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AULA 03 - 9 P - BALANÇO HIDROELETROLÍTICO E TRATAMENTO DIALÍTICOS NA UTI 2023-01

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BALANÇO HIDROELETROLÍTICO E TRATAMENTOS DISLÍTICOS NA UTI
MARIA APARECIDA MARTINS CANGUSSÚ DA SILVA
UNEC/NANUQUE/2023-01
17/04/2023
17/04/2023
Maria Aparecida Martins Cangussú da Silva 
UNEC/Nanuque/2023-01
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BALANÇO HÍDRICO
O RESULTADO DA DIFERENÇA ENTRE A INGESTÃO E A EXCREÇÃO DA ÁGUA EM NOSSO ORGANISMO É CHAMADO DE BALANÇO HÍDRICO.
Nos pacientes críticos, o balanço hídrico é fundamental para rotinas da enfermagem em UTI.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA RENAL - RINS
São um par de estruturas vermelho acastanhadas em formato de feijão.
Estão localizados no retroperitônio (atrás e fora da cavidade peritoneal), na parede posterior do abdome.
O rim direito é menor que o esquerdo devido à localização do fígado.
A glândula supra-renal localiza-se no ápice de cada rim.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA RENAL - RINS
O parênquima renal é dividido em duas partes: o córtex e a medula.
A medula é a parte interna do rim. Ela contém as alças de Henle, os vasos, os ductos coletores, as pirâmides renais, cálices e pelve renal.
O córtex, por sua vez, localiza-se mais afastado do centro do rim, contendo os néfrons (unidades funcionais do rim).
A pelve renal é composta pela artéria renal, veia renal e ureteres.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA RENAL - RINS
Os rins recebem 20 a 25% do débito cardíaco total, significando que todo o sangue do organismo circula através dos rins aproximadamente 12 vezes por hora.
A artéria renal origina-se da aorta abdominal, que se divide em vasos cada vez menores, formando as arteríolas aferentes ramificando-se em glomérulo.
O glomérulo é o responsável pela filtração glomerular.
FUNÇÕES DOS RINS
Formação de urina.
Excreção dos produtos residuais.
Regulação dos eletrólitos.
Regulação do equilíbrio ácido básico.
Controle do balanço hídrico.
Controle da pressão arterial.
Regulação da produção de eritrócitos.
Síntese da vitamina D.
Secreção de prostaglandinas.
Regula o equilíbrio de cálcio e fósforo.
Ativa o hormônio do crescimento.
URETERES, BEXIGA E URETRA
Ureteres são longos tubos fibromusculares que conectam cada rim à bexiga. 
Medem, aproximadamente, 24 a 30 cm de comprimento.
A urina formada nos rins, através dos néfrons, flui para dentro da pelve renal e, em seguida, para dentro dos ureteres.
URETERES, BEXIGA E URETRA
A bexiga é um saco muscular e oco.
Sua capacidade é de aproximadamente 300 a 500ml de urina.
A uretra origina-se na base da bexiga. No homem, ela atravessa o pênis; na mulher ela desemboca anterior à vagina.
Funcionamento renal
O plasma é filtrado pelo glomérulo formando o filtrado glomerular.
O filtrado glomerular é o conteúdo plasmático sem as proteínas. 20% do plasma é filtrado pelo glomérulo por vez.
Muitas substâncias filtradas podem ser reabsorvidas pelos túbulos.
Muitas substâncias não filtradas completamente podem ser secretadas através túbulos.
As células tubulares podem secretar elas próprias substâncias.
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Funcionamento renal
FISIOLOGIA RENAL
Glomérulo / Cápsula de Bowman (corpúsculo renal)
 O rim recebe 20% do sangue impulsionado pelo coração
 20% do plasma é filtrado para os túbulos renais = 125 mL/min ou 180 L/dia
 Urina formada = 1,5 L/dia (cerca de 1 mL/min), então a maioria é reabsorvida de volta para os túbulos.
 PROTEINAS NÃO são filtradas PROTEINAS NÃO são filtradas
20% - proteínas de baixo peso molecular (imunoglobulinas)
40% - outras proteínas (albumina)
40% - mucoproteínas sintetizadas nos túbulos (Tamm Horsfall)
 Factor limitante da filtração: tamanho e carga negativa...........
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PATOLOGIAS QUE NECESSITAM DE BALANÇO HÍDRICO RIGOROSO
São muitas, porém a insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e a insuficiência renal aguda são as campeãs.
Controlar volemia do paciente mediante inserção de dados no prontuário do paciente.
Os responsáveis para esse controle de volemia serão os componentes da equipe de enfermagem.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES RENAIS
Monitorização de débito urinário em clientes graves (detecção precoce da IRA)
Prevenção de infecções (septicemia)
Cuidado meticuloso aos clientes com sonda vesical de demora ( infecção ascendente)
Prevenção de reações transfusionais (sangue certo, paciente certo).
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CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES RENAIS
Hidratação adequada antes, durante e após a insuficiência renal.
Evitar a exposição às nefrotoxinas.
Prevenção e tratamento de choque.
Prevenção de períodos prolongados de hipotensão.
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BALANÇO HÍDRICO
Somatória de todos os líquidos ingeridos ( água, dietas, etc) subtração de todos os líquidos drenados (diurese, vômitos, etc) . Resultado positivo: eliminando menos do que a ingestão, e o negativo o contrário.
 balanço hídrico total: nas 24 horas.
O cálculo final será de responsabilidade do enfermeiro do setor.
O balanço final irá demonstrar se o paciente está perdendo ou retendo líquido.
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TRATAMENTO DIALÍTICO
Diálise é o nome genérico que se dá a qualquer procedimento que promova a remoção das substâncias tóxicas que ficam retidas quando os rins deixam de funcionar adequadamente. 
De uma maneira muito simplificada seria a filtragem do sangue. 
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TRATAMENTO DIALÍTICO
Ela tem como princípio a retirada de líquido e toxinas como ureia e creatinina do paciente com insuficiência renal, além de poder corrigir distúrbios no pH, no sódio e no potássio sanguíneos, entre outros.
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TRATAMENTO DIALÍTICO
A diálise não tem como objetivo tratar a doença renal, mas sim substituir os rins que estão com seu funcionamento prejudicado. 
Ela é indicada para pacientes que apresentam deficiência no funcionamento de seus rins. 
Habitualmente, os dois rins juntos apresentam menos do que 10% de sua capacidade funcional quando se indica o início do tratamento dialítico.
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TRATAMENTO DIALÍTICO
Hemodiálise - Uso de um equipamento específico que filtra o sangue diretamente e o devolve ao corpo do paciente com menos impurezas.
Diálise peritoneal - Uso de equipamento específico que infunde e drena uma solução especial diretamente no abdômen do paciente, sem contato direto com o sangue.
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TRATAMENTO DIALÍTICO - DIÁLISE
A diálise não é necessariamente para toda a vida. 
A melhor opção de terapia de substituição renal é, sem dúvida, o transplante renal. 
Essa modalidade está claramente associada à melhor qualidade de vida e sobrevida. 
Há pacientes que apresentam doença renal tratável e reversível, e que são submetidos à diálise somente enquanto os rins estão comprometidos. 
Na medida em que os rins se recuperam, o tratamento pode ser interrompido.
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TRATAMENTO DIALÍTICO - DIÁLISE
No caso da diálise peritoneal, há alguns tipos distintos, mas a mais difundida chama-se DPA, e é realizada no próprio domicílio do paciente com o auxílio de um equipamento portátil. 
A DPA tem duração média de nove horas e pode ser realizada enquanto o paciente dorme todas as noites (sete vezes por semana).
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TRATAMENTO DIALÍTICO
MÉTODOS DIALÍTICOS:
Diálise peritoneal
Diálise peritoneal intermitente
Diálise peritoneal ambulatorial contínua (DPAC) - EXTRAHOSPITALAR
Diálise peritoneal contínua assistida com cicladora
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TRATAMENTO DIALÍTICO – diálise peritonial
Nessa terapia ocorre o revestimento do abdômen, ou seja a membrana peritoneal é o local onde se filtra o sangue retirando o excesso de sódio, potássio, ureia, entre outras.
Solução hipertônica entra no abdômen para que as substancias tóxicas entrem por osmose para essa solução hipertônica (ou de diálise). 
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TRATAMENTO DIALÍTICO – diálise peritonial
Ciclos de 03 fases
Infusão de solução – na cavidade abdominal – com altas concentrações de glicose.
Permanência da solução na cavidade abdominal – pode ser variável, dependendo das condições do paciente.
Drenagem da solução – para remoção das toxicinas e do excesso de agua.
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TRATAMENTO DIALÍTICO – diálise peritoneal intermitente
 
Nessa terapia ocorre a remoção efetiva dos volumes de líquidos e de solutos com menor instabilidade hemodinâmica apresentada pelo paciente. 
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TRATAMENTO DIALÍTICO – Diálise peritoneal contínua assistida com cicladoraNesse tipo de terapia o paciente é ligado a uma máquina que realiza todas as atividades de infusão, permanência e drenagem.
 
Feita no período noturno por ter longa duração de até 10 horas contínuas.
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TRATAMENTO DIALÍTICO – Hemodiálise
 
Quando os rins deixam de funcionar, a hemodiálise surge como uma opção de tratamento que permite remover as toxinas e o excesso de água do seu organismo. 
Nesta técnica depurativa, uma membrana artificial é o elemento principal de um dispositivo designado dialisador, comumente conhecido por “rim artificial”.
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TRATAMENTO DIALÍTICO – Hemodiálise
 
Monitor de hemodiálise – bombeia o sangue: 
O monitor transporta o sangue, com segurança, desde o doente para o dialisador (filtro) e deste para o doente. 
O monitor mistura e aquece o dialisante, fornece-o corretamente ao dialisador, mede e regula o líquido a remover ao doente através do dialisador durante a diálise. 
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TRATAMENTO DIALÍTICO – Hemodiálise
 
ACESSO VASCULAR PARA HEMODIÁLISE
A sua qualidade de vida depende da qualidade e quantidade de diálise, que, por sua vez, depende do seu acesso vascular. 
Para realizar hemodiálise é necessário criar um acesso vascular, que permita que o seu sangue chegue ao dialisador e retorne para o seu organismo.
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TRATAMENTO DIALÍTICO – Hemodiálise
 Existem três tipos de acessos possíveis:
Fístula artério ven​osa (FAV)
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TRATAMENTO DIALÍTICO – Hemodiálise
 Existem três tipos de acessos possíveis:
Prótese (PAV)
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TRATAMENTO DIALÍTICO – Hemodiálise
 Existem três tipos de acessos possíveis:
Cateter Venoso Central para hemodiálise (CVC)
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TRATAMENTO DIALÍTICO – Hemodiálise
 
Complicações:
hipotensão.
Arritmias
Síndrome de desequilíbrio
Convulsões
Dificuldades respiratórias.
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