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401) 402) Língua Portuguesa para ENEM 2023 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2jd6i Ordenação: Por Matéria www.tecconcursos.com.br/questoes/1187863 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) No texto, o uso da linguagem verbal e não verbal atende à finalidade de a) chamar a atenção para o respeito aos sinais de trânsito. b) informar os motoristas sobre a segurança dos usuários de ciclovias. c) alertar sobre os perigos presentes nas vias urbanas brasileiras. d) divulgar a distância permitida entre carros e veículos menores. e) propor mudanças de postura por parte de motoristas no trânsito. www.tecconcursos.com.br/questoes/1187873 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) Para que serve a tecnologia Computador https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2jd6i https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187863 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187873 403) “Com os computadores e a internet, mudei muito. A Lian de hoje é totalmente diferente daquela de antes da informática. Me abriu portas e, além de tudo, fui aceita por pessoas que achava que não iriam me aceitar. Com a internet, viajei o mundo. Fui até Portugal e à África. Eu nem sabia que lá a realidade era tão forte. Perto deles, estamos até muito bem.” – Tânia “Lian” Silva, 26, índia pankararu. TV “Eu gosto muito de televisão. Assisto às novelas, me divirto muito. Mas, ao mesmo tempo, sei que aquilo tudo que passa lá não é verdade. É tudo uma ilusão.” – Valentina Maria Vieira dos Santos, 89, índia fulni- ô da aldeia Xixi a cla. MP3 Player “Cuido do meu tocador de MP3 como se fosse um tesouro. É um pen drive simples, mas é muito especial para mim. Nele ouço músicas indígenas e bandas da própria aldeia. Ele vive emprestado porque acaba sendo a diversão da aldeia inteira. Uso até para exibir uns vídeos que baixo da internet. Basta colocar no aparelho de DVD com entrada USB que tenho.” – Jailton Pankararu, 23, índio pankararu. Disponível em: www2.uol.com.br. Acesso em: 1 ago. 2012. Os depoimentos apresentados no texto retratam o modo como diferentes gerações indígenas relatam suas experiências com os artefatos tecnológicos. Os comentários revelam a) uma preferência pela possibilidade de uso do computador. b) um elogio à utilidade da tecnologia no cotidiano indígena. c) uma crítica à própria identidade antes da inclusão digital. d) o gosto pela ilusão em telenovelas transmitidas na TV. e) o desejo de possuir um aparelho importado. www.tecconcursos.com.br/questoes/1187880 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) TEXTO I Por “complexo de vira-latas” entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. Isto em todos os setores e, sobretudo, no futebol. Dizer que nós nos julgamos “os maiores” é uma cínica inverdade. Em Wembley, por que perdemos? Porque, diante do quadro inglês, louro e sardento, a equipe brasileira ganiu de humildade. Jamais foi tão evidente e, eu diria mesmo, espetacular o nosso vira-latismo [...]. É um problema de fé em si mesmo. O brasileiro precisa se convencer de que não é um vira-latas. RODRIGUES, N. À sombra das chuteiras imortais. São Paulo: Cia. das Letras, 1993. TEXTO II A melhor banda de todos os tempos da última semana As músicas mais pedidas Os discos que vendem mais As novidades antigas Nas páginas dos jornais https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187880 404) Um idiota em inglês Se é idiota, é bem menos que nós Um idiota em inglês É bem melhor do que eu e vocês A melhor banda de todos os tempos da última semana O melhor disco brasileiro de música americana O melhor disco dos últimos anos de sucessos do passado O maior sucesso de todos os tempos entre os dez maiores fracassos TITÃS. A melhor banda de todos os tempos da última semana. São Paulo: Abril Music, 2001 (fragmento). O verso do Texto II que estabelece a adequada relação temática com “o nosso vira-latismo”, presente no Texto I, é: a) “As novidades antigas”. b) “Os discos que vendem mais”. c) “O melhor disco brasileiro de música americana”. d) “A melhor banda de todos os tempos da última semana”. e) “O maior sucesso de todos os tempos entre os dez maiores fracassos”. www.tecconcursos.com.br/questoes/1187883 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) Não há dúvidas de que, nos últimos tempos, em função da velocidade, do volume e da variedade da geração de informações, questões referentes à disseminação, ao armazenamento e ao acesso de dados têm se tornado complexas, de modo a desafiar homens e máquinas. Por meio de sistemas financeiros, de transporte, de segurança e de comunicação interpessoal – representados pelos mais variados dispositivos, de cartões de crédito a trens, aviões, passaportes e telefones celulares –, circulam fluxos informacionais que carregam o DNA da vida cotidiana do indivíduo contemporâneo. Para além do referido cenário informacional contemporâneo, percebe-se, nos contextos governamentais, um esforço – gerado por leis e decretos, ou mesmo por pressões democráticas – em disseminar informações de interesse público. No Brasil, está em vigor, desde maio de 2012, a Lei de Acesso à Informação n. 12.527. Em linhas gerais, a legislação regulamenta o direito à informação, já garantido na Constituição Federal, obrigando órgãos públicos a divulgarem os seus dados. SILVA JR., M. G. Vigiar, punir e viver. Minas faz Ciência, n. 58, 2014 (adaptado). As Tecnologias de Informação e Comunicação propiciam à sociedade contemporânea o acesso à grande quantidade de dados públicos e privados. De acordo com o texto, essa nova realidade promove a) questionamento sobre a privacidade. b) mecanismos de vigilância de pessoas. c) disseminação de informações individuais. d) interferência da legislação no uso dos dados. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187883 405) 406) e) transparência na relação entre governo e cidadãos. www.tecconcursos.com.br/questoes/1187893 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) Em sua conversa com o pai, Calvin busca persuadi-lo, recorrendo à estratégia argumentativa de a) mostrar que um bom trabalho como pai implica a valorização por parte do filho. b) apelar para a necessidade que o pai demonstra de ser bem-visto pela família. c) explorar a preocupação do pai com a própria imagem e popularidade. d) atribuir seu ponto de vista a terceiros para respaldar suas intenções. e) gerar um conflito entre a solicitação da mãe e os interesses do pai. www.tecconcursos.com.br/questoes/1187895 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) Os azulejos das fachadas do centro histórico de São Luís (MA) integram o patrimônio cultural da humanidade reconhecido pela Unesco. A técnica artística utilizada para a produção desses revestimentos advém das a) confluências de diferentes saberes do Oriente Médio e da Europa. b) adequações para aproveitamento da mão de obra local. c) inovações decorrentes da Revolução Industrial. d) influências das culturas francesa e holandesa. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187893 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187895 407) 408) e) descobertas de recursos naturais na Colônia. www.tecconcursos.com.br/questoes/1187897 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) A ascensão das novas tecnologias de comunicação causou alvoroço, quando não gerou discursosapocalípticos acerca da finitude dos objetos nos quais se ancorava a cultura letrada. As atenções voltaram-se, sobretudo, para o mais difundido de todos esses objetos: o livro impresso. A crer nesses diagnósticos sombrios, os livros e a noção romântica de autoria estavam fadados ao desaparecimento. O triunfo do hipertexto e a difusão dos e-books inscreveriam um marco na linha do tempo, semelhante aos daqueles suscitados pelo advento da escrita e da “revolução do impresso”. Decerto porque as mudanças no padrão tecnológico de comunicação alteram práticas e representações culturais. Contudo, os investigadores insistem que uma perspectiva evolutiva e progressiva acaba por obscurecer o fato de que as normas, as funções e os usos da cultura letrada não são compartilhados de maneira igual, como também não anulam as formas precedentes. Apesar dos avanços, a história da leitura não pode restringir seu interesse ao livro, tendo de considerar outras formas de impresso de ampla circulação e suportes de textos não impressos. Isso é particularmente relevante no Brasil, onde a imprensa aportou tardiamente e o letramento custou a se espalhar pela sociedade. SCHAPOCHNIK, N. Cultura letrada: objetos e práticas – uma introdução. In: ABREU, M.; SCHAPOCHNIK, N. (Org.). Cultura letrada no Brasil: objetos e práticas. Campinas: Mercado das Letras, 2005 (adaptado). Nesse texto, ao abordar o desenvolvimento da cultura letrada no país, o autor defende a ideia de que a) livros eletrônicos revolucionam ações de letramento. b) veículos midiáticos interferem na formação de leitores. c) tecnologias de leitura novas desconsideram as anteriores. d) aparatos tecnológicos prejudicam hábitos culturais. e) práticas distintas constroem a história da leitura. www.tecconcursos.com.br/questoes/1187903 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) bom... o... eu tenho impressão que o rádio provocou uma revolução... no país na medida que:... ahn principalmente o rádio de pilha né? quer dizer o rádio de pilha representou a quebra de um isolamento do homem do campo principalmente quer dizer então o homem do campo que nunca teria condição de ouvir... falar... de outras coisas... de outros lugares... de outras pessoas, entende? através do rádio de pilha... ele pôde se ligar ao resto do mundo saber que existem outros lugares outras pessoas, que existe um governo, que existem atos do governo... de modo que... o rádio, eu acho que tem um papel até... numa certa medida... ele provocou pelo alcance que tem uma revolução até maior do que a televisão... o que significou a quebra do isolamento... entende? de certas pessoas... a gente vê hoje o operário de obra com o rádio de pilha debaixo do braço durante todo o tempo que ele está trabalhando... quer dizer... se esse canal que é o rádio fosse usado da mesma forma como eu mencionei a televisão... num sentido cultural educativo de boas músicas e de... numa linha realmente de crescimento do homem [...] Esses veículos... de telecomunicações se colocassem a serviço da cultura e da educação seria uma beleza, né? https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187897 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187903 409) CASTILHO, A. T.; PRETTI, D. (Org.). A linguagem falada na cidade de São Paulo: materiais para seu estudo. São Paulo: T. A. Queiroz; Fapesp, 1987. A palavra comunicação origina-se do latim communicare e significa “tornar comum”, “repartir”. Nessa transcrição de entrevista, reafirma-se esse papel dos meios de comunicação de massa porque o rádio poderia a) oferecer diversão para as massas, possibilitando um melhor ambiente de trabalho. b) atender as demandas de mercado, servindo de instrumento à indústria do consumo. c) difundir uma cultura homogênea, abolindo as marcas identitárias de toda uma coletividade. d) trazer oportunidades de aprimoramento intelectual, permitindo ao homem o acesso a informações e a bens culturais. e) inserir o indivíduo em sua classe social, fornecendo entretenimento de pouco aprofundamento crítico. www.tecconcursos.com.br/questoes/1187940 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) Uma língua, múltiplos falares Desde suas origens, o Brasil tem uma língua dividida em falares diversos. Mesmo antes da chegada dos portugueses, o território brasileiro já era multilíngue. Havia cerca de 1,2 mil línguas faladas pelos povos indígenas. O português trazido pelo colonizador tampouco era uma língua homogênea, havia variações dependendo da região de Portugal de onde ele vinha. Há de se considerar também que a chegada de falantes de português acontece em diferentes etapas, em momentos históricos específicos. Na cidade de São Paulo, por exemplo, temos primeiramente o encontro linguístico de portugueses com índios e, além dos negros da África, vieram italianos, japoneses, alemães, árabes, todos com suas línguas. “Todo este processo vai produzindo diversidades linguísticas que caracterizam falares diferentes”, afirma um linguista da Unicamp. Daí que na mesma São Paulo pode-se encontrar modos de falar distintos como o de Adoniran Barbosa, que eternizou em suas composições o sotaque típico de um filho de imigrantes italianos, ou o chamado erre retroflexo, aquele erre dobrado que, junto com a letra i, resulta naquele jeito de falar “cairne” e “poirta” característico do interior de São Paulo. MARIUZZO, P. Disponível em: www.labjor.unicamp.br. Acesso em: 30 jul. 2012 (adaptado). A partir desse breve histórico da língua portuguesa no Brasil, um dos elementos de identidade nacional, entende-se que a diversidade linguística é resultado da a) imposição da língua do colonizador sobre as línguas indígenas. b) interação entre os falantes de línguas e culturas diferentes. c) sobreposição das línguas europeias sobre as africanas e indígenas. d) heterogeneidade da língua trazida pelo colonizador. e) preservação dos sotaques característicos dos imigrantes. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187940 410) 411) www.tecconcursos.com.br/questoes/1187943 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) O tradicional ornato para cabelos, a tiara ou diadema, já foi uma exclusividade feminina. Na origem, tanto “tiara” quanto “diadema” eram palavras de bom berço. “Tiara” nomeava o adorno que era o signo de poder entre os poderosos da Pérsia antiga e povos como os frísios, os bizantinos e os etíopes. A palavra foi incorporada do Oriente pela Grécia e chegou até nós por via latina, para quem queria referir-se à mitra usada pelos persas. Diadema era a faixa ou tira de linho fino colocado na cabeça pelos antigos latinos, herança do derivado grego para diádo (atar em volta, segundo o Houaiss). No Brasil, a forma de arco ou de laço das tiaras e alguns usos específicos (o nordestino “gigolete” faz alusão ao ornato usado por cafetinas, versões femininas do “gigolô”) produziram novos sinônimos regionais do objeto. Os sinônimos da tiara. Língua Portuguesa, n. 23, 2007 (adaptado). No texto, relata-se que o nome de um enfeite para cabelo assumiu diferentes denominações ao longo da história. Essa variação justifica-se pelo(a) a) distanciamento de sentidos mais antigos. b) registro de fatos históricos ocorridos em uma dada época. c) associação a questões religiosas específicas de uma sociedade. d) tempo de uso em uma comunidade linguística. e) utilização do objeto por um grupo social. www.tecconcursos.com.br/questoes/1187945 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) Glossário diferenciado Outro dia vi um anúncio de alguma coisa que não lembro o que era (como vocês podem deduzir, o anúncio era péssimo). Lembro apenas que o produto era diferenciado, funcional e sustentável.Pensando nisso, fiz um glossário de termos diferenciados e suas respectivas funcionalidades. Diferenciado: um adjetivo que define um substantivo mas também o sujeito que o está usando. Quem fala “diferenciado” poderia falar “diferente”. Mas escolheu uma palavra diferenciada. Porque ele quer mostrar que ele próprio é “diferenciado”. Essa é a função da palavra “diferenciado”: diferenciar-se. Por diferençado, entenda: “mais caro”. Estudos indicam que a palavra “diferenciado” representa um aumento de 50% no valor do produto. É uma palavra que faz a diferença. DUVIVIER, G. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 17 nov. 2014 (adaptado). Os gêneros são definidos, entre outros fatores, por sua função social. Nesse texto, um verbete foi criado pelo autor para a) atribuir novo sentido a uma palavra. b) apresentar as características de um produto. c) mostrar um posicionamento crítico. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187943 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187945 412) d) registrar o surgimento de um novo termo. e) contar um fato do cotidiano. www.tecconcursos.com.br/questoes/1187978 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) TEXTO I TEXTO II TEXTO III A arte pode estar, às vezes, muito mais preparada do que a ciência para captar o devir e a fluidez do mundo, pois o artista não quer manipular, mas sim “habitar” as coisas. O famoso artista francês Rodin, no seu livro L’Art (A Arte, 1911), comenta que a técnica de fotografia em série, mostrando todos os momentos do galope de um cavalo em diversos quadros, apesar de seu grande realismo, não é capaz de capturar o movimento. O corpo do animal é fotografado em diferentes posições, mas ele não parece estar galopando: “na imagem científica [fotográfica], o tempo é suspenso bruscamente”. Para Rodin, um pintor é capaz, em única cena, de nos transmitir a experiência de ver um cavalo de corrida, e isso porque ele representa o animal em um movimento ambíguo, em que os membros traseiros e dianteiros parecem estar em instantes diferentes. Rodin diz que essa exposição talvez seja logicamente inconcebível, mas é paradoxalmente muito mais adequada à maneira como o movimento se dá: “o artista é verdadeiro e a fotografia mentirosa, pois na realidade o tempo não para”. FEITOSA, C. Explicando a filosofia com arte. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187978 413) 414) Observando-se as imagens (Textos I e II), o paradoxo apontado por Rodin (Texto III) procede e cria uma maneira original de perceber a relação entre a arte e a técnica, porque o(a) a) fotografia é realista na captação da sensação do movimento. b) pintura explora os sentimentos do artista e não tem um caráter científico. c) fotógrafo faz um estudo sobre os movimentos e consegue captar a essência da sua representação. d) pintor representa de forma equivocada as patas dos cavalos, confundindo nossa noção de realidade. e) pintura inverte a lógica comumente aceita de que a fotografia faz um registro objetivo e fidedigno da realidade. www.tecconcursos.com.br/questoes/1187984 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) Ocorre que a grande obra nunca é apenas a tradução do engenho e arte do seu autor, seja este escritor, filósofo, cientista, pintor, músico, arquiteto, escultor, cineasta. Em geral, a grande obra é também, ou mesmo principalmente, a expressão do clima sociocultural, intelectual, científico, filosófico e artístico da época, conforme se expressa em alguma coletividade, grupo social, etnia, gênero ou povo. IANNI, O. Variações sobre arte e ciência. Tempo Social, n. 1, jun. 2004. O fragmento define o que é uma grande obra de arte. Como estratégia de construção do texto, o autor faz uso recorrente de a) enumerações para sustentar o ponto de vista apresentado. b) repetições para retificar as características do objeto descrito. c) generalizações para sintetizar as ideias expostas. d) adjetivações para descrever a obra caracterizada. e) sinonímias para retomar as características da atividade autoral. www.tecconcursos.com.br/questoes/1187998 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) Vez por outra, indo devolver um filme na locadora ou almoçar no árabe da rua de baixo, dobro uma esquina e tomo um susto. Ué, cadê o quarteirão que estava aqui? Onde na véspera havia casinhas geminadas, roseiras cuidadas por velhotas e janelas de adolescentes, cheias de adesivos, há apenas uma imensa cratera, cercada de tapumes. [...] Em breve, do buraco brotará um prédio, com grandes garagens e minúsculas varandas, e será batizado de Arizona Hills, ou Maison Lacroix, ou Plaza de Marbella, e isso me entristece. Não só porque ficará mais feio meu caminho até a locadora, ou até o árabe na rua de baixo, mas porque é meu bairro que morre, devagarinho. Os bairros, como os homens, também têm um espírito. [...] Às vezes, no fim da tarde, quando ouço o sino da igreja da Caiubi badalar seis vezes, quase acredito que estou numa cidade do interior. Aí saio para devolver os vídeos, olho para o lado, percebo que o https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187984 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1187998 415) quarteirão desapareceu e me dou conta de que estou em São Paulo, e que eu mesmo tenho minha cota de responsabilidade: moro no segundo andar de um prédio. [...] Ali embaixo, onde agora fica a garagem, já houve uma cratera, e antes dela o jardim de uma velhota e a janela de um adolescente, cheia de adesivos. PRATA, A. Perdizes. In: Meio intelectual, meio de esquerda. São Paulo: Editora 34, 2010. Na crônica, a incidência do contexto social sobre a voz narrativa manifesta-se no(a) a) decepção com o progresso da cidade de São Paulo. b) sentimento de nostalgia causado pela demolição das casas antigas. c) percepção de uma descaracterização da identidade do bairro. d) necessidade de uma autocrítica em relação aos próprios hábitos. e) descontentamento com os estrangeirismos da nova geografia urbana. www.tecconcursos.com.br/questoes/1188001 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) A orquestra atacou o tema que tantas vezes ouvi na vitrola de Matilde. Le maxixe!, exclamou o francês [...] e nos pediu que dançássemos para ele ver. Mas eu só sabia dançar a valsa, e respondi que ele me honraria tirando minha mulher. No meio do salão os dois se abraçaram e assim permaneceram, a se encarar. Súbito ele a girou em meia-volta, depois recuou o pé esquerdo, enquanto com o direito Matilde dava um longo passo adiante, e os dois estacaram mais um tempo, ela arqueada sobre o corpo dele. Era uma coreografia precisa, e me admirou que minha mulher conhecesse aqueles passos. O casal se entendia à perfeição, mas logo distingui o que nele foi ensinado do que era nela natural. O francês, muito alto, era um boneco de varas, jogando com uma boneca de pano. Talvez pelo contraste, ela brilhava entre dezenas de dançarinos, e notei que todo o cabaré se extasiava com a sua exibição. Todavia, olhando bem, eram pessoas vestidas, ornadas, pintadas com deselegância, e foi me parecendo que também em Matilde, em seus movimentos de ombros e quadris, havia excesso. A orquestra não dava pausa, a música era repetitiva, a dança se revelou vulgar, pela primeira vez julguei meio vulgar a mulher com quem eu tinha me casado. Depois de meia hora eles voltaram se abanando, e escorria suor pelo colo de Matilde decote abaixo. Bravô, eu gritei, bravô, e ainda os estimulei a dançar o próximo tango, mas Dubosc disse que já era tarde, e que eu tinha um ar fatigado. CHICO BUARQUE. Leite derramado. São Paulo: Cia. das Letras, 2009. Os recursos expressivosde um texto literário fornecem pistas aos leitores sobre a percepção dos personagens em relação aos eventos da narrativa. No fragmento, constitui um aspecto relevante para a compreensão das intenções do narrador a a) inveja disfarçada em relação ao estrangeiro, sugerida pela descrição de seu talento como dançarino. b) demonstração de ciúmes, expressa pela desqualificação dos participantes da cena narrada. c) postura aristocrática, assinalada pela crítica à orquestra e ao gênero musical executado. d) manifestação de desprezo pela dança, indicada pela crítica ao exibicionismo da mulher. e) atitude interesseira, pressuposta no elogio final e no estímulo à continuação da dança. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1188001 416) 417) www.tecconcursos.com.br/questoes/1188003 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) TEXTO I TEXTO II Manuel da Costa Ataíde (Mariana, MG, 1762-1830), assim como os demais artistas do seu tempo, recorria a bíblias e a missais impressos na Europa como ponto de partida para a seleção iconográfica das suas composições, que então recriava com inventiva liberdade. Se Mário de Andrade houvesse conseguido a oportunidade de acesso aos meios de aproximação ótica da pintura dos forros de Manuel da Costa Ataíde, imaginamos como não teria vibrado com o mulatismo das figuras do mestre marianense, ratificando, ao lado de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, a sua percepção pioneira de um surto de racialidade brasileira em nossa terra, em pleno século XVIII. FROTA, L. C. Ataíde: vida e obra de Manuel da Costa Ataíde. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982. O Texto II destaca a inovação na representação artística setecentista, expressa no Texto I pela a) reprodução de episódios bíblicos. b) retratação de elementos europeus. c) valorização do sincretismo religioso. d) recuperação do antropocentrismo clássico. e) incorporação de características identitárias. www.tecconcursos.com.br/questoes/1188006 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) O processo de leitura da informação vinda do companheiro e do adversário é fundamental nos esportes coletivos. O participante de modalidades com essas características deverá, a todo momento, ler e interpretar as informações gestuais de seu companheiro e adversário que, por outra via, também é portador de informações. Estas deverão ser claras e legíveis para seu companheiro e totalmente obscuras para o adversário. Na interpretação praxiológica, seria aquele jogador que consegue ler as informações https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1188003 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1188006 418) do adversário e posicionar-se da melhor forma possível, antecipando-se a seus adversários e ocupando os melhores espaços. RIBAS, J. F. M. Praxiologia motriz: construção de um novo olhar dos esportes e jogos na escola. Motriz, n. 2, 2005 (adaptado). De acordo com a ideia de processamento de informação nas modalidades esportivas coletivas, para ser bem-sucedido em suas ações no jogo, o jogador deve a) identificar as informações produzidas por todos os jogadores, posicionando-se de forma fixa no espaço de jogo. b) refletir sobre as informações fornecidas por todos os jogadores e executar os gestos técnicos com precisão no jogo. c) analisar as informações dos adversários e, com base nelas, realizar individualmente suas ações, com o fim de tirar vantagem tática. d) fornecer informações precisas para os adversários e interpretar as dos companheiros, para facilitar sua tomada de decisão. e) interpretar informações de companheiros e adversários, agindo objetivamente com os primeiros e imprecisamente com os adversários. www.tecconcursos.com.br/questoes/1188007 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) O lazer é um fenômeno mundial, fruto da modernidade e das relações que se estabelecem entre o tempo de trabalho e o tempo do não trabalho. Os efeitos da industrialização e da globalização foram percebidos pela velocidade das mensagens veiculadas pela mídia, pela explosão das novas tecnologias da informação e comunicação, pela exacerbação do individualismo e competitividade, pelas mudanças no contexto social e também por uma crise nas relações de trabalho. Em meio a todas essas mudanças, o lazer apresenta-se como um conjunto de elementos culturais que podem ser vivenciados no tempo disponível, seja como atividade prática ou contemplativa. SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Proposta curricular do estado de Minas Gerais, 6º ao 9º ano. Disponível em: http://crv.educacao.mg.gov.br. Acesso em: 31 jul. 2012. Na perspectiva conceitual assumida pelo texto, o lazer constitui-se por atividades que a) auxiliam na conquista de maior produtividade no âmbito do trabalho. b) buscam a melhoria da condição atlética e da alta performance dos praticantes. c) resultam da tensão entre os interesses da mídia e as necessidades dos empregadores. d) favorecem as relações de individualidade e competitividade entre os praticantes. e) são de natureza esportiva, artística ou cultural, escolhidas pelos indivíduos. www.tecconcursos.com.br/questoes/1188197 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1188007 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1188197 419) 420) Ela parecia pedir socorro contra o que de algum modo involuntariamente dissera. E ele com os olhos miúdos quis que ela não fugisse e falou: — Repita o que você disse, Lóri. — Não sei mais. — Mas eu sei, eu vou saber sempre. Você literalmente disse: um dia será o mundo com sua impersonalidade soberba versus a minha extrema individualidade de pessoa, mas seremos um só. — Sim. Lóri estava suavemente espantada. Então isso era a felicidade. De início se sentiu vazia. Depois seus olhos ficaram úmidos: era felicidade, mas como sou mortal, como o amor pelo mundo me transcende. O amor pela vida mortal a assassinava docemente, aos poucos. E o que é que eu faço? Que faço da felicidade? Que faço dessa paz estranha e aguda, que já está começando a me doer como uma angústia, como um grande silêncio de espaços? A quem dou minha felicidade, que já está começando a me rasgar um pouco e me assusta? Não, não quero ser feliz. Prefiro a mediocridade. Ah, milhares de pessoas não têm coragem de pelo menos prolongar-se um pouco mais nessa coisa desconhecida que é sentir-se feliz e preferem a mediocridade. Ela se despediu de Ulisses quase correndo: ele era o perigo. LISPECTOR, C. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1990. A obra de Clarice Lispector alcança forte expressividade em razão de determinadas soluções narrativas. No fragmento, o processo que leva a essa expressividade fundamenta-se no a) desencontro estabelecido no diálogo do par amoroso. b) exercício de análise filosófica conduzido pelo narrador. c) registro do processo de autoconhecimento da personagem. d) discurso fragmentado como reflexo de traumas psicológicos. e) afastamento da voz narrativa em relação aos dramas existenciais. www.tecconcursos.com.br/questoes/1188199 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2018 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) Muitos trabalhos recentes de arte digital não consistem mais em objetos puros e simples, que se devem admirar ou analisar, mas em campos de possibilidades, programas geradores de experiências estéticas potenciais. Se já era difícil decidir sobre a paternidade de um produto da cultura técnica, visto que ela oscilava entre a máquina e os vários sujeitos que a manipulam, a tarefa agora torna-se ainda mais complexa. Se quisermoscomplicar ainda mais o esquema da criação nos objetos artísticos produzidos com meios tecnológicos, poderíamos incluir também aquele que está na ponta final do processo e que foi conhecido pelos nomes (hoje inteiramente inapropriados) de espectadores, ouvintes ou leitores: numa palavra, os receptores de produtos culturais. MACHADO, A. Máquina e imaginário: o desafio das poéticas tecnológicas. São Paulo: Edusp, 1993 (adaptado). https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1188199 421) O autor demonstra a crise que os meios digitais trazem para questões tradicionais da criação artística, particularmente, para a autoria. Essa crise acontece porque, atualmente, além de clicar e navegar, o público a) analisa o objeto artístico. b) anula a proposta do autor. c) assume a criação da obra. d) interfere no trabalho de arte. e) impede a atribuição de autoria. www.tecconcursos.com.br/questoes/937877 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) TEXTO I Criatividade em publicidade: teorias e reflexões Resumo: O presente artigo aborda uma questão primordial na publicidade: a criatividade. Apesar de aclamada pelos departamentos de criação das agências, devemos ter a consciência de que nem todo anúncio é, de fato, criativo. A partir do resgate teórico, no qual os conceitos são tratados à luz da publicidade, busca-se estabelecer a compreensão dos temas. Para elucidar tais questões, é analisada uma campanha impressa da marca XXXX. As reflexões apontam que a publicidade criativa é essencialmente simples e apresenta uma releitura do cotidiano. DEPEXE, S. D. Travessias: Pesquisas em Educação, Cultura, Linguagem e Artes, n. 2, 2008. TEXTO II Homenagem ao Dia das Mães 2012. Disponível em: www.comunicacao.com. Acesso em: 3 ago. 2012 (adaptado). Os dois textos apresentados versam sobre o tema criatividade. O Texto I é um resumo de caráter científico e o Texto II, uma homenagem promovida por um site de publicidade. De que maneira o Texto II exemplifica o conceito de criatividade em publicidade apresentado no Texto I? https://www.tecconcursos.com.br/questoes/937877 422) 423) a) Fazendo menção ao difícil trabalho das mães em criar seus filhos. b) Promovendo uma leitura simplista do papel materno em seu trabalho de criar os filhos. c) Explorando a polissemia do termo “criação”. d) Recorrendo a uma estrutura linguística simples. e) Utilizando recursos gráficos diversificados. www.tecconcursos.com.br/questoes/937883 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) PROPAGANDA — O exame dos textos e mensagens de Propaganda revela que ela apresenta posições parciais, que refletem apenas o pensamento de uma minoria, como se exprimissem, em vez disso, a convicção de uma população; trata-se, no fundo, de convencer o ouvinte ou o leitor de que, em termos de opinião, está fora do caminho certo, e de induzi-lo a aderir às teses que lhes são apresentadas, por um mecanismo bem conhecido da psicologia social, o do conformismo induzido por pressões do grupo sobre o indivíduo isolado. BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de política. Brasília: UnB, 1998 (adaptado). De acordo com o texto, as estratégias argumentativas e o uso da linguagem na produção da propaganda favorecem a a) reflexão da sociedade sobre os produtos anunciados. b) difusão do pensamento e das preferências das grandes massas. c) imposição das ideias e posições de grupos específicos. d) decisão consciente do consumidor a respeito de sua compra. e) identificação dos interesses do responsável pelo produto divulgado. www.tecconcursos.com.br/questoes/937888 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) Sítio Gerimum Este é o meu lugar [...] Meu Gerimum é com g Você pode ter estranhado Gerimum em abundância Aqui era plantado E com a letra g Meu lugar foi registrado. OLIVEIRA, H. D. Língua Portuguesa, n. 88, fev. 2013 (fragmento). Nos versos de um menino de 12 anos, o emprego da palavra “Gerimum” grafada com a letra “g” tem por objetivo a) valorizar usos informais caracterizadores da norma nacional. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/937883 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/937888 424) b) confirmar o uso da norma-padrão em contexto da linguagem poética. c) enfatizar um processo recorrente na transformação da língua portuguesa. d) registrar a diversidade étnica e linguística presente no território brasileiro. e) reafirmar discursivamente a forte relação do falante com seu lugar de origem. www.tecconcursos.com.br/questoes/937899 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) Romanos usavam redes sociais há dois mil anos, diz livro Ao tuitar ou comentar embaixo do post de um de seus vários amigos no Facebook, você provavelmente se sente privilegiado por viver em um tempo na história em que é possível alcançar de forma imediata uma vasta rede de contatos por meio de um simples clique no botão “enviar”. Você talvez também reflita sobre como as gerações passadas puderam viver sem mídias sociais, desprovidas da capacidade de verem e serem vistas, de receber, gerar e interagir com uma imensa carga de informações. Mas o que você talvez não saiba é que os seres humanos usam ferramentas de interação social há mais de dois mil anos. É o que afirma Tom Standage, autor do livro Writing on the Wall — Social Media, The first 2 000 Years (Escrevendo no mural — mídias sociais, os primeiros 2 mil anos, em tradução livre). Segundo Standage, Marco Túlio Cícero, filósofo e político romano, teria sido, junto com outros membros da elite romana, precursor do uso de redes sociais. O autor relata como Cícero usava um escravo, que posteriormente tornou-se seu escriba, para redigir mensagens em rolos de papiro que eram enviados a uma espécie de rede de contatos. Estas pessoas, por sua vez, copiavam seu texto, acrescentavam seus próprios comentários e repassavam adiante. “Hoje temos computadores e banda larga, mas os romanos tinham escravos e escribas que transmitiam suas mensagens”, disse Standage à BBC Brasil. “Membros da elite romana escreviam entre si constantemente, comentando sobre as últimas movimentações políticas e expressando opiniões.” Além do papiro, outra plataforma comumente utilizada pelos romanos era uma tábua de cera do tamanho e da forma de um tablet moderno, em que escreviam recados, perguntas ou transmitiam os principais pontos da acta diurna, um “jornal” exposto diariamente no Fórum de Roma. Essa tábua, o “iPad da Roma Antiga”, era levada por um mensageiro até o destinatário, que respondia embaixo da mensagem. NIDECKER,F. Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 7 nov.2013 (adaptado). Na reportagem, há uma comparação entre tecnologias de comunicação antigas e atuais. Quanto ao gênero mensagem, identifica-se como característica que perdura ao longo dos tempos o(a) a) imediatismo das respostas. b) compartilhamento de informações. c) interferência direta de outros no texto original. d) recorrência de seu uso entre membros da elite. e) perfil social dos envolvidos na troca comunicativa. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/937899 425) 426) www.tecconcursos.com.br/questoes/937900 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) Textos e hipertextos: procurando o equilíbrio Há um medo por parte dos pais e de alguns professores de as crianças desaprenderem quando navegam, medo de elas viciarem, de obterem informação não confiável, de elas se isolarem do mundo real, como se o computador fosse um agente do mal, um vilão. Esse medo é reforçado pela mídia, que costuma apresentar o computador como um agente negativo na aprendizagem e na socialização dos usuários. Nós sabemos que ninguém corre o risco de desaprenderquando navega, seja em ambientes digitais ou em materiais impressos, mas é preciso ver o que se está aprendendo e algumas vezes interferir nesse processo a fim de otimizar ou orientar a aprendizagem, mostrando aos usuários outros temas, outros caminhos, outras possibilidades diferentes daquelas que eles encontraram sozinhos ou daquelas que eles costumam usar. É preciso, algumas vezes, negociar o uso para que ele não seja exclusivo, uma vez que há outros meios de comunicação, outros meios de informação e outras alternativas de lazer. É uma questão de equilibrar e não de culpar. COSCARELLI, C. V. Linguagem em (Dis)curso, n. 3, set.-dez. 2009. A autora incentiva o uso da internet pelos estudantes, ponderando sobre a necessidade de orientação a esse uso, pois essa tecnologia a) está repleta de informações confiáveis que constituem fonte única para a aprendizagem dos alunos. b) exige dos pais e professores que proíbam seu uso abusivo para evitar que se torne um vício. c) tende a se tornar um agente negativo na aprendizagem e na socialização de crianças e jovens. d) possibilita maior ampliação do conhecimento de mundo quando a aprendizagem é direcionada. e) leva ao isolamento do mundo real e ao uso exclusivo do computador se a navegação for desmedida. www.tecconcursos.com.br/questoes/937902 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) O mundo revivido Sobre esta casa e as árvores que o tempo esqueceu de levar. Sobre o curral de pedra e paz e de outras vacas tristes chorando a lua e a noite sem bezerros. Sobre a parede larga deste açude onde outras cobras verdes se arrastavam, e pondo o sol nos seus olhos parados iam colhendo sua safra de sapos. Sob as constelações do sul que a noite armava e desarmava: as Três Marias, o Cruzeiro distante e o Sete-Estrelo. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/937900 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/937902 427) Sobre este mundo revivido em vão, a lembrança de primos, de cavalos, de silêncio perdido para sempre. DOBAL, H. A província deserta. Rio de Janeiro: Artenova, 1974. No processo de reconstituição do tempo vivido, o eu lírico projeta um conjunto de imagens cujo lirismo se fundamenta no a) inventário das memórias evocadas afetivamente. b) reflexo da saudade no desejo de voltar à infância. c) sentimento de inadequação com o presente vivido. d) ressentimento com as perdas materiais e humanas. e) lapso no fluxo temporal dos eventos trazidos à cena. www.tecconcursos.com.br/questoes/937904 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) A ascensão social por meio do esporte mexe com o imaginário das pessoas, pois em poucos anos um adolescente pode se tornar milionário caso tenha um bom desempenho esportivo. Muitos meninos de famílias pobres jogam com o objetivo de conseguir dinheiro para oferecer uma boa qualidade de vida à família. Isso aproximou mais ainda o futebol das camadas mais pobres da sociedade, tornando-o cada vez mais popular. Acontece que esses jovens sonham com fama e dinheiro, enxergando no futebol o único caminho possível para o sucesso. No entanto, eles não sabem da grande dificuldade que existe no início dessa jornada em que a minoria alcança a carreira profissional. Esses garotos abandonam a escola pela ilusão de vencer no futebol, à qual a maioria sucumbe. O caminho até o profissionalismo acontece por meio de um longo processo seletivo que os jovens têm de percorrer. Caso não seja selecionado, esse atleta poderá ter que abandonar a carreira involuntariamente por falta de uma equipe que o acolha. Alguns podem acabar em subempregos, à margem da sociedade, ou até mesmo em vícios decorrentes desse fracasso e dessa desilusão. Isso acontece porque no auge da sua formação escolar e na condição juvenil de desenvolvimento, eles não se preparam e não são devidamente orientados para buscar alternativas de experiências mais amplas de ocupação fora e além do futebol. BALZANO, O. N.; MORAIS, J. S. A formação do jogador de futebol e sua relação com a escola. EFDeportes, n. 172, set. 2012 (adaptado). Ao abordar o fato de, no Brasil, muitos jovens depositarem suas esperanças de futuro no futebol, o texto critica o(a) a) despreparo dos jogadores de futebol para ajudarem suas famílias a superar a miséria. b) garantia de ascensão social dos jovens pela carreira de jogador de futebol. c) falta de investimento dos clubes para que os atletas possam atuar profissionalmente e viver do futebol. d) investimento reduzido dos atletas profissionais sua formação escolar, gerando frustração e desilusão profissional no esporte. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/937904 428) 429) e) despreocupação dos sujeitos com uma formação paralela à esportiva, para habilitá-los a atuar em outros setores da vida. www.tecconcursos.com.br/questoes/937908 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) Garcia tinha-se chegado ao cadáver, levantara o lenço e contemplara por alguns instantes as feições defuntas. Depois, como se a morte espiritualizasse tudo, inclinou-se e beijou-a na testa. Foi nesse momento que Fortunato chegou à porta. Estacou assombrado; não podia ser o beijo da amizade, podia ser o epílogo de um livro adúltero [...]. Entretanto, Garcia inclinou-se ainda para beijar outra vez o cadáver, mas então não pôde mais. O beijo rebentou em soluços, e os olhos não puderam conter as lágrimas, que vieram em borbotões, lágrimas de amor calado, e irremediável desespero. Fortunato, à porta, onde ficara, saboreou tranquilo essa explosão de dor moral que foi longa, muito longa, deliciosamente longa. ASSIS, M. A causa secreta. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 9 out. 2015. No fragmento, o narrador adota um ponto de vista que acompanha a perspectiva de Fortunato. O que singulariza esse procedimento narrativo é o registro do(a) a) indignação face à suspeita do adultério da esposa. b) tristeza compartilhada pela perda da mulher amada. c) espanto diante da demonstração de afeto de Garcia. d) prazer da personagem em relação ao sofrimento alheio. e) superação do ciúme pela comoção decorrente da morte. www.tecconcursos.com.br/questoes/937911 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) Mas assim que penetramos no universo da web, descobrimos que ele constitui não apenas um imenso “território” em expansão acelerada, mas que também oferece inúmeros "mapas", filtros, seleções para ajudar o navegante a orientar-se. O melhor guia para a web é a própria web. Ainda que seja preciso ter a paciência de explorá-la. Ainda que seja preciso arriscar-se a ficar perdido, aceitar “a perda de tempo” para familiarizar-se com esta terra estranha. Talvez seja preciso ceder por um instante a seu aspecto lúdico para descobrir, no desvio de um link, os sites que mais se aproximam de nossos interesses profissionais ou de nossas paixões e que poderão, portanto, alimentar da melhor maneira possível nossa jornada pessoal. LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. O usuário iniciante sente-se não raramente desorientado no oceano de informações e possibilidades disponíveis na rede mundial de computadores. Nesse sentido, Pierre Lévy destaca como um dos principais aspectos da internet o(a) a) espaço aberto para a aprendizagem. b) grande número de ferramentas de pesquisa. c) ausência de mapas ou guias explicativos. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/937908 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/937911 430) 431) d) infinito número de páginas virtuais. e) dificuldade de acesso aos sites de pesquisa. www.tecconcursos.com.br/questoes/937915 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) TEXTO I Terezinha de Jesus De uma queda foi aochão Acudiu três cavalheiros Todos os três de chapéu na mão O primeiro foi seu pai O segundo, seu irmão O terceiro foi aquele A quem Tereza deu a mão BATISTA, M. F. B. M.; SANTOS, I. M. F. (Org.). Cancioneiro da Paraíba. João Pessoa: Grafset, 1993 (adaptado). TEXTO II Outra interpretação é feita a partir das condições sociais daquele tempo. Para a ama e para a criança para quem cantava a cantiga, a música falava do casamento como um destino natural na vida da mulher, na sociedade brasileira do século XIX, marcada pelo patriarcalismo. A música prepara a moça para o seu destino não apenas inexorável, mas desejável: o casamento, estabelecendo uma hierarquia de obediência (pai, irmão mais velho, marido), de acordo com a época e circunstâncias de sua vida. Disponível em: http://provsjose.blogspot.com.br. Acesso em: 5 dez. 2012. O comentário do Texto II sobre o Texto I evoca a mobilização da língua oral que, em determinados contextos, a) assegura a existência de pensamentos contrários à ordem vigente. b) mantém a heterogeneidade das formas de relações sociais. c) conserva a influência religiosa sobre certas culturas. d) preserva a diversidade cultural e comportamental. e) reforça comportamentos e padrões culturais. www.tecconcursos.com.br/questoes/937917 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) Essas moças tinham o vezo de afirmar o contrário do que desejavam. Notei a singularidade quando principiaram a elogiar o meu paletó cor de macaco. Examinavam-no sérias, achavam o pano e os aviamentos de qualidade superior, o feitio admirável. Envaideci-me: nunca havia reparado em tais vantagens. Mas os gabos se prolongaram, trouxeram-me desconfiança. Percebi afinal que elas zombavam e não me susceptibilizei. Longe disso: achei curiosa aquela maneira de falar pelo avesso, diferente das https://www.tecconcursos.com.br/questoes/937915 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/937917 432) grosserias a que me habituara. Em geral me diziam com franqueza que a roupa não me assentava no corpo, sobrava nos sovacos. RAMOS, G. Infância. Rio de Janeiro: Record, 1994. Por meio de recursos linguísticos, os textos mobilizam estratégias para introduzir e retomar ideias, promovendo a progressão do tema. No fragmento transcrito, um novo aspecto do tema é introduzido pela expressão a) “a singularidade”. b) “tais vantagens”. c) “os gabos”. d) “Longe disso”. e) “Em geral”. www.tecconcursos.com.br/questoes/937919 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) CIPRIANI, F. Disponível em: www.snmsolutions.com.br. Acesso em: 15 maio 2013 (adaptado). O consumidor do século XXI, chamado de novo consumidor social, tende a se comportar de modo diferente do consumidor tradicional. Pela associação das características apresentadas no diagrama, infere-se que esse novo consumidor sofre influência da a) cultura do comércio eletrônico. b) busca constante pelo menor preço. c) divulgação de informações pelas empresas. d) necessidade recorrente de consumo. e) postura comum aos consumidores tradicionais. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/937919 433) 434) www.tecconcursos.com.br/questoes/937922 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) A língua tupi no Brasil Há 300 anos, morar na vila de São Paulo de Piratininga (peixe seco, em tupi) era quase sinônimo de falar língua de índio. Em cada cinco habitantes da cidade, só dois conheciam o português. Por isso, em 1698, o governador da província, Artur de Sá e Meneses, implorou a Portugal que só mandasse padres que soubessem “a língua geral dos índios”, pois “aquela gente não se explica em outro idioma”. Derivado do dialeto de São Vicente, o tupi de São Paulo se desenvolveu e se espalhou no século XVII, graças ao isolamento geográfico da cidade e à atividade pouco cristã dos mamelucos paulistas: as bandeiras, expedições ao sertão em busca de escravos índios. Muitos bandeirantes nem sequer falavam o português ou se expressavam mal. Domingos Jorge Velho, o paulista que destruiu o Quilombo dos Palmares em 1694, foi descrito pelo bispo de Pernambuco como “um bárbaro que nem falar sabe”. Em suas andanças, essa gente batizou lugares como Avanhandava (lugar onde o índio corre), Pindamonhangaba (lugar de fazer anzol) e Itu (cachoeira). E acabou inventando uma nova língua. “Os escravos dos bandeirantes vinham de mais de 100 tribos diferentes”, conta o historiador e antropólogo John Monteiro, da Universidade Estadual de Campinas. " Isso mudou o tupi paulista, que, além da influência do português, ainda recebia palavras de outros idiomas.” O resultado da mistura ficou conhecido como língua geral do sul, uma espécie de tupi facilitado. ÂNGELO, C. Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 8 ago. 2012 (adaptado). O texto trata de aspectos sócio-históricos da formação linguística nacional. Quanto ao papel do tupi na formação do português brasileiro, depreende-se que essa língua indígena a) contribuiu efetivamente para o léxico, com nomes relativos aos traços característicos dos lugares designados. b) originou o português falado em São Paulo no século XVII, em cuja base gramatical também está a fala de variadas etnias indígenas. c) desenvolveu-se sob influência dos trabalhos de catequese dos padres portugueses, vindos de Lisboa. d) misturou-se aos falares africanos, em razão das interações entre portugueses e negros nas investidas contra o Quilombo dos Palmares. e) expandiu-se paralelamente ao português falado pelo colonizador, e juntos originaram a língua dos bandeirantes paulistas. www.tecconcursos.com.br/questoes/937937 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) Apesar de muitas crianças e adolescentes terem a Barbie como um exemplo de beleza, um infográfico feito pelo site Rehabs.com comprovou que, caso uma mulher tivesse as medidas da boneca de plástico, ela nem estaria viva. Não é exatamente uma novidade que as proporções da boneca mais famosa do mundo são absurdas para o mundo real. Ativistas que lutam pela construção de uma autoimagem mais saudável, pesquisadores de distúrbios alimentares e pessoas que se preocupam com o impacto da indústria cultural https://www.tecconcursos.com.br/questoes/937922 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/937937 435) na psique humana apontam, há anos, a influência de modelos como a Barbie na distorção do corpo feminino. Pescoço Com um pescoço duas vezes mais longo e 15 centímetros mais fino do que o de uma mulher, a Barbie seria incapaz de manter sua cabeça levantada. Cintura Com uma cintura de 40 centímetros (menor do que a sua cabeça), a Barbie da vida real só teria espaço em seu corpo para acomodar metade de um rim e alguns centímetros de intestino. Quadril O índice que mede a relação entre a cintura e o quadril da Barbie é de 0,56, o que significa que a medida da sua cintura representa 56% da circunferência de seu quadril. Esse mesmo índice, em uma mulher americana média, é de 0,8. Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 2 maio 2015. Ao abordar as possíveis influências da indústria de brinquedos sobre a representação do corpo feminino, o texto analisa a a) noção de beleza globalizada veiculada pela indústria cultural. b) influência da mídia para a adoção de um estilo de vida salutar pelas mulheres. c) relação entre a alimentação saudável e o padrão de corpo instituído pela boneca. d) proporcionalidade entre a representação do corpo da boneca e a do corpo humano. e) influência mercadológica na construção de uma autoimagem positiva do corpo feminino. www.tecconcursos.com.br/questoes/938191 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) Nuances Euforia: alegria barulhenta.Felicidade: alegria silenciosa. Gravar: quando o ator é de televisão. Filmar: quando ele quer deixar claro que não é de televisão. Grávida: em qualquer ocasião. Gestante: em filas e assentos preferenciais. Guardar: na gaveta. Salvar : no computador. Salvaguardar: no Exército. Menta: no sorvete, na bala ou no xarope. Hortelã: na horta ou no suco de abacaxi. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/938191 436) Peça: quando você vai assistir. Espetáculo: quando você está em cartaz com ele. DUVIVIER, G. Folha de S. Paulo, 24 mar. 2014 (adaptado). O texto trata da diferença de sentido entre vocábulos muito próximos. Essa diferença é apresentada considerando-se a(s) a) alternâncias na sonoridade. b) adequação às situações de uso. c) marcação flexional das palavras. d) grafia na norma-padrão da língua. e) categorias gramaticais das palavras. www.tecconcursos.com.br/questoes/938196 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) Declaração de amor Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa. Ela não é fácil. Não é maleável. […] A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo. Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Às vezes se assusta com o imprevisível de uma frase. Eu gosto de manejá-la — como gostava de estar montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas, às vezes a galope. Eu queria que a língua portuguesa chegasse ao máximo em minhas mãos. E este desejo todos os que escrevem têm. Um Camões e outros iguais não bastaram para nos dar para sempre uma herança de língua já feita. Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida. Essas dificuldades, nós as temos. Mas não falei do encantamento de lidar com uma língua que não foi do encantamento de lidar com uma língua que não foi aprofundada. O que recebi de herança não me chega. Se eu fosse muda e também não pudesse escrever, e me perguntassem a que língua eu queria pertencer, eu diria: inglês, que é preciso e belo. Mas, como não nasci muda e pude escrever, tornou-se absolutamente claro para mim que eu queria mesmo era escrever em português. Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem do português fosse virgem e límpida. LISPECTOR, C. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999 (adaptado). O trecho em que Clarice Lispector declara seu amor pela língua portuguesa, acentuando seu caráter patrimonial e sua capacidade de renovação, é: a) "A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve.” b) “Um Camões e outros iguais não bastaram para nos dar para sempre uma herança de língua já feita.” c) “Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida.” https://www.tecconcursos.com.br/questoes/938196 437) d) “Mas não falei do encantamento de lidar com uma língua que não foi aprofundada.” e) “Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem do português fosse virgem e límpida.” www.tecconcursos.com.br/questoes/938208 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) TEXTO I A língua ticuna é o idioma mais falado entre os indígenas brasileiros. De acordo com o pesquisador Aryon Rodrigues, há 40 mil índios que falam o idioma. A maioria mora ao longo do Rio Solimões, no Alto Amazonas. É a maior nação indígena do Brasil, sendo também encontrada no Peru e na Colômbia. Os ticunas falam uma língua considerada isolada, que não mantém semelhança com nenhuma outra língua indígena e apresenta complexidades em sua fonologia e sintaxe. Sua característica principal é o uso de diferentes alturas na voz. O uso intensivo da língua não chega a ser ameaçado pela proximidade de cidades ou mesmo pela convivência com falantes de outras línguas no interior da própria área ticuna: nas aldeias, esses outros falantes são minoritários e acabam por se submeter à realidade ticuna, razão pela qual, talvez, não representem uma ameaça linguística. Língua Portuguesa, n. 52, fev. 2010 (adaptado). TEXTO II Riqueza da língua “O inglês está destinado a ser uma língua mundial em sentido mais amplo do que o latim foi na era passada e o francês é na presente”, dizia o presidente americano John Adams no século XVIII. A profecia se cumpriu: o inglês é hoje a língua franca da globalização. No extremo oposto da economia linguística mundial, estão as línguas de pequenas comunidades declinantes. Calcula-se que hoje se falem de 6 000 a 7 000 línguas no mundo todo. Quase metade delas deve desaparecer nos próximos 100 anos. A última edição do Ethnologue — o mais abrangente estudo sobre as línguas mundiais —, de 2005, listava 516 línguas em risco de extinção. Veja, n. 36, set. 2007 (adaptado). Os textos tratam de línguas de culturas completamente diferentes, cujas realidades se aproximam em função do(a) a) semelhança no modo de expansão. b) preferência de uso na modalidade falada. c) modo de organização das regras sintáticas. d) predomínio em relação às outras línguas de contato. e) fato de motivarem o desaparecimento de línguas minoritárias. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/938208 438) www.tecconcursos.com.br/questoes/938215 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) As atrizes Naturalmente Ela sorria Mas não me dava trela Trocava a roupa Na minha frente E ia bailar sem mais aquela Escolhia qualquer um Lançava olhares Debaixo do meu nariz Dançava colada Em novos pares Com um pé atrás Com um pé a fim Surgiram outras Naturalmente Sem nem olhar a minha cara Tomavam banho Na minha frente Para sair com outro cara Porém nunca me importei Com tais amantes [...] Com tantos filmes Na minha mente É natural que toda atriz Presentemente represente Muito para mim CHICO BUARQUE. Carioca. Rio de Janeiro: Biscoito Fino, 2006 (fragmento). Na canção, Chico Buarque trabalha uma determinada função da linguagem para marcar a subjetividade do eu lírico ante as atrizes que ele admira. A intensidade dessa admiração está marcada em: a) "Naturalmente/ Ela sorria/ Mas não me dava trela". b) "Tomavam banho/ Na minha frente/ Para sair com outro cara". c) "Surgiram outras/ Naturalmente/ Sem nem olhar a minha cara". d) "Escolhia qualquer um/ Lançava olhares/ Debaixo do meu nariz". e) "É natural que toda atriz/ Presentemente represente/ Muito para mim". www.tecconcursos.com.br/questoes/938270 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) https://www.tecconcursos.com.br/questoes/938215 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/938270 439) 440) E aqui, antes de continuar este espetáculo, é necessário que façamos uma advertência a todos e a cada um. Neste momento, achamos fundamental que cada um tome uma posição definida. Sem que casa um tome uma posição definida, não é possível continuarmos. É fundamental que cada um tome uma posição, seja para a esquerda, seja para a direita. Admitimos mesmo que alguns tomem uma posição neutra, fiquem de braços cruzados. Mas é preciso que cada um, uma vez tomada sua posição, fique nela! Porque senão, companheiros, as cadeiras do teatro rangem muito e ninguém ouve nada. FERNANDES, M.; RANGEL, F. Liberdade, liberdade. Porto Alegre: L&PM, 2009. A peça Liberdade, liberdade, encenada em 1964, apresenta o impasse vivido pela sociedade brasileira em face do regime vigente. Esse impasse é representado no fragmento pelo(a) a) barulho excessivo produzido pelo ranger das cadeiras do teatro. b) indicação da neutralidade como a melhor opção ideológica naquele momento. c) constatação da censura em função do engajamento social do texto dramático. d) correlação entre o alinhamento político e a posição corporal dosespectadores. e) interrupção do espetáculo em virtude do comportamento inadequado do público. www.tecconcursos.com.br/questoes/938275 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) Revista Bolsa, 1986. In: CARRASCOZA, J. A. A evolução do texto publicitário: a associação de palavras como elemento de sedução na publicidade. São Paulo: Futura, 1999 (adaptado). Nesse cartaz publicitário de uma empresa de papel e celulose, a combinação dos elementos verbais e não verbais visa a) justificar os prejuízos ao meio ambiente, ao vincular a empresa à difusão da cultura. b) incentivar a leitura de obras literárias, ao referir-se a títulos consagrados do acervo mundial. c) seduzir o consumidor, ao relacionar o anunciante às histórias clássicas da literatura universal. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/938275 441) d) promover uma reflexão sobre a preservação ambiental ao aliar o desmatamento aos clássicos da literatura. e) construir uma imagem positiva do anunciante, ao associar a exploração alegadamente sustentável à produção de livros. www.tecconcursos.com.br/questoes/938281 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) Fim de semana no parque Olha o meu povo nas favelas e vai perceber Daqui eu vejo uma caranga do ano Toda equipada e o tiozinho guiando Com seus filhos ao lado estão indo ao parque Eufóricos brinquedos eletrônicos Automaticamente eu imagino A molecada lá da área como é que tá Provavelmente correndo pra lá e pra cá Jogando bola descalços nas ruas de terra É, brincam do jeito que dá [...] Olha só aquele clube, que da hora Olha aquela quadra, olha aquele campo, olha Olha quanta gente Tem sorveteria, cinema, piscina quente [...] Aqui não vejo nenhum clube poliesportivo Pra molecada frequentar nenhum incentivo O investimento no lazer é muito escasso O centro comunitário é um fracasso RACIONAIS MCs. Racionais MCs. São Paulo: Zimbabwue, 1994 (fragmento). A letra da canção apresenta uma realidade social quanto à distribuição distinta dos espaços de lazer que a) retrata a ausência de opções de lazer para a população de baixa renda, por falta de espaço adequado. b) ressalta a irrelevância das opções de lazer para diferentes classes sociais, que o acessam à sua maneira. c) expressa o desinteresse das classes sociais menos favorecidas economicamente pelas atividades de lazer. d) implica condições desiguais de acesso ao lazer, pela falta de infraestrutura e investimentos em equipamentos. e) aponta para o predomínio do lazer contemplativo, nas classes favorecidas economicamente; e do prático, nas menos favorecidas. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/938281 442) 443) www.tecconcursos.com.br/questoes/938318 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) Naquela manhã de céu limpo e ar leve, devido à chuva torrencial da noite anterior, saí a caminhar com o sol ainda escondido para tomar tenência dos primeiros movimentos da vida na roça. Num demorou nem um tiquinho e o cheiro intenso do café passado por Dona Linda me invadiu as narinas e fez a fome se acordar daquela rema letárgica derivada da longa noite de sono. Levei as mãos até a água que corria pela bica feita de bambu e o contato gelado foi de arrepiar. Mas fui em frente e levei as mãos em concha até o rosto. Com o impacto, recuei e me faltou o fôlego por alguns instantes, mas o despertar foi imediato. Já aceso, entrei na cozinha na buscação de derrubar a fome e me acercar do aconchego do calor do fogão à lenha. Foi quando dei reparo da figura esguia e discreta de uma senhora acompanhada de um garoto aparentando uns cinco anos de idade já aboletada na ponta da mesa em proseio íntimo com a dona da casa. Depois de um vigoroso "Bom dia!", de um vaporoso aperto de mãos nas apresentações de praxe, fiquei sabendo que Dona Flor de Maio levava o filho Adão para tratamento das feridas que pipocavam por seu corpo, provocando pequenas pústulas de bordas avermelhadas. GUIÃO, M. Disponível em: www.revistaecologico.com.br. Acesso em: 10 mar. 2014 (adaptado). A variedade linguística da narrativa é adequada à descrição dos fatos. Por isso, a escolha de determinadas palavras e expressões usadas no texto está a serviço da a) localização dos eventos de fala no tempo ficcional. b) composição da verossimilhança do ambiente retratado. c) restrição do papel do narrador à observação das cenas relatadas. d) construção mística das personagens femininas pelo autor do texto. e) caracterização das preferências linguísticas da personagem masculina. www.tecconcursos.com.br/questoes/938335 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) A lavadeira começou a viver como uma serviçal que impõe respeito e não mais como escrava. Mas essa regalia súbita foi efêmera. Meus irmãos, nos frequentes deslizes que adulteravam este novo relacionamento, eram dardejados pelo olhar severo de Emilie; eles nunca suportaram de bom grado que uma índia passasse a comer na mesa da sala, usando os mesmos talheres e pratos, e comprimindo com os lábios o mesmo cristal dos copos e a mesma porcelana das xícaras de café. Uma espécie de asco e repulsa tingia-lhes o rosto, já não comiam com a mesma saciedade e recusavam-se a elogiar os pastéis de picadinho de carneiro, os folheados de nata e tâmara, e o arroz com amêndoas, dourado, exalando um cheiro de cebola tostada. Aquela mulher, sentada e muda, com o rosto rastreado de rugas, era capaz de tirar o sabor e o odor dos alimentos e de suprimir a voz e o gesto como se o seu silêncio ou a sua presença que era só silêncio impedisse o outro de viver. HATOUM, M. Relato de um certo Oriente. São Paulo: Cia. das Letras, 2000. Ao apresentar uma situação de tensão em família, o narrador destila, nesse fragmento, uma percepção das relações humanas e sociais demarcada pelo a) predomínio dos estigmas de classe e de raça sobre a intimidade da convivência. b) discurso da manutenção de uma ética doméstica contra a subversão dos valores. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/938318 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/938335 444) 445) c) desejo de superação do passado de escassez em prol do presente de abastança. d) sentimento de insubordinação à autoridade representada pela matriarca da família. e) rancor com a ingratidão e a hipocrisia geradas pelas mudanças nas regras da casa. www.tecconcursos.com.br/questoes/938339 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) Disponível em: www.agenciapatriciagalvao.org.br. Acesso em: 15 maio 2017 (adaptado). Campanhas publicitárias podem evidenciar problemas sociais. O cartaz tem como finalidade a) alertar os homens agressores sobre as consequências de seus atos. b) conscientizar a população sobre a necessidade de denunciar a violência doméstica. c) instruir as mulheres sobre o que fazer em casos de agressão. d) despertar nas crianças a capacidade de reconhecer atos de violência doméstica. e) exigir das autoridades ações preventivas contra a violência doméstica. www.tecconcursos.com.br/questoes/938343 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) TEXTO I Fundamentam-se as regras da Gramática Normativa nas obras dos grandes escritores, em cuja linguagem as classes ilustradas põem o seu ideal de perfeição, porque nela é que se espelha o que o uso idiomático estabilizou e consagrou. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/938339 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/938343 446) LIMA, C. H. R. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989. TEXTO II Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras são para mim corpos tocáveis, sereias visíveis, sensualidadesincorporadas. Talvez porque a sensualidade real não tem para mim interesse de nenhuma espécie — nem sequer mental ou de sonho —, transmudou-se-me o desejo para aquilo que em mim cria ritmos verbais, ou os escuta de outros. Estremeço se dizem bem. Tal página de Fialho, tal página de Chateaubriand, fazem formigar toda a minha vida em todas as veias, fazem-me raivar tremulamente quieto de um prazer inatingível que estou tendo. Tal página, até, de Vieira, na sua fria perfeição de engenharia sintáctica, me faz tremer como um ramo ao vento, num delírio passivo de coisa movida. PESSOA, F. O livro do desassossego. São Paulo: Brasiliense, 1986 . A linguagem cumpre diferentes funções no processo de comunicação. A função que predomina nos textos I e II a) destaca o “como” se elabora a mensagem, considerando-se a seleção, combinação e sonoridade do texto. b) coloca o foco no “com o quê” se constrói a mensagem, sendo o código utilizado o seu próprio objeto. c) focaliza o “quem” produz a mensagem, mostrando seu posicionamento e suas impressões pessoais. d) orienta-se no “para quem” se dirige a mensagem, estimulando a mudança de seu comportamento. e) enfatiza sobre “o quê” versa a mensagem, apresentada com palavras precisas e objetivas. www.tecconcursos.com.br/questoes/939722 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) No esporte-participação ou esporte popular, a manifestação ocorre no princípio do prazer lúdico, que tem como finalidade o bem-estar social dos seus praticantes. Está associado intimamente com o lazer e o tempo livre e ocorre em espaços não comprometidos com o tempo e fora das obrigações da vida diária. Tem como propósitos a descontração, a diversão, o desenvolvimento pessoal e o relacionamento com as pessoas. Pode-se afirmar que o esporte-participação, por ser a dimensão social do esporte mais inter-relacionada com os caminhos democráticos, equilibra o quadro de desigualdades de oportunidades esportivas encontrado na dimensão esporte-performance. Enquanto o esporte- performance só permite sucesso aos talentos ou àqueles que tiveram condições, o esporte-participação favorece o prazer a todos que dele desejarem tomar parte. GODTSFRIEDT, J. Esporte e sua relação com a sociedade: uma síntese bibliográfica. EFDeportes, n. 142, mar. 2010. O sentido de esporte-participação construído no texto está fundamentalmente presente a) nos Jogos Olímpicos, uma vez que reúnem diversos países na disputa de diferentes modalidades esportivas. b) nas competições de esportes individuais, uma vez que o sucesso de um indivíduo incentiva a participação dos demais. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/939722 447) 448) c) nos campeonatos oficiais de futebol, regionais e nacionais, por se tratar de uma modalidade esportiva muito popular no país. d) nas competições promovidas pelas federações e confederações, cujo objetivo é a formação e a descoberta de talentos. e) nas modalidades esportivas adaptadas, cujo objetivo é o maior engajamento dos cidadãos. www.tecconcursos.com.br/questoes/939725 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/Regular/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) Época, n. 698, 3 out. 2011 (adaptado). Os textos publicitários são produzidos para cumprir determinadas funções comunicativas. Os objetivos desse cartaz estão voltados para a conscientização dos brasileiros sobre a necessidade de a) as crianças frequentarem a escola regularmente. b) a formação leitora começar na infância. c) a alfabetização acontecer na idade certa. d) a literatura ter o seu mercado consumidor ampliado. e) as escolas desenvolverem campanhas a favor da leitura. www.tecconcursos.com.br/questoes/940516 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) O mundo mudou O mundo mudou. “O mundo mudou” porque está sempre mudando. E sempre estará, até que um dia chegue o seu alardeado fim (se é que chegará). Hoje vivemos "protegidos" “serviços”, e desde que você tenha dinheiro para usá-los, claro. Carro quebrou na marginal? Relaxe, o guincho da seguradora virá em minutos resgatá-lo. Tem dificuldade de locomoção? Espere, a empresa aérea disporá de uma cadeira de rodas para levá-lo ao terminal. Surgiu uma goteira no seu chalé em plenas férias de verão? Calma, o moço que conserta telhados está correndo para lá agora. Vai ficando para trás um outro mundo — de https://www.tecconcursos.com.br/questoes/939725 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/940516 449) iniciativas, de gestos solidários, de amizade, de improvisação (sim, “quem não improvisa se inviabiliza”, eu diria, parafraseando Chacrinha). Estamos criando uma geração que não sabe bater um prego na parede, trocar um botijão de gás, armar uma rede. É, o mundo mudou sim. Só nos resta o telefone do SAC, onde gastaremos nossa bílis com impropérios ao vento; ou o site da loja de eletrodomésticos onde ninguém tem nome (que saudade dos Reginaldos, Edmilsons e Velosos!). Ligaremos para falar com a nossa própria solidão, a nossa dependência do mundo dos serviços e a nossa incapacidade de viver com real simplicidade, soterrados por senhas, protocolos e pendências vãs. Nem Kafka poderia sonhar com tal mundo. ZECA BALEIRO. Disponível em: www.istoe.com.br. Acesso em: 18 maio 2013 (adaptado). O texto trata do avanço técnico e das facilidades encontradas pelo homem moderno em relação à prestação de serviços. No desenvolvimento da temática, o autor a) mostra a necessidade de se construir uma sociedade baseada no anonimato, reafirmando a ideia de que a intimidade nas relações profissionais exerce influência negativa na qualidade do serviço prestado. b) apresenta uma visão pessimista acerca de tais facilidades porque elas contribuem para que o homem moderno se torne acomodado e distanciado das relações afetivas. c) recorre a clássicos da literatura mundial para comprovar o porquê da necessidade de se viver a simplicidade e a solidariedade em tempos de solidão quase inevitável. d) defende uma posição conformista perante o quadro atual, apresentando exemplos, em seu cotidiano, de boa aceitação da praticidade oferecida pela vida moderna. e) acredita na existência de uma superproteção, que impede os indivíduos modernos de sofrerem severos danos materiais e emocionais. www.tecconcursos.com.br/questoes/940518 INEP (ENEM) - Part (ENEM)/ENEM/PPL (Pessoa Privada de Liberdade)/2017 Língua Portuguesa (Português) - Interpretação de Textos (compreensão) Um conto de palavras que valessem mais por sua modulação que por seu significado. Um conto abstrato e concreto como uma composição tocada por um grupo instrumental; límpido e obscuro, espiral azul num campo de narcisos defronte a uma torre a descortinar um lago assombrado em que o atirar uma pedra espraia a água em lentos círculos sob os quais nada um peixe turvo que é visto por ninguém e no entanto existe como algas do oceano. Um conto-rastro de uma lesma também evento do universo qual a luz de um quasar a bilhões de anos-luz; um conto em que os vocábulos são como notas indeterminadas numa pauta; que é como bater suave e espaçado de um sino propagando-se nos corredores de um mosteiro [...]. Um conto noturno com a fulguração de um sonho que, quanto mais se quer, mais se perde; é preciso resistir à tentação das proparoxítonas e do sentido, a vida é uma peça pregada cujo maior mistério é o nada. SANT’ANNA, S. Um conto abstrato. In: O voo da madrugada. São Paulo: Cia. das Letras, 2003. Utilizando o recurso da metalinguagem, o narrador busca definir o gênero conto pelo procedimento estético estabelece uma a) confluência de cores, destacando a importância do espaço. espaço. b) composição de sons, valorizando a construção musical do texto. c) percepção de sombras, endossando o caráter obscuro da escrita. d) cadeia de imagens, enfatizando a ideia de sobreposição de sentidos. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/940518
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