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Restauração, recuperação e reabilitação de áreas degradadas

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Objetivos
Módulo 1
Legislação sobre áreas degradadas
Reconhecer a legislação e os princípios relacionados à
recuperação de áreas degradadas.
Acessar módulo
Módulo 2
O estudo para recuperação de áreas
degradadas
Restauração,
recuperação e
reabilitação de
áreas
degradadas
Profª. Juliana da Silva Leal
Descrição
A construção de estudos de recuperação de
áreas degradadas e planejamento ambiental.
Propósito
Entender sobre os processos de recuperação
de áreas degradadas é imprescindível ao
profissional da área ambiental, pois,
atualmente, são raros os ambientes que
ainda se encontram inalterados.
d
Descrever as etapas de um estudo para a recuperação de
áreas degradadas.
Acessar módulo
Módulo 3
O planejamento ambiental em áreas
degradadas
Identificar as etapas de um estudo de planejamento ambiental.
Acessar módulo
1
Como sabemos, a nossa espécie tem alterado a Terra de diversas
formas. Atualmente, os cientistas já afirmaram que, praticamente,
todos os ecossistemas do planeta foram alterados em algum grau
pelas atividades humanas. Em muitos casos, o grau de alteração
sofrida pelo ecossistema é tão alto que ele se torna incapaz de se
recuperar naturalmente, tornando-se um ecossistema degradado.
Podemos, como veremos a seguir, observar várias formas de
degradação ambiental, que abrangem desde os solos até as águas.
Frente a esses problemas, como devemos proceder? Como a
legislação brasileira pode guiar a nossa tomada de decisão nesses
casos? É possível fazer com que esse ecossistema retorne ao seu
estado natural? Essas são algumas questões que seremos capazes
de responder ao final deste conteúdo.
Introdução
d
O que são áreas degradadas?
A degradação de uma área pode ocorrer tanto de forma natural quanto
pela interferência humana, mas, raramente, esse termo tem sido usado
para relatar as alterações que ocorrem de maneira natural no ambiente.
Por isso, neste módulo — bem como no contexto da legislação que será
abordada aqui — uma área degradada é aquela que sofre com os efeitos
negativos das atividades ou intervenções humanas.
Grande área degradada pela mineração.
Além disso, as áreas degradadas diferem das áreas perturbadas ou
alteradas quanto à sua capacidade de regeneração: enquanto a área
degradada não é capaz de retornar ao seu estado original, isto é, de se
Legislação sobre Áreas Degradadas
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer a legislação e os princípios relacionados à recuperação de áreas degradadas.
d
regenerar naturalmente, as áreas perturbadas ou alteradas ainda
possuem capacidade de se regenerar naturalmente.
Algumas formas de degradação
ambiental
Contaminação química
A utilização de produtos químicos, como remédios, pesticidas e metais
pesados, pode alcançar a água, o solo e o ar, comprometendo a
qualidade desses ambientes bem como a nossa saúde.
Os produtos químicos podem envenenar diretamente os organismos,
podem se acumular no ambiente físico e, muitas vezes, serem passados
ao longo da cadeia alimentar.
Um bom exemplo é o Lago Novosibirsk, na Rússia, que, apesar da
aparente beleza, sofre contaminação química e, ainda assim, os turistas
se aventuram em suas águas para tirar fotos.
Lago Novosibirsk, Rússia: aparente beleza, porém contaminada por elementos químicos.
Alteração dos ciclos biogeoquímicos
Todos os elementos químicos que compõem os seres vivos são
ciclados nos ecossistemas, nos chamados ciclos biogeoquímicos.
As atividades humanas têm alterado os ciclos biogeoquímicos,
principalmente, por meio de mudanças na quantidade do elemento
químico a ser ciclado. A adição excessiva de nutrientes nos solos, sob a
forma de fertilizante, o despejo de esgoto em ambientes aquáticos e a
queima de combustíveis fósseis têm aumentado (e muito!) a quantidade
de nitrogênio disponível na superfície terrestre.
Riacho eutrofizado.
d
Em decorrência do enriquecimento em nutrientes, tem-se observado a
poluição do ar e das águas subterrâneas, a eutrofização dos
ecossistemas aquáticos — acompanhada do esgotamento de oxigênio
nesses ambientes —, a perda de biodiversidade e qualidade das águas.
Degradação da água
A degradação da água está associada, principalmente:
• À contaminação e à poluição dos ecossistemas aquáticos;
• À transposição da água de bacias hidrográficas bem como à sua
utilização para a irrigação, de modo a causar o esgotamento das
reservas hídricas superficiais e subterrâneas;
• À modificação do volume do fluxo nos rios e o tempo de residência da
água nesses ambientes, gerada por meio da construção de
reservatórios e barragens.
Crianças brincando às margens de um lago poluído em Jaipur, na Índia.
Degradação do solo
Uma das grandes causas da degradação ambiental é o uso intensivo do
solo, no qual se produz uma enorme quantidade de um único cultivar, ou
seja, as monoculturas. O uso intensivo do solo leva à degradação de seu
conteúdo de matéria orgânica, compactando-o, devido à utilização de
maquinário pesado.
Por sua vez, quando o solo se esgota em matéria orgânica, ele se torna
menos permeável à água e ao ar e, consequentemente, sua capacidade
de suportar o estabelecimento de plantas e microrganismos fica
limitada.
d
Uso intensivo do solo por grandes monoculturas na Argentina.
Além disso, a irrigação é um outro fator que, sabidamente, agrava a
degradação ambiental.
Uso de fertilizantes misturados à água.
Os fertilizantes, além de contribuírem para a degradação desses
ambientes aquáticos, podem atuar diretamente na degradação do solo.
Apesar de proporcionar a fertilização do solo em curto prazo, o uso
intensivo e inadequado dos fertilizantes pode comprometer a
fertilização do solo em longo prazo.
Outro fator extremamente relevante para a degradação dos solos é a
remoção de sua cobertura vegetal, que está comumente associada às
atividades de mineração, à agricultura e ao processo de urbanização.
Com a remoção da vegetação nativa dos solos, as camadas superiores
desse substrato são erodidas pela ação do vento e da água, de modo
que estas são perdidas, sendo transportadas para outros locais, em
uma taxa mais rápida do que aquela de renovação natural do solo.
Mas como a irrigação pode agravar a degradação? 
d
Erosão do solo em monocultura de trigo, pelo escoamento da água da chuva sobre o solo
exposto.
Histórico da degradação
ambiental no Brasil
Infelizmente, a degradação ambiental de áreas do território brasileiro
remonta a toda a história do nosso país. Um estudo recente (PIPERNO
et al., 2021), publicado em um grande periódico científico (PNAS),
mostrou que a população indígena, que vivia na Amazônia, utilizava a
floresta de forma sustentável, sem causar perdas de espécies ou
distúrbios por milênios. Por outro lado, a nossa colonização parece ter
alterado bastante esse cenário.
Exploração de pau-brasil por colonizadores, usando indígenas escravizados.
Por termos sido uma colônia de exploração, o objetivo primário de
Portugal era explorar os recursos naturais que estavam disponíveis,
iniciando o processo de degradação ambiental. Desde então, a
economia do nosso país se baseou em atividades estritamente
d
associadas à degradação ambiental. Em ilustração do período colonial,
André Thevet, em 1575, retratou indígenas escravizados pelos
colonizadores explorando o pau-brasil (Caesalpinia echinata).
Quando o ouro foi encontrado, passamos por outra grande fase de
degradação ambiental. Nas proximidades das áreas de garimpo, que
ficavam em meio à mata, foram se desenvolvendo cidades.
Além disso, as minas construídas para explorar esse minério formavam
buracos no solo que, quando a produção cessava, logo eram
abandonados. Mais tarde, a agricultura baseada em monoculturas se
fortaleceu, fazendo com que o solo fosse explorado ao seu máximo.
Já no momento da primeira industrialização brasileira, o meio ambiente
era tido como um obstáculo ao desenvolvimento econômico do país,
pensando-se na industrialização a qualquer custo.Contudo, começou-se a notar, no Brasil, que a primeira industrialização,
promovida pelos governos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek,
não gerou os retornos econômicos esperados. Por outro lado, os danos
ambientais dessa industrialização foram observados.
Estima-se que, em 2012, cerca de 140 milhões de
hectares eram considerados áreas degradadas no Brasil,
distribuídas por todos os biomas e regiões do país.
Para você ter ideia do que isso representa, essa área é equivalente a
mais do dobro de toda a França. Caso fôssemos capazes de recuperar
toda essa enorme área degradada, não seria mais preciso derrubar
florestas para o desenvolvimento de quaisquer atividades
agropecuárias.
Comentário
O fato é que a política ambiental executada em um país é
reflexo da sua visão sobre a utilização dos recursos naturais e
sobre a relação de custo-benefício entre o ganho econômico e
o desenvolvimento de atividades potencialmente danosas ao
meio ambiente e, infelizmente, as sociedades menos
favorecidas tendem a negligenciar os problemas ambientais
em prol do acesso aos bens materiais — e foi assim que
chegamos até aqui.

d
Área degradada por erosão no município de Piracicaba, São Paulo.
Legislação e a necessidade de
recuperar áreas degradadas
Qual a diferença entre uma
reserva legal e uma área de
preservação permanente?
Neste vídeo, a especialista comenta sobre a diferença conceitual entre
as reservas legais e áreas de preservação permanente, apresentando as
características de cada uma delas.
No Brasil, as primeiras leis que abordam a obrigatoriedade de se
recuperar as áreas degradadas são relativamente recentes, remontando
aos anos de 1980. Mas, apesar desse relativo atraso, temos avançado
de forma consistente, lançando novos aparatos para assegurar a
obrigação legal de se recuperar áreas degradadas.

d
Conheceremos, resumidamente, a seguir, as principais leis e resoluções
que tratam das questões ambientais:
Atenção!
É importante que, antes de atuar diretamente na recuperação
de áreas degradadas, o profissional reconheça a legislação
ambiental aplicada a essa área do conhecimento, pois há
normas para a apresentação de projetos, bem como critérios
mínimos que devem ser atendidos por eles.

Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de
1981
Esta é a lei que institui a Política Nacional de Meio Ambiente
(PNMA), a primeira que, de fato, iniciou a organização da
política de meio ambiente e da estrutura do governo (em
níveis federal, estadual e municipal) para executá-la. A partir
da PNMA, o Decreto nº 88.351, de 1 de junho de 1986, criou
o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e o
Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e definiu a
degradação ambiental como “a alteração adversa das
características do meio ambiente” (BRASIL, 1981).
d
Lei Federal nº 7.347, de 24 de julho de
1985
Esta lei representou um marco da participação popular em
ações do meio ambiente, prevendo a ação civil pública. Além
disso, foram criados instrumentos para a proteção jurídica
do meio ambiente e para viabilizar a recuperação de áreas
degradadas. Para a recuperação de áreas degradadas, foi
criado um fundo para a contratação de empresas para
executar tal propósito.
Resolução CONAMA nº 1, de 23 de janeiro
de 1986
Esta resolução estabelece que, para a instalação de certos
empreendimentos, deve-se exigir a realização prévia de um
estudo de impacto ambiental (EIA) e o relatório de impacto
ambiental (RIMA), nos quais deve-se realizar um diagnóstico
dos potenciais impactos do empreendimento bem como o
planejamento de ações para minimizá-los.
Artigo 225 da Constituição Federal de
1988
De acordo com este artigo, a exploração do meio ambiente
deve ser feita de forma a assegurar a sua preservação e
passa a considerar a Mata Atlântica como um patrimônio
nacional. Os instrumentos que já existiam são consolidados
e, com a Carta, são criados institutos voltados para a
proteção do meio ambiente. Ainda, no parágrafo terceiro
deste artigo, destaca-se a necessidade de reparação dos
danos ambientais.
Decreto-Lei nº 97.632, de 10 de abril de
1989
No contexto do nosso estudo, esta é uma das leis mais
relevantes. Neste Decreto-Lei, a Lei nº 6.938/1981 é
regulamentada, de modo que passa a ser obrigatória a
recuperação de áreas degradadas no Relatório de Impacto
Ambiental. Ainda, é instituído o Plano de Recuperação de
Áreas Degradadas (PRAD). Declara-se que o PRAD deve ser
empregado como uma prevenção ou correção para as áreas
degradadas, sendo obrigatoriamente elaborado por
atividades mineradoras. É importante destacar que nenhum
estado possui uma legislação dedicada exclusivamente à
recuperação de áreas degradadas, que deveria
complementar a legislação federal. Tendo isso em vista, uma
alternativa viável seria a ampliação da obrigatoriedade do
PRAD t ti id d t i l t d d d
d
PRAD para outras atividades potencialmente degradadoras,
não só a mineradora.
Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de
1998
Esta lei compreende a Lei dos Crimes Ambientais. Nela, são
apresentadas, principalmente, sanções penais e
administrativas para condutas e atividades danosas ao meio
ambiente. Em seu artigo 23 II, é apresentada a obrigação do
infrator em recompor o ambiente degradado. A partir desta
lei, também foi criado o Termo de Ajustamento de Conduta
(TAC), um acordo que permite, por exemplo, a conversão de
até 90% dos valores de multas ambientais aplicadas em
ações de recuperação de áreas degradadas.
Decreto nº 3.420, de 20 de abril de 2000
Este decreto institui a criação do Programa Nacional de
Florestas, que objetiva conciliar o uso e a conservação de
florestas brasileiras. Nesse programa é incentivada a
“recomposição e restauração de florestas de preservação
permanente, de reserva legal e áreas alteradas”.
Resolução CONAMA nº 387, de 27 de
dezembro de 2006
Esta lei aborda a obrigatoriedade do licenciamento dos
assentamentos rurais. São previstas ações para a
recuperação de áreas degradadas, programando-se a
recuperação de áreas de reserva legal e de preservação
permanente, por meio da elaboração do Plano de
Recuperação do Assentamento.
d
O Novo Código Florestal - Lei Federal
nº 12.651, de 25 de maio de 2012
Nesta lei são previstas tanto a recomposição das áreas de reserva legal
como a recuperação de áreas de preservação permanente que não
Lei Federal nº 11.428, de 22 de dezembro
de 2006
Esta lei foca a utilização e a proteção da vegetação nativa da
Mata Atlântica, sendo conhecida como Lei Federal da Mata
Atlântica. Nela, determina-se que, no caso de supressão de
vegetação secundária em estágio avançado e médio de
regeneração, a recuperação deve se dar em área equivalente
à área do empreendimento, com as mesmas características
ecológicas — até mesmo quanto à localização que,
preferencialmente, deve ser na mesma microbacia ou bacia
hidrográfica e, sempre que possível, na mesma microbacia
hidrográfica.
Decreto nº 6.660, de 21 de novembro de
2008
Este decreto regulamenta os dispositivos da Lei Federal da
Mata Atlântica e admite que seja feito o plantio ou
reflorestamento (seja com finalidade econômica ou para a
recuperação ambiental), com espécies nativas, sem a
autorização do órgão ambiental competente. No que tange à
recuperação ambiental, o decreto prevê que esse plantio ou
reflorestamento seja feito por um profissional devidamente
capacitado e aprovado pelo órgão ambiental competente,
seguindo-se as diretrizes do projeto técnico, cuja
metodologia deve garantir o restabelecimento da diversidade
da flora de forma compatível com o seu estado de
regeneração.
Instrução normativa nº 4, de 13 de abril
de 2011
Esta instrução normativa orienta a elaboração do projeto de
recuperação de área degradada (PRAD) ou alterada para
apresentação aos órgãos federais. Para este fim, são
apresentados, em seus anexos, os Termos de Referência,
nos quais são apresentados dois tipos de PRAD: o PRAD e o
PRAD simplificado— que devem ser aplicados conforme a
situação especificada na instrução normativa.
d
possuem as suas respectivas vegetações originais — e, portanto, seriam
caracterizadas como áreas degradadas.
O artigo primeiro do código florestal estabelece que a União, os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios, juntamente com a sociedade civil,
têm responsabilidade na criação de políticas para a preservação e a
restauração da vegetação nativa bem como de funções ecológicas e
sociais, sejam estas localizadas nas áreas urbanas ou rurais. Essa
responsabilidade ainda se estende à inovação para uso sustentável,
recuperação, criação e mobilização de incentivos jurídicos e
econômicos para subsidiar a preservação e a recuperação da vegetação
nativa.
Especificamente sobre a recomposição das áreas das reservas legais, o
artigo 17 do novo Código Florestal declara que esta deve ter ocorrido
em 2 anos contados a partir da publicação da lei, mas o prazo para
concluí-la deve ser aquele estabelecido no Programa de Regularização
Ambiental (PRA). No artigo 66, parágrafo segundo, afirma-se ainda que a
recomposição da área de reserva legal deverá ser concluída em 20 anos,
e a velocidade em que deve acontecer deve ser de, no mínimo, um
décimo da área recomposta a cada 2 anos. No caso da recomposição
abordada no novo Código Florestal, ela se refere à recomposição da
mata nativa, que pode se dar de três formas:

Regeneração natural das espécies nativas.

Plantio de espécies nativas.

Plantio de espécies nativas simultâneo à condução da
regeneração natural de espécies nativas.
Um exemplo é a recuperação natural de uma área da Serra da
Cantareira, em São Paulo, após desmatamento, como pode ser visto nas
imagens.
d
Parque Estadual da Cantareira em 2007, no início da regeneração
florestal.
O mesmo local em 2010, após o fim do processo de regeneração.
A fim de incentivar a recuperação de áreas degradadas pelos seus
proprietários, no capítulo X do novo Código Florestal, estabelece-se um
programa de apoio e incentivo à preservação e recuperação do meio
ambiente, com a disponibilização de linhas de financiamento para que
tais objetivos sejam alcançados, a isenção de impostos, a utilização de
fundos públicos e apoio técnico.
Tais medidas são de extrema importância para a conservação dos
biomas brasileiros — especialmente, para a Mata Atlântica. Atualmente,
a Mata Atlântica tem apenas 12,4% de sua área original e mais de 70%
dessas áreas remanescentes se encontram em propriedades
particulares. Por isso, a criação de mecanismos que incentivem a
recuperação de áreas degradadas é fundamental para mantermos a
viabilidade desse bioma e das espécies que ele abriga.

d
Redução na área do bioma Mata Atlântica desde 1500 até 2019.
Recuperar, reabilitar ou restaurar?
Se lermos, na íntegra, a legislação pertinente à recuperação de áreas
degradadas — e inclusive em outras literaturas da área —, veremos que
as palavras “recuperação”, “reabilitação” e “restauração”, muitas vezes,
são utilizadas como sinônimos e, em outros momentos, com
significados diferentes.
Para exemplificar, no artigo 3 do Decreto-Lei 97.632/1989, é
mencionado que o objetivo da recuperação é o “retorno do sítio
degradado a uma forma de utilização, de acordo com um plano
preestabelecido para o uso do solo, visando à obtenção de uma
estabilidade do meio ambiente”. No entanto, a Instrução Normativa nº 4,
de 13 de abril de 2011, define recuperação como a “restituição de um
ecossistema ou de uma população silvestre degradada a uma condição
não degradada, que pode ser diferente de sua condição original”.
Mas, afinal, qual é o termo correto a ser usado?
Recuperação
Deve ser entendida como a reparação dos recursos ambientais
de forma suficiente para que a composição de espécies e a sua
frequência nas comunidades sejam restabelecidas, como na
condição original do local.
Reabilitação
É o retorno da área degradada a um estado biológico adequado
que não está, necessariamente, associado ao estado original
da área, mas não pode ser um estado relacionado ao uso da
área para fins econômicos.
Restauração
d
Seria um processo mais complexo, que visa, necessariamente,
Com o “retorno da área ao seu estado original”, entende-se que vários
aspectos daquele ambiente voltarão a ser como eram, desde a
topografia, a flora, a fauna, o solo, as interações ecológicas etc. Quanto
à pergunta que fizemos no título deste tópico (recuperar, reabilitar ou
restaurar?), a resposta dependerá do objetivo do projeto a ser
executado, pois cada um desses conceitos está associado a um
processo diferente.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do
conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Lei Federal nº 12.651/12
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Recuperar, reabilitar ou restaurar?
Dica
No que tange à legislação brasileira, de forma geral, o foco é a
recuperação — mas há especialistas que recomendam:
sempre que possível, deve-se preferir restaurar uma área do
que recuperar.


d
Questão 1
As áreas degradadas são definidas como

Vamos praticar alguns
conceitos?
Falta pouco
para atingir
seus objetivos.
A
aquelas que sofrem com os efeitos negativos das
atividades ou intervenções humanas e são
incapazes de retornar ao seu estado original.
B
aquelas que não sofreram perturbações em sua
integridade física, química ou biológica.
C
aquelas que sofrem com os efeitos negativos de
fenômenos naturais ou das atividades/
intervenções humanas.
D
aquelas que sofrem com os efeitos negativos das
atividades ou intervenções humanas e são
capazes de retornar ao seu estado original.
d
Questão 2
A Lei Federal nº 12.651/2012, conhecida como novo Código
Florestal, institui três formas de recomposição da mata nativa.
Qual(is) seria(m) a(s) forma(s) mais adequada(s) à recomposição
de uma área totalmente degradada?
2
E
aquelas que não sofreram perturbações em sua
integridade física, química ou biológica e são
incapazes de retornar ao seu estado original.
Responder
A Regeneração natural das espécies nativas.
B Plantio de espécies nativas.
C
Plantio de espécies exóticas simultâneo à
condução da regeneração natural de espécies
nativas.
D Plantio de espécies nativas e exóticas.
E
Plantio de espécies nativas simultâneo à
condução da regeneração natural de espécies
nativas.
Responder

d
Etapas da recuperação de
áreas degradadas
O Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) é um documento
no qual é apresentado um conjunto de medidas capazes de restabelecer
novo equilíbrio (como um solo apto para uso futuro ou uma paisagem
esteticamente harmoniosa) em áreas degradadas. Esse documento é
solicitado pelos órgãos ambientais competentes tanto no processo de
licenciamento de empreendimentos, ou atividades com potencial de
degradação, ou modificação do meio ambiente, ou quando um
empreendimento é punido por ter causado algum tipo de degradação
ambiental.
As etapas da recuperação das áreas degradadas devem ser
apresentadas no PRAD, baseando-se no levantamento de informações e
na realização de estudos na área a ser recuperada. Seguindo-se essas
etapas corretamente, tem-se a avaliação adequada da área degradada
(ou alterada) — o que, por sua vez, reflete-se na escolha mais apropriada
para a recuperação da área em questão. A seguir, vamos aprender quais
são essas etapas e compreender como devem ser executadas.
O Estudo Para Recuperação de Áreas Degradadas
Ao final deste módulo, você será capaz de descrever as etapas de um estudo para a recuperação de áreas degradadas.
d
Processo de replantio em área degradada.
Diagnóstico para a recuperação de
áreas degradadas
A etapa do diagnóstico compreende o conhecimento do histórico das
perturbações sofridas pela área degradada a ser estudada bem como o
seu atual estado de degradação, a fim de ajudar no delineamento das
estratégias que serão utilizadas pararecuperá-la — e, por isso, deve ser
a primeira etapa da recuperação de áreas degradadas. Para tal, o
profissional pode se utilizar de diversas ferramentas, como
levantamentos históricos e bibliográficos, entrevistas com vizinhos e
visitas à localidade e às áreas do entorno. A seguir, vamos conhecer as
principais formas de diagnóstico, dos meios abiótico e biótico, para a
recuperação das áreas degradadas.
Diagnóstico do meio abiótico
Clima
O diagnóstico dos aspectos climáticos se refere a informações sobre o
regime das chuvas, por exemplo, o volume das chuvas e suas
respectivas distribuições ao longo do ano; a ocorrência de déficit hídrico,
isto é, quando o volume de precipitação é menor do que aquele perdido
pela evapotranspiração das plantas; as temperaturas mínimas e
máximas e a umidade relativa do ar.
Atualmente, é possível acessar os dados registrados por diferentes
estações meteorológicas distribuídas por todo Brasil, facilitando a
aquisição dessas informações.
Solo
O diagnóstico dos solos deve ser feito com a delimitação dos diferentes
tipos de solo encontrados na área degradada em estudo e com a sua
amostragem para caracterização de parâmetros físico-químicos, como
os teores de nutrientes, acidez e capacidade de água disponível. Para a
delimitação dos tipos de solo na área, é necessária uma referência
cartográfica, que pode ser uma fotografia aérea da área ou uma planta
da propriedade, na qual as áreas ocupadas pelos diferentes tipos de
solo serão demarcadas.
Mas por que esse tipo de informação é relevante? 
d
Exemplos de tipos de solos que podem ser encontrados em uma área.
As informações geradas por essas técnicas de diagnósticos do estado
de degradação dos solos subsidiarão possíveis ações de recuperação
relacionadas à seleção de espécies vegetais adequadas para plantio no
solo estudado, à necessidade de adubação, à calagem (correção do pH
do solo), à aração etc.
Relevo
Área degradada em uma pedreira abandonada, observando-se a modificação do relevo.
O diagnóstico do relevo é imprescindível quando a recuperação das
áreas degradadas envolve a contenção de encostas, cujos processos
requerem o conhecimento prévio sobre o relevo e as características do
solo. Dependendo do tamanho da área a ser recuperada, pode ser
necessária a confecção de uma planta planialtimétrica, descrevendo as
áreas de declividade e inclinação do terreno com precisão.
Recursos hídricos
O diagnóstico dos recursos hídricos necessita da avaliação da
ocorrência de erosão e assoreamento na área, dos usos da água desse
ecossistema, das características da bacia hidrográfica bem como do
seu grau de conservação e das características da mata ciliar.
Por exemplo, nas proximidades da cidade de Uruguaiana, no Rio Grande
do Sul, a degradação da mata ciliar do rio Uruguai é perceptível.
d
Degradação da mata ciliar do rio Uruguai, em Uruguaiana, RS.
Fatores limitantes
O fator limitante é aquele cujo excesso ou cuja falta afeta o
desempenho de indivíduos de uma espécie, seja ela vegetal ou animal.
No caso da vegetação, sabe-se que os seus fatores limitantes podem
ser a disponibilidade de água, luz solar, nutrientes no solo
(principalmente, nitrogênio, fósforo e potássio) e a temperatura do
ambiente. Em um país tropical como o nosso, costuma haver um bom
volume de chuvas ao longo do ano e altas temperaturas e, por isso,
estes não costumam ser fatores limitantes — mesmo em áreas
degradadas.
Qual o principal fator limitante para o desenvolvimento da
vegetação?
Solo degradado em Santa Rosa da Serra, MG.
Na realidade das áreas degradadas brasileiras, a maior parte dos fatores
limitantes para o desenvolvimento da vegetação nativa costuma ser
produto da degradação dos solos, como ausência de matéria orgânica e
alterações em suas propriedades físicas, químicas e biológicas.
Ainda, devemos considerar que os solos tropicais tendem a possuir
baixos teores de nitrogênio e fósforo — que, por sua vez, podem
representar fatores limitantes ao desenvolvimento da vegetação.
De qualquer modo, sejam os fatores limitantes gerados pela degradação
do solo ou aqueles naturais, como a disponibilidade de nitrogênio e
fósforo, o fato é que, para a recuperação de áreas nessas condições, é
necessária a intervenção humana para corrigi-las.
Diagnóstico do meio biótico
d
Estudos �orísticos e �tossociológicos
Primeiramente, vamos iniciar este tópico definindo os estudos
florísticos e fitossociológicos.
Ambas as formas de estudar a flora podem ser chamadas de inventário
florístico ou fitossociológico, mas há algumas diferenças entre elas.
Estudos �orísticos
Objetivam somente a produção de uma lista de espécies da flora
presentes na área de estudo.
Estudos �tossociológicos
Avaliam a comunidade vegetal da área de estudo e todos os
fenômenos e processos que a ela se relacionam, como as
características do solo e a disponibilidade hídrica.
Os estudos florísticos e fitossociológicos são utilizados nos trabalhos
de recuperação ou restauração que objetivam recompor a flora de uma
área o mais próximo possível do estado original, pois seus resultados
fornecem o embasamento necessário para tal.
Biólogo especialista em botânica fazendo anotações sobre uma espécie vegetal coletada.
No entanto, como a abundância e a composição de espécies de uma
comunidade vegetal variam com o seu estado sucessional, é importante
que esses estudos sejam realizados em vários estágios sucessionais da
mata nativa presente em áreas preservadas, na vizinhança da área
degradada.

d
Dessa forma, é possível que o profissional trace “um caminho a ser
percorrido” ao longo do processo de recomposição, prevendo quais
espécies devem estar presentes em um devido estágio sucessional.
Contudo, há alguns desafios a serem encontrados: será que na
vizinhança da área degradada haverá áreas preservadas que possam
servir como referência para o seu estado original? E se não houver?
Se não houver áreas preservadas na vizinhança da área degradada, é
preciso recorrer a estudos pretéritos, que foram conduzidos naquela
localidade. Nesse sentido, é importante que seja estimulada a
realização de estudos de ciência de base — aquela que foca responder
questões úteis para o avanço da ciência, sem uma aplicação prática
evidente —, como aqueles que objetivam determinar a composição
florística e fitossociológica de determinado local.
Levantamentos faunísticos
Os levantamentos faunísticos devem seguir o mesmo princípio dos
estudos florísticos e fitossociológicos, isto é, tentar remontar a
comunidade animal que estaria presente na área degradada,
considerando aquelas que são comumente associadas a cada estágio
sucessional da vegetação nativa.
Ave (Pycnonotus finlaysoni) se alimentando de semente.
A relação entre a recomposição da vegetação e da fauna é muito
estreita, afinal, há animais que atuam como polinizadores e dispersores
de sementes, enquanto as plantas lhes fornecem alimento. Portanto, a
recuperação ou restauração da vegetação envolve a recuperação ou
restauração da fauna, e vice-versa.
Você conhece o projeto
REFAUNA?
Neste vídeo, a especialista apresentará o projeto REFAUNA, que visa
restaurar as interações ecológicas, em remanescentes de Mata
Atlântica, a partir da reintrodução de espécies de animais.

d
Planejamento da recuperação de
áreas degradadas
Uma vez realizado o diagnóstico da área degradada, tem-se a dimensão
dos problemas socioeconômicos e ambientais que estarão envolvidos
no processo de recuperação da área degradada, embasando os
próximos passos a serem tomados.
Tendo em mente que o processo de recuperação ambiental de uma área
é complexo, demorado e oneroso, o profissional precisa confeccionar
um roteiro para que a solução mais rápida e eficiente seja alcançada e,
para isso, é necessário um planejamento, que fornecerá a perspectiva,
em longo prazo, do problema em estudo. Esse procedimento é
fundamental para o gerenciamento dos recursos financeiros disponíveisà execução do projeto de recuperação e das atividades propostas para
efetivá-lo.
O planejamento é uma etapa fundamental para a efetiva recuperação das áreas degradadas.
Por mais que existam metodologias para a recuperação de áreas
degradadas — como aquelas que aprenderemos na próxima seção —,
cada caso possui as suas especificidades e, por isso, o profissional deve
se dedicar a buscar a melhor alternativa para cada um deles — e não
seguir uma “receita de bolo”, cujo caminho para alcançar o objetivo
desejado é sempre o mesmo. Por esse motivo, aqui vamos focar os
procedimentos básicos necessários ao planejamento para a
recuperação de áreas degradadas.
Para a elaboração do planejamento, deve-se apresentar, inicialmente,
quais são os processos de degradação diagnosticados na área, pois
para cada processo de degradação, será necessária a apresentação de
uma metodologia de recuperação.
d
Metodologias de recuperação de áreas degradadas
Uma metodologia extremamente importante para a recuperação de
áreas degradadas é aquela relacionada à recuperação da vegetação
nativa e, por isso, este será o nosso enfoque. Para a recuperação da
vegetação nativa, há algumas metodologias, baseadas em princípios de
restauração ecológica, que podem ser utilizadas em diferentes áreas
degradadas.
Antes de estudar as metodologias em si, precisamos recapitular um
processo ecológico fundamental, que permeia os princípios de vários
métodos e técnicas de recuperação florestal em áreas degradadas: a
sucessão ecológica.
A sucessão ecológica é a mudança que ocorre na estrutura das
comunidades ao longo do tempo, de forma direcional e previsível. Essa
mudança é extremamente estudada em comunidades vegetais e, de
maneira geral, inicia-se com as plantas pioneiras, capazes de crescerem
rapidamente e se estabelecerem em solo pobre em nutrientes e de
tolerarem uma grande incidência luminosa.
Conforme essas plantas cumprem os seus ciclos de vida, isto é,
morrem, a matéria orgânica que as formam passa a se acumular no
solo, decompondo-se. Com a decomposição desse material, são
adicionados ao solo nutrientes, enriquecendo-o. Ao mesmo tempo, a
matéria orgânica morta sobre o solo evita a evaporação de água,
fazendo com que este retenha uma maior umidade.
Todo esse processo faz com que as espécies pioneiras preparem o
ambiente para que outras espécies, mais exigentes, chamadas de
espécies tardias e espécies de clímax, possam se estabelecer.
Ilustração da sucessão ecológica.
Exemplo
As metodologias de recuperação podem envolver a correção
da fertilidade do solo, a realização de obras de engenharia
para a contenção de deslizamentos de encostas, o
reflorestamento etc.

d
Apesar das variações metodológicas que veremos a seguir, de maneira
geral, quanto mais degradada é uma área, maior a densidade de
espécies pioneiras que deve ser utilizada na metodologia. No entanto, é
importante considerar que ambientes diferentes podem ter diferentes
espécies pioneiras — por exemplo, uma espécie pioneira de um brejo
pode não ser a mesma de uma floresta tropical — e estas diferenças
devem ser consideradas durante a escolha das espécies. A seguir,
vamos conhecer essas metodologias que, em alguns casos, pode-se
fazer a combinação de algumas delas para melhor atender ao objetivo
da recuperação.
Monitoramento da recuperação de áreas degradadas
Uma vez determinadas as metodologias a serem implementadas, devem
ser apresentados os seus custos financeiros, o cronograma para as
suas respectivas execuções, bem como o estabelecimento de um
sistema para monitorá-las e avaliá-las. O monitoramento da recuperação
de áreas degradadas consiste no acompanhamento contínuo do
desempenho da estratégia de recuperação sugerida pela equipe técnica.
Assim, é possível que os profissionais verifiquem se, de fato, as medidas
utilizadas foram aquelas mais acertadas para alcançar os objetivos
previamente estabelecidos para a recuperação da área degradada — e
caso não sejam, traçar alternativas viáveis para prosseguir com o
projeto de recuperação. A questão é: como saber se as medidas de
recuperação adotadas estão sendo adequadas?
Regeneração natural 
Plantio de mudas 
Plantio de espécies pioneiras 
Chuva de sementes ou semeadura aérea 
Plantio inicial de mudas e posterior semeio 
Plantio de estacas diretamente no campo 
Muvuca 
Hidrossemeadura 
Plantio adensado ou adensamento 
Plantio de leguminosas 
d
Como você deve se lembrar, na etapa do diagnóstico, nós comentamos
sobre a utilização de áreas preservadas, situadas no entorno das áreas
degradadas, como referência do estado original da área de estudo, isto
é, antes de sua degradação.
No monitoramento, os profissionais verificarão se a trajetória que está
sendo percorrida pela área degradada está a conduzindo (ou não) para
um estado mais similar à área de referência e o quanto esse estado
difere das condições originais da área degradada. Para que essa
verificação seja feita, são utilizadas variáveis físico-químicas e
biológicas.
Variáveis físico-químicas
No ambiente terrestre, costuma-se verificar variáveis físico-químicas
relativas ao solo, como estrutura, densidade, capacidade de retenção de
água e profundidade média do sistema radicular das espécies de maior
presença, pH em água, teores de carbono orgânico total e de P e K
disponíveis, entre outras.
Já no ambiente aquático, podem ser medidos a concentração de
oxigênio dissolvido, a turbidez da água, as concentrações de nitrito e
fosfato e o pH. No entanto, essas análises representam somente
algumas daquelas mais utilizadas nos monitoramentos, de modo que
outras análises específicas podem ser utilizadas.
Coleta de amostras de solo para determinação de variáveis
físico-químicas.
Determinação de variáveis físico-químicas da água com auxílio
de uma sonda.
Variáveis biológicas
d
Na vegetação, é importante avaliar parâmetros que estejam diretamente
relacionados ao seu desenvolvimento, podendo-se medir a evolução da
sucessão ecológica, avaliando, por exemplo, quais espécies estão
presentes, a densidade e a riqueza de plantas, o total de biomassa
acima do solo e a altura e o diâmetro das espécies.
Determinação das espécies presentes em uma área degradada em processo de recuperação.
Já em relação aos animais (terrestres ou aquáticos), pode-se avaliar a
composição de espécies e suas respectivas abundâncias ou densidades
bem como verificar a presença de grupos bioindicadores.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do
conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Metodologias de recuperação de áreas degradadas
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Monitoramento da recuperação de áreas
degradadas

d
Questão 1
A primeira etapa para a recuperação de áreas degradadas se chama

Vamos praticar alguns
conceitos?
Falta pouco
para atingir
seus objetivos.
A planejamento.
B diagnóstico.
C PRAD.
D monitoramento.
E aplicação de metodologias.
Responder
d
Questão 2
Muitas das metodologias relacionadas à recuperação florestal das
áreas degradadas se baseiam em um processo ecológico chamado
3
A introdução de espécies exóticas.
B desmatamento.
C extinção de espécies.
D invasão biológica.
E sucessão ecológica.
Responder

O Planejamento Ambiental em Áreas Degradadas
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar as etapas de um estudo de planejamento ambiental.
d
O que é o planejamento
ambiental?
O planejamento costuma estar presente no nosso cotidiano, afinal,
conciliar os estudos com os cuidados com a casa, com os filhos e com
o trabalho não é uma tarefa fácil, não é mesmo?! Com base nessas
experiências, podemos, intuitivamente, definir o planejamento como
uma ordenação ou sistematização prévia de ações ou tarefas para que
determinado objetivo seja alcançado.
Assim como há o planejamento pessoal, referente às atividades do
nosso dia a dia e aos nossos objetivospessoais, há também o
planejamento urbano, o ambiental, o territorial... Enfim, há várias formas
de planejamento. Geralmente, os diferentes tipos de planejamento são
caracterizados por um processo metódico, no qual são analisadas
informações, tomadas decisões e ações e, inclusive, gerados conflitos
de interesses.
Quando saímos da esfera pessoal e passamos a incluir instituições
públicas e/ou privadas no processo de planejamento, devemos ter em
mente que ele deve conduzir para a melhor execução possível das
tarefas previstas e, consequentemente, para que todos os objetivos
traçados inicialmente sejam atingidos. Para que isso seja possível,
devemos pensar no planejamento como uma contínua organização e
avaliação de tarefas e informações, visando a um objetivo específico —
ou, em outras palavras, um plano de ação.
d
Mas, afinal, o que o planejamento ambiental tem de
especial?
O objetivo do planejamento ambiental é, de fato, planejar o ambiente
que nos cerca, tentando prever as consequências das decisões tomadas
hoje e aprimorar as ações que não tiveram os resultados desejados. O
planejamento ambiental é fundamental para o planejamento de cidades
e de regiões como um todo, pois sem ele a população humana (inclusive
a fauna e a flora) estariam à mercê dos riscos ambientais mais diversos.
O planejamento ambiental representa uma forma de
contribuição para a conservação ambiental, buscando
alternativas para a exploração de recursos naturais, por
exemplo.
No entanto, devemos ressaltar que o planejamento ambiental não
compreende somente os aspectos relacionados à natureza. O
planejamento ambiental é centrado na integração e interação dos
diferentes componentes do ambiente e, por isso, envolve também os
seus componentes culturais, políticos e socioeconômicos. Portanto,
realizar um planejamento ambiental é muito mais do que planejar ações
relativas ao meio natural.
Breve histórico do planejamento
ambiental no Brasil
Em 1960, os debates sobre a degradação ambiental se iniciaram,
motivados pelas várias evidências, principalmente, dos efeitos negativos
do processo de industrialização sobre diferentes aspectos do meio
ambiente.
A pressão social foi uma das grandes motivadoras das políticas mundiais em relação ao meio
ambiente.
d
Já em 1970, esses debates foram intensificados, culminando com a
realização de conferências dedicadas a discuti-los. Os movimentos
ambientalistas mundiais, da década de 1970, motivaram avanços na
área ambiental, como a criação da Política Nacional do Meio Ambiente
(PNMA).
A PNMA foi um marco para o planejamento ambiental no Brasil e foi a
primeira vez em que ela foi proposta, sob a forma de orientação de
ordenamento territorial. Contudo, os pesquisadores ressaltam que não é
possível estabelecer uma data exata de quando o planejamento
ambiental surgiu no nosso país, tendo em vista que isso se deu como
um processo ao longo do tempo.
Ao final do século XX, os pesquisadores afirmam que houve a
consolidação do planejamento ambiental, basicamente, devido ao
crescente cenário de competição por terras, à exploração dos recursos
naturais e às ameaças à biodiversidade. Nessas circunstâncias, fez-se
necessário um planejamento ambiental mais integrado, que abrangesse
os diferentes impactos negativos, gerados pelas atividades humanas,
sobre os diversos componentes do meio ambiente.
Principais instrumentos do
planejamento ambiental no Brasil
Zoneamento Ambiental
O Zoneamento Ambiental, também chamado de Zoneamento Ecológico-
Econômico, foi instituído pela PNMA, visando conciliar o
desenvolvimento socioeconômico com a conservação do meio
ambiente.
No Zoneamento Ambiental, são delimitadas zonas ambientais às quais
são atribuídos usos e atividades compatíveis com as suas
características, objetivando sempre o menor grau de impacto ambiental
possível. Sendo assim, o Zoneamento Ambiental é considerado um
instrumento do planejamento e ordenamento territorial.
Mapa do Zoneamento Ambiental dos Estados da Amazônia Legal.
Plano de Manejo
O Plano de Manejo é um estudo técnico que informa os objetivos gerais
de uma Unidade de Conservação, estabelecendo o seu zoneamento bem
d
como as condições e as restrições para o uso da área e o manejo de
seus recursos naturais. Sendo assim, o Plano de Manejo é o principal
instrumento de planejamento da Unidade de Conservação, visando à
sustentabilidade dessa área em longo prazo.
Zoneamento Ambiental em
Unidades de Conservação
Neste vídeo, a especialista apresentará as zonas de uma Unidade de
Conservação, definidas em seu Zoneamento Ambiental, que são
apresentadas no Plano de Manejo.
Plano Diretor
O Plano Diretor é um estudo relacionado ao desenvolvimento de um
município, objetivando a garantia do uso sustentável dos recursos
naturais aliada à existência de uma cidade que fornece aos seus
moradores condições dignas para viverem, com acesso à moradia, ao
saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte, aos
serviços públicos, ao trabalho e ao lazer.
Estudo de Impacto Ambiental
O estudo de impacto ambiental é um relatório técnico que foca o
planejamento das atividades humanas, pois descreve os potenciais
danos ambientais que podem ocorrer, por exemplo, frente à instalação
de um empreendimento ou de uma atividade, e quais são as medidas
alternativas que podem ser adotadas para que esses danos sejam
evitados ou minimizados.

d
Plano de Recursos Hídricos
O plano de recursos hídricos é um documento que avalia as demandas,
a disponibilidade e os usos desses recursos, objetivando maximizar, em
longo prazo, os seus benefícios socioeconômicos. Para isso, o plano de
recursos hídricos atua no gerenciamento da água e da bacia
hidrográfica que promove o abastecimento da população. A escala de
realização do plano de recursos hídricos pode variar, podendo ser de
abrangência nacional, estadual, municipal e de bacias hidrográficas —
apesar de a escala de bacia hidrográfica ser fortemente aconselhada.
Etapas para a implementação
do planejamento ambiental
Há procedimentos mínimos que são recomendados para a execução do
planejamento ambiental. Esses procedimentos devem ser seguidos
como etapas necessárias à boa prática do planejamento ambiental. A
seguir, vamos conhecer quais etapas compreendem o processo do
planejamento ambiental.
Objetivos e metas
Comentário
Em muitos trabalhos técnicos, e até mesmo na literatura, é
muito comum encontramos as palavras planejamento
ambiental e gestão ambiental como se fossem sinônimos.
Contudo, os especialistas no assunto apontam que cada uma
delas remete a diferentes momentos no tempo. Enquanto o
planejamento se refere ao futuro, a gestão remete ao presente.

d
O estabelecimento dos objetivos e metas do planejamento ambiental
constitui uma etapa central de seu desenvolvimento, capaz de
influenciar todas as etapas seguintes.
Os objetivos, como consideramos no nosso dia a dia, são onde
queremos estar no futuro e, sendo assim, são o que se pretende no
planejamento ambiental. Uma vez estabelecido “aonde se quer chegar”,
é importante considerarmos quais podem ser as situações ideais que
devem ocorrer ao longo do processo e, nesse caso, têm-se as metas. As
metas são condições ou situações ideais a serem buscadas para que o
objetivo do planejamento ambiental seja atingido.
Levantamento de informações e
diagnóstico
O diagnóstico é a etapa responsável por caracterizar e interpretar o
ambiente a ser planejado. Para tal, é preciso que tenhamos em mãos
informações suficientes e, portanto, essa etapa está totalmente atrelada
ao levantamento de informações ou à obtenção de dados. No
levantamento de informações ou obtenção de dados, podem ser
utilizados dados primários ou secundários.
`

Dados primários
São aqueles levantados de uma fonte original, por exemplo,
dados referentes aos parâmetros físico-químicos do solo de
uma região, medidos com a finalidade de ser utilizados na
etapa do diagnóstico do planejamentoambiental.
d

Dados secundários
São aqueles que não são originais, coletados por terceiros e
disponibilizados por meio de relatórios, artigos científicos e
reportagens, por exemplo.
Um ponto extremamente importante que devemos destacar é que o
profissional envolvido na execução de um planejamento ambiental deve
estar atento à relevância das informações levantadas.
Quando muitas informações com baixa ou nenhuma relevância são
levantadas e consideradas importantes para a etapa do diagnóstico,
corre-se o risco de se perder muito tempo e recursos financeiros nesse
processo — o que pode gerar atrasos na execução do planejamento
ambiental.
Por meio da avaliação das informações levantadas, é possível identificar
as condições atuais do ambiente e quais seriam as situações ideais e
desejáveis para ele. Nesse processo, pode-se compreender, por
exemplo, o histórico do uso do solo na área de estudo, a existência de
conflitos de terra, o grau de degradação ambiental etc. O papel do
diagnóstico é justamente subsidiar, com base nos seus resultados, um
planejamento ambiental com soluções para problemas diagnosticados,
que estejam relacionados aos objetivos previamente estabelecidos.
O diagnóstico gerado pode ser apresentado de muitas formas, como
mapas, gráficos, tabelas ou como um texto descritivo e analítico.
Dica
Delimitar os tipos de informações que devem ser levantados
com base nos objetivos do planejamento. Visto que, no caso
da coleta de dados primários, os gastos de tempo e dinheiro
se tornam ainda mais pronunciados, pois, muitas vezes, são
necessários mais dias em campo para coletar todas as
informações julgadas necessárias, e, ainda, algumas amostras
requerem o processamento em laboratório — o que costuma
ter um custo mais elevado e requerer tempo.

d
Gráfico para ilustrar o clima diagnosticado em determinado local
Prognóstico
Uma vez levantadas as informações sobre o passado e o presente, deve-
se olhar para o futuro, verificando possíveis tendências, cenários e
alternativas futuros — isto é, esse é o momento em que o profissional
envolvido no processo do planejamento ambiental deve se perguntar:
Considerando todas essas informações e problemas identificados, o
que podemos fazer para solucioná-los ou quais alternativas devemos
propor para que o objetivo seja alcançado?
Portanto, o prognóstico consiste na etapa em que devemos pensar nas
soluções e nos possíveis rumos a serem tomados para que se chegue
ao objetivo previamente determinado.
Decisões e diretrizes
A tomada de decisão e a formulação de diretrizes constituem a etapa na
qual, dentre as alternativas propostas no prognóstico, as melhores delas
são escolhidas. Dentre os critérios considerados na avaliação das
alternativas propostas, é fundamental que o profissional envolvido no
planejamento ambiental verifique se elas realmente são capazes de
conduzir aos objetivos previamente determinados.
Somente com a escolha das melhores alternativas para
serem seguidas é que são elaboradas as estratégias e
diretrizes para que o plano seja implantado.
O ambiente está em constante mudança e, por isso, o planejamento
ambiental não pode ser feito a partir de uma perspectiva estática do
ambiente. A forma como a sociedade ou um empreendimento se utiliza
dos recursos naturais, as relações sociais, o desenvolvimento humano e
várias outras características ou componentes do ambiente podem
d
mudar ao longo tempo. Por isso, o profissional atuante no planejamento
ambiental deve estar ciente de que mudanças nos objetivos do plano
bem como alternativas para alcançá-los são possíveis. Portanto, o
planejamento ambiental deve ser um processo contínuo, sendo
constantemente reavaliado.
Implantação e monitoramento
Essa é a etapa em que se coloca em prática o que foi verificado nas
etapas anteriores. Nesse momento, todas as etapas devem ser
apresentadas sob a forma de documentos, registrando todo o processo
do planejamento ambiental para que, caso necessário, seja possível
provar e justificar as decisões tomadas com base nas evidências e
informações levantadas. Simultaneamente à implantação do plano,
deve-se conduzir um monitoramento ambiental.
O monitoramento ambiental consiste no acompanhamento contínuo
das variáveis ambientais, que podem ser biológicas, físico-químicas e
socioeconômicas — já que estamos utilizando uma abordagem holística
para o estudo do ambiente. Com o monitoramento ambiental, ocorre a
coleta de dados que, como vimos, é fundamental à etapa de
levantamento de informações e diagnóstico.
Sendo assim, o monitoramento ambiental permite que o planejamento
ambiental seja um processo permanente, pois constantemente é
preciso retornar à etapa de levantamento de informações e diagnóstico
— ou até mesmo aos objetivos e às metas, caso, por exemplo, os
anseios da sociedade mudem — para avaliar se as decisões e diretrizes
determinadas ainda são pertinentes àquele ambiente.
A determinação de quais variáveis devem ser monitoradas está
estritamente relacionada aos objetivos do planejamento ambiental e,
aqui, serão chamados de indicadores ambientais. Os indicadores
ambientais são variáveis ambientais que podem descrever o estado ou
a resposta do ambiente frente à ocorrência de um fenômeno. Os
indicadores podem ser medidos em campo, no laboratório ou no
escritório — afinal, o local onde eles serão medidos dependerá da
identidade do indicador.
Exemplo
Após o desastre ambiental que ocorreu na cidade de
Brumadinho (MG), os pesquisadores observaram que a
turbidez da água do rio onde a lama estava presente era
extremamente alta em relação aos locais que não foram
atingidos pelo rompimento da barragem. Então, a turbidez da
água do rio representa um indicador da presença da lama e,
consequentemente, do impacto ambiental naquela região.

d
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do
conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 3 - Vem que eu te explico!
O que é o planejamento ambiental?
Módulo 3 - Vem que eu te explico!
Implantação e monitoramento


Falta pouco
para atingir
seus objetivos.
d
Questão 1
O planejamento ambiental se desenvolve no Brasil em função da(o)
Questão 2
Podemos considerar como principal característica do processo do
planejamento ambiental a seguinte alternativa:
Vamos praticar alguns
conceitos?
A
implantação de uma política baseada no
desenvolvimento sustentável.
B exploração consciente dos recursos naturais.
C
preservação dos recursos naturais e da
biodiversidade.
D
exploração dos recursos naturais e ameaças à
biodiversidade.
E
desenvolvimento econômico centrado na
preservação ambiental.
Responder
A Replicável
B Contínuo
C Imutável
d
Considerações �nais
Neste tema, vimos que a degradação ambiental tem sido um problema
enfrentado por diversos ecossistemas ao redor do mundo e que,
infelizmente, tem estado presente na história do nosso país desde o
período colonial. Por outro lado, aprendemos que esse problema tem
solução, pois podemos recorrer a técnicas específicas para solucioná-lo,
fazendo com que os ecossistemas se regenerem em maior ou menor
grau.
Além das metodologias de recuperação, conhecemos mecanismos
legais para evitar ou solucionar casos de degradação ambiental e de
outros tipos de impactos ambientais. Dentre esses mecanismos,
podemos citar os instrumentos do planejamento ambiental, que visam
contribuir para a conservação do meio ambiente.
Podcast
No que consiste a Década da Restauração de Ecossistemas,
anunciada pela ONU para o período de 2021 a 2030, bem como
seus princípios e ações promovidas? Com a palavra, a
especialista.
00:00 00:00
1x
D Temporário
E Predeterminado
Responder



d
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/02780/index.html
Referências
ALMEIDA, D. S. Recuperação ambiental da mata atlântica. 3. ed. Ilhéus:
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BOAVENTURA, K. J. et al. Recuperação de áreas degradadas no Brasil:
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BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política
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CHU, E. W.; KARR, J. R. Environmental impact, concept and
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FOLETO, E. M.; ZIANI, P. Zoneamento ambiental e diretrizes para o plano
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PINTO, N. G. M. et al. A degradação ambiental no Brasil: uma análise
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PIPERNO, D. R. et al. A 5,000-year vegetation and fire history for tierra
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REBOITA, M. S., KRUCHE, N. Normais Climatológicas Provisórias de
1991 a 2010 para Rio Grande, RS. Revista Brasileira de Meteorologia, v.
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SANTOS, M. R. R.; RANIERI, V. E. L. Critérios para análise do zoneamento
ambiental como instrumento de planejamento e ordenamento
territorial. Ambiente & Sociedade, v. 16, n. 4, p. 43-60, 2013.
SOS MATA ATLÂNTICA. Aqui tem mata? 2. ed. 2021.
d
Explore +
Para saber mais sobre o conteúdo abordado neste conteúdo, assista
aos vídeos:
Live ILPS - Áreas de prioridade global para restauração de
ecossistemas, do Instituto Luisa Pinho Sartori, onde é apresentada
uma conversa com um especialista em restauração ambiental.
Modos de restaurar as florestas, do canal do YouTube da Pesquisa
Fapesp, no qual os cientistas falam sobre uma metodologia bem-
sucedida na restauração de floresta tropical que se baseia na
diversidade das espécies nativas.
Processo de elaboração do plano de manejo - Curso EAD em Plano
de Manejo ICMBio, do canal de Felipe Cruz Mendonça no Youtube,
que fala sobre o processo de elaboração do Plano de Manejo de
uma Unidade de Conservação.
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