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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA ESTUDOS CULTURAIS EM EDUCAÇÃO Rosana Dos Santos e Santos 04054732 Pedagogia A discussão sobre a educação intercultural é uma necessidade para a sociedade que, cada vez mais, traz à tona seu caráter multicultural e onde “diferentes grupos socioculturais conquistam maior presença nos cenários públicos” (CANDAU, 2011, P. 241), incluindo aí a escola. Nas escolas contemporâneas, já estão presentes discussões sobre questões étnicas, raciais, de gênero etc., mas, ainda, de forma incipiente e não suficiente para evitar tensões e conflitos. Trata-se de questão complexa que afeta o cotidiano das escolas e o trabalho dos professores. Para lidar com a interculturalidade na pratica pedagógica, os docentes devem estar abertos ao dialogo e à escuta ativa, buscando compreender as diferenças perspectivas e experiencias culturais de seus alunos. É importante que o docente tenha um conhecimento prévio sobre as culturas presentes em sua sala de aula, mas também é importante que ele esteja disposto a aprender com seus alunos e a incorporar suas perspectivas no processo de ensino-aprendizagem. Além disso, os docentes devem evitar praticas que possam reforçar estereótipos ou discriminações culturais, buscando sempre uma abordagem critica e reflexiva sobre a diversidade cultural. Eles também podem incorporar atividades e materiais que valorizem as diferentes culturas presentes na sala de aula, promovendo a aprendizagem intercultural e o respeito às diferenças. A doutrinação é um movimento que vai na contramão dos princípios da educação intercultural, pois ela busca impor uma visão de mundo única e homogênea, sem levar em consideração a diversidade cultural presente no ambiente escolar. Enquanto a educação intercultural busca valorizar e respeitar as diferentes culturas presentes na sala de aula, a doutrinação tenta suprir qualquer divergência em relação àquilo que é considerado “certo” ou “verdadeiro”. A doutrinação pode ocorrer de diversas formas no ambiente escolar. Por exemplo, quando um professor impõe uma visão politica ou religiosa aos alunos, sem permitir que eles tenham contato com outras perspectivas e pontos de vista, isso pode gerar uma cultura de intolerância e exclusão, pois aqueles que pensam diferentes podem ser excluídos ou discriminados dentro da sala de aula. Outro exemplo, quando professores de sociologia debatem as revoluções europeias, o iluminismo, o marxismo e o liberalismo, explicando a seu modo o que cada corrente de pensamento propunha ou defende, ele está apresentando o estado da arte do seu conteúdo. Isso será feito sempre de forma diversa, conforme a postura, a formação e a personalidade do professor. Porem, o simples fato de debater ou opinar sobre esses temas parece ser considerado doutrinação. “ah, mas o professor pode ser tendencioso”. Há por essa afirmação um anseio ingênuo de que é possível uma neutralização técnica e política na educação. Referências: https://www.scielo.br https://medium.com