Aula 11 - Peculiaridades do consentimento e no exame genital da criança e do adolescente

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HAM IV Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/4º Período 
Peculiaridades do consentimento e no exame genital da criança e do adolescente
 A sexualidade humana desenvolve 
das sensações corpóreas que dão 
vitalidade ao ser humana. 
 O desenvolvimento sexual: puberal, 
da adolescência média e da 
juventude. 
 O desenvolvimento sexual na adolescência se inicia com o 
desenvolvimento puberal, e o aparecimento dos 
caracteres sexuais secundários; 
 Na fase adolescência média o comportamento sexual do 
adolescente é centrado em si mesmo, com pouca 
disponibilidade de interação com o outro e com relações 
predominantemente casuais. 
 Já na fase da juventude surge um comportamento 
sexual diferenciado, mais expressivo, com relações 
íntimas e com maior capacidade de troca, de dar e 
receber afetividade. 
 Como será esse atendimento com o adolescente: 
 Será respeitada a privacidade, confidencialidade e o sigilo. 
 Poderá tomar decisões autônomas e informadas. 
 O atendimento será para adolescentes em toda sua 
diversidade. Não haverá nenhum tipo de discriminação ou 
preconceito. 
 
 Há três situações de risco em que o adolescente tem direito 
ao sigilo: 
 Atividade sexual; 
 Infecção sexualmente transmissível; 
 Experimentação de drogas. 
 Caracteriza-se como experimentação o uso 
esporádico, realizada normalmente em grupo = sem 
sinal de dependência. 
 Situações com quebra de sigilo: 
 Comportamentos que põem em risco a saúde do paciente 
ou a de uma terceira pessoa; 
 Gravidez, HIV/Aids, transtorno de uso de substâncias, 
recusa ao uso de medicamento, tendências suicidas ou 
homicidas, indicam que o sigilo deve ser quebrado; 
 Abuso sexual e violência física são de notificação 
compulsória. 
 O adolescente deve participar da quebra do sigilo. 
 EXAME FÍSICO: O exame clínico completo é um dos pilares do 
processo de diagnóstico e tratamento. 
 Exige absoluta privacidade, local adequado, se possível em 
sala próxima à da anamnese. 
 Realizado com a máxima descrição e explicação prévia do 
passo a passo; 
 Sempre com base nos três pilares que regem o 
atendimento do adolescente: sigilo, privacidade e princípio 
da autonomia; 
 Antes de iniciar o exame deve-se falar o que será feito 
e pedir permissão verbal para o adolescente. 
 Deve ser realizado preferencialmente no sentido 
craniocaudal, de forma segmentada, sempre cobrindo a 
região que não está sendo examinada. 
 Torna-se prudente, e recomendável, a presença de uma 
terceira pessoa (escolha da adolescente); 
 Tranquilizar e diminuir temores. Concomitante ao exame 
falar sobre achados normais para reduzir ansiedade; 
 Aproveitar a oportunidade para abordar temas 
educativos; 
 A genitália deve ser avaliada ao final do exame físico, no 
próximo momento oportuno se paciente não permitiu, 
especialmente se houver queixa específica; 
 Maturação sexual: utilizar critérios de Tanner (masculino 
e feminino), orquidômetro para avaliar o volume 
testicular; 
 EXAME GINECOLÓGICO: 
 Não existe idade ideal na qual se deva iniciar o exame 
ginecológico, mas após iniciar a atividade sexual, o 
recomendado é que seja feito pelo menos uma vez por 
ano; 
 A adolescente deve ter uma visão positiva sobre o exame 
ginecológico para que faça disso uma rotina. Para isso é 
importante explicar como será o exame; se necessário, 
utilizar figuras para mostrar como será, e responder a 
todas as dúvidas. 
 Durante o exame ginecológico pode-se identificar 
situações de violência sexual ou mesmo a adolescente 
pode relatar a violência; 
 É importante que o profissional esteja capacitado no 
atendimento desses casos e que possa contar com o 
apoio de outros profissionais, caso necessário; 
 A unidade precisa ter um protocolo completo de 
atendimento e encaminhamentos para que se possa dar 
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o melhor atendimento a essa adolescente. Não se deve 
acrescentar mais sofrimento à adolescente; 
 Cabe destacar que muitos profissionais, por dificuldades 
pessoais, falta de treinamento ou por constrangimento , 
optam por não realizar o exame físico completo, 
resultando em oportunidades perdidas no diagnóstico de 
problemas de saúde, que podem ser de suma importância 
tanto para o momento atual quanto para a vida futura 
do adolescente. 
 EXAME ANDROLÓGICO: 
 É focado nas especificidades masculinas, e da mesma 
forma que já descrito para o exame ginecológico, deve-
se esclarecer como será realizado e sanar as dúvidas 
que surgirem. 
 Avaliar presença de Ginecomastia; 
 Realizar exame detalhado dos órgãos genitais masculinos 
externos, para identificação de possíveis problemas, 
como: 
 Fimose; 
 Hipospadia; 
 Criptorquidia; 
 Orquite, epididimite; 
 Torção do cordão espermático; 
 Hidrocele, hematocele; 
 Varicocele; 
 Hérnia inguinal ou inguinoescrotal.