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Lei dos Crimes Ambientais

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Lei dos Crimes Ambientais
Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. 
Como caiu?
A pessoa jurídica poderá ser isentada de responsabilidade penal mediante a alegação de culpa exclusiva de terceiro, mesmo que o dano tenha sido provocado em seu interesse ou benefício1 E (Se houver interesse ou benefício da PJ haverá reponsabilização). .
A responsabilização penal de pessoa jurídica por crimes contra o meio ambiente depende de que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual ou de seu órgão colegiado e, também, de que seja cometida no interesse ou benefício da sua entidade2 C .
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato. 
Como caiu?
A responsabilidade penal da pessoa jurídica exclui a da pessoa natural autora ou coautora do delito3 E (Não exclui a responsabilidade das pessoas físicas) .
A responsabilidade das pessoas jurídicas exclui a das pessoas físicas partícipes do mesmo fato4 E (Não exclui a responsabilidade das pessoas físicas) .
Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.
Como caiu?
Pessoas físicas que praticarem atos lesivos ao meio ambiente estarão sujeitas a sanções penais e administrativas, ao passo que as pessoas jurídicas que praticarem tais atos sofrerão sanções civis e administrativas, em ambos os casos, independentemente da obrigação de reparar os danos causados5 E (Pessoa Física e Jurídica respondem: CIVIL, PENAL e ADMINISTRATIVAMENTE). .
Art. 6º Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente observará: 
I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas conseqüências para a saúde pública e para o meio ambiente; 
II - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de interesse ambiental; III - a situação econômica do infrator, no caso de multa.
Como caiu?
A situação econômica do infrator de crime ambiental deverá ser observada pela autoridade competente na gradação da penalidade de multa.6 C .
Art. 7º As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade quando: 
I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade inferior a quatro anos; 
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias do crime indicarem que a substituição seja suficiente para efeitos de reprovação e prevenção do crime. 
Parágrafo único. As penas restritivas de direitos a que se refere este artigo terão a mesma duração da pena privativa de liberdade substituída.
Como caiu?
Nos crimes ambientais, as penas restritivas de direitos substituirão as penas privativas de liberdade quando estas últimas forem fixadas em período inferior a 4 anos7 C (No CP, penas NÃO SUPERIORES A 4 ANOS (ou seja iguais ou inferiores a 4 anos); Nos crimes ambientais, penas INFERIORES A 4 ANOS). .
Art. 8º As penas restritivas de direito (para pessoas físicas) são: 
I - prestação de serviços à comunidade; 
II - interdição temporária de direitos; 
III - suspensão parcial ou total de atividades; 
IV - prestação pecuniária; 
V - recolhimento domiciliar.
Art. 22. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são8 Obs: Advertência e multa são sanções administrativas ambientais não restritivas de direito : 
I - suspensão parcial ou total de atividades; 
II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade; 
III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações. 
§ 1º A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às disposições legais ou regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente. 
§ 2º A interdição será aplicada quando o estabelecimento, obra ou atividade estiver funcionando sem a devida autorização, ou em desacordo com a concedida, ou com violação de disposição legal ou regulamentar. 
§ 3º A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter subsídios, subvenções ou doações não poderá exceder o prazo de dez anos9 Obs: Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, observado o disposto no art. 6º: § 8º As sanções restritivas de direito são: V - proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até três anos. .
Como caiu?
O recolhimento domiciliar é espécie de pena restritiva de direitos prevista na Lei de Crimes Ambientais10 A (essa pena não foi prevista para os crimes em geral, apenas foi prevista para os crimes contra o meio ambiente) .
João Paulo, agricultor humilde de 46 anos de idade, foi denunciado pelo Ministério Público, com base no artigo 29, §1º, III, da Lei nº 9.605/1998, por vender, na feira livre dominical da cidade de Picos — PI, cinco aves surucuá-de-barriga-vermelha (espécie silvestre comum e não ameaçada de extinção) oriundas de um criadouro não autorizado. À luz da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), entre as penas restritivas de direito previstas pela Lei nº 9.605/1998 inclui-se o recolhimento domiciliar11 C .
Art. 10. As penas de interdição temporária de direito são a proibição de o condenado contratar com o Poder Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem como de participar de licitações, pelo prazo de cinco anos, no caso de crimes dolosos, e de três anos, no de crimes culposos.
Art. 22. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são12 Obs: Advertência e multa são sanções administrativas ambientais não restritivas de direito : 
(...)
III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações. 
§ 3º A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter subsídios, subvenções ou doações não poderá exceder o prazo de dez anos13 Obs: Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, observado o disposto no art. 6º: § 8º As sanções restritivas de direito são: V - proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até três anos. .
Como caiu?
De acordo com a Lei n.º 9.605/1998, a pena de interdição temporária de direito à participação em licitações, em razão de condutas lesivas ao meio ambiente, pode ser aplicada pelo prazo de14 Item A :
A) cinco anos, em caso de crimes dolosos, e de três anos, em caso de crimes culposos. 
B) cinco anos, em caso de crimes dolosos, e de dois anos, em caso de crimes culposos. C) dez anos, em caso de crimes dolosos, e de cinco anos, em caso de crimes culposos. 
D) dez anos, em caso de crimes dolosos, e de quatro anos, em caso de crimes culposos. E) dez anos, em caso de crimes dolosos, e de dois anos, em caso de crimes culposos.
Art. 11. A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às prescrições legais.
Como caiu?
A pena de suspensão de atividades será aplicada quando o estabelecimento estiver funcionando sem a devida autorização15 E .
A suspensão total de atividades não poderá ser aplicada ao hospital veterinário em caso de condenação criminal, haja vista a ausência de previsão legal16 E .
Art. 14. São circunstâncias que atenuam a pena: 
I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente;
II - arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou limitação significativa da degradação ambiental causada;
III - comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação ambiental; 
IV - colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental.
Como caiu?
1) Nas sanções derivadas de atividades lesivas ao meio ambiente, constitui circunstância que atenua a pena o(a)17 Item C: 
A) pouca gravidade do fato. 
B) inexistência de vantagem pecuniária. 
C) baixo grau de instrução do infrator.
D) antecedente do infrator.
E) grau de culpa do infrator.
2) Nas sanções derivadas de atividades lesivas ao meio ambiente, constitui circunstância que atenua a pena o(a)18 Item C : 
A) inexistência de vantagem pecuniária. 
B) pouca gravidade do fato. 
C) baixo grau de instrução do infrator.
D) antecedente do infrator.
E) grau de culpa do infrator.
3) O fato de o agente de crime ambiental comunicar previamente ao órgão competente o perigo iminente de degradação ambiental enseja atenuação da pena19 C .
4) De acordo com a Lei n.º 9.605/1998, na hipótese de, após o recebimento da denúncia, o autor de um crime ambiental manifestar o seu arrependimento e promover espontaneamente a reparação do dano causado, tal circunstância, por si só20 Item C :
A) autorizará a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. 
B) justificará a suspensão condicional da pena. 
C) servirá como uma atenuante da pena.
5) João Paulo, agricultor humilde de 46 anos de idade, foi denunciado pelo Ministério Público, com base no artigo 29, §1º, III, da Lei nº 9.605/1998, por vender, na feira livre dominical da cidade de Picos — PI, cinco aves surucuá-de-barriga-vermelha (espécie silvestre comum e não ameaçada de extinção) oriundas de um criadouro não autorizado. À luz da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), o baixo grau de instrução ou escolaridade de João Paulo são circunstâncias que atenuam a pena21 C .
6) O baixo grau de escolaridade do agente criminoso é previsto como atenuante para os crimes previstos na referida lei22 C .
7) Considerando-se os dispositivos da Lei n.º 9.605/1998 — crimes contra o meio ambiente —, é correto afirmar que a pena para crimes ambientais será atenuada se23 Item E :
A) o agente tiver cometido o crime sozinho. 
B) o agente não tiver obtido qualquer vantagem pecuniária com a prática do crime. 
C) somente a propriedade do agente tiver sido atingida pelo dano ambiental.
D) o crime tiver sido praticado em domingos ou feriados.
E) o agente tiver baixo grau de instrução ou escolaridade.
Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
I - reincidência nos crimes de natureza ambiental;
II - ter o agente cometido a infração:
a) para obter vantagem pecuniária;
b) coagindo outrem para a execução material da infração;
c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio ambiente;
d) concorrendo para danos à propriedade alheia;
e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder Público, a regime especial de uso;
f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos;
g) em período de defeso à fauna;
h) em domingos ou feriados;
i) à noite;
j) em épocas de seca ou inundações;
l) no interior do espaço territorial especialmente protegido;
m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais;
n) mediante fraude ou abuso de confiança;
o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental;
p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por verbas públicas ou beneficiada por incentivos fiscais;
q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das autoridades competentes;
r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções.
Como caiu?
1) O agente poderá ter a pena atenuada, se ficar caracterizado o seu baixo grau de instrução; agravada, se a conduta houver sido cometida à noite.24 C 
2) A pena a ser aplicada à pessoa jurídica poderá ser atenuada caso ela seja mantida, total ou parcialmente, por verbas públicas ou beneficiada por incentivos fiscais25 E (Pode ser agravada) .
3) A pena dos agentes criminosos poderá ser agravada se a conduta tiver sido praticada em sábado, domingo ou feriado26 E (Só é agravada se cometida aos domingos e feriados, o dia de cometer crime ambiental é no sábado). .
4) João Paulo, agricultor humilde de 46 anos de idade, foi denunciado pelo Ministério Público, com base no artigo 29, §1º, III, da Lei nº 9.605/1998, por vender, na feira livre dominical da cidade de Picos — PI, cinco aves surucuá-de-barriga-vermelha (espécie silvestre comum e não ameaçada de extinção) oriundas de um criadouro não autorizado. À luz da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), o fato de o delito ter sido praticado em um domingo é circunstância que agrava a pena27 C .
5) Considerando o disposto na Lei n.º 9.605/1998, é circunstância de agravamento da pena o fato de o agente ter cometido o crime no feriado28 C .
6) A prática de crime ambiental aos sábados agravará a pena quando não for possível qualificar o crime29 E (sábado é dia de crime ambiental) .
7) Uma pessoa apanhou à noite, em uma unidade da conservação, um espécime da fauna silvestre brasileira sem a devida permissão. Nessa situação, a pena deverá aumentar30 C .  
Art. 16. Nos crimes previstos nesta Lei, a suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de condenação a pena privativa de liberdade não superior a TRÊS anos31 No CP, a suspensão condicional da PENA é cabível para condenações de até DOIS anos. A suspensão condicional do PROCESSO, para crime ambiental ou não é aplicável quando a pena mínima não superar UM ano. . 
Como caiu?
Admite-se a concessão da suspensão condicional da pena apenas se a pena aplicada não ultrapassar dois anos32 E (Até 3 anos) .
A suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de condenação a pena privativa de liberdade não superior a cinco anos33 E (Até 3 anos) . 
Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas jurídicas, de acordo com o disposto no art. 3º, são:
I – multa;
II - restritivas de direitos;
III - prestação de serviços à comunidade.
Como caiu?
1) A pena de restrição de liberdade será aplicável às pessoas jurídicas apenas quando a atuação for dolosa.34 E (PJ não sofre PPL (pena privativa de liberdade) só RPM). .
2) É vedada a aplicação de sanção de prestação de serviços à comunidade pela pessoa jurídica35 E .
3) De acordo com o disposto na Lei n.º 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais) acerca da responsabilidade penal de pessoa jurídica por dano ambiental, é correto afirmar que36 Item C :
A) todas as espécies de penas descritas na legislação penal podem ser aplicadas a pessoa jurídica. 
B) somente a pena de multa pode ser aplicada a pessoa jurídica. 
C) a pena de multa e as penas restritivas de direitos e de prestação de serviços à comunidade podem ser aplicadas a pessoa jurídica.
D) a pena de multa e penas restritivas de direitos, salvo a prestação de serviços à comunidade, podem ser aplicadas a pessoa jurídica.
E) nenhuma pena restritiva de direitos pode ser aplicada a pessoa jurídica.
4) As penas de multa, de restrição de direitos e de prestação de serviços à comunidade podem ser aplicadas cumulativamente37 C .
5) As pessoas jurídicas responsabilizadas criminalmente estão sujeitas às penas de multa, prestação de serviço à comunidade e restritivas de direitos, vedada a cumulação38 E (É permitida a cumulação das penas restritivas de direito, de prestação de serviço à comunidade e de multa – RPM) .
6) Admite-se a responsabilização penal das pessoas jurídicas envolvidas em crimes contra o meio ambiente. Todavia, por impossibilidade lógica, a elas não se mostra possível a aplicação de pena privativa de liberdade ou de prestação de serviço à comunidade39 E (PJ não se sujeitam a pena privativa de liberdade, mas se sujeita a RPM: restritivas de direitos, prestação de serviço a comunidade e multa) .
7) A eventual condenação da referida pessoa jurídica na esfera criminal poderá sujeitá-la a penas de multa ou restritiva de direito, mas não a penas de prestação de serviços à comunidade ou privativa de liberdade40 E (Pode cumprir pena restritiva de direitos, assim como multa e prestação de serviço à comunidade - RPM) . 
Art. 22. As penas restritivas de direitos dapessoa jurídica são: 
I - suspensão parcial ou total de atividades; 
II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade; 
III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações. 
§ 1º A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às disposições legais ou regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente. 
§ 2º A interdição será aplicada quando o estabelecimento, obra ou atividade estiver funcionando sem a devida autorização, ou em desacordo com a concedida, ou com violação de disposição legal ou regulamentar. 
§ 3º A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter subsídios, subvenções ou doações não poderá exceder o prazo de dez anos41 Obs: Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, observado o disposto no art. 6º: § 8º As sanções restritivas de direito são: V - proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até três anos. .
Como caiu?
A pena de proibição de contratar com o poder público tem estipulado prazo determinado na lei de regência42 C .
A pena de proibição de contratar com o poder público não poderá exceder o prazo de cinco anos43 E (Até dez anos) .
Art. 23. A prestação de serviços à comunidade pela pessoa jurídica consistirá em: 
I - custeio de programas e de projetos ambientais; 
II - execução de obras de recuperação de áreas degradadas;
III - manutenção de espaços públicos; 
IV - contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas.
-x-
Art. 24. A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar ou ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada sua liquidação forçada, seu patrimônio será considerado instrumento do crime e como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional.
Como caiu?
É vedada a decretação de liquidação forçada de pessoa jurídica em decorrência da prática de delito ambiental44 E (Não é vedada a liquidação forçada, mas sim obrigatória, se utilizada para a prática de crimes ambientais). .
Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos seus produtos e instrumentos, lavrando-se os respectivos autos.
§1° Os animais serão prioritariamente libertados em seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não recomendável por questões sanitárias, entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para guarda e cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados.
Como caiu?
Verificada a ocorrência de infração penal ambiental que envolva animais, estes deverão ser obrigatoriamente libertados em seu habitat45 E (Prioritariamente). .
Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei, a ação penal é pública incondicionada.
Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, somente poderá ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, de que trata o art. 74 da mesma lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade. 
Como caiu?
A ação penal para os crimes previstos na referida lei é pública incondicionada, vedada a aplicação da transação penal ou da suspensão condicional do processo, haja vista a importância do bem jurídico tutelado46 E (A ação penal é pública incondicionada, mas cabe suspensão condicional do processo de infração com pena mínima de até 1 ano, bem como suspensão condicional da pena de até 3 anos). .
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: 
Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa. 
§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada de extinção, pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.
§ 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado: 
V - em unidade de conservação;
Como caiu?
A pena pelo crime ambiental de apanhar espécime da fauna silvestre sem permissão, licença ou autorização da autoridade competente será aumentada se o crime tiver sido cometido dentro de unidade de conservação. 47 C .
João Paulo, agricultor humilde de 46 anos de idade, foi denunciado pelo Ministério Público, com base no artigo 29, §1º, III, da Lei nº 9.605/1998, por vender, na feira livre dominical da cidade de Picos — PI, cinco aves surucuá-de-barriga-vermelha (espécie silvestre comum e não ameaçada de extinção) oriundas de um criadouro não autorizado. À luz da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), a pena pode ser aumentada de metade, uma vez que o delito foi praticado contra espécie silvestre48 E (Ser da fauna silvestre é elementar do art. 29 e não circunstância que gera aumento de pena do rol do art. 29, §4º) .
João Paulo, agricultor humilde de 46 anos de idade, foi denunciado pelo Ministério Público, com base no artigo 29, §1º, III, da Lei nº 9.605/1998, por vender, na feira livre dominical da cidade de Picos — PI, cinco aves surucuá-de-barriga-vermelha (espécie silvestre comum e não ameaçada de extinção) oriundas de um criadouro não autorizado. À luz da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), tendo em vista que se trata de espécie silvestre não ameaçada de extinção, o juiz pode, conforme as circunstâncias, deixar de aplicar a pena a João Paulo49 E (Para que incida o perdão judicial do art. 29, §2º da Lei 9.605/98 deve, além de não ser ameaçada de extinção, haver guarda doméstica de espécie silvestre. Na hipótese, João Paulo estava vendendo as espécies). .
Rafaela capturou, para sua criação doméstica de pássaros, duas jandaias amarelas, espécie que consta na lista federal de fauna ameaçada de extinção. João, fiscal do órgão ambiental competente, assistiu à captura dos animais, mas, por amizade a Rafaela, omitiu-se. Tempo depois, Rafaela, residente em Boa Vista – RR, decidiu pedir autorização para a guarda dos pássaros à Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente do Município de Boa Vista. No momento da solicitação, ela relatou ter tido a permissão de João para levar para casa as duas aves. 
Acerca dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir à luz da lei que regulamenta crimes ambientais, do Decreto n.º 6.514/2008 e do entendimento dos tribunais superiores. Por se tratar de hipótese de guarda doméstica de espécie silvestre, o juiz poderá, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena em desfavor de Rafaela50 E (Como são espécies ameaçadas de extinção, não cabe o perdão judicial). .  
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. 
§ 1º-A Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas descritas no caput deste artigo será de reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, multa e proibição da guarda.
Como caiu?
É atípica a conduta de realizar experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, quando para fins científicos, se não existirem recursos alternativos de pesquisa51 C .
Por omissão no tipo penal específico da lei ambiental, maus-tratos contra animais domésticos, como cães e gatos, são tipificados como contravenção penal52 E (Inclusive, o crime de maus-tratos contra cães e gatos tem pena mais severa que os de lesão corporal grave (art. 129, § 1º, CP: reclusão de 1 a 5 anos) e de maus-tratos contra seres humanos, mesmo quando resulta em lesão corporal grave) .
A conduta dolosa de matar animal silvestre ou nativo é punida como uma das formas qualificadas do crime de maus-tratos53 E (O crime de matar espécime da fauna silvestre é crime específico, previsto no art. 29, Lei 9605/98: Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimesda fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.) .
A prática de crimes de maus-tratos contra cão qualifica o crime de abuso ou maus-tratos de animais silvestres, domésticos ou domesticados54 C . 
Artigo 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo ato tendente a retirar, extrair, coletar, apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de extinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora. 
Como caiu?
A consumação do crime de pesca irregular se dá com a efetiva apreensão ou captura de espécime dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de extinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora55 E (Basta ato tendente a retirar peixe) .  
Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado: 
I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família; 
II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da acão predatória ou destruidora de animais, desde que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente; 
III - (VETADO) 
IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente.
Como caiu?
1) Considerando-se o direito constitucional ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, é vedada a adoção de qualquer prática que submeta os animais à crueldade56 E (Há uma exceção: quando existirem recursos alternativos). .
2) Se o abate de animal for praticado para proteger lavouras de ação predatória, será cabível a redução da pena de um a dois terços, desde que a circunstância seja atestada pela autoridade competente57 E (Não será considerado crime) .
3) João, pessoa em situação de extrema pobreza, com sessenta e cinco anos de idade, residente na cidade de Triunfo – PB, foi detido por policiais da cidade porque havia caçado dois tatupebas (espécie silvestre não ameaçada de extinção), sem a devida permissão, durante a noite. João comprovou que havia caçado os animais para comer, pois já estava há três dias sem se alimentar, não tinha recursos pra comprar comida e a sua roça nada produzia (em razão da grave seca que atingia a região). Nessa situação hipotética, conforme as disposições da Lei de Crimes Ambientais (Lei n.º 9.605/1998) pertinentes ao crime de caça ilegal, João deverá ser58 Item E : 
A) condenado pelo citado crime, com aplicação de causa de diminuição de pena, uma vez que a caça foi efetuada para saciar sua própria fome. 
B) condenado pelo citado crime, com a aplicação de duas circunstâncias agravantes: ter caçado durante a noite e em época de seca. 
C) condenado pelo referido crime, com aplicação de causa de aumento de pena, por ter caçado durante a noite.
D) condenado pelo crime em questão, com a aplicação de circunstância agravante, por ter caçado durante a noite.
E) isento do crime em apreço, uma vez que a caça foi efetuada para saciar sua própria fome.
4) O abate de animal não constitui crime quando realizado para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, independentemente de autorização da autoridade competente.59 E (É necessária autorização da autoridade competente) 
5) A fome do agente não pode ser utilizada como excludente de ilicitude de eventual abate de animal60 E .
Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente:
Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem:
I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos;
II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos;
III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas.
Art. 35. Pescar mediante a utilização de:
I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante;
II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente:
Pena - reclusão de um ano a cinco anos.
Como caiu?
Aquele que praticar a pesca mediante utilização de técnica não permitida por lei estará sujeito à penalidade de reclusão61 E (Guarde isto: só cabe reclusão na pesca com explosivo ou substância tóxica). . 
Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata o art. 27 do Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização:
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Proteção Integral as Estações Ecológicas, as Reservas Biológicas, os Parques Nacionais, os Monumentos Naturais e os Refúgios de Vida Silvestre. 
§ 2º A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades de Conservação será considerada circunstância agravante para a fixação da pena. 
§ 2o A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades de Conservação de Proteção Integral será considerada circunstância agravante para a fixação da pena.
§ 3º Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.
Como caiu?
Os danos diretos ou indiretos causados a UC são penalizados com reclusão de um a cinco anos, sendo considerada situação agravante a ocorrência de dano que afete espécie ameaçada de extinção62 E (A questão está errada por generalizar, afirmando que, sempre que houver dano a espécies ameaçadas de extinção em UC, ocorrerá a agravante. Na verdade, a agravante só incide quando ocorrer no interior de UC de proteção integral). . 
Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta:
Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa.
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção de seis meses a um ano, e multa.
Como caiu?
Provocar incêndio é crime ambiental passível de responsabilização, mesmo que praticado na modalidade culposa.63 C . 
Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto até final beneficiamento: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, tem em depósito, transporta ou guarda madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade competente.
Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente.
§ 1º São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha.
§ 2º Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir representação às autoridades relacionadas no parágrafo anterior, para efeito do exercício do seu poder de polícia.
§ 3º A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena de co-responsabilidade.
§ 4º As infrações ambientais são apuradas em processo administrativo próprio, assegurado o direito de ampla defesa e o contraditório, observadas as disposições desta Lei.
Como caiu?
O transporte de carvão vegetal sem prévia licença da autoridade competente caracteriza, simultaneamente,crime ambiental e infração administrativa64 C (Toda infração penal ambiental é também administrativa, porém nem toda infração administrativa ambiental será também penal). . 
Caso constatem em flagrante o cometimento de uma infração ambiental, são competentes para lavrar o respectivo auto de infração e instaurar o processo administrativo ambiental quaisquer funcionários de órgão ambiental integrante do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA)65 E .
Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamente ou degradar floresta, plantada ou nativa, em terras de domínio público ou devolutas, sem autorização do órgão competente: Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa.
Como caiu?
O desmatamento é considerado crime se praticado em terras de domínio público ou devolutas e desde que a floresta seja nativa, salvo se o delito for praticado por necessidade de subsistência imediata pessoal do agente ou de sua família66 E (Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamente ou degradar floresta, plantada ou nativa, em terras de domínio público ou devolutas, sem autorização do órgão competente) .
Art. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. 
§ 1 Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de 6 (seis) meses a 1 (um) ano de detenção e multa.
§ 2o  Não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado mediante manifestação artística, desde que consentida pelo proprietário e, quando couber, pelo locatário ou arrendatário do bem privado e, no caso de bem público, com a autorização do órgão competente e a observância das posturas municipais e das normas editadas pelos órgãos governamentais responsáveis pela preservação e conservação do patrimônio histórico e artístico nacional.   
Como caiu?
Eventual conduta de pichar configurará crime ambiental penalizado com detenção, de seis meses a um ano, e multa67 C .  
O ato de grafitar é considerado um crime ambiental e pode ser punido com multa e detenção de três meses a um ano68 E (Pichar é crime; Grafitar não é crime desde que seja consentido pelo proprietário do bem ou autorizado pelo órgão onde será realizado) .
Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente. 
§ 3º A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena de corresponsabilidade. 
Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, observado o disposto no art. 6º: 
I - advertência; 
VIII - demolição de obra;
Como caiu?
Toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente é considerada infração administrativa ambiental, para a qual a legislação prevê, entre outras sanções, advertência e demolição de obra, quando cabível.69 C .
Rafaela capturou, para sua criação doméstica de pássaros, duas jandaias amarelas, espécie que consta na lista federal de fauna ameaçada de extinção. João, fiscal do órgão ambiental competente, assistiu à captura dos animais, mas, por amizade a Rafaela, omitiu-se. Tempo depois, Rafaela, residente em Boa Vista – RR, decidiu pedir autorização para a guarda dos pássaros à Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente do Município de Boa Vista. No momento da solicitação, ela relatou ter tido a permissão de João para levar para casa as duas aves. Acerca dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir à luz da lei que regulamenta crimes ambientais, do Decreto n.º 6.514/2008 e do entendimento dos tribunais superiores. João, o fiscal que teve conhecimento da captura irregular dos pássaros, mas não impediu a conduta, responderá solidariamente com Rafaela70 C .
Súmula 467 do STJ: “Prescreve em cinco anos, contados do término do processo administrativo, a pretensão da Administração Pública de promover a execução da multa por infração ambiental”.
Como caiu?
De acordo com a jurisprudência do STJ, a execução de multa por infração ambiental reconhecida em processo administrativo:
A) não se sujeita a prazo prescricional, em razão da natureza do direito que deu ensejo à sanção administrativa. 
B) sujeita-se ao prazo prescricional de três anos, contado da data da identificação do dano e de sua autoria. 
C) sujeita-se ao prazo prescricional de cinco anos, contado do término do processo administrativo em que a multa foi imposta.
D) sujeita-se ao prazo prescricional de três anos, contado do término do processo administrativo em que a multa foi imposta.
E) sujeita-se ao prazo prescricional de cinco anos, contado da data da identificação do dano e de sua autoria.71 Item C .
RESUMO:
1 - Os crimes dessa lei são de Ação Penal Pública Incondicionada; 
2 - Os infratores dessa lei poderão ser as pessoas físicas (PF) e as jurídicas (PJ); 
3 - As sanções dessa lei se encaixam nas áreas: civil, administrativa e penal; 
4 - Essa lei admite conduta culposa ou dolosa; 
5 - Aceita a suspensão condicional do processo, quando a pena mínima não ultrapassa 1 ano;
6 - Aceita a suspensão condicional da pena, quando a pena privativa daquele crime não ultrapassar 3 anos; 
7 - a pessoa jurídica: contratado, chefe ou o colegiado responderá civil, admin. ou penalmente, quando o assunto envolver benefícios à entidade; 
8 - Se a personalidade jurídica autônoma pessoa jurídica trava o ressarcimento do prejuízo, ela pode ser desconsiderada; 
9 - Sanções a pessoa jurídica: 
	a) multa: pode ser aumentada em 3x; 
	b) restrição dos direitos: suspensão parcial ou total da atividade; interdição 	temporária; proibição de contrato com ADM por 10 anos; 
	c) prestação de serviço a comunidade: projeto ambiental; recuperação do local; 	manutenção do espaço público; 
10 - A pessoa jurídica poderá ser liquidada se usada preponderantemente para o cometimento de crimes ambientais, mas quando pública não; 
11 - A União tem competência privativa para legislar sobre crime ambiental; 
12 - Sujeito passivo do crime ambiental é a coletividade; 
13 - Na transação penal tem que haver o acordo de reparação do dano causado; 
14 - Quando o crime é culposo, a pena pode ser reduzida pela metade; 
15 - Admite o princípio da insignificância; 
16 - Atenua a pena desses crimes: > baixo grau de instrução e escolaridade; > arrependimento; > comunicação prévia ; > colaboração com agentes (barcoco); 
17 - Penas restritivas de direito são: prestação de serviços a comunidade; interdição temporária de direitos; Suspensão parcial ou total de atividades; prestação pecuniária; recolhimento domiciliar.
18 - Crimes contra a FAUNA (envolve animais), em regra, são puníveis com DETENÇÃO; EXCEÇÃO: 1)EXPORTAR pele/couro/ de anfíbios/repteis - RECLUSÃO e multa; 2) PESCA mediante uso de EXPLOSIVOS/TÓXICOS – RECLUSÃO; 3) MAUS TRATOS/ FERIR/MUTILAR CÃES e GATOS - RECLUSÃO + multa + proibição da guarda!
19 - Nem todos os crimes contra a Flora (Seção II do Capítulo V da lei 9.605/98) possuem punição na forma culposa (ex. arts. 39, 42, 44, 45)

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