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Painel / Meus cursos / CH000 - Turma DOENÇA DE CHAGAS 2023-1 (2023/1) / Tópico 1 / Avaliação On-line 3 Questão 1 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Iniciado em Saturday, 27 May 2023, 11:24 Estado Finalizada Concluída em Saturday, 27 May 2023, 12:02 Tempo empregado 37 minutos 47 segundos Notas 9,00/10,00 Avaliar 36,00 de um máximo de 40,00(90%) No megaesôfago chagásico, o tratamento visa à melhora dos sintomas apresentados pelo paciente, como a disfagia, e sua qualidade de vida, uma vez que não é possível reverter a desnervação provocada pelo T. cruzi no sistema nervoso autonômico do trato gastrointestinal. Um dos tratamentos propostos para pacientes com poucos sintomas, como disfagia (dificuldade para condução de alimentos do esôfago para o estômago) leve para alimentos sólidos e secos é o uso de medicamentos que relaxam a musculatura lisa do esfíncter inferior do esôfago, facilitando a passagem do alimento do esôfago para o estômago e melhorando a disfagia. Esses medicamentos são: Escolha uma opção: a. amiodarona e captopril. b. nifedipina e dinitrato de isossorbida. c. amiodarona e benznidazol. d. captopril e nifedipina. e. dinitrato de isossorbida e amiodarona. Resposta CORRETA: nifedipina e dinitrato de isossorbida. Tanto a nifedipina, um bloqueador do canal de cálcio, usado também no controle pressórico, quanto o dinitrato de isossorbida, um vasodilatador de artérias coronarianas, atuam no relaxamento da musculatura lisa do esfíncter inferior do esôfago e podem levar à melhora da disfagia em pacientes com megaesôfago chagásico. Resposta INCORRETA: captopril e nifedipina. Captopril é um agente hipertensivo que atua no sistema renina-angiotensina-aldosterona para ajuste no controle pressórico e não tem função na musculatura lisa do esfíncter inferior do esôfago. A nifedipina é um bloqueador do canal de cálcio usado no controle pressórico, mas também tem função de relaxar a musculatura lisa do esfíncter inferior do esôfago e leva à melhora da disfagia em pacientes com megaesôfago chagásico. Resposta INCORRETA: amiodarona e captopril. A amiodarona é um medicamento antiarrítmico e utilizado em algumas formas cardíacas da cardiopatia chagásica crônica, como a forma arritmogênica, e não tem função na musculatura lisa do esfíncter inferior do esôfago. O captopril, como referido, é um agente hipertensivo que atua no sistema renina-angiotensina-aldosterona, para ajuste no controle pressórico, e não tem função na musculatura lisa do esfíncterr inferior do esôfago. Resposta INCORRETA: dinitrato de isossorbida e amiodarona. A amiodarona é um antiarrítmico utilizado em algumas formas cardíacas da cardiopatia chagásica crônica, como a forma arritimogênica, e não tem função na musculatura lisa do esfíncter inferior do esôfago. Já o dinitrato de isossorbida é um vasodilatador de artérias coronarianas, mas que também atua no relaxamento da musculatura lisa do esfíncter inferior do esôfago, podendo levar à melhora da disfagia em pacientes com megaesôfago chagásico. Resposta INCORRETA: amiodarona e benznidazol. A amiodarona é um antiarrítmico usado em formas arritmogênicas da cardiopatia chagásica crônica e não atua no relaxamento da musculatura lisa do esfíncter inferior do esôfago, não tendo, portanto, ação paliativa na disfagia. O benznidazol, por sua vez, é um derivado imidazólico utilizado no tratamento etiológico da doença de Chagas para eliminação do protozoário T. cruzi, e também não tem ação na musculatura lisa do esfíncter inferior do esôfago. Dessa forma, esses fármacos não aliviam a disfagia nos pacientes com megaesôfago chagásico já estabelecido. https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/my/ https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/course/view.php?id=9 https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/course/view.php?id=9§ion=1 https://moodle.nescon.medicina.ufmg.br/doenca-de-chagas/mod/quiz/view.php?id=972 Questão 2 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Considere o relato de caso a seguir e responda ao que se pede: Paciente DNS, 30 anos, feminino, comerciária, nascida em Almenara (norte de Minas Gerais), residente em Belo Horizonte desde os 15 anos. Sua mãe morreu de doença de Chagas quando a paciente ainda era criança. A paciente não apresenta antecedentes patológicos relevantes e não faz uso de nenhum medicamento de forma contínua. Procura o médico de família do PSF relatando quadro inespecífico de cefaleia e mal-estar geral. Nessa consulta, qual seria a atitude mais correta do médico de saúde da família: Escolha uma opção: a. Apenas resolver o motivo de consulta com medicação sintomática, pois o SUS está colapsado e não há tempo para outras questões. b. O risco de a paciente ter a doença de Chagas é tão alto e as complicações clínicas podem ser tão graves que deveríamos iniciar, de imediato, tratamento empírico com benznidazol. c. O médico assistente deveria aproveitar a consulta para realizar uma sorologia para detecção de infecção pelo T. cruzi. d. Embora ela tenha risco de ter a doença de Chagas, não se justifica fazer a sorologia, visto que não há nenhuma intervenção a ser feita em caso de positividade dos exames. e. A região norte de Minas nunca foi área endêmica de doença de Chagas, portanto não existe risco nenhum de ela ter a infecção e não há necessidade de investigação. Resposta CORRETA: O médico assistente deveria aproveitar a consulta para realizar uma sorologia para detecção de infecção pelo T. cruzi. Deve-se levar em conta três aspectos epidemiológicos desse caso. O primeiro é o fato de se tratar de uma mulher em idade fértil: caso se confirme ser portadora de doença de Chagas, deveria ser considerada como integrante de uma importante população-alvo e prioritária para ser oferecido tratamento etiológico. Outro dado a considerar é que sua mãe foi portadora de doença de Chagas, tornando possível a infecção congênita; acrescente-se a isso o fato de que a paciente, hoje com 30 anos, nasceu e passou parte de sua infância e adolescência em uma região de alta prevalência de doença de Chagas até a década de 1990. Esses dois fatos tornam muito alta a probabilidade de ela ter sido infectada. Portanto, é uma excelente oportunidade para se fazer uma triagem. Resposta INCORRETA: Apenas resolver o motivo de consulta com medicação sintomática, pois o SUS está colapsado e não há tempo para outras questões. Neste caso, não se deve perder a oportunidade de fazer o diagnóstico de possível doença de Chagas, pois trata-se de mulher em idade fértil (importante população-alvo e prioritária para tratamento etiológico), filha de mãe portadora de doença de Chagas e natural de região conhecida por sua alta prevalência de doença de Chagas em passado recente. Resposta INCORRETA: A região norte de Minas nunca foi área endêmica de doença de Chagas, portanto não existe risco nenhum de ela ter a infecção e não há necessidade de investigação. A região norte de Minas, onde a paciente nasceu e viveu, foi região de alta prevalência de doença de Chagas em passado recente. Resposta INCORRETA: Embora ela tenha risco de ter a doença de Chagas, não se justifica fazer a sorologia, visto que não há nenhuma intervenção a ser feita em caso de positividade dos exames. Não se deve perder a oportunidade de fazer o diagnóstico oportuno de doença de Chagas, pois a paciente pode ter critérios para tratamento etiológico, que deve ser também considerado por estar em idade fértil. Além disso, o diagnóstico é importante para estadiamento da doença, avaliação prognóstica e acompanhamento. Resposta INCORRETA: O risco de a paciente ter a doença de Chagas é tão alto e as complicações clínicas podem ser tão graves que deveríamos iniciar, de imediato, tratamento empírico com benznidazol. A doença de Chagas é uma doença infecciosa de curso crônico. Embora possa ser causa de morte em estádios avançados ou em casos de reativação em pacientes imunossuprimidos, é excepcional a indicação de tratamento empírico em caráter de urgência. Será, portanto, sempre necessário confirmar o diagnósticoantes de tratar os pacientes. Questão 3 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Qual o primeiro exame a ser realizado no paciente assintomático, com doença de Chagas confirmada? Escolha uma opção: a. Eletrocardiograma b. Holter-24h c. Teste de ergométrico d. Nenhum exame adicional e. Ecocardiograma Resposta CORRETA: Eletrocardiograma. Um paciente assintomático pode estar na forma crônica indeterminada da doença de Chagas ou na fase precoce da cardiopatia, na qual podem estar presentes apenas alterações eletrocardiográficas, sem manifestações clínicas. Assim, o primeiro exame a ser realizado para diagnóstico da cardiopatia, que contribui para o estadiamento e a determinação do prognóstico, é o eletrocardiograma. A partir desse exame e de acordo com o quadro clínico do paciente, podem ser necessários outros exames cardiológicos. Resposta INCORRETA: Ecocardiograma. O ecocardiograma está indicado depois de confirmada a presença de cardiopatia pelo eletrocardiograma. Resposta INCORRETA: Teste de ergométrico. O teste ergométrico (TE) é um exame complementar que pode ser solicitado, quando pertinente, após firmado o diagnóstico de doença de Chagas, mas não na fase inicial da investigação como é o caso da paciente. O TE pode ser necessário para avaliar arritmias e capacidade funcional em casos de cardiopatia chagásica crônica. Resposta INCORRETA: Holter-24h. O Holter de 24 horas é um exame solicitado após realização de ECG e do ecocardiograma, quando houver evidências clínicas e/ou eletrocardiográficas de presença de arritmias. Resposta INCORRETA: Nenhum exame adicional. Diante da suspeita de cardiopatia chagásica, deve-se, primeiramente, fazer o eletrocardiograma, exame que permitirá o diagnóstico da cardiopatia e contribuirá para estadiamento e determinação de prognóstico da doença. Questão 4 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Paciente de 65 anos, portador de doença de Chagas de longa data, em consulta inicial na Atenção Básica de Saúde (ABS), trazendo consigo um eletrocardiograma, cujo laudo descreve bloqueio de ramo direito (BRD), refere que vem apresentando, há 20 anos, dificuldade para deglutir alimentos mais secos e sólidos e, há 2 anos, para alimentos mais pastosos, necessitando de ingesta hídrica para auxiliar nessa deglutição, associada à regurgitação de resíduos alimentares, em pequena quantidade ao deitar-se. O diagnóstico clínico mais provável e o exame complementar inicial que auxiliará nesse diagnóstico são, respectivamente: Escolha uma opção: a. Doença do refluxo gastroesofágico e manometria esofagiana. b. Doença do refluxo gastroesofágico e radiografia contrastada de esôfago. c. Megaesôfago chagásico e radiografia contrastada de esôfago. d. Megaesôfago chagásico e endoscopia digestiva alta. e. Doença do refluxo gastroesofágico e endoscopia digestiva alta. Resposta CORRETA: Megaesôfago chagásico e radiografia contrastada de esôfago. O diagnóstico provável para o quadro de disfagia apresentado pelo paciente é megaesôfago chagásico, devido ao quadro lento e progressivo da disfagia de condução, há cerca de 20 anos – primeiro, com alimentos mais secos e sólidos e, posteriormente, com pastosos. Além disso, tem critério epidemiológico: sorologia para Chagas positivo, com provável cardiopatia chagásica associada. A radiografia contrastada de esôfago é o exame complementar inicial para diagnóstico de megaesôfago chagásico, pois além de sugerir o diagnóstico, permite ainda classificar o paciente em grupos, segundo a classificação de Rezende, o que possibilita melhor acompanhamento do paciente tanto em nível primário quanto em nível terciário. Resposta INCORRETA: Megaesôfago chagásico e endoscopia digestiva alta. O diagnóstico provável para o quadro de disfagia apresentado pelo paciente é megaesôfago chagásico devido a quadro lento e progressivo da disfagia de condução, há cerca de 20 anos, associado à sorologia de Chagas positiva, além de possível cardiopatia chagásica associada. Mas o exame complementar inicial para auxiliar no diagnóstico de megaesôfago não é a endoscopia digestiva alta, e sim a radiografia contrastada de esôfago que, além de sugerir o diagnóstico de tal entidade clínica, permite ainda classificar o paciente em grupos segundo a classificação de Rezende, possibilitando melhor acompanhamento do paciente tanto em nível primário quanto em nível terciário. A endoscopia digestiva alta é utilizada como exame complementar para diagnóstico diferencial de outras etiologias para disfagia além de ser utilizada para modalidades terapêuticas no megaesôfago chagásico, como a injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do esôfago e a dilatação endoscópica com balão pneumático. Resposta INCORRETA: Doença do refluxo gastroesofágico e endoscopia digestiva alta. O provável diagnóstico para a disfagia apresentada pelo paciente é megaesôfago chagásico, pois trata-se de uma disfagia de longa data, de evolução lenta e progressiva, além do critério epidemiológico – sorologia positiva para Chagas. A doença do refluxo gastroesofágico cursa principalmente com pirose (queimação retroesternal) e regurgitação ácida; a disfagia pode ocorrer no curso clínico da doença, principalmente quando evolui com complicações, como a formação de anel fibrótico de Schatski, mas não é um sintoma tão comum como a disfagia é para o megaesôfago. A endoscopia digestiva alta, no megaesôfago chagásico, auxilia tanto no diagnóstico diferencial de outras entidades clínicas, que cursam com disfagia de condução, quanto na terapêutica desses pacientes, porém o exame inicial para auxiliar no diagnóstico de megaesôfago é a radiografia contrastada de esôfago. Resposta INCORRETA: Doença do refluxo gastroesofágico e radiografia contrastada de esôfago. A doença do refluxo gastroesofágico não é o provável diagnóstico para a disfagia apresentada pelo paciente, e sim o megaesôfago chagásico. A doença do refluxo gastroesofágico cursa principalmente com pirose (queimação retroesternal) e regurgitação ácida, e a disfagia pode ocorrer no curso clínico da doença, principalmente quando evolui com complicações, como a formação de anel fibrótico de Schatski, mas não é um sintoma tão comum como a disfagia é para o megaesôfago. A radiografia contrastada de esôfago é o exame complementar inicial para diagnóstico de megaesôfago chagásico, pois, além de sugerir o diagnóstico, permite ainda classificar o paciente em grupos, segundo a classificação de Rezende, o que possibilita melhor acompanhamento do paciente tanto em nível primário quanto em nível terciário. Resposta INCORRETA: Doença do refluxo gastroesofágico e manometria esofagiana. A doença do refluxo gastroesofágico não é o provável diagnóstico para a disfagia apresentada pelo paciente, e sim megaesôfago chagásico. A doença do refluxo gastroesofágico cursa principalmente com pirose (queimação retroesternal) e regurgitação ácida, e a disfagia pode ocorrer no curso clínico da doença, principalmente quando evolui com complicações, como a formação de anel fibrótico de Schatski, mas não é um sintoma tão comum como a disfagia é para o megaesôfago. A manometria esofagiana é um exame complementar que auxilia tanto na doença do refluxo gastroesofágico, demonstrando hipotonia do esfíncter inferior do esôfago, quanto no megaesôfago chagásico, pois demonstra alterações iniciais na motilidade esofagiana que sugerem o diagnóstico de megaesôfago, as quais podem não ser vistas na radiografia contrastada de esôfago. Entretanto, não é o exame de eleição inicial em nenhuma dessas entidades clínicas. Questão 5 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 O exame mais indicado na avaliação inicial de pacientes com suspeita de megaesôfago chagásico é Escolha uma opção: a. Colonoscopia. b. Radiografia contrastada de esôfago. c. Endoscopia digestiva alta. d. Tomografia de abdome total. e. Manometria esofagiana. Resposta CORRETA: Radiografia contrastada de esôfago. A radiografia contrastada de esôfago é o exame de eleição inicial para diagnóstico de megaesôfago chagásico, permitindo avaliar o diâmetro/calibredo órgão e sua dilatação, além de alterações funcionais, tais como ondas peristálticas anormais ou ausentes e o tempo de esvaziamento do conteúdo esofágico para o estômago. Resposta INCORRETA: Endoscopia digestiva alta. A endoscopia digestiva alta é utilizada para diagnóstico diferencial do megaesôfago chagásico com os de outras etiologias, como doença do refluxo gastroesfágico, neoplasia de esôfago distal, amiloidose, entre outros. Ela pode sugerir que o paciente tem megaesôfago, mas não gradua ou classifica o megaesôfago chagásico, como a radiografia contrastada de esôfago, exame inicial mais indicado para diagnóstico de megaesôfago chagásico. Resposta INCORRETA: Tomografia de abdome total. A tomografia de abdome total não é utilizada como exame inicial para diagnóstico de megaesôfago chagásico. Ela poderá auxiliar no diagnóstico diferencial de outras patologias que levam à disfagia de condução, como neoplasia maligna de esôfago. Resposta INCORRETA: Colonoscopia. A colonoscopia não faz diagnóstico de megaesôfago chagásico; ela é utilizada para patologias do intestino grosso e do íleo distal, auxiliando no diagnóstico diferencial de megacólon chagásico. Resposta INCORRETA: Manometria esofagiana. A manometria esofagiana não é utilizada na avaliação inicial de megaesôfago chagásico, como é a radiografia contrastada de esôfago. A manometria esofagiana auxilia no pré-operatório de cirurgia esofagianas, como megaesôfago chagásico ou demais patologias. A manometria pode ser utilizada nos casos de megaesôfago chagásico sintomáticos com disfagia de condução, que apresentam uma radiografia contrastada de esôfago normal. Auxilia no diagnóstico inicial de megaesôfago chagásico com dismotilidade esofágica e dificuldade para esvaziamento no esfíncter inferior do esôfago. Questão 6 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Em paciente portador de cardiopatia chagásica com insuficiência cardíaca apresentando edema, cansaço e congestão sistêmica, quais opções terapêuticas deveriam ser consideradas para seu tratamento? 1- Carvedilol 2- Furosemida 3- Espironolactona 4- Enalapril 5- Amiodarona 6- Benznidazol 7- Nifurtimox Escolha uma opção: a. São corretas as opções 2, 4, 5, 6 b. São corretas as opções 1, 2, 3, 7 c. São corretas as opções 1, 2, 4, 5 d. São corretas as opções 2, 3, 5, 7 e. São corretas as opções 1, 2, 3, 4 Resposta CORRETA: São corretas as opções 1, 2, 3, 4. Carvedilol (1), furosemida (2), espironolactona (3) e enalapril (4) são opções terapêuticas em presença de IC descompensada O uso do carvedilol (1), um betabloqueador, é essencial para os pacientes com doença cardíaca com disfunção ventricular. O carvedilol, adicionado ao enalapril e à espironolactona, em estudo randomizado, duplo-mascarado, com placebo, de 42 pacientes com cardiopatia chagásica crônica e fração de ejeção do ventrículo esquerdo menor que 45%, promoveu melhora estatisticamente significativa do escore de Framingham e da qualidade de vida, bem como redução do índice cardiotorácico e dos níveis de BNP sanguíneo, além de aumentar em 2,8% a fração de ejeção. (Ref.Botoni FA, Poole-Wilson PA, Ribeiro AL, Okonko DO, Oliveira BM, Pinto AS, et al. A randomized trial of carvedilol after renin-angiotensin system inhibition in chronic Chagas cardiomyopathy. Am Heart J. 2007;153(4):544.e1-8.) A furosemida (2) é um diurético importante, nesses casos, para ajuste da volemia. Em paciente apresentando congestão istêmica e insuficiência cardíaca descompensada, o uso de furosemida melhora a sintomatologia, a dispneia e a congestão sistêmica. A espironolactona (3) atua no remodelamento cardíaco além de ser um diurético. O bloqueio de aldosterona atua com efeitos benéficos sobre morbidade e mortalidade de pacientes com insuficiência cardíaca geral. Na cardiopatia chagásica, espironolactona está indicada para pacientes com disfunção sistólica, fração de ejeção ≤ 35,0% e insuficiência cardíaca com classe funcional III ou IV. O enalapril (4) é um inibidor da enzima conversora da angiotensina (IECA) e já foi bem demonstrado o benefício da administração crônica dos IECA ou de bloqueador receptor de angiotensina no tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca geral, tanto no remodelamento cardíaco, como na redução de morbidade e mortalidade. Na cardiopatia chagásica, foi demonstrado que o uso de doses máximas toleradas de enalapril melhoraram a qualidade de vida, além de reduzir níveis de BNP e o índice cardiotorácico radiológico. (Ref. I Diretriz Latino- Americana para o Diagnóstico e Tratamento da Cardiopatia Chagásica). Resposta INCORRETA: São corretas as opções 1, 2, 3, 7. O tratamento antiparasitário com o nifurtimox (7) não é recomendado para os pacientes em fase avançada de cardiopatia chagásica. Resposta INCORRETA: São corretas as opções 2, 4, 5, 6. A amiodarona (5) é um antiarrítmico indicado para pacientes comprovadamente portadores de arritmias ventriculares e supraventriculares, condições não citadas no exemplo apresentado. As indicações para uso de amiodarona para os pacientes com cardiopatia chagásica encontram-se no texto da Unidade 3. O tratamento antiparasitário com o Benznidazol (6) não é recomendado para os pacientes em fase avançada de cardiopatia chagásica. Resposta INCORRETA: São corretas as opções 2, 3, 5, 7. A amiodarona (5) é um antiarrítmico indicado para pacientes comprovadamente portadores de arritmias ventriculares e supraventriculares, condições não citadas no exemplo apresentado. As indicações para uso de amiodarona para os pacientes com cardiopatia chagásica encontram-se no texto da Unidade 3. O tratamento antiparasitário com o Nifurtimox (7) não é recomendado para os pacientes em fase avançada de cardiopatia chagásica. Resposta INCORRETA: São corretas as opções 1, 2, 4, 5. A amiodarona (5) é um antiarrítmico indicado para pacientes comprovadamente portadores de arritmias ventriculares e supraventriculares, condições não citadas no exemplo apresentado. As indicações para uso de amiodarona para os pacientes com cardiopatia chagásica encontram-se no texto da Unidade 3. Questão 7 Incorreto Atingiu 0,00 de 1,00 Como é realizado o diagnóstico da doença de Chagas? Escolha uma opção: a. Após anamnese e história epidemiológica, são coletadas duas sorologias. Caso as duas sejam positivas, confirma-se o caso. Caso haja discordância, uma terceira é coletada e, caso positiva, confirma-se o caso. b. Após anamnese e história epidemiológica, são coletadas duas sorologias. Caso as duas sejam positivas, confirma-se o caso. Caso haja discordância, outras duas são coletadas e, se as duas forem positivas, confirma-se o caso. c. Após suspeita clínica, são coletadas duas sorologias; se pelo menos uma é positiva, confirma-se o caso. d. Após uma suspeita clínica, é coletado o sangue para realização de uma sorologia, que, se positiva, confirma o caso. e. Após anamnese e história epidemiológica, são coletadas amostras para realizar PCR. Somente esse método consegue confirmar um caso de doença de Chagas. Resposta CORRETA: Após anamnese e história epidemiológica, são coletadas duas sorologias. Caso as duas sejam positivas, confirma-se o caso. Caso haja discordância, outras duas são coletadas e, se as duas forem positivas, confirma-se o caso. São realizados dois testes sorológicos utilizando-se diferentes metodologias; caso ambas sejam positivas, confirma-se infecção pelo T. cruzi e, caso ambas sejam negativas, fica descartada a doença de Chagas. Se os resultados sorológicos forem discordantes, outras duas amostras são coletadas e, se novamente discordantes, uma terceira amostra é coletada e testada por método sorológico diferente dos anteriores para confirmar ou descartar o caso. A PCR não é utilizada na prática clínica para diagnóstico de doença de Chagas. Além de método de alto custo, sem padronização, não está disponível na rede de saúde em geral. Resposta INCORRETA: Após uma suspeita clínica, é coletado o sangue para realização de uma sorologia, que, se positiva, confirma o caso. Um teste sorológico apenas não confirmao diagnóstico de doença de Chagas. Resposta INCORRETA: Após suspeita clínica, são coletadas duas sorologias; se pelo menos uma é positiva, confirma-se o caso. A positividade de apenas um teste sorológico não confirma o diagnóstico de doença de Chagas. Resposta INCORRETA: Após anamnese e história epidemiológica, são coletadas duas sorologias. Caso as duas sejam positivas, confirma-se o caso. Caso haja discordância, uma terceira é coletada e, caso positiva, confirma-se o caso. São realizados dois testes sorológicos utilizando-se diferentes metodologias; caso ambas sejam positivas, confirma-se infecção pelo T. cruzi e, caso ambas sejam negativas, fica descartada a doença de Chagas. Se os resultados sorológicos forem discordantes, outras duas amostras são coletadas e, se novamente discordantes, uma terceira amostra é coletada e testada por método sorológico diferente dos anteriores. Resposta INCORRETA: Após anamnese e história epidemiológica, são coletadas amostras para realizar PCR. Somente esse método consegue confirmar um caso de doença de Chagas. A PCR não é utilizada na prática clínica para diagnóstico de doença de Chagas. Além de método de alto custo, sem padronização, não está disponível na rede de saúde em geral. Questão 8 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Em relação ao tratamento da cardiopatia chagásica, é correto afirmar que: Escolha uma opção: a. Anticoagulantes só devem ser prescritos para pacientes que já tenham tido algum evento tromboembólico, com o objetivo de prevenir novos eventos. b. Independentemente do tipo de alterações constatadas ao eletrocardiograma, o paciente, mesmo estando assintomático, já deve receber um antiarrítmico para evitar a morte súbita. c. O bloqueio neuro-humoral é indicado para pacientes em forma crônica indeterminada. d. O tratamento da cardiopatia chagásica deve ser individualizado de acordo com cada estágio e manifestação clínica do paciente. Pode ser necessário fazer uso de bloqueio neuro-humoral e de diuréticos para o paciente com insuficiência cardíaca; anticoagulantes para pacientes com fibrilação atrial; e antiarrítmicos para pacientes com arritmias supra ou ventriculares. e. O tratamento padrão da forma cardíaca é o uso de carvedilol, losartana, amiodarona e varfarina, que devem ser usados em todos os pacientes com cardiopatia chagásica. Resposta CORRETA: O tratamento da cardiopatia chagásica deve ser individualizado de acordo com cada estágio e manifestação clínica do paciente. Pode ser necessário fazer uso de bloqueio neuro-humoral e de diuréticos para o paciente com insuficiência cardíaca; anticoagulantes para pacientes com fibrilação atrial; e antiarrítmicos para pacientes com arritmias supra ou ventriculares. O tratamento clínico é prescrito de acordo com as manifestações da cardiopatia. Pode ser que o paciente tenha necessidade de um tratamento mais amplo com antiarrítmicos, anticoagulantes e bloqueio neuro- humoral, diuréticos e digitálicos para a insuficiência cardíaca, por exemplo. Resposta INCORRETA: Independentemente do tipo de alterações constatadas ao eletrocardiograma, o paciente, mesmo estando assintomático, já deve receber um antiarrítmico para evitar a morte súbita. Pois pode ser que o paciente tenha alterações eletrocardiográficas típicas da cardiopatia chagásica (como, por exemplo, bloqueio do ramo direito do feixe de His), porém que não exijam tratamento medicamentoso. Antiarrítmicos são prescritos somente quando o paciente apresenta uma arritmia importante. Resposta INCORRETA: O bloqueio neuro-humoral é indicado para pacientes em forma crônica indeterminada. O bloqueio neuro- humoral não é indicado para a forma crônica indeterminada, visto que a FCI se caracteriza pela ausência de sintomas e de alterações ao eletrocardiograma e exames de imagem; não requerem, portanto, qualquer tratamento cardiológico. Resposta INCORRETA: Anticoagulantes só devem ser prescritos para pacientes que já tenham tido algum evento tromboembólico, com o objetivo de prevenir novos eventos. Mesmo que não tenha havido evento tromboembólico, o paciente pode ter a indicação de anticoagulação. Caso o paciente apresente trombos visualizados no ecocardiograma ou evidência de fibrilação atrial no eletrocardiograma ou no Holter-24, essas condições indicariam risco alto de eventos tromboembólicos e estaria iniciada a anticoagulação. Resposta INCORRETA: O tratamento padrão da forma cardíaca é o uso de carvedilol, losartana, amiodarona e varfarina, que devem ser usados em todos os pacientes com cardiopatia chagásica. pois não existe tratamento padrão. Pacientes recebem a medicação de acordo com suas manifestações clínicas. Nem todos os pacientes com cardiopatia chagásica têm necessidade de utilizar todos os medicamentos citados. Questão 9 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Em relação à forma digestiva na fase crônica da doença de Chagas, por serem dotados de sfíncteres de saída em sua porção distal, os órgãos mais relacionados a essa forma clínica são: Escolha uma opção: a. estômago e intestino grosso. b. esôfago e intestino grosso. c. esôfago e intestino delgado. d. estômago e esôfago. e. intestino delgado e intestino grosso. Resposta CORRETA: esôfago e intestino grosso. O esôfago e o intestino grosso são dotados de esfincteres de saída em sua porção distal, levando ao deslocamento do bolo alimentar do esôfago para estômago e das fezes para o ambiente externo, respectivamente. Por isso, os sintomas de acometimento desses órgãos são mais prevalentes que os demais do trato digestivo, levando ao surgimento de megaesôfago e megacólon chagásicos. Resposta INCORRETA: estômago e intestino grosso. O estômago pode ser acometido pelo T. cruzi levando a um quadro de plenitude pós-prandial, saciedade precoce, mas não é dotado de esfíncter de saída em sua porção distal, como são o esôfago e o intestino grosso; por isso, os sintomas de acometimento gástrico são menos prevalentes. Como citado acima, o intestino grosso possui esfíncter de saída e seu acometimento pelo T. cruzi levará ao desenvolvimento de megacólon chagásico. Resposta INCORRETA: esôfago e intestino delgado. O esôfago é dotado de esfíncter de saída em sua porção distal e, assim como o intestino grosso, apresenta os sintomas mais prevalentes da forma digestiva da doença de Chagas, porém o intestino delgado, apesar de também poder ser acometido pelo T. cruzi, por não apresentar esfíncter de saída, seus sintomas são menos prevalentes que o acomentimento esofágico e do intestino grosso. Resposta INCORRETA: intestino delgado e intestino grosso. O intestino delgado pode ser acometido pelo T. cruzi, levando a megaduodeno, megajejuno e megaíleo, mas seus sintomas são menos prevalentes que o acometimento esofágico e do intestino grosso, por não apresentarem esfíncter de saída. Resposta INCORRETA: estômago e esôfago. O estômago pode ser acometido pelo T. cruzi levando à megagastria, com sintomas de plenitude pós-prandial e saciedade precoce, mas émenos prevalente que o acometimento do esôfago e do intestino grosso, por não apresentar esfíncter de saída em sua porção distal. Questão 10 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 O tratamento de pacientes com megaesôfago chagásico deve levar em consideração a idade, a presença de comorbidades associadas, como cardiopatia chagásica, e a estrutura hospitalar onde será realizado. O quadro clínico, assim como a classificação radiológica do megaesôfago em grupos de Rezende, auxiliam na melhor decisão terapêutica a ser tomada. Diante disso, a alternativa que melhor engloba os tratamentos disponíveis é: Escolha uma opção: a. Adequação de hábitos alimentares, tratamento medicamentoso (nifedipina ou dinitrato de isossorbida), injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do esôfago, dilatação endoscópica por balão pneumático ou sonda e tratamento cirúrgico convencional ou cirurgia endoscópica. b. Tratamento medicamentoso (nifedipina e dinitrato de isossorbida), injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do esôfago e dilatação endoscópica por balão pneumático ousonda. c. Injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do esôfago, dilatação endoscópica por balão pneumático ou sonda, tratamento cirúrgico convencional e adequação de hábitos alimentares. d. Tratamento medicamentoso (nifedipina e dinitrato de isossorbida), tratamento cirúrgico convencional, injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do esôfago, dilatação endoscópica por balão pneumático ou sonda. e. Adequação de hábitos alimentares, tratamento medicamentoso (nifedipina e dinitrato de isossorbida) e tratamento cirúrgico convencional ou cirurgia endoscópica. Resposta CORRETA: Adequação de hábitos alimentares, tratamento medicamentoso (nifedipina ou dinitrato de isossorbida), injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do esôfago, dilatação endoscópica por balão pneumático ou sonda e tratamento cirúrgico convencional ou cirurgia endoscópica. O tratamento de pacientes com megaesôfago chagásico deve levar em consideração vários fatores, tanto clínicos – como idade do paciente, comorbidades associadas e a intensidade da sintomatologia, – quanto de infraestrutura – como a disponibilidade e a operabilidade de recursos no local onde serão feitos o tratamento e o acompanhamento desse paciente, tanto em nível primário quanto em terciário. A alternativa engloba, segundo o II Consenso Brasileiro de Chagas (Dias et al. , 2016), as modalidades terapêuticas disponíveis para o tratamento do megaesôfago, como adequação de hábitos alimentares e tratamento medicamentoso, que pode ser realizado em nível primário para os casos mais leves, a injeção de toxina botulínica, a dilatação endoscópica com sonda ou balão pneumático e o tratamento cirúrgico convencional e endoscópico, realizados, em nível terciário, em hospitais que possuem infraestrutura e têm disponibilidade dos materiais utilizados nesses tratamentos. Resposta INCORRETA: Injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do esôfago, dilatação endoscópica por balão pneumático ou sonda, tratamento cirúrgico convencional e adequação de hábitos alimentares. Nesse item não estão listadas todas as modalidades terapêuticas disponíveis para o tratamento do megaesôfago chagásico, segundo Dias et al., 2016. Não foram citados tratamento medicamentoso, com nifedipina ou dinitrato de isossorbida, e o tratamento cirúrgico endoscópico. Resposta INCORRETA: Adequação de hábitos alimentares, tratamento medicamentoso (nifedipina e dinitrato de isossorbida) e tratamento cirúrgico convencional ou cirurgia endoscópica. Nesse item não estão listadas todas as modalidades terapêuticas disponíveis para o tratamento do megaesôfago chagásico, segundo Dias et al., 2016. Não foram citadas a injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do esôfago e a dilatação endoscópica por balão pneumático ou sonda, realizados em hospitais que possuem centro de Endoscopia e os materiais disponíveis para tais procedimentos. Resposta INCORRETA: Tratamento medicamentoso (nifedipina e dinitrato de isossorbida), injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do esôfago e dilatação endoscópica por balão pneumático ou sonda. Nesse item não estão listadas todas as modalidades terapêuticas disponíveis para o tratamento do megaesôfago chagásico, segundo Dias et al., 2016. Não foi citada a adequação de hábitos alimentares, que deve ser orientada em todos os pacientes com megaesôfago chagásico, independentemente dos grupos radiológicos de Rezende ou da intensidade da sintomatologia, e também não foi colocado o tratamento cirúrgico convencional ou cirurgia endoscópica, realizados em serviço hospitalar terciário com infraestrutura para cada procedimento. Resposta INCORRETA: Tratamento medicamentoso (nifedipina e dinitrato de isossorbida), tratamento cirúrgico convencional, injeção de toxina botulínica no esfíncter inferior do esôfago, dilatação endoscópica por balão pneumático ou sonda. Nesse item não estão listadas todas as modalidades terapêuticas disponíveis para o tratamento do megaesôfago chagásico, segundo Dias et al., 2016. Não foram citadas a adequação de hábitos alimentares, realizada tanto em nível primário quanto em nível terciário, nem a cirurgia endoscópica, realizada, normalmente, em Centros de Endoscopia dentro de Hospitais Terciários com infraestrutura para tal procedimento.
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