Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AS AUTOAFIRMAÇÕES DE JESUS IGREJA BATISTA DO FONSECA Conselho de Educação Cristã Escola Bíblica Dominical Cristiano Mariella AS AUTOAFIRMAÇÕES DE JESUS: 1) O Filho do homem 2) O Filho 3) Eu Sou PARTE I Introdução à Trindade Na criação do homem Então Deus disse: “Façamos o ser humano à nossa imagem; ele será semelhante a nós. Dominará sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, sobre todos os animais selvagens da terra e sobre os animais que rastejam pelo chão”. Assim, Deus criou os seres humanos à sua própria imagem, à imagem de Deus os criou; homem e mulher os criou. Gênesis 1,26-27 O DEUS UNO E TRINO NA BÍBLIA Façamos [...] nossa Plurais de majestade. Imagem [...] semelhança Estes são termos intercambiáveis (Gn 5,3), indicam que o homem foi criado natural e moralmente semelhante a Deus. Ao pecar, perdeu a semelhança moral, que era a sua impecaminosidade, mas a semelhança natural de intelecto, emoções e vontade, ele ainda retém (cf. Gn 9,6; Tg 3,9). Charles C. Ryrie No batismo de Jesus Jesus foi da Galileia ao rio Jordão para que João o batizasse. João, porém, tentou impedi-lo. “Eu é que preciso ser batizado pelo senhor”, disse ele. “Então por que vem a mim?” Jesus respondeu: “É necessário que seja assim, pois devemos fazer tudo que Deus requer”. E João concordou em batizá-lo. Depois do batismo, enquanto Jesus saía da água, o céu se abriu, e ele viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e pousar sobre ele. E uma voz do céu disse: “Este é meu Filho amado, que me dá grande alegria”. Mateus 3,13-17 O DEUS UNO E TRINO NA BÍBLIA “Esta é a primeira expressão clara do conceito de Trindade. A vinda do Espírito sobre Jesus se deu a fim de lhe conferir poder especial para o início do seu ministério público”. Charles C. Ryrie Na Grande Comissão “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinem esses novos discípulos a obedecerem a todas as ordens que eu lhes dei. E lembrem- se disto: estou sempre com vocês, até o fim dos tempos”. Mateus 28,19-20 O DEUS UNO E TRINO NA BÍBLIA em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo Encontramos aqui evidências em favor da Trindade de Deus: um Deus (o nome) que subsiste em três Pessoas (o Pai, o Filho e o Espírito Santo). Cada um dos três é distinto dos demais; cada um possui todos os atributos divinos e, no entanto, os três são um. Trata-se de um mistério que nenhuma analogia pode ilustrar satisfatoriamente. As ilustrações do Sol e da água Na benção apostólica A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vocês. 2 Coríntios 13,14 O DEUS UNO E TRINO NA BÍBLIA Sobre o Espírito Santo Mas o Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinará a vocês todas as coisas e fará vocês lembrarem tudo o que eu disse. João 14,26 Por isso eu lhes digo: todo pecado e toda blasfêmia serão perdoados, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Mateus 12,31 Saudação Deus, o Pai, os conhecia de antemão e os escolheu, e o Espírito os santificou para a obediência e a purificação pelo sangue de Jesus Cristo. Que vocês tenham cada vez mais graça e paz. 1 Pedro 1,2 O DEUS UNO E TRINO NA BÍBLIA A mudança nos planos de Paulo É Deus quem nos capacita e a vocês a permanecermos firmes em Cristo. Ele nos ungiu e nos identificou como sua propriedade ao colocar em nosso coração o selo do Espírito, a garantia de tudo que ele nos prometeu. 2 Coríntios 1,21-22 TRATADO SOBRE TRINDADE “Trindade é um só Deus verdadeiro e quão realmente se diz, se crê e se entende que com o Pai, o Filho e o Espírito Santo possuem uma só substância ou essência”. Agostinho de Hipona 354 - 430 d.C. A Trindade apresenta uma única substância; é um só Deus em três Pessoas, e não três deuses. Philippe de Champaigne (1602-1674) Pintor francês John Norman Devidson Kelly J.N.D. KELLY (1909-1997) - Membro da Academia Britânica, foi um destacado erudito da Faculdade de Teologia da Universidade de Oxford. 1) A Santíssima Trindade Consequências da ênfase na unidade da natureza divina. 1ª) As pessoas da Trindade não são três indivíduos separados, antes “cada uma das pessoas divinas é idêntica às demais ou à própria substância divina”, e deve-se afirmar “que cada uma das pessoas habita nas outras ou é inerente às outras”. 1) A Santíssima Trindade Consequências da ênfase na unidade da natureza divina. 2ª) Tudo o que pertence à natureza divina como tal deve, numa linguagem exata, “ser expresso no singular, já que esta natureza é única”. Portanto, embora cada uma das três pessoas seja incriada, infinita, onipotente, eterna, não há três incriados, infinitos, onipotentes e eternos, mas apenas um. 1) A Santíssima Trindade Consequências da ênfase na unidade da natureza divina. 3ª) “A Trindade possui uma única e indivisível ação e uma única vontade”. Em outras palavras, sua operação é “inseparável”, isto é, em relação à ordem contingente as três pessoas atuam como “um único princípio (unum principium)” e como as pessoas são inseparáveis, “assim também operam inseparavelmente”. 2) A distinção das pessoas Segundo Agostinho, a distinção das pessoas se fundamenta nas “suas relações mútuas dentro da Divindade”. Embora consideradas enquanto substância divina, as pessoas sejam idênticas, o Pai se distingue enquanto Pai por gerar o Filho, e o Filho se distingue enquanto Filho por ser gerado. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são assim relações, “no sentido de que tudo aquilo que cada um é, Ele é em relação a um dEles ou a ambos”. 3) A processão do Espírito Santo Agostinho considerou como certo que o Espírito Santo é o amor mútuo do Pai e do Filho, o amor comum pelo qual o Pai e o Filho se amam mutuamente. Assim, Agostinho afirma que “o Espírito Santo não é o Pai nem o Filho, mas somente o Espírito Santo do Pai e do Filho, igual ao Pai e ao Filho e pertencente à Unidade da Trindade”. Desta maneira, em relação ao Espírito Santo, o Pai e o Filho formam um único princípio, o que é inevitável, “pois a relação de ambos” para com o Espírito Santo “é idêntica e onde não há diferença de relação, a operação dEles é inseparável”. Agostinho, portanto, ensinou a doutrina da dupla processão do Espírito Santo do Pai e do Filho (filioque = “e do Filho”). 4) A formulação das “analogias psicológicas” Kelly afirma que a principal analogia trinitária do A Trinitate é a do amante (amans), do objeto amado (id quod amatur) e do amor que os une (amor). a) a mente (mens), seu conhecimento de si mesma (notitia) e seu amor de si mesma (amor); b) a memória (memoria), ou, mais propriamente, “o conhecimento latente que a mente tem de si mesma”; o entendimento (intelligentia), isto é, “sua apreensão de si mesma à luz das razões eternas”; e a vontade (voluntas), ou amor de si mesma, “pela qual este processo de autoconhecimento é posto em atividade”; c) a mente, enquanto lembrando, conhecendo e amando ao próprio Deus. PARTE II O Filho do homem O Filho do homem – uma expressão misteriosa Em Marcos, aparece 14 vezes na boca de Jesus; Em todo NT, a locução Filho do homem só se encontra na boca de Jesus, com a única exceção da visão de Estêvão moribundo, ao qual é oferecida a visão do céu aberto: “Vejo o céu aberto e o Filho do homem de pé, à direita de Deus” (Atos 7,56) “E vereis o Filho do homem assentado à direita do Poderoso vindo com as nuvens do céu” (Marcos 14,62) Deste modo, Estêvão cita uma expressão de Jesus, cuja realidade ele pôde ver precisamente no momento do martírio. Distinguem-se três grupos de palavras sobre o Filho do homem: 1) Sobre a ação terrena do Filho do homem 1.1) Poder para perdoar pecados Mas, para que vocês saibam que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados – disse ao paralítico: “Levante-se, pegue a sua maca e vá para casa” (Mateus 9,6). 1.2) Sobre o fato de não possuir nada e nem ter casa Jesus respondeu:“As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça” (Lucas 9,58). 2) Sobre o sofrimento e ressurreição do Filho do homem Porque estava ensinando os seus discípulos. E lhes dizia: “O Filho do homem está para ser entregue nas mãos dos homens. Eles o matarão, e três dias depois ele ressuscitará” (Marcos 9,31). 3) Sobre o Filho do homem que vai voltar Assim, vocês também precisam estar preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que vocês menos esperam (Mateus 24,44). Distinguem-se três grupos de palavras sobre o Filho do homem: 1) Sobre a ação terrena do Filho do homem Perdoar pecados é uma ação exclusiva de Deus, objetam com razão os escribas. Se Jesus atribui ao “Filho do homem” este poder, então ele tem a pretensão de se situar na própria dignidade de Deus e de agir a partir daí. 2) Sobre o sofrimento e ressurreição do Filho do homem Pois nem mesmo o Filho do Homem veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate por muitos (Marcos 10,45). Pois todas as promessas de Deus se cumpriram em Cristo com um alto e claro “Sim!”. E, por meio de Cristo, confirmamos isso, de modo que nosso “Amém” se eleva a Deus para sua glória (2 Coríntios 1,20). 3) Sobre o Filho do homem que vai voltar Quando o Filho do homem vier em sua glória, com todos os anjos, ele se assentará em seu trono na glória celestial (Mateus 25,31) Outros versículos sobre o Filho do homem: Ele respondeu: “Aquele que semeou a boa semente é o Filho do homem”. Mateus 13,37 Reunindo-se eles na Galileia, Jesus lhes disse: “O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens”. Mateus 17,22 O Filho do homem veio para salvar o que se havia perdido. Mateus 18,11 Outros versículos sobre o Filho do homem: Pois assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre de um grande peixe, assim o Filho do homem ficará três dias e três noites no coração da terra. Mateus 12,40 Porque estava ensinando os seus discípulos. E lhes dizia: “O Filho do homem está para ser entregue nas mãos dos homens. Eles o matarão, e três dias depois ele ressuscitará”. Marcos 9,31 Outros versículos sobre o Filho do homem: Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos. Marcos 10,45 Pois o Filho do homem no seu dia será como o relâmpago cujo brilho vai de uma extremidade à outra do céu. Lucas 17,24 E então acrescentou: “Digo a verdade: Vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem”. João 1,51 Outros versículos sobre o Filho do homem: Então Jesus disse: “Quando vocês levantarem o Filho do homem, saberão que Eu Sou, e que nada faço de mim mesmo, mas falo exatamente o que o Pai me ensinou”. João 8,28 E disse: “Vejo os céus abertos e o Filho do homem em pé, à direita de Deus”. Atos dos Apóstolos 7,56 PARTE III O Filho A expressão “O Filho” aparece: 1 vez no Evangelho de Mateus (11,25); 1 vez no Evangelho de Lucas (10,21); 18 vezes no Evangelho de João; 5 vezes na Carta aos Hebreus (1,2; 1,6-8; 3,5-8; 5,8-9; 7,28); 1 vez na Primeira Carta aos Coríntios (15,28); 5 vezes na Primeira Carta de João; 1 vez na Segunda Carta de João. 25 Naquela ocasião, Jesus orou da seguinte maneira: “Pai, Senhor dos céus e da terra, eu te agradeço porque escondeste estas coisas dos que se consideram sábios e instruídos e as revelaste aos que são como crianças. 26 Sim, Pai, foi do teu agrado fazê-lo assim”. 27 “Meu Pai me confiou todas as coisas. Ninguém conhece verdadeiramente o Filho, a não ser o Pai, e ninguém conhece verdadeiramente o Pai, a não ser o Filho e aqueles a quem o Filho escolhe revelá-lo”. Mateus 11,25-27 O que é a Verdade? (A Verdade sobre a Verdade) 1) É “dizer aquilo que é” (“Não acho nele motivo nenhum de acusação” Jo 18,38) 2) Pode ser definida como “propriedade de estar conforme com os fatos ou a realidade” (Os fatos sobre Jesus e seu julgamento diante de Pilatos eram reais) 3) É a “fidelidade de uma representação em relação ao modelo ou original” (O julgamento de Pilatos estava correto, Jesus realmente era inocente) Sobre a Verdade: 1) A Verdade não é relativa, mas absoluta (Se alguma coisa é verdadeira, ela é verdadeira para todas as pessoas, em todos os momentos, em todos os lugares) 2) Toda Verdade afirma ser absoluta, completa e exclusiva 3) A Verdade é descoberta Sobre a Verdade: 4) A Verdade é transcultural 5) A Verdade é imutável 6) A Verdade não é afetada pela atitude de quem a professa 7) Todas as Verdades são Verdades absolutas Sobre a Verdade na Bíblia: “Vocês conhecem o caminho para onde vou”. Disse-lhe Tomé: “Senhor, não sabemos para onde vais; como então podemos saber o caminho?” Respondeu Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim”. João 14,4-6 Sobre a Verdade na Bíblia: “Vocês, samaritanos, adoram o que não conhecem; nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus. No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura. Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”. João 4,22-24 Só o Filho “conhece” realmente o Pai: ao ato de conhecer pertence sempre, de algum modo, igualdade. Cada processo de conhecimento inclui sempre, de alguma forma, um processo de tornar igual, uma espécie de interior unidade do que conhece e do que é conhecido, que é diferente segundo o grau de ser do sujeito que conhece e do objeto conhecido. Conhecer verdadeiramente Deus pressupõe comunhão com Ele, unidade de ser com Deus (Criador e criação). Desta forma, é dito pelo Senhor numa exclamação de oração o mesmo que escutamos na muito refletida palavra conclusiva do prólogo de João: “Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido”. João 1,18 Torna-se evidente, portanto, o que é “o Filho”: significa perfeita comunhão de conhecimento, que é ao mesmo tempo comunhão de ser. A unidade do conhecimento só é possível porque é unidade do ser. Só o “Filho” conhece o Pai, e todo o conhecimento real do Pai é participação no conhecimento do Filho, revelação, que Ele oferece (Ele deu a conhecer – diz João). Só conhece ao Pai aquele a quem o Filho o “quiser revelar”. Mas a quem o Filho quer revelar? A vontade do Filho é a mesma que a vontade do Pai = unidade de vontade. A vontade do Filho constitui uma unidade com a vontade do Pai. No Evangelho de João, é evidenciado que Jesus está totalmente imerso na vontade do Pai. De modo dramático, é apresentado o ato da união da vontade e da fusão de ambas as vontades na hora do jardim das Oliveiras, em que Jesus despoja da vontade humana e se interioriza na sua autêntica vontade de Filho e, assim, na unidade de vontade com o Pai. O Filho quer levar todos para o seu conhecimento filial, para onde o Pai quer: Pois ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer a mim. João 6,44 Mas quem é que o Pai quer? Os que conhecem a Deus profissionalmente. Os que conhecem a Deus na experiência de vida. Mas quem é que o Pai quer? Os que conhecem a Deus profissionalmente. Os que conhecem a Deus na experiência de vida. No Sermão da Montanha, Jesus disse: “Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus”. Mateus 5,8 Mas quem é que o Pai quer? Os que conhecem a Deus profissionalmente. Os que conhecem a Deus na experiência de vida. 1 Naquele momento os discípulos chegaram a Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos céus?” 2 Chamando uma criança, colocou-a no meio deles, 3 e disse: “Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus. 4 Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus. Mateus 18,1-4 Também é o Pai doador, mas que dá ao Filho “tudo” e assim precisamente O fez Filho,igual a si mesmo: “Tudo o que é Meu é Teu, e tudo o que é Teu é Meu” João 17,10 E também esse doar do Pai alcança a sua criação, chega ao “mundo”: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3,16 E agora, nestes últimos dias, ele nos falou por meio do Filho, o qual ele designou como herdeiro de todas as coisas e por meio de quem criou o universo. Hebreus 1,2 E, quando ele trouxe seu Filho supremo ao mundo, disse: “Que todos os anjos de Deus o adorem”. A respeito dos anjos, ele diz: “Ele envia seus anjos como os ventos, e seus servos, como chamas de fogo”. Mas ao Filho ele diz: “Teu trono, ó Deus, permanece para todo o sempre; tu governas com cetro de justiça”. Hebreus 1,6-8 5 Por certo, Moisés foi fiel como servo na casa de Deus, e seu trabalho ilustrou verdades que seriam mais tarde reveladas. 6 Mas Cristo, como Filho, é responsável por toda a casa de Deus; e nós somos a casa de Deus, se nos mantivermos corajosos e firmes em nossa esperança gloriosa. 7 Por isso o Espírito Santo diz: “Hoje, se ouvirem sua voz, 8 não endureçam o coração como eles fizeram na rebelião, quando me puseram à prova no deserto”. Hebreus 3,5-8 8 Embora fosse Filho, aprendeu a obediência por meio de seu sofrimento. 9 Com isso, foi capacitado para ser o Sumo Sacerdote perfeito e tornou-se a fonte de salvação eterna para todos que lhe obedecem. Hebreus 5,8-9 A lei nomeava sacerdotes limitados pela fraqueza humana. Mas, depois da lei, Deus nomeou com juramento seu Filho, que se tornou o Sumo Sacerdote perfeito para sempre. Hebreus 7,28 Então, quando todas as coisas estiverem sob a autoridade do Filho, ele se colocará sob a autoridade de Deus, para que Deus, que deu a seu Filho autoridade sobre todas as coisas, seja absolutamente supremo sobre todas as coisas em toda parte. 1 Coríntios 15,28 PARTE IV Eu Sou O “Eu Sou” em 2 grupos de palavras (dupla forma): 1º Grupo = “Eu sou”, “que Eu sou” (Êx 3,13-14); 2º Grupo = definido por meio de imagens. Exemplos: Eu sou a luz do mundo (Jo 8,12), a videira verdadeira (Jo 15,1), o bom pastor (Jo 10,11), a porta (Jo 10,9) etc. Se o segundo grupo aparece quase imediatamente compreensível, então o enigma do primeiro grupo é tanto maior. Passagens no Evangelho de João com esses grupos de palavras. 22 Os judeus perguntaram: “Será que ele está planejando cometer suicídio? A que ele se refere quando diz: ‘Não podem ir para onde eu vou’?”. 23 Jesus prosseguiu: “Vocês são daqui de baixo; eu sou lá de cima. Vocês pertencem a este mundo; eu não”. 24 Foi por isso que eu disse que vocês morrerão em seus pecados, pois a menos que creiam que eu sou lá de cima, morrerão em seus pecados". João 8,22-24 A expressão “Eu sou” no AT e no judaísmo 13 Moisés disse a Deus: “Se eu for aos israelitas e lhes disser: ‘O Deus de seus antepassados me enviou a vocês’, eles perguntarão: ‘Qual é o nome dele?’. O que devo dizer?”. 14 Deus respondeu a Moisés: “Eu Sou o que Sou. Diga ao povo de Israel: Eu Sou me enviou a vocês”. Êxodo 3,13-14 YHWH “Eu sou aquele que sou” H. Zimmermann acentuou com razão que Jesus, com este “Eu sou”, não aparece ao lado do Eu do Pai, mas remete ao Pai. E precisamente assim também para si mesmo. Trata-se justamente da inseparabilidade do Pai e do Filho. Por que Ele é o Filho, Ele pode colocar na sua boca a autoapresentação do Pai: “Quem Me vê, vê o Pai” (Jo 14,9). UNIDADE DE SER inseparabilidade Na cruz é dada a conhecer a sua filiação, a sua unidade de ser com o Pai. A cruz é a verdadeira “elevação”. Ela é a elevação do “amor até o fim” (Jo 13,1); na cruz, Jesus está na “elevação” de Deus, que é o amor. A sarça ardente é a cruz. A mais elevada pretensão de revelação, o “Eu sou” e a cruz de Jesus são inseparáveis. Aqui encontramos não uma especulação metafísica, mas se mostra a realidade de Deus no meio da história, para nós. “Então conhecereis quem Eu sou”: quando é que este “então” se realiza? Realiza-se sempre na história, a começar pelo dia do Pentecostes no qual os judeus se sentiram “profundamente tocados mesmo no coração” (At 2,37) pela pregação de Pedro e, segundo o relato dos Atos dos Apóstolos, três mil deixaram-se batizar, juntaram-se à comunidade dos apóstolos (At 2,41). Ele se realiza plenamente no fim da história, na qual misteriosamente a revelação diz: “Todos O verão, mesmo aqueles que O trespassaram...” (Ap 1,7). Conclusões e reflexões Olhemos agora para trás. Encontramos três palavras nas quais Jesus simultaneamente oculta e desoculta o seu mistério: Filho do homem, Filho, Eu sou. Todas as três palavras mostram o seu profundo enraizamento na Palavra de Deus, na Bíblia, no Antigo e no Novo Testamento. Mas só n’Ele é que todas estas palavras alcançam o seu pleno sentido; por assim dizer, elas esperaram por Ele (profecias). Referências Referências
Compartilhar