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SIMULADO2 Língua Portuguesa para ENEM 2023

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Prévia do material em texto

401) 
402) 
Língua Portuguesa para ENEM 2023
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2jd6i
Ordenação: Por Matéria
www.tecconcursos.com.br/questoes/1187863
INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
 
No texto, o uso da linguagem verbal e não verbal atende à finalidade de
a) chamar a atenção para o respeito aos sinais de trânsito.
b) informar os motoristas sobre a segurança dos usuários de ciclovias.
c) alertar sobre os perigos presentes nas vias urbanas brasileiras.
d) divulgar a distância permitida entre carros e veículos menores.
e) propor mudanças de postura por parte de motoristas no trânsito.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1187873
INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
Para que serve a tecnologia
 
Computador
 
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2jd6i
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187863
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187873
403) 
“Com os computadores e a internet, mudei muito. A Lian de hoje é totalmente diferente daquela de
antes da informática. Me abriu portas e, além de tudo, fui aceita por pessoas que achava que não iriam
me aceitar. Com a internet, viajei o mundo. Fui até Portugal e à África. Eu nem sabia que lá a realidade
era tão forte. Perto deles, estamos até muito bem.” – Tânia “Lian” Silva, 26, índia pankararu.
 
TV
 
“Eu gosto muito de televisão. Assisto às novelas, me divirto muito. Mas, ao mesmo tempo, sei que aquilo
tudo que passa lá não é verdade. É tudo uma ilusão.” – Valentina Maria Vieira dos Santos, 89, índia fulni-
ô da aldeia Xixi a cla.
 
MP3 Player
 
“Cuido do meu tocador de MP3 como se fosse um tesouro. É um pen drive simples, mas é muito especial
para mim. Nele ouço músicas indígenas e bandas da própria aldeia. Ele vive emprestado porque acaba
sendo a diversão da aldeia inteira. Uso até para exibir uns vídeos que baixo da internet. Basta colocar no
aparelho de DVD com entrada USB que tenho.” – Jailton Pankararu, 23, índio pankararu.
 
Disponível em: www2.uol.com.br. Acesso em: 1 ago. 2012.
 
Os depoimentos apresentados no texto retratam o modo como diferentes gerações indígenas relatam
suas experiências com os artefatos tecnológicos. Os comentários revelam
a) uma preferência pela possibilidade de uso do computador.
b) um elogio à utilidade da tecnologia no cotidiano indígena.
c) uma crítica à própria identidade antes da inclusão digital.
d) o gosto pela ilusão em telenovelas transmitidas na TV.
e) o desejo de possuir um aparelho importado.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1187880
INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
TEXTO I
 
Por “complexo de vira-latas” entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente,
em face do resto do mundo. Isto em todos os setores e, sobretudo, no futebol. Dizer que nós nos
julgamos “os maiores” é uma cínica inverdade. Em Wembley, por que perdemos? Porque, diante do
quadro inglês, louro e sardento, a equipe brasileira ganiu de humildade. Jamais foi tão evidente e, eu
diria mesmo, espetacular o nosso vira-latismo [...]. É um problema de fé em si mesmo. O brasileiro
precisa se convencer de que não é um vira-latas.
 
RODRIGUES, N. À sombra das chuteiras imortais. São Paulo: Cia. das Letras, 1993.
 
TEXTO II
 
A melhor banda de todos os tempos da última semana
 
As músicas mais pedidas
Os discos que vendem mais
As novidades antigas
Nas páginas dos jornais
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187880
404) 
Um idiota em inglês
Se é idiota, é bem menos que nós
Um idiota em inglês
É bem melhor do que eu e vocês
A melhor banda de todos os tempos da última
semana
O melhor disco brasileiro de música americana
O melhor disco dos últimos anos de sucessos
do passado
O maior sucesso de todos os tempos entre os
dez maiores fracassos
 
TITÃS. A melhor banda de todos os tempos da última semana.
São Paulo: Abril Music, 2001 (fragmento).
 
O verso do Texto II que estabelece a adequada relação temática com “o nosso vira-latismo”, presente no
Texto I, é:
a) “As novidades antigas”.
b) “Os discos que vendem mais”.
c) “O melhor disco brasileiro de música americana”.
d) “A melhor banda de todos os tempos da última semana”.
e) “O maior sucesso de todos os tempos entre os dez maiores fracassos”.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1187883
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
Não há dúvidas de que, nos últimos tempos, em função da velocidade, do volume e da variedade
da geração de informações, questões referentes à disseminação, ao armazenamento e ao acesso de
dados têm se tornado complexas, de modo a desafiar homens e máquinas. Por meio de sistemas
financeiros, de transporte, de segurança e de comunicação interpessoal – representados pelos mais
variados dispositivos, de cartões de crédito a trens, aviões, passaportes e telefones celulares –, circulam
fluxos informacionais que carregam o DNA da vida cotidiana do indivíduo contemporâneo. Para além do
referido cenário informacional contemporâneo, percebe-se, nos contextos governamentais, um esforço –
gerado por leis e decretos, ou mesmo por pressões democráticas – em disseminar informações de
interesse público. No Brasil, está em vigor, desde maio de 2012, a Lei de Acesso à Informação n. 12.527.
Em linhas gerais, a legislação regulamenta o direito à informação, já garantido na Constituição Federal,
obrigando órgãos públicos a divulgarem os seus dados.
 
SILVA JR., M. G. Vigiar, punir e viver. Minas faz Ciência, n. 58, 2014 (adaptado).
 
As Tecnologias de Informação e Comunicação propiciam à sociedade contemporânea o acesso à grande
quantidade de dados públicos e privados. De acordo com o texto, essa nova realidade promove
a) questionamento sobre a privacidade.
b) mecanismos de vigilância de pessoas.
c) disseminação de informações individuais.
d) interferência da legislação no uso dos dados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187883
405) 
406) 
e) transparência na relação entre governo e cidadãos.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1187893
INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
 
Em sua conversa com o pai, Calvin busca persuadi-lo, recorrendo à estratégia argumentativa de
a) mostrar que um bom trabalho como pai implica a valorização por parte do filho.
b) apelar para a necessidade que o pai demonstra de ser bem-visto pela família.
c) explorar a preocupação do pai com a própria imagem e popularidade.
d) atribuir seu ponto de vista a terceiros para respaldar suas intenções.
e) gerar um conflito entre a solicitação da mãe e os interesses do pai.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1187895
INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
 
Os azulejos das fachadas do centro histórico de São Luís (MA) integram o patrimônio cultural da
humanidade reconhecido pela Unesco. A técnica artística utilizada para a produção desses revestimentos
advém das
a) confluências de diferentes saberes do Oriente Médio e da Europa.
b) adequações para aproveitamento da mão de obra local.
c) inovações decorrentes da Revolução Industrial.
d) influências das culturas francesa e holandesa.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187893
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187895
407) 
408) 
e) descobertas de recursos naturais na Colônia.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1187897
INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
A ascensão das novas tecnologias de comunicação causou alvoroço, quando não gerou discursosapocalípticos acerca da finitude dos objetos nos quais se ancorava a cultura letrada. As atenções
voltaram-se, sobretudo, para o mais difundido de todos esses objetos: o livro impresso. A crer nesses
diagnósticos sombrios, os livros e a noção romântica de autoria estavam fadados ao desaparecimento. O
triunfo do hipertexto e a difusão dos e-books inscreveriam um marco na linha do tempo, semelhante aos
daqueles suscitados pelo advento da escrita e da “revolução do impresso”. Decerto porque as mudanças
no padrão tecnológico de comunicação alteram práticas e representações culturais. Contudo, os
investigadores insistem que uma perspectiva evolutiva e progressiva acaba por obscurecer o fato de que
as normas, as funções e os usos da cultura letrada não são compartilhados de maneira igual, como
também não anulam as formas precedentes.
 
Apesar dos avanços, a história da leitura não pode restringir seu interesse ao livro, tendo de considerar
outras formas de impresso de ampla circulação e suportes de textos não impressos. Isso é
particularmente relevante no Brasil, onde a imprensa aportou tardiamente e o letramento custou a se
espalhar pela sociedade.
 
SCHAPOCHNIK, N. Cultura letrada: objetos e práticas – uma introdução. In: ABREU, M.;
SCHAPOCHNIK, N. (Org.). Cultura letrada no Brasil: objetos e práticas.
Campinas: Mercado das Letras, 2005 (adaptado).
 
Nesse texto, ao abordar o desenvolvimento da cultura letrada no país, o autor defende a ideia de que
a) livros eletrônicos revolucionam ações de letramento.
b) veículos midiáticos interferem na formação de leitores.
c) tecnologias de leitura novas desconsideram as anteriores.
d) aparatos tecnológicos prejudicam hábitos culturais.
e) práticas distintas constroem a história da leitura.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1187903
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
bom... o... eu tenho impressão que o rádio provocou uma revolução... no país na medida que:...
ahn principalmente o rádio de pilha né? quer dizer o rádio de pilha representou a quebra de um
isolamento do homem do campo principalmente quer dizer então o homem do campo que nunca teria
condição de ouvir... falar... de outras coisas... de outros lugares... de outras pessoas, entende? através do
rádio de pilha... ele pôde se ligar ao resto do mundo saber que existem outros lugares outras pessoas,
que existe um governo, que existem atos do governo... de modo que... o rádio, eu acho que tem um
papel até... numa certa medida... ele provocou pelo alcance que tem uma revolução até maior do que a
televisão... o que significou a quebra do isolamento... entende? de certas pessoas... a gente vê hoje o
operário de obra com o rádio de pilha debaixo do braço durante todo o tempo que ele está trabalhando...
quer dizer... se esse canal que é o rádio fosse usado da mesma forma como eu mencionei a televisão...
num sentido cultural educativo de boas músicas e de... numa linha realmente de crescimento do homem
[...] Esses veículos... de telecomunicações se colocassem a serviço da cultura e da educação seria uma
beleza, né?
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187897
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187903
409) 
 
CASTILHO, A. T.; PRETTI, D. (Org.). A linguagem falada na cidade de São Paulo:
materiais para seu estudo. São Paulo: T. A. Queiroz; Fapesp, 1987.
 
A palavra comunicação origina-se do latim communicare e significa “tornar comum”, “repartir”. Nessa
transcrição de entrevista, reafirma-se esse papel dos meios de comunicação de massa porque o rádio
poderia
a) oferecer diversão para as massas, possibilitando um melhor ambiente de trabalho.
b) atender as demandas de mercado, servindo de instrumento à indústria do consumo.
c) difundir uma cultura homogênea, abolindo as marcas identitárias de toda uma coletividade.
d) trazer oportunidades de aprimoramento intelectual, permitindo ao homem o acesso a informações
e a bens culturais.
e) inserir o indivíduo em sua classe social, fornecendo entretenimento de pouco aprofundamento
crítico.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1187940
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
Uma língua, múltiplos falares
 
Desde suas origens, o Brasil tem uma língua dividida em falares diversos. Mesmo antes da chegada dos
portugueses, o território brasileiro já era multilíngue. Havia cerca de 1,2 mil línguas faladas pelos povos
indígenas. O português trazido pelo colonizador tampouco era uma língua homogênea, havia variações
dependendo da região de Portugal de onde ele vinha. Há de se considerar também que a chegada de
falantes de português acontece em diferentes etapas, em momentos históricos específicos. Na cidade de
São Paulo, por exemplo, temos primeiramente o encontro linguístico de portugueses com índios e, além
dos negros da África, vieram italianos, japoneses, alemães, árabes, todos com suas línguas. “Todo este
processo vai produzindo diversidades linguísticas que caracterizam falares diferentes”, afirma um linguista
da Unicamp. Daí que na mesma São Paulo pode-se encontrar modos de falar distintos como o de
Adoniran Barbosa, que eternizou em suas composições o sotaque típico de um filho de imigrantes
italianos, ou o chamado erre retroflexo, aquele erre dobrado que, junto com a letra i, resulta naquele
jeito de falar “cairne” e “poirta” característico do interior de São Paulo.
 
MARIUZZO, P. Disponível em: www.labjor.unicamp.br. Acesso em: 30 jul. 2012 (adaptado).
 
A partir desse breve histórico da língua portuguesa no Brasil, um dos elementos de identidade nacional,
entende-se que a diversidade linguística é resultado da
a) imposição da língua do colonizador sobre as línguas indígenas.
b) interação entre os falantes de línguas e culturas diferentes.
c) sobreposição das línguas europeias sobre as africanas e indígenas.
d) heterogeneidade da língua trazida pelo colonizador.
e) preservação dos sotaques característicos dos imigrantes.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187940
410) 
411) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/1187943
INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
O tradicional ornato para cabelos, a tiara ou diadema, já foi uma exclusividade feminina. Na
origem, tanto “tiara” quanto “diadema” eram palavras de bom berço. “Tiara” nomeava o adorno que era
o signo de poder entre os poderosos da Pérsia antiga e povos como os frísios, os bizantinos e os etíopes.
A palavra foi incorporada do Oriente pela Grécia e chegou até nós por via latina, para quem queria
referir-se à mitra usada pelos persas. Diadema era a faixa ou tira de linho fino colocado na cabeça pelos
antigos latinos, herança do derivado grego para diádo (atar em volta, segundo o Houaiss). No Brasil, a
forma de arco ou de laço das tiaras e alguns usos específicos (o nordestino “gigolete” faz alusão ao
ornato usado por cafetinas, versões femininas do “gigolô”) produziram novos sinônimos regionais do
objeto.
 
Os sinônimos da tiara. Língua Portuguesa, n. 23, 2007 (adaptado).
 
No texto, relata-se que o nome de um enfeite para cabelo assumiu diferentes denominações ao longo da
história. Essa variação justifica-se pelo(a)
a) distanciamento de sentidos mais antigos.
b) registro de fatos históricos ocorridos em uma dada época.
c) associação a questões religiosas específicas de uma sociedade.
d) tempo de uso em uma comunidade linguística.
e) utilização do objeto por um grupo social.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1187945
INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
Glossário diferenciado
 
Outro dia vi um anúncio de alguma coisa que não lembro o que era (como vocês podem deduzir, o
anúncio era péssimo). Lembro apenas que o produto era diferenciado, funcional e sustentável.Pensando
nisso, fiz um glossário de termos diferenciados e suas respectivas funcionalidades.
 
Diferenciado: um adjetivo que define um substantivo mas também o sujeito que o está usando. Quem
fala “diferenciado” poderia falar “diferente”. Mas escolheu uma palavra diferenciada. Porque ele quer
mostrar que ele próprio é “diferenciado”. Essa é a função da palavra “diferenciado”: diferenciar-se. Por
diferençado, entenda: “mais caro”. Estudos indicam que a palavra “diferenciado” representa um aumento
de 50% no valor do produto. É uma palavra que faz a diferença.
 
DUVIVIER, G. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 17 nov. 2014 (adaptado).
 
Os gêneros são definidos, entre outros fatores, por sua função social. Nesse texto, um verbete foi criado
pelo autor para
a) atribuir novo sentido a uma palavra.
b) apresentar as características de um produto.
c) mostrar um posicionamento crítico.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187943
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187945
412) 
d) registrar o surgimento de um novo termo.
e) contar um fato do cotidiano.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1187978
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
TEXTO I
 
 
TEXTO II
 
 
TEXTO III
 
A arte pode estar, às vezes, muito mais preparada do que a ciência para captar o devir e a fluidez do
mundo, pois o artista não quer manipular, mas sim “habitar” as coisas. O famoso artista francês Rodin,
no seu livro L’Art (A Arte, 1911), comenta que a técnica de fotografia em série, mostrando todos os
momentos do galope de um cavalo em diversos quadros, apesar de seu grande realismo, não é capaz de
capturar o movimento. O corpo do animal é fotografado em diferentes posições, mas ele não parece
estar galopando: “na imagem científica [fotográfica], o tempo é suspenso bruscamente”.
 
Para Rodin, um pintor é capaz, em única cena, de nos transmitir a experiência de ver um cavalo de
corrida, e isso porque ele representa o animal em um movimento ambíguo, em que os membros traseiros
e dianteiros parecem estar em instantes diferentes. Rodin diz que essa exposição talvez seja logicamente
inconcebível, mas é paradoxalmente muito mais adequada à maneira como o movimento se dá: “o artista
é verdadeiro e a fotografia mentirosa, pois na realidade o tempo não para”.
 
FEITOSA, C. Explicando a filosofia com arte. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187978
413) 
414) 
Observando-se as imagens (Textos I e II), o paradoxo apontado por Rodin (Texto III) procede e cria uma
maneira original de perceber a relação entre a arte e a técnica, porque o(a)
a) fotografia é realista na captação da sensação do movimento.
b) pintura explora os sentimentos do artista e não tem um caráter científico.
c) fotógrafo faz um estudo sobre os movimentos e consegue captar a essência da sua representação.
d) pintor representa de forma equivocada as patas dos cavalos, confundindo nossa noção de
realidade.
e) pintura inverte a lógica comumente aceita de que a fotografia faz um registro objetivo e fidedigno
da realidade.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1187984
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
Ocorre que a grande obra nunca é apenas a tradução do engenho e arte do seu autor, seja este
escritor, filósofo, cientista, pintor, músico, arquiteto, escultor, cineasta. Em geral, a grande obra é
também, ou mesmo principalmente, a expressão do clima sociocultural, intelectual, científico, filosófico e
artístico da época, conforme se expressa em alguma coletividade, grupo social, etnia, gênero ou povo.
 
IANNI, O. Variações sobre arte e ciência. Tempo Social, n. 1, jun. 2004.
 
O fragmento define o que é uma grande obra de arte. Como estratégia de construção do texto, o autor
faz uso recorrente de
a) enumerações para sustentar o ponto de vista apresentado.
b) repetições para retificar as características do objeto descrito.
c) generalizações para sintetizar as ideias expostas.
d) adjetivações para descrever a obra caracterizada.
e) sinonímias para retomar as características da atividade autoral.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1187998
INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018
Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
Vez por outra, indo devolver um filme na locadora ou almoçar no árabe da rua de baixo, dobro uma
esquina e tomo um susto. Ué, cadê o quarteirão que estava aqui? Onde na véspera havia casinhas
geminadas, roseiras cuidadas por velhotas e janelas de adolescentes, cheias de adesivos, há apenas uma
imensa cratera, cercada de tapumes. [...]
 
Em breve, do buraco brotará um prédio, com grandes garagens e minúsculas varandas, e será batizado
de Arizona Hills, ou Maison Lacroix, ou Plaza de Marbella, e isso me entristece. Não só porque ficará mais
feio meu caminho até a locadora, ou até o árabe na rua de baixo, mas porque é meu bairro que morre,
devagarinho. Os bairros, como os homens, também têm um espírito. [...]
 
Às vezes, no fim da tarde, quando ouço o sino da igreja da Caiubi badalar seis vezes, quase acredito que
estou numa cidade do interior. Aí saio para devolver os vídeos, olho para o lado, percebo que o
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187984
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187998
415) 
quarteirão desapareceu e me dou conta de que estou em São Paulo, e que eu mesmo tenho minha cota
de responsabilidade: moro no segundo andar de um prédio. [...] Ali embaixo, onde agora fica a garagem,
já houve uma cratera, e antes dela o jardim de uma velhota e a janela de um adolescente, cheia de
adesivos.
 
PRATA, A. Perdizes. In: Meio intelectual, meio de esquerda. São Paulo: Editora 34, 2010.
 
Na crônica, a incidência do contexto social sobre a voz narrativa manifesta-se no(a)
a) decepção com o progresso da cidade de São Paulo.
b) sentimento de nostalgia causado pela demolição das casas antigas.
c) percepção de uma descaracterização da identidade do bairro.
d) necessidade de uma autocrítica em relação aos próprios hábitos.
e) descontentamento com os estrangeirismos da nova geografia urbana.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1188001
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
A orquestra atacou o tema que tantas vezes ouvi na vitrola de Matilde. Le maxixe!, exclamou o
francês [...] e nos pediu que dançássemos para ele ver. Mas eu só sabia dançar a valsa, e respondi que
ele me honraria tirando minha mulher. No meio do salão os dois se abraçaram e assim permaneceram, a
se encarar. Súbito ele a girou em meia-volta, depois recuou o pé esquerdo, enquanto com o direito
Matilde dava um longo passo adiante, e os dois estacaram mais um tempo, ela arqueada sobre o corpo
dele. Era uma coreografia precisa, e me admirou que minha mulher conhecesse aqueles passos. O casal
se entendia à perfeição, mas logo distingui o que nele foi ensinado do que era nela natural. O francês,
muito alto, era um boneco de varas, jogando com uma boneca de pano. Talvez pelo contraste, ela
brilhava entre dezenas de dançarinos, e notei que todo o cabaré se extasiava com a sua exibição.
Todavia, olhando bem, eram pessoas vestidas, ornadas, pintadas com deselegância, e foi me parecendo
que também em Matilde, em seus movimentos de ombros e quadris, havia excesso. A orquestra não
dava pausa, a música era repetitiva, a dança se revelou vulgar, pela primeira vez julguei meio vulgar a
mulher com quem eu tinha me casado. Depois de meia hora eles voltaram se abanando, e escorria suor
pelo colo de Matilde decote abaixo. Bravô, eu gritei, bravô, e ainda os estimulei a dançar o próximo
tango, mas Dubosc disse que já era tarde, e que eu tinha um ar fatigado.
 
CHICO BUARQUE. Leite derramado. São Paulo: Cia. das Letras, 2009.
 
Os recursos expressivosde um texto literário fornecem pistas aos leitores sobre a percepção dos
personagens em relação aos eventos da narrativa. No fragmento, constitui um aspecto relevante para a
compreensão das intenções do narrador a
a) inveja disfarçada em relação ao estrangeiro, sugerida pela descrição de seu talento como
dançarino.
b) demonstração de ciúmes, expressa pela desqualificação dos participantes da cena narrada.
c) postura aristocrática, assinalada pela crítica à orquestra e ao gênero musical executado.
d) manifestação de desprezo pela dança, indicada pela crítica ao exibicionismo da mulher.
e) atitude interesseira, pressuposta no elogio final e no estímulo à continuação da dança.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1188001
416) 
417) 
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
TEXTO I
 
 
TEXTO II
 
Manuel da Costa Ataíde (Mariana, MG, 1762-1830), assim como os demais artistas do seu tempo,
recorria a bíblias e a missais impressos na Europa como ponto de partida para a seleção iconográfica das
suas composições, que então recriava com inventiva liberdade.
 
Se Mário de Andrade houvesse conseguido a oportunidade de acesso aos meios de aproximação ótica da
pintura dos forros de Manuel da Costa Ataíde, imaginamos como não teria vibrado com o mulatismo das
figuras do mestre marianense, ratificando, ao lado de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, a sua
percepção pioneira de um surto de racialidade brasileira em nossa terra, em pleno século XVIII.
 
FROTA, L. C. Ataíde: vida e obra de Manuel da Costa Ataíde.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.
 
O Texto II destaca a inovação na representação artística setecentista, expressa no Texto I pela
a) reprodução de episódios bíblicos.
b) retratação de elementos europeus.
c) valorização do sincretismo religioso.
d) recuperação do antropocentrismo clássico.
e) incorporação de características identitárias.
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O processo de leitura da informação vinda do companheiro e do adversário é fundamental nos
esportes coletivos. O participante de modalidades com essas características deverá, a todo momento, ler
e interpretar as informações gestuais de seu companheiro e adversário que, por outra via, também é
portador de informações. Estas deverão ser claras e legíveis para seu companheiro e totalmente obscuras
para o adversário. Na interpretação praxiológica, seria aquele jogador que consegue ler as informações
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418) 
do adversário e posicionar-se da melhor forma possível, antecipando-se a seus adversários e ocupando
os melhores espaços.
 
RIBAS, J. F. M. Praxiologia motriz: construção de um novo olhar dos esportes e jogos na
escola. Motriz, n. 2, 2005 (adaptado).
 
De acordo com a ideia de processamento de informação nas modalidades esportivas coletivas, para ser
bem-sucedido em suas ações no jogo, o jogador deve
a) identificar as informações produzidas por todos os jogadores, posicionando-se de forma fixa no
espaço de jogo.
b) refletir sobre as informações fornecidas por todos os jogadores e executar os gestos técnicos com
precisão no jogo.
c) analisar as informações dos adversários e, com base nelas, realizar individualmente suas ações,
com o fim de tirar vantagem tática.
d) fornecer informações precisas para os adversários e interpretar as dos companheiros, para facilitar
sua tomada de decisão.
e) interpretar informações de companheiros e adversários, agindo objetivamente com os primeiros e
imprecisamente com os adversários.
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
O lazer é um fenômeno mundial, fruto da modernidade e das relações que se estabelecem entre o
tempo de trabalho e o tempo do não trabalho. Os efeitos da industrialização e da globalização foram
percebidos pela velocidade das mensagens veiculadas pela mídia, pela explosão das novas tecnologias da
informação e comunicação, pela exacerbação do individualismo e competitividade, pelas mudanças no
contexto social e também por uma crise nas relações de trabalho. Em meio a todas essas mudanças, o
lazer apresenta-se como um conjunto de elementos culturais que podem ser vivenciados no tempo
disponível, seja como atividade prática ou contemplativa.
 
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Proposta curricular do estado de Minas Gerais, 6º ao 9º ano.
Disponível em: http://crv.educacao.mg.gov.br. Acesso em: 31 jul. 2012.
 
Na perspectiva conceitual assumida pelo texto, o lazer constitui-se por atividades que
a) auxiliam na conquista de maior produtividade no âmbito do trabalho.
b) buscam a melhoria da condição atlética e da alta performance dos praticantes.
c) resultam da tensão entre os interesses da mídia e as necessidades dos empregadores.
d) favorecem as relações de individualidade e competitividade entre os praticantes.
e) são de natureza esportiva, artística ou cultural, escolhidas pelos indivíduos.
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
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419) 
420) 
Ela parecia pedir socorro contra o que de algum modo involuntariamente dissera. E ele com os
olhos miúdos quis que ela não fugisse e falou:
 
— Repita o que você disse, Lóri.
 
— Não sei mais.
 
— Mas eu sei, eu vou saber sempre. Você literalmente disse: um dia será o mundo com sua
impersonalidade soberba versus a minha extrema individualidade de pessoa, mas seremos um só.
 
— Sim.
 
Lóri estava suavemente espantada. Então isso era a felicidade. De início se sentiu vazia. Depois seus
olhos ficaram úmidos: era felicidade, mas como sou mortal, como o amor pelo mundo me transcende. O
amor pela vida mortal a assassinava docemente, aos poucos. E o que é que eu faço? Que faço da
felicidade? Que faço dessa paz estranha e aguda, que já está começando a me doer como uma angústia,
como um grande silêncio de espaços? A quem dou minha felicidade, que já está começando a me rasgar
um pouco e me assusta? Não, não quero ser feliz. Prefiro a mediocridade. Ah, milhares de pessoas não
têm coragem de pelo menos prolongar-se um pouco mais nessa coisa desconhecida que é sentir-se feliz
e preferem a mediocridade. Ela se despediu de Ulisses quase correndo: ele era o perigo.
 
LISPECTOR, C. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres.
Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1990.
 
A obra de Clarice Lispector alcança forte expressividade em razão de determinadas soluções narrativas.
No fragmento, o processo que leva a essa expressividade fundamenta-se no
a) desencontro estabelecido no diálogo do par amoroso.
b) exercício de análise filosófica conduzido pelo narrador.
c) registro do processo de autoconhecimento da personagem.
d) discurso fragmentado como reflexo de traumas psicológicos.
e) afastamento da voz narrativa em relação aos dramas existenciais.
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
Muitos trabalhos recentes de arte digital não consistem mais em objetos puros e simples, que se
devem admirar ou analisar, mas em campos de possibilidades, programas geradores de experiências
estéticas potenciais. Se já era difícil decidir sobre a paternidade de um produto da cultura técnica, visto
que ela oscilava entre a máquina e os vários sujeitos que a manipulam, a tarefa agora torna-se ainda
mais complexa.
 
Se quisermoscomplicar ainda mais o esquema da criação nos objetos artísticos produzidos com meios
tecnológicos, poderíamos incluir também aquele que está na ponta final do processo e que foi conhecido
pelos nomes (hoje inteiramente inapropriados) de espectadores, ouvintes ou leitores: numa palavra, os
receptores de produtos culturais.
 
MACHADO, A. Máquina e imaginário: o desafio das poéticas tecnológicas.
São Paulo: Edusp, 1993 (adaptado).
 
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421) 
O autor demonstra a crise que os meios digitais trazem para questões tradicionais da criação artística,
particularmente, para a autoria. Essa crise acontece porque, atualmente, além de clicar e navegar, o
público
a) analisa o objeto artístico.
b) anula a proposta do autor.
c) assume a criação da obra.
d) interfere no trabalho de arte.
e) impede a atribuição de autoria.
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
TEXTO I
 
Criatividade em publicidade: teorias e reflexões
 
Resumo: O presente artigo aborda uma questão primordial na publicidade: a criatividade. Apesar de
aclamada pelos departamentos de criação das agências, devemos ter a consciência de que nem todo
anúncio é, de fato, criativo. A partir do resgate teórico, no qual os conceitos são tratados à luz da
publicidade, busca-se estabelecer a compreensão dos temas. Para elucidar tais questões, é analisada
uma campanha impressa da marca XXXX. As reflexões apontam que a publicidade criativa é
essencialmente simples e apresenta uma releitura do cotidiano.
 
DEPEXE, S. D. Travessias: Pesquisas em Educação, Cultura, Linguagem e Artes, n. 2, 2008.
 
TEXTO II
 
Homenagem ao Dia das Mães 2012. Disponível em: www.comunicacao.com.
Acesso em: 3 ago. 2012 (adaptado).
 
Os dois textos apresentados versam sobre o tema criatividade. O Texto I é um resumo de caráter
científico e o Texto II, uma homenagem promovida por um site de publicidade. De que maneira o Texto
II exemplifica o conceito de criatividade em publicidade apresentado no Texto I?
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422) 
423) 
a) Fazendo menção ao difícil trabalho das mães em criar seus filhos.
b) Promovendo uma leitura simplista do papel materno em seu trabalho de criar os filhos.
c) Explorando a polissemia do termo “criação”.
d) Recorrendo a uma estrutura linguística simples.
e) Utilizando recursos gráficos diversificados.
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
PROPAGANDA — O exame dos textos e mensagens de Propaganda revela que ela apresenta
posições parciais, que refletem apenas o pensamento de uma minoria, como se exprimissem, em vez
disso, a convicção de uma população; trata-se, no fundo, de convencer o ouvinte ou o leitor de que, em
termos de opinião, está fora do caminho certo, e de induzi-lo a aderir às teses que lhes são
apresentadas, por um mecanismo bem conhecido da psicologia social, o do conformismo induzido por
pressões do grupo sobre o indivíduo isolado.
 
BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de política. Brasília: UnB, 1998 (adaptado).
 
De acordo com o texto, as estratégias argumentativas e o uso da linguagem na produção da propaganda
favorecem a
a) reflexão da sociedade sobre os produtos anunciados.
b) difusão do pensamento e das preferências das grandes massas.
c) imposição das ideias e posições de grupos específicos.
d) decisão consciente do consumidor a respeito de sua compra.
e) identificação dos interesses do responsável pelo produto divulgado.
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
Sítio Gerimum
Este é o meu lugar [...]
Meu Gerimum é com g
Você pode ter estranhado
Gerimum em abundância
Aqui era plantado
E com a letra g
Meu lugar foi registrado.
 
OLIVEIRA, H. D. Língua Portuguesa, n. 88, fev. 2013 (fragmento).
 
Nos versos de um menino de 12 anos, o emprego da palavra “Gerimum” grafada com a letra “g” tem por
objetivo
a) valorizar usos informais caracterizadores da norma nacional.
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424) 
b) confirmar o uso da norma-padrão em contexto da linguagem poética.
c) enfatizar um processo recorrente na transformação da língua portuguesa.
d) registrar a diversidade étnica e linguística presente no território brasileiro.
e) reafirmar discursivamente a forte relação do falante com seu lugar de origem.
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Romanos usavam redes sociais há dois mil anos, diz livro
 
Ao tuitar ou comentar embaixo do post de um de seus vários amigos no Facebook, você provavelmente
se sente privilegiado por viver em um tempo na história em que é possível alcançar de forma imediata
uma vasta rede de contatos por meio de um simples clique no botão “enviar”. Você talvez também reflita
sobre como as gerações passadas puderam viver sem mídias sociais, desprovidas da capacidade de
verem e serem vistas, de receber, gerar e interagir com uma imensa carga de informações. Mas o que
você talvez não saiba é que os seres humanos usam ferramentas de interação social há mais de dois mil
anos. É o que afirma Tom Standage, autor do livro Writing on the Wall — Social Media, The first 2 000
Years (Escrevendo no mural — mídias sociais, os primeiros 2 mil anos, em tradução livre).
 
Segundo Standage, Marco Túlio Cícero, filósofo e político romano, teria sido, junto com outros membros
da elite romana, precursor do uso de redes sociais. O autor relata como Cícero usava um escravo, que
posteriormente tornou-se seu escriba, para redigir mensagens em rolos de papiro que eram enviados a
uma espécie de rede de contatos. Estas pessoas, por sua vez, copiavam seu texto, acrescentavam seus
próprios comentários e repassavam adiante. “Hoje temos computadores e banda larga, mas os romanos
tinham escravos e escribas que transmitiam suas mensagens”, disse Standage à BBC Brasil. “Membros da
elite romana escreviam entre si constantemente, comentando sobre as últimas movimentações políticas e
expressando opiniões.”
 
Além do papiro, outra plataforma comumente utilizada pelos romanos era uma tábua de cera do
tamanho e da forma de um tablet moderno, em que escreviam recados, perguntas ou transmitiam os
principais pontos da acta diurna, um “jornal” exposto diariamente no Fórum de Roma. Essa tábua, o
“iPad da Roma Antiga”, era levada por um mensageiro até o destinatário, que respondia embaixo da
mensagem.
 
NIDECKER,F. Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 7 nov.2013 (adaptado).
 
Na reportagem, há uma comparação entre tecnologias de comunicação antigas e atuais. Quanto ao
gênero mensagem, identifica-se como característica que perdura ao longo dos tempos o(a)
a) imediatismo das respostas.
b) compartilhamento de informações.
c) interferência direta de outros no texto original.
d) recorrência de seu uso entre membros da elite.
e) perfil social dos envolvidos na troca comunicativa.
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425) 
426) 
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Textos e hipertextos: procurando o equilíbrio
 
Há um medo por parte dos pais e de alguns professores de as crianças desaprenderem quando
navegam, medo de elas viciarem, de obterem informação não confiável, de elas se isolarem do mundo
real, como se o computador fosse um agente do mal, um vilão. Esse medo é reforçado pela mídia, que
costuma apresentar o computador como um agente negativo na aprendizagem e na socialização dos
usuários. Nós sabemos que ninguém corre o risco de desaprenderquando navega, seja em ambientes
digitais ou em materiais impressos, mas é preciso ver o que se está aprendendo e algumas vezes
interferir nesse processo a fim de otimizar ou orientar a aprendizagem, mostrando aos usuários outros
temas, outros caminhos, outras possibilidades diferentes daquelas que eles encontraram sozinhos ou
daquelas que eles costumam usar. É preciso, algumas vezes, negociar o uso para que ele não seja
exclusivo, uma vez que há outros meios de comunicação, outros meios de informação e outras
alternativas de lazer. É uma questão de equilibrar e não de culpar.
 
COSCARELLI, C. V. Linguagem em (Dis)curso, n. 3, set.-dez. 2009.
 
A autora incentiva o uso da internet pelos estudantes, ponderando sobre a necessidade de orientação a
esse uso, pois essa tecnologia
a) está repleta de informações confiáveis que constituem fonte única para a aprendizagem dos
alunos.
b) exige dos pais e professores que proíbam seu uso abusivo para evitar que se torne um vício.
c) tende a se tornar um agente negativo na aprendizagem e na socialização de crianças e jovens.
d) possibilita maior ampliação do conhecimento de mundo quando a aprendizagem é direcionada.
e) leva ao isolamento do mundo real e ao uso exclusivo do computador se a navegação for
desmedida.
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
O mundo revivido
 
Sobre esta casa e as árvores que o tempo
esqueceu de levar. Sobre o curral
de pedra e paz e de outras vacas tristes
chorando a lua e a noite sem bezerros.
 
Sobre a parede larga deste açude
onde outras cobras verdes se arrastavam,
e pondo o sol nos seus olhos parados
iam colhendo sua safra de sapos.
 
Sob as constelações do sul que a noite
armava e desarmava: as Três Marias,
o Cruzeiro distante e o Sete-Estrelo.
 
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427) 
Sobre este mundo revivido em vão,
a lembrança de primos, de cavalos,
de silêncio perdido para sempre.
 
DOBAL, H. A província deserta. Rio de Janeiro: Artenova, 1974.
 
No processo de reconstituição do tempo vivido, o eu lírico projeta um conjunto de imagens cujo lirismo
se fundamenta no
a) inventário das memórias evocadas afetivamente.
b) reflexo da saudade no desejo de voltar à infância.
c) sentimento de inadequação com o presente vivido.
d) ressentimento com as perdas materiais e humanas.
e) lapso no fluxo temporal dos eventos trazidos à cena.
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A ascensão social por meio do esporte mexe com o imaginário das pessoas, pois em poucos anos
um adolescente pode se tornar milionário caso tenha um bom desempenho esportivo. Muitos meninos de
famílias pobres jogam com o objetivo de conseguir dinheiro para oferecer uma boa qualidade de vida à
família. Isso aproximou mais ainda o futebol das camadas mais pobres da sociedade, tornando-o cada
vez mais popular.
 
Acontece que esses jovens sonham com fama e dinheiro, enxergando no futebol o único caminho
possível para o sucesso. No entanto, eles não sabem da grande dificuldade que existe no início dessa
jornada em que a minoria alcança a carreira profissional. Esses garotos abandonam a escola pela ilusão
de vencer no futebol, à qual a maioria sucumbe.
 
O caminho até o profissionalismo acontece por meio de um longo processo seletivo que os jovens têm de
percorrer. Caso não seja selecionado, esse atleta poderá ter que abandonar a carreira involuntariamente
por falta de uma equipe que o acolha. Alguns podem acabar em subempregos, à margem da sociedade,
ou até mesmo em vícios decorrentes desse fracasso e dessa desilusão. Isso acontece porque no auge da
sua formação escolar e na condição juvenil de desenvolvimento, eles não se preparam e não são
devidamente orientados para buscar alternativas de experiências mais amplas de ocupação fora e além
do futebol.
 
BALZANO, O. N.; MORAIS, J. S. A formação do jogador de futebol e sua relação com a escola. EFDeportes, n. 172,
set. 2012 (adaptado).
 
Ao abordar o fato de, no Brasil, muitos jovens depositarem suas esperanças de futuro no futebol, o texto
critica o(a)
a) despreparo dos jogadores de futebol para ajudarem suas famílias a superar a miséria.
b) garantia de ascensão social dos jovens pela carreira de jogador de futebol.
c) falta de investimento dos clubes para que os atletas possam atuar profissionalmente e viver do
futebol.
d) investimento reduzido dos atletas profissionais sua formação escolar, gerando frustração e
desilusão profissional no esporte.
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428) 
429) 
e) despreocupação dos sujeitos com uma formação paralela à esportiva, para habilitá-los a atuar em
outros setores da vida.
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Garcia tinha-se chegado ao cadáver, levantara o lenço e contemplara por alguns instantes as
feições defuntas. Depois, como se a morte espiritualizasse tudo, inclinou-se e beijou-a na testa. Foi nesse
momento que Fortunato chegou à porta. Estacou assombrado; não podia ser o beijo da amizade, podia
ser o epílogo de um livro adúltero [...].
 
Entretanto, Garcia inclinou-se ainda para beijar outra vez o cadáver, mas então não pôde mais. O beijo
rebentou em soluços, e os olhos não puderam conter as lágrimas, que vieram em borbotões, lágrimas de
amor calado, e irremediável desespero. Fortunato, à porta, onde ficara, saboreou tranquilo essa explosão
de dor moral que foi longa, muito longa, deliciosamente longa.
 
ASSIS, M. A causa secreta. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 9 out. 2015.
 
No fragmento, o narrador adota um ponto de vista que acompanha a perspectiva de Fortunato. O que
singulariza esse procedimento narrativo é o registro do(a)
a) indignação face à suspeita do adultério da esposa.
b) tristeza compartilhada pela perda da mulher amada.
c) espanto diante da demonstração de afeto de Garcia.
d) prazer da personagem em relação ao sofrimento alheio.
e) superação do ciúme pela comoção decorrente da morte.
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Mas assim que penetramos no universo da web, descobrimos que ele constitui não apenas um
imenso “território” em expansão acelerada, mas que também oferece inúmeros "mapas", filtros, seleções
para ajudar o navegante a orientar-se. O melhor guia para a web é a própria web. Ainda que seja preciso
ter a paciência de explorá-la. Ainda que seja preciso arriscar-se a ficar perdido, aceitar “a perda de
tempo” para familiarizar-se com esta terra estranha. Talvez seja preciso ceder por um instante a seu
aspecto lúdico para descobrir, no desvio de um link, os sites que mais se aproximam de nossos interesses
profissionais ou de nossas paixões e que poderão, portanto, alimentar da melhor maneira possível nossa
jornada pessoal.
 
LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.
 
O usuário iniciante sente-se não raramente desorientado no oceano de informações e possibilidades
disponíveis na rede mundial de computadores. Nesse sentido, Pierre Lévy destaca como um dos
principais aspectos da internet o(a)
a) espaço aberto para a aprendizagem.
b) grande número de ferramentas de pesquisa.
c) ausência de mapas ou guias explicativos.
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430) 
431) 
d) infinito número de páginas virtuais.
e) dificuldade de acesso aos sites de pesquisa.
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TEXTO I
 
Terezinha de Jesus
De uma queda foi aochão
Acudiu três cavalheiros
Todos os três de chapéu na mão
 
O primeiro foi seu pai
O segundo, seu irmão
O terceiro foi aquele
A quem Tereza deu a mão
 
BATISTA, M. F. B. M.; SANTOS, I. M. F. (Org.). Cancioneiro da Paraíba.
João Pessoa: Grafset, 1993 (adaptado).
 
TEXTO II
 
Outra interpretação é feita a partir das condições sociais daquele tempo. Para a ama e para a criança
para quem cantava a cantiga, a música falava do casamento como um destino natural na vida da mulher,
na sociedade brasileira do século XIX, marcada pelo patriarcalismo. A música prepara a moça para o seu
destino não apenas inexorável, mas desejável: o casamento, estabelecendo uma hierarquia de
obediência (pai, irmão mais velho, marido), de acordo com a época e circunstâncias de sua vida.
 
Disponível em: http://provsjose.blogspot.com.br. Acesso em: 5 dez. 2012.
 
O comentário do Texto II sobre o Texto I evoca a mobilização da língua oral que, em determinados
contextos,
a) assegura a existência de pensamentos contrários à ordem vigente.
b) mantém a heterogeneidade das formas de relações sociais.
c) conserva a influência religiosa sobre certas culturas.
d) preserva a diversidade cultural e comportamental.
e) reforça comportamentos e padrões culturais.
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Essas moças tinham o vezo de afirmar o contrário do que desejavam. Notei a singularidade quando
principiaram a elogiar o meu paletó cor de macaco. Examinavam-no sérias, achavam o pano e os
aviamentos de qualidade superior, o feitio admirável. Envaideci-me: nunca havia reparado em tais
vantagens. Mas os gabos se prolongaram, trouxeram-me desconfiança. Percebi afinal que elas zombavam
e não me susceptibilizei. Longe disso: achei curiosa aquela maneira de falar pelo avesso, diferente das
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432) 
grosserias a que me habituara. Em geral me diziam com franqueza que a roupa não me assentava no
corpo, sobrava nos sovacos.
 
RAMOS, G. Infância. Rio de Janeiro: Record, 1994.
 
Por meio de recursos linguísticos, os textos mobilizam estratégias para introduzir e retomar ideias,
promovendo a progressão do tema. No fragmento transcrito, um novo aspecto do tema é introduzido
pela expressão
a) “a singularidade”.
b) “tais vantagens”.
c) “os gabos”.
d) “Longe disso”.
e) “Em geral”.
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CIPRIANI, F. Disponível em: www.snmsolutions.com.br. Acesso em: 15 maio 2013 (adaptado).
 
O consumidor do século XXI, chamado de novo consumidor social, tende a se comportar de modo
diferente do consumidor tradicional. Pela associação das características apresentadas no diagrama,
infere-se que esse novo consumidor sofre influência da
a) cultura do comércio eletrônico.
b) busca constante pelo menor preço.
c) divulgação de informações pelas empresas.
d) necessidade recorrente de consumo.
e) postura comum aos consumidores tradicionais.
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433) 
434) 
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A língua tupi no Brasil
 
Há 300 anos, morar na vila de São Paulo de Piratininga (peixe seco, em tupi) era quase sinônimo de falar
língua de índio. Em cada cinco habitantes da cidade, só dois conheciam o português. Por isso, em 1698,
o governador da província, Artur de Sá e Meneses, implorou a Portugal que só mandasse padres que
soubessem “a língua geral dos índios”, pois “aquela gente não se explica em outro idioma”.
 
Derivado do dialeto de São Vicente, o tupi de São Paulo se desenvolveu e se espalhou no século XVII,
graças ao isolamento geográfico da cidade e à atividade pouco cristã dos mamelucos paulistas: as
bandeiras, expedições ao sertão em busca de escravos índios. Muitos bandeirantes nem sequer falavam o
português ou se expressavam mal. Domingos Jorge Velho, o paulista que destruiu o Quilombo dos
Palmares em 1694, foi descrito pelo bispo de Pernambuco como “um bárbaro que nem falar sabe”. Em
suas andanças, essa gente batizou lugares como Avanhandava (lugar onde o índio corre),
Pindamonhangaba (lugar de fazer anzol) e Itu (cachoeira). E acabou inventando uma nova língua.
 
“Os escravos dos bandeirantes vinham de mais de 100 tribos diferentes”, conta o historiador e
antropólogo John Monteiro, da Universidade Estadual de Campinas. " Isso mudou o tupi paulista, que,
além da influência do português, ainda recebia palavras de outros idiomas.” O resultado da mistura ficou
conhecido como língua geral do sul, uma espécie de tupi facilitado.
 
ÂNGELO, C. Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 8 ago. 2012 (adaptado).
 
O texto trata de aspectos sócio-históricos da formação linguística nacional. Quanto ao papel do tupi na
formação do português brasileiro, depreende-se que essa língua indígena
a) contribuiu efetivamente para o léxico, com nomes relativos aos traços característicos dos lugares
designados.
b) originou o português falado em São Paulo no século XVII, em cuja base gramatical também está a
fala de variadas etnias indígenas.
c) desenvolveu-se sob influência dos trabalhos de catequese dos padres portugueses, vindos de
Lisboa.
d) misturou-se aos falares africanos, em razão das interações entre portugueses e negros nas
investidas contra o Quilombo dos Palmares.
e) expandiu-se paralelamente ao português falado pelo colonizador, e juntos originaram a língua dos
bandeirantes paulistas.
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
Apesar de muitas crianças e adolescentes terem a Barbie como um exemplo de beleza, um
infográfico feito pelo site Rehabs.com comprovou que, caso uma mulher tivesse as medidas da boneca
de plástico, ela nem estaria viva.
 
Não é exatamente uma novidade que as proporções da boneca mais famosa do mundo são absurdas
para o mundo real. Ativistas que lutam pela construção de uma autoimagem mais saudável,
pesquisadores de distúrbios alimentares e pessoas que se preocupam com o impacto da indústria cultural
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https://www.tecconcursos.com.br/questoes/937937
435) 
na psique humana apontam, há anos, a influência de modelos como a Barbie na distorção do corpo
feminino.
 
Pescoço
 
Com um pescoço duas vezes mais longo e 15 centímetros mais fino do que o de uma mulher, a Barbie
seria incapaz de manter sua cabeça levantada.
 
Cintura
 
Com uma cintura de 40 centímetros (menor do que a sua cabeça), a Barbie da vida real só teria espaço
em seu corpo para acomodar metade de um rim e alguns centímetros de intestino.
 
Quadril
 
O índice que mede a relação entre a cintura e o quadril da Barbie é de 0,56, o que significa que a medida
da sua cintura representa 56% da circunferência de seu quadril. Esse mesmo índice, em uma mulher
americana média, é de 0,8.
 
Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 2 maio 2015.
 
Ao abordar as possíveis influências da indústria de brinquedos sobre a representação do corpo feminino,
o texto analisa a
a) noção de beleza globalizada veiculada pela indústria cultural.
b) influência da mídia para a adoção de um estilo de vida salutar pelas mulheres.
c) relação entre a alimentação saudável e o padrão de corpo instituído pela boneca.
d) proporcionalidade entre a representação do corpo da boneca e a do corpo humano.
e) influência mercadológica na construção de uma autoimagem positiva do corpo feminino.
 
 
 
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
Nuances
 
Euforia: alegria barulhenta.Felicidade: alegria silenciosa.
 
Gravar: quando o ator é de televisão. Filmar: quando ele quer deixar claro que não é de televisão.
 
Grávida: em qualquer ocasião. Gestante: em filas e assentos preferenciais.
 
Guardar: na gaveta. Salvar : no computador. Salvaguardar: no Exército.
 
Menta: no sorvete, na bala ou no xarope. Hortelã: na horta ou no suco de abacaxi.
 
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436) 
Peça: quando você vai assistir. Espetáculo: quando você está em cartaz com ele.
 
DUVIVIER, G. Folha de S. Paulo, 24 mar. 2014 (adaptado).
 
 
O texto trata da diferença de sentido entre vocábulos muito próximos. Essa diferença é apresentada
considerando-se a(s)
a) alternâncias na sonoridade.
b) adequação às situações de uso.
c) marcação flexional das palavras.
d) grafia na norma-padrão da língua.
e) categorias gramaticais das palavras.
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Declaração de amor
 
Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa. Ela não é fácil. Não é maleável. […] A língua
portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das coisas
e das pessoas a primeira capa de superficialismo.
 
Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Às vezes se assusta com o imprevisível
de uma frase. Eu gosto de manejá-la — como gostava de estar montada num cavalo e guiá-lo pelas
rédeas, às vezes a galope. Eu queria que a língua portuguesa chegasse ao máximo em minhas mãos. E
este desejo todos os que escrevem têm. Um Camões e outros iguais não bastaram para nos dar para
sempre uma herança de língua já feita. Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do
pensamento alguma coisa que lhe dê vida.
 
Essas dificuldades, nós as temos. Mas não falei do encantamento de lidar com uma língua que não foi do
encantamento de lidar com uma língua que não foi aprofundada. O que recebi de herança não me
chega.
 
Se eu fosse muda e também não pudesse escrever, e me perguntassem a que língua eu queria pertencer,
eu diria: inglês, que é preciso e belo. Mas, como não nasci muda e pude escrever, tornou-se
absolutamente claro para mim que eu queria mesmo era escrever em português. Eu até queria não ter
aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem do português fosse virgem e límpida.
 
LISPECTOR, C. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999 (adaptado).
 
O trecho em que Clarice Lispector declara seu amor pela língua portuguesa, acentuando seu caráter
patrimonial e sua capacidade de renovação, é:
a) "A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve.”
b) “Um Camões e outros iguais não bastaram para nos dar para sempre uma herança de língua já
feita.”
c) “Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê
vida.”
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437) 
d) “Mas não falei do encantamento de lidar com uma língua que não foi aprofundada.”
e) “Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem do português
fosse virgem e límpida.”
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TEXTO I
 
A língua ticuna é o idioma mais falado entre os indígenas brasileiros. De acordo com o pesquisador Aryon
Rodrigues, há 40 mil índios que falam o idioma. A maioria mora ao longo do Rio Solimões, no Alto
Amazonas. É a maior nação indígena do Brasil, sendo também encontrada no Peru e na Colômbia. Os
ticunas falam uma língua considerada isolada, que não mantém semelhança com nenhuma outra língua
indígena e apresenta complexidades em sua fonologia e sintaxe. Sua característica principal é o uso de
diferentes alturas na voz.
 
O uso intensivo da língua não chega a ser ameaçado pela proximidade de cidades ou mesmo pela
convivência com falantes de outras línguas no interior da própria área ticuna: nas aldeias, esses outros
falantes são minoritários e acabam por se submeter à realidade ticuna, razão pela qual, talvez, não
representem uma ameaça linguística.
 
Língua Portuguesa, n. 52, fev. 2010 (adaptado).
 
TEXTO II
 
Riqueza da língua
 
“O inglês está destinado a ser uma língua mundial em sentido mais amplo do que o latim foi na era
passada e o francês é na presente”, dizia o presidente americano John Adams no século XVIII. A profecia
se cumpriu: o inglês é hoje a língua franca da globalização. No extremo oposto da economia linguística
mundial, estão as línguas de pequenas comunidades declinantes. Calcula-se que hoje se falem de 6 000
a 7 000 línguas no mundo todo. Quase metade delas deve desaparecer nos próximos 100 anos. A última
edição do Ethnologue — o mais abrangente estudo sobre as línguas mundiais —, de 2005, listava 516
línguas em risco de extinção.
 
Veja, n. 36, set. 2007 (adaptado).
 
Os textos tratam de línguas de culturas completamente diferentes, cujas realidades se aproximam em
função do(a)
a) semelhança no modo de expansão.
b) preferência de uso na modalidade falada.
c) modo de organização das regras sintáticas.
d) predomínio em relação às outras línguas de contato.
e) fato de motivarem o desaparecimento de línguas minoritárias.
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438) 
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As atrizes
 
Naturalmente
Ela sorria
Mas não me dava trela
Trocava a roupa
Na minha frente
E ia bailar sem mais aquela
Escolhia qualquer um
Lançava olhares
Debaixo do meu nariz
Dançava colada
Em novos pares
Com um pé atrás
Com um pé a fim
 
Surgiram outras
Naturalmente
Sem nem olhar a minha cara
Tomavam banho
Na minha frente
Para sair com outro cara
Porém nunca me importei
Com tais amantes
 
[...]
 
Com tantos filmes
Na minha mente
É natural que toda atriz
Presentemente represente
Muito para mim
 
CHICO BUARQUE. Carioca. Rio de Janeiro: Biscoito Fino, 2006 (fragmento).
 
Na canção, Chico Buarque trabalha uma determinada função da linguagem para marcar a subjetividade
do eu lírico ante as atrizes que ele admira. A intensidade dessa admiração está marcada em:
a) "Naturalmente/ Ela sorria/ Mas não me dava trela".
b) "Tomavam banho/ Na minha frente/ Para sair com outro cara".
c) "Surgiram outras/ Naturalmente/ Sem nem olhar a minha cara".
d) "Escolhia qualquer um/ Lançava olhares/ Debaixo do meu nariz".
e) "É natural que toda atriz/ Presentemente represente/ Muito para mim".
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439) 
440) 
E aqui, antes de continuar este espetáculo, é necessário que façamos uma advertência a todos e a
cada um. Neste momento, achamos fundamental que cada um tome uma posição definida. Sem que
casa um tome uma posição definida, não é possível continuarmos. É fundamental que cada um tome
uma posição, seja para a esquerda, seja para a direita. Admitimos mesmo que alguns tomem uma
posição neutra, fiquem de braços cruzados. Mas é preciso que cada um, uma vez tomada sua posição,
fique nela! Porque senão, companheiros, as cadeiras do teatro rangem muito e ninguém ouve nada.
 
FERNANDES, M.; RANGEL, F. Liberdade, liberdade. Porto Alegre: L&PM, 2009.
 
A peça Liberdade, liberdade, encenada em 1964, apresenta o impasse vivido pela sociedade brasileira em
face do regime vigente. Esse impasse é representado no fragmento pelo(a)
a) barulho excessivo produzido pelo ranger das cadeiras do teatro.
b) indicação da neutralidade como a melhor opção ideológica naquele momento.
c) constatação da censura em função do engajamento social do texto dramático.
d) correlação entre o alinhamento político e a posição corporal dosespectadores.
e) interrupção do espetáculo em virtude do comportamento inadequado do público.
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
 
Revista Bolsa, 1986. In: CARRASCOZA, J. A. A evolução do texto publicitário: a associação
de palavras como elemento de sedução na publicidade. São Paulo: Futura, 1999 (adaptado).
 
Nesse cartaz publicitário de uma empresa de papel e celulose, a combinação dos elementos verbais e
não verbais visa
a) justificar os prejuízos ao meio ambiente, ao vincular a empresa à difusão da cultura.
b) incentivar a leitura de obras literárias, ao referir-se a títulos consagrados do acervo mundial.
c) seduzir o consumidor, ao relacionar o anunciante às histórias clássicas da literatura universal.
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441) 
d) promover uma reflexão sobre a preservação ambiental ao aliar o desmatamento aos clássicos da
literatura.
e) construir uma imagem positiva do anunciante, ao associar a exploração alegadamente sustentável
à produção de livros.
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Fim de semana no parque
 
Olha o meu povo nas favelas e vai perceber
Daqui eu vejo uma caranga do ano
Toda equipada e o tiozinho guiando
Com seus filhos ao lado estão indo ao parque
Eufóricos brinquedos eletrônicos
Automaticamente eu imagino
A molecada lá da área como é que tá
Provavelmente correndo pra lá e pra cá
Jogando bola descalços nas ruas de terra
É, brincam do jeito que dá
[...]
Olha só aquele clube, que da hora
Olha aquela quadra, olha aquele campo, olha
Olha quanta gente
Tem sorveteria, cinema, piscina quente
[...]
Aqui não vejo nenhum clube poliesportivo
Pra molecada frequentar nenhum incentivo
O investimento no lazer é muito escasso
O centro comunitário é um fracasso
 
RACIONAIS MCs. Racionais MCs. São Paulo: Zimbabwue, 1994 (fragmento).
 
A letra da canção apresenta uma realidade social quanto à distribuição distinta dos espaços de lazer que
a) retrata a ausência de opções de lazer para a população de baixa renda, por falta de espaço
adequado.
b) ressalta a irrelevância das opções de lazer para diferentes classes sociais, que o acessam à sua
maneira.
c) expressa o desinteresse das classes sociais menos favorecidas economicamente pelas atividades
de lazer.
d) implica condições desiguais de acesso ao lazer, pela falta de infraestrutura e investimentos em
equipamentos.
e) aponta para o predomínio do lazer contemplativo, nas classes favorecidas economicamente; e do
prático, nas menos favorecidas.
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442) 
443) 
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Naquela manhã de céu limpo e ar leve, devido à chuva torrencial da noite anterior, saí a caminhar
com o sol ainda escondido para tomar tenência dos primeiros movimentos da vida na roça. Num
demorou nem um tiquinho e o cheiro intenso do café passado por Dona Linda me invadiu as narinas e
fez a fome se acordar daquela rema letárgica derivada da longa noite de sono. Levei as mãos até a água
que corria pela bica feita de bambu e o contato gelado foi de arrepiar. Mas fui em frente e levei as mãos
em concha até o rosto. Com o impacto, recuei e me faltou o fôlego por alguns instantes, mas o despertar
foi imediato. Já aceso, entrei na cozinha na buscação de derrubar a fome e me acercar do aconchego do
calor do fogão à lenha. Foi quando dei reparo da figura esguia e discreta de uma senhora acompanhada
de um garoto aparentando uns cinco anos de idade já aboletada na ponta da mesa em proseio íntimo
com a dona da casa. Depois de um vigoroso "Bom dia!", de um vaporoso aperto de mãos nas
apresentações de praxe, fiquei sabendo que Dona Flor de Maio levava o filho Adão para tratamento das
feridas que pipocavam por seu corpo, provocando pequenas pústulas de bordas avermelhadas.
 
GUIÃO, M. Disponível em: www.revistaecologico.com.br. Acesso em: 10 mar. 2014 (adaptado).
 
A variedade linguística da narrativa é adequada à descrição dos fatos. Por isso, a escolha de
determinadas palavras e expressões usadas no texto está a serviço da
a) localização dos eventos de fala no tempo ficcional.
b) composição da verossimilhança do ambiente retratado.
c) restrição do papel do narrador à observação das cenas relatadas.
d) construção mística das personagens femininas pelo autor do texto.
e) caracterização das preferências linguísticas da personagem masculina.
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
A lavadeira começou a viver como uma serviçal que impõe respeito e não mais como escrava. Mas
essa regalia súbita foi efêmera. Meus irmãos, nos frequentes deslizes que adulteravam este novo
relacionamento, eram dardejados pelo olhar severo de Emilie; eles nunca suportaram de bom grado que
uma índia passasse a comer na mesa da sala, usando os mesmos talheres e pratos, e comprimindo com
os lábios o mesmo cristal dos copos e a mesma porcelana das xícaras de café. Uma espécie de asco e
repulsa tingia-lhes o rosto, já não comiam com a mesma saciedade e recusavam-se a elogiar os pastéis
de picadinho de carneiro, os folheados de nata e tâmara, e o arroz com amêndoas, dourado, exalando
um cheiro de cebola tostada. Aquela mulher, sentada e muda, com o rosto rastreado de rugas, era capaz
de tirar o sabor e o odor dos alimentos e de suprimir a voz e o gesto como se o seu silêncio ou a sua
presença que era só silêncio impedisse o outro de viver.
 
HATOUM, M. Relato de um certo Oriente. São Paulo: Cia. das Letras, 2000.
 
Ao apresentar uma situação de tensão em família, o narrador destila, nesse fragmento, uma percepção
das relações humanas e sociais demarcada pelo
a) predomínio dos estigmas de classe e de raça sobre a intimidade da convivência.
b) discurso da manutenção de uma ética doméstica contra a subversão dos valores.
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444) 
445) 
c) desejo de superação do passado de escassez em prol do presente de abastança.
d) sentimento de insubordinação à autoridade representada pela matriarca da família.
e) rancor com a ingratidão e a hipocrisia geradas pelas mudanças nas regras da casa.
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
 
Disponível em: www.agenciapatriciagalvao.org.br. Acesso em: 15 maio 2017 (adaptado).
 
 
Campanhas publicitárias podem evidenciar problemas sociais. O cartaz tem como finalidade
a) alertar os homens agressores sobre as consequências de seus atos.
b) conscientizar a população sobre a necessidade de denunciar a violência doméstica.
c) instruir as mulheres sobre o que fazer em casos de agressão.
d) despertar nas crianças a capacidade de reconhecer atos de violência doméstica.
e) exigir das autoridades ações preventivas contra a violência doméstica.
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
TEXTO I
 
Fundamentam-se as regras da Gramática Normativa nas obras dos grandes escritores, em cuja
linguagem as classes ilustradas põem o seu ideal de perfeição, porque nela é que se espelha o que o uso
idiomático estabilizou e consagrou.
 
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446) 
LIMA, C. H. R. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989.
 
 
TEXTO II
 
Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras são para mim corpos tocáveis, sereias
visíveis, sensualidadesincorporadas. Talvez porque a sensualidade real não tem para mim interesse de
nenhuma espécie — nem sequer mental ou de sonho —, transmudou-se-me o desejo para aquilo que em
mim cria ritmos verbais, ou os escuta de outros. Estremeço se dizem bem. Tal página de Fialho, tal
página de Chateaubriand, fazem formigar toda a minha vida em todas as veias, fazem-me raivar
tremulamente quieto de um prazer inatingível que estou tendo. Tal página, até, de Vieira, na sua fria
perfeição de engenharia sintáctica, me faz tremer como um ramo ao vento, num delírio passivo de coisa
movida.
 
PESSOA, F. O livro do desassossego. São Paulo: Brasiliense, 1986
 
.
A linguagem cumpre diferentes funções no processo de comunicação. A função que predomina nos
textos I e II
a) destaca o “como” se elabora a mensagem, considerando-se a seleção, combinação e sonoridade
do texto.
b) coloca o foco no “com o quê” se constrói a mensagem, sendo o código utilizado o seu próprio
objeto.
c) focaliza o “quem” produz a mensagem, mostrando seu posicionamento e suas impressões
pessoais.
d) orienta-se no “para quem” se dirige a mensagem, estimulando a mudança de seu
comportamento.
e) enfatiza sobre “o quê” versa a mensagem, apresentada com palavras precisas e objetivas.
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
No esporte-participação ou esporte popular, a manifestação ocorre no princípio do prazer lúdico,
que tem como finalidade o bem-estar social dos seus praticantes. Está associado intimamente com o
lazer e o tempo livre e ocorre em espaços não comprometidos com o tempo e fora das obrigações da
vida diária. Tem como propósitos a descontração, a diversão, o desenvolvimento pessoal e o
relacionamento com as pessoas. Pode-se afirmar que o esporte-participação, por ser a dimensão social
do esporte mais inter-relacionada com os caminhos democráticos, equilibra o quadro de desigualdades
de oportunidades esportivas encontrado na dimensão esporte-performance. Enquanto o esporte-
performance só permite sucesso aos talentos ou àqueles que tiveram condições, o esporte-participação
favorece o prazer a todos que dele desejarem tomar parte.
 
GODTSFRIEDT, J. Esporte e sua relação com a sociedade: uma síntese bibliográfica. EFDeportes, n. 142, mar. 2010.
 
O sentido de esporte-participação construído no texto está fundamentalmente presente
a) nos Jogos Olímpicos, uma vez que reúnem diversos países na disputa de diferentes modalidades
esportivas.
b) nas competições de esportes individuais, uma vez que o sucesso de um indivíduo incentiva a
participação dos demais.
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447) 
448) 
c) nos campeonatos oficiais de futebol, regionais e nacionais, por se tratar de uma modalidade
esportiva muito popular no país.
d) nas competições promovidas pelas federações e confederações, cujo objetivo é a formação e a
descoberta de talentos.
e) nas modalidades esportivas adaptadas, cujo objetivo é o maior engajamento dos cidadãos.
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
Época, n. 698, 3 out. 2011 (adaptado).
 
Os textos publicitários são produzidos para cumprir determinadas funções comunicativas. Os objetivos
desse cartaz estão voltados para a conscientização dos brasileiros sobre a necessidade de
a) as crianças frequentarem a escola regularmente.
b) a formação leitora começar na infância.
c) a alfabetização acontecer na idade certa.
d) a literatura ter o seu mercado consumidor ampliado.
e) as escolas desenvolverem campanhas a favor da leitura.
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
O mundo mudou
 
O mundo mudou. “O mundo mudou” porque está sempre mudando. E sempre estará, até que um dia
chegue o seu alardeado fim (se é que chegará). Hoje vivemos "protegidos" “serviços”, e desde que você
tenha dinheiro para usá-los, claro. Carro quebrou na marginal? Relaxe, o guincho da seguradora virá em
minutos resgatá-lo. Tem dificuldade de locomoção? Espere, a empresa aérea disporá de uma cadeira de
rodas para levá-lo ao terminal. Surgiu uma goteira no seu chalé em plenas férias de verão? Calma, o
moço que conserta telhados está correndo para lá agora. Vai ficando para trás um outro mundo — de
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449) 
iniciativas, de gestos solidários, de amizade, de improvisação (sim, “quem não improvisa se inviabiliza”,
eu diria, parafraseando Chacrinha). Estamos criando uma geração que não sabe bater um prego na
parede, trocar um botijão de gás, armar uma rede. É, o mundo mudou sim. Só nos resta o telefone do
SAC, onde gastaremos nossa bílis com impropérios ao vento; ou o site da loja de eletrodomésticos onde
ninguém tem nome (que saudade dos Reginaldos, Edmilsons e Velosos!). Ligaremos para falar com a
nossa própria solidão, a nossa dependência do mundo dos serviços e a nossa incapacidade de viver com
real simplicidade, soterrados por senhas, protocolos e pendências vãs. Nem Kafka poderia sonhar com tal
mundo.
 
ZECA BALEIRO. Disponível em: www.istoe.com.br. Acesso em: 18 maio 2013 (adaptado).
 
O texto trata do avanço técnico e das facilidades encontradas pelo homem moderno em relação à
prestação de serviços. No desenvolvimento da temática, o autor
a) mostra a necessidade de se construir uma sociedade baseada no anonimato, reafirmando a ideia
de que a intimidade nas relações profissionais exerce influência negativa na qualidade do serviço
prestado.
b) apresenta uma visão pessimista acerca de tais facilidades porque elas contribuem para que o
homem moderno se torne acomodado e distanciado das relações afetivas.
c) recorre a clássicos da literatura mundial para comprovar o porquê da necessidade de se viver a
simplicidade e a solidariedade em tempos de solidão quase inevitável.
d) defende uma posição conformista perante o quadro atual, apresentando exemplos, em seu
cotidiano, de boa aceitação da praticidade oferecida pela vida moderna.
e) acredita na existência de uma superproteção, que impede os indivíduos modernos de sofrerem
severos danos materiais e emocionais.
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Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão)
Um conto de palavras que valessem mais por sua modulação que por seu significado. Um conto
abstrato e concreto como uma composição tocada por um grupo instrumental; límpido e obscuro, espiral
azul num campo de narcisos defronte a uma torre a descortinar um lago assombrado em que o atirar
uma pedra espraia a água em lentos círculos sob os quais nada um peixe turvo que é visto por ninguém
e no entanto existe como algas do oceano. Um conto-rastro de uma lesma também evento do universo
qual a luz de um quasar a bilhões de anos-luz; um conto em que os vocábulos são como notas
indeterminadas numa pauta; que é como bater suave e espaçado de um sino propagando-se nos
corredores de um mosteiro [...]. Um conto noturno com a fulguração de um sonho que, quanto mais se
quer, mais se perde; é preciso resistir à tentação das proparoxítonas e do sentido, a vida é uma peça
pregada cujo maior mistério é o nada.
 
SANT’ANNA, S. Um conto abstrato. In: O voo da madrugada. São Paulo: Cia. das Letras, 2003.
 
Utilizando o recurso da metalinguagem, o narrador busca definir o gênero conto pelo procedimento
estético estabelece uma
a) confluência de cores, destacando a importância do espaço. espaço.
b) composição de sons, valorizando a construção musical do texto.
c) percepção de sombras, endossando o caráter obscuro da escrita.
d) cadeia de imagens, enfatizando a ideia de sobreposição de sentidos.
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