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1- Adriana ajuizou ação de cobrança em face de Ricardo, para buscar o pagamento de
diversos serviços de arquitetura por ela prestados e não pagos. Saneado o feito, o juízo de
primeiro grau determinou a produção de prova testemunhal, requerida como indispensável
pela autora, intimando-a para apresentar o seu rol de testemunhas, com nome e endereço.
Transcorrido mais de 1 (um) mês, Adriana, embora regularmente intimada daquela decisão,
manteve-se inerte, não tendo fornecido o rol contendo a identificação de suas testemunhas.
Diante disso, o juízo determinou a derradeira intimação da autora para dar andamento ao
feito, no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de extinção. Essa intimação foi feita pelo Diário da
Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos. Findo o prazo sem manifestação,
foi proferida, a requerimento de Ricardo, sentença de extinção do processo sem resolução de
mérito, tendo em vista o abandono da causa pela autora por mais de 30 (trinta) dias,
condenando Adriana ao pagamento das despesas processuais e dos honorários advocatícios.
Na qualidade de advogado de Adriana, sobre essa sentença assinale a afirmativa correta.
Alternativas
A - Está incorreta, pois, para que o processo seja extinto por abandono, o CPC exige prévia
intimação pessoal da parte autora para promover os atos e as diligências que lhe incumbir, no
prazo de 5 (cinco) dias.
B - Está correta, pois, para que o processo seja extinto por abandono, o CPC exige, como
único requisito, o decurso de mais de 30 (trinta) dias sem que haja manifestação da parte
autora.
C - Está incorreta, pois, para que o processo seja extinto por abandono, o CPC exige, como
único requisito, o decurso de mais de 60 (sessenta) dias sem que haja manifestação da parte
autora.
D - Está incorreta, pois o CPC não prevê hipótese de extinção do processo por abandono da
causa pela parte autora.
Comentário: Gabarito letra A.
a) Correta.
De fato o CPC exige prévia intimação pessoal da parte autora para promover os atos e as
diligências que lhe incumbir, no prazo de 5 (cinco) dias. Portanto, a sentença proferida esta
incorreta.
b) Incorreta.
Depende de requerimento do réu também CPC,485,§6° c/c Súmula 240 (STJ): "A extinção do
processo, por abandono da causa pelo autor, depende de requerimento do réu."
c) Incorreta.
Abandonar por mais de 30 dias (CPC, 485, III) e requerimento do réu também, nos termos do
CPC,art.485,§6°.
d) Incorreta.
Há previsão expressa, nos termos do CPC, art. 485, inciso III c/c §6° do mesmo artigo.
2 - Em ação coletiva ajuizada pela Associação Brasileira XYZ, foi proferida sentença que
julgou improcedentes os pedidos formulados na petição inicial. Em segunda instância, o
tribunal negou provimento à apelação interposta pela Associação Brasileira XYZ e manteve a
sentença proferida.
A Associação, contudo, notou que um outro tribunal do país, em específico, decidiu sobre
questão de direito similar de forma distinta, tendo atribuído interpretação diversa à mesma
norma infraconstitucional federal.
A respeito da hipótese narrada, assinale a opção que apresenta a medida judicial a ser adotada
pela Associação Brasileira XYZ.
Alternativas
A - Interposição de recurso especial fundado em dissídio jurisprudencial, devendo a
Associação recorrente comprovar no recurso a divergência entre o acórdão recorrido e o
julgado do outro tribunal, além de mencionar as circunstâncias que identifiquem ou
assemelhem os casos confrontados.
B - Interposição de embargos de divergência direcionados ao Superior Tribunal de Justiça, no
intuito de uniformizar o entendimento divergente dos tribunais.
C - Pedido de instauração de incidente de assunção de competência, ainda que se trate de
divergência entre tribunais sobre questão de direito sem relevância e repercussão social.
D - Pedido de instauração de incidente de resolução de demandas repetitivas direcionado a
relator de turma do Superior Tribunal de Justiça, com o objetivo de uniformizar o
entendimento divergente dos tribunais.
A) GABARITO DA QUESTÃO. Perceba que em se tratando de conflito relacionado a
interpretação de lei infraconstitucional, estaremos diante do cabimento em tese de recurso
especial destinado ao STJ. Ademais, a sistemática posta no presente item se coaduna com o
disposto no art. 1.029, § 1º, CPC/15;
B) FALSO. Como visto, nesse caso caberá recurso especial destinado ao STJ e não embargos
de divergência, uma vez que a divergência citada não ocorre entre turmas da Corte Cidadã,
mas entre Tribunais ordinários diferentes;
C) FALSO. Como visto, no caso caberá recurso especial ao STJ fundado em dissídio
jurisprudencial;
D) FALSO. Vide comentários anteriores;
3- Diante da multiplicidade de recursos especiais fundados em idêntica questão de direito, o
Desembargador 3º Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
seleciona dois dos recursos e os remete ao Superior Tribunal de Justiça para fins de afetação,
determinando a suspensão de todos os processos pendentes que tramitam no respectivo
Estado que versem sobre a mesma matéria.
Uma vez recebido o recurso representativo da controvérsia, o Ministro Relator resolve
proferir decisão de afetação. Após seu trâmite, o recurso é julgado pela Corte Especial do
Superior Tribunal de Justiça, que fixa a tese jurídica.
Diante da situação hipotética acima descrita, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
A - A tese jurídica fixada pelo Superior Tribunal de Justiça por ocasião do julgamento dos
recursos especiais representativos da controvérsia não poderá ser alterada ou superada no
futuro, em qualquer hipótese, nem mesmo pelo próprio Superior Tribunal de Justiça.
B - Para a formação de seu convencimento acerca da controvérsia objeto do recursos
especiais repetitivos, o Ministro Relator não poderá admitir a participação de terceiros, na
qualidade de amicus curiae, e tampouco realizar audiências públicas para a qualificação do
contraditório.
C - A controvérsia objeto dos recursos especiais submetidos ao rito dos repetitivos não
poderá ter natureza de direito processual, mas apenas de direito material.
D - A escolha dos recursos feita pelo 3º Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do
Rio de Janeiro não possuía o efeito de vincular o Ministro Relator no Superior Tribunal de
Justiça, que, se entendesse pertinente, poderia ter selecionado outros recursos representativos
da controvérsia.
D)A escolha dos recursos feita pelo 3º Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do
Rio de Janeiro não possuía o efeito de vincular o Ministro Relator no Superior Tribunal de
Justiça, que, se entendesse pertinente, poderia ter selecionado outros recursos representativos
da controvérsia.
LETRA D CORRETA:
Segundo o art. 1.036 do Código, sempre que houver multiplicidade de REsp ou RE baseados
em idêntica questão de direito, deverá haver afetação da matéria, julgamento de casos
representativos da controvérsia e a criação de uma tese geral, que será aplicada pelos demais
tribunais nos casos fundados na mesma matéria.
Art. 1.036. Sempre que houver multiplicidade de recursos extraordinários ou especiais com
fundamento em idêntica questão de direito, haverá afetação para julgamento de acordo com
as disposições desta Subseção, observado o disposto no Regimento Interno do Supremo
Tribunal Federal e no do Superior Tribunal de Justiça.
§ 1º O presidente ou o vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal
selecionará 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia, que serão
encaminhados ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça para fins de
afetação, determinando a suspensão do trâmite de todos os processos pendentes, individuais
ou coletivos, que tramitem no Estado ou na região, conforme o caso.
§ 4º A escolha feita pelo presidente ou vice-presidente do tribunal de justiça ou do tribunal
regional federal não vinculará o relator no tribunal superior, que poderá selecionar outros
recursos representativos da controvérsia.
LETRA A ERRADA:
Art. 927. Os juízes eos tribunais observarão:
III - os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução de demandas
repetitivas e em julgamento de recursos extraordinário e especial repetitivos;
§ 4º A modificação de enunciado de súmula, de jurisprudência pacificada ou de tese adotada
em julgamento de casos repetitivos observará a necessidade de fundamentação adequada e
específica, considerando os princípios da segurança jurídica, da proteção da confiança e da
isonomia.
LETRA B ERRADA:
Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão:
§ 2º A alteração de tese jurídica adotada em enunciado de súmula ou em julgamento de casos
repetitivos poderá ser precedida de audiências públicas e da participação de pessoas, órgãos
ou entidades que possam contribuir para a rediscussão da tese.
LETRA C ERRADA:
Art. 928. Para os fins deste Código, considera-se julgamento de casos repetitivos a decisão
proferida em:
I - incidente de resolução de demandas repetitivas;
II - recursos especial e extraordinário repetitivos.
Parágrafo único. O julgamento de casos repetitivos tem por objeto questão de direito material
ou processual.
4- Thiago, empresário com renda mensal de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), ajuizou
ação pelo procedimento comum em face do plano de saúde X, com pedido de tutela
provisória de urgência, para que o plano seja compelido a custear tratamento médico no valor
de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais).
O juízo, embora entendendo estarem presentes a probabilidade de existência do direito
alegado por Thiago e o risco à sua saúde, condicionou a concessão da tutela provisória de
urgência à prestação de caução equivalente a R$ 100.000,00 (cem mil reais), de modo a
ressarcir eventuais prejuízos que o plano de saúde X possa sofrer em havendo a cessação de
eficácia da medida.
A este respeito, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
A - A exigência de caução para concessão de tutela provisória de urgência no caso em tela é
desprovida de fundamento legal, razão pela qual é indevida.
B - A decisão judicial que condicione a concessão de tutela provisória de urgência à prestação
de caução é impugnável por meio de preliminar no recurso de apelação.
C - A decisão está em desconformidade com o Código de Processo Civil, pois a caução para a
concessão de tutela provisória deve ser de, no mínimo, 50% do valor econômico da
pretensão.
D - A exigência de caução, para concessão de tutela provisória de urgência, é admissível
como forma de proteção ao ressarcimento de danos que o requerido possa sofrer em virtude
da tutela.
A questão em comento encontra resposta na literalidade do NCPC.
Diz o NCPC:
“ Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real
ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a
caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la."
Diante do exposto, cabe comentar as alternativas da questão.
LETRA A- INCORRETA. Há fundamento legal para exigência de caução, nos termos do art.
300, parágrafo primeiro, do NCPC.
LETRA B- INCORRETA. Para a decisão em tela, em uma interpretação elástica, é cabível
agravo de instrumento, nos termos do art. 1015, I, do NCPC. Não podemos falar em
apelação.
LETRA C- INCORRETA. Inexiste exigência neste sentido no NCPC.
LETRA D- CORRETA. Reproduz a mentalidade do art. 300, parágrafo primeiro, do NCPC.
GABARITO: LETRA D
5- A corretora de seguros XYZ ajuizou ação de cobrança em face da Alegria Assistência
Médica, pugnando pelo pagamento da taxa de comissão de corretagem que a segunda se
recusa a pagar, apesar de a autora estar prestando devidamente serviços de corretagem.
O juízo de primeiro grau julgou pela procedência do pedido, na mesma oportunidade
concedendo tutela antecipada, para que a Alegria faça os pagamentos da comissão devida
mensalmente.
Nessa circunstância, o(a) advogado(a) da Alegria Assistência Médica, buscando
imediatamente suspender os efeitos da sentença, deve
Alternativas
A - interpor Recurso Extraordinário, no prazo de 15 dias úteis, para que o Supremo Tribunal
Federal reforme a sentença e pleiteando efeito suspensivo.
B - interpor Apelação Cível, no prazo de 15 dias úteis, objetivando a reforma da sentença, e
pleitear efeito suspensivo diretamente ao tribunal, por pedido próprio, durante a tramitação da
apelação em primeiro grau.
C - impetrar Mandado de Segurança contra a decisão que reputa ilegal, tendo como
autoridade coatora o juizo sentenciante, para sustar os efeitos da sentença.
D - interpor Agravo de Instrumento, no prazo de 15 dias úteis, para reforma da tutela
antecipada.
Diante do exposto, cabe comentar as alternativas da questão:
LETRA A- INCORRETO. Em havendo sentença, é caso de apelação, e não de Recurso
Extraordinário, cabível contra decisão em única ou última instância, tudo dentro da
perspectiva dos arts. 1029 e seguintes do NCPC.
LETRA B- CORRETO. De fato, cabe apelação de sentença, nos termos do art. 1009. Cabe,
na apelação, o pedido de efeito suspensivo para obstar a tutela antecipada, nos termos do art.
1012, §4º, do NCPC.
LETRA C- INCORRETO. Havendo recurso cabível contra a decisão, impossível falarmos
em mandado de segurança.
LETRA D- INCORRETO. Não se trata de decisão interlocutória listada no rol do art. 1015
do NCPC.
6- João Carlos ajuizou ação em face do Shopping Sky Mall, objetivando a devolução dos
valores que superem o limite máximo previsto em lei de seu município, pagos em virtude do
estacionamento de seu automóvel. Julgado procedente o pedido e iniciado o cumprimento de
sentença, o executado apresentou impugnação, alegando ser inexigível a obrigação. Sustentou
que o Supremo Tribunal Federal, em controle difuso de constitucionalidade, reconheceu a
inconstitucionalidade da referida lei municipal que ampara o título judicial.
Considerando que a decisão do STF foi proferida após o trânsito em julgado da ação movida
por João Carlos, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
A - É possível acolher a alegação do executado veiculada em sua impugnação, pois a decisão
do STF sempre se sobrepõe ao título judicial.
B - É possível acolher a alegação do executado apresentada em sua impugnação, pois não
houve a modulação dos efeitos da decisão do STF.
C - Não é possível acolher a alegação do executado veiculada por meio de impugnação,
sendo necessário o ajuizamento de ação rescisória para desconstituir o título.
D - Não é possível acolher a alegação do executado apresentada em sua impugnação, pois o
reconhecimento da inconstitucionalidade se deu em controle difuso de inconstitucionalidade.
Vamos comentar as alternativas da questão.
LETRA A- INCORRETA. Não está compatível com o disposto no art. 525, parágrafo 15, do
NCPC.
LETRA B- INCORRETA. Não há sequer que se cogitar modulação dos efeitos da decisão do
STF. Não há alegar, em sede de impugnação, inconstitucionalidade que só foi reconhecida
após o trânsito em julgado.
LETRA C- CORRETA. Com efeito, segundo o art. 525, parágrafo 15, do NCPC, a solução
cabível é a ação rescisória.
LETRA D- INCORRETA. O fato da inconstitucionaliade ter sido reconhecida em controle
difuso pelo STF não é óbice para alegação em sede de impugnação. O problema é ter sido
reconhecida após o trânsito em julgado.
GABARITO: LETRA C
7 - O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, se deparando com pedido de
instauração de Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR) para solucionar as
causas de um acidente aéreo com numerosas vítimas, que demandaria a realização de prova
pericial para aferir se houve falha elétrica ou se algum outro fator causou a queda da
aeronave, designou sessão de julgamento para análise colegiada a respeito do cabimento do
incidente.
A respeito da referida análise quanto ao cabimento e às consequências da instauração,
assinale a afirmativacorreta.
Alternativas
A - O IRDR é cabível, e, uma vez admitida sua instauração, não haverá a suspensão dos
processos ajuizados pelas múltiplas vítimas, e o entendimento firmado no IRDR apenas será
aplicável aos processos que venham a ser ajuizados após a sua prolação.
B - O IRDR não é cabível, uma vez que a técnica processual visa apenas a resolver
controvérsia sobre questão unicamente de direito, seja processual ou material.
C - A instauração do IRDR é possível, uma vez que visa a resolver controvérsia sobre
questão de fato, com o objetivo de permitir a realização de prova pericial única, tal como na
hipótese concreta.
D - Não é possível instaurar o IRDR, que apenas é cabível em primeira instância e nos
tribunais superiores.
A presente questão versa sobre tema afeto ao direito processual civil.
Vejamos cada um dos itens:
A) FALSO. Tal item vai de encontro a possibilidade de suspensão do processo prevista no art.
982, I, CPC/15, e do alcance da coisa julgada prevista no art. 985, CPC/15;
B) GABARITO DA QUESTÃO. De fato, tal incidente não é cabível em razão do não
preenchimento do requisito previsto no art. 976, CPC/15;
B)O IRDR não é cabível, uma vez que a técnica processual visa apenas a resolver
controvérsia sobre questão unicamente de direito, seja processual ou material.
C) FALSO. Como visto, apenas questão de direito podem ser objeto de tutela de tal incidente;
D) FALSO. Não há tal limitação legal;
Artigos citados:
Art. 976, CPC/15: É cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas
quando houver, simultaneamente:
Requisitos cumulativos:
I - efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão
unicamente de direito;
Questão de direito: material ou processual
Quantidade significativa de processos envolvendo essa questão de direito;
II - risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.
Art. 982, I, CPC/15: Admitido o incidente, o relator: I - suspenderá os processos pendentes,
individuais ou coletivos, que tramitam no Estado ou na região, conforme o caso;
Art. 985, I e II, CPC/15: Julgado o incidente, a tese jurídica será aplicada:
I - a todos os processos individuais ou coletivos que versem sobre idêntica questão de direito
e que tramitem na área de jurisdição do respectivo tribunal, inclusive àqueles que tramitem
nos juizados especiais do respectivo Estado ou região;
II - aos casos futuros que versem idêntica questão de direito e que venham a tramitar no
território de competência do tribunal, salvo revisão na forma do art. 986.
8 - Após anos de relacionamento conjugal, Adriana e Marcelo resolvem se divorciar. Diante
da recusa do cônjuge ao pagamento de alimentos, Adriana, desempregada, resolve ingressar
com ação a fim de exigir o pagamento.
A ação teve regular processamento, tendo o juiz proferido sentença de procedência,
condenando o réu ao pagamento de R$ 2.000,00 (dois mil reais) mensais à autora, sendo
publicada no dia seguinte. Inconformado, o réu interpõe recurso de apelação, mas Adriana
promove, imediatamente, o cumprimento provisório da decisão.
Diante das informações expostas, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
A - A sentença não pode ser executada neste momento, pois o recurso de apelação possui
efeito suspensivo.
B -A sentença não pode ser executada, uma vez que a sentença declaratória não permite a
execução provisória.
C - Poderá ser iniciada a execução provisória, pois a sentença que condena a pagar alimentos
começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação.
D - Pode ser iniciada execução provisória, pois os recursos de apelação nunca possuem efeito
suspensivo.
Diante do exposto, cabe comentar as alternativas da questão.
LETRA A- INCORRETO. No caso em tela não há efeito suspensivo na apelação,
considerando o previsto no art. 1012, parágrafo primeiro, II, do NCPC.
LETRA B- INCORRETO. Não é caso de sentença declaratória, mas sim de sentença
condenatória, que comporta execução, inclusive provisória.
LETRA C- CORRETO. Em caso de alimentos, o recurso de apelação não tem efeito
suspensivo e cabe a execução provisória, nos termos do art. 1012, parágrafo primeiro, II, do
NCPC.
LETRA D- INCORRETO. Via de regra, o recurso de apelação, ao contrário do exposto, tem
efeito suspensivo, sim. Basta observar o art. 1012 do NCPC.
GABARITO: LETRA C
9- Karine teve conhecimento de que Pedro propôs ação reivindicatória em face de Joana
relativamente à Fazenda Felicidade, situada em Atibaia. Karine, furiosa, apresenta oposição,
por entender que aquela fazenda lhe pertence, já que a recebeu em testamento pelo falecido
tio de Joana.
Sobre o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
A - Se a oposição foi proposta antes do início da audiência do processo originário, a oposição
será apensada aos autos e tramitará simultaneamente à ação reivindicatória, sendo ambas
julgadas pela mesma sentença.
B - Se houver possibilidade de julgamento conjunto, o juiz deverá observar a relação de
prejudicialidade existente entre a oposição apresentada por Karine e a ação reivindicatória
proposta por Pedro, sendo que o pedido desta última deve ser julgado em primeiro lugar.
C - Os opostos formam um litisconsórcio passivo unitário, devendo a sentença dIvidir de
modo idêntico o mérito para ambos.
D - Se Pedro reconhecer a procedência do pedido da opoente, Karine deverá ser reconhecida
como legítima proprietária do imóvel.
A) CERTA.
De fato, se a oposição foi proposta antes do início da audiência do processo originário, ela
será apensada aos autos e tramitará simultaneamente à ação reivindicatória, sendo ambas
julgadas pela mesma sentença, nos termos do artigo 685, caput, do CPC.
CPC
Art. 685. Admitido o processamento, a oposição será apensada aos autos e tramitará
simultaneamente à ação originária, sendo ambas julgadas pela mesma sentença.
Parágrafo único. Se a oposição for proposta após o início da audiência de instrução, o juiz
suspenderá o curso do processo ao fim da produção das provas, salvo se concluir que a
unidade da instrução atende melhor ao princípio da duração razoável do processo.
B) ERRADA.
Nos termos do artigo 686 do CPC, o juiz conhecerá em primeiro lugar a oposição, e não a
ação originária.
Art. 686. Cabendo ao juiz decidir simultaneamente a ação originária e a oposição, desta
conhecerá em primeiro lugar.
C) ERRADA.
Nos termos do que informa a doutrina, de Athos Gusmão Carneiro, "não se cuida de
litisconsórcio necessário unitário, pois o juiz não decide a lide de modo necessariamente
idêntico em relação aos opostos".
D) ERRADA.
Conforme enuncia o artigo 684 do CPC, se um dos opostos reconhecer a procedência do
pedido, contra o outro prosseguirá o opoente.
Art. 684. Se um dos opostos reconhecer a procedência do pedido, contra o outro prosseguirá
o opoente.
10 - Carlyle Schneider, engenheiro suíço, morava em Madison, Wisconsin, Estados Unidos
da América, há 12 anos.
Em meados de 2015, participou da construção de dois edifícios em Florianópolis, Brasil, dos
quais se afeiçoou de tal modo, que decidiu adquirir uma unidade residencial em cada prédio.
Portanto, apesar de bem estabelecido em Madison, era o Sr. Schneider proprietário de dois
imóveis no Brasil.
Em 10/12/2017, viajou à Alemanha e, ao visitar um antigo casarão a ser restaurado, foi
surpreendido pelo desabamento da construção sobre si, falecendo logo em seguida. Carlyle
Schneider deixou 3 (três) filhos, que moravam na Suíça.
A respeito dos limites da jurisdição nacional e da cooperação internacional, com base nas
normas constantes do Código de Processo Civil, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
A - Em matéria de sucessão hereditária, compete exclusivamente à autoridade judiciária da
Suíça, país de nacionalidade do autor da herança e de nacionalidade e residência dos
herdeiros legítimos, proceder à partilha dos dois bens imóveis situados no Brasil.
B - Em matéria de sucessão hereditária, compete concorrentemente à autoridade judiciária da
Alemanha, local de óbito do autor da herança, procederà partilha dos dois bens imóveis
situados no Brasil.
C - Em matéria de sucessão hereditária, compete exclusivamente ao Estado brasileiro, local
de situação dos imóveis, proceder ao inventário e à partilha dos dois bens imóveis.
D - Em matéria de sucessão hereditária, compete concorrentemente à autoridade judiciária
dos Estados Unidos da América, país de residência do autor da herança, proceder à partilha
dos dois bens imóveis situados no Brasil.
Resposta: LETRA C.
Nos termos do art. 23, II, do Código de Processo Civil (CPC):
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao
inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de
nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;
A questão aborda hipótese da chamada competência exclusiva, prevista no art. 12, §1º da
LINDB e no art. 23 do CPC, que exclui a possibilidade de o processo correr em foro
estrangeiro.
Vejamos as justificativas dos demais itens da questão:
a) ERRADA. Como visto, nos termos do art. 23, II, a questão traz hipótese de competência
exclusiva da jurisdição brasileira, que se dá independentemente da nacionalidade do autor da
herança. As hipóteses de competência concorrente encontram-se previstas no art. 12 da
LINDB e no art. 21 do CPC e implicam uma concorrência entre a competência do Poder
Judiciário brasileiro e a competência de jurisdições estrangeiras – o que não ocorre no
presente caso.
b) ERRADA. Mais uma vez, nos termos do art. 23, II, a questão traz hipótese de competência
exclusiva da jurisdição brasileira, que se dá independentemente do local do óbito do autor da
herança.
d) ERRADA. Aqui também, nos termos do art. 23, II, a questão traz hipótese de competência
exclusiva da jurisdição brasileira, que se dá independentemente do domicílio do autor da
herança.
11- Em determinada demanda indenizatória, houve a condenação do réu para pagar a quantia
de R$ 10.000 (dez mil reais) em sentença transitada em julgada em prol do autor.
Na qualidade de patrono deste último, assinale a opção que representa a medida adequada a
ser providenciada.
Alternativas
A - Aguardar o depósito judicial da quantia referente à condenação, pois as sentenças que
condenam a obrigação de pagar são instauradas de ofício, independentemente de
requerimento do exequente, assim como as obrigações de fazer e não fazer.
B - Peticionar a inclusão de multa legal e honorários advocatícios tão logo seja certificado o
trânsito em julgado, independentemente de qualquer prazo para que o réu cumpra
voluntáriamente a obrigação, já que ela deveria ter sido cumprida logo após a publicação da
sentença.
C - Aguardar a iniciativa do juiz para instauração da fase executiva, para atender ao princípio
da cooperação, consagrado no Art. 6º do CPC.
D - Peticionar para iniciar a fase executiva após a certificação do trânsito em julgado,
requerendo a intimação do devedor para pagamento voluntário no prazo de 15 dias, sob pena
de acréscimos de consectários legais.
A- ERRADA. O cumprimento de sentença que condene a obrigação de pagar será feita a
requerimento do exequente e não de ofício como afirmado. Vide artigo 513,§1º do CPC: " O
cumprimento da sentença que reconhece o dever de pagar quantia, provisório ou definitivo,
far-se-á a requerimento do exequente".
B- ERRADA. O executado tem o prazo de 15 dias para pagar o débito, após esse período é
possível que seja acrescido ao valor a multa e os honorários advocatícios, nos termos do §1º
do artigo 523 do CPC: "Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput , o débito
será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por
cento".
C- ERRADA. Como já explicado, o cumprimento de sentença em que haja a condenação em
quantia certa é iniciado a requerimento do exequente.
D- CORRETO. Vide artigo 523 do CPC: "No caso de condenação em quantia certa, ou já
fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento
definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para
pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver".
12 - Em determinado Mandado de Segurança individual, contra ato de um dos Ministros de
Estado, o Superior Tribunal de Justiça, em sua competência constitucional originária,
denegou a segurança na primeira e única instância de jurisdição.
Diante do julgamento desse caso concreto, assinale a opção que apresenta a hipótese de
cabimento para o Recurso Ordinário Constitucional dirigido ao STF.
Alternativas
A - Os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos em
única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão.
B - Os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos em
última instância pelos tribunais superiores, quando concessiva a decisão.
C - Os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais
ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando
denegatória a decisão.
D - Os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo
internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no país.
GABARITO: A
Vamos analisar a questão com base na CF/88. Vejamos:
A CORRETA
Está de acordo com o art. 102, II, a:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,
cabendo-lhe:
II - julgar, em recurso ordinário:
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção
decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
B. INCORRETA
Contraria o art. 102, II, a:
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção
decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
C.INCORRETA
Contraria o art. 102, II, a:
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção
decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
D. INCORRETA
Contraria o art. 102, II, a:
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção
decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
13 - Guilherme, em 13/03/2019, ajuizou ação indenizatória contra Rodrigo, a qual tramita no
Juízo da 5ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte, em autos físicos. Em contestação,
Rodrigo defendeu, preliminarmente, a incompetência do Poder Judiciário, pois as partes
teriam pactuado convenção de arbitragem no contrato que fundamentava a demanda movida
por Guilherme. Rodrigo, no mérito de sua defesa, requereu a improcedência do pedido
indenizatório, uma vez que teria cumprido o contrato celebrado entre as partes. Após a
apresentação de réplica, o Juízo da 5ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte proferiu
decisão na qual rejeitou a preliminar arguida por Rodrigo e intimou as partes para informar as
provas que pretendiam produzir. Inconformado, Rodrigo interpôs agravo de instrumento
contra a parcela da decisão que rejeitou a preliminar de convenção de arbitragem. No entanto,
Rodrigo não cumpriu a obrigação de comunicação ao juízo de primeiro grau da interposição
do agravo no prazo de 3 dias, deixando de apresentar a cópia da petição do agravo de
instrumento e o comprovante de sua interposição para o Juízo da 5ª Vara Cível da Comarca
de Belo Horizonte. Para que o recurso de Rodrigo não seja conhecido com base nesse vício
formal, assinale a opção que apresenta a medida a ser adotada por Guilherme.
Alternativas
A - Ele não pode fazer nada, pois o vício formal é sanável, de ofício, pelo desembargador
responsável por relatar o agravo de instrumento, o qual deve intimar Rodrigo para apresentar
cópia da petição do agravo de instrumento e o comprovante de sua interposição.
B - Ele poderá, em qualquermomento da tramitação do agravo de instrumento, apontar que
Rodrigo descumpriu a exigência de comunicação ao primeiro grau.
C - Ele deverá, em suas contrarrazões ao agravo de instrumento, apontar que Rodrigo
descumpriu a exigência de comunicação em questão.
D - Ele não precisará fazer nada, pois esse vício formal é insanável e poderá ser conhecido,
de ofício, pelo desembargador responsável por relatar o agravo de instrumento.
A alternativa A dispõe que Guilherme “não pode fazer nada, pois o vício formal é sanável, de
ofício, pelo desembargador responsável por relatar o agravo de instrumento, o qual deve
intimar Rodrigo para apresentar cópia da petição do agravo de instrumento e o comprovante
de sua interposição”. Essa alternativa está errada porque, conforme demonstrado acima, o
descumprimento do art. 1.018, § 2º, do CPC somente será sanado caso o Agravado não o
impugne no momento adequado, não cabendo ao desembargador responsável por relatar o
recurso conhecer esse vício de ofício e tampouco conceder prazo para sua correção.
Já a alternativa B dispõe que Guilherme “poderá, em qualquer momento da tramitação do
agravo de instrumento, apontar que Rodrigo descumpriu a exigência de comunicação ao
primeiro grau”. Essa alternativa está errada porque, conforme demonstrado acima, a doutrina
majoritária e o Superior Tribunal de Justiça entendem que o referido vício deve ser arguido
na primeira oportunidade que o Agravado se manifesta no recurso, que, via de regra, é nas
contrarrazões ao agravo de instrumento. Ainda que se considere a corrente minoritária que
defende a arguição do descumprimento do art. 1.018, § 2º, do CPC até o julgamento do
recurso (Wambier, Teresa Arruda Alvim et al. Primeiros Comentários ao Novo Código de
Processo Civil – Artigo por Artigo. 2ª Edição. São Paulo: Editor Revista dos Tribunais.
2016), a alternativa B estaria errada porque seria impossível conceber a arguição desse vício
“em qualquer momento da tramitação do agravo de instrumento”, o que incluiria eventual
alegação de descumprimento do art. 1.018, § 2º do CPC em sede de recurso especial. Assim,
por qualquer ângulo, a alternativa B está errada.
A alternativa D dispõe que “não precisará fazer nada, pois esse vício formal é insanável e
poderá ser conhecido, de ofício, pelo desembargador responsável por relatar o agravo de
instrumento” e está errada porque (i) o descumprimento do art. 1.018, § 2º do CPC não pode
ser conhecido de ofício e (ii) o vício é sanável caso o agravado não o comprove, no momento
adequado, que o agravante não cumpriu o art. 1.018, § 2º do CPC.
alternativa correta é a C, a qual prevê que Guilherme “deverá, em suas contrarrazões ao
agravo de instrumento, apontar que Rodrigo descumpriu a exigência de comunicação em
questão”. Trata-se da única alternativa que respeita a melhor interpretação doutrinária e
jurisprudencial sobre o Art. 1.018, § 3º, do CPC.
14 - O arquiteto Fernando ajuizou ação exclusivamente em face de Daniela, sua cliente,
buscando a cobrança de valores que não teriam sido pagos no âmbito de um contrato de
reforma de apartamento.
Daniela, devidamente citada, deixou de oferecer contestação, mas, em litisconsórcio com seu
marido José, apresentou reconvenção em peça autônoma, buscando indenização por danos
morais em face de Fernando e sua empresa, sob o argumento de que estes, após a conclusão
das obras de reforma, expuseram, em site próprio, fotos do interior do imóvel dos reconvintes
sem que tivessem autorização para tanto.
Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
A - Como Daniela deixou de contestar a ação, ela e seu marido não poderiam ter apresentado
reconvenção, devendo ter ajuizado ação autônoma para buscar a indenização pretendida.
B - A reconvenção deverá ser processada, a despeito de Daniela não ter contestado a ação
originária, na medida em que o réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer
contestação.
C - A reconvenção não poderá ser processada, na medida em que não é lícito a Daniela
propor reconvenção em litisconsórcio com seu marido, que é um terceiro que não faz parte da
ação originária.
D - A reconvenção não poderá ser processada, na medida em que não é lícito a Daniela
incluir no polo passivo da reconvenção a empresa de Fernando, que é um terceiro que não faz
parte da ação originária.
Questão comentada por item:
A) Como Daniela deixou de contestar a ação, ela e seu marido não poderiam ter apresentado
reconvenção, devendo ter ajuizado ação autônoma para buscar a indenização pretendida.
( Art. 343, § 3º O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação)
B) A reconvenção deverá ser processada, a despeito de Daniela não ter contestado a ação
originária, na medida em que o réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer
contestação. (Art. 343, § 3º O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer
contestação) correta
C) A reconvenção não poderá ser processada, na medida em que não é lícito a Daniela propor
reconvenção em litisconsórcio com seu marido, que é um terceiro que não faz parte da ação
originária.(Art. 343,§ 4º A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com
terceiro.)
D) A reconvenção não poderá ser processada, na medida em que não é lícito a Daniela
incluir no polo passivo da reconvenção a empresa de Fernando, que é um terceiro que não faz
parte da ação originária. (Art. 343, § 3º A reconvenção pode ser proposta contra o autor e
terceiro).
15 - Gustavo procura você, como advogado(a), visando ao ajuizamento de uma ação em face
de João, para a defesa da posse de um imóvel localizado em Minas Gerais.
Na defesa dos interesses do seu cliente, quanto à ação possessória a ser proposta, assinale a
afirmativa correta.
Alternativas
A - Não é lícito cumular o pedido possessório com condenação em perdas e danos a Gustavo,
dada a especialidade do procedimento.
B - Na pendência da ação possessória proposta por Gustavo, não é possível, nem a ele, nem a
João, propor ação de reconhecimento de domínio, salvo em face de terceira pessoa.
C - Se a proposta de ação de manutenção de posse por Gustavo for um esbulho, o juiz não
pode receber a ação de manutenção de posse como reintegração de posse, por falta de
interesse de adequação.
D - Caso se entenda possuidor do imóvel e pretenda defender sua posse, o meio adequado a
ser utilizado por João é a reconvenção em face de Gustavo.
A) ERRADA
Art. 555. É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de:
I - condenação em perdas e danos;
II - indenização dos frutos.
B) CORRETA
Art. 557. Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor quanto ao réu, propor
ação de reconhecimento do domínio, exceto se a pretensão for deduzida em face de terceira
pessoa.
Parágrafo único. Não obsta à manutenção ou à reintegração de posse a alegação de
propriedade ou de outro direito sobre a coisa.
C) ERRADA
Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz
conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos
estejam provados.
D) ERRADA
Art. 556. É lícito ao réu, na contestação, alegando que foi o ofendido em sua posse, demandar
a proteção possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da turbação ou do esbulho
cometido pelo autor.
16 - Bruno ajuizou contra Flávio ação de execução de título executivo extrajudicial, com base
em instrumento particular, firmado por duas testemunhas, para obter o pagamento forçado de
R$ 10.000,00 (dez mil reais).
Devidamente citado, Flávio prestou, em juízo, garantia integral do valor executado e opôs
embargos à execução dentro do prazo legal, alegando, preliminarmente, a incompetência
relativa do juízo da execução e, no mérito, que o exequente pleiteia quantia superior à do
título (excesso de execução). No entanto, em seus embargos à execução, embora tenha
alegado excesso de execução, Flávio não apontou o valor que entendia ser correto, tampouco
apresentou cálculo com o demonstrativo discriminado eatualizado do valor em questão.
Considerando essa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
A - Os embargos à execução devem ser liminarmente rejeitados, sem resolução do mérito,
porquanto Flávio não demonstrou adequadamente o excesso de execução, ao deixar de
apontar o valor que entendia correto e de apresentar cálculo com o demonstrativo
discriminado e atualizado do valor em questão.
B - O juiz deverá rejeitar as alegações de incompetência relativa do juízo e de excesso de
execução deduzidas por Flávio, por não constituírem matérias passíveis de alegação em sede
de embargos à execução.
C - Os embargos à execução serão processados para a apreciação da alegação de
incompetência relativa do juízo, mas o juiz não examinará a alegação de excesso de
execução, tendo em vista que Flávio não indicou o valor que entendia correto para a
execução, não apresentando o cálculo discriminado e atualizado do valor em questão.
D - O juiz deverá processar e julgar os embargos à execução em sua integralidade, não
surtindo qualquer efeito a falta de indicação do valor alegado como excesso e a ausência de
apresentação de cálculo discriminado e atualizado do valor em questão, uma vez que os
embargos foram apresentados dentro do prazo legal.
A) Quando o embargante alega unicamente o excesso de execução e não aponta o valor
correto ou não apresenta o demonstrativo, o juiz deve rejeitar liminarmente os embargos à
execução, sem resolução do mérito. No entanto, se os embargos trazem outros fundamentos,
não será possível a rejeição liminar. (art. 917, §4º, do CPC)
B) Nos embargos à execução, o executado poderá alegar, entre outras hipóteses, a
incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução. (art. 917, V, do CPC)
Correta
C) Se o embargante alega o excesso da execução e não aponta o valor correto ou não
apresenta o demonstrativo, o juiz não examinará tal alegação, mas poderá examinar as demais
e processá-las. (art. 917, §4º, do CPC)
D) A falta de indicação do valor alegado como excesso e a ausência de apresentação de
cálculo discriminado e atualizado do valor importará na sua não apreciação pelo juízo, e em
caso de ser o único fundamento dos embargos, poderá ensejar a sua rejeição liminar. (art.
917, §4º, do CPC)
17 - Marcos foi contratado por Júlio para realizar obras de instalação elétrica no apartamento
deste. Por negligência de Marcos, houve um incêndio que destruiu boa parte do imóvel e dos
móveis que o guarneciam.
Como não conseguiu obter a reparação dos prejuízos amigavelmente, Júlio ajuizou ação em
face de Marcos e obteve sua condenação ao pagamento da quantia de R$ 148.000,00 (cento e
quarenta e oito mil reais).
Após a prolação da sentença, foi interposta apelação por Marcos, que ainda aguarda
julgamento pelo Tribunal. Júlio, ato contínuo, apresentou cópia da sentença perante o cartório
de registro imobiliário, para registro da hipoteca judiciária sob um imóvel de propriedade de
Marcos, visando a garantir futuro pagamento do crédito.
Sobre o caso apresentado, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
A - Júlio não pode solicitar o registro da hipoteca judiciária, uma vez que ainda está pendente
de julgamento o recurso de apelação de Marcos.
B - Júlio, mesmo que seja registrada a hipoteca judiciária, não terá direito de preferência
sobre o bem em relação a outros credores.
C - A hipoteca judiciária apenas poderá ser constituída e registrada mediante decisão
proferida no Tribunal, em caráter de tutela provisória, na pendência do recurso de apelação
interposto por Marcos.
D - Júlio poderá levar a registro a sentença, e, uma vez constituída a hipoteca judiciária, esta
conferirá a Júlio o direito de preferência em relação a outros credores, observada a prioridade
do registro.
A) Júlio não pode solicitar o registro da hipoteca judiciária, uma vez que ainda está pendente
de julgamento o recurso de apelação de Marcos. - art. 495, §1º, III, CPC
B) Júlio, mesmo que seja registrada a hipoteca judiciária, não terá direito de preferência sobre
o bem em relação a outros credores. - art. 495, §4 CPC
C) A hipoteca judiciária apenas poderá ser constituída e registrada mediante decisão proferida
no Tribunal, em caráter de tutela provisória, na pendência do recurso de apelação interposto
por Marcos. - Art 495, 2, CPC (Independe de ordem judicial)
Correta
D) Júlio poderá levar a registro a sentença, e, uma vez constituída a hipoteca judiciária, esta
conferirá a Júlio o direito de preferência em relação a outros credores, observada a prioridade
do registro. - art. 495, §1 e 4, CPC
18 - Um advogado elabora uma petição inicial em observância aos requisitos legais. Da
análise da peça postulatória, mesmo se deparando com controvérsia fática, o magistrado julga
o pedido improcedente liminarmente. Diante dessa situação, o patrono do autor opta por
recorrer contra o provimento do juiz, arguindo a nulidade da decisão por necessidade de
dilação probatória.
Com base nessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
A - O advogado pode aduzir que, antes de proferir sentença extintiva, o juiz deve,
necessariamente, determinar a emenda à inicial, em atenção ao princípio da primazia de
mérito.
B - Não existem hipóteses de improcedência liminar no atual sistema processual, por
traduzirem restrição do princípio da inafastabilidade da prestação jurisdicional e ofensa ao
princípio do devido processo legal.
C - Somente a inépcia da petição inicial autoriza a improcedência liminar dos pedidos.
D - Nas hipóteses em que há necessidade de dilação probatória, não cabe improcedência
liminar do pedido.
A) ERRADA: Quando for o caso de improcedência liminar da inicial, a ação pode ser extinta,
sem que haja, inclusive, a citação do réu.
B) ERRADA: A improcedência liminar do está prevista no CPC/2015, portanto, está prevista
no atual sistema processual.
C) ERRADA: As causas de improcedência liminar estão previstas no artigo 322 do CPC.
D) CORRETA: Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da
citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
19 - Julieta ajuizou demanda em face de Rafaela e, a fim de provar os fatos constitutivos de
seu direito, arrolou como testemunhas Fernanda e Vicente. A demandada, por sua vez,
arrolou as testemunhas Pedro e Mônica.
Durante a instrução, Fernanda e Vicente em nada contribuíram para o esclarecimento dos
fatos, enquanto Pedro e Mônica confirmaram o alegado na petição inicial. Em razões finais, o
advogado da autora requereu a procedência dos pedidos, ao que se contrapôs o patrono da ré,
sob o argumento de que as provas produzidas pela autora não confirmaram suas alegações e,
ademais, as provas produzidas pela ré não podem prejudicá-la.
Consideradas as normas processuais em vigor, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
A -O advogado da demandada está correto, pois competia à demandante a prova dos fatos
constitutivos do seu direito.
B - O advogado da demandante está correto, porque a prova, uma vez produzida, pode
beneficiar parte distinta da que a requereu.
C - O advogado da demandante está incorreto, pois o princípio da aquisição da prova não é
aplicável à hipótese.
D - O advogado da demandada está incorreto, porque as provas só podem beneficiar a parte
que as produziu, segundo o princípio da aquisição da prova.
A) INCORRETA - A prova dos fatos compete a quem a requerer, vide art. 370 do NCPC.
Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas
necessárias ao julgamento do mérito.
B) CORRETA - A apreciação dos fatos contidos nas provas independe de quem a tiver
promovido, vide art. 371 do NCPC.
Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a
tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.
C) INCORRETA - O Princípio da aquisição ou comunhão das provas diz que, uma vez
apresentadas ao juiz, elas pertencem ao processo e não ao indivíduo e como já visto acima, oart. 371 é o cerne deste princípio e, portanto, é perfeitamente aplicável ao caso descrito.
D) INCORRETA - Uma vez que a prova está no processo, não importa quem a produziu,
conforme art. 371 do CPC.
20 - Cláudio, em face da execução por título extrajudicial que lhe moveu Daniel, ajuizou
embargos à execução, os quais foram julgados improcedentes. O advogado de Cláudio,
inconformado, interpõe recurso de apelação. Uma semana após a interposição do referido
recurso, o advogado de Daniel requer a penhora de um automóvel pertencente a Cláudio.
Diante do caso concreto e considerando que o juízo não concedeu efeito suspensivo aos
embargos, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
A - A penhora foi indevida, tendo em vista que os embargos à execução possuem efeito
suspensivo decorrente de lei.
B - O recurso de apelação interposto por Cláudio é dotado de efeito suspensivo por força de
lei, tornando a penhora incorreta.
C - A apelação interposta em face de sentença que julga improcedentes os embargos à
execução é dotada de efeito meramente devolutivo, o que não impede a prática de atos de
constrição patrimonial, tal como a penhora.
D - O recurso de apelação não deve ser conhecido, pois o pronunciamento judicial que julga
os embargos do executado tem natureza jurídica de decisão interlocutória, devendo ser
impugnada por meio de agravo de instrumento.
A) INCORRETA
Vide NCPC.
Art. 919. Os embargos à execução não terão efeito suspensivo.
B) INCORRETA
Vide NCPC.
Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo.
§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após
a sua publicação a sentença que:
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;
§ 2º Nos casos do § 1º, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório
depois de publicada a sentença.
C) CORRETA
Vide assertiva B.
D) INCORRETA
Sentença que julga embargos tem característica definitiva, podendo ser atacada por apelação,
conforme visto nas assertivas anteriores.

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