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FARMACOTERAPIA DA GOTA

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Dibe 
FARMACOTERAPIA DA GOTA 
Baixa incidência. A Colchicina maior eficácia no controle da dor de gota, mas 
como a janela terapêutica é pequena não é o medicamento de primeira 
escolha. 
O ataque agudo de gota ocorre em consequência de uma reação inflamatória 
à presença de cristais de uratos de sódio (produto do metabolismo das 
purinas nos seres humanos), que se depositam no tecido articular. Carnes, 
frutas muito doces devem ser evitadas no processo de formação do acido 
úrico. 
Alopurinol é medicamento que inibe a enzima que irá formar o ácido úrico. 
A resposta inflamatória envolve infiltração local de granulócitos, que 
fagocitam os cristais de urato. Acido úrico se acumula em tecidos articulares. 
A produção de lactato apresenta-se elevada nos tecidos sinoviais e nos 
leucócitos associados ao processo inflamatório, favorecendo a redução local 
do pH que promove a deposição adicional de ácido úrico. Ocorre deposição 
de cristais de urato em pacientes com hiperuricemia, devido à produção 
aumentada ou excreção diminuída de ácido úrico. 
Tratamento da Gota 
Aumento da excreção do ácido úrico; 
Efeito sobre a mobilização dos granulócitos; 
Efeito sobre a biossíntese de ácido úrico. 
Embora as prostaglandinas possam estar implicadas na dor e na inflamação, 
não há evidências de que possam contribuir para a patogenia da gota. 
Colchicina 
É um anti-inflamatório peculiar, por ser em 
grande parte eficaz apenas na artrite gotosa. 
O efeito anti-inflamatório da colchicina na 
artrite gotosa aguda é relativamente seletivo para essa doença. 
A colchicina é apenas ocasionalmente eficaz em outros tipos de artrite; não é 
analgésica e não proporciona alívio de outros tipos de dor. 
Não influencia a excreção renal de ácido úrico nem sua concentração no 
sangue. 
Efeito na gota: Em virtude da capacidade de ligar-se à tubulina, a colchicina 
interfere na função dos fusos mitóticos e causa despolimerização e 
desaparecimento dos microtúbulos e fibrilares nos granulócitos e em outras 
células móveis. 
Ocorre a inibição da migração dos granulócitos na área inflamada e a 
redução da atividade metabólica e fagocítica dos granulócitos; 
Essa ação do fármaco diminui a liberação 
de ácido lático e de enzimas pró inflamatórias que ocorre durante a 
fagocitose, rompendo o ciclo que resulta na resposta inflamatória. 
PK- Rapidamente absorvida após administração via 
oral; 
[ ] plasmáticas máximas em 30’ a 2 horas; 
A maior parte é excretada nas fezes, somente 
cerca de 10-20% é excretada na urina; 
Em pacientes com hepatopatia, a captação e a 
eliminação hepáticas apresentam-se reduzidas, 
e ocorre excreção maior do fármaco na urina. 
Efeitos adversos- Principalmente manifestações gastrintestinais 
(gastroenterite hemorrágica); 
• Lesão vascular; 
• Nefrotoxicidade; 
• Paralisia ascendente do SNC; 
• Leucopenia temporária, compensada por uma 
leucocitose (granulócitos basofílicos); 
• Administração prolongada: 
• Agranulocitose, alopécia, azoospermia 
Usos-Proporciona alívio ataques agudos gota 
(apenas 5% não apresenta alívio); 
Uso profilático (crises recorrentes) 
Tempo máx de uso não deve passar de 2 semanas 
Alopurinol 
Mostra-se eficaz no tratamento da hiperuricemia primária da gota, bem 
como da hiperuricemia secundária a distúrbios hematológicos ou à terapia 
antineoplásica. 
Ao contrário de outros agentes o alopurinol não aumenta a excreção de 
ácido úrico na urina, ele age inibindo o processo final da biossíntese de ácido 
Úrico. 
Tanto o alopurinol quanto seu metabólito principal, oxipurinol (aloxantina), 
são inibidores da xantina oxidase (XO). A inibição dessa enzima é responsável 
pelos principais efeitos farmacológicos do alopurinol. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nos seres humanos, o ácido úrico é produzido 
primariamente pela oxidação da hipoxantina e da 
xantina catalisada pela XO 
 Dibe 
Em baixas concentrações, o alopurinol é um 
substrato e inibidor competitivo dessa enzima; 
em altas concentrações, atua como inibidor não- 
competitivo. 
A inibição da biossíntese de ácido úrico diminui 
sua concentração plasmática e excreção urinária 
e aumenta as concentrações plasmáticas e a 
excreção renal dos precursores mais solúveis 
das oxipurinas 
PK-[ ] plasmática máximas em 60’-90’ 
Cerca de 20% são excretados nas fezes em 48-72h 
Meia-vida 1-2h, primariamente por conversão em oxipurinol. 
A meia vida do oxipurinol é de cerca de 18’-30’ 
Febuxostate 
É um novo inibidor da xantina oxidase 
(aprovado em 2009 pelo FDA) 
Farmacocinética 
◦ [ ] 1 -1,5h 
◦ Absorção 49% 
◦ biodisponibilidade desconhecida 
◦ Metabolização hepática extensa 
◦ Altamente ligado proteínas 
Rasburicase 
É uma urato-oxidase recombinante que catalisa 
a oxidação enzimática do ácido úrico produzindo 
um metabólito solúvel e inativo, a alantina; 
 Utilizada em pacientes utilizando quimioterapia 
 Alguns estudos demonstram melhor eficácia que o alopurinol. 
Uricosúricos 
Favorecem a eliminação de ácido úrico, inibem o sistema de recaptação do 
ácido úrico 
Probenecida 
As ações da probenecida limitam-se em 
grande parte à inibição do transporte dos 
ácidos orgânicos (URAT-1) através das 
barreiras epiteliais, ação mais importante 
no túbulo renal, onde a secreção tubular 
de muitos fármacos e metabólitos é inibida. 
O ácido úrico é o único composto endógeno importante cuja excreção é 
comprovadamente aumentada pela 
probenecida, o que resulta da inibição de sua reabsorção. 
A ação uricosúrica da probenecida é reduzida pela administração de 
salicilatos. 
É totalmente absorvida após administração oral 
[ ] plasmáticas máximas são atingidas em 2-4 horas 
Meia-vida depende da dose e varia de menos de 
5h a mais de 8h na faixa terapêutica 
Cerca de 85-95% do fármaco liga-se à albumina plasmática. 
Efeitos adversos- Pelo menos 2% dos pacientes tratados apresentam efeitos 
no trato gastrintestinal, recomenda-se cautela quanto ao uso em pacientes 
com úlcera péptica. 
Sulfimpirazona 
Em dose suficiente atua como potente inibidor da reabsorção tubular renal 
do ácido úrico. A exemplo da probenecida, a sulfimpirozona diminui a 
secreção tubular renal de muitos outros ânions orgânicos. 
PK- É bem absorvida após administração oral; 
Liga-se fortemente à albumina plasmática 98-99%; Meia vida cerca de 3 
horas; 
O efeito uricosúrico pode persistir por um período de 10 horas. 
Efeitos adversos- Ocorre irritação gastrointestinal em 10-15% de todos os 
pacientes tratados; 
O desconforto gástrico é atenuado quando o fármaco é administrado em 
doses fracionadas com as refeições. 
Benzobromarona 
É um membro de uma nova classe química de agentes uricosúricos. Trata-se 
de um inibidor potente e reversível do permutador de urato-ânions no 
túbulo 
Proximal. As preparações que combinam alopurinol 
com benzobromarona são mais eficazes que ambos os fármacos 
isoladamente na redução dos níveis séricos de ácido úrico, apesar de a 
benzobromarona diminuir os níveis plasmáticos de oxipurinol, o metabólito 
ativo do alopurinol.