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Farmacologia dos antibióticos

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(
Antibióticos
)
· “São substâncias naturais ou sintéticas que agem sobre microrganismos inibindo o seu crescimento ou causando a sua destruição”
 (
Coloração de Gram
)
· Gram positiva é mais facilmente destruída por atb
· Gram negativo → cora menos → mais dificuldade de entrada dentro da bactéria
 (
Bactérias gram positivas
)
 (
Bactérias gram negativas
)
 (
Bactérias atípicas
)
 (
Infecções X bactérias
)
 (
Inibidores da síntese de parede celular
)
· Antibióticos β lactâmicos 
· Penicilinas
· Cefalosporinas
· Monobactâmico
· Carbapenêmicos 
· Problemas relacionados à primeira penicilina (PENICILINA G CRISTALINA)
· Sensível ao ácido clorídrico do estômago
· Pouco ativa contra bactérias Gram-negativas
· Sensível à ação das β-lactamases (enzimas produzidas por bactérias resistentes que degradam o anel β-lactâmico dos antibióticos) 
· Se penicilinases - inibe penicilinas
· Se cefalosporinases – inibe cefalosporinas e penicilinas
· Se carbapenemases – inibe carbapenêmicos, monobactâmico, cefalosporinas, e penicilinas
· Penicilina G cristalina: Espectro de ação – enterococcus, Streptococcus, treponema
 (
Penicilinas
)
· Classificação das penicilinas
· 1. Penicilinas naturais
· 2. Aminopenicilinas
· 3. Penicilinas resistentes à ação das β-lactamases (penicilinases)
· 4. Carboxipenicilinas
· 5. Ureidopenicilinas 
· 1. PENICILINAS NATURAIS
· Penicilina G Cristalina ou benzilpenicilina (IV)
· Uso endovenoso
· Apresenta meia-vida curta, é eliminada do organismo rapidamente (cerca de 4 horas). 
· Distribui-se amplamente pelo organismo alcançando boas concentrações séricas
· Penicilina G Procaína (IM)
· Penicilina G Benzatina (IM)
· Penicilina V ou fenoximetilpenicilina (VO) 
· 2. AMINOPENICILINAS
· Atuam em bactérias Gram-positivas e Gram-negativas
· São sensíveis à ação das β-lactamases 
· Ampicilina (IV e VO): Utilizada com intervalos de 6 horas. Tem boa distribuição em todos os compartimentos orgânicos e atinge concentrações terapêuticas no LCR. 
· Amoxicilina (VO): A absorção por via oral é melhor do que a da ampicilina. Utilizada com intervalos de 8 horas. Alcança níveis no LCR inferiores a ampicilina 
· Especro de ação: Enterococcus, Streptococcus, Moraxella catarrhalis Neisseria, Listeria, Haemophilus influenzae, Algumas ENTEROBACTÉRIAS
· 3. PENICILINAS RESISTENTES À AÇÃO DAS Β-LACTAMASES (PENICILINASES)
· METICILINA – não é mais utilizada
· Oxacilina (IV) - único representante disponível no Brasil
· Dicloxacilina (VO)
· Cloxacilina (VO)
· Apresentam ação principalmente contra bactérias Gram positivas
· São empregadas para tratar infecções causadas por Staphylococcus aureus produtoras de β-lactamases 
· Não atuam contra as superbactérias MRSA e ORSA
· 4. CARBOXIPENICILINAS
· Atuam contra bactérias Gram negativas e Gram positivas (espectro ampliado)
· Atuam em infecções causadas por Pseudomonas aeruginosa (bactéria altamente resistente)
· São sensíveis à ação de muitas β-lactamases 
· Ex.; Ticarcilina (IV) e Carbenicilina (IV)
· Pode haver a necessidade de associar clavulanato
· 5. UREIDOPENICILINAS 
· Amplo espectro de ação (atuam em bactérias Gram-positivas e Gram -negativas)
· Melhor que as carboxipenicilinas contra enterobactérias e Pseudomonas aeruginosa 
· Sensíveis à ação de β-lactamases 
· Ex.; Azlocilina (IV), Mezlocilina (IV) e Piperacilina (IV)
· Pode ser necessário associar com tazobactam em caso de resistência
· Tazobactam semelhante ao clavulanato
· INIBIDORES DE B LACTAMASE
· Ácido clavulânico, tazobactam, sulbactam
· As associações mais comumente usadas na pratica clinica são:
· Amoxicilina - clavulanato 
· Ampicilina - sulbactam 
· Ticarcilina – clavulanato 
· (
Cefalosporinas
)Piperacilina - tazobactam 
· Modificações em R1
· Espectro de ação
· Estabilidade às betalactamases 
· Afinidade da molécula pelo alvo
· Modificações em R2
· Aumento de meia-vida
· Classificação
1. Cefalosporinas de primeira geração
2. Cefalosporinas de segunda geração
3. Cefalosporinas de terceira geração
4. Cefalosporinas de quarta geração
5. Cefalosporinas de quinta geração 
· 1. CEFALOSPORINAS DE PRIMEIRA GERAÇÃO
· Estável frente ao ácido estomacal
· Estável contra muitas β lactamases (penicilinases) 
· Ativos contra cepas de bactérias Gram positivas
· Moderadamente ativas contra cepas de bactérias Gram negativas, não tem ação contra pseudomonas ou anaeróbios 
· Ex. Cefadroxila (VO), Cefalexina (VO), Cefalotina (IV)
· 2. CEFALOSPORINAS DE SEGUNDA GERAÇÃO
· Mais potentes contra algumas bactérias Gram negativas (H. influenzae e M. catarrhalis)
· Nenhuma atividade contra pseudômonas
· Ex.: Cefaclor (VO), Cefuroxima (VO, IV, IM) 
· Cefoxitina (IV, IM) – ação contra bacteroides fragilis 
· 3. CEFALOSPORINAS DE TERCEIRA GERAÇÃO
· Muito potentes contra bactérias Gram negativas (enterobactérias)
· Empregadas no tratamento de meningites 
· Menos ativa contra as bactérias Gram positivas do que os de primeira geração 
· Ex. Ceftriaxona (IV), Cefotaxima (IV)
· Ceftazidima (IV) – ativa contra Pseudomonas aeruginosa 
· 4. CEFALOSPORINAS DE QUARTA GERAÇÃO
· Espectro mais amplo que as primeiras gerações
· Excelente ação contra bactérias Gram positivas e Gram negativas
· Boa ação contra pseudômonas
· Modesta atividade contra anaeróbios
· EX. Cefepima (IV)
· 5. CEFALOSPORINAS DE QUINTA GERAÇÃO
· Excelente ação contra bactérias Gram positivas e Gram negativas
· Cobre infecções por MRSA 
· Ex.: Ceftarolina 
· Ceftalozana + tazobactam*** - A associação é efetiva contra ESBL e Pseudomonas 
 (
Monobactâmicos
)
· Possui anel β-lactâmico monocíclico
· Relativamente resistente às β lactamases
· Não apresenta atividade contra bactérias Gram positivas ou anaeróbios
· Excelente ação contra bactérias Gram negativas (pseudomonas)
· Tem ação semelhante à dos aminoglicosídeos, porém menor toxicidade
· Possui alto custo
· Boa opção para pessoas alérgicas às penicilinas 
· Ex.: aztreonam (IV) 
 (
Carbapenêmicos
)
· Altamente resistente à maioria das β lactamases 
· Altamente potentes e de amplo espectro (Gram + e Gram -) e anaeróbios (Bacteroides fragilis)
· Apresentam altas concentrações em vários tecidos corporais, inclusive no sistema nervoso central. 
· São antibióticos de última instância para muitas infecções bacterianas 
 (
Glicopeptídios
)
· Possuem estruturas cíclicas complexas
· Formado por aminoácidos e açúcares 
· Ex.: Vancomicina e Teicoplanina
· Devem ser administrados lentamente para evitar a “síndrome do homem vermelho”
· Apresentam ação apenas contra as bactérias Gram-positivas (estafilococos, enterococos, estreptococos, Clostridium difficile)
· Alternativa para o tratamento de doenças causadas por bactérias Gram positivas resistentes a oxacilina (ORSA/MRSA)
· Recomendado o uso também para pacientes que apresentam alergia às penicilinas e cefalosporinas 
· Dois eventos contribuíram para que seu emprego fosse drasticamente abandonado no início dos anos 60: 
· O surgimento das penicilinas antiestafilocócicas 
· Constatação do alto grau de toxicidade (nefrotoxicidade e ototoxicidade) dos preparados iniciais da vancomicina. 
· Na década de 70, , a vancomicina ressurgiu como droga de escolha no tratamento das infecções por bactérias Gram-positivas multirresistentes 
· Aparecimento dos estafilococos resistentes aos antibióticos então utilizados (MRSA, ORSA) , 
· Desenvolvimento de técnicas de purificação que resultaram em preparados mais puros com consequente diminuição das reações adversas. 
· Mecanismo de ação dos glicopeptídeos: Inibe a síntese da parede celular através da ligação firme à extremidade terminal Alanina do pentapeptídeo do peptídeoglicano em crescimento
· Classificação:
1. Teicoplanina
2. Vancomicina
· 1. TEICOPLANINA
· Apresenta tempo de meia-vida prolongado “dose única diária” 
· 2. VANCOMICINA
· Muitas bactérias atualmente substituem a D-alanina pelo ácido D-láctico (D-lac), reduzindo drasticamente a capacidade da vancomicina de se ligar ao seu alvo. 
· Hoje, essa resistência se espalhou para infecções perigosas como enterococos resistentes a vancomicina (VRE)e Staphylococcus aureus resistentes a vancomicina (VRSA) e essas estão se tornando mais comuns.
· Mais barata e melhor espectro que a teicoplanina 
· Já existem S. aureus resistentes a ambos 
 (
Parede celular bacteriana
)
· Parede celular estrutura rígida que recobre a membrana citoplasmática 
· Mantém a forma e integridade da célula
· Impede a lise em consequência de alta pressão osmótica
· Mecanismo de ação dos B lactâmicos:
· NAG- N-acetilglicosamina 
· NAM- N-acetilmurâmico 
· PLP – Proteína de ligação da penicilina (transpeptidase)
· Ocorre inibição das enzimas (PLP) que fazem a ligação entre as cadeias de peptideoglicanos, impedindo, portanto, o desenvolvimento da estrutura normal da parede celular (lise osmótica)
 (
Inibidores da síntese proteica
)
 (
Aminoglicosídeos
)
· São compostos hidrossolúveis e que apresentam baixa absorção por via oral
· São utilizados por via oral somente para a descontaminação da flora intestinal
· Principais representantes:
· Estreptomicina
· Gentamicina
· Tobramicina
· Neomicina
· Amicacina
· Exibem atividade contra uma grande variedade de bactérias Gram-negativas aeróbias da família das enterobactérias (E. coli, Klebsiella, Enterobacter)
· Os aminoglicosídieos tem sido usados prioritariamente no tratamento de infecções por bactérias multirresistes que causam infecções em ambiente hospitalar
· O fármaco entra na bactéria através dos canais de pornina na membrana externa celular das bactérias. Porém ainda falta atravessar a membrana interna para alcançar o citoplasma 
· As bactérias aérobias possuem um transportador, que é aproveitado pelo fármaco para entrar dentro do citoplasma. Esse processo exige um alto gasto de ATP, que só é disponível em excesso nas bactérias aeróbias
· São nefrotóxicos e ototóxicos (pode causar surdez irreversível) – só se usa em último caso
· São inibidores irreversíveis da síntese proteica
· Ligam-se a fração 30S dos ribossomos bacterianos inibindo a síntese proteica ou produzindo proteínas defeituosas
 (
Tetraciclinas
)
· Apresentam boa penetração tecidual e intracelular – bactérias atípicas
· A tetraciclina não é mais tão utilizada, já que as bactérias adquiriram resistência
· Tetraciclina reage com metais (alumínio, magnésio), se ligando com eles e formando um composto que não tem ação antibiótica – ideal ser realizado em jejum
· Jejum antes da administração: 2 horas. Jejum após administração: 1 hora
· Doxiciclina e minociclina são praticamente iguais. Menor necessidade de jejum
· Tigeciclina: uso intra-hospitalar
· As tetraciclinas são antibióticos bacteriostáticos de amplo espectro de ação (ativas contra bactérias Gram – e Gram +)
· As tetraciclinas se ligam reversivelmente à subunidade 30S do ribossomo bacteriano - bacteriostatico
· Bloqueiam a ligação do RNA-t ao local de ligação sobre o complexo RNAm 
· Efeitos adversos das tetraciclinas
· São prontamente ligadas ao cálcio dos dentes de crianças 
· Atravessam a placenta e se depositam nos ossos do embrião causando anormalidades no crescimento ósseo e lesionando a cartilagem.
· Em crianças fazem com que a formação de uma nova dentição, com cálcio, tenha grande deposição to fármaco manchando os dentes
· Tetraciclinas possuem diversas propriedades favoráveis, tais como amplo espectro de ação, baixa toxicidade e baixo custo. 
· Espectro doxiciclina/minociclina
· Gram +
· Streptococcus pneumoniae 
· Staphylococcus aureus
· Enterococcus 
· Gram -
· Neisseria 
· Treponema
· Rickettsia
· Vibrio cholerae 
· Atípicas
· Mycoplasma pneumoniae 
· Chlamydia trachomatis 
· Chlamydia pneumoniae 
· Legionella pneumophila 
· Espectro tigeciclina
· Gram -
· Neisseria 
· Treponema
· Rickettsia
· Vibrio cholerae
· KPC 
· Enterobactérias c/metalobetalactamases 
· Haemophilus influenzae 
· Moraxella catarrhalis 
· Atípicas
· Mycoplasma pneumoniae 
· Chlamydia trachomatis 
· Chlamydia pneumoniae 
· Legionella pneumophila 
· Anaeróbios 
· Gram +
· Streptococcus pneumoniae 
· Staphylococcus aureus
· MRSA/ORSA
· Enterococcus 
· VRE
· Pseudomonas areuginosa é intrinsicamente resistente a tigeciclina 
 (
Macrolídeos
)
· Eritromicina, claritromicina, azitromicina
· Sua ação ocorre através da inibição da síntese proteica
· Os macrolídeos se ligam à porção 50S do ribossomo bacteriano, impedindo as reações de transpeptidação e translocação. 
· Eritromicina
· A eritromicina básica é destruída pelo ácido do estômago
· Alimentos interferem na sua absorção
· Atualmente é utilizada na forma de ésteres de eritromicina (melhor absorção e tolerabilidade da administração oral)
· Possui espectro de ação que inclui várias bactérias gram positivas, poucas bactérias gram negativas (Neisseria gonorrohae e Neisseria meningitidis, treponema) e atípicas.
· Baixa atividade contra bactérias anaeróbias, sem ação contra Bacteroides fragilis.
· Não apresenta ação sobre enterobactérias e Pseudomonas aeruginosa.
· Utilizado de maneira mais específica para bactérias atípicas
· Não se usa contra enterobactérias!
· Por inibir enzimas do complexo P450 (CYP3A4), a eritromicina pode sofrer interação medicamentosa se associada com outros fármacos(CYP3A4)
· Ex. benzodiazepínicos, carbamazepina, varfarina, inibidores de canais de cálcio, digoxina, teofilina.... 
· Claritromicina
· Derivada da eritromicina (semissintético)
· Possui estabilidade ácida e boa absorção por via oral
· A administração junto com alimentos prejudica a absorção
· Apresenta meia vida mais prolongada que a eritromicina
· Assim como a eritromicina, inativa enzima P450 (aumenta concentrações de medicamentos)
· É altamente ativa contra bactérias Gram-positivas, apresentando potência superior à eritromicina contra S. pneumoniae, S. pyogenes e S. aureus sensíveis a oxacilina.
· Em relação à eritromicina, possui melhor ação contra algumas bactérias gram negativas (Moraxella catarrhalis, Haemophilus influenzae, Helycobacter pylori) 
· Azitromicina
· Derivado da eritromicina (semissintética)
· Possui boa estabilidade ácida e melhor absorção oral 
· A administração junto com alimentos prejudica a absorção 
· Apresenta maior tempo de meia vida
· Não inativa enzimas do citocromo P450
· Possui espectro de ação semelhante ao dos outros macrolídeos, porém é um pouco melhor contra bactérias gram negativas (H. Influenzae e M. Catarrhalis) 
· Assim como os outros macrolídeos, não apresenta efetividade contra a maioria das enterobactérias, Bacteroides fragilis e Pseudomonas aeruginosa. 
· A azitromicina apresenta a maior potência entre os macrolídieos contra Haemophilus influenzae e Moraxella cararhalis, porém apresenta potência menor que os demais contra Streptococcus e Stphylococcus
 (
Cloranfenicol
)
· Pode ser utilizado para Salmonella typhi, Haemophilus influenzae, bacteremias e meningites por gram-negativas
· Devido à elevada toxicidade bacteriana, o Cloranfenicol é raramente utilizado
· Pode causar ANEMIA e PANCITOPENIA (diminuição global de glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas) 
· Seu uso é reservado hoje para infecções potencialmente fatais (meningites)
· Utilizado de forma tópica para o tratamento das infecções oculares devido ao seu amplo espectro e à sua penetração no tecidos oculares.
· Inibe a síntese proteica ao se ligar reversivelmente à subunidade ribossômica 50S impedindo a transpeptidação e translocação; 
 (
Clindamicina
)
· Antibiótico semissintético da classe das lincosamidas 
· Apresenta boa penetração óssea, baixa distribuição no trato urinário e SNC.
· Atua	 principalmente em bactérias gram-positivas e anaeróbios.
· Streptococcus pneumoniae 
· Streptococcus viridans 
· Streptococcus pyogenes 
· Staphylococcus aureus
· Infecções de pele (celulites e erisipelas) e tecidos moles, principalmente em pacientes alérgicos aos Beta-lactâmicos.
· Tratamento de infecções polimicrobianas, como as do paciente diabético, onde a clindamicina atua nos estreptococos, estafilococos e anaeróbios.
· Para cobrir os aeróbios gram-negativos associa-se uma fluorquinolona ou cefalosporina 
· Osteomielite por S. aureus	
· Pela adequada concentraçãono tecido ósseo, a clindamicina pode ser usada para completar o tratamento após o uso de oxacilina.
· Infecções intra-abdominais e pélvicas por anaeróbios como Bacteroides fragilis 
· (
Linezolida
)Inibe a síntese proteica ao se ligar reversivelmente à subunidade ribossômica 50S impedindo a transpeptidação e translocação;
· Fármaco sintético da classe das oxazolidinonas 
· Disponível por via oral e endovenosa
· Se distribui amplamente pelos tecidos
· É efetivo principalmente contra bactérias gram positivas 
· Reservada para tratar infecções por bactérias resistentes 
· Enterococcus resistente à vancomicina – VRE
· Staphylococcus resistente à oxacilina/meticilina – ORSA/MRSA
· Streptocococcus 
· Listeria monocytogenes 
· Infecções de pele e parte moles desencadeada por bactérias resistentes 
· Pneumonia nosocomial e comunitária causada por bactérias resistentes - sabendo o agente etiológico
· Endocardite por bactérias resistentes 
· Inibe síntese proteica por se ligar ao sítio P da subunidade 50s do ribossomo bacteriano, impedindo dessa forma a conexão do RNAt com o RNAm
· Efeito colateral: Mielosupressão – diminuição da atividade da medula óssea, resultando em menor número de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas;
· (
Inibidores da duplicação de DNA bacteriano
)É necessário monitorar semanalmente o hemograma e contagem de plaquetas dos pacientes em tratamento com linezolida, particularmente em pacientes com risco aumentado de sangramento ou com mielosupressão preexistente. 
 (
Quinolona
/
fluoroquinolonas
)
· Fluoroquinolonas
· Alta absorção após administração por via oral
· Se distribuem amplamente pelos tecidos 
· Conseguem ter penetração intracelular
· Alcançam boas concentrações teciduais em pele, articulações pulmão, ossos, rins e próstata 
· Inibem a atividade da DNA girase ou topoisomerase IV, enzimas essenciais à sobrevivência bacteriana.
· DNA-girase (ou topoisomerase II), desenrola a cadeia de DNA, diminuindo a tensão à medida que as helicases avançam, facilitando assim o seu trabalho.
· Topoisomerase IV – promove a separação das moléculas-filhas de DNA interligadas (em cadeia) que são produtos do processo de replicação do DNA 
· A absorção oral é prejudicada por cátions bivalentes e trivalentes, inclusive aqueles presentes em antiácidos (Al, Mg, Ca, Fe) – idealmente tomados em jejum (duas horas antes e uma hora depois)
· O ciprofloxacino é um inibidor moderado de enzimas de complexo P450 (aumento da concentração de varfarina) 
· Efeitos adversos:
· Tendinite 
· Ruptura de tendão
· Artropatias
· Redução acentuada da glicemia sanguínea
· Aneurisma de aorta
· Arritmias
· (
Inibidores de enzimas bacterianas
)Teratogenicidade
 
· Inibem a produção de metabólitos importantes para sobrevivência da bactéria
 (
Sulfonamidas
)
· O fármaco sulfanilamida foi um dos primeiros agentes sintéticos eficazes e com menos efeitos colaterais a serem utilizados na cura de infecções bacterianas em seres humanos.
· Atuam contra bactérias Gram + e Gram –
· Apresentam pouca atividade contra anaeróbios, sem atividade contra Pseudomonas aeruginosa 
· São raramente utilizadas como medicação única devido à alta taxa de resistência
· Apresentam boa distribuição tecidual (SNC, pulmão, próstata e trato urinário)
· Mecanismo de ação: São análogos estruturais e antagonistas competitivos do ácido para-aminobenzóico (PABA)
· Inibem a enzima Diidropteroato sintase 
· Impedem a síntese de ácido fólico pelas bactérias e consequentemente impedem a produção de purinas que seriam utilizadas para formar o DNA bacteriano.
· PABA: matéria prima para produção de purinas (percussoras de ácidos nucleicos)
· Mecanismo de resistência: mudança do sítio de ligação da enzima. NÃO MUDA A ENZIMA, MUDA A DUDROPTEROATO SINTASE
· Outro mecanismo de resistência: produzir mais PABA, para que haja uma maior chance de ligação no sítio de enzima
· Sulfa + trimetoprima: aumenta a eficácia
· Classificação:
· ORAIS ABSORVÍVEIS (ação curta e intermediária, ação longa)
· ORAIS, NÃO ABSORVÍVEIS
· TÓPICOS 
· SULFONAMIDAS DE AÇÃO CURTA A INTERMEDIÁRIA
· SULFISOXAZOL
· SULFAMETAXAZOL
· SULFADIAZINA
· Infecções de trato urinário 
· Infecções respiratórias 
· Infecções de próstata 
· SULFONAMIDAS DE AÇÃO LONGA
· SULFADOXINA
· Utilizada na profilaxia e tratamento da malária 
· Pode causar reações adversas graves 
· Utilizada somente em casos de emergência para profilaxia e tratamento da malária
· SULFONAMIDAS ORAIS NÃO ABSORVÍVEIS
· SULFASSALAZINA
· Amplamente utilizada no tratamento de doenças intestinais 
· SULFONAMIDAS COM AÇÃO TÓPICA
· SULFACETAMIDA 
· Utilizada no tratamento de conjuntivite bacteriana, infecções de pele
· SULFADIAZINA DE PRATA 
· Utilizada na prevenção de infecções em queimaduras
· Reações adversas:
· Síndrome de Stevens-Johnson (menos de 1%)
· Cristalúria (pode promover obstrução das vias urinárias)
· Não devem ser utilizadas durante a gestação (teratogenicidade) 
· Síndrome de Kernicterus 
· Diaminopirimidinas (TRIMETOPRIMA E PIRIMETAMINA)
· Potencializam o efeito das sulfonamidas (sinergismo)
· Inibem seletivamente a enzima diidrofolato redutase das bactérias
· Impedem a formação de purinas e consequentemente inibe a formação do DNA bacteriano 
· Bactrim: sulfametoxazol +trimetoprima
 (
Danos à
 membrana plasmática
)
 (
Polimixinas
)
· As polimixinas são antibióticos polipeptídeos com potente ação sobre várias bactérias gram-negativas (não são ativas contra bactérias gram-positivas)
· Retira os íons da membrana externa, causando sua desestabilização, causando sua lise (bactericidas)
· Polimixina E (Colistina) - Bacillus colistinus 
· Polimixina B – Bacillus polymyxa 
· São administradas por via parenteral e tópica (não são absorvidas no trato gastrointestinal) 
· O lipopolissacarídeo (LPS) é um dos componentes principais da membrana externa de bactérias gram-negativas, contribuindo para a integridade estrutural da bactéria e protegendo sua membrana de certos tipos de ataques químicos. 
· As polimixinas interagem com a molécula de polissacarídeo da membrana externa das bactérias gram-negativas, retirando cálcio e magnésio, necessários para a estabilidade da molécula de polissacarídeo.
· Sua ação é independente da entrada do antimicrobiano na célula bacteriana e resulta em aumento de permeabilidade da membrana com rápida perda de conteúdo celular e morte da bactéria. 
· São neurotóxicas e nefrotóxicas e são geralmente usadas apenas como um último recurso no caso de antibióticos modernos serem ineficazes ou contraindicados. 
· (
Metronidazol
)As polimixinas têm sido utilizadas na prática clínica no tratamento de infecções graves por bacilos gram-negativos multirressitentes como P. aeruginosa e enterobactérias produtoras de carbapenemases (KPC).
· De origem sintética, pertence ao grupo dos nitroimidazóis 
· Apresenta excelente ação contra bactérias obrigatoriamente anaeróbias. 
· Não tem ação contra bactérias aeróbias
· É distribuído amplamente em líquidos do corpo e alcança altas concentrações no líquor.
· Bacteroides fragilis 
· Clostridium perfrigens, 
· Clostridium difficile 
· Clostridium tetani
· Dentre os protozoários, é usado no tratamento das infecções por Entamoeba histolytica, Giardia lamblia e Trichomonas vaginalis. 
· É um pró-fármaco sendo ativado por enzimas presentes nas bactérias anaeróbias
· O metabólito é um radical livre, que desestabiliza qualquer lugar de onde roubar um elétron
· Danos em biomoléculas = morte celular
· Inibe enzimas do complexo P450 (CYP2C9) e promove acúmulo de outros fármacos (varfarina, tolbutamida, ibuprofeno...)
· Cimetidina aumenta as concentrações do metronidazol no organismo
· Inibe a enzima aldeído desidrogenase e pode promover “reação do tipo dissulfiram”
· Metronidazol e álcool: metronidazol inibe a enzima aldeído desidrogenase, acumulando aldeído
· Efeitos colaterais: 
· SNC – tonturas, confusão mental...
· GASTROINTESTINAIS – náuseas, vômito, dor abdominal, diarreia, gosto metálico na boca.
· RENAL – coloração avermelhada da urina 
· DERMATOLÓGICO– rash cutâneo 
· Carcinogênico? Em avaliação

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