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Nome do candidato Prédio Sala CarteiraInscriçãoRG Confira seus dados impressos neste caderno. Assine com caneta de tinta azul ou preta a Folha de Respostas apenas no local indicado. Esta prova contém 40 questões objetivas e uma proposta de redação. Para cada questão, o candidato deverá assinalar apenas uma alternativa na Folha de Respostas, utilizando caneta de tinta azul ou preta. As provas terão duração total de 5h e o candidato somente poderá sair do prédio depois de transcorridas 3h45, contadas a partir do início da prova. Ao final da prova, antes de sair da sala, entregue ao fiscal a Folha de Respostas, a Folha de Redação e os Cadernos de Questões. 22.10.2016 002. Prova II VESTIBULAR mEdICInA 2017 2UNMS1601|002-Prova-II-Objetiva 3 UNMS1601|002-Prova-II-Objetiva Leia o trecho de Senhora, de José de Alencar, para respon- der às questões de 01 a 04. Há anos raiou no céu fluminense uma nova estrela. Tornou-se a deusa dos bailes; a musa dos poetas e o ídolo dos noivos em disponibilidade. Era rica e formosa – duas opulências que se realçam como a flor em vaso de alabastro. Tinha Aurélia Camargo dezoito anos quando apareceu a primeira vez na sociedade. Não a conheciam; e logo busca- ram todos com avidez informações acerca da grande novi- dade do dia. Dizia-se muita coisa que não repetirei agora, pois a seu tempo saberemos a verdade, sem os comentos malévolos de que usam vesti-la os noveleiros. Aurélia era órfã; e tinha em sua companhia uma velha parenta, viúva, D. Firmina Mascarenhas, que sempre a acom- panhava na sociedade. Mas essa parenta não passava de mãe de encomenda, para condescender com os escrúpulos da sociedade brasileira, que naquele tempo não tinha admitido ainda certa emancipação feminina. Guardando com a viúva as deferências devidas à idade, a moça não declinava um instante do firme propósito de governar sua casa e dirigir suas ações como entendesse. Cercada de adoradores, no meio das esplêndidas rever- berações de sua beleza, Aurélia bem longe de inebriar-se da adoração produzida por sua formosura, e do culto que lhe rendiam, ao contrário parecia unicamente possuída de indig- nação por essa turba vil e abjeta. No íntimo sentia-se profun- damente humilhada pensando que para toda essa gente que a cercava, ela, a sua pessoa, não merecia uma só das baju- lações que tributavam a cada um de seus mil contos de réis. Convencida de que todos os seus inúmeros apaixonados, sem exceção de um, a pretendiam unicamente pela riqueza, Aurélia costumava indicar o merecimento de cada um dos pretendentes, dando-lhes certo valor monetário. Em lingua- gem financeira, Aurélia cotava os seus adoradores pelo preço que razoavelmente poderiam obter no mercado matrimonial. Uma noite, no Cassino, a Lísia Soares, que fazia-se íntima com ela, e desejava ardentemente vê-la casada, dirigiu-lhe um gracejo acerca do Alfredo Moreira, rapaz elegante que chegara recentemente da Europa: — É um moço muito distinto, respondeu Aurélia sorrindo; vale bem como noivo cem contos de réis; mas eu tenho dinheiro para pagar um marido de maior preço, Lísia; não me contento com esse. Riam-se todos destes ditos de Aurélia, e os lançavam à conta de gracinhas de moça espirituosa; porém a maior parte das senhoras, sobretudo aquelas que tinham filhas moças, não cansavam de criticar esses modos desenvoltos, impró- prios de meninas bem-educadas. (Senhora, 1975. Adaptado.) Questão 01 De acordo com o trecho, Aurélia (A) sentia-se muito envaidecida por saber que despertava intensas paixões nos rapazes pertencentes à alta socie- dade carioca. (B) conduzia a própria vida com autonomia, porém sua desenvoltura era recriminada por algumas senhoras, mães de filhas moças. (C) estava sob os cuidados de uma antiga serviçal da famí- lia Camargo, dona Firmina Mascarenhas, desde que se tornara criança órfã e sem recursos. (D) causava furor na sociedade pois, embora fosse uma jovem desprovida de atrativos físicos, era dona de consi- derável fortuna. (E) frequentava os bailes do Cassino na expectativa de reali- zar o sonho romântico de encontrar um grande amor e se apaixonar perdidamente. Questão 02 O narrador (A) assegura aos leitores que estes conhecerão a verdade no momento adequado, o que evidencia seu domínio sobre a condução da narrativa. (B) faz uma analogia com o mundo das finanças para expli- car ao leitor o hábito de Aurélia de cotar os jovens por quem ela se apaixonava. (C) excede-se ao descrever a formosura de Aurélia, porém desconhece as angústias que consomem a personagem. (D) introduz no enredo um diálogo entre Aurélia e a amiga Lísia para ressaltar a ingenuidade da personagem prin- cipal. (E) concorda com as senhoras que desaprovam o comporta- mento emancipado de Aurélia, pois, como elas, assume postura moralista. 4UNMS1601|002-Prova-II-Objetiva Questão 03 Marriage à la mode é uma série de seis pinturas concebidas pelo artista inglês William Hogarth no século XVIII. Considere a primeira pintura intitulada “O contrato de casamento”. A cena retrata as negociações entre o conde de Squander e um rico comerciante para o casamento de seus filhos. O comerciante deseja uma posição social mais elevada para sua família e, portanto, está comprando seu caminho para a aristocracia, enquanto Squander precisa de dinheiro para financiar seu estilo de vida demasiadamente extravagante. O noivo, vestindo casaca azul, olha-se no espelho indife- rente ao que acontece, enquanto um advogado sussurra algo ao ouvido da noiva. (www.tate.org.uk. Adaptado.) Pode-se relacionar a pintura de Hogarth ao trecho de Senhora, porque Aurélia (A) acredita que o amor é um sentimento passageiro, por esse motivo o casamento com garantias financeiras é vantajoso para os noivos. (B) desaprova os casamentos acordados financeiramente, porque eles formalizam a união entre jovens que não estão ligados pelo sentimento amoroso. (C) é contrária ao casamento por interesse, mas reconhece que os pais são as pessoas moralmente mais indicadas para decidir o futuro dos filhos. (D) opõe-se aos casamentos arranjados, visto que eles possibilitam a associação entre nobreza e burguesia, contrariando a visão elitista da personagem. (E) admite que as jovens solteiras devam oferecer um dote ao noivo, já que essa condição valoriza a educação e a cultura que receberam dos pais. Questão 04 Leia o trecho reescrito a partir das ideias do sétimo parágrafo do texto. Aurélia estava ciente de que muitos adora- dores que a . No entanto, sentia-se indignada e julgava-os porque seus mi- lhares de contos de réis o que unicamente lhes interessava. As lacunas desse trecho são preenchidas, correta e respec- tivamente, por: (A) havia – bajulavam – desprezível – era. (B) haviam – bajulava – desprezível – eram. (C) havia – bajulava – desprezíveis – era. (D) haviam – bajulavam – desprezíveis – era. (E) havia – bajulavam – desprezíveis – eram. Leia o poema “Fim”, do poeta português Mário de Sá-Carneiro, para responder às questões 05 e 06. Quando eu morrer batam em latas, Rompam aos saltos e aos pinotes, Façam estalar no ar chicotes, Chamem palhaços e acrobatas! Que o meu caixão vá sobre um burro Ajaezado à andaluza1... A um morto nada se recusa, Eu quero por força ir de burro! (Antônio Soares Amora et al. Presença da literatura portuguesa, vol 3, 1961.) 1 ajaezado à andaluza: enfeitado seguindo a tradição da região espa- nhola de Andaluzia. Questão 05 No poema, o eu lírico (A) lamenta o fim de todos os prazeres e alegrias, uma vez que a morte impõe às pessoas uma ruptura com o mundo terreno. (B) reconhece que o ser humano é impotente diante da morte, por isso quer concretizar rapidamente seus projetos de juventude. (C) revela-se um indivíduo profundamente religioso, por esse motivo aceita serenamente a chegada da própria morte. (D) recusa-se a tratar a morte com a reverência e a serie- dade que convencionalmente lhesão atribuídas pela sociedade. (E) exige uma grande festa no dia de sua morte com todo o aparato que dê caráter solene e heroico a esse evento. 5 UNMS1601|002-Prova-II-Objetiva Questão 06 Para exprimir o desejo de não ser contrariado no dia de sua morte, o eu lírico emprega (A) rima em todos os versos e o termo “burro” em lugar de “cavalo”, que revela humildade. (B) ponto de exclamação ao final das estrofes e a conjunção “quando”, que apresenta ideia de conclusão. (C) algumas formas verbais no modo imperativo e a expres- são “por força”, que sinaliza ênfase. (D) imagens que expõem a tristeza dos amigos e o pronome “nada”, que possui sentido abrangente. (E) termos relacionados à vida circense e o adjetivo “ajaeza- do”, que é próprio da linguagem popular. Leia o trecho de Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto, para responder às questões de 07 a 09. Cansado da viagem, o retirante Severino pensa interrompê- -la por uns instantes e procurar trabalho no lugarejo onde se encontra. Dirige-se a uma mulher que está à janela de casa: — Muito bom dia, senhora, que nessa janela está; sabe dizer se é possível algum trabalho encontrar? — Trabalho aqui nunca falta a quem sabe trabalhar; o que fazia o compadre na sua terra de lá? — Pois fui sempre lavrador, lavrador de terra má; não há espécie de terra que eu não possa cultivar. — Isso aqui de nada adianta, pouco existe o que lavrar; mas diga-me, retirante, o que mais fazia por lá? — Sei também tratar de gado, entre urtigas pastorear: gado de comer do chão ou de comer ramas no ar. — Aqui não é Surubim nem Limoeiro, oxalá! mas diga-me, retirante, que mais fazia por lá? — Em qualquer das cinco tachas de um banguê sei cozinhar; sei cuidar de uma moenda, de uma casa de purgar. — Com a vinda das usinas há poucos engenhos já; nada mais o retirante aprendeu a fazer lá? — Ali ninguém aprendeu outro ofício, ou aprenderá: mas o sol, de sol a sol, bem se aprende a suportar. — Mas isso então será tudo em que sabe trabalhar? vamos, diga, retirante, outras coisas saberá. — Deseja mesmo saber o que eu fazia por lá? comer quando havia o quê e, havendo ou não, trabalhar. — Agora se me permite minha vez de perguntar: como a senhora, comadre, pode manter o seu lar? — Vou explicar rapidamente, logo compreenderá: como aqui a morte é tanta, vivo de a morte ajudar. — E ainda se me permite que lhe volte a perguntar: é aqui uma profissão trabalho tão singular? — É, sim, uma profissão, e a melhor de quantas há: sou de toda a região rezadora titular. (Morte e vida severina e outros poemas para vozes, 2000. Adaptado.) Questão 07 A análise do diálogo entre as personagens permite afirmar corretamente que Severino (A) se comporta de maneira rude ao se dirigir à mulher que está à janela, o que se constata pelo linguajar utilizado por ele. (B) lamenta ter deixado sua terra natal, onde antes havia fartura, para procurar trabalho em cidades grandes. (C) sabe cultivar a terra e lidar com os animais, porém essas habilidades não têm serventia no vilarejo onde vive a rezadora. (D) era dono de terras produtivas, mas foi obrigado a deixar sua propriedade e se tornar retirante por causa da seca. (E) se recusa a aceitar o trabalho oferecido pela comadre, portanto será difícil para ele estabelecer-se no vilarejo. 6UNMS1601|002-Prova-II-Objetiva Questão 08 “— Isso aqui de nada adianta, pouco existe o que lavrar; mas diga-me, retirante, o que mais fazia por lá?” Assinale a afirmação correta a respeito dos versos selecio- nados. (A) Os advérbios “aqui” e “lá” referem-se, respectivamente, à caatinga e a Recife. (B) O pronome “nada” refere-se à ausência de qualquer tipo de trabalho no vilarejo. (C) A forma verbal “existe” refere-se à possibilidade de o reti- rante ser bem-sucedido no futuro. (D) A forma verbal “fazia” refere-se a atividades realizadas costumeiramente no passado por Severino. (E) O pronome “isso” refere-se à decisão de Severino de viver como retirante. Questão 09 No trecho transcrito de Morte e vida severina está presente uma das principais preocupações do Modernismo: (A) a denúncia dos problemas sociais, a exemplo da transfor- mação socioeconômica das regiões açucareiras causada pela chegada das usinas. (B) a renovação da linguagem, dando-se prioridade à fala nordestina e ao total desrespeito às normas da língua- -padrão. (C) a negação dos valores que compõem a cultura brasileira e a incorporação de influências culturais estrangeiras. (D) o incentivo à criação de narrativas puramente intimistas nas quais o autor pode exteriorizar as angústias e os complexos que o afligem. (E) o foco no cotidiano em que a vida das personagens, como a do retirante Severino, é apresentada idealizada- mente aos leitores. Questão 10 Examine a tira. (Fernando Gonsales. Folha de S.Paulo, 16.08.2013.) No primeiro quadrinho, a expressão “sentir o sabor da minha espada” foi empregada em sentido , indican- do que o cavaleiro . Quanto ao comportamento do dragão, identifica-se corre- tamente a presença da figura de linguagem denominada . As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, por: (A) figurado — admite que infelizmente já terminou a época das aventuras heroicas — hipérbole. (B) literal — se sente decepcionado com a falta de bravura de seu inimigo — antítese. (C) literal — entende que a interferência da televisão é preju- dicial à sociedade — prosopopeia. (D) literal — intenciona ferir o dragão servindo-se de suas habilidades com a espada — hipérbole. (E) figurado — pretende atacar o dragão utilizando-se da es- pada — prosopopeia. 7 UNMS1601|002-Prova-II-Objetiva Questão 11 Há uma versão de um conto de fadas em que uma princesa foi sequestrada quando criança e aprisionada no alto de uma torre por uma bruxa. Quando a bruxa ia visitá-la, ordenava que a princesa jogasse, do alto da torre, suas longas tranças de cabelo, por onde a bruxa subia para vê-la. Ao completar 18 anos, a princesa finalmente foi resgatada. Uma garota, após ler esse conto de fadas, ficou curiosa em saber o quanto mais rápido era esse crescimento quando comparado ao crescimento dos seus cabelos. Para tanto, con- siderou que a princesa até os 18 anos nunca havia cortado seus cabelos, que tinham 27 metros de comprimento. Considerando que o cabelo da garota cresça em média 1 centímetro por mês, o cabelo da princesa do conto de fadas, em relação ao cabelo da garota, cresce a uma velocidade (A) 125 vezes maior. (B) 2,25 vezes maior. (C) 12,5 vezes maior. (D) 2 700 vezes maior. (E) 225 vezes maior. Questão 12 Beto fará uso contínuo de um medicamento para realizar um tratamento médico. Como será necessário adquirir uma caixa desse medicamento por mês, Beto conseguiu entrar em um programa que lhe fornece descontos progressivos no preço do medicamento. O programa funciona da seguinte forma: 20,0% de desconto no preço da primeira caixa do medica- mento; 21,5% no preço da segunda caixa do medicamento; 23,0% no preço da terceira caixa do medicamento; e, assim, sucessivamente até atingir o desconto máximo de 50%, que permanecerá para as caixas seguintes. Sabe-se que o preço original da caixa do medicamento é R$ 250,00 e que o tratamento se estenderá por 2 anos. Se mantidos o preço e as condições do programa ao longo do tratamento, o menor preço que Beto irá pagar na caixa do medicamento e o mês a partir do qual ele passará a ser beneficiado com esse respectivo valor são (A) R$ 110,00 e 21o mês. (B) R$ 125,00 e 21o mês. (C) R$ 110,00 e 24o mês. (D) R$ 125,00 e 20o mês. (E) R$ 110,00 e 20o mês. Questão 13 Três veículos, A, B e C, estão em uma mesma rodovia e se deslocam com velocidades constantes, sendo que os dois primeiros viajam em um mesmo sentido enquanto o terceiro viaja no sentido contrário da rodovia. Considere A(t), B(t) e C(t) os quilômetros da rodovia em que os veículosA, B e C se encontram, respectivamente, em função do tempo de viagem t, em minutos, descritos pelas seguintes funções: Se os três veículos mantiverem seus deslocamentos por 2 horas, o veículo C cruzará com os veículos A e B, respec- tivamente, (A) no km 72 e no km 60. (B) no km 105 e no km 110. (C) no km 90 e no km 102. (D) no km 135 e no km 120. (E) no km 198 e no km 125. Questão 14 Analise o gráfico, que representa a variação da altura, em centímetros, de uma espécie de planta ao longo do tempo, dado em dias. A função H(t), em centímetros, é dada por , sendo t o número de dias transcorridos do início do experi- mento e k uma constante. A partir das informações presentes no gráfico, é correto afirmar que o valor da constante k é (A) (B) (C) (D) (E) 8UNMS1601|002-Prova-II-Objetiva Questão 15 Considere p(x) uma função polinomial de grau n, cujo gráfico está representado a seguir. Considerando que as raízes reais são distintas e que todas estão representadas no gráfico, é correto afirmar que um possível valor para n é (A) 5, desde que a função tenha uma única raiz complexa. (B) 4, desde que a função tenha uma única raiz complexa. (C) 3, desde que a função tenha duas raízes complexas. (D) 4, desde que a função não tenha raízes complexas. (E) 5, desde que a função tenha duas raízes complexas. Questão 16 Tadeu ganhou um casal de cachorros, que se cruzaram, e a fêmea ficou prenha. Após levá-la ao veterinário, Tadeu des- cobriu que a cachorra teria 4 filhotes. Sabendo que é igual- mente provável que um filhote seja macho ou fêmea, a pro- babilidade de que se tenha, dentre os 4 filhotes, pelo menos 1 macho e 1 fêmea é (A) (B) (C) (D) (E) Questão 17 Uma instituição de caridade ficou responsável por três quios- ques na praça de alimentação de um evento. Cada quiosque vendia um determinado produto, com seu preço e lucro deta- lhados a seguir: Produto vendido Preço unitário Lucro Quiosque 1 sanduíches R$ 10,00 R$ 20,00 a cada 5unidades vendidas Quiosque 2 minipizza R$ 6,00 R$ 6,00 a cada 4unidades vendidas Quiosque 3 brigadeiro R$ 4,00 R$ 12,00 a cada 6unidades vendidas Considerando os três quiosques, a instituição obteve um lucro de R$ 10.200,00 no primeiro final de semana do evento. Sabendo que o quiosque 1 vendeu 800 unidades a mais que o quiosque 2 e que o quiosque 3 vendeu 750 unidades de brigadeiro, o número de unidades de sanduíches vendidos no quiosque 1, nesse primeiro final de semana, foi igual a (A) 1 500. (B) 1 200. (C) 750. (D) 1 800. (E) 600. Questão 18 Considere três pontos A(t, 1), B(–1, 2t) e C(0, t + 1) colineares e distintos entre si. Sendo assim, é correto afirmar que t–1 pertence ao intervalo (A) [0, 1]. (B) [–2, –1]. (C) [–1, 0]. (D) [1, 2]. (E) [2, 3]. 9 UNMS1601|002-Prova-II-Objetiva Questão 19 Um salão quadrado, com 100 m2 de área, deve ser dividido em três ambientes, A, B e C, sendo o primeiro retangular e os outros dois no formato de trapézios, conforme mostra a figura. Sabendo que a área do ambiente A é 24 m2 e que a medida y é 50% maior que a medida x, é correto afirmar que o percen- tual da área do salão ocupado pelo ambiente C é igual a (A) 28%. (B) 42%. (C) 25%. (D) 38%. (E) 34%. Questão 20 O gráfico de barras a seguir mostra a variação anual do PIB brasileiro em relação ao ano anterior. Logo acima do gráfico há uma ilustração do mapa brasileiro, em que o índice desta- cado em azul se refere à variação média anual do PIB brasi- leiro, em porcentagem, no período de 2002 a 2008, e o desta- cado em verde, à variação média anual do PIB brasileiro, em porcentagem, no período de 2011 a 2014. (economist.com. Adaptado.) Considerando que, em 2015, o PIB brasileiro sofreu retração de 3,8% e que, para 2016, a previsão é que esse valor se repita, a variação média anual do PIB brasileiro no período de 2011 a 2016 passaria a ser de (A) – 0,3%. (B) + 0,2%. (C) + 3,0%. (D) – 0,8%. (E) – 1,6%. Questão 21 Em junho de 2016, o Reino Unido decidiu pela sua retirada da União Europeia. Um dos fatores mais utilizados para justificar a opção pela saída foi (A) o anseio de constituir normas menos rígidas quanto a danos ambientais, no que diz respeito à emissão de poluentes. (B) o interesse em firmar acordos militares bilaterais com os Estados Unidos, viabilizando a instalação de novas fábri- cas de armamento. (C) o desejo de abolir o uso do Euro, passando a adotar uma moeda própria nas transações internas. (D) o interesse em fortalecer parcerias com a China, no tocante a investimentos para a exploração de petróleo. (E) o desejo de estabelecer normas próprias para o controle de suas fronteiras, no que diz respeito à imigração. Questão 22 O conceito do BRIC, baseado na crença de que o quar- teto composto por Brasil, Rússia, Índia e China alimentaria uma onda irreversível de crescimento econômico liderado pelos mercados emergentes, dominou o cenário político-eco- nômico por mais de uma década. Mas o aprofundamento da recessão no Brasil e na Rússia desferiu tamanho golpe na tese do BRIC que, em 2015, até mesmo o Goldman Sachs, banco em que o autor do termo trabalhava como economista- -chefe, encerrou seu fundo “Bric” diante da redução de seus ativos. Em seu lugar, foi encontrado um substituto potencial – os TICKs, com Taiwan e Coreia do Sul empurrando para fora Brasil e Rússia (centrados em commodities). (www.valor.com.br. Adaptado.) O excerto revela uma nova dinâmica nas relações econômi- cas internacionais envolvendo países emergentes. A substi- tuição do Brasil e da Rússia por Taiwan e Coreia do Sul indica uma maior valorização de aspectos ligados (A) ao mercado consumidor. (B) à produção agrícola. (C) ao desenvolvimento tecnológico. (D) às reservas minerais. (E) ao aparato militar. 10UNMS1601|002-Prova-II-Objetiva Questão 23 Dados do último Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontaram um aumento populacional das cidades de médio porte (entre 100 e 500 mil habitantes) superior ao da média do país. Essa intensificação do fluxo migratório para as cidades de médio porte deve-se à maior (A) disponibilidade de vias de transporte, com densa infraestru- tura intermodal. (B) oferta de empregos, com a desconcentração da atividade industrial. (C) preservação ambiental, com extensas áreas de reservas naturais. (D) diversidade de serviços, com ampla rede de ensino e comércio. (E) acessibilidade à saúde, com vasta rede médica de alta complexidade. Questão 24 Sou poeta e continuo trabalhando o domínio da poesia, mesmo que escreva em prosa. E quem me marcou mais foram os poetas brasileiros – os que chegaram a mim na altura em que eu começava a escrever. Principalmente o Grande Sertão: Veredas, do Guimarães Rosa. É um grande livro de cabeceira. Uma espécie de reencontro àquela lingua- gem que, nele, era um território. Era como a savana do meu país. Esse ‘sertão’ era qualquer coisa em que eu me reco- nhecia, me revia. (“Mia Couto: ‘Sertão’, de Guimarães, é a savana africana”. http://veja.abril.com.br. Adaptado.) No excerto, o escritor moçambicano Mia Couto identifica uma similaridade entre elementos e paisagens da obra de Guimarães Rosa com os da savana africana, presentes em seu país de origem. Assim, conclui-se corretamente que o livro Grande Sertão: Veredas retrata características do bioma brasileiro denominado (A) Pampa. (B) Pantanal. (C) Amazônia. (D) Cerrado. (E) Mata Atlântica. Questão 25 Países afetados pelo Zika (www.rdp.pt. Adaptado.) As informações apresentadas pelo mapa indicam maior ocorrência de casos de Zika em áreas de clima predominan- temente (A) temperado. (B) mediterrâneo. (C) polar. (D) semiárido. (E) tropical. Questão 26 Algumas casas senhoriais chegaram a possuir centenas e mesmo milhares de escravos. Mas a importância de sua presença não era apenas numérica. Há outros elementos a considerar. Um deles é o da posição da escravariano mundo da produção: os escravos parecem ter ocupado todas as posições chave na cadeia produtiva, da agricultura aos ser- viços domésticos. Mas a existência de um grande número de escravos tinha também consequências políticas, pois afetava diretamente as relações de poder entre os cidadãos livres. A própria pre- sença dos escravos tornou os ricos mais ricos e, portanto, aumentou suas forças nos embates com os cidadãos mais pobres. A riqueza extraordinária de certos membros da aris- tocracia senatorial romana só foi possível, e só é compreen- sível, pela presença maciça de escravos. (Norberto Luiz Guarinello. “Escravos sem senhores: escravidão, trabalho e poder no mundo romano”. Revista Brasileira de História, dezembro de 2006. Adaptado.) De acordo com o fragmento, (A) a mão de obra escrava tornou-se a base da sociedade na Roma Antiga, pois sua presença era essencial no setor produtivo e na definição das hierarquias sociais. (B) a mão de obra escrava na Roma Antiga colaborava para a diminuição das desigualdades sociais, pois era instru- mento de ascensão social para os cidadãos mais pobres. (C) a mão de obra escrava na Roma Antiga era tão numerosa que os escravos, mesmo pertencendo a outra etnia, eram confundidos com os cidadãos livres. (D) a mão de obra escrava tinha influência sobre as decisões políticas, uma vez que os escravos participavam das assembleias na Roma Antiga. (E) a mão de obra escrava foi usada na Roma Antiga princi- palmente em períodos de guerra, quando se formavam as legiões romanas. 11 UNMS1601|002-Prova-II-Objetiva Questão 27 Entre 1348 a 1350, a propagação da Peste Negra na Europa Ocidental esteve associada à (A) ampliação da produção de alimentos, que modificou os hábitos alimentares na sociedade medieval, tornando-a mais suscetível à doença. (B) dilatação das forças militares, envolvidas nas Cruzadas, o que proporcionou o contato dos combatentes com a doença nas terras orientais. (C) disseminação da guerra bacteriológica nas áreas rurais, onde a população era mais concentrada, o que facilitou a transmissão da doença. (D) expansão territorial, comercial e urbana ocorrida na Baixa Idade Média, que resultou em condições favoráveis à transmissão da doença. (E) difusão de revoltas camponesas, cujos rebeldes ar- remes savam cadáveres infectados por cima das mura- lhas dos castelos para matar os seus senhores. Questão 28 Para o jesuíta Antônio Vieira, a colonização estava inse- rida numa ordem global emanada de Deus, no intuito de per- mitir a evangelização do mundo inteiro. (Angela V. Botelho e Liana M. Reis. Dicionário Histórico Brasil, 2008. Adaptado.) A concepção de Vieira sobre a colonização é corretamente justificada pelo contexto histórico (A) da difusão das ideias iluministas, que viam a catequese dos indígenas pelos jesuítas como uma forma de divulga- ção da cultura ocidental. (B) da criação de igrejas protestantes no Ocidente e da pro- moção pela Igreja Católica de um movimento ecumênico por meio da ação conjunta de jesuítas e pastores na difu- são do cristianismo. (C) das reformas protestantes e da contrarreforma católica, que previa a atuação dos padres jesuítas como divulga- dores do catolicismo nos domínios coloniais. (D) do despotismo esclarecido, quando muitos estadistas revogaram leis que distinguiam cristãos-velhos e cristãos- -novos, dando aos jesuítas a tarefa de conduzir esse processo. (E) da expansão comercial europeia, dirigida pela burguesia emergente, que se opunha a qualquer divulgação de pre- ceitos religiosos pelos padres jesuítas nos seus novos domínios. Questão 29 A pintura de Armando de Martins Viana retrata a chegada de Dom João à Igreja do Rosário, localizada no Rio de Janeiro, em 1808. (www.redebrasilatual.com.br) A imagem relaciona-se (A) aos problemas vividos pela família real portuguesa durante a viagem para o Brasil e à tentativa do príncipe-regente de reatar a aliança política com a Igreja. (B) ao momento do desembarque da família real portuguesa no Brasil e às medidas adotadas pelo príncipe regente, que determinou a realização de missas diárias na colônia. (C) à vinda da Corte portuguesa para o Brasil, provocada pelas dificuldades enfrentadas na Europa, a partir do Bloqueio Continental decretado por Napoleão Bonaparte. (D) à visita da Coroa portuguesa ao Brasil, incitada pelos pro- blemas ocasionados pelas conjurações mineira e baiana, que defendiam a independência da colônia. (E) à instalação da Corte portuguesa na colônia, apoiada pelo governo de Napoleão Bonaparte e em respeito às determinações do Congresso de Viena. Questão 30 Na década de 1970, Brasil, Uruguai, Chile e Argentina viveram sob ditaduras militares. Dentre as justificativas utilizadas por esses regimes para legitimar-se e fundamentar suas ações, é correto citar (A) a defesa da democracia, baseada no fato de os governos depostos serem ilegais, pois foram formados por golpes de Estado. (B) a guerra ao comunismo intensificada pela adoção do socia- lismo em Cuba e no Vietnã, no contexto da Guerra Fria. (C) a luta contra grupos guerrilheiros de direita, que dis- semi navam ideias fascistas entre os jovens, engajados no movimento estudantil. (D) a oposição ao imperialismo estadunidense diante das intervenções dos Estados Unidos em territórios da Gua- temala e da Nicarágua. (E) o combate à corrupção, que era associada a uma grave ameaça à autonomia do continente perante o capitalismo internacional. 12UNMS1601|002-Prova-II-Objetiva Leia o texto para responder às questões de 31 a 35. Rowing for gold: what it takes to be an olympic doctor It takes a certain something to be an Olympic athlete. The same can be said of Olympic doctors. As well as being the best in their field, they work just as tirelessly and relentlessly as the athletes themselves to deliver the best care they possibly can. After all, national glory is at stake. Few clinicians get the privilege to work with patients who are as passionate about succeeding as them. Fewer doctors can claim to have been athletes themselves – and even fewer have won Gold for their country. Dr. Richard Budgett is an Olympic gold medalist and medical and scientific director to the International Olympic Committee. He was part of the British coxed fours that won the gold medal at the 1984 Los Angeles Olympic Games. Ahead of his 13th at Rio de Janeiro this summer, Dr. Budgett shared his unique perspective on sports medicine’s evolution since 1984, and the way he sees healthcare going beyond the Games. “Back then [in 1984], there was just a team doctor and maybe a physiotherapist. That was pretty much it,” remembers Dr. Budgett. “There was no multidisciplinary team. We really had no knowledge of nutrition or recovery compared to what we have now… we were very much on our own.” Throughout his career, Dr. Budgett has seen sports medicine go from a niche specialty to a cutting edge field using the latest medical tech in the world. Every detail of an athlete’s biology, biomechanics, training, psychology and nutrition are taken into account to make sure they are at their absolute peak come Games time. “I still have, I hope, an understanding of what the athletes and coaches actually need at the Games,” said Dr. Budgett. “I think people who have committed lots of time and effort to their sport will just have a gut understanding of what’s involved and the sacrifice it takes to succeed, and the joy of competing to your best. And if you’re lucky, the joy of winning, as well.” (www.gehealthcare.com. Adaptado.) Questão 31 De acordo com o texto, é correto afirmar que (A) a experiência prévia como atleta é essencial para atuar como médico de equipes olímpicas. (B) novas tecnologias têm descaracterizado o papel do médico de equipes olímpicas. (C) fisioterapeutas passam agora a fazer parte da equipe de médicos nos Jogos Olímpicos. (D) médicos de equipes olímpicas conhecem os detalhes do corpo de cadaatleta. (E) grandes esforços são exigidos dos atletas e de seus médicos durante os Jogos Olímpicos. Questão 32 De acordo com o Dr. Richard Budgett, (A) não havia no Brasil uma equipe multidisciplinar de médi- cos do esporte antes das Olimpíadas do Rio de Janeiro. (B) as pessoas que se empenharam por muito tempo em seu esporte entendem o sacrifício necessário para ter sucesso. (C) o conhecimento sobre nutrição e repouso é a novidade que temos hoje na medicina do esporte nas Olimpíadas. (D) para ganhar as Olimpíadas, é preciso ter sorte, força de vontade e espírito de competição. (E) os médicos do esporte em geral desconhecem o que os atletas e técnicos realmente precisam durante os Jogos. Questão 33 In the first paragraph, the word “themselves” refers to (A) clinicians. (B) doctors. (C) patients. (D) athletes. (E) them. Questão 34 No terceiro parágrafo, a expressão “ahead of ” tem sentido, em português, equivalente a (A) antes de. (B) na frente de. (C) por volta de. (D) acima de. (E) na hora de. Questão 35 In the last paragraph, the word “just” brings an idea of (A) condition. (B) consensus. (C) agreement. (D) emphasis. (E) necessity. 13 UNMS1601|002-Prova-II-Objetiva Questão 36 A figura mostra a vista aérea de um navio de carga e dois rebocadores, que o manobram conjuntamente, atados por cabos no mesmo ponto da proa do navio. Os rebocadores A e B exercem forças de intensidades iguais a 80 000 N e 60 000 N, respectivamente. A ação conjunta dos rebocadores corresponde a uma força resultante de intensi- dade, em newtons, de (A) 280 000. (B) 100 000. (C) 50 000. (D) 140 000. (E) 250 000. Questão 37 Uma caixa de produto de limpeza tem massa de 10 kg e sua base mede 50 cm por 40 cm. A quantidade máxima de caixas que podem ser empilhadas é de 5 unidades. Sabendo que a aceleração da gravidade é 10 m/s2, em uma pilha de cinco caixas, a base da caixa que toca o chão está submetida a uma pressão de (A) 1 000 Pa. (B) 2 500 Pa. (C) 250 Pa. (D) 5 000 Pa. (E) 500 Pa. Questão 38 Para o transporte de cargas em trechos em declive são utiliza- das locomotivas especiais que possuem um conjunto de três grandes engrenagens entre o conjunto normal de rodas. Essas engrenagens se engatam à cremalheira, que é um terceiro tri- lho com dentes, montado sobre os dormentes, entre os trilhos convencionais da ferrovia. Esse engate permite que grandes composições transponham com segurança o declive acentua- do, na subida ou na descida. O desnível entre a Baixada Santista e o Planalto Paulista é de 800 m de altura. Considerando a aceleração da gravidade 10 m/s2, o valor absoluto do trabalho da força peso de uma composição de 500 toneladas que sobe a serra, da Baixada Santista até o Planalto Paulista, é igual a (A) 2×1010 J. (B) 1×1010 J. (C) 8×108 J. (D) 4×109 J. (E) 5×108 J. Questão 39 Na estrada, o motorista de um carro se impressiona com a parte traseira do tanque de aço inoxidável de um caminhão, que, de tão limpo e polido, refletia como um espelho esférico convexo. Quando esse motorista posiciona seu carro atrás do cami- nhão, vê uma imagem de seu carro com tamanho (A) menor, real e invertida. (B) maior, virtual e direita. (C) maior, virtual e invertida. (D) menor, real e direita. (E) menor, virtual e direita. Questão 40 Dois circuitos são montados com resistores de resistências elétricas iguais. Um deles associa dois resistores em série e o outro associa dois resistores em paralelo. Cada um des- ses circuitos é então conectado individualmente em fontes de mesma diferença de potencial. Tomando como referência os valores da resistência equiva- lente e da potência dissipada para o circuito em paralelo, o circuito em série tem, respectivamente, valores (A) menor e igual. (B) menor e menor. (C) maior e menor. (D) maior e igual. (E) igual e maior. 14UNMS1601|002-Prova-II-Objetiva rEDaÇÃo TexTo 1 Os defensores de uma idade mínima de aposentadoria para mulheres menor que a de homens argumentam que elas trabalham mais – somando as tarefas domésticas – e recebem menos ao longo da vida profissional. Por outro lado, a expectativa de vida delas é superior à dos homens (78,8 e 71,6, respectivamente). Logo, elas receberiam o benefício por mais tempo que eles. Pesquisa do IBGE mostra que, entre 2000 e 2010, a participação da mulher no mercado de trabalho e os salários pagos a elas cresceram, mas continuaram inferiores aos dos homens. O rendimento médio real da população feminina passou de R$ 959,00 em 2000 para R$ 1.074,00 em 2010, enquanto o dos homens foi de R$ 1.471,00 para R$ 1.587,00, segundo o estudo Estatísticas de Gênero. Ao mesmo tempo, a jornada total de trabalho delas – incluindo as atividades domésticas – soma 56,4 horas semanais, quase cinco horas superior à masculina, de acordo com dados do IBGE. Em artigo para a Folha 2014, o economista Marcelo Abi-Ramia Caetano disse reconhecer os argumentos a favor de regras diferentes, mas discordar de que o problema deva ser resolvido na aposentadoria. (Fernanda Perrin. “Mulheres recebem menos e têm jornada maior no Brasil”, 29.06.2016. www.folha.uol.com.br. Adaptado.) TexTo 2 A aposentadoria antecipada das mulheres é uma forma de compensar um trabalho que o Estado não reconhece nem remunera, considerando que muitas trabalham em três turnos: trabalham fora de casa, dentro de casa e também cuidam das crianças, quase com exclusividade. Apesar de tudo isso, ainda ganham em média 30% a menos e deixam de ascender no mercado de trabalho. A compensação mínima é se aposentar antes dos homens. Nós somos as mais interessadas em igualar a idade de aposentadoria. Mas temos que igualar todo o resto antes: o valor dos salários, a divisão de tarefas. Temos que discutir novas formas de compensar a injustiça, em vez de retirar algo duramente conquistado ao longo de décadas. Devemos igualar os direitos da mulher, em vez de começar por igualar as obrigações. (Vanessa Grazziotin. “Homens e mulheres devem se aposentar com a mesma idade?”, 03.02.2016. http://epoca.globo.com. Adaptado.) TexTo 3 Com a expectativa de vida média de oito anos a mais do que a dos homens, as mulheres deveriam se aposentar com a mesma idade que eles. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), essa é uma das contradições do sistema previdenciário brasileiro. De acordo com a professora e pesquisadora do Ipea Ana Amélia Camarano, as justificativas que levaram a esse benefício na época do pós-guerra, como mortalidade materna elevada, perda de oportunidades de trabalho devido à maternidade e dupla jornada, não fazem mais sentido nos dias de hoje. “Na verdade, a fecundidade baixou muito, há muitas mulheres que terminam o tempo de vida reprodutiva sem ter filhos, que não se casam, e a dupla jornada de trabalho hoje em dia também está mudando, pois os homens já participam mais das atividades domésticas”, disse. Para Ana Amélia, igualar a idade de aposentadoria das mulheres com a dos homens não levaria à perda da compensação pelo custo da maternidade, pois, como elas vivem mais, passariam mais tempo recebendo o benefício. (Akemi Nitahara. “Ipea aponta que mulheres deveriam se aposentar na mesma idade que os homens”, 21.02.2013. http://memoria.ebc.com.br. Adaptado.) Com base nos textos apresentados e em seus conhecimentos, escreva uma dissertação, na norma-padrão da língua portu- guesa, sobre o tema: É justo que mulheres se aposentem mais cedo que os homens no Brasil? 15 UNMS1601|002-Prova-II-Objetiva RAS CUN HO Os rascunhos não serão considerados na correção. NÃO ASSINE ESTA FOLHA
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