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Pneumonia: definição, epidemiologia e diagnóstico

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1 Camila Carminate - MEDCEL 
Pneumonia 
Infecção dos alvéolos e bronquíolos, podendo ser causada por 
bactérias, vírus e fungos 
DEFINIÇÃO DE PAC 
Acomete o paciente fora do ambiente hospitalar ou até 48 horas 
de sua admissão 
O QUE É PNM PARA PROVA DE RESIDÊNCIA? 
Clínica 
Exame físico (< 40% clínicos diagnosticam) 
“mancha no pulmão” 
Consolidação: troca ar alveolar por líquido/material inflamatório 
CONSOLIDAÇÃO 
Consolidação pulmonar é um sinal de doenças respiratórias 
caracterizada por substituição do ar alveolar por líquido prejudicial 
(como transudato, exsudato ou tecido conjuntivo), lesionando a 
área. 
Pode ser identificado como uma área opaca em raios X torácico 
ou em ultrassonografia. Obscurece os vasos e as paredes das 
vias aéreas. 
EPIDEMIOLOGIA 
Incidência de 12 : 1.000 habitantes 
Maior incidência nos extremos de idade (< 5 e > 65 anos) 
Maior incidência nos meses de outono e inverno 
Brasil 
Estima-se 2.100.000 casos por ano 
Segunda causa de internação hospitalar 
Terceira causa de óbito 
Mortalidade é maior em idosos e portadores de 
comorbidades, mas está diminuindo 
2% pacientes ambulatoriais 
10% pacientes hospitalares 
40% pacientes em UTI 
PATOGÊNESE 
As vias aéreas inferiores são estéreis 
Os agentes infecciosos penetram as vias aéreas inferiores por 
Aspiração das vias aéreas superiores 
Inalação de aerossóis 
Via hematogênica 
Influenzae e Covid19 podem anteceder e facilitar a ação de 
pneumococo, S. aureus e H. influenzae 
ETIOLOGIA 
+ ou – 100 agentes 
Principais agentes: Pneumococo, Mycoplasma e Haemophilus 
Streptococcus pneumoniae: 16-60% 
Haemophilus influenzae: 3-38% 
Outros Gram negativos (Klebsiella pneumoniae): 7-18% 
Sthaphylococcus aureus: 2-5% 
Legionella pneumophila: 2-8% 
Mycoplasma pneumoniae: 1-20% 
Chlamydophila pneumoniae: 6-12% 
Vírus: 10-30% 
Influenza A e B 
Adenovírus tipos 3, 4 e 7 
Parainfluenza 
Vírus sincicial respiratório 
PNEUMONIA EM PACIENTES COM AIDS 
Etiologia depende do grau de imunodeficiência 
CD4 > 200: semelhante imunocompetente 
 
2 Camila Carminate - MEDCEL 
CD4 < 200: pneumocistose, maior incidência de S. aureus e P. 
aeruginosa 
CD4 < 100: criptococose 
CD4 < 50: citomegalovírus, micobactérias atípicas 
VALE A PENA SABER QUAL É O “BICHO”? 
PAC não grave = nunca 
PAC grave 
Não respondedores ao ATB empírico 
Internados UTI 
AGENTE ETIOLÓGICO 
Identificado somente em 40% dos casos 
Não existe nenhum critério clínico ou radiológico com valor 
preditivo adequado para definir a etiologia microbiológica da PAC 
Jamais deve atrasar o início do tratamento devido a exames para 
definir o agente 
DIAGNÓSTICO MICROBIOLÓGICO 
Hemocultura, Gram + cultura do escarro 
Pesquisar antígeno urinário, broncoscopia com coleta de LBA ou 
aspirado endotraqueal, toracocentese, sorologia, PCR e biópsia 
pulmonar 
ANAERÓBIOS 
Dentes em mal estado de conservação 
Fator de risco para broncoaspiração 
Expectoração volumosa e fétida 
Raios X 
Abscesso pulmonar 
Pulmão direito e segmentos posteriores de lobos 
superiores inferiores 
Pneumonia aspirativa 
PSEUDOMONAS AERUGINOSA 
Pneumopatia estrutural (bronquiectasia e DPOC) 
Uso crônico de corticoide 
Uso recente de antibiótico 
 
PNEUMONIA “ATÍPICA” 
Quadro insidioso 
Tosse seca, febrícula 
Mycoplasma pneumoniae 
Chlamydophyla pneumoniae 
Legionella pneumophila 
Diagnóstico diferencial com COVID-19 
QUADRO CLÍNICO 
Critérios diagnósticos – quadro radiológico compatível + um 
critério maior ou dois critérios menores 
Critérios maiores 
Tosse 80-90% 
Expectoração 60-80% 
Febre (T ≥ 37,8ºC) 68-78% 
Critérios menores 
Dor torácica 
Dispneia 
Ausculta pulmonar alterada 
Confusão mental 
Leucocitose > 12.000/mm³ 
PNEUMONIA EM IDOSOS 
Tosse, febre, dispneia – menos prevalentes 
Confusão mental, diminuição da capacidade funcional 
Descompensa a doença de base 
2/3 dos casos com taquicardia e taquipneia 
EXAME FÍSICO 
Síndrome da condensação (frêmito toracovocal aumentado, 
macicez e estertores crepitantes) 
DIAGNÓSTICO 
Confirmação radiológica é obrigatória 
Gravidade 
Complicações 
Evolução 
Pacientes baixo risco é único exame 
Metade dos diagnósticos de PNM não é PNM 
 
3 Camila Carminate - MEDCEL 
Jamais deve postergar início ATB! 
RADIOGRAFIA DE TÓRAX 
Resolução completa das alterações radiológicas ocorre em 2 
semanas após a apresentação inicial na metade dos casos e, em 
6 semanas, em dois terços dos casos 
Idade avançada, DPOC, imunossupressão, alcoolismo, diabetes e 
pneumonia multilobar associam-se com resolução mais lenta 
Até 10% dos RX em PNM são “normais” 
TOMOGRAFIA E USG DE TÓRAX 
Maior sensibilidade e maior acurácia do que a radiografia 
Dúvida da presença ou não de infiltrado radiológico 
 Na presença de um quadro clínico exuberante associado à 
radiografia normal 
Na detecção de complicações, tais como derrame pleural loculado 
e abscesso 
Não existe PNM com tomografia de tórax normal!!! 
RECOMENDAÇO ̃ES PARA O USO DE BIOMARCADORES 
NO MANEJO DA PAC 
PCR = inespecífica pois eleva em quadro inflamatório 
PAC internados em UTI: pacientes com rápido declínio da PCR 
tiveram mortalidade de 4,8%; declínio lento tiveram 17,3% de 
mortalidade; sem redução na proteína C reativa tiveram 
mortalidade de 36,4% 
Procalcitonina: mais específica para infecção bacteriana, não se 
eleva em infecção viral = quanto maior o valor, maior a 
mortalidade 
TRATAMENTO 
Escore de Fine et al 
CURB-65 
C = Confusão mental 
U = Ureia acima de 50 mg/dL 
R = Respiração (FR > 30 irpm) 
B = Pressão arterial (PAS < 90 mmHg e/ou PAD < 60 mmHg) 
65 = idade maior que 65 anos 
Recomendado pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia 
 
 
 
 
CURB-65 (CRÍTICAS) 
Comorbidades 
Imagem radiológica 
Oxigenação 
Fatores psicossociais e econômicos 
Julgamento clínico 
Levar em consideração fator financeiro 
CRITÉRIOS DE GRAVIDADE 
CRITÉRIOS DE EWIG – INDICAÇÃO DE UTI 
Pelo menos dois critérios menores 
PAS < 90mmHg 
PaO₂/FiO₂ < 250 
Infiltrado multilobar 
Pelo menos um critério maior 
Necessidade de ventilação mecânica 
Choque séptico 
TRATAMENTO 
Tratamento empírico inicial 
Baseado no patógeno provável 
Tempo antibiótico inicial < 4-8 horas 
Ajustar após identificar agente 
 
4 Camila Carminate - MEDCEL 
AMBULATORIAL 
Previamente sadio e sem uso ATB últimos 3 meses 
Amoxicilina ou amoxicilina + ácido clavulânico ou macrolídeos: 
azitromicina ou claritromicina 
Com fatores de risco, doença mais grave, uso recente de 
antibióticos 
-lactâmico + macrolídeo 
5 a 7 dias 
ENFERMARIA 
Cefalosporinas de terceira geração (ceftriaxona ou cefotaxima) 
ou ampicilina/sulbactam + um macrolídeo (azitromicina ou 
claritromicina) 
Amoxicilina + ácido clavulânico 
Levofloxacino ou moxifloxacino ou gemifloxacino em monoterapia 
7 a 10 dias 
TRATAMENTO UTI 
Cefalosporinas de terceira geração (ceftriaxona ou cefotaxima) 
ou ampicilina/sulbactam + um macrolídeo (azitromicina ou 
claritromicina) 
Cefalosporinas de terceira geração (ceftriaxona ou cefotaxima) 
+ quinolona respiratória 
7 a 14 dias 
FALHA TERAPÊUTICA 
Definida como ausência de melhora ou piora do quadro clínico e 
radiológico após 48-72 horas 
Todos os casos deverão ser reavaliados para falha terapêutica 
 
 
 
 
 
 
 
PREVENÇÃO 
VACINAÇÃO 
Pneumocóccica (23 valente) ou Prevenar® 13 
Diminui incidência e gravidade da doença 
Maiores de 65 anos, esplenectomizados, imunossuprimidos, 
doenças crônicas etc 
RESUMO 
Doença comum e superdiagnosticada = importância de RX 
Boa história e exame físico são fundamentais 
β lactâmico x macrolídeo x quinolonas 
Tendência a diminuir o tempo ATB 
Importância de seguimento após diagnóstico

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