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Universidade Iguaçu- UNIG Faculdade De Ciências Biológicas E Da Saúde - FACBS Graduação Em Enfermagem ANA PAULA PEREIRA DE SOUZA EDNA MESSIAS DE CARVALHO ISABELA VALERIO BARROS TORRES JULIANNE AFONSO DA SILVA BRANDÃO RAYANA ROSA BORGES GESTÃO DA QUALIDADE EM SAÚDE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR Nova Iguaçu 2023 ANA PAULA PEREIRA DE SOUZA EDNA MESSIAS DE CARVALHO ISABELA VALERIO BARROS TORRES JULIANNE AFONSO DA SILVA BRANDÃO RAYANA ROSA BORGES GESTÃO DA QUALIDADE EM SAÚDE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR Trabalho de Avaliação Discente apresentado ao curso de Gestão de Enfermagem em Rede Hospitalar, área enfermagem, da Universidade Iguaçu, como requisito parcial para a Obtenção de conclusão do curso. Orientadora: Lília Marques Simões Rodrigues Nova Iguaçu 2023 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 3 2 DESENVOLVIMENTO ....................................................................................... 4 2.1 CONCEITO GERAIS DE QUALIDADE. ............................................................. 4 2.2 EVOLUÇÃO DA GESTÃO DA QUALIDADE. .................................................. 4 2.3 COMPONENTES DA QUALIDADE. .................................................................. 5 2.4 QUALIDADE EM SAÚDE (CONCEITOS GERAIS). ......................................... 5 2.5 OBTENÇÃO DE MAIORES GANHOS COM MENORES RISCOS. ................. 6 2.6 MENSURAÇÃO DA QUALIDADE. .................................................................... 7 2.7 FERRAMENTAS DA QUALIDADE .................................................................... 7 2.8 CICLO PDCA. ........................................................................................................ 8 2.9 SISTEMA BRASILEIRO DE CERTIFICAÇÃO HOSPITALAR. ....................... 9 2.10 ACREDITAÇÃO EM SAÚDE ONA. .................................................................. 10 2.11 ACREDITAÇÃO/CERTIFICAÇÃO. .................................................................. 10 3 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 12 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 13 3 1 INTRODUÇÃO A gestão de qualidade em saúde e a acreditação hospitalar são tópicos essenciais e de extrema relevância no cenário da prestação de cuidados de saúde. Em um mundo onde a excelência e a segurança dos serviços de saúde são primordiais, a gestão de qualidade e a acreditação desempenham um papel fundamental na garantia de padrões de alto nível, no aprimoramento contínuo e na melhoria dos resultados dos pacientes. A gestão de qualidade em saúde refere-se a um conjunto de práticas e abordagens que buscam garantir que os serviços de saúde sejam fornecidos de maneira eficiente, segura, eficaz e centrada no paciente. Envolve a implementação de sistemas e processos que abrangem desde a triagem e diagnóstico até o tratamento e acompanhamento do paciente. A gestão de qualidade visa a padronização de procedimentos, a redução de erros e a promoção de uma cultura de melhoria contínua em toda a instituição de saúde. Nesse contexto, a acreditação hospitalar desempenha um papel crucial. A acreditação é um processo de avaliação externa e independente realizado por organismos certificadores reconhecidos internacionalmente. Esses organismos avaliam se as instituições de saúde atendem a um conjunto de critérios e padrões pré-estabelecidos de qualidade e segurança. A obtenção da acreditação hospitalar é um indicador de que uma organização atende a esses padrões elevados de qualidade, o que confere confiança aos pacientes e demonstra o compromisso da instituição com a excelência. Além dos benefícios diretos para os pacientes, a gestão de qualidade em saúde e a acreditação hospitalar também trazem vantagens para as próprias instituições de saúde. Ao adotarem práticas de gestão de qualidade, as organizações podem melhorar a eficiência operacional, reduzir custos, aumentar a satisfação dos funcionários e fortalecer sua reputação perante o público. 4 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 CONCEITO GERAIS DE QUALIDADE. O conceito geral de qualidade envolve a medida em que um produto, serviço ou processo atende ou excede as expectativas e requisitos estabelecidos. Está relacionado à adequação ao uso, conformidade com padrões e busca por melhorias contínuas. A qualidade busca entregar valor, satisfação do cliente e eliminar defeitos ou falhas. É um fator crítico para a competitividade e sucesso no mercado, sendo necessário envolver todos os colaboradores e promover uma cultura de melhoria contínua. 2.2 EVOLUÇÃO DA GESTÃO DA QUALIDADE. A evolução da gestão da qualidade ao longo do tempo tem sido marcada por avanços significativos que moldaram sua abordagem e práticas. Inicialmente, a gestão da qualidade era focada principalmente no controle de qualidade, com a aplicação de inspeções e testes para identificar defeitos e garantir a conformidade com especificações pré-estabelecidas. Essa abordagem era reativa, buscando corrigir problemas após sua ocorrência. Com o tempo, a gestão da qualidade evoluiu para uma abordagem mais proativa e preventiva. A introdução dos princípios do Total Quality Management (TQM) na década de 1980 impulsionou essa mudança. O TQM enfatizava a importância do envolvimento de todos os membros da organização na busca pela qualidade, promovendo uma cultura de melhoria contínua. Foi introduzido o conceito de gestão por processos, buscando entender e otimizar os fluxos de trabalho e a interação entre as diferentes partes envolvidas. Posteriormente, a evolução da gestão da qualidade trouxe o surgimento de abordagens como o Seis Sigma e o Lean Management. Essas metodologias enfatizam a redução de variações e desperdícios, visando aprimorar a eficiência e a qualidade dos processos. Elas incorporam ferramentas estatísticas avançadas, como análise de dados e melhoria baseada em evidências. Hoje, a gestão da qualidade em saúde e acreditação hospitalar se concentra na implementação de padrões e diretrizes baseados em evidências para garantir a qualidade e a segurança dos cuidados de saúde. As organizações de saúde buscam certificações e acreditações, como a acreditação hospitalar, para demonstrar sua adesão a critérios rigorosos 5 de qualidade. A evolução contínua da gestão da qualidade reflete o compromisso em oferecer serviços de saúde cada vez melhores, com enfoque na segurança do paciente, resultados clínicos positivos e experiência satisfatória para os usuários dos serviços. 2.3 COMPONENTES DA QUALIDADE. Os componentes da qualidade da saúde podem variar dependendo do contexto e das perspectivas envolvidas. No entanto, são considerados pela OMS (Organização Mundial Da Saúde), os seguintes componentes: ● Eficiência: Diz respeito à utilização adequada dos recursos disponíveis para alcançar resultados desejados. Está relacionado à otimização dos processos e à alocação eficiente de recursos, buscando maximizar os resultados em relação aos custos. ● Eficácia: Envolve a capacidade dos serviços de saúde em fornecer resultados positivos com base em evidências científicas. Está relacionado à eficácia dos tratamentos, intervenções e procedimentos médicos na melhoria da saúde dos pacientes. ● Centrado no paciente: Refere-se à personalização dos cuidados de saúde, considerando as necessidades, preferências, valores e expectativas individuais dos pacientes. Envolve a comunicação efetiva, o respeito à autonomia do paciente e a promoção de uma experiência positiva e humanizada. ● Oportuno: Relaciona-seao acesso tempestivo aos serviços de saúde, garantindo que o atendimento seja fornecido no momento adequado e de acordo com a urgência da situação. Inclui a redução de tempos de espera e a prontidão no atendimento. ● Equitativo: Diz respeito à igualdade no acesso aos serviços de saúde, independentemente de características individuais, como idade, gênero, raça, etnia ou condição socioeconômica. Busca evitar disparidades e promover a justiça na distribuição dos recursos. 2.4 QUALIDADE EM SAÚDE (CONCEITOS GERAIS). O conceito geral de qualidade em saúde refere-se à medida em que os serviços de saúde atendem ou excedem as expectativas e requisitos estabelecidos para proporcionar cuidados seguros, eficazes, eficientes, centrados no paciente, oportunos, equitativos e 6 baseados em evidências. A qualidade em saúde envolve a entrega de cuidados de saúde de alta qualidade, que são adequados ao propósito pretendido e atendem às necessidades e expectativas dos pacientes. Isso inclui a adoção de padrões e diretrizes baseados em evidências, o uso de práticas seguras, a promoção de uma cultura de melhoria contínua e a consideração dos valores e preferências individuais dos pacientes. 2.5 OBTENÇÃO DE MAIORES GANHOS COM MENORES RISCOS. Na gestão de qualidade em saúde e acreditação hospitalar, um dos objetivos é obter maiores ganhos em termos de qualidade e desempenho dos serviços de saúde, ao mesmo tempo em que se busca reduzir os riscos associados aos cuidados prestados. Isso envolve a implementação de práticas e processos que maximizem os resultados positivos para os pacientes, minimizando os eventos adversos e erros evitáveis. A obtenção de maiores ganhos com menores riscos requer uma abordagem sistemática e baseada em evidências. A utilização de diretrizes clínicas, protocolos e melhores práticas reconhecidas permite padronizar os cuidados, reduzindo variações e promovendo a adoção de intervenções comprovadamente eficazes. Isso não apenas melhora a qualidade do atendimento, mas também reduz os riscos associados a práticas ineficazes ou desatualizadas. Além disso, a gestão de qualidade em saúde e a acreditação hospitalar envolvem a implementação de sistemas de monitoramento e melhoria contínua. Isso permite identificar e corrigir eventuais falhas, desvios e lacunas nos processos de cuidado. A análise de indicadores de qualidade, como taxas de infecção hospitalar, taxa de reinternação e outros desfechos clínicos relevantes, auxilia na identificação de áreas de melhoria e na prevenção de eventos adversos. A promoção de uma cultura de segurança do paciente também é essencial para obter maiores ganhos com menores riscos. Isso envolve a comunicação efetiva entre os membros da equipe de saúde, a identificação e notificação de eventos adversos, a implementação de protocolos de segurança, a educação e treinamento dos profissionais de saúde, além do envolvimento ativo dos pacientes e seus familiares no processo de cuidado. Ao buscar maiores ganhos com menores riscos, as instituições de saúde podem melhorar a qualidade e a segurança dos cuidados prestados, proporcionando melhores resultados para os pacientes, reduzindo custos decorrentes de eventos adversos evitáveis e fortalecendo sua reputação como provedores de serviços de saúde confiáveis e eficientes. 7 2.6 MENSURAÇÃO DA QUALIDADE. A mensuração da qualidade é uma parte fundamental da gestão de qualidade em saúde e acreditação hospitalar. Ela envolve a coleta sistemática de dados e informações relevantes para avaliar e monitorar o desempenho dos serviços de saúde, identificar áreas de melhoria e acompanhar o progresso ao longo do tempo. Existem diversos indicadores e medidas que podem ser utilizados na mensuração da qualidade em saúde. Esses indicadores podem abranger diferentes aspectos, como segurança do paciente, eficácia dos tratamentos, eficiência dos processos, experiência do paciente e resultados clínicos. A escolha adequada dos indicadores de qualidade é crucial para obter informações significativas e úteis. Eles devem ser relevantes, confiáveis, mensuráveis e sensíveis às mudanças. Os indicadores podem ser tanto quantitativos, como taxas de readmissão hospitalar, taxa de infecção associada a cuidados de saúde, tempo de espera para atendimento, entre outros, quanto qualitativos, como a satisfação do paciente ou a conformidade com padrões e protocolos estabelecidos. Além da coleta de dados, a mensuração da qualidade envolve a análise e interpretação desses dados para obter insights e tomar decisões informadas. Isso inclui a comparação dos resultados obtidos com padrões estabelecidos, benchmarks de desempenho ou metas predefinidas. A análise dos dados também permite identificar tendências, variações e padrões, ajudando a identificar áreas de melhoria e direcionar as ações de melhoria contínua. A mensuração da qualidade não é apenas um exercício retrospectivo, mas também orienta a tomada de decisões proativas e estratégicas. Com base nos dados coletados e analisados, é possível implementar intervenções e ações corretivas para melhorar os processos de cuidado, a eficiência operacional e a segurança do paciente. 2.7 FERRAMENTAS DA QUALIDADE As ferramentas da qualidade são instrumentos e técnicas utilizados na gestão de qualidade em saúde e acreditação hospitalar para analisar e melhorar processos, identificar problemas, tomar decisões embasadas em dados e promover a melhoria contínua. Essas ferramentas são aplicadas em diversas etapas do ciclo de melhoria, desde a coleta de informações até a implementação de ações corretivas. 8 Algumas das principais ferramentas da qualidade utilizadas nesse contexto incluem: 1. Diagrama de Ishikawa (espinha de peixe ou diagrama de causa e efeito): É uma ferramenta visual que auxilia na identificação e análise das possíveis causas de um problema. Permite investigar as relações de causa e efeito, organizando as causas em categorias como pessoas, processos, materiais, ambiente e outros. 2. Fluxograma: É uma representação gráfica sequencial dos passos de um processo. Permite visualizar o fluxo de atividades, identificar gargalos, ineficiências e oportunidades de melhoria, facilitando a análise e a compreensão do processo como um todo. 3. Cartas de controle: São gráficos estatísticos utilizados para monitorar e controlar a variação dos processos ao longo do tempo. Permitem identificar padrões, tendências, variações fora de controle e desvios significativos, auxiliando na detecção precoce de problemas e na tomada de ações corretivas. 4. Diagrama de Pareto: É um gráfico de barras que ajuda a identificar e priorizar os problemas ou causas mais significativas. Baseado no princípio de Pareto (80/20), sugere que a maioria dos problemas é causada por um número reduzido de fatores-chave, permitindo focar os esforços de melhoria nas áreas mais relevantes. 5. 5W2H: É uma ferramenta utilizada para definir e comunicar a execução de tarefas ou ações corretivas. A sigla representa as perguntas What (o que será feito), Why (por que será feito), Who (quem fará), When (quando será feito), Where (onde será feito), How (como será feito) e How much (quanto custará), fornecendo direcionamento claro e específico. Essas são apenas algumas das várias ferramentas da qualidade disponíveis. A escolha e aplicação adequadas das ferramentas dependem do contexto, dos problemas a serem abordados e dos objetivos da gestão da qualidade e acreditação hospitalar. O uso consistente e efetivo dessas ferramentas pode ajudar as organizações de saúde a identificar oportunidades de melhoria, tomar decisões embasadas em dados e alcançar melhores resultados em termos de qualidade e segurança do paciente. 2.8 CICLO PDCA. O ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Act), também conhecido como Ciclo de Deming ou Ciclo de Melhoria Contínua, éuma abordagem amplamente utilizada na gestão de qualidade em saúde e acreditação hospitalar. Essa metodologia envolve a implementação de um 9 processo contínuo de melhoria, baseado em quatro etapas inter-relacionadas: planejar, fazer, verificar e agir. 1. Planejar (Plan): Nessa etapa, são estabelecidos os objetivos e metas de melhoria, identificadas as necessidades e expectativas dos pacientes, definidos os indicadores de desempenho e estabelecidos os planos de ação. Aqui, ocorre a análise de dados, a identificação de problemas ou oportunidades de melhoria e a definição de estratégias para alcançar os resultados desejados. 2. Fazer (Do): Nessa etapa, os planos estabelecidos são colocados em prática. São executadas as ações e intervenções planejadas, seguindo os protocolos e diretrizes estabelecidos. É importante documentar todas as atividades realizadas, coletar dados e registrar informações relevantes durante a execução das ações. 3. Verificar (Check): Nessa etapa, ocorre a avaliação dos resultados obtidos em relação aos objetivos estabelecidos. São coletados dados, realizadas análises e comparados os resultados alcançados com as metas predefinidas. É um momento de verificação do desempenho e da eficácia das ações implementadas, identificando eventuais desvios e variações em relação ao esperado. 4. Agir (Act): Nessa etapa, com base nas informações obtidas na etapa anterior, são tomadas ações corretivas e preventivas. Caso sejam identificados problemas ou desvios, são implementadas medidas corretivas para solucionar os problemas e ajustar o processo. Além disso, são realizadas ações preventivas para evitar a recorrência de problemas no futuro. Essa etapa fecha o ciclo, e o processo recomeça, permitindo a melhoria contínua. Sendo uma abordagem iterativa, em que as etapas são repetidas de forma cíclica, buscando aperfeiçoar constantemente os processos e a qualidade dos serviços de saúde. É uma metodologia flexível e adaptável, permitindo que as organizações ajustem suas ações com base nos resultados obtidos e nas mudanças do ambiente. Ao adotar o ciclo PDCA, as organizações de saúde podem promover a melhoria contínua, a eficácia dos processos e a satisfação dos pacientes. É uma ferramenta fundamental na gestão de qualidade em saúde e na busca pela excelência na prestação de cuidados, permitindo a identificação de problemas, a implementação de soluções e o alcance de melhores resultados em termos de qualidade, segurança e eficiência. 2.9 SISTEMA BRASILEIRO DE CERTIFICAÇÃO HOSPITALAR. 10 No Brasil, o sistema de certificação hospitalar é conhecido como acreditação hospitalar. É um processo voluntário de avaliação externa realizado por organizações independentes, que têm como objetivo verificar se uma instituição de saúde atende aos padrões de qualidade estabelecidos por órgãos reguladores. O principal órgão responsável pela acreditação hospitalar no Brasil é a Organização Nacional de Acreditação (ONA). Além da ONA, existem outras instituições que realizam acreditação hospitalar no Brasil, como a Joint Commission International (JCI) e a Accreditation Canada International (ACI), que seguem padrões internacionais de acreditação. Em suma, o sistema brasileiro de certificação hospitalar, por meio da acreditação, busca promover a melhoria contínua da qualidade dos serviços de saúde, garantindo que as instituições atendam aos padrões de qualidade estabelecidos, proporcionando um ambiente seguro e de excelência para o cuidado aos pacientes. 2.10 ACREDITAÇÃO EM SAÚDE ONA. A ONA (Organização Nacional de Acreditação) é uma entidade sem fins lucrativos e independente que atua no Brasil na área de acreditação em saúde. Seu objetivo é promover a melhoria contínua da qualidade e segurança dos serviços de saúde por meio da avaliação e certificação de instituições de saúde. Desenvolvendo critérios e requisitos baseados em melhores práticas e referências nacionais e internacionais. Esses critérios são utilizados para avaliar instituições de saúde em diversos aspectos. Sendo um processo voluntário e busca incentivar as instituições de saúde a alcançarem altos padrões de qualidade e segurança, além de promover a melhoria contínua. A acreditação da ONA é reconhecida nacionalmente e demonstra o compromisso das instituições com a qualidade dos serviços prestados. 2.11 ACREDITAÇÃO/CERTIFICAÇÃO. A acreditação da ONA é baseada em critérios e requisitos específicos definidos pela organização. As instituições de saúde que passam pelo processo de acreditação são avaliadas em relação a esses critérios, que abrangem diversos aspectos da gestão e qualidade dos serviços, como governança, liderança, segurança do paciente, processos assistenciais, gestão de recursos, estrutura física, satisfação dos pacientes e resultados assistenciais. 11 A avaliação é realizada por equipes de profissionais especializados, que visitam a instituição, analisam a documentação, entrevistam os colaboradores e verificam as práticas adotadas. Com base nessa avaliação, é emitido um relatório com as recomendações para a instituição. Após a conclusão do processo de avaliação, a instituição pode receber uma acreditação em um dos três níveis estabelecidos pela ONA: nível 1 (Acreditado), nível 2 (Acreditado Pleno) e nível 3 (Acreditado com Excelência). Cada nível indica o grau de conformidade da instituição com os critérios estabelecidos. Não é um certificado com validade permanente. Ela tem um prazo de validade definido e as instituições devem passar por avaliações periódicas para manterem a acreditação. Isso garante que as instituições continuem a cumprir os padrões de qualidade estabelecidos e promovam a melhoria contínua. A acreditação da ONA é reconhecida no cenário nacional e demonstra o compromisso das instituições de saúde com a qualidade e segurança dos serviços prestados. Ela traz benefícios como a confiança dos pacientes, a valorização dos profissionais de saúde, a melhoria dos processos e a promoção de uma cultura de excelência. 12 3 CONCLUSÃO A gestão de qualidade em saúde e a acreditação hospitalar são elementos fundamentais para promover uma assistência de saúde de excelência, segura e centrada no paciente. Essas abordagens visam garantir a padronização de processos, a melhoria contínua e a conformidade com os mais altos padrões de qualidade e segurança. Através da implementação de sistemas de gestão de qualidade, as instituições de saúde podem melhorar a eficiência operacional, reduzir erros e promover uma cultura de segurança. Além disso, a obtenção da acreditação hospitalar demonstra o compromisso da organização com a excelência e confere confiança aos pacientes e à comunidade. Por fim, a saúde é um direito fundamental, e é responsabilidade das instituições de saúde e dos profissionais envolvidos adotarem práticas e abordagens de gestão de qualidade que visem à prestação de serviços de saúde de alto nível. Ao fazer isso, estaremos contribuindo para a construção de um sistema de saúde mais confiável, seguro e eficaz, beneficiando tanto os pacientes quanto os profissionais de saúde e a sociedade como um todo. 13 REFERÊNCIAS CAMARGO, R. F. Ciclo PDCA: o que é, quais as etapas e como aplicar em sua empresa. Treasy, 2017 Disponível em: <https://www.treasy.com.br/blog/ciclo- pdca/#:~:text=%C3%A0%20seus%20colegas)- ,O%20que%20%C3%A9%20o%20Ciclo%20PDCA%3F,cont%C3%ADnua%20de%20proces sos%20e%20produtos.>. Acesso em: 16 maio 2023. COSTA, O.; MATSUDA, L. M. O enfermeiro no gerenciamento à qualidade em serviço hospitalar de emergência: revisão integrativa da literatura. Revista Gaúcha de enfermagem, 2011. 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