M. B. Dual. Lisboa: Caminho, 2004. p. 73. 
 
No poema, a autora sugere que: 
Resposta 
Selecionada: 
d. O trabalho compulsório de escravos proporcionou 
privilégios aos príncipes. 
Respostas: a. Os príncipes e as princesas são naturalmente belos. 
 b. Os príncipes generosos cultivavam a beleza da princesa. 
 c. A beleza da princesa é desperdiçada pela miscigenação 
racial. 
 d. O trabalho compulsório de escravos proporcionou 
privilégios aos príncipes. 
 e. O exílio e a solidão são os responsáveis pela manutenção 
do corpo esbeltoda princesa. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: D 
Comentário: O enunciado da questão apresente o poema “Retrato 
de uma princesa desconhecida”, de autoria da escritora portuguesa 
Sofia de Melo Breyner Andresen (Porto, 1919 – Lisboa, 2004). No 
início do texto, a autora faz o retrato descritivo de uma princesa: 
pulsos delicados, olhos frontais e limpos, espinha direita, cabeça 
erguida etc. Em seguida, argumenta que, para que tais 
características de beleza e sofisticação existissem, foi necessário o 
trabalho de “sucessivas gerações de escravos (...) servindo 
sucessivas gerações de príncipes (...) ávidos cruéis e fraudulentos”. 
Acrescenta que foi necessário “um imenso desperdiçar de gente” 
para que a princesa “fosse aquela perfeição solitária exilada sem 
destino”. 
A – Alternativa incorreta: Andresen não afirma que os príncipes e 
as princesas são naturalmente belos. Segundo a poetisa, foi 
necessária a exploração do trabalho escravo para que a princesa 
fosse bela. 
B – Alternativa incorreta: Andresen não afirma que os príncipes 
generosos cultivavam a beleza da princesa. Segundo a poetisa, os 
príncipes foram “ávidos cruéis e fraudulentos” e a beleza da 
princesa foi obtida por meio da exploração do trabalho escravo. 
C – Alternativa incorreta: Andresen não cita a miscigenação racial. 
D – Alternativa correta: Segundo Andresen, o trabalho compulsório 
de escravos proporcionou privilégios aos príncipes. 
 
E – Alternativa incorreta: Andresen não afirma que o exílio e a 
solidão fizeram com que a princesa mantivesse a silhueta esbelta. 
 
• Pergunta 8 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir: 
Criminologia 
Eduardo Galeano 
 
“A cada ano, os pesticidas químicos matam pelo menos três milhões de camponeses. A 
cada dia, os acidentes de trabalho matam pelo menos dez mil trabalhadores. A cada 
minuto, a miséria mata pelo menos dez crianças. Esses crimes não aparecem nos 
noticiários. São, como as guerras, atos normais de canibalismo. Os criminosos andam 
soltos. As prisões não foram feitas para os que estripam multidões. A construção de 
prisões é o plano de habitação que os pobres merecem.” 
Disponível em: <https://goo.gl/M8eQmt>. Acesso em 24 ago. 2016. 
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas: 
I- Do texto, apreende-se que práticas econômicas e sociais vigentes causam a morte de 
milhões de cidadãos. 
II- Quando o autor afirma que os criminosos estão soltos, quer dizer que o sistema 
prisional tem vagas insuficientes para abrigar aqueles que são responsáveis por estripar 
multidões. 
III- Os pesticidas, os acidentes de trabalho e a miséria, por não serem indivíduos, não 
podem ser presos. Portanto, quando alguém morre por uma dessas causas, não há 
culpados. 
IV- O autor considera que a justiça poupa grandes corporações e instituições e defende a 
ideia de que as prisões sejam habitações destinadas aos mais pobres. 
 
Está correto o que se afirma somente em: 
 
Resposta Selecionada: b. I. 
Respostas: a. I e IV. 
 b. I. 
 c. I, III e IV. 
 d. I, II e IV. 
 e. II, III e IV. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: B 
Comentário: I – Afirmativa correta: o autor denuncia as mortes 
provocadas legitimamente pelo sistema. 
II – Afirmativa incorreta: de acordo com o texto, os criminosos 
são os que detêm o poder econômico e político e que não são 
responsabilizados pelos males que causam. 
III – Afirmativa incorreta: o autor aponta que os culpados são os 
que detêm o poder político e econômico. 
IV – Afirmativa incorreta: o último verso revela, ironicamente, a 
indignação do autor pelo fato de a justiça agir de forma 
diferenciada com os poderosos e com o povo. 
 
 
• Pergunta 9 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir: 
 
Quem tem o direito de falar? 
Estabelecer que minorias só podem falar dos problemas de seu grupo é uma forma 
astuta de silenciamento 
 
“A política não é uma questão apenas de circulação de bens e riquezas. Ou seja, ela não 
se funda simplesmente em uma decisão a respeito de como as riquezas e os bens devem 
circular, como eles devem ser distribuídos. Embora essa seja uma questão central que 
mobiliza todos nós, ela não é tudo, nem é razão suficiente de todos os fenômenos 
internos ao campo que nomeamos ‘política’. Na verdade, a política é também uma 
questão de circulação de afetos, da maneira com que eles irão criar vínculos sociais, 
afetando os que fazem parte destes vínculos. 
 
A maneira com que somos afetados define o que somos e o que não somos capazes de 
ver, o que somos e não somos capazes de sentir e perceber. Definido o que vejo, sinto e 
percebo, define-se o campo das minhas ações, a maneira com que julgarei, o que faz 
parte e o que está excluído do meu mundo. 
 
Percebam, por exemplo, como um dos maiores feitos políticos de 2015 foi a circulação 
de uma mera foto, a foto do menino sírio morto em um naufrágio no Mar Mediterrâneo. 
Nesse sentido, foi muito interessante pesquisar as reações de certos europeus que 
invadiram sites de notícias de seu continente com posts e comentários. 
 
Uma quantidade impressionante deles reclamava daqueles jornais que decidiram 
publicar a foto. Por trás de sofismas primários, eles diziam basicamente a mesma coisa: 
‘parem de nos mostrar o que não queremos ver’, ‘isto irá quebrar a força de nosso 
discurso’. 
 
Pois eles sabiam que seu fascismo ordinário cresce à condição de administrar uma certa 
zona de invisibilidade. É necessário que certos afetos não circulem, que a humanização 
bruta produzida pela morte estúpida de um refugiado não nos afete. Todo fascismo 
ordinário é baseado em uma desafecção. Toda verdadeira luta política é baseada em uma 
mudança nos circuitos hegemônicos de afetos. Prova disso foi o fato de tal foto produzir 
o que vários discursos até então não haviam conseguido: a suspensão temporária da 
política criminosa de indiferença em relação à sorte dos refugiados. 
 
Mas essa quebra da invisibilidade também se dá de outras formas. De fato, sabemos 
como faz parte das dinâmicas do poder decidir qual sofrimento é visível e qual é 
invisível. Mas, para tanto, devemos antes decidir sobre quem fala e quem não fala, qual 
fala ouvirei e qual fala representará, para mim, apenas alguma forma de ressentimento. 
 
Há várias maneiras de silêncio. A mais comum é simplesmente calar quem não tem 
direito à voz. Isso é o que nos lembram todos aqueles que se engajaram na luta por 
grupos sociais vulneráveis e objetos de violência contínua (negros, homossexuais, 
mulheres, travestis, palestinos, entre tantos outros). 
 
Mas há ainda outra forma de silêncio. Ela consiste em limitar sua fala. Assim, um será a 
voz dos negros e pobres, já que o enunciador é negro e pobre. O outro será a voz das 
mulheres e lésbicas, já que o enunciador é mulher e lésbica. A princípio, isto pode 
 
parecer um ato de dar voz aos excluídos e subalternos, fazendo com que negros falem 
sobre os problemas dos negros, mulheres falem sobre os problemas das mulheres, e por 
aí vai. 
 
No entanto, essa é apenas uma forma astuta de silêncio, e deveríamos estar mais atentos 
a tal estratégia de silenciamento identitário. Ao final, ela quer nos levar a acreditar que 
negros devem apenas falar dos problemas dos negros, que mulheres devem apenas falar 
dos problemas das mulheres. 
 
Pensar a política como circuito de afetos significa compreender que sujeitos políticos são 
criados quando conseguem mudar a forma como o espaço comum é afetado. Posso dar 
visibilidade a sofrimentos que antes não circulavam, mas quando aceito limitar minha 
fala pela identidade que supostamente represento, não mudarei a forma de circulação de 
afetos, pois não conseguirei implicar quem não partilha minha identidade na narrativa do 
meu sofrimento. 
 
Minha produção de afecções continuará circulando em regime restrito, mesmo queagora 
codificada como região setorizada do espaço comum. Ser um sujeito político é conseguir 
enunciar proposições que implicam todo mundo, que podem implicar qualquer um, ou 
seja, que se dirigem a esta dimensão do ‘qualquer um’ que faz parte de cada um de nós. 
É quando nos colocamos na posição de qualquer um que temos mais força de 
desestabilização de circuitos hegemônicos de afetos. 
O verdadeiro medo do poder é que você se coloque na posição de qualquer um.” 
 
Disponível em: <goo.gl/oWm9nF>. Acesso em 13 jun. 2016. 
Leia as afirmações a seguir: 
I- Segundo o autor, grupos de minorias estão sendo silenciados, pois vivemos em um 
regime autoritário, não democrático. 
II- O autor defende que os políticos sejam os legítimos representantes dos grupos 
minoritários, já que as minorias tendem a ser silenciadas na sociedade. 
III- A publicação da foto do menino sírio, morto no naufrágio ao tentar chegar à Europa 
como imigrante, foi, segundo o texto, uma forma de sensacionalismo da imprensa e, por 
isso, gerou conflitos políticos. 
 
Assinale a alternativa correta: 
Resposta Selecionada: e. Nenhuma alternativa é correta. 
Respostas: a. Todas as afirmativas são corretas. 
 b. I e II são corretas. 
 c. II e III são corretas. 
 d. III é correta. 
 e. Nenhuma alternativa é correta. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: E 
Comentário: I – Afirmativa incorreta: o autor não afirma que vivemos em um 
regime autoritário e aponta como silenciamento a restrição de fala a apenas 
sujeitos representativos de determinado grupo. 
II – Afirmativa incorreta: o autor afirma que a política é também uma questão 
da circulação dos afetos e não atribui aos políticos o papel de representar 
grupos identitários. 
III – Afirmativa incorreta: de acordo com o texto, a divulgação da foto 
contribuiu para a quebra de invisibilidade de uma questão importante no 
cenário atual. 
 
 
• Pergunta 10 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir: 
 
Energia solar contra a escuridão do Amazonas: 
Brasil gera com placas fotovoltaicas apenas 0,02% da produção total de eletricidade 
Heriberto Araújo – 08 maio 2016 
 
“A visão romantizada da Amazônia convida a pensar num lugar idílico em que a pegada humana 
esteja entre as menores do planeta. Mas a vida na maior reserva natural é dura para o homem, 
como Daniel Everett narrou em seu clássico Don‘t Sleep, There are Snakes (Não durma, há 
serpentes, sem tradução para o português). 
 
Comunidades inteiras vivem completamente desconectadas, e não apenas nas profundezas da 
selva, mas sim nas movimentadas margens dos rios – únicas vias de comunicação, num ambiente 
em que a eletricidade é um bem desejado, escasso e administrado a conta-gotas. 
 
‘No Estado do Amazonas há mais de dois milhões de pessoas sem eletricidade de qualidade’, 
explica Otacílio Soares Brito, membro do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. 
‘A enorme área da floresta torna inviável a criação de uma rede de distribuição, e os povoados só 
conseguem produzir eletricidade das 6 às 10 da noite, com geradores a gasolina fornecidos pelo 
Governo. Depois dessa hora acaba tudo: luz, refrigeração e lazer’, relata do município amazônico 
de Tefé. 
 
O Instituto Mamirauá está desenvolvendo um projeto para fornecer eletricidade por meio de 
painéis solares a dezenas de comunidades amazônicas de pescadores e camponeses, com o 
objetivo de melhorar suas condições de vida, segundo Soares Brito. 
 
Duas comunidades instalaram placas fotovoltaicas – um sistema flutuante, sobre boias no rio, e o 
outro no telhado de uma fábrica de gelo – para permitir, um, o envio da água desde o leito do rio 
até as casas, e o outro, a fabricação de barras de gelo. O fornecimento da água do rio por meio de 
uma bomba elétrica alimentada por painéis permitiu, entre outras coisas, que as crianças 
passassem a tomar quantos banhos quisessem sem que seus pais fiquem com medo que um jacaré 
lhes tire a vida na escuridão das margens. 
 
‘Estamos cuidando de melhorar a vida das pessoas, mas também queremos permitir que elas 
agreguem valor a produtos como polpa de frutas e peixe. Sem gelo, esses produtos dificilmente 
podem ser comercializados no exterior ou simplesmente conservados’, diz Soares Brito. 
 
Os resultados positivos da fase experimental estão criando consciência nessa imensa região 
normalmente esquecida pelos centros brasileiros de poder, concentrados no Sudeste e que 
priorizam as políticas públicas nas regiões densamente povoadas (de eleitores). Um grupo de 
pescadores da comunidade amazônica de Boa Esperança pediu ao Mamirauá a construção de uma 
pequena fábrica – prevista para abril – com três congeladores alimentados por painéis solares 
para poder extrair das frutas a polpa, congelá-la e vendê-la em mercados situados a horas de 
barco do povoado, como Manaus. 
 
A revolução solar que alguns especialistas preveem para o Brasil durante a próxima década, após 
a implementação em 1º de março de novas regras que permitem, pela primeira vez, a geração 
distribuída de energia e sua ligação às redes de distribuição, trará consequências principalmente 
para os grandes centros urbanos. 
 
Depois de três anos de secas históricas e consequentes apagões, que evidenciaram a excessiva 
dependência do Brasil de seu sistema hidroelétrico, que gera cerca de 70% da eletricidade 
consumida, milhões de brasileiros poderão se tornar agora prosumidores, neologismo que reflete 
o novo paradigma sob o qual parece avançar a geração de eletricidade: o consumidor é o produtor 
de pelo menos uma parte de sua demanda. 
 
 
‘Estamos diante do início de uma revolução, porque pela primeira vez a sociedade brasileira pode 
participar diretamente da criação de uma nova matriz energética’, diz Rodrigo Sauaia, presidente 
da Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar). 
 
As regras aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) permitem, segundo 
Sauaia, ‘a geração compartilhada de energia solar entre vários clientes, que podem se agrupar em 
forma de consórcio ou de cooperativas, assim como a conexão de seus sistemas fotovoltaicos 
domésticos ou comerciais à rede elétrica para abastecê-la quando os painéis produzirem mais do 
que o que é consumido, e vice-versa’. 
 
A Absolar estima que, se fossem instalados painéis solares em todas as residências do país, a 
produção de energia abasteceria mais que o dobro da totalidade da demanda dos domicílios 
brasileiros. Os especialistas indicam que a região brasileira menos exposta à irradiação solar tem 
potencial para gerar pelo menos 25% mais energia que a região mais favorecida na Alemanha, 
país que já gera cerca de 7% de sua eletricidade com placas fotovoltaicas.” 
 
Disponível em: <https://goo.gl/xzTS3i>. Acesso em 10 jun. 2016. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
I- O novo paradigma da geração de energia elétrica é o de que o próprio consumidor produza 
30% da sua demanda, tornando-se proconsumidor. 
II- De acordo com a estimativa da Absolar, a instalação de painéis solares em todas as residências 
do país faria com que a produção brasileira de energia superasse a alemã em 18%. 
III- O projeto desenvolvido pelo Instituto Mamirauá tem como foco comunidades da Amazônia, 
onde há, aproximadamente, dois milhões de pessoas sem acesso à energia elétrica de qualidade. 
IV- O principal problema da Amazônia é a seca, que afeta sua produção hidrelétrica e, por isso, a 
energia solar é uma boa alternativa. 
 
Assinale a alternativa correta: 
Resposta Selecionada: 
c. III é correta. 
Respostas: a. Todas as afirmativas são corretas. 
 b. I e II são corretas. 
 c. III é correta. 
 d. II, III e IV são corretas. 
 e. Nenhuma afirmativa é correta. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: C 
Comentário: I – Afirmativa incorreta: o texto afirma que o 
proconsumidor deve produzir uma parteda energia que consome, 
mas não determina essa porcentagem. 
II – Afirmativa incorreta: de acordo com o texto, a região brasileira 
menos exposta à irradiação solar tem potencial para gerar, pelo 
menos, 25% mais energia do que a região alemã mais favorecida. 
Não há comparação referente à produção ou à capacidade geradora 
dos dois países. III – Afirmativa correta: no texto, consta a 
informação de que, na região amazônica, há mais de 2 milhões de 
pessoas sem energia elétrica e melhorar as condições de vida das 
comunidades é o objetivo do Instituto Mamirauá, por meio da 
instalação de painéis solares. 
IV – Afirmativa incorreta: não se afirma que o principal problema 
da Amazônia é a seca. Na verdade, trata-se de uma região bastante 
 
abastecida por complexos hidrográficos. O texto menciona que 
houve secas no Brasil, o que prejudicou a geração de energia 
hidrelétrica.

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