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Violência Contra a Mulher - Póliticas de Atenção a Saúde da Mulher

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Professora:
Ruthe Éllen
Violência Contra a Mulher 
Políticas de Atenção a Saúde da Mulher 
Violência
 “O uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra
outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande
possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou 
 privação”. 
Relatório Mundial sobre Violência e Saúde – OMS, 2002 
 Violência
 •A violência é um grave problema de saúde que exige um trabalho em rede, integral e
intersetorial; 
•A construção de redes pressupõe que as decisões sejam adotadas de forma horizontal. 
Violência 
É preciso ter em mente que a violência possui algumas características como: 
 A) é um fato humano e social;
 B) é histórica; 
C) abrange todas as classes e segmentos sociais; 
D) está dentro de cada um de nós. 
Violência Contra a Mulher
 Refere-se a qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento
físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como privada. Dessa forma, a
violência contra as mulheres é uma manifestação da relação de poder historicamente desigual
entre homens e mulheres. 
 “...causa enorme sofrimento; deixa marcas nas famílias, afetando as várias gerações e
empobrece as comunidades. Impede que as mulheres realizem as suas potencialidades, limita o
crescimento econômico e compromete o desenvolvimento”. 
(Kofi Annan, Secretário-Geral da ONU)
Problema pessoal? 
Muitos profissionais acreditam que a
violência doméstica é um problema pessoal
e privado e , por isso, eles não têm o direito
de intrometer-se nesse tipo de assunto, já
que é um problema social ou legal, mas não
um problema de Saúde Pública. Pensam,
também, que as mulheres gostam de
apanhar, senão não ficariam com o agressor.
 - As percepções descritas acima são
todas equivocadas, o que contribui para a
perpetuação da violência contra a
mulher, uma vez que o profissional perde
a oportunidade de realizar uma
intervenção qualificada
 “Em briga de marido e mulher não se mete a colher.” 
 “Tapinha de amor não dói.”
Violência como problema de Saúde Pública
 É preciso deixar claro para a comunidade que esta é uma demanda também da Unidade de
Saúde; Como fazer isto:
 -Não fechar os olhos;
 -Instrumentalizar-se;
 -Utilizar recursos: vídeos, cartazes, folders, mural, campanhas, enquetes, trabalhar em grupos já
existentes, montar novos grupos; 
-Saber que as demandas vão extrapolar a área da saúde;
 -Conhecer as REAIS atribuições da Rede. 
Conduta
 Profissional atua no sentido de: 
•Escutar calmamente a história e suas expectativas em relação à assistência;
 •Verificar a presença de alguém que possa coibir o relato; 
•Evitar julgamentos; 
•Buscar entender o problema, a origem do sofrimento e as dificuldades que tem para sair da
dinâmica abusiva;
 •Não ter postura investigativa/ policialesca; 
•Não fazer questionamentos pra satisfazer sua curiosidade, ou seja, direcionar as perguntas para
fatos relevantes que elucidarão o caso e auxiliarão na tomada de decisão:
 -de conduta da equipe;
 -de encaminhamentos à rede intersetorial; 
-da usuária. 
Conduta 
 •Evitar prescrições de comportamento baseado em “achismo”, conceitos particulares, para tanto,
manter amparo em protocolos clínicos, legislação vigente, normativas; 
•Empatia X Resiliência;
 •Mapear conjuntamente a rede de suporte social que ela já tem ou pode acionar, como seu
trabalho, amigos, família, recursos materiais. 
Será que as violências têm uma causa, uma justificativa,
uma explicação? 
Violência Contra a Mulher : Reflexões 
•Repetição de comportamentos: tutela; 
•Perda de liberdade; 
•Por vezes não há percepção da violência, camuflada
por “cuidado”, “amor”; 
•Tem esperança de que o companheiro mude;
 •Há manutenção de vínculos (ex.: prontuário família,
telefones de recado...); 
•Dificuldade de sair de casa; 
•Não tem clareza quanto ao seguimento. 
Acolhimento 
Acolhimento 
•Oferecer atendimento humanizado.
 •Tratar a mulher como gostaria de ser tratado. 
•Tratar a usuária com respeito e atenção.
 •Disponibilizar tempo para uma conversa tranquila.
 •Manter sigilo das informações. 
•Proporcionar privacidade. 
•Colocar-se no lugar da pessoa. 
•Notificar o caso. 
•Evitar a revitimização. 
•Afastar culpas. 
•Validar sofrimento. 
•Transtornos crônicos, vagos e repetitivos.
 •Entrada tardia no pré-natal. 
•Companheiro muito controlador; reage quando separado da mulher. 
•Infecção urinária de repetição (sem causa secundária).
 •Dor pélvica crônica. 
•Síndrome do intestino irritável.
 •Transtornos na sexualidade. 
•Complicações em gestações anteriores, abortos de repetição. 
•Depressão. 
•Ansiedade.
 •Dor crônica em qualquer parte do corpo ou mesmo sem localização precisa.
 •Dor que não tem nome ou lugar. 
•História de tentativa de suicídio. 
•Lesões físicas que não se explicam de forma adequada. 
•Fibromialgia.
Possíveis Indicadores de Violência Contra a Mulher 
•Bom relacionamento familiar e fortes vínculos afetivos;
 •Apoio e suporte social de pessoas e instituições; 
•Atitude de buscar ajuda de outras pessoas ou profissionais;
 •Perseverança para enfrentar obstáculos; 
•Autoestima elevada; 
•Capacidade de sustentar a si mesmo e à sua família; 
•Relações de trabalho harmoniosas; 
•Consciência de direitos. 
•Isolamento social; 
•Ausência de rede de serviços de saúde e proteção
social bem estruturada e integrada;
 •Ausência da consciência de direitos;
 •Histórico de violência familiar; 
•Transtornos mentais; 
•Uso abusivo de substâncias psicoativas; 
•Dependência afetiva e econômica; 
•Presença de padrões de comportamento muito
rígidos; 
•Exclusão do mercado de trabalho; •Vulnerabilidades
relacionadas a faixas etárias, raça/etnia e
escolaridade. 
Procedimentos em caso de Suspeita de Violência
Contra a Mulher
 Profissional atua no sentido de: 
•mapear potenciais riscos que a mulher pode correr e avaliar junto com a mulher os riscos,
tentativas anteriores e formas de prevenção;
•partindo das questões trazidas pelas mulheres em atendimento, informar que a violência é uma
situação de alta ocorrência, tem caráter social e está associada às desigualdades de direitos
entre o homem e a mulher; 
•discutir os planos da mulher para a vida dela, buscando encontrar alternativas à situação atual.

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