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Ética e legislação profissional

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ÉTICA E LEGISLAÇÃO 
PROFISSIONAL
Prof. Me. HENRIQUE LACERDA NIEDDERMEYER
Reitor
Márcio Mesquita Serva
Vice-reitora
Profª. Regina Lúcia Ottaiano Losasso Serva
Pró-Reitor Acadêmico
Prof. José Roberto Marques de Castro
Pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Ação Comunitária
Profª. Drª. Fernanda Mesquita Serva
Pró-reitor Administrativo
Marco Antonio Teixeira
Direção do Núcleo de Educação a Distância
Paulo Pardo
Coordenadora Pedagógica do Curso
Verona Ferreira
Designer Educacional
Juliana Spadoto
Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico
B42 Design
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência. Informamos
que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. A 
violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
Universidade de Marília 
Avenida Hygino Muzzy Filho, 1001 
CEP 17.525–902- Marília-SP
Imagens, ícones e capa: ©envato, ©pexels, ©pixabay, ©Twenty20 e ©wikimedia
G915b Sobrenome, Nome autor
Titulo Disciplina [livro eletrônico] / Nome completo autor. - 
Marília: Unimar, 2020.
PDF (XXX p.) : il. color.
ISBN XXX-XX-XXXXX-XX-X
1. palavra 2. palavra 3. palavra 4. palavra 5. palavra 6.
palavra 7. palavra 8. palavra I. Título.
CDD – 610.6952017
2
005 Aula 01:
018 Aula 02:
027 Aula 03:
038 Aula 04:
Ética e Compliance 
Exercício Profissional 
Legislação e Normas 
O Perfil do Engenheiro do Século XXI
3
Introdução
Prezado acadêmico, este material objetiva propiciar a você os conhecimentos básicos
necessários para o entendimento sobre a atuação do pro�ssional de engenharia em
um cenário altamente competitivo e muito seletivo.
Em um ambiente de acirrada disputa concorrencial e de forte pressão pela redução de
custos, o pro�ssional de engenharia é forçado a tomar decisões que muitas vezes
implicam em riscos à vida. Em contrapartida precisa mostrar resultados satisfatórios à
empresa que trabalha ou a seus clientes no tocante à lucratividade. Essa situação
implica necessariamente em lidar com os conceitos de ética e de compliance a todo
momento.
Se considerarmos que nos recentes escândalos de corrupção que abalaram nosso país
recentemente, a maior parcela dos envolvidos atuava na área de engenharia, a
importância de se trabalhar com ética deixou de ser um diferencial e passou a ser uma
condição para a sobrevivência da empresa.
Estudaremos também sobre as o exercício pro�ssional do engenheiro, compreendendo
a atuação do Confea/Crea no papel de �scalização da pro�ssão.  Veremos as principais
leis que regulam a atividade, bem como as normas, tais como NRs e NBRs, além dos
detalhes sobre a ART – Anotação de responsabilidade técnica.
Finalizando nosso conteúdo, abordaremos o per�l do engenheiro do século XXI,
identi�cando os principais atributos necessários à sua atuação nos mais diversos
campos de atuação. Em todo o momento, buscou-se utilizar uma linguagem simples e
didática, de modo a facilitar sua compreensão acerca do tema abordado.
Desejo um excelente aproveitamento desse tempo de aprendizado!
Ótimos estudos!
4
01
Ética e Compliance
5
Caro aluno, em um passado não muito distante, principalmente no campo político e
econômico do nosso país, o termo ética ganhou notoriedade e importância.
Assistimos a casos escandalosos envolvendo personagens importantes regional e
nacionalmente. Tais escândalos envolviam, em grande parte, o setor de Engenharia,
especi�camente as grandes construtoras.
Face à concorrência acirrada e à necessidade de sobrevivência do pro�ssional de
Engenharia ou de sua empresa, surgem situações que põem nossa ética em
discussão. Ser ético até que ponto? Até quando vale a pena ser ético?
Em outros termos, as escolhas éticas são decisões tomadas por pessoas que são
responsáveis pelas consequências de seus atos. A responsabilidade é um fator-
chave da ação ética, signi�cando que você aceita os custos, os deveres e as obrigações
potenciais pelas decisões que toma.
De acordo com a FNQ (2017, p. 4, grifo meu)
A palavra ética vem do grego ethos, que signi� ca caráter ou
princípios que norteiam uma cultura, comunidade ou um grupo.
Ethos também pode ser empregado no âmbito pessoal, como as
características da personalidade de um indivíduo que distinguem
suas ações como corretas e justas ou incorretas e injustas. Ética, no
seu sentido clássico, não diz respeito ao saber, como ciência do
conhecimento e sim, a saber viver bem.
Falar em ética e escrever sobre ela é uma tarefa relativamente fácil. Exigir ética alheia
também é “moleza”, não é mesmo? No entanto, quando exigimos ética de nós
mesmos é que o nível de di�culdade aumenta. Para sermos éticos, precisamos nos
revestir de ações que estejam em sintonia com as leis e também com as normas da
empresa para qual prestamos serviços. Mas quando somos confrontados com
situações que envolvem a nossa ética, quais os procedimentos?
Laudon; Laudon (2014, p. 110, grifo meu) sugerem a adoção de cinco passos para
analisar tal situação:
1. Identi�que e descreva claramente os fatos: descubra quem fez o quê a quem,
onde, quando e como. Em muitas circunstâncias, você �cará surpreso com os
erros que identi�cará nos fatos inicialmente descritos e, muitas vezes,
descobrirá que a simples razão de ter uma visão correta dos acontecimentos o
6
ajudará a descobrir a solução. Isso também permite levar as partes envolvidas
no dilema ético a entrar em acordo sobre os fatos.
2. De�na os con�itos ou dilema e identi�que os valores de ordem mais
elevada envolvidos: questões éticas, sociais e políticas sempre dizem respeito a
valores. Todas as partes de uma disputa declaram estar defendendo valores (por
exemplo, liberdade, privacidade, proteção da propriedade e o sistema de livre
iniciativa). Em geral, uma questão ética envolve um dilema: dois cursos de ação
opostos que apoiam valores importantes.
3. Identi�que os interessados: toda questão ética, social e política envolve
interessados participantes do jogo que têm um interesse no seu desfecho, que
investiram na situação e que, em geral, expressam suas opiniões oralmente.
Descubra a identidade desses grupos e o que eles querem. Isso será útil para
mais tarde elaborar uma solução.
4. Identi�que as alternativas razoáveis a adotar: você pode descobrir que
nenhuma das opções satisfaz todos os interesses envolvidos, mas que algumas
resolvem a situação melhor que outras. Às vezes, chegar a uma solução boa ou
ética pode não signi�car “equilibrar” as consequências para os interessados.
5. Identi�que as potenciais consequências das suas opções: algumas opções
podem ser eticamente corretas, mas desastrosas sob outros pontos de vista.
Outras opções podem funcionar em uma única circunstância determinada, mas
não em outras semelhantes. Sempre pergunte a si mesmo: “e se eu escolhesse
esta opção ao longo do tempo?”. (LAUDON; LAUDON, 2014, p. 110).
Em certas ocasiões, em função do lucro do momento, algumas decisões são tomadas
sem que se leve em conta qualquer conduta ética. Para vender mais para
determinado cliente, oferece-se algo “fora do contexto normal”, e muitas vezes se
recebe algo indevido. Para evitar que práticas desonestas sejam adotadas, as
empresas passaram a criar manuais de procedimentos e cartilhas, contemplando
ações corretas e incorretas na prática diária da empresa.
7
Nesse cenário, Rego; Braga (2014, p. XVII, grifo meu) enfatizam a importância da
atividade dos engenheiros:
Com os engenheiros e a atividade que realizam, o desa�o da Ética
agiganta-se. Não há, porventura, atividade pro�ssional com maior
impacto na sociedade do que a exercida pelos engenheiros. Tão
impregnados estão na nossa vida os seus contributos que perdemos
a noção da sua relevância. Num aparelho de rádio, numa carpete,
numa casa, num computador, num escritório, numa esferográ�ca,
num automóvel, num elevador, numa camisola, numa cama de
hospital, num equipamentode ressonância magnética, numa nave
espacial, num viveiro de trutas, numa exploração submarina, os
óculos com que vislumbramos o mundo em nosso redor, na guerra e
na paz – nada escapa à intervenção dos engenheiros, quase tudo
requer deles atuações eticamente responsáveis para que a vida e a
comodidade dos seres humanos sejam salvaguardadas.
No entanto, para facilitar a tomada de decisão acerca do que é ou não é ético na hora
de se fazer negócios, Laudon; Laudon (2014) nos apresentam, por meio do Quadro 1,
alguns princípios eletivos que poderão já estar enraizado em muitas culturas e
sobreviveram ao longo do tempo:
8
Quadro 1 – Princípios éticos eletivos
Fonte: Laudon; Laudon (2014, p. 111).
1. Faça aos outros aquilo que gostaria que �zessem a você (a regra de
ouro). Colocar-se no lugar dos outros e pensar em si próprio como
objeto da decisão poderá ajudá-lo a pensar na equidade do processo
de decisão.
2. Se uma ação não é correta para todos, então não é correta para
ninguém (imperativo categórico de Emmanuel Kant). Pergunte-se:
“se todos �zessem isso, a organização ou sociedade poderiam
sobreviver?”.
3. Se uma ação não puder ser realizada repetidamente, então não deve
ser realizada nunca (regra da mudança de Descartes). Uma ação
pode originar uma pequena mudança agora, quando é aceitável, mas,
se for repetida, trará mudanças inaceitáveis em longo prazo. Essa é a
regra da ladeira escorregadia: “uma vez que você começa a descer uma
ladeira escorregadia, provavelmente não conseguirá parar”.
4. Realize a ação que produza o valor mais alto ou maior (o princípio
utilitário). Essa regra presume que você pode classi�car valores por
ordem de prioridade e entender as consequências de vários cursos de
ação.
5. Realiza a ação que cause o menor dano ou que tenha o menor custo
potencial (princípio da aversão ao risco). O custo do fracasso de
algumas ações é muito alto, mas a probabilidade do fracasso é muito
baixa (por exemplo, a construção de uma usina nuclear em uma área
urbana), ou o custo do fracasso é alto, mas a probabilidade é
moderada (dirigir em alta velocidade e envolver-se em acidentes de
trânsito). Evite as ações que, se fracassarem, implicam alto custo e,
evidentemente, preste maior atenção às ações com alto potencial de
fracasso e probabilidade moderada e alta.
6. Pressuponha que praticamente todos os objetos tangíveis e intangíveis
pertencem a alguém, salvo declaração em contrário (essa é a regra
ética “não existe almoço grátis”). Se algo que alguém criou é útil para
você, isso tem valor e você deve pressupor que seu criador queira uma
compensação pelo trabalho dele.
9
Uma gestão e caz das informações da empresa envolve, entre outras coisas, a 
manutenção da privacidade dos indivíduos e o sigilo dos seus dados. Entretanto, 
indivíduos e empresas inescrupulosos procuram de todas as formas tirar proveito 
desses dados, comercializando-os de forma indevida.
Além dessa prática, há tantas outras reprováveis que geram consequências severas 
para as empresas. Por essa razão, as organizações passaram a adotar o compliance. 
No Quadro 2, são descritos alguns conceitos acerca dessa prática nas empresas:
10
Compliance: o termo compliance tem origem no verbo em inglês to comply,
que signi�ca agir de acordo com uma regra, uma instrução interna, um
comando ou um pedido. No âmbito corporativo, entende-se o termo como o
conjunto de disciplinas para fazer cumprir as normas legais e
regulamentares, as políticas e diretrizes estabelecidas para as atividades da
instituição ou empresa. O objetivo do compliance corporativo é proteger a
organização de atos ilegais ou antiéticos.
Origem do compliance corporativo: as práticas de compliance ganharam
espaço inicialmente no mercado �nanceiro, mas sua aplicação tem se
estendido para as mais diversas organizações, tanto privadas como
governamentais, especialmente as que estão sujeitas à forte
regulamentação e controle. A partir da década de 1990, um número
crescente de organizações públicas e privadas passou a adotar um
programa de compliance para garantir a transparência.
Características do compliance: o compliance, no entanto, não se restringe
apenas a funcionário, processos e normas internas. Para ter uma política de
compliance consistente, é preciso garantir que fornecedores, colaboradores
e qualquer interação com terceiros estejam de acordo com as normas de
conduta propostas pela organização. Outra característica do compliance
corporativo é a divisão de funções. Por exemplo, no caso de um
investimento, quem o determina não pode ser a mesma pessoa que irá- 
�scalizá-lo. Quem cria uma norma interna não pode ser a mesma pessoa
que irá vigiar se é cumprida. Os pro �ssionais de compliance devem ser
pessoas com larga e comprovada experiência não apenas no negócio, mas
também em cargos de liderança.
Elementos básicos de um programa de compliance: os elementos que
compõem o programa de ética e compliance variam de acordo com as
características de cada organização, como por exemplo, seu estágio de
maturidade, tamanho da empresa e recursos disponíveis. Há, no entanto,
alguns elementos que são comuns à maioria dos programas. São eles:
valores da organização; código de conduta; educação e treinamento; canais
de denúncia e de esclarecimento; processo investigatório; comitês de ética;
mecanismos de relacionamento ético com terceiros (fornecedores,
prestadores de serviços, sócios, subcontratados); auditorias internas e
independentes de ética e compliance; políticas internas e externas.
Quadro 2 - Ética na prática das organizações
11
Fonte: FNQ (2017, p. 7-8).
Objetivos do compliance: além de proteger organizações de riscos legais,
ou seja, aqueles relacionados ao não cumprimento de leis ou normas
aplicáveis, o compliance corporativo também as protege de riscos ligados à
imagem e à reputação. A reputação de uma empresa está fortemente
vinculada ao nível de con�ança que ela inspira nos consumidores e na
sociedade, que preza por uma postura ética. Assim, as empresas que não
cultivam valores éticos correm o risco de perder negócios. A adoção de
práticas de compliance demonstra o comprometimento das organizações
não apenas com a lei, mas também com uma gestão responsável e
transparente, conduzindo seus negócios com ética e integridade.
Se olharmos para o passado não tão distante no cenário da política nacional,
identi�caremos com facilidade alguns escândalos de corrupção por parte de algumas
empresas e de atores da política nacional. Veremos também que os impactos
decorrentes das ações danosas ao erário (o conjunto dos recursos �nanceiros
públicos, os dinheiros e bens do Estado; tesouro, fazenda) foram profundos.
Empresas faliram, empresários e políticos foram presos, en�m, houve um dano
irreparável à imagem das empresas. Por essa razão, algumas organizações
começaram a ser preocupar e instituir regras de compliance para seus colaboradores
e para todos aqueles com quem, de alguma forma, elas têm relação de negócios.
Para facilitar nosso entendimento, o Portal Endeavor Brasil (2017, grifos do original),
apresenta um conceito de compliance:
Comply, em inglês, signi�ca “agir em sintonia com as regras”, o que já
explica um pouquinho do termo. Compliance, em termos didáticos,
signi�ca estar absolutamente em linha com normas, controles
internos e externos, além de todas as políticas e diretrizes
estabelecidas para o seu negócio. É a atividade de assegurar que a
empresa está cumprindo à risca todas as imposições dos órgãos de
regulamentação, dentro de todos os padrões exigidos de seu
segmento. E isso vale para as esferas trabalhista, �scal, contábil,
�nanceira, ambiental, jurídica, previdenciária, ética, etc.
12
As pressões disseminadas por praticamente todos os setores da sociedade para que
as empresas adotem padrões éticos de conduta orientam as empresas à criação de
programas internos e externos de compliance. Mas em que se diferenciam
compliance e ética? Para esclarecer, Antonik (2016, p. 15) apresenta o conceito de
ética.
A palavra “ética” deriva dogrego “ethikos” e signi�ca aquilo que faz
parte dos bons costumes. Pode assumir a forma de substantivo
feminino, como a área da �loso�a responsável pela pesquisa dos
princípios que motivam, disciplinam e orientam o comportamento
humano, em especial aquilo que diz respeito a normas,
comportamentos e preceitos presentes na realidade social. Mas, ética
também pode ser um conjunto de regras que atribuem valor e regem
a vida das pessoas, dos grupos ou da sociedade como um todo.
Podemos concluir que compliance é a aplicação dos conceitos de ética em todas as
áreas de atuação, nos relacionamentos com colaboradores, com fornecedores e com
governos de todas as esferas. O que as empresas têm adotado é um código de
conduta, obrigando todos os colaboradores a conhecerem e aplicarem as normas
nele contidas. No entanto, a di�culdade está na �scalização e no controle do
cumprimento de tais normas.
13
Acesse o link: Disponível aqui
O Instituto de Engenharias apresenta uma matéria acerca da adoção cada
vez maior do Compliance pela engenharia brasileira. Vale a pena conferir!
O conhecimento e o domínio dessa importante área lhe propiciarão habilidades 
ímpares no ambiente de trabalho e aumentarão significativamente sua 
empregabilidade. O Portal Compliance Total (2019) apresenta 10 dicas para melhorar 
os treinamentos de compliance na sua empresa, conforme o quadro a seguir.
14
https://www.institutodeengenharia.org.br/site/2016/06/06/compliance-e-a-engenharia-brasileira/
Dica 1 - Segmente seus públicos: uma empresa possui diferentes públicos,
setores e níveis hierárquicos e todos devem ser contemplados com
treinamentos. Para que esses treinamentos sejam efetivos, é necessário ter
atenção ao tipo de linguagem e conteúdo aplicado para cada tipo de público.
Escolha também qual modalidade (EaD ou Presencial) é a mais indicada para
cada per�l.
Dica 2 – Crie um cronograma: planejar com antecedência os treinamentos
dará ao pro�ssional responsável pela comunicação do compliance maior
tempo para divulgá-los entre os colaboradores. Além disso, criar um
calendário completo permite a distribuição de distintos conteúdos ao longo
do tempo, sem sobrecarregar o aprendizado de cada colaborador.
Dica 3 – Aplique com frequência: como o compliance envolve vários temas
de diferentes níveis de complexidade, é importante que seja abordado de
forma contínua e fragmentada. A periodicidade nos treinamentos mantém o
assunto sempre em evidência e melhora a absorção pelos colaboradores.
Dica 4 – Planeje os temas: ao estruturar o cronograma de treinamentos,
tenha consciência da relevância dos temas abordados. Como o compliance é
um tema muito abrangente, esteja certo de que irá escolher os temas
adequados para cada grupo de colaboradores. Por exemplo: não é relevante
treinar um colaborador do chão de fábrica sobre assuntos de lavagem de
dinheiro. No entanto, assuntos como código de conduta, assédio, uso
apropriado de bens da empresa e etc. são mais pertinentes.  Para fazer este
trabalho, tenha em mente seus objetivos, públicos de interesse e riscos a
serem mitigados.
Dica 5 – Seja criativo: a criatividade é peça fundamental para a efetividade
dos treinamentos. Ela tem papel importantíssimo em engajar os
colaboradores e aumentar seu nível de atenção durante cada treinamento.
Vejas alguns exemplos de criatividade em treinamentos:
- Uso de humor
- Uso de animações
- Apresentação de exemplos práticos
Quadro 8 – Dez dicas para melhorar os treinamentos de compliance na sua empresa
15
- Aplicação de pesquisas, passatempos e quiz interativo
- Desenvolvimento de aplicativos e sistemas online
Dica 6 – De�na objetivos: mesmo com o compliance sendo fundamental
para um funciona mento mais ético e íntegro do ambiente de trabalho e da
relação com clientes e parceiros de negócio, esse tema é abrangente e pode
ser abordado em diferentes módulos e momentos. De�na as prioridades da
empresa e, assim, promova treinamentos que estejam de acordo com essas
prioridades.
Dica 7 – Assegure a efetividade: com a constante realização de
treinamentos, torna-se necessá ria a avaliação do nível de aprendizado de
cada colaborador.
Utilize uma ferramenta de aplicação que registre os resultados de cada
treinamento. Assim, sua empresa consegue identi�car os temas, áreas e
públicos que eventualmente necessitam de algum tipo de reforço.
Dica 8 – Utilize a tecnologia: quando é planejado um treinamento para os
funcionários, alta gerência e demais colaboradores, precisamos pensar nas
adversidades envolvidas para que os alunos o assistam.
Em muitos casos, para representar uma solução com menor custo e que
consiga atender funcionários que estão distantes da sede, um treinamento
EaD é uma opção que pode suprir as necessidades de compliance da sua
empresa. Nessa modalidade, os colaboradores podem fazer o treinamento
no seu tempo, fazendo a própria gestão das prioridades.
Dica 9 – Customize seus treinamentos: A sua empresa possui processos,
políticas e procedimentos próprios. Além disso, com certeza o seu negócio
carrega uma personalidade própria. Frente a isso, é altamente recomendado
que haja o investimento na produção e aplicação de um conteúdo
personalizado e 100% alinhado às necessidades e características da
empresa. Essa dica melhora a experiência de aprendizado e reforça a
imagem da cultura ética em sua empresa.
Dica 10 – Atualize constantemente: Provavelmente, sua empresa passará
por diversas atualizações em processos, procedimentos e normas internas.
Além disso, as próprias leis mudam de forma constante e podem impactar
seus negócios. Outro aspecto importante é o fato de sua equipe de trabalho
16
Fonte: Portal Compliance Total, 2019.
manter-se, em sua maioria, igual ao longo do tempo. Por isso, é altamente
recomendado que você faça atualizações constantes nos seus treinamentos.
Isso garantirá a correta cobertura dos assuntos relevantes e a manutenção
da atenção dispensada em cada treinamento por seus colaboradores.
Fique atento aos conceitos de ética e de compliance! Saiba diferenciá-los e
conheça suas formas de aplicação no cotidiano do pro�ssional de
Engenharia. Fique de olho!
17
02
Exercício Profissional 
18
Prezado aluno, a Engenharia sempre esteve presente em nossas vidas. Há autores
que a�rma que ela não surgiu, mas que sempre existiu, acompanhando a evolução
humana com a construção de edi�cações, armas, aquedutos, portos e equipamentos,
entre outros.
Com o advento da informação, novas engenharias conquistaram espaço, além da
engenharia civil, como a eletrônica, computação, software, controle e automação,
aeroespacial e outras. Face à preocupação com o meio ambiente, as engenharias
voltadas para a sustentabilidade, como ambiental e �orestal, também conquistaram
seu espaço. A necessidade de produção em larga escala fez com que surgissem
também as engenharias com foco na gestão, qualidade e produção, de modo a
acompanhar as tendências de mercado e a necessidade de pro�ssionais
especializados. Nesse contexto, Macedo; Sapunaru (2006, p. 40, grifo meu) enfatizam
o desdobramento do surgimento do termo engenharia:
Como já apontado, a história do homem e a organização social
mostram que, desde a Idade Média, a Engenharia sempre esteve
fortemente ligada à criação de sistemas defensivos ou ofensivos. Um
fato interessante, que comprova essa ligação, reza em um dicionário
da língua portuguesa publicado em Lisboa, em 1739. Nele, não há
registro de um verbete especí�co para a Engenharia. A ideia da
palavra aparece apenas indiretamente, subalterna a “engenheiro”,
signi�cando a arte ou a ciência que os “engenheiros” desenvolviam.
Por sua vez, o engenheiro era aquele que fazia máquinas e obras
para a guerra ofensiva e defensiva, ou o que fazia qualquer
gênero de máquinas e engenhos.
Caro aluno, o desenvolvimento da Engenharia e da Educação em Engenharia está
relacionado aos avanços da ciência e da tecnologia, pois à medida que a tecnologia se
torna mais complexa, em termos de necessidade de conhecimentos para solucionar
problemas e gerar soluções,torna-se objeto de estudo e aplicação na engenharia.
Esses conhecimentos são da ordem da matemática, física, química e expressão
grá�ca.
Nesse sentido, Macedo; Sapunaru (2006) destacam o surgimento das primeiras
escolas de engenharia:
19
A primeira escola para o ensino formal de engenharia e a que se
organizou com características que mais se assemelham às atuais foi
a École Nationale des Ponts et Chaussées (ENPC), fundada em 1747,
na França (MACEDO; SAPUNARU, 2006, p. 42, grifo meu).
A data de início formal dos cursos de engenharia no Brasil foi em 17
de dezembro de 1792, com a criação da Real Academia de Artilharia,
Forti�cação e Desenho, na cidade do Rio de Janeiro, sendo instalada
inicialmente na ponta do Calabouço, na Casa do Trem de Artilharia.
Sendo esta a primeira das Américas, seguia o mesmo modelo da Real
Academia de Artilharia, Forti�cação e Desenho portuguesa. A Real
Academia é a percursora em linha direta e contínua da atual Escola
de Politécnica da UFRJ e faz parte também da origem do Instituto
Militar de Engenharia (IME) (MACEDO; SAPUNARU, 2006, p. 43, grifo
meu).
Com a fundação de Faculdades e Escolas de engenharias, uma quantidade grande de
pro�ssionais foram inseridos no mercado de trabalho, à frente de grandes projetos e
obras de relevância. Por se tratar de atividades que envolvem questões de segurança
pública, as pro�ssões de engenharia são regulamentadas pelos governos, no que se
refere às atribuições pro�ssionais e nos termos de responsabilidade técnica e civil das
suas obras. A lei que regulamenta a pro�ssão dos engenheiros, arquitetos e
agrônomos é a Lei Nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e mais as Resoluções do
Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.
Do mesmo modo que a Lei estabelece privilégios ao graduado, cabendo tão somente
a ele o exercício da pro�ssão, em contrapartida são exigidos alguns requisitos básicos
para a sua prática, através de uma regulamentação pro�ssional. Nesse sentido, não
basta ter obtido o diploma para atuar na pro�ssão. Há dispositivos legais que devem,
antes, ser atendidos para a habilitação legal, como o registro no Crea – Conselho
Regional de Engenharia e Agronomia, cuja de�nição e função é descrita por meio do
Portal do Crea-SP.
20
Acesse o link: Disponível aqui
Crea-SP é a sigla que identi�ca o Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia do Estado de São Paulo - o maior Conselho de Fiscalização de
Exercício Pro�ssional da América Latina e provavelmente um dos maiores do
mundo. O Crea-SP é responsável pela �scalização de atividades pro�ssionais
nas áreas da Engenharia, Agronomia, Geologia, Geogra�a e Meteorologia,
além das atividades dos Tecnólogos.
O Crea-SP �scaliza, controla , orienta e aprimora o exercício e as atividades
pro�ssionais da Engenharia Civil, Engenharia Ambiental, Engenharia
Sanitarista, Engenharia de Infraestrutura Aeronáutica, Engenharia Hídrica,
Engenharia Elétrica, Engenharia de Computação, Engenharia de
Telecomunicações, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia
Eletrônica e Eletrotécnica, Engenharia Mecânica, Engenharia Industrial,
Engenharia de Produção, Engenharia de Operação, Engenharia Metalúrgica,
Engenharia Aeronáutica, Engenharia Naval, Engenharia Química, Engenharia
de Alimentos, Engenharia de Materiais, Engenharia Têxtil, Geologia,
Engenharia de Minas, Engenharia de Geologia, Engenharia de Agrimensura,
Engenharia Cartográ�ca, Geogra�a, Agronomia (ou Engenharia Agronômica),
Engenharia Florestal, Engenharia Agrícola, Engenharia de Pesca, Engenharia
de Aquicultura, Meteorologia e Engenharia de Segurança do Trabalho, além
das atividades dos Tecnólogos.
21
http://www.creasp.org.br/institucional/o-que-e-o-crea-sp
É importante que você conheça as atribuições do Crea da sua região!
Procure pesquisar pelo site e �que atento!
O registro do pro�ssional de engenharia junto ao Crea –Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia – do seu estado é obrigatório para o exercício de suas
atividades pro�ssionais.
Principais Tópicos da Lei Nº
5.194/66 - Exercício
Profissional da Engenharia, da
Arquitetura e da Agronomia
Atribuições do Engenheiro: O engenheiro é o pro�ssional que exerce a prática da
engenharia. Em algumas nações, o exercício da pro�ssão de engenheiro obriga, além
da habilitação com um curso superior de engenharia, ter uma licença ou certi�cação
pro�ssional atribuída pelo estado, por uma associação pro�ssional, ordem ou
instituição de engenheiros ou por outro tipo de órgão de regulamentação
pro�ssional.
De acordo com a legislação de cada país, aos pro�ssionais devidamente certi�cados
ou licenciados está reservado o uso exclusivo do título pro�ssional de engenheiro.
Normalmente, a lei restringe a prática de determinados atos de engenharia aos
pro�ssionais certi�cados e habilitados para tal, ainda que a prática dos restantes não
esteja sujeita a essa restrição.
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Acesse o link: Disponível aqui
Conheça na íntegra a Lei 5.194/66, Regula o exercício das pro�ssões de
Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências.
Com relação à Lei 5.194/66 cabe o destaque e comentários de alguns artigos 
específicos, de modo a termos a nossa compreensão facilitada.  Por meio do Quadro 
1, os artigos mais relevantes da referida Lei são destacados:
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5194.htm
Art. 1º - As pro�ssões de engenheiro, arquiteto e engenheiro-agrônomo
são caracterizadas pelas realizações de interesse social e humano que
importem na realização dos seguintes empreendimentos:
1. aproveitamento e utilização de recursos naturais;
2. meios de locomoção e comunicações;
3. edi�cações, serviços e equipamentos urbanos, rurais e regionais nos
seus aspectos técnicos e artísticos;
4. instalações e meios de acesso a costas, cursos e massas de água e
extensões terrestres;
5. desenvolvimento industrial e agropecuário.
Art. 2º - O exercício, no País, da pro�ssão de engenheiro, arquiteto ou
engenheiro-agrônomo, observadas as condições de capacidade e
demais exigências legais, é assegurado:
1. aos que possuam, devidamente registrado, diploma de faculdade ou
escola superior de Engenharia, Arquitetura ou Agronomia, o�ciais ou
reconhecidas, existentes no País;
2. aos que possuam, devidamente revalidado e registrado no país,
diploma de faculdade ou escola estrangeira de ensino superior de
Engenharia, Arquitetura ou Agronomia, bem como os que tenham esse
exercício amparado por convênios internacionais de intercâmbio;
3. aos estrangeiros contratados que, a critério dos Conselhos Federal e
Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, considerados a
escassez de pro�ssionais de determinada especialidade e o interesse
nacional, tenham seus títulos registrados temporariamente.
Parágrafo único - O exercício das atividades de engenheiro, arquiteto e
engenheiro- agrônomo é garantido, obedecidos os limites das respectivas
licenças e excluídas as expedidas, a título precário, até a publicação desta
Lei, aos que, nesta data, estejam registrados nos Conselhos Regionais.
Art. 6º - Exerce ilegalmente a pro�ssão de engenheiro, arquiteto ou
engenheiro-agrônomo:
1. a pessoa física ou jurídica que realizar atos ou prestar serviços,
públicos ou privados, reservados aos pro�ssionais de que trata esta Lei
e que não possua registro nos Conselhos Regionais:
2. o pro�ssional que se incumbir de atividades estranhas às atribuições
discriminadas em seu registro;
Quadro 1 – Principais artigos da Lei 5.194/66
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3. o pro�ssional que emprestar seu nome a pessoas, �rmas, organizações
ou empresas executoras de obras e serviços sem sua real participação
nos trabalhos delas;
4. o pro�ssional que, suspenso de seu exercício, continue em atividade;
5. a �rma, organização ou sociedade que, na qualidade de pessoa
jurídica, exercer atribuições reservadas aos pro�ssionais da
Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, com infringência do
disposto no parágrafo único do Art. 8º desta Lei.
Art. 7º - As atividades e atribuições pro�ssionais do engenheiro, do
arquiteto e do engenheiro-agrônomoconsistem em:
1. desempenho de cargos, funções e comissões em entidades estatais,
paraestatais, autárquicas e de economia mista e privada;
2. planejamento ou projeto, em geral, de regiões, zonas, cidades, obras,
estruturas, transportes, explorações de recursos naturais e
desenvolvimento da produção industrial e agropecuária;
3. estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e
divulgação técnica;
4. ensino, pesquisa, experimentação e ensaios;
5. �scalização de obras e serviços técnicos;
6. direção de obras e serviços técnicos;
7. execução de obras e serviços técnicos;
8. produção técnica especializada, industrial ou agropecuária.
Parágrafo único - Os engenheiros, arquitetos e engenheiros-agrônomos
poderão exercer qualquer outra atividade que, por sua natureza, se inclua
no âmbito de suas pro�ssões.
Art. 11 - O Conselho Federal organizará e manterá atualizada a relação
dos títulos concedidos pelas escolas e faculdades, bem como seus
cursos e currículos, com a indicação das suas características.
Art. 18 - As alterações do projeto ou plano original só poderão ser feitas
pelo pro�ssional que o tenha elaborado.
Parágrafo único - Estando impedido ou recusando-se o autor do projeto ou
plano original a prestar sua colaboração pro�ssional, comprovada a
solicitação, as alterações ou modi�cações deles poderão ser feitas por outro
pro�ssional habilitado, a quem caberá a responsabilidade pelo projeto ou
plano modi�cado.
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Art. 24 - A aplicação do que dispõe esta Lei, a veri�cação e a �scalização
do exercício e atividades das pro�ssões nela reguladas serão exercidas
por um Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
(CONFEA), e Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia (CREA), organizados de forma a assegurarem unidade de
ação.
Art. 33 - Os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia (CREA) são órgãos de �scalização do exercício de pro�ssões
de engenharia, arquitetura e agronomia, em suas regiões.
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03
Legislação e Normas 
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Prezado acadêmico, no Quadro 1 a seguir estão relacionadas as principais leis que 
afetam o exercício da profissão de engenharia, arquitetura e agronomia, além 
de áreas afins:
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Fonte: O Autor
LEI Nº 5194 DE 24 DEZ 1966
Regula o exercício das pro�ssões de engenheiro, arquiteto e engenheiro-
agrônomo, e dá outras providências.
LEI Nº 4950-A DE 22 ABR 1966
Dispõe sobre a remuneração de pro�ssionais diplomados em engenharia
química, arquitetura, agronomia e veterinária.
LEI Nº 4076 DE 23 JUN 1962
Regula o exercício da pro�ssão de geólogo.
LEI Nº 6835 DE 14 OUT 1980
Dispõe sobre o exercício da pro�ssão de meteorologista, e dá outras
providências.
LEI Nº 7410 DE 27 NOV 1985
Dispõe sobre a especialização de engenheiros e arquitetos em engenharia
de segurança do trabalho, a pro�ssão de técnico de segurança do trabalho,
e dá outras providências.
LEI Nº 6496 DE 07 DEZ 1977
Institui a “Anotação de Responsabilidade Técnica” na prestação de serviço de
Engenharia, de Arquitetura e Agronomia, autoriza a criação pelo Conselho
Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – Confea, de uma Mútua de
Assistência Pro�ssional, e dá outras providências.
No Quadro 2, veja o que o portal do Crea-PR dispõe sobre a ART – Anotação de
Responsabilidade Técnica, instituída pela Lei 6496 de 07 de Dezembro de1977:
Quadro 1 – Principal legislação afeta à engenharia, arquitetura e agronomia
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ART – Anotação de Responsabilidade Técnica: A ART ou Anotação de
Responsabilidade Técnica é o documento que de�ne, para os efeitos legais,
os responsáveis técnicos pelo desenvolvimento de atividades técnicas
realizadas pelos pro�ssionais abrangidos pelo Sistema Confea/Crea.
A ART é muito importante para o pro�ssional, pois ela garante:
Direitos autorais ao pro�ssional;
Direito à remuneração como comprovante da execução do serviço;
Comprova a existência de contrato entre as partes;
De�ne os limites da responsabilidade técnica (civil e criminal);
Comprova a experiência do pro�ssional à medida que registra todas as
atividades técnicas desempenhadas ao longo de sua carreira
pro�ssional.
Sempre que o pro�ssional �rmar um contrato escrito ou verbal com o seu
contratante para a realização de obras/serviços de engenharia, é necessário
o registro da ART pelo pro�ssional. Sempre que o pro�ssional for contratado
por uma pessoa jurídica para exercer uma função envolva atividades para as
quais precise da habilitação legal e dos conhecimentos técnicos, é
necessário o registro da ART de desempenho de cargo ou função técnica.
O preenchimento da ART é sempre de responsabilidade do pro�ssional, uma
vez que ele responde por todas as informações contidas na ART. O
pagamento da taxa da ART é de responsabilidade do pro�ssional quando ele
for contratado como autônomo, e da pessoa jurídica quando se tratar de
pro�ssional com vínculo empregatício com a empresa.
É importante que os pro�ssionais saibam que nenhuma obra ou serviço
podem iniciar sem o registro e pagamento da ART. Assim que o pro�ssional
concluir a obra/serviço, é necessário que o mesmo comunique o Crea. Esse
processo é conhecido como baixa da ART. Importante destacar que mesmo
com a ART baixada, o pro�ssional continua responsável pela obra ou serviço.
Uma construção sem a Anotação de Responsabilidade Técnica e sem a
assinatura perante o Crea (mesmo que um engenheiro civil esteja como
encarregado) está sujeita a multas e embargos. O proprietário da edi�cação
Quadro 2 – ART – Anotação de Responsabilidade Técnica
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precisa �car atento, pois, como vimos, a ART é a forma legal de
responsabilizar o pro�ssional. Sem ela, não há garantia, perante a lei, de que
ele responderá por acidentes e outros problemas.
Como registrar a ART
O registro da ART efetiva-se após o seu cadastro no sistema eletrônico do
Crea e o recolhimento do valor correspondente. Cada pro�ssional e
empresa possui um login e senha para acessar a área restrita no site do
Crea-PR e preencher a ART.
Apenas pro�ssionais com registro ou visto ativo no Crea-PR possuem acesso
à área restrita para o registro de ART.
Existem três tipos básicos de ART:
1. ART de obra ou serviço: relativa à execução de obras ou prestação de
serviços;
2. ART de obra ou serviço de rotina, denominada ART múltipla, que
especi�ca vários contratos referentes à execução de obras ou à
prestação de serviços em determinado período;
3. ART de cargo ou função, relativa ao vínculo com pessoa jurídica para
desempenho de cargo ou função técnica.
Se o contrato de execução de obra ou prestação de serviço já registrado em
ART sofrer alteração (de objeto, valor, alteração das atividades técnicas
contratadas ou alteração de prazo de execução), deverá ser registrada uma
ART complementar, vinculada à primeira.
Em caso de erro de preenchimento da ART, deverá ser registrada uma ART
de substituição,   corrigindo os dados errados. Ao preencher a ART o
pro�ssional deve informar seu nível de participação na obra ou serviço:
ART individual: indica que a atividade objeto do contrato é
desenvolvida por um único pro�ssional;
ART de coautoria: indica que uma atividade técnica caracterizada como
intelectual (exemplo: projeto), objeto de contrato único, é desenvolvida
em conjunto por mais de um pro�ssional de mesma competência;
ART de corresponsabilidade: indica que uma atividade técnica
caracterizada como executiva (exemplo: execução de obra), objeto de
contrato único, é desenvolvida em conjunto por mais de um
pro�ssional de mesma competência; e
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Fonte: Disponível aqui
ART de equipe: indica que diversas atividades complementares, objetos
de contrato único, são desenvolvidas em conjunto por mais de um
pro�ssional com competências diferenciadas.
As opções de preenchimento de ART no sistema do Crea-PR estão
amparadas na legislação federal. Cada pro�ssional tem acesso a opções de
preenchimento compatíveis com seu título, atividades e áreas de
competência. O preenchimento incorreto da ART pode resultar em sua
nulidade, se não houver a correção.
Acesse olink: Disponível aqui
Conheça na íntegra a Lei nº. 6.496 de 7 de Dezembro de 1977, Institui a
"Anotação de Responsabilidade Técnica" na prestação de serviços de
engenharia, de arquitetura e agronomia; autoriza a criação, pelo Conselho
Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - Confea, de uma Mútua de
Assistência Pro�ssional; e dá outras providências.
O Papel da ART na Fiscalização: A Anotação de Responsabilidade Técnica – ART é um
instrumento legal instituído pela Lei 6.496/77 do Confea:
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https://www.crea-pr.org.br/manualdojovemprofissional/exercicio-da-profissao.php
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6496.htm
Art.1º – Todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou prestação
de quaisquer serviços pro�ssionais referentes à Engenharia, à Arquitetura e à
Agronomia �ca sujeito à “Anotação de Responsabilidade Técnica” (ART).
Art.2º – A ART de�ne para os efeitos legais os responsáveis técnicos pelo
empreendimento de engenharia, arquitetura e agronomia.
§ 1º– A ART será efetuada pelo pro�ssional ou pela empresa no Conselho
Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), de acordo com
Resolução própria do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
(Confea).
§ 2º– O Confea �xará os critérios e os valores das taxas da ART “ad referendum”
do Ministro do Trabalho.
Art.3º – A falta da ART sujeitará o pro�ssional ou a empresa à multa prevista na
alínea “a” do Art. 73 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966, e demais cominações
legais.”
Desta forma, antes do início da obra ou serviço é obrigatório o registro da
ART pelo pro�ssional, evitando uma futura autuação por Falta de ART.
No local de �scalização, obra ou empreendimento, o Agente de Fiscalização identi�ca-
se e em contato com a pessoa mais quali�cada para prestar informações solicita a
documentação da obra ou serviço: ART, cópia dos projetos, contrato acompanhado da
comprovação de realização da obra/serviço, ordem de serviço, entre outros, além de
obter documentação fotográ�ca da obra/serviço e da identi�cação da
responsabilidade técnica.
De posse das informações, documentos e dados do proprietário, da obra/serviço e da
responsabilidade técnica, o �scal gera um relatório de �scalização e deixa uma via do
comprovante de �scalização no local para ciência do �scalizado (Crea-PR, 2020).
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Prezado acadêmico, todas as profissões em nosso país são regidas por normas e Leis. 
Com a engenharia não poderia ser diferente, não é mesmo? Nesse sentido, seguem 
as principais normas para regulamentação da área. Uma NR – Norma 
regulamentadora é estabelecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego e tem caráter 
obrigatório. A NBR é a sigla de Norma Brasileira aprovada pela ABNT de caráter 
voluntário e fundamentada no consenso da sociedade. Torna-se obrigatória quando 
essa condição é estabelecida pelo poder público. Seguem as principais NRs e NBRs da 
área:
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NR 06 – Equipamentos de proteção individual – EPI: essa norma
determina que o EPI só poderá ser posto à venda ou utilizado com a
indicação do Certi�cado de Aprovação – CA. E que o mesmo deverá
apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da
empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de
EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do
CA. Além disso, a empresa é obrigada a fornecê-los aos empregados,
gratuitamente, de acordo com o risco aos quais estarão expostos, em
perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes
circunstâncias:
1. sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa
proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças
pro�ssionais e do trabalho;
2. enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo
implantadas e;
3. para atender situações de emergência.
A NR 06 ainda determina as obrigações que o empregador, os empregados,
os fabricantes ou importadores, entre outros, têm em relação ao EPI.
NR 8 – Edi�cações: essa norma de�ne os parâmetros para as edi�cações,
observando-se a proteção contra a chuva, insolação excessiva ou falta de
insolação, en�m, busca estabelecer condições do conforto nos locais de
trabalho.
NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade: essa
norma visa estabelecer condições mínimas para garantir a segurança
daqueles que trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas –
incluindo projeto, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação – e
cobrir em nível preventivo usuários e terceiros.
NBR 6118 – Projetos de estruturas de concreto: considerada a “bíblia” do
Engenheiro Civil, essa norma versa sobre as principais características das
estruturas de concreto. Alguns dos principais assuntos abordados nessa
diretriz são:
- Diretrizes para durabilidade da estrutura de concreto;
- Segurança e Estados Limites;
Quadro 2 – ART – Anotação de Responsabilidade Técnica
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- Resistências dos materiais;
- Ações internas e externas nas estruturas de concreto armado;
- Princípios gerais para dimensionamento de peças – Vigas, Pilares e Lajes;
- Análise Estrutural.
NBR 8800 – Projeto de estruturas de aço e estruturas mistas de aço e
concreto: publicada há cerca de dois anos, representou um marco
importante para a evolução das estruturas de aço e mistas de aço e concreto
no Brasil. Essa norma, �nalizada após cerca de cinco anos de discussões,
apresenta procedimentos atualizados, similares aos das normas
internacionais mais aceitas, e compatíveis com outras normas brasileiras.
Seu escopo engloba elementos estruturais com per�s abertos e tubulares.
NBR 7480/2007 – Aço destinado a armaduras para estruturas de
concreto armado – Especi�cação: esta Norma estabelece os requisitos
exigidos para encomenda, fabricação e fornecimento de barras e �os de aço
destinados a armaduras para estruturas de concreto armado, com ou sem
revestimento super�cial.
NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão: considerado um dos
regulamentos mais lidos por Engenheiros Eletricistas, esta norma estabelece
as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas de baixa tensão
a �m de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento
adequado da instalação e conservação dos bens. Funciona para o
pro�ssional da área como um guia sobre o que se deve ou não fazer e traz
um texto diferenciado.
NBR 15831 – Veículos rodoviários – Remoção e reinstalação de motores:
essa norma estabelece os princípios gerais para remoção, reinstalação e
funcionamento de motores alternativos de combustão interna de aplicação
rodoviária, agrícola, industrial, marítima, estacionária e ferroviária.
NBR 17094 – Máquinas girantes – Motores de indução – Monofásico e
trifásico: essa norma é composta por duas partes. A primeira estabelece os
requisitos mínimos para montagem de motores de indução trifásico. E a
segunda parte especi�ca os requisitos para motores de indução
monofásicos assíncronos de rotor de gaiola.
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Fonte: Disponível aqui
NBR 14565 – Erocedimento básico para elaboração de projetos de
cabeamento de telecomunicações para rede interna estruturada: essa
norma tem como objetivo estabelecer os critérios mínimos para elaboração
de projetos de rede interna estruturada de comunicações, em edi�cações
comercial, independente do porte. A Norma se aplica a prédios comerciais,
situados em um mesmo terreno, envolvendo os pontos de
telecomunicações nas áreas de trabalho, os armários de telecomunicações,
salas de equipamento, entre outros. No desenvolvimento de um projeto de
cabeamento estruturado, a NBR 14565 pretende estabelecer a correta forma
de aplicação dos conceitos de rede primaria e rede secundaria envolvendo
todos os seus elementos constitutivos.
Para consolidar seus conhecimentos sobreo assunto, é essencial que você
identi�que e conheça as principais NRs e NBRsrelacionadas com o exercício
da engenharia! Fique atento!
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https://engenharia360.com/saiba-quais-as-nrs-e-nbrs-mais-importante-para-a-engenharia/
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O Perfil do Engenheiro do 
Século XXI
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Prezado aluno, provavelmente em algum momentoda sua carreira como estudante
ou mesmo como pro�ssional de engenharia você já deve ter se perguntado sobre as
suas qualidades e per�l para exercer essa tão rica pro�ssão. Nesse aspecto, A
Resolução do Conselho Nacional de Educação – CNE e da Câmara de Educação
Superior – CES de 11 de março de 2002, institui diretrizes curriculares nacionais do
curso de graduação em engenharia, dentre as quais se destaca o seguinte artigo:
Art. 4º - A formação do engenheiro tem por objetivo dotar o
pro�ssional dos conhecimentos requeridos para o exercício das
seguintes competências e habilidades gerais: I - aplicar
conhecimentos matemáticos, cientí�cos, tecnológicos e instrumentais
à engenharia; II - projetar e conduzir experimentos e interpretar
resultados; III - conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e
processos; IV - planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos
e serviços de engenharia; V - identi�car, formular e resolver
problemas de engenharia; VI - desenvolver e/ou utilizar novas
ferramentas e técnicas; VI - supervisionar a operação e a
manutenção de sistemas; VII - avaliar criticamente a operação e a
manutenção de sistemas; VIII - comunicar-se e�cientemente nas
formas escrita, oral e grá�ca; IX - atuar em equipes
multidisciplinares; X - compreender e aplicar a ética e
responsabilidade pro�ssionais; XI - avaliar o impacto das atividades
da engenharia no contexto social e ambiental; XII - avaliar a
viabilidade econômica de projetos de engenharia; XIII - assumir a
postura de permanente busca de atualização pro�ssional
(RESOLUÇÃO CNE/CES, de 11/03/2002).
Pelo enunciado dessa resolução você percebe o quanto a sociedade espera do
pro�ssional de engenharia e também o tamanho da responsabilidade das instituições
de ensino, no sentido de formar o pro�ssional apto a enfrentar os desa�os e
necessidades do mercado de trabalho. Muitas vezes o engenheiro recém-formado sai
da faculdade cheio de dúvidas para iniciar suas atividades pro�ssionais.
A grande pergunte é: “que tipo de pro�ssional de engenharia o mercado exige?”. De
acordo com uma pesquisa realizada por Nose; Rebelatto (2001, p. 26) com várias
empresas, foram elencados 17 atributos necessários ao engenheiro em ordem de
importância:
Indivíduo comprometido com a qualidade do que faz;
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Com habilidade para trabalhar em equipe;
Com habilidade para conviver com mudanças;
Com visão clara do papel cliente-consumidor;
Com iniciativa para tomada de decisões;
Usuário de ferramentas básicas de informática;
Com domínio do inglês;
Fiel para a organização em que trabalha;
Que valoriza a ética pro�ssional;
Com ambição pro�ssional/vontade de crescer;
Capacitado para o planejamento;
Com visão das necessidades do mercado;
Que valoriza a dignidade/tem honra pessoal;
Com visão do conjunto da pro�ssão;
Com habilidades para economizar recursos;
Preocupado com a segurança no trabalho;
Com habilidade para conduzir homens.
Se você não preenche todos os requisitos acima, não �que muito preocupado, a�nal,
muitos desses atributos você conquistará ao longo da sua carreira. Porém, é
importante que você tenha a consciência da necessidade de melhoria contínua, de
aprimoramento constante, de modo a se tornar um pro�ssional indispensável para
empresas e para o mercado de trabalho.
Em cada área de atuação do engenheiro (e são várias as áreas) há necessidade de um
per�l diferenciado para lidar com as peculiaridades. Nesse contexto, são destacados
os atributos do engenheiro do trabalho:
Ser portador de conhecimentos sólidos das ciências básicas, para a
compreensão das novas tecnologias;
Ser capaz de atuar em equipes multidisciplinares envolvendo especialistas tanto
das ciências básicas quanto das ciências aplicadas;
Estar convencido da realidade da educação continuada para acompanhar a
dinâmica das novas tecnologias;
Ser capaz de projetar e conduzir experimentos e com visão cientí�ca analisar e
interpretar resultados;
Estar convencido da importância de atuar pro�ssionalmente com
responsabilidade e dentro da ética;
Ser capaz de se comunicar efetivamente nas modalidades oral e escrita;
Ser capaz de antever e entender o impacto das soluções de engenharia no
contexto social e ambiental;
Ser capaz de integrar conhecimentos técnico-cientí�cos no sentido da inovação e
da solução dos problemas tecnológicos;
Ter a iniciativa de fazer e de realizar na prática;
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Ter tido a oportunidade de convivência em um ambiente cientí�co e tecnológico;
Ser capaz de utilizar a informática como instrumento do exercício da engenharia;
Ser capaz de analisar criticamente os modelos empregados tanto no estudo
como na prática da engenharia;
Ser capaz de gerenciar e operar sistemas complexos de engenharia;
Ter a oportunidade de aprender sozinho e, com isso, executar sua capacidade
criativa;
Ter tido a oportunidade de exercitar seu espírito empreendedor (FERREIRA,
2000, p. 27).
Procure compreender e identi�car osdiferentes atributos necessários ao
engenheiro em cada uma de suas áreas deatuação. Fique atento a esses
detalhes!
Embora haja a necessidade de inúmeros atributos recomendados para que um
engenheiro tenha sucesso em sua pro�ssão, não há uma regra �xa! A�nal, o
engenheiro não é sinônimo de perfeição, não é mesmo? Considerando a grande
responsabilidade que pesa sobre os seus ombros, é importante que esse pro�ssional
seja um agregador, um líder que conduza sua equipe a atingir os objetivos propostos
dentro dos prazos estabelecidos e com os recursos mínimos despendidos.
De acordo com Rego; Braga (2014), quatro grandes categorias de virtudes podem
auxiliar o engenheiro a melhor servir suas empresas e a zelar pela segurança do
público em geral: autodireção, orientação para o bem geral, espírito de equipe e
pro�ciência. E para o alcance dessas virtudes, é necessário prática e vivência.
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Em decorrência do atual cenário econômico, em que prevalecem a competitividade e
a redução de despesas a qualquer custo, o pro�ssional de engenharia precisa ter
muito discernimento, a�nal, qualquer economia forçada em uma obra pode ter
consequências desastrosas, não é mesmo? Por essa razão, a ética e a liderança são
cada vez mais discutidas e exigidas nessa área.
Um engenheiro recém-formado, no intuito de disfarçar a sua insegurança, muitas
vezes torna-se um pro�ssional irredutível e insuportável aos seus subordinados,
podendo, inclusive, paralisar a obra por desentendimentos com sua equipe.
Nesse cenário, Rego; Braga (2014, pp. 121-122) destacam quatro virtudes atreladas à
liderança no exercício da engenharia:
Prudência – tomar decisões ponderadas, pesar as consequências, dos atos para
as várias partes envolvidas, não “fechar os olhos” às ações não éticas dos seus
colaboradores e aceitar as críticas dos outros;
Justiça – procurar atribuir aos outros o que lhes é devido, providenciar para que
as outras pessoas possam exercer as suas responsabilidades e velar pelos seus
direitos, ponderar os direitos e interesses das várias partes envolvidas (por
exemplo, empregados, clientes, público em geral);
Fortaleza/fortitude – (força de espírito, coragem) – coragem para tomar riscos,
perseverança perante obstáculos, resistência perante as di�culdades;
Temperança – capacidade para distinguir entre o que é razoável/necessário e o
que é autoindulgente, autocontrole, uso correto do tempo, dos esforços e dos
42
recursos.
Os conhecimentos adquiridos na faculdade de engenharia são importantes e
necessários para o exercício da sua função, no entanto, a melhor amiga do novo
pro�ssional de engenharia é a experiência. Os primeiros anos da carreira do
engenheiro são cruciais e moldarão o seu per�l de atuação. O aprendizado deve ser
uma constante!
Acesse o link: Disponível aqui
Conheça os diversos campos de atuação do engenheiro!
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https://www.ciadeestagios.com.br/conhecas-as-areas-de-atuacao-do-curso-de-engenharia/
Conclusão
Caro aluno, vimos neste material alguns temas interessantes e necessários para o
entendimento sobre a atuação do pro�ssional de Engenharia em um cenário altamente
competitivo e seletivo,no qual muito se exige no que tange à formação acadêmica e há
pouca contrapartida referente à questão �nanceira.
Nesse ambiente de desequilíbrio entre as exigências ao pro�ssional e à sua
remuneração, de acirrada disputa concorrencial e de forte pressão pela redução de
custos, o pro�ssional de engenharia é forçado a tomar decisões que muitas vezes
implicam em riscos à vida. Em contrapartida precisa mostrar resultados satisfatórios à
empresa que trabalha ou a seus clientes no tocante à lucratividade. Essa situação
implica necessariamente lidar com os conceitos de ética e de compliance a todo
momento. Vimos que a ética tornou-se mais que uma exigência, transformando-se em
uma condição vital para a continuidade do pro�ssional no mercado de trabalho.
Abordamos também sobre as o exercício pro�ssional do engenheiro, compreendendo
a atuação do Confea/Crea no papel de �scalização da pro�ssão.  Vimos ainda sobre as
principais leis que regulam a atividade, bem como as normas, tais como NRs e NBRs,
além dos detalhes sobre a ART – Anotação de responsabilidade técnica.
Buscamos sintetizar as principais leis e normas de modo a facilitar sua compreensão
sobre a importância cada vez maior do engenheiro no cotidiano da sociedade como um
todo.
Finalizando nosso conteúdo, abordamos o per�l do Engenheiro do século XXI,
identi�cando os principais atributos necessários à sua atuação nos mais diversos
campos de atuação.  Sucesso!
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COMPLEMENTE SEUS
ESTUDOS!
Livro
Ética para Engenheiros
Autor: Armênio Rego; Jorge Braga
Editora: Lídel
Sinopse: A obra inclui casos práticos e códigos de ética e
deontológicos de diversas especialidades e países.
Filme
O Céu de Outubro
Ano: 1999
Sinopse: A história é ambientada no �nal dos anos 1950, em
uma cidade em que a mineração é a maior empregadora local e
conta a história de um adolescente de Homer Hickam  (Jake
Gyllenhaal) que ao saber que os russos colocaram o satélite
Sputnik em órbita,  começa a sonhar juntamente com seu
amigos em também colocar um foguete seu em órbita. Com o
apoio de uma professora do colégio onde estuda, Homer dá
início ao projeto que irá mudar sua vida para sempre, pois passa
a  ser o passaporte que permitirá a eles que sejam aceitos por
alguma universidade.
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Web
Cinco dicas para se tornar um bom engenheiro!
A autora do vídeo apresenta sugestões que auxiliam os
interessados em transformar ideias em projetos úteis. Vale a
pena assistir!.
Acesse o link
46
https://www.youtube.com/watch?v=tKd_XRkffjw
ANTONIK, L. R. Compliance, ética, responsabilidade social e empresarial: uma visão
prática. Rio de Janeiro: ALTA Books, 2016.
FERREIRA, R. S. Tendências curriculares na formação do engenheiro do ano 2000., In: I.
von Linsingen et al, Formação do Engenheiro: desa�os da atuação docente,
tendências curriculares e questões da organização tecnológica. Florianópolis,
Editora da UFSC: 1999, pp. 129-142.
LAUDON, K.C.; LAUDON, J. P. Sistemas de informação gerencial. 11. ed. São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2014.
MACEDO, E. F. Código de ética pro�ssional comentado: engenharia, arquitetura,
agronomia, geologia, geogra�a, meteorologia. 4. ed. rev. Brasília: Confea, 2011.
PORTAL ENDEAVOR. Prevenindo com o compliance para não remediar o caixa. 2017.
Disponível em: https://endeavor.org.br/pessoas/compliance/. Acesso em: 20 set. 2020.
PORTAL FNQ – FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE. Gestão da informação e do
conhecimento. [E-book]. 2016. Disponível em:
https://prod.fnq.org.br/comunidade/wp-
content/uploads/2018/12/n_19_gestao_da_informacao_e_do_conhecimento_fnq.pdf.
Acesso em 10 jul. 2020.
PORTAL FNQ – FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE. O que é ética empresarial. [E-
book]. 2017. Disponível em: https://fnq.org.br/comunidade/e-book-26-o-que-e-etica-
empresarial/. Acesso em: 10 jul. 2020.
REGO, A.; BRAGA, J. Ética para engenheiros: desa�ando a síndrome do vaivém
challenger. Lisboa: Lidel Edições Técnicas, 2014.
Referências
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	Ética e Compliance
	Exercício Profissional 
	Legislação e Normas 
	O Perfil do Engenheiro do Século XXI

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