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Aula 07 - Tecido Muscular

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Aula 02 - Histologia 3º período - Farmácia 
 
1 
 
Tecido muscular 
 Constituído por células alongadas, com 
grande quantidade de filamentos citoplasmáticos de 
proteínas contráteis, que geram forças necessárias 
para contração através de energia utilizada na 
forma de ATP. 
 Altamente vascularizado, especializado na 
contração. Responsável por movimentos e 
sustentação corporal. 
 Origem: mesoderme (mas NÃO é um tipo de 
tecido conjuntivo). 
 
 
 Alguns componentes das células musculares 
recebem nomes diferentes. 
 Célula = fibra muscular (miócitos) 
 Membrana celular = sarcolema 
 Citoplasma/citosol = sarcoplasma 
 Retículo endoplasmático liso = retículo 
sarcoplasmático. 
 
Tecido muscular esquelético 
 Constituem os músculos presos aos ossos, que 
recobrem o esqueleto, exceto a língua. Suas fibras se 
organizam formando feixes de células cilíndricas 
muito longe. São multinucleadas – núcleos 
localizados na periferia das células. Há presença de 
numerosos filamentos (miofibrilas). Possui 
capacidade de hipertrofia (ausência de hiperplasia) – 
aumento na quantidade de miofibrilas. E possui 
contração forte, rápida e voluntária. 
 
 Epimísio e perimísio – tecido conjuntivo 
 Endomísio – lâmina basal da fibra muscular + 
fibras reticulares. 
 
 A contração das fibras musculares 
esqueléticas é comandada por nervos motores que se 
ramificam no tecido conjuntivo do perimísio, em que 
cada nervo origina numerosos ramos. No local de 
contato com a fibra muscular, o ramo final do nervo 
perde sua bainha de mielina e forma uma dilatação 
que se coloca dentro de uma depressão da superfície 
da fibra muscular – junção neuromuscular. Sinapse 
neuromuscular (neurotransmissor Ach). 
 
 Quando observado ao microscópio optico o 
musculo esquelético apresenta estriações transversais, 
por alternância de faixas claras e escuras. As 
estriações se devem à repetição. 
 Sarcômero – menor unidade funcional e 
contrátil do musculo estriado, espaço entre duas linhas 
Z, sendo ela delimitando o espaço do sarcômero. 
[JFd1] Comentário: 
Aula 02 - Histologia 3º período - Farmácia 
 
2 
 
Vários sarcômeros se contraindo ao mesmo tempo 
geram a contração de toda a fibra muscular. 
 
 
 
 Actina – filamento fino 
 Miosina – filamento grosso 
 São as principais proteínas, mas não as únicas. 
 
Proteínas principais 
 Miosina (filamento grossos) – grande, em 
formato de bastão de golfe, formado por dois 
peptídeos ligados em hélice, possui uma saliência 
(locais específicos para ligação com ATP); 
 Actina (filamentos finos) – polímeros longos 
(Actina F), duas cadeias de actina G torcidas sobre às 
outras 
 Tropomiosina – molécula longa e fina, 
constituída por várias cadeias polipeptídicas enroladas 
uma sobre as outras 
 Troponina – complexo de três subunidades: 
 TnT (se liga a tropomiosina), TnC (afinidade 
com o Ca), TnI (cobre o sítio ativo da actina); 
 Desmina – ligam as miofibrilas uma as outras 
 Distrofina – liga os filamentos de actina a 
proteínas do sarcolema. 
 Obs.: o filamento de actina é formada pela 
actina + Tropomiosina e troponina. 
 
 
 Contração muscular – dependente de cálcio 
no músculo. Ocorre a despolarização da membrana, o 
retículo sarcoplasmático armazena e regula os níveis 
de cálcio. O sistema de túbulos transversais 
(Túbulo T) – rede de invaginações tubulares da 
membrana plasmática da fibra muscular, responsável 
pela contração uniforme de cada fibra muscular – 
permite que a despolarização da membrana penetre 
rapidamente no interior de toda fibra, acelerando-o. 
As tríades: Túbulo T + duas expansões do retículo, 
sendo está característica específica do músculo 
esquelético. 
 
Aula 02 - Histologia 3º período - Farmácia 
 
3 
 
 
 
Tecido muscular cardíaco 
 Características – encontrado apenas no 
coração, células alongadas e ramificadas, presas por 
junções intercelulares – discos intercalares. 
Estriações transversais. Um ou dois núcleos centrais 
(uni ou binucleado). E possui contração forte 
(rítmica) e involuntária. 
 Discos intercalares – complexos juncionais 
formados por três tipos de junções intercelulares: 
zônulas de adesão, desmossomos e junções 
comunicantes. 
 
 Contração – no musculo cardíaco o sistema T 
e o reticulo sarcoplasmático não são tão bem 
organizados quanto o esquelético. O reticulo 
sarcoplasmático não é tão desenvolvido e distribui-
se irregularmente entre os miofilamentos – para que a 
contração seja eficiente há um maior influxo 
(entrada) da Ca+ na célula através dos túbulos T. 
 Tríades não são frequentes – apresentam 
díades (túbulo T + uma cisterna no reticulo). 
 
Atividade elétrica do coração 
 Automatismo cardíaco – sistema intrínseco 
(dele mesmo) que gera impulsos elétricos por 
células musculares especializadas. Ocorre uma 
influência do sistema nervoso no coração, mas para 
que o coração bata, não necessita desta influência para 
que ele funcione, visto que ele possui automatismo. 
 
 Nó sinusal/sinoatrial – produz potencial de 
ação e marca a frequência cardíaca. Células 
musculares fusiformes, menores que as demais, com 
maior quantidade de miofibrilas. Sendo considerado o 
marcapasso do coração. Quando dá algum problema, é 
substituído pelo marcapasso artificial. 
 Nó atrioventricular – produz atraso no 
estímulo vindo do nó sinusal, fazendo com que os 
ventrículos se contraiam depois dos átrios. 
Histologicamente é semelhante ao sinusal, porém com 
células emitindo projeções em várias direções. 
 Feixe de His – conduz estimulo para os 
ventrículos. As fibras de Purkinje – células maiores 
que possuem um ou dois núcleos centrais e um 
citoplasma rico em mitocôndrias e glicogênio, com 
poucas miofibrilas. 
 
Tecido Muscular Liso 
 Células longas, mais espessas no centro e 
afunilando-se nas extremidades (fusiformes). Núcleo 
único e central. Não estão organizados em 
sarcômeros nem apresentam troponina. Os filamentos 
de miosina só se formam no momento da contração. O 
retículo sarcoplasmático pouco desenvolvido – o 
cálcio também é armazenado em depressões do 
sarcolema chamadas cavéolas. A contração fraca, 
lenta e involuntária. 
 Componentes para contração – actina, 
miosina, calmodulina (no lugar da troponina) e 
miosina-quinase. 
 
Aula 02 - Histologia 3º período - Farmácia 
 
4 
 
 Estímulo do Sistema nervoso autônomo  os 
íons cálcio migram do meio extracelular para o 
sarcoplasma; 
 Cálcio se liga à calmodulina  forma-se 
complexo cálcio-calmodulina  ativa a miosina-
quinase, provocando a fosforilação da miosina  
distensão da miosina  descobrindo os sítios de ATP. 
 O ATP se liga e promove o deslizamento da 
actina e miosina uns sobre os outros. A actina e 
miosina estão ligadas à outras proteínas, que por sua 
vez, se prendem a região especifica da membrana 
plasmática (corpos densos), fazendo com que haja a 
contração da célula. 
 Regeneração dos tecidos musculares – os 
três tipos de tecido muscular exigem diferenças na 
capacidade regenerativa após uma lesão. 
1. Musculo cardíaco não se regenera; 
2. Musculo esquelético tem pequena 
capacidade de reconstituição, embora os núcleos 
não se dividam  células satélites (mioblastos 
inativos), são responsáveis pela regeneração (estão 
localizadas paralelamente às fibras musculares, dentro 
da lâmina basal). 
3. Musculo liso é dotado de reposta regenerativa 
completa – único músculo que se regenera por 
mitose. 
 
 
Tecido muscular 
 Grupo heterogêneo de desordens hereditárias 
do tecido muscular, levando a fraqueza muscular 
progressiva e a destruição muscular. É uma condição 
hereditária, ligada ao cromossomo X, causa lesões 
progressivas das fibras musculares, e frequentemente, 
leva à morte prematura. Anormalidade no gene que 
codifica a proteína distrofina, pouca ou nenhuma 
distrofina nas amostras de biopsia muscular, essaproteína ajuda a organizar os sarcômeros. As fibras 
musculares sofrem degeneração e são substituídas 
completamente por tecido adiposo e conjuntivo. 
 
 Músculo esquelético que está sendo afetado. 
Quando está afetado, aumento do tecido conjuntivo 
(endomísio), rompimento das células, diminuição e 
aumento das células, fibrose do perimísio. 
 
 
Introdução 
 É uma forma especializada de tecido 
conjuntivo de consistência rígida. Com as seguintes 
funções – (1) Suporte de tecidos moles, (2) Reveste 
superfície articulares, onde absorve choques; (3) 
Facilita o deslizamento dos ossos nas articulações; (4) 
Auxilia a formação e o crescimento de ossos longos 
antes e após o nascimento. 
Aula 02 - Histologia 3º período - Farmácia 
 
5 
 
 
 As funções do tecido cartilaginoso dependem 
principalmente da estrutura da matriz (constituída por 
colágeno ou colágeno + elastina), em associação com 
macromoléculas de proteoglicanos, ácidos 
hialurônicos e diversas glicoproteínas. 
 Não contém vasos sanguíneos 
(avascularizado) – nutrido pelos capilares do 
conjuntivo envolvente (pericôndrio). Obs: nem todas 
as cartilagens possuem pericôndrio. 
 Baixa capacidade de regeneração e 
metabolismo das células – lesões afetam esse tecido 
são muito preocupantes, pois a sua cicatrização é 
demorada. 
 As cartilagens que revestem a superfície dos 
ossos nas articulações móveis recebem nutrientes 
do líquido sinovial das cavidades articulares. 
 As cartilagens se diferencial em três tipos – 
cartilagem hialina, cartilagem elástica e cartilagem 
fibrosa. Presentes em locais específicos, e possuem 
diferenças de matriz. 
 
Cartilagem hialina 
 Mais frequente encontrado no corpo. Sua 
matriz contém fibrilas de colágeno tipo II. 
Característica branco-azulada e translúcida (a 
fresco/olho nu). 
 Compõem o disco epifisário – cartilagem 
hialina entre a epífise e diáfise dos ossos (crescimento 
do osso). 
 Forma o primeiro esqueleto do embrião, e no 
adulto é encontrada na parede das fossas nasais, 
traqueia e brônquios, na extremidade ventral das 
costelas e recobrindo as superfícies articulares dos 
ossos longos. 
 Matriz – fibrilas de colágeno tipo II 
associadas a ácido hialurônico, proteoglicanos e 
glicoproteínas. 
 Pericôndrio – formado na sua maior parte por 
tecido conjuntivo denso não modelado; fonte de 
novos condroblastos (células jovens); funções: 
nutrição, oxigenação e eliminação dos rejeitos 
metabólicos da cartilagem. Ele fica na periferia. 
 
 Condrócitos – células secretoras de colágeno, 
proteoglicanos e glicoproteínas (forma os 
componentes da MEC). Forma mais alongada 
(periferia) e forma mais arredondadas (interna). 
Formam grupos de até 8 células – grupos isógenos. 
São células maduras. O condroblasto é a célula que 
vem antes do condrócito. 
 
 Crescimento – o crescimento da cartilagem se 
deve a dois processos: (1) Crescimento intersticial – 
divisão mitótica dos condrócitos (ocorre em menor 
frequência); (2) Crescimento aposicional – a partir 
das células do pericôndrio (ocorre em maior 
frequência). 
 
 
Cartilagem elástica 
 Encontrado no pavilhão auditivo, no conduto 
auditivo externo, na tuba auditiva, na epiglote e na 
cartilagem cuneiforme da laringe. Bem semelhante à 
cartilagem hialina, mas apresenta uma abundante 
rede de fibrilas elásticas, contínuas com as do 
pericôndrio. Cor amarelada (a fresco). Apresenta 
Aula 02 - Histologia 3º período - Farmácia 
 
6 
 
pericôndrio e cresce por aposição (a partir do 
pericôndrio). 
 
Cartilagem fibrosa 
 Tecido com características intermediárias entre 
o conjuntivo denso e a cartilagem hialina. Encontrada 
nos discos intervertebrais, nos locais onde alguns 
tendões e ligamentos se inserem nos ossos e na 
sínfise púbica. 
 Condrócitos organizados em fileiras 
alongadas. 
 A matriz contém grande quantidade de fibras 
colágenas (tipo I). 
 Não existe pericôndrio. Ou seja, o 
crescimento é intersticial. 
 
 Discos intervertebrais 
 Formado por dois componentes – anel fibroso 
e núcleo pulposo. 
 Anel fibroso contém uma porção periférica de 
TC denso e cartilagem fibrosa em sua maior parte; 
 Núcleo pulposo está localizado na parte central 
do anel fibroso, formado por células arredondadas, 
disperso em um líquido rico em ácido hialurônico e 
colágeno tipo II; 
 Substituição do núcleo pulposo por 
fibrocartilagem com o passar da idade; 
 Funcionam como coxins lubrificantes, 
prevenindo o desgaste das vértebras e protegendo 
contra impactos. 
 
 
Tecido ósseo 
 Tecido conjuntivo especializado – 
componente principal do esqueleto; suporte para 
tecidos moles; protege a medula óssea (formação das 
células do sangue) e apoio aos músculos esqueléticos. 
A medula óssea (órgão hematopoiético), quando 
nascemos todos nossos ossos possuem medula óssea, 
quando adultos, é encontrada em órgãos específicos. 
 
 
 
Características gerais 
 Matriz extracelular calcificada, chamada de 
matriz óssea. 
 Não existe difusão de substâncias dessa 
matriz, e sua nutrição depende de canalículos 
existentes na matriz, capaz de trocar moléculas e 
íons entre capilares sanguíneos e algumas células 
ósseas. 
 Tecido = células + matriz óssea 
 Componentes da matriz óssea é dividido em 
componentes inorgânicos (65%) e componentes 
orgânicos (35%). Os componentes inorgânicos são 
minerais – cálcio (fosfato de cálcio  forma de 
cristais de hidroxiapatita), fósforo, sódio, potássio, 
magnésio e bicarbonato, esses minerais conferem a 
matriz óssea rigidez. Os componentes orgânicos são 
formados por colágeno tipo I, proteoglicanos e 
glicoproteínas que garantem que o osso seja também 
um pouco maleável e isso traz para o osso 
resistência. 
 
 
Células do tecido ósseo 
 
 Os osteoclastos tem origem histológica que é 
a mesma dos macrófagos, diferente das anteriores. 
 Células osteogênicas ou osteoprogenitoras 
são originadas de células mesenquimais 
embrionárias. São células imaturas e 
indiferenciadas, e podem se diferenciar em 
osteoclastos quando há necessidade. São 
consideradas células tipo de células-tronco. 
Aula 02 - Histologia 3º período - Farmácia 
 
7 
 
 
 Osteoblastos (bota o osso) são células jovens 
localizadas no revestimento de superfície ósseas 
externas e internas, com formato cuboides (quando 
em atividade) / achatadas. São situadas sempre na 
superfície óssea, sintetizam a região orgânica da 
MEC e participam da mineralização da matriz. 
São encontrados em ossos em formação, no processo 
de crescimento ósseo ou na regeneração óssea. 
Também são responsáveis pela formação do 
osteoide (matriz recém-formada ou neoformada). 
 
 Osteócitos são osteoblastos amadurecidos, 
envolvidos pela matriz óssea. Se apresentam em 
lacunas dentro da matriz, possuem menor atividade 
sintética (produção de matriz), porém são 
importantes para a manutenção da matriz. De suas 
lacunas é que partem os canalículos que levam 
moléculas e íons de um osteócito para o outro, através 
de junções comunicantes. Encontrados em ossos já 
formados. 
 Osteoclastos (come as células), são células 
gigantes, móveis e multinucleadas, que realizam a 
reabsorção da matriz óssea. Seu papel importante no 
processo de remodelação óssea, destruindo áreas 
lesadas ou envelhecidas da matriz. 
“Desmineralizam” o osso através de fagocitose. 
 
Membranas do tecido ósseo 
 As superfícies internas e externas dos ossos 
são recobertas por células osteogênicas e tecido 
conjuntivo, que constituem o endósteo e o periósteo: 
 Periósteo → membrana fibrosa que reveste a 
parte externa do osso (tecido conjuntivo). Possuem as 
fibras de Sharpey, que são feixes de fibras colágenas 
que penetram no osso, prendendo o periósteo ao osso. 
 Endósteo → reveste a superfície interna do 
osso, nas cavidades medulares e do osso esponjoso, 
associado às células osteogênicas. 
 Possuemcomo função: (1) nutrição do tecido 
ósseo; (2) Fornecimento de novos osteoblastos para 
crescimento e reparação dos ossos. 
 
 
Tipos de tecido ósseo 
 Histológicamente existem dois tipos de tecido 
ósseo, que possuem as mesmas células e os mesmos 
constituintes da matriz: 
1. Tecido ósseo primário ou imaturo – aparece 
primeiro (desenvolvimento embrionário e na 
reparação de fratura); tecido temporário, que será 
substituído; fibras colágenas dispostas 
irregularmente, sem orientação definida; possui 
menor quantidade de minerais, e maior 
quantidade de osteócitos do que o secundário; 
pouco encontrado no adulto (sendo encontrado 
basicamente nas: suturas dos ossos craniais, alvéolos 
dentários, inserção de tendões). 
2. Tecido ósseo secundário ou maduro – muito 
encontrado no adulto, no compacto; fibras colágenas 
organizadas em lamelas paralelas umas às outras ou 
em camadas concêntricas em torno de canais com 
vasos, formando o sistema de Havers/ósteons; entre 
as lamelas podem surgir lacunas com os osteócitos. 
 
 Canas de Volkmann – canais transversais ou 
oblíquos que fazem a comunicação entre os canais de 
Aula 02 - Histologia 3º período - Farmácia 
 
8 
 
Havers. Diferenciam-se por não apresentarem lamelas 
concêntricas. 
 
Ossificação 
 Formação do tecido ósseo 
 Ossificação intramembranosa → ocorre no 
interior de uma membrana conjuntiva. Ocorre em 
ossos específicos. 
 Ossificação endocondral → se inicia sobre 
um molde de cartilagem hialina. Ocorre em maior 
quantidade, ou seja, é mais comum. 
 Em ambas as ossificações o primeiro tecido 
formado é o tipo primário, que em seguida é 
substituído pelo secundário. 
 
Ossificação intramembranosa 
 Ocorre no interior de tecidos conjuntivos. 
 Forma os ossos frontal, parietal, occipital, 
temporal, maxilares superior e inferior. 
 Contribui para o crescimento dos ossos 
curtos e aumento em espessura dos ossos longos. 
 Inicia-se em um centro de ossificação primária 
 
 
Ossificação endocondral 
 Inicia sobre uma peça de cartilagem hialina, 
de forma parecida a do osso que irá ser formado, 
porém em tamanho menor. Principal tipo de 
formação de ossos curtos e longos. 
 
 Ossificação de um osso longo – inicialmente 
ocorre à ossificação intramembranosa do 
pericôndrio na cartilagem hialina, formando um 
cilindro (colar ósseo). Ao mesmo tempo, as células 
cartilaginosas hipertrofiam, mineralizam 
(deposição de fosfato de cálcio), aumentam de 
volume e morrem por apoptose. Vasos sanguíneos 
do periósteo atravessam o cilindro e penetram na 
cartilagem calcificada, levando células osteogênicas. 
As células osteogênicas formam novos osteoblastos, 
que formam camadas contínuas e sintetizam matriz 
óssea, que em seguida é mineralizada → formação 
do tecido ósseo primário (centro primário de 
ossificação). 
 
 Ossificação de um osso longo – à medida que 
o centro primário vai se desenvolvendo em 
crescimento longitudinal, os osteoclastos vão 
surgindo e realizando a absorção do tecido ósseo 
formado no centro da cartilagem, é assim que se 
forma o canal medular. As células sanguíneas 
(originadas de células-tronco) dão origem à medula 
óssea, que irá produzir todos os tipos de célula do 
sangue. 
 Ossificação de um osso longo – formação dos 
centros secundários de ossificação em cada epífise 
(crescimento radial). Redução do tecido 
cartilaginoso – cartilagem articular (persiste por 
toda vida); cartilagem de conjugação (disco 
epifisário), responsável pelo crescimento 
longitudinal do osso de agora em diante, que 
desaparece aproximadamente a partir dos 20 anos 
de idade. 
 
 
Aula 02 - Histologia 3º período - Farmácia 
 
9 
 
 
 
Reparação óssea 
 No local da fratura ocorre hemorragia pela 
lesão dos vasos sanguíneos, destruição da matriz e 
morte das células. Macrófagos eliminam o coágulo 
sanguíneo e os restos de células e matriz. 
 Periósteo e endósteo formam um tecido rico 
em células osteogênicas, formando um colar 
conjuntivo em torno da fratura. 
 Surge tecido ósseo primário pelos processos de 
ossificação 
 Formação do calo ósseo que envolve 
extremidade dos ossos fraturados (constituído de 
tecido prematuro). 
 
 As trações e pressões exercidas sobre o osso 
durante a reparação da fratura, e após o retorno do 
paciente a suas atividades normais, causam a 
remodelação (presença de osteoblastos e osteoclastos) 
do calo ósseo e completa substituição por tecido ósseo 
secundário. 
 Não há formação de cicatriz 
 
 
 
Histologia aplicada 
 Osteoporose – doença caracterizada por ossos 
porosos e massa óssea reduzida. Ossos menos 
resistentes. As concentrações de Ca
2+ 
na matriz 
geralmente são normais, porém há um desequilíbrio 
na remodelação dos ossos, com predominância da 
reabsorção sobre a neoformação. Mais comum – 
osteoporose senil e a pós-menopausa. 
 Idosos – osteoblastos apresentam potencial 
proliferativo e biossintético reduzido em comparação 
com osteoblastos de pessoas jovens 
 Pós-menopausa – reduções do estrógeno 
resultam na secreção aumentada de citocinas 
inflamatórias, que estimulam a atividade excessiva 
dos osteoclastos. 
 
Raquitismo e osteomalácia 
 Deficiência de cálcio ou falta de vitamina D 
 Raquitismo se refere a um distúrbio infantil 
no qual o crescimento ósseo desorganizado produz 
deformidades esqueléticas. Ossos não se calcificam 
normalmente e as extremidades dos ossos longos se 
deformam. 
 Osteomalácia se refere à desordem no adulto, 
quando o osso que se forma durante o processo de 
remodelagem sobre descalcificação parcial da matriz, 
com consequente fragilidade óssea.

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