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Ta2 - Teoria da Argumentação Jurídica

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09/08/2021
1
Teoria da 
argumentação 
jurídica
Teoria da argumentação jurídica
Profa. Dra. Wéllem A. de Freitas Semczuk
Unidade de Ensino: 2
Competência da Unidade: Conhecer os principais aspectos que envolvem a
argumentação.
Resumo: Nesta unidade, buscam-se conhecer os aspectos mais gerais da
argumentação, trabalhando com os principais conceitos da Retórica e as
distinções entre as figuras de argumentação. Ainda serão exploradas noções
introdutórias da Lógica para que possamos verificar como pode ser usada na
argumentação, especialmente no raciocínio jurídico.
Palavras-chave: .
Título da Teleaula: Teoria da argumentação jurídica.
Teleaula nº: 2
Contextualização
 Para nos comunicarmos, precisamos pensar no
modo de construção do discurso?
 Como o portador do discurso deve se portar diante
de seu auditório?
 O que precisa ser considerado para produzir um
discurso?
 Que estratégias podem ser utilizadas para que sua
argumentação seja eficaz?
Comunicação e 
Modus operandi
Comunicação e Modus operandi 5
Comunicação
• É uma importante
ferramenta no meio jurídico.
É uma atividade intrínseca
ao homem, que lhe permite
interagir com o outro e com
a sociedade.
Modus operandi
• É uma expressão em latim
que significa "modo de
operação". Utilizada para
designar uma maneira de
agir, operar ou executar
uma atividade seguindo
geralmente os mesmos
procedimentos.
O modus operandi da comunicação jurídica
Emissor Receptor Mensagem
Canal Ruído
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5 6
09/08/2021
2
Ruídos 
Fonte: mmamarketing.com.br
Retórica
Retórica 
 É a arte de falar bem. Ela foi e é utilizada nos âmbitos
políticos, jurídicos, religiosos e filosóficos desde a
antiguidade até os dias atuais.
“Desde que uma comunicação tenda a influenciar 
uma ou várias pessoas, a orientar os seus 
pensamentos, a excitar ou apaziguar as emoções, a 
dirigir uma ação, ela é do domínio da retórica”. 
(PERELMAN, 1993, p.172)
Triângulo retórico de Aristóteles 
ORADOR
ÉTHOS
AUDITÓRIO
PÁTHOS
DISCURSO 
LÓGOS
(Disponível em: t.ly/RxUg. Acesso em 04 ago. 2021)
Quem é o protagonista da retórica?
O auditório é um elemento essencial na atividade 
retórica, sem este o discurso retórico não se constitui. 
Cabe ao auditório o protagonismo dessa interação 
orador-auditório, pois o orador tem que se adaptar, 
continuamente, ao auditório, que determinará a 
qualidade da argumentação e o comportamento do 
orador.
7 8
9 10
11 12
09/08/2021
3
Figuras de escolha
Figuras de argumentação
[...] são tratadas como sendo o ornamento do 
texto argumentativo, aquilo a que Aristóteles chama 
de elocutio, mas, olhando sob outra perspectiva, 
podem ser tratadas como ferramentas cruciais para 
a persuasão, devido à sua capacidade de provocar 
emoções no auditório. 
Figuras de escolhas
 São os elementos que irão “embelezar” o texto argumentativo, ou seja,
são vistas como ornamento.
15
Fi
g
u
ra
s 
d
e 
es
co
lh
a
perífrase
ironia
metáfora
Perífrase
 Ocorre pela substituição de uma ou mais palavras por outra expressão. Essa
substituição é feita mediante uma característica ou atributo marcante sobre
determinado termo (ser, objeto ou lugar).
Exemplo:
16
Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil [...]
(André Filho)
Ironia 17
 Ocorre quando, pelo contexto, pela entonação, pela contradição de
termos, sugere-se o contrário do que as palavras ou orações parecem
exprimir. A intenção é depreciativa ou sarcástica.
(Disponível em: t.ly/lLqa. Acesso em: 05 ago. 2021)
Metáfora 18
 Representa uma comparação de palavras com significados diferentes e cujo
termo comparativo fica subentendido na frase.
Exemplo:
A expressão “Tempo 
é dinheiro”
(Disponível em: t.ly/Axqu. Acesso em: 05 ago. 2021)
13 14
15 16
17 18
09/08/2021
4
Figuras de presença
Figuras de presença
 A finalidade é “intensificar o sentimento de presença do objeto do
discurso”, ou seja, tornar consciente ou sempre presente no ouvinte o
assunto, tópico ou ideia sobre os quais se argumenta.
Fi
g
u
ra
s 
d
e 
p
re
se
n
ça
amplificação
anadiplose
interrogação retórica
Amplificação
 O orador faz um desenvolvimento pormenorizado de uma ideia,
enumerando detalhes ou particularidades.
Exemplo:
21
“Teus olhos são formados para a imprudência, o rosto
para a audácia, a língua para os perjúrios, as mãos para
as rapinas, o ventre para a glutonaria... os pés para a
fuga: logo, tu és toda malignidade”.
Anadiplose
 Trata-se da utilização das mesmas palavras ou grupos de palavras do fim de
uma frase e no começo da frase seguinte.
Exemplo:
22
“Ofendi-vos, Meu Deus, bem é verdade,
É verdade, meu Deus, que hei delinqüido,
Delinqüido vos tenho, e ofendido,
Ofendido vos tem minha maldade.
Maldade, que encaminha à vaidade,
Vaidade, que todo me há vencido;
Vencido quero ver-me, e arrependido,
Arrependido a tanta enormidade.” 
(Gregório de Matos)
Interrogação retórica
 Tem como finalidade despertar uma reflexão no interlocutor sobre o assunto
discutido.
Exemplo:
23
[...] Por que estamos gastando US$ 80 bilhões num
sistema carcerário que sabemos ser ineficaz, quando
poderíamos utilizar esse dinheiro em educação, em
tratamentos psiquiátricos, em tratamentos para viciados e
em investimentos nas comunidades, para o
desenvolvimento delas?
Exercício
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21 22
23 24
09/08/2021
5
Exercício 3 
p. 88
Por que a argumentação pode ser considerada uma arma
fundamental em uma sociedade democrática?
a) Porque é por meio dela que se procura alterar as leis e
princípios que regem questões mais polêmicas para a
sociedade.
b) Porque ela é a única forma de se estabelecer as normas
sociais e legais com harmonia, atendendo aos interesses
de todos.
c) Porque é utilizando a argumentação que um governante
impõe as normas legais a serem obedecidas por todos os
governados.
d) Porque a argumentação destrói com qualquer possibilidade
de mudança nas leis e princípios de uma sociedade.
e) Porque, por meio dela, o governo ouve as diversas
opiniões da sociedade e chega a um consenso entre elas,
atendendo a ambas na formulação das leis.
Atividade de 
interação 1
Atividade de interação 1
• Sobre a retórica. 
É possível identificar a arte da retórica em nossa 
sociedade atual?
Fonte: Shutterstock.com
Figuras de comunhão
Figuras de comunhão
 São utilizadas pelo orador para criar ou confirmar a comunhão com o
auditório, ou seja, se o auditório lhe é simpático, está disposto a ouvi-lo e se
está aderindo à sua argumentação.
29
Fi
gu
ra
s 
de
 
co
m
un
hã
o
alusão
apóstrofe
Alusão
 É uma menção a uma ideia ou a um ser conhecido do
auditório, que é feita pelo orador para buscar a interação
com este auditório ou realizar uma crítica.
 Essas referências culturais podem ser diretas ou
indiretas, não importa. O importante é que elas
constituam um conhecimento compartilhado entre
orador e auditório.
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25 26
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09/08/2021
6
Exemplo
“Os golpistas podem ter chefe e vice-chefe assumidos.
Não sei direito qual é o chefe e qual é o vice-chefe. Um
deles é a mão, não tão invisível assim que conduz com
desvio de poder e abusos inimagináveis o processo de
impeachment. O outro esfrega as mãos e ensaia a farsa
do vazamento de um pretenso discurso de posse. Cai a
máscara dos conspiradores. O Brasil e a democracia não
merecem tamanha farsa.”
(SEM citar nomes, Dilma acusa Temer e Cunha de traição e
conspiração. Jornal Nacional, 12 abr. 2016).
31 Apóstrofe 32
 O orador interrompe seu discurso ou raciocínio para se
dirigir a um interlocutor, seja ele real ou fictício e esteja
ele presente ou não.
 O objetivo é reforçar a argumentação, chamando a
atenção do auditório.
Exemplo:
“ Tende piedade, Senhor, de todas as mulheres/ 
Que ninguém mais merece tanto amor e amizade”.
Noções 
introdutórias de 
lógica
É um dos campos de estudo mais antigos, trabalhado
inicialmente por Aristóteles.
É fundamental para argumentação.
Origina-se do termo grego logos = “razão” ou
“raciocínio”.
Forma de estruturar o conteúdode nossos
pensamentos.
Não é ciência, é uma ferramenta.
O que é lógica? 34
O que é um raciocínio lógico? 35
“O pensamento é raciocínio
quando relaciona duas ideias
tomando uma como premissa e
a outra como conclusão. Se
uma ideia serve de ponto de
partida para outra, se a
sustenta, a fundamenta, então
esse vínculo tem uma
característica própria.
Fonte: freepik (COELHO, 2004, p. 5).
Exemplo
TRABALHO CIENTÍFICO
PREMISSA CONCLUSÃO
36
 Qualquer trabalho científico ou filosófico deve saber
previamente de onde parte (premissa) e aonde
deseja/irá chegar (conclusão).
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33 34
35 36
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Três princípios fundamentais do raciocínio lógico 37
Da 
identidade
se uma ideia é 
verdadeira, 
então ela é 
verdadeira.
Contradição
nenhuma ideia 
pode ser 
verdadeira e 
falsa ao 
mesmo tempo.
Terceiro 
excluído
uma ideia ou é 
verdadeira ou 
é falsa.
Lógica é... 38
a ferramenta que utilizamos para estudar os 
princípios e métodos por meio dos quais se 
constroem as inferências, com o objetivo de 
determinar em que condições certas coisas se 
seguem, ou seja, são consequências, ou não, de 
outras. 
Lógica conceitos e 
elementos
Lógica
 É justamente para verificar o caráter lógico do
raciocínio que usamos os estudos de lógica.
 Há dois conceitos importantes para análise:
proposição e argumento.
Conceitos e elementos
1. Proposição: conteúdo de uma sentença.
Para a lógica, interessa estudar as sentenças
declarativas, a partir das quais se extrai a
proposição simples, constituída apenas de sujeito
(S), verbo de ligação e predicado (P).
Exemplo:
Todo homem é mortal 
41 Conceitos e elementos
2. Argumento:
“Argumentos são conjuntos de proposições que se
relacionam por inferência, sendo, portanto, a expressão
linguística de nossos raciocínios. São eles que constituem
os atos retóricos ou comunicativos argumentativos, daí a
importância de estudá-los sob a ótica da lógica.”
 Pode ser válido ou inválido.
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39 40
41 42
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8
Exemplo 1
(1) Todo homem (A) é mortal (B). 
Sócrates (C) é homem (A). 
Logo, Sócrates (C) é mortal (B). 
43
O argumento é válido, pois a mortalidade de Sócrates é 
concluída a partir das premissas de que ele é um homem 
e de que todos os homens são mortais.
Exemplo 2
(2) Todo homem (A) é mortal (B). 
Sócrates (C) é mortal (B). 
Logo, Sócrates (C) é homem (A). ?
44
O argumento é inválido, pois não é possível concluir
que Sócrates é homem apenas pelas premissas colocadas, 
tendo em vista que outras espécies também são mortais.
Lógica formal e 
material 
Lógica formal e dedução 
 Está interessada em explicar o raciocínio,
estudo das condições de coerência do
pensamento e do discurso.
 Estuda argumentos procurando estabelecer a
relação entre a forma de um argumento e a
sua validade.
 O objeto de estudo é o raciocínio dedutivo,
que é aquele que parte de uma ideia geral
para uma ideia particular.
46
Lógica formal e dedução 
“a lógica formal trata da relação entre as 
premissas e conclusão, deixando de se importar 
com a verdade das premissas. Para ela, interessa 
dar as regras do pensamento correto”.
(MUNDIM, 2002, p. 136).
Lógica material 
 A lógica material tem como objetivo produzir um
conhecimento científico sobre um dado objeto ou
fenômeno.
 Fundamenta-se no método indutivo, no qual
justamente se parte de fatos particulares da
experiência para se chegar a generalizações.
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47 48
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Lógica material 
Somente no campo da lógica material que se pode 
falar da verdade. Assim, o argumento é válido 
somente quando as premissas são verdadeiras e 
se relacionam adequadamente à conclusão.
Situação-problema
Situação-problema
Para solucionar esse problema, como será sua abordagem?
Você atua em uma ONG que presta assessoria jurídica a 
pessoas de baixa renda. Hoje pela manhã, um grupo de 
moradores de um bairro da cidade procurou sua equipe 
para relatar um caso desagradável: durante uma 
reportagem, um empresário referiu-se a eles com a frase 
“são pobres, mas são limpinhos”. Eles, então, querem 
apoio para evidenciar que esse discurso é, de algum 
modo, preconceituoso. Assim, você pretende ajudá-los.
Problematizando a Situação-Problema
• A argumentação faz parte do uso da língua.
• O emprego de certas palavras direciona a construção dos sentidos do
discurso.
• A validade de certos enunciados pode ser analisada sob uma perspectiva
lógica.
• Discursos com conteúdos depreciativos são recorrentes, e
uma análise cuidadosa pode expor atos discriminatórios.
Resolvendo a Situação-Problema
Estratégias gerais para a resolução:
• análise lógica do enunciado;
Todo rico é limpo.
Pobre não é rico.
Logo, pobre não é limpo.
• elaboração de parecer com base na análise;
• acionamento jurídico das partes...
O emprego da conjunção 
“mas” é altamente 
complexo, pois estabelece 
relações de contraste 
capazes de gerar efeitos 
indesejáveis.
Atividade de 
interação 2
49 50
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Atividade de interação 2
• Sobre os estudos da lógica.
Qual é a importância da lógica no nosso dia a dia? 
Fonte: Shutterstock.com
Revisão final
Revisão final
 Comunicação e modus operandi;
 Retórica;
 Figuras de argumentação:
escolha, presença e comunhão;
 Noções introdutórias de lógica:
conceitos e elementos, distinção entre lógica formal e
material.
Fonte: Freepek.com 
Referências
BERTAGNOLI, Danuza Lopes; CARVALHO, Fernanda Lara de. 
Teoria e argumentação jurídica. Londrina: Editora e 
Distribuidora Educacional S.A., 2016.
MUNDIM, Roberto P. A lógica formal – princípios elementares. 
2002. Disponível em: 
<http://periodicos.pucminas.br/index.php/economiaegestao/article/
view/113/104>. Acesso em: 05 ago. 2021.
PERELMAN, Chaim. O império retórico: retórica e argumentação. 
Lisboa: edições Asa, 1993.
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