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Semiologia do Sistema Locomotor

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♯ Exame físico 
1. Inspeção 
a. Em apresentação anterior 
↬ Resgatar a informação de score 
corporal do animal. 
↬ Avaliar a presença de alterações 
posturais na coluna. 
↬ Em apresentação anterior ao animal, 
inspecionar a integridade e desvios 
angulares dos membros torácicos, 
iniciando-se na cernelha, passando pela 
escápula, articulação escapuloumeral, 
úmero, rádio, articulação radioumeral, 
articulação radiocarpiana, carpo, 
articulações carpofalangianas, casco e 
unhas. Se atentar ao volume das 
articulações. 
↬ Avaliar a integridade dos cascos e 
unhas, buscando fraturas, fissuras, má-
formações, etc. 
b. Em apresentação lateral 
↬ Realizar novamente a inspeção, se 
atentando a desvios flexurais. 
↬ Se atentar ao ângulo formado pela 
pinça das unhas. Pode-se medir com um 
aparelho específico, sendo que a 
angulação normal é de aproximadamente 
45º. Se a angulação for superior a esse 
valor, a unha está pequena, e se for 
inferior, a unha está grande. 
 
OBS.: Anatomia das unhas 
✦ Nos bovinos, a unha medial do membro 
torácico deve ser discretamente maior que a 
unha lateral, pois os animais exercem a rotação 
do membro sobre as unhas laterais. 
 
c. Em apresentação posterior 
↬ Realizar novamente inspeção 
avaliando os mesmos parâmetros, se 
atentando aos dedos vestigiais, ao 
espaço interdigital e aos talões. 
2. Palpação 
↬ Realizar a palpação com os dedos das 
mãos esticados, pressionando o membro 
com ambas as mãos. Nas articulações, 
realizar uma força mais intensa, avaliando 
temperatura, sensibilidade e mobilidade, 
além de se atentar à presença de 
fragmentos ósseos, edema, gás, etc. 
Região coronária 
Talões 
Unha medial 
Unha lateral 
OBS.: Palpar sempre a face extensora 
(cranial) e a face flexora (caudal). 
OBS.: não se esquecer de, nos dígitos, 
palpar a região coronária e interdigital, 
além dos bulbos e a temperatura das 
unhas. 
3. Teste de abdução da articulação 
escapuloumeral 
↬ Posicionar a “bunda” da palma da mão 
na crista da escápula e a outra na 
articulação escapuloumeral, “puxando-a” 
para fora. 
4. Teste de abdução de cotovelo e adução 
da articulação escapuloumeral 
↬ Checar se o membro está apoiado no 
chão, “puxar” a articulação do cotovelo 
enquanto “empurra” a articulação 
escapuloumeral, observando a unha do 
animal girar no chão. 
5. Avaliar as extremidades dos membros 
torácicos 
↬ Apoiar o braço na região escapular do 
animal e apoiar o próprio peso, segurando 
o carpo do paciente para levantar o 
membro. Retirar o corpo da frente do 
membro e segurar com a outra mão, 
realizando a limpeza da sola com a rineta. 
 
↬ Inspecionar o espaço interdigital, a sola 
e a linha branca (junção da sola com a 
muralha). 
↬ Palpação indireta em três posições: 
dorso-sola, medial-lateral e talão-dorso. 
Repetir na unha medial e lateral. 
 
 
 
↬ Percussão: deve-se escutar o som 
maciço metálico em ambos os dígitos, 
sendo que a unha medial possui som mais 
aberto. 
6. Exame dos membros pélvicos 
Os ruminantes não toleram exame dos 
membros pélvicos sem contenção 
adequada e mais restritiva. Portanto, o 
exame mais detalhado deve ser feito 
apenas em causa de suspeita de afecção. 
Caso contrário, se realiza o seguinte 
exame rotineiro: 
OBS.: retirar a peia do animal para essa 
parte do exame. 
 
Palpação dorso-sola 
Palpação medial-lateral 
Palpação talão-dorso 
a. Em apresentação posterior 
↬ Inspeção: avaliar a posição da asa ilíaca, 
atentando-se para a simetria dos 
membros, integridade, volume das 
articulações, espaço interdigital caudal, 
desvios angulares. 
b. Em apresentação lateral 
↬ Inspeção: avaliar a presença de 
desvios flexurais e dígitos. 
OBS.: o ângulo do espaço interdigital 
nos membros pélvicos deve ser de 
35º. 
c. Em apresentação anterior 
↬ Inspeção: realizar novamente a 
inspeção feita em apresentação 
posterior, se atentando ao tamanho 
das unhas: nos membros pélvicos, as 
unhas lateral e medial devem ser do 
mesmo tamanho. 
↬ Percussão: o som deve ser maciço 
metálico. 
d. Em apresentação posterior 
novamente 
↬ Palpação: colocar novamente a peia 
no animal e realizar a palpação de 
todo o membro (avaliar temperatura, 
sensibilidade, mobilidade e presença de 
corpos no subcutâneo). Se deter nas 
articulações. É possível que haja 
ruídos patológicos escutados nesse 
processo. 
7. Teste da articulação femurotibiopatelar 
↬ Posicionar uma das mãos na articulação 
acetabular (quadril) e outra na articulação 
femurotibiopatelar, puxando-a “para 
fora”. A intenção é sentir a cabeça do 
fêmur rotacionando dentro da cavidade 
acetabular. 
8. Adução femurotibiopatelar e abdução do 
jarrete 
↬ “Puxar” o jarrete para fora enquanto 
“empurra” a articulação 
femurotibiopatelar, observando a unha do 
animal arrastar no chão. 
♯ Exame funcional 
1. Caminhada em linha reta 
↬ Inspeção: observa-se o animal indo e 
voltando. 
De frente para o animal: avaliar os 
movimentos de coluna, movimentos da 
asa ilíaca, desvios angulares dos 
membros, posição da cabeça e ocorrência 
de claudicação. 
Em posicionamento lateral: avaliar 
principalmente o alinhamento da coluna, 
buscando relacioná-los ao membro que 
claudica, se houver. 
OBS.: Movimento da asa ilíaca 
Movimentos muito limitados ou muito amplos da 
asa ilíaca ao caminhar significa possibilidade de 
desvios flexurais. 
2. Trote em círculo 
↬ Inspeção: continuar observando o 
alinhamento da coluna e o apoio dos 
membros do animal. 
REPETIR OS TESTES EM PISO MACIO! → 
Exacerba claudicações de elevação. 
 
✦ Afecções comuns em potros neonatos: má 
formação, ossificação incompleta, deformidades 
angulares flexurais, questões mais congênitas em 
geral. 
✦ Afecções comuns em potros em 
desenvolvimento: distúrbios nutricionais, 
exercícios, epifisites, etc. 
✦ Afecções comuns em animais atletas: queda 
de desempenho, claudicações, aumentos de 
volume, animal deitado, perda da postura, etc. 
As principais perguntas do exame do sistema 
locomotor do equino, a serem respondidas a 
partir dos métodos semiológicos de investigação, 
são: 
↳ Qual o membro que claudica? 
↳ Em que porção do membro ocorre a 
claudicação? 
↳ Trata-se de um problema músculo-esquelético, 
neurológico ou misto? 
♯ Exame físico 
1. Inspeção estática 
↬ Avaliar a posição dos membros. Quando 
há dor no membro torácico, é comum que 
ele se apresente adiantado, e no caso do 
pélvico, é comum o desconforto ao pisar. 
↬ Avaliar as linhas de aprumo. Imaginar 
uma linha reta no eixo do membro – 
quanto mais reta ela estiver, mais ela 
deve sair rente à margem caudal do caso 
no membro torácico (um pouco mais 
caudal no membro pélvico). Essa técnica 
avalia possibilidade de lesão, pois a 
aplicação de forças diferentes sobre os 
ligamentos causa injúria. 
↬ Avaliar a posição dos membros 
torácicos, de frente para o animal. Em 
certas patologias e/ou de acordo com o 
desenvolvimento da musculatura peitoral 
é possível que estejam mais abertos, mais 
fechados, etc. 
↬ Avaliar a posição dos membros 
pélvicos, de frente para a porção caudal 
do animal. 
↬ Avaliar a presença de feridas, lesões, 
atrofias musculares, etc. 
↬ Avaliar a muralha e os talões dos 
cascos superficialmente. Se atentar a 
assimetrias e lesões evidentes, pois um 
exame mais profundo será feito em cada 
membro. 
 
2. Avaliação dos casos 
Para avaliar os cascos, é necessário 
levantar o membro do cavalo, 
empurrando-o com o ombro e pinçando o 
músculo flexor. Deve-se então limpar o 
casco de dentro para fora, pois não se 
avalia cascos sujos. 
↬ Inspeção: avaliar todas as estruturas 
anatômicas do casco: muralha, sola, 
talões, de forma mais minuciosa. Se 
atentar à apresentação da ranilha, 
estrutura de extrema importância para o 
auxílio do retorno venoso, precisando 
apresentar base larga. 
 
 ↬ Palpação: se executa com a pinça 
apropriada de palpação de cascos em todas as 
estruturas a seguir: 
• Pinças 
• Ombros 
• Quartos 
• Talões 
• Sulco lateral da ranilha + 
parede medial do casco• Sulco medial da ranilha + 
parede lateral do casco 
• Bulbo dos talões (palpação 
direta com a mão) 
• Coroa (palpação direta com a 
mão) 
• Cartilagem alar (palpação direta 
com a mão). 
 
3. Avaliação dos membros torácicos 
↬ Inspeção 
↬ Palpação: realizada de forma direta, 
individualizando os tendões (pp. flexor 
digital superficial e profundo), avaliando 
calor, sensibilidade dolorosa, etc. 
 
 
4. Avaliação dos membros pélvicos 
Levantar o membro pélvico para avaliação 
no equino pode ser desafiador. Deve-se, 
em apresentação anterior, apoiar a mão 
esquerda sobre o túber coxal e deslizar a 
mão direita sobre a face plantar do 
membro, estimulando sua flexão. Para 
soltar, deve-se voltar o membro para 
flexão. O membro deve ser segurado 
embaixo da massa do corpo do cavalo, e 
os métodos semiológicos são semelhantes 
aos do membro torácico. 
 
5. Inspeção dinâmica 
A inspeção dinâmica consiste na 
observação do animal em movimento. 
Deve-se: 
• Avaliar o cavalo andando em 
superfície dura → exacerba 
claudicações de impacto. 
↬ Postura de cabeça 
↬ Movimento do túber coxal 
↬ Triangulação: fase cranial e 
caudal da passada em relação a 
cada membro. O membro que 
claudica normalmente possui 
triangulação menor. 
• Avaliar o cavalo trotando em 
superfície dura → exacerba queda 
de boleto e claudicação de impacto 
• Avaliar o cavalo rodando em 
superfície dura → desloca o 
centro de gravidade, exacerbando 
a claudicação do lado voltado para 
o centro do círculo. Avaliar o 
animal rodando em ambos os 
sentidos. 
• Avaliar o animal andando em 
superfície macia → exacerba 
claudicações de elevação, como no 
caso da tendinite e desmite. 
• Avaliar o animal trotando em 
superfície macia. 
• Avaliar o animal rodando em 
superfície macia. 
 
6. Testes extras 
a. Flexibilidade 
b. Crepitação 
c. Limitações de movimento 
d. Testes de flexão 
Pinças 
Ombros 
Quartos 
Talões 
Promove-se um estresse articular na 
articulação de interesse por cerca de 
1,5 min, levando o cavalo 
imediatamente ao trote. 
e. Bloqueio anestésico 
Aplica-se um anestésico local em 
pontos anatômicos específicos e 
avalia-se se a claudicação melhora. 
 
 
1. Avaliação da caminhada à distância 
↬ Inspeção: avaliar o animal caminhando 
na ida e na volta, avaliando a presença de 
claudicação e/ou erros de postura. 
 
2. Avaliação em cima da mesa 
a. Em estação 
↬ Inspeção: apoio dos membros, 
posição dos coxins, tração do joelho 
(estimular o animal a sentar e levantar). 
↬ Palpação: se posicionar por trás do 
animal e palpar simultaneamente as 
articulações de cada antímero (esquerdo 
e direito), à procura de assimetrias. 
 
b. Em decúbito lateral 
↬ Palpação: executa-se a palpação de 
todas as articulações, com o cuidado 
de isolá-las para não se confundir 
sobre a origem da dor. O sentido da 
palpação é distoproximal, deixando o 
membro de suspeita por último. 
Palpa-se também a escápula, os 
ligamentos, e o trocânter maior dos 
membros pélvicos. 
 
3. Testes de ruptura do ligamento cruzado 
↬ Teste clássico: pinça-se a patela com o 
indicador e o polegar, e com a outra mão 
rotaciona-se a tíbia, empurrando a patela 
para o mesmo sentido no qual a tíbia está 
sendo rotacionada. 
↬ Teste de gaveta: posiciona-se o dedo 
indicador na crista da tíbia e o polegar 
atrás do platô da tíbia. Com a outra mão, 
posiciona-se o indicador na patela e o 
polegar caudal ao côndilo. Com o joelho 
posicionado em flexão, semiflexão e 
extensão, se empurra a tíbia para a 
direção apontada pela crista. 
 
 
↬ Teste de compressão tibial: posiciona-
se o indicador na crista da tíbia e 
pressioná-la caudalmente, deixando o 
joelho estático e flexionando o calcanhar. 
 
 
4. Testes de luxação de patela 
↬ Teste de luxação de patela: rotacionar 
o membro no sentido medial e empurrar 
a patela no sentido lateral, repetindo nos 
sentidos contrários. 
 
 
5. Testes de displasia coxo-femoral 
↬ Teste de Ortolani: abduz-se o membro 
pélvico o máximo possível, em seguida 
rotacionando-o e estendendo-o. 
↬ Teste de distração (displasia em cães 
jovens): posicionar a mão medial ao osso e 
a outra mão no trocânter maior, 
empurrando o membro para fora.

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