Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Iniciado em segunda-feira, 20 fev. 2023, 19:01 Estado Finalizada Concluída em segunda-feira, 20 fev. 2023, 19:08 Tempo empregado 6 minutos 21 segundos Notas 1,00/1,00 Avaliar 10,00 de um máximo de 10,00(100%) Questão 1 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Imaginemos um psicólogo social que resolvesse perguntar a seus pares o que é o . Ele ficaria surpreso não apenas pelo número de respostas diferentes a essa questão, mas, sobretudo, por uma reação de espanto face a uma pergunta tão ingênua. Em primeiro lugar, seus colegas vão tentar lhe mostrar a ingenuidade de tal questão recorrendo ao bom senso e, parafraseando Descartes, assinalarão que o social é a coisa melhor partilhada do mundo. Basta abrir um jornal ou ligar a televisão para encontrar essa palavra disseminada nos mais diferentes segmentos da sociedade : há social em toda parte. Sendo assim, bastaria um pouco de bom senso para concluir que todo o mundo sabe o que é o social. Contudo, o apelo ao bom senso e ao senso comum não foram suficientes para dissuadir nosso psicólogo de prosseguir com sua questão. Ele considera que o fato de trabalharmos no social nos impede muitas vezes de saber sobre o que exatamente nós trabalhamos, e que, por essa razão, especificar a que estamos nos referindo quando empregamos o termo "social" para caracterizar o terreno no qual se organiza nossa : pode nos ajudar a sair de vários impasses que resultam de uma compreensão ingênua a esse respeito. Com efeito, o problema para o nosso psicólogo, neste momento, não é chegar a uma definição precisa do social, mas compreender de onde vem essa ubiquidade, própria ao social, que o torna ao mesmo tempo tão quanto opaco. Na maioria das vezes, esse termo confunde-se com a qualificação daquilo que constitui uma característica comum a todas as formas de existência que pressupõem um certo tipo de relação entre seus membros. Nesse caso, o social é considerado como algo à condição humana e tomado como um sinônimo da noção de sociabilidade. Isso faz com que o social torne-se um fato natural tão evidente que acaba parecendo supérflua e desnecessária todo tipo de questão que procure defini-lo. Contudo, essa evidência do social começa ela mesma a colocar alguns problemas. Se o social, do qual se ocupam os psicólogos sociais, confunde-se com a noção de sociabilidade, isto é, com aquilo que constitui uma qualidade intrínseca ao modo de existência próprio da humanidade, seria um pleonasmo falar de "psicologia social”, pois toda psicologia seria desde o início indiscutivelmente uma psicologia social, dado que o homem é, por excelência, um "ser social”, visto que ele tem necessidade de outros homens para se constituir enquanto tal. social contemporânea prática evidente coletiva intrínseco Sua resposta está correta. A resposta correta é: Imaginemos um psicólogo social que resolvesse perguntar a seus pares o que é o [social]. Ele ficaria surpreso não apenas pelo número de respostas diferentes a essa questão, mas, sobretudo, por uma reação de espanto face a uma pergunta tão ingênua. Em primeiro lugar, seus colegas vão tentar lhe mostrar a ingenuidade de tal questão recorrendo ao bom senso e, parafraseando Descartes, assinalarão que o social é a coisa melhor partilhada do mundo. Basta abrir um jornal ou ligar a televisão para encontrar essa palavra disseminada nos mais diferentes segmentos da sociedade [contemporânea]: há social em toda parte. Sendo assim, bastaria um pouco de bom senso para concluir que todo o mundo sabe o que é o social. Contudo, o apelo ao bom senso e ao senso comum não foram suficientes para dissuadir nosso psicólogo de prosseguir com sua questão. Ele considera que o fato de trabalharmos no social nos impede muitas vezes de saber sobre o que exatamente nós trabalhamos, e que, por essa razão, especificar a que estamos nos referindo quando empregamos o termo "social" para caracterizar o terreno no qual se organiza nossa [prática]: pode nos ajudar a sair de vários impasses que resultam de uma compreensão ingênua a esse respeito. Com efeito, o problema para o nosso psicólogo, neste momento, não é chegar a uma definição precisa do social, mas compreender de onde vem essa ubiquidade, própria ao social, que o torna ao mesmo tempo tão [evidente] quanto opaco. Na maioria das vezes, esse termo confunde-se com a qualificação daquilo que constitui uma característica comum a todas as formas de existência [coletiva] que pressupõem um certo tipo de relação entre seus membros. Nesse caso, o social é considerado como algo [intrínseco] à condição humana e tomado como um sinônimo da noção de sociabilidade. Isso faz com que o social torne-se um fato natural tão evidente que acaba parecendo supérflua e desnecessária todo tipo de questão que procure defini-lo. Contudo, essa evidência do social começa ela mesma a colocar alguns problemas. Se o social, do qual se ocupam os psicólogos sociais, confunde-se com a noção de sociabilidade, isto é, com aquilo que constitui uma qualidade intrínseca ao modo de existência próprio da humanidade, seria um pleonasmo falar de "psicologia social”, pois toda psicologia seria desde o início indiscutivelmente uma psicologia social, dado que o homem é, por excelência, um "ser social”, visto que ele tem necessidade de outros homens para se constituir enquanto tal.
Compartilhar