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( Antibióticos ) · “São substâncias naturais ou sintéticas que agem sobre microrganismos inibindo o seu crescimento ou causando a sua destruição” ( Coloração de Gram ) · Gram positiva é mais facilmente destruída por atb · Gram negativo → cora menos → mais dificuldade de entrada dentro da bactéria ( Bactérias gram positivas ) ( Bactérias gram negativas ) ( Bactérias atípicas ) ( Infecções X bactérias ) ( Inibidores da síntese de parede celular ) · Antibióticos β lactâmicos · Penicilinas · Cefalosporinas · Monobactâmico · Carbapenêmicos · Problemas relacionados à primeira penicilina (PENICILINA G CRISTALINA) · Sensível ao ácido clorídrico do estômago · Pouco ativa contra bactérias Gram-negativas · Sensível à ação das β-lactamases (enzimas produzidas por bactérias resistentes que degradam o anel β-lactâmico dos antibióticos) · Se penicilinases - inibe penicilinas · Se cefalosporinases – inibe cefalosporinas e penicilinas · Se carbapenemases – inibe carbapenêmicos, monobactâmico, cefalosporinas, e penicilinas · Penicilina G cristalina: Espectro de ação – enterococcus, Streptococcus, treponema ( Penicilinas ) · Classificação das penicilinas · 1. Penicilinas naturais · 2. Aminopenicilinas · 3. Penicilinas resistentes à ação das β-lactamases (penicilinases) · 4. Carboxipenicilinas · 5. Ureidopenicilinas · 1. PENICILINAS NATURAIS · Penicilina G Cristalina ou benzilpenicilina (IV) · Uso endovenoso · Apresenta meia-vida curta, é eliminada do organismo rapidamente (cerca de 4 horas). · Distribui-se amplamente pelo organismo alcançando boas concentrações séricas · Penicilina G Procaína (IM) · Penicilina G Benzatina (IM) · Penicilina V ou fenoximetilpenicilina (VO) · 2. AMINOPENICILINAS · Atuam em bactérias Gram-positivas e Gram-negativas · São sensíveis à ação das β-lactamases · Ampicilina (IV e VO): Utilizada com intervalos de 6 horas. Tem boa distribuição em todos os compartimentos orgânicos e atinge concentrações terapêuticas no LCR. · Amoxicilina (VO): A absorção por via oral é melhor do que a da ampicilina. Utilizada com intervalos de 8 horas. Alcança níveis no LCR inferiores a ampicilina · Especro de ação: Enterococcus, Streptococcus, Moraxella catarrhalis Neisseria, Listeria, Haemophilus influenzae, Algumas ENTEROBACTÉRIAS · 3. PENICILINAS RESISTENTES À AÇÃO DAS Β-LACTAMASES (PENICILINASES) · METICILINA – não é mais utilizada · Oxacilina (IV) - único representante disponível no Brasil · Dicloxacilina (VO) · Cloxacilina (VO) · Apresentam ação principalmente contra bactérias Gram positivas · São empregadas para tratar infecções causadas por Staphylococcus aureus produtoras de β-lactamases · Não atuam contra as superbactérias MRSA e ORSA · 4. CARBOXIPENICILINAS · Atuam contra bactérias Gram negativas e Gram positivas (espectro ampliado) · Atuam em infecções causadas por Pseudomonas aeruginosa (bactéria altamente resistente) · São sensíveis à ação de muitas β-lactamases · Ex.; Ticarcilina (IV) e Carbenicilina (IV) · Pode haver a necessidade de associar clavulanato · 5. UREIDOPENICILINAS · Amplo espectro de ação (atuam em bactérias Gram-positivas e Gram -negativas) · Melhor que as carboxipenicilinas contra enterobactérias e Pseudomonas aeruginosa · Sensíveis à ação de β-lactamases · Ex.; Azlocilina (IV), Mezlocilina (IV) e Piperacilina (IV) · Pode ser necessário associar com tazobactam em caso de resistência · Tazobactam semelhante ao clavulanato · INIBIDORES DE B LACTAMASE · Ácido clavulânico, tazobactam, sulbactam · As associações mais comumente usadas na pratica clinica são: · Amoxicilina - clavulanato · Ampicilina - sulbactam · Ticarcilina – clavulanato · ( Cefalosporinas )Piperacilina - tazobactam · Modificações em R1 · Espectro de ação · Estabilidade às betalactamases · Afinidade da molécula pelo alvo · Modificações em R2 · Aumento de meia-vida · Classificação 1. Cefalosporinas de primeira geração 2. Cefalosporinas de segunda geração 3. Cefalosporinas de terceira geração 4. Cefalosporinas de quarta geração 5. Cefalosporinas de quinta geração · 1. CEFALOSPORINAS DE PRIMEIRA GERAÇÃO · Estável frente ao ácido estomacal · Estável contra muitas β lactamases (penicilinases) · Ativos contra cepas de bactérias Gram positivas · Moderadamente ativas contra cepas de bactérias Gram negativas, não tem ação contra pseudomonas ou anaeróbios · Ex. Cefadroxila (VO), Cefalexina (VO), Cefalotina (IV) · 2. CEFALOSPORINAS DE SEGUNDA GERAÇÃO · Mais potentes contra algumas bactérias Gram negativas (H. influenzae e M. catarrhalis) · Nenhuma atividade contra pseudômonas · Ex.: Cefaclor (VO), Cefuroxima (VO, IV, IM) · Cefoxitina (IV, IM) – ação contra bacteroides fragilis · 3. CEFALOSPORINAS DE TERCEIRA GERAÇÃO · Muito potentes contra bactérias Gram negativas (enterobactérias) · Empregadas no tratamento de meningites · Menos ativa contra as bactérias Gram positivas do que os de primeira geração · Ex. Ceftriaxona (IV), Cefotaxima (IV) · Ceftazidima (IV) – ativa contra Pseudomonas aeruginosa · 4. CEFALOSPORINAS DE QUARTA GERAÇÃO · Espectro mais amplo que as primeiras gerações · Excelente ação contra bactérias Gram positivas e Gram negativas · Boa ação contra pseudômonas · Modesta atividade contra anaeróbios · EX. Cefepima (IV) · 5. CEFALOSPORINAS DE QUINTA GERAÇÃO · Excelente ação contra bactérias Gram positivas e Gram negativas · Cobre infecções por MRSA · Ex.: Ceftarolina · Ceftalozana + tazobactam*** - A associação é efetiva contra ESBL e Pseudomonas ( Monobactâmicos ) · Possui anel β-lactâmico monocíclico · Relativamente resistente às β lactamases · Não apresenta atividade contra bactérias Gram positivas ou anaeróbios · Excelente ação contra bactérias Gram negativas (pseudomonas) · Tem ação semelhante à dos aminoglicosídeos, porém menor toxicidade · Possui alto custo · Boa opção para pessoas alérgicas às penicilinas · Ex.: aztreonam (IV) ( Carbapenêmicos ) · Altamente resistente à maioria das β lactamases · Altamente potentes e de amplo espectro (Gram + e Gram -) e anaeróbios (Bacteroides fragilis) · Apresentam altas concentrações em vários tecidos corporais, inclusive no sistema nervoso central. · São antibióticos de última instância para muitas infecções bacterianas ( Glicopeptídios ) · Possuem estruturas cíclicas complexas · Formado por aminoácidos e açúcares · Ex.: Vancomicina e Teicoplanina · Devem ser administrados lentamente para evitar a “síndrome do homem vermelho” · Apresentam ação apenas contra as bactérias Gram-positivas (estafilococos, enterococos, estreptococos, Clostridium difficile) · Alternativa para o tratamento de doenças causadas por bactérias Gram positivas resistentes a oxacilina (ORSA/MRSA) · Recomendado o uso também para pacientes que apresentam alergia às penicilinas e cefalosporinas · Dois eventos contribuíram para que seu emprego fosse drasticamente abandonado no início dos anos 60: · O surgimento das penicilinas antiestafilocócicas · Constatação do alto grau de toxicidade (nefrotoxicidade e ototoxicidade) dos preparados iniciais da vancomicina. · Na década de 70, , a vancomicina ressurgiu como droga de escolha no tratamento das infecções por bactérias Gram-positivas multirresistentes · Aparecimento dos estafilococos resistentes aos antibióticos então utilizados (MRSA, ORSA) , · Desenvolvimento de técnicas de purificação que resultaram em preparados mais puros com consequente diminuição das reações adversas. · Mecanismo de ação dos glicopeptídeos: Inibe a síntese da parede celular através da ligação firme à extremidade terminal Alanina do pentapeptídeo do peptídeoglicano em crescimento · Classificação: 1. Teicoplanina 2. Vancomicina · 1. TEICOPLANINA · Apresenta tempo de meia-vida prolongado “dose única diária” · 2. VANCOMICINA · Muitas bactérias atualmente substituem a D-alanina pelo ácido D-láctico (D-lac), reduzindo drasticamente a capacidade da vancomicina de se ligar ao seu alvo. · Hoje, essa resistência se espalhou para infecções perigosas como enterococos resistentes a vancomicina (VRE)e Staphylococcus aureus resistentes a vancomicina (VRSA) e essas estão se tornando mais comuns. · Mais barata e melhor espectro que a teicoplanina · Já existem S. aureus resistentes a ambos ( Parede celular bacteriana ) · Parede celular estrutura rígida que recobre a membrana citoplasmática · Mantém a forma e integridade da célula · Impede a lise em consequência de alta pressão osmótica · Mecanismo de ação dos B lactâmicos: · NAG- N-acetilglicosamina · NAM- N-acetilmurâmico · PLP – Proteína de ligação da penicilina (transpeptidase) · Ocorre inibição das enzimas (PLP) que fazem a ligação entre as cadeias de peptideoglicanos, impedindo, portanto, o desenvolvimento da estrutura normal da parede celular (lise osmótica) ( Inibidores da síntese proteica ) ( Aminoglicosídeos ) · São compostos hidrossolúveis e que apresentam baixa absorção por via oral · São utilizados por via oral somente para a descontaminação da flora intestinal · Principais representantes: · Estreptomicina · Gentamicina · Tobramicina · Neomicina · Amicacina · Exibem atividade contra uma grande variedade de bactérias Gram-negativas aeróbias da família das enterobactérias (E. coli, Klebsiella, Enterobacter) · Os aminoglicosídieos tem sido usados prioritariamente no tratamento de infecções por bactérias multirresistes que causam infecções em ambiente hospitalar · O fármaco entra na bactéria através dos canais de pornina na membrana externa celular das bactérias. Porém ainda falta atravessar a membrana interna para alcançar o citoplasma · As bactérias aérobias possuem um transportador, que é aproveitado pelo fármaco para entrar dentro do citoplasma. Esse processo exige um alto gasto de ATP, que só é disponível em excesso nas bactérias aeróbias · São nefrotóxicos e ototóxicos (pode causar surdez irreversível) – só se usa em último caso · São inibidores irreversíveis da síntese proteica · Ligam-se a fração 30S dos ribossomos bacterianos inibindo a síntese proteica ou produzindo proteínas defeituosas ( Tetraciclinas ) · Apresentam boa penetração tecidual e intracelular – bactérias atípicas · A tetraciclina não é mais tão utilizada, já que as bactérias adquiriram resistência · Tetraciclina reage com metais (alumínio, magnésio), se ligando com eles e formando um composto que não tem ação antibiótica – ideal ser realizado em jejum · Jejum antes da administração: 2 horas. Jejum após administração: 1 hora · Doxiciclina e minociclina são praticamente iguais. Menor necessidade de jejum · Tigeciclina: uso intra-hospitalar · As tetraciclinas são antibióticos bacteriostáticos de amplo espectro de ação (ativas contra bactérias Gram – e Gram +) · As tetraciclinas se ligam reversivelmente à subunidade 30S do ribossomo bacteriano - bacteriostatico · Bloqueiam a ligação do RNA-t ao local de ligação sobre o complexo RNAm · Efeitos adversos das tetraciclinas · São prontamente ligadas ao cálcio dos dentes de crianças · Atravessam a placenta e se depositam nos ossos do embrião causando anormalidades no crescimento ósseo e lesionando a cartilagem. · Em crianças fazem com que a formação de uma nova dentição, com cálcio, tenha grande deposição to fármaco manchando os dentes · Tetraciclinas possuem diversas propriedades favoráveis, tais como amplo espectro de ação, baixa toxicidade e baixo custo. · Espectro doxiciclina/minociclina · Gram + · Streptococcus pneumoniae · Staphylococcus aureus · Enterococcus · Gram - · Neisseria · Treponema · Rickettsia · Vibrio cholerae · Atípicas · Mycoplasma pneumoniae · Chlamydia trachomatis · Chlamydia pneumoniae · Legionella pneumophila · Espectro tigeciclina · Gram - · Neisseria · Treponema · Rickettsia · Vibrio cholerae · KPC · Enterobactérias c/metalobetalactamases · Haemophilus influenzae · Moraxella catarrhalis · Atípicas · Mycoplasma pneumoniae · Chlamydia trachomatis · Chlamydia pneumoniae · Legionella pneumophila · Anaeróbios · Gram + · Streptococcus pneumoniae · Staphylococcus aureus · MRSA/ORSA · Enterococcus · VRE · Pseudomonas areuginosa é intrinsicamente resistente a tigeciclina ( Macrolídeos ) · Eritromicina, claritromicina, azitromicina · Sua ação ocorre através da inibição da síntese proteica · Os macrolídeos se ligam à porção 50S do ribossomo bacteriano, impedindo as reações de transpeptidação e translocação. · Eritromicina · A eritromicina básica é destruída pelo ácido do estômago · Alimentos interferem na sua absorção · Atualmente é utilizada na forma de ésteres de eritromicina (melhor absorção e tolerabilidade da administração oral) · Possui espectro de ação que inclui várias bactérias gram positivas, poucas bactérias gram negativas (Neisseria gonorrohae e Neisseria meningitidis, treponema) e atípicas. · Baixa atividade contra bactérias anaeróbias, sem ação contra Bacteroides fragilis. · Não apresenta ação sobre enterobactérias e Pseudomonas aeruginosa. · Utilizado de maneira mais específica para bactérias atípicas · Não se usa contra enterobactérias! · Por inibir enzimas do complexo P450 (CYP3A4), a eritromicina pode sofrer interação medicamentosa se associada com outros fármacos(CYP3A4) · Ex. benzodiazepínicos, carbamazepina, varfarina, inibidores de canais de cálcio, digoxina, teofilina.... · Claritromicina · Derivada da eritromicina (semissintético) · Possui estabilidade ácida e boa absorção por via oral · A administração junto com alimentos prejudica a absorção · Apresenta meia vida mais prolongada que a eritromicina · Assim como a eritromicina, inativa enzima P450 (aumenta concentrações de medicamentos) · É altamente ativa contra bactérias Gram-positivas, apresentando potência superior à eritromicina contra S. pneumoniae, S. pyogenes e S. aureus sensíveis a oxacilina. · Em relação à eritromicina, possui melhor ação contra algumas bactérias gram negativas (Moraxella catarrhalis, Haemophilus influenzae, Helycobacter pylori) · Azitromicina · Derivado da eritromicina (semissintética) · Possui boa estabilidade ácida e melhor absorção oral · A administração junto com alimentos prejudica a absorção · Apresenta maior tempo de meia vida · Não inativa enzimas do citocromo P450 · Possui espectro de ação semelhante ao dos outros macrolídeos, porém é um pouco melhor contra bactérias gram negativas (H. Influenzae e M. Catarrhalis) · Assim como os outros macrolídeos, não apresenta efetividade contra a maioria das enterobactérias, Bacteroides fragilis e Pseudomonas aeruginosa. · A azitromicina apresenta a maior potência entre os macrolídieos contra Haemophilus influenzae e Moraxella cararhalis, porém apresenta potência menor que os demais contra Streptococcus e Stphylococcus ( Cloranfenicol ) · Pode ser utilizado para Salmonella typhi, Haemophilus influenzae, bacteremias e meningites por gram-negativas · Devido à elevada toxicidade bacteriana, o Cloranfenicol é raramente utilizado · Pode causar ANEMIA e PANCITOPENIA (diminuição global de glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas) · Seu uso é reservado hoje para infecções potencialmente fatais (meningites) · Utilizado de forma tópica para o tratamento das infecções oculares devido ao seu amplo espectro e à sua penetração no tecidos oculares. · Inibe a síntese proteica ao se ligar reversivelmente à subunidade ribossômica 50S impedindo a transpeptidação e translocação; ( Clindamicina ) · Antibiótico semissintético da classe das lincosamidas · Apresenta boa penetração óssea, baixa distribuição no trato urinário e SNC. · Atua principalmente em bactérias gram-positivas e anaeróbios. · Streptococcus pneumoniae · Streptococcus viridans · Streptococcus pyogenes · Staphylococcus aureus · Infecções de pele (celulites e erisipelas) e tecidos moles, principalmente em pacientes alérgicos aos Beta-lactâmicos. · Tratamento de infecções polimicrobianas, como as do paciente diabético, onde a clindamicina atua nos estreptococos, estafilococos e anaeróbios. · Para cobrir os aeróbios gram-negativos associa-se uma fluorquinolona ou cefalosporina · Osteomielite por S. aureus · Pela adequada concentraçãono tecido ósseo, a clindamicina pode ser usada para completar o tratamento após o uso de oxacilina. · Infecções intra-abdominais e pélvicas por anaeróbios como Bacteroides fragilis · ( Linezolida )Inibe a síntese proteica ao se ligar reversivelmente à subunidade ribossômica 50S impedindo a transpeptidação e translocação; · Fármaco sintético da classe das oxazolidinonas · Disponível por via oral e endovenosa · Se distribui amplamente pelos tecidos · É efetivo principalmente contra bactérias gram positivas · Reservada para tratar infecções por bactérias resistentes · Enterococcus resistente à vancomicina – VRE · Staphylococcus resistente à oxacilina/meticilina – ORSA/MRSA · Streptocococcus · Listeria monocytogenes · Infecções de pele e parte moles desencadeada por bactérias resistentes · Pneumonia nosocomial e comunitária causada por bactérias resistentes - sabendo o agente etiológico · Endocardite por bactérias resistentes · Inibe síntese proteica por se ligar ao sítio P da subunidade 50s do ribossomo bacteriano, impedindo dessa forma a conexão do RNAt com o RNAm · Efeito colateral: Mielosupressão – diminuição da atividade da medula óssea, resultando em menor número de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas; · ( Inibidores da duplicação de DNA bacteriano )É necessário monitorar semanalmente o hemograma e contagem de plaquetas dos pacientes em tratamento com linezolida, particularmente em pacientes com risco aumentado de sangramento ou com mielosupressão preexistente. ( Quinolona / fluoroquinolonas ) · Fluoroquinolonas · Alta absorção após administração por via oral · Se distribuem amplamente pelos tecidos · Conseguem ter penetração intracelular · Alcançam boas concentrações teciduais em pele, articulações pulmão, ossos, rins e próstata · Inibem a atividade da DNA girase ou topoisomerase IV, enzimas essenciais à sobrevivência bacteriana. · DNA-girase (ou topoisomerase II), desenrola a cadeia de DNA, diminuindo a tensão à medida que as helicases avançam, facilitando assim o seu trabalho. · Topoisomerase IV – promove a separação das moléculas-filhas de DNA interligadas (em cadeia) que são produtos do processo de replicação do DNA · A absorção oral é prejudicada por cátions bivalentes e trivalentes, inclusive aqueles presentes em antiácidos (Al, Mg, Ca, Fe) – idealmente tomados em jejum (duas horas antes e uma hora depois) · O ciprofloxacino é um inibidor moderado de enzimas de complexo P450 (aumento da concentração de varfarina) · Efeitos adversos: · Tendinite · Ruptura de tendão · Artropatias · Redução acentuada da glicemia sanguínea · Aneurisma de aorta · Arritmias · ( Inibidores de enzimas bacterianas )Teratogenicidade · Inibem a produção de metabólitos importantes para sobrevivência da bactéria ( Sulfonamidas ) · O fármaco sulfanilamida foi um dos primeiros agentes sintéticos eficazes e com menos efeitos colaterais a serem utilizados na cura de infecções bacterianas em seres humanos. · Atuam contra bactérias Gram + e Gram – · Apresentam pouca atividade contra anaeróbios, sem atividade contra Pseudomonas aeruginosa · São raramente utilizadas como medicação única devido à alta taxa de resistência · Apresentam boa distribuição tecidual (SNC, pulmão, próstata e trato urinário) · Mecanismo de ação: São análogos estruturais e antagonistas competitivos do ácido para-aminobenzóico (PABA) · Inibem a enzima Diidropteroato sintase · Impedem a síntese de ácido fólico pelas bactérias e consequentemente impedem a produção de purinas que seriam utilizadas para formar o DNA bacteriano. · PABA: matéria prima para produção de purinas (percussoras de ácidos nucleicos) · Mecanismo de resistência: mudança do sítio de ligação da enzima. NÃO MUDA A ENZIMA, MUDA A DUDROPTEROATO SINTASE · Outro mecanismo de resistência: produzir mais PABA, para que haja uma maior chance de ligação no sítio de enzima · Sulfa + trimetoprima: aumenta a eficácia · Classificação: · ORAIS ABSORVÍVEIS (ação curta e intermediária, ação longa) · ORAIS, NÃO ABSORVÍVEIS · TÓPICOS · SULFONAMIDAS DE AÇÃO CURTA A INTERMEDIÁRIA · SULFISOXAZOL · SULFAMETAXAZOL · SULFADIAZINA · Infecções de trato urinário · Infecções respiratórias · Infecções de próstata · SULFONAMIDAS DE AÇÃO LONGA · SULFADOXINA · Utilizada na profilaxia e tratamento da malária · Pode causar reações adversas graves · Utilizada somente em casos de emergência para profilaxia e tratamento da malária · SULFONAMIDAS ORAIS NÃO ABSORVÍVEIS · SULFASSALAZINA · Amplamente utilizada no tratamento de doenças intestinais · SULFONAMIDAS COM AÇÃO TÓPICA · SULFACETAMIDA · Utilizada no tratamento de conjuntivite bacteriana, infecções de pele · SULFADIAZINA DE PRATA · Utilizada na prevenção de infecções em queimaduras · Reações adversas: · Síndrome de Stevens-Johnson (menos de 1%) · Cristalúria (pode promover obstrução das vias urinárias) · Não devem ser utilizadas durante a gestação (teratogenicidade) · Síndrome de Kernicterus · Diaminopirimidinas (TRIMETOPRIMA E PIRIMETAMINA) · Potencializam o efeito das sulfonamidas (sinergismo) · Inibem seletivamente a enzima diidrofolato redutase das bactérias · Impedem a formação de purinas e consequentemente inibe a formação do DNA bacteriano · Bactrim: sulfametoxazol +trimetoprima ( Danos à membrana plasmática ) ( Polimixinas ) · As polimixinas são antibióticos polipeptídeos com potente ação sobre várias bactérias gram-negativas (não são ativas contra bactérias gram-positivas) · Retira os íons da membrana externa, causando sua desestabilização, causando sua lise (bactericidas) · Polimixina E (Colistina) - Bacillus colistinus · Polimixina B – Bacillus polymyxa · São administradas por via parenteral e tópica (não são absorvidas no trato gastrointestinal) · O lipopolissacarídeo (LPS) é um dos componentes principais da membrana externa de bactérias gram-negativas, contribuindo para a integridade estrutural da bactéria e protegendo sua membrana de certos tipos de ataques químicos. · As polimixinas interagem com a molécula de polissacarídeo da membrana externa das bactérias gram-negativas, retirando cálcio e magnésio, necessários para a estabilidade da molécula de polissacarídeo. · Sua ação é independente da entrada do antimicrobiano na célula bacteriana e resulta em aumento de permeabilidade da membrana com rápida perda de conteúdo celular e morte da bactéria. · São neurotóxicas e nefrotóxicas e são geralmente usadas apenas como um último recurso no caso de antibióticos modernos serem ineficazes ou contraindicados. · ( Metronidazol )As polimixinas têm sido utilizadas na prática clínica no tratamento de infecções graves por bacilos gram-negativos multirressitentes como P. aeruginosa e enterobactérias produtoras de carbapenemases (KPC). · De origem sintética, pertence ao grupo dos nitroimidazóis · Apresenta excelente ação contra bactérias obrigatoriamente anaeróbias. · Não tem ação contra bactérias aeróbias · É distribuído amplamente em líquidos do corpo e alcança altas concentrações no líquor. · Bacteroides fragilis · Clostridium perfrigens, · Clostridium difficile · Clostridium tetani · Dentre os protozoários, é usado no tratamento das infecções por Entamoeba histolytica, Giardia lamblia e Trichomonas vaginalis. · É um pró-fármaco sendo ativado por enzimas presentes nas bactérias anaeróbias · O metabólito é um radical livre, que desestabiliza qualquer lugar de onde roubar um elétron · Danos em biomoléculas = morte celular · Inibe enzimas do complexo P450 (CYP2C9) e promove acúmulo de outros fármacos (varfarina, tolbutamida, ibuprofeno...) · Cimetidina aumenta as concentrações do metronidazol no organismo · Inibe a enzima aldeído desidrogenase e pode promover “reação do tipo dissulfiram” · Metronidazol e álcool: metronidazol inibe a enzima aldeído desidrogenase, acumulando aldeído · Efeitos colaterais: · SNC – tonturas, confusão mental... · GASTROINTESTINAIS – náuseas, vômito, dor abdominal, diarreia, gosto metálico na boca. · RENAL – coloração avermelhada da urina · DERMATOLÓGICO– rash cutâneo · Carcinogênico? Em avaliação
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