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Local: Sala 1 - TJ - Prova On-line / Andar / Polo Tijuca / TIJUCA Acadêmico: VIRBIO-001 Aluno: FABIANA ARAUJO DA SILVA Avaliação: A2- Matrícula: 20211104169 Data: 2 de Junho de 2022 - 08:00 Finalizado Correto Incorreto Anulada Discursiva Objetiva Total: 7,50/10,00 1 Código: 40633 - Enunciado: Por se constituir como um direito fundamental, a saúde humana não pode ser objeto de experimentação que coloque em risco a vida, a dignidade ou a autonomia do paciente, do feto ou do doador de órgãos. Portanto, os limites da atuação dos profissionais da saúde estão baseados em questões como a limitação do direito ao aborto, às doações de órgãos e à disposição do próprio corpo. Com base nesse texto, avalie as assertivas a seguir e aponte as corretas:I. A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo grau, inclusive. II. Chama-se aborto terapêutico aquele praticado nas hipóteses em que a mãe corre risco de morrer em decorrência do parto ou da gestação, sendo admitido pela legislação brasileira e constituindo-se como uma das exceções legais à criminalização.III. É permitido à pessoa juridicamente capaz dispor gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo, para fins terapêuticos ou para transplantes em cônjuge ou parentes consanguíneos até o quarto grau, inclusive, desde que o faça por documento escrito e na presença de duas testemunhas. a) II. b) III. c) I e III. d) I, II e III. e) I e II. Alternativa marcada: d) I, II e III. Justificativa: Resposta correta: I, II e III. A afirmativa I está correta porque tem fundamento no artigo 4º da Lei de Transplantes (Lei nº 9.434/1997). A afirmativa II está correta porque é amparada pelo artigo 127 do Código Penal. A afirmativa III está correta porque está prevista no artigo 9º da Lei de Transplantes. 0,50/ 0,50 2 Código: 40638 - Enunciado: Leia o texto a seguir: O que será o futuro que hoje se faz? A natureza, as crianças e os animais? O ano passado O ouro no ano passado subiu sem parar. Os gritos na bolsa falaram de outros valores. Corpos estranhos no ar! Silenciosos voadores. Quem sabe olhando o futuro do ano passado.O mar quase morre de sede no ano passado. Os rios ficaram doentes com tanto veneno! Diante da economia, quem pensa em ecologia? Se o dólar é verde, é mais forte que o verde que havia.O que será o futuro que hoje se faz? A natureza, as crianças e os animais?Quantas baleias queriam nadar como antes? Quem inventou o fuzil para matar elefantes? Quem padeceu de insônia com a sorte da Amazônia, na lei do machado mais forte do ano passado?Não adianta soprar a fumaça do ar, as chaminés do progresso não podem parar. Quem sabe um museu no futuro, vai guardar em lugar seguro, um pouco de ar puro, relíquia do ano passado.O que será o futuro que hoje se faz? A natureza, as crianças e os animais?Os campos risonhos um dia tiveram mais flores. E os bosques tiveram mais vida e até mais amores. Quem briga com a natureza, envenena a própria mesa. Contra a força de Deus não existe defesa.(Fonte: CARLOS, R.; CARLOS, E. O ano passado, 1970. 1,50/ 1,50 Adaptado.) As preocupações ambientais intensificadas nos anos 1970 marcaram a criação de programas de atenção internacional às questões envolvendo a preservação da vida no planeta e deram início a uma série de conferências para a construção de uma agenda de cuidados com o meio ambiente. Ao analisar o texto, distinguem-se os seguintes elementos associados à preocupação com o meio ambiente: a) Interesses sociais sobre questões ambientais e a proliferação de armas químicas. b) O desmatamento da Floresta Amazônica e o uso de pesticidas nas lavouras. c) A força de Deus e os abusos praticados pelas corporações científicas. d) Produção de armas químicas e maus-tratos aos animais. e) A prevalência de interesses econômicos sobre questões ambientais e a segurança alimentar. Alternativa marcada: e) A prevalência de interesses econômicos sobre questões ambientais e a segurança alimentar. Justificativa: Resposta correta:A prevalência de interesses econômicos sobre questões ambientais e a segurança alimentar. Correta. A prevalência de interesses econômicos sobre questões ambientais e a segurança alimentar estão respectivamente evidenciadas nos seguintes trechos: “Diante da economia, quem pensa em ecologia?” e “quem briga com a natureza, envenena a própria mesa”. Distratores:A força de Deus e os abusos praticados pelas corporações científicas. Incorreta. A relação com elementos religiosos, bem como os abusos praticados por corporações científicas. Produção de armas químicas e maus-tratos aos animais. Incorreta. O uso de armas químicas não é tratado no texto, embora faça referência à fauna.O desmatamento da Floresta Amazônica e o uso de pesticidas nas lavouras. Incorreta. Embora o desmatamento seja um ponto apresentado no texto, o uso de pesticidas não é abordado.Interesses sociais sobre questões ambientais e a proliferação de armas químicas. Incorreta. A música não trata dos interesses sociais relacionados às questões ambientais, mas, sim, os financeiros. Além disso, não aborda a produção de armas químicas. 3 Código: 40764 - Enunciado: Leia o texto a seguir:O direito ao nome, consiste em um dos direitos da personalidade previstos no Código civil. No artigo 16, o referido diploma legal prevê que “Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome”. Quando o nome civil não acompanha as percepções psíquicas que o indivíduo transexual tem de si mesmo, esta realidade costuma causar-lhe constrangimentos. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4.275 representou importante avanço na garantia do direito ao nome a este grupo social. (Fonte: BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 139.) Sobre o tema da mudança de prenome de pessoas transexuais, marque a alternativa correta: a) A determinação é a inexistência de previsão legal, mesmo após cirurgia de transgenitalização. b) Pode ser realizada mediante a apresentação de uma autorização judicial. c) Precisam se submeter à cirurgia de transgenitalização e ter decisão judicial favorável. d) É realizada mesmo sem cirurgia de transgenitalização e independentemente de autorização judicial. e) Precisam se submeter à cirurgia de transgenitalização. Alternativa marcada: d) É realizada mesmo sem cirurgia de transgenitalização e independentemente de autorização judicial. Justificativa: Resposta correta:É realizada mesmo sem cirurgia de transgenitalização e independentemente de autorização judicial. Correta. Com base no direito ao nome e na 0,50/ 0,50 dignidade humana, o STF firmou entendimento de que as pessoas transexuais têm direito à alteração do prenome, mesmo que não tenham se submetido à cirurgia de transgenitalização e independentemente de autorização judicial. Distratores: Precisam se submeter à cirurgia de transgenitalização. Incorreta. O STF não reconhece como condição para alteração do prenome civil a realização de cirurgia de redesignação sexual.Precisam se submeter à cirurgia de transgenitalização e ter decisão judicial favorável. Incorreta. Além do STF não reconhecer a cirurgia como uma condição prévia para a mudança de prenome civil, também entende que não é preciso decisão judicial para o exercício deste direito.A determinação é a inexistência de previsão legal, mesmo após cirurgia de transgenitalização. Incorreta. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4.275 reconhece esse direito.Pode ser realizada mediante a apresentação de uma autorização judicial. Incorreta. No entendimento atual do STF, esse direito pode ser exercito independentemente de autorização judicial. 4 Código: 40640 - Enunciado: Tome como base o seguinte contexto:Carla é doente renal crônica. Há algum tempofaz uso contínuo de medicamentos, bem como se submete regularmente a sessões de hemodiálise. Duas primas e uma irmã de Carla estão dispostas a doar um rim para a jovem, de maneira que ela possa voltar a desempenhar normalmente suas atividades cotidianas. Em conversa com um profissional do setor administrativo do hospital, Carla quis saber o que seria necessário para iniciar o procedimento. O funcionário esclareceu que a doação por parte das primas e da irmã de Carla não é possível, pois a doação deve ser anônima e feita somente após a morte do doador. A situação de Carla envolve um contraponto entre o sistema público de saúde, que coordena processos de doação, e uma série de discussões envolvendo o direito bioético. Profissionais da área da saúde constantemente encontram-se diante dessa situação, e precisam estar dispostos a dar a resposta correta, embora nem sempre seja aceita. Essa é uma situação que pode afetar a todos, e deve ser levada em consideração, inclusive, por futuros profissionais da área. Analisando as questões éticas e legais envolvendo o caso apresentado, o correto a se responder ao paciente nesse tipo de situação é: a) A legislação brasileira admite para fins de doação: sangue, sêmen e medula óssea, de forma anônima. Excluem-se, nesse contexto, a doação de órgãos intervivos. b) A doação é possível, desde que seja verificada a compatibilidade entre receptora e doadora, e que esta última realize simples e genérica assinatura de autorização de retirada de órgão. c) É possível desde que haja compatibilidade, e a doadora deverá especificar, por escrito e na presença de testemunhas, a parte do corpo a ser retirada, assinando ainda o termo de consentimento livre e esclarecido, caso não faça parte do mesmo documento. d) A doação para Carla é possível, desde que haja compatibilidade entre receptora e doadora e a doação seja precedida de autorização judicial. e) Isso está excluído na legislação referente ao processo de doação, salvo entre cônjuges ou companheiros, o que afasta a possibilidade de doação entre consanguíneos. Alternativa marcada: c) É possível desde que haja compatibilidade, e a doadora deverá especificar, por escrito e na presença de testemunhas, a parte do corpo a ser retirada, assinando ainda o termo de consentimento livre e esclarecido, caso não faça parte do mesmo documento. Justificativa: Resposta correta:É possível desde que haja compatibilidade, e a doadora deverá especificar, por escrito e na presença de testemunhas, a parte do corpo a ser retirada, assinando ainda o termo de consentimento livre e esclarecido, caso não faça parte do mesmo documento. Correta. A Lei nº 9.434/1997 permite a doação de órgãos intervivos em determinadas hipóteses. Distratores:A legislação brasileira admite para fins de doação: sangue, sêmen e medula óssea, de forma anônima. Excluem-se, nesse contexto, a doação de órgãos intervivos. Incorreta. A 1,50/ 1,50 legislação autoriza em determinadas hipóteses, e o sigilo nas doações de sangue e medula óssea não é indispensável. A doação é possível, desde que seja verificada a compatibilidade entre receptora e doadora, e que esta última realize simples e genérica assinatura de autorização de retirada de órgão. Incorreta. A lei só exige autorização judicial quando não há relação de parentesco ou quando esta ultrapassa o 4º grau, conforme o artigo 9º da Lei de Transplantes.Isso está excluído na legislação referente ao processo de doação, salvo entre cônjuges ou companheiros, o que afasta a possibilidade de doação entre consanguíneos. Incorreto. A Lei de Transplantes admite a doação de órgãos intervivos em favor de cônjuge ou parentes consanguíneos até o quarto grau, inclusive, e de qualquer outra pessoa, mediante autorização judicial. Juridicamente, a irmã de Carla é parente em 2º grau e as primas em 3º grau.A doação para Carla é possível, desde que haja compatibilidade entre receptora e doadora e a doação seja precedida de autorização judicial. Incorreta. A lei só exige autorização judicial quando não há relação de parentesco ou quando esta ultrapassa o 4º grau, conforme artigo 9º da Lei de Transplantes. 5 Código: 40762 - Enunciado: Leia o texto a seguir;A Resolução CFM nº 1.955/2010 afirma que o paciente transexual é "portador de desvio psicológico permanente de identidade sexual, com rejeição do fenótipo e tendência à automutilação e/ou autoextermínio". Assim, entendendo que "a cirurgia de transformação plástico-reconstrutiva da genitália externa, interna e caracteres sexuais secundários não constitui crime de mutilação previsto no artigo 129 do Código Penal brasileiro", o Conselho Federal de Medicina resolveu autorizar a cirurgia de transgenitalização do tipo neocolpovulvoplastia e/ou procedimentos complementares sobre gônadas e caracteres sexuais secundários como tratamento dos casos de transexualismo. (Fonte: CMF. Resolução n°1.955/2010. Dispõe sobre a cirurgia de transgenitalismo e revoga a Resolução CFM nº 1.652/2002.) Com base no texto, é correto afirmar que a exigência para se submeter à cirurgia de transgenitalização é: a) Apresentar ausência de outros transtornos mentais, além do transexualismo, bem como ter sido encaminhado para a cirurgia apenas por psicólogo. b) Apresentar ausência de outros transtornos mentais, além do transexualismo, bem como ter sido acompanhado por pelo menos dois anos. c) Apresentar desejo expresso de eliminar os genitais, perder as características primárias e secundárias do próprio sexo, por pelo menos seis meses. d) Manifestar desejo expresso de eliminar os genitais, perder as características primárias e secundárias do próprio sexo, por pelo menos um ano. e) Ter, no mínimo, 14 anos de idade durante a realização da cirurgia, e receber autorização dos pais ou responsáveis legais para o ato cirúrgico. Alternativa marcada: b) Apresentar ausência de outros transtornos mentais, além do transexualismo, bem como ter sido acompanhado por pelo menos dois anos. Justificativa: Resposta correta:Apresentar ausência de outros transtornos mentais, além do transexualismo, bem como ter sido acompanhado por pelo menos dois anos. Correta. O interessado deve sim apresentar ausência de outros transtornos mentais, além do transexualismo, bem como ter sido acompanhado por pelo menos dois anos, conforme previsão do Art. 4º da Resolução. Distratores:Ter, no mínimo, 14 anos de idade durante a realização da cirurgia, e receber autorização dos pais ou responsáveis legais para o ato cirúrgico. Incorreta. A resolução não admite que menores de 21 anos se submetam à cirurgia de transgenitalização.Manifestar desejo expresso de eliminar os genitais, perder as características primárias e secundárias do próprio sexo, por pelo menos um ano. Incorreta. A exigência de que o interessado apresente desejo expresso de eliminar os genitais, perder as características primárias e secundárias do próprio sexo, existe, porém, este desejo deve se manifestar por pelo menos dois anos. Apresentar desejo 0,50/ 0,50 expresso de eliminar os genitais, perder as características primárias e secundárias do próprio sexo, por pelo menos seis meses. Incorreta. Exige-se que, além de um desejo expresso de passar por todo o processo, é necessário que o mesmo, expresso e registrado, manifeste-se e mantenha- se por um período que engloba, pelo menos, dois anos.Apresentar ausência de outros transtornos mentais, além do transexualismo, bem como ter sido encaminhado para a cirurgia apenas por psicólogo. Incorreta. Exige-se avaliação de equipe multidisciplinar constituída por médico psiquiatra, cirurgião, endocrinologista, psicólogo e assistente social, bem como estão envolvidos outros critérios. 6 Código: 40769 - Enunciado: Leia o texto a seguir:Julia, incapacitada de gerar uma criança, conversou com Ricardo, seu marido, e ambos decidiram pedir à Laura, irmã de Julia, que cedesse seu útero para a gestação de uma criança com material genético do casal. Laura concordou em fazê-lo gratuitamente. O termo de cessão temporária de úterofoi lavrado e assinado por Laura e Julia. O embrião foi formado com material genético de Julia e Ricardo e implantado em Laura. Quando a gestação estava no sétimo mês, Ricardo morreu em consequência de um acidente de trabalho. Entre as opções a seguir, marque aquela que está de acordo com a legislação sobre registro de criança nascida de gestação em substituição: a) Apenas o nome de Julia constará como mãe, mas Ricardo não será presumido pai. b) Ricardo será presumido pai e os nomes de Laura e Julia constarão como mães da criança. c) O nome de Laura poderá constar na certidão de nascimento da criança e Ricardo será presumido pai. d) O nome de Julia não poderá constar na certidão de nascimento da criança e Ricardo será presumido pai. e) Os nomes de Laura e Julia constarão na certidão de nascimento, mas Ricardo não será presumido pai. Alternativa marcada: d) O nome de Julia não poderá constar na certidão de nascimento da criança e Ricardo será presumido pai. Justificativa: Resposta correta: Apenas o nome de Julia constará como mãe, mas Ricardo não será presumido pai. De fato, o nome de Julia constará na certidão, pois a previsão do Provimento n 63/2017 é de que conste o nome da mãe substituída. Ricardo não será presumido pai, pois as presunções parentais estão disciplinadas no Código Civil Brasileiro. Assim, a paternidade é presumida em casos de fecundação homóloga ou heteróloga, em certos períodos após o término do casamento ou após a morte do marido. Essas presunções, entretanto, não ficam totalmente claras quando os nascimentos decorrem da cessão temporária de útero. Havendo gestação em substituição, mesmo sendo homóloga a fecundação, essa hipótese não está expressamente prevista no art. 1.597 do Código Civil como uma das presunções parentais. Portanto, Ricardo não será presumido pai, cabendo à mãe obter judicialmente o reconhecimento de paternidade post mortem. Distratores:O nome de Laura poderá constar na certidão de nascimento da criança e Ricardo será presumido pai. Incorreta. As presunções parentais estão disciplinadas no Código Civil Brasileiro. Assim, a paternidade é presumida em casos de fecundação homóloga ou heteróloga, em certos períodos após o término do casamento ou após a morte do marido. Essas presunções, entretanto, não ficam totalmente claras quando os nascimentos decorrem da cessão temporária de útero. Havendo gestação em substituição, mesmo sendo homóloga à fecundação, essa hipótese não está expressamente prevista no art. 1.597 do Código Civil como uma das presunções parentais. Portanto, Ricardo não será presumido pai, cabendo à mãe obter judicialmente o reconhecimento de paternidade post mortem. O Provimento n 63/2017 da Corregedoria Nacional de Justiça prevê que, nas hipóteses de gestação por substituição, não pode constar no registro o nome da parturiente, razão pela qual não constará o nome de Laura.O nome de Julia não poderá constar na certidão de nascimento da criança e Ricardo será presumido pai. Incorreta. Ao se registrar a criança, deve ser apresentado o termo de o o 0,00/ 1,50 compromisso de cessão temporária de útero, para que se esclareça ao registrador as condições de filiação. Portanto, constará apenas o nome de Julia, pois ela é mãe substituída, enquadrando- se na previsão do Provimento n 63/2017. Ricardo não será presumido pai, já que, havendo gestação em substituição, mesmo sendo homóloga à fecundação, essa hipótese não está expressamente prevista no art. 1.597 do Código Civil como uma das presunções parentais. Portanto, Ricardo não será presumido pai, cabendo à mãe obter judicialmente o reconhecimento de paternidade post mortem.Os nomes de Laura e Julia constarão na certidão de nascimento, mas Ricardo não será presumido pai. Incorreta. O nome de Laura não poderá constar na certidão de nascimento, pois o Provimento n 63/2017 da Corregedoria Nacional de Justiça prevê que, nas hipóteses de gestação por substituição, não pode constar no registro o nome da parturiente, razão pela qual não constará o nome de Laura. De fato, Ricardo não será presumido pai, eis que, havendo gestação em substituição, mesmo sendo homóloga à fecundação, essa hipótese não está expressamente prevista no art. 1.597 do Código Civil como uma das presunções parentais. Portanto, Ricardo não será presumido pai, cabendo à mãe obter judicialmente o reconhecimento de paternidade post mortem. O nome de Julia constará, pois ela é a mãe substituída, enquadrando-se na previsão do Provimento n 63/2017. Ricardo será presumido pai e os nomes de Laura e Julia constarão como mães da criança. Incorreta. De fato, o nome de Julia constará na certidão, pois a previsão do Provimento n 63/2017 é de que conste o nome da mãe substituída, porém o nome de Laura não poderá constar no documento, pois o mesmo documento veda a inclusão do nome da parturiente. Ricardo não será presumido pai, já que, havendo gestação em substituição, mesmo sendo homóloga à fecundação, essa hipótese não está expressamente prevista no art. 1.597 do Código Civil como uma das presunções parentais. Portanto, Ricardo não será presumido pai, cabendo à mãe obter judicialmente o reconhecimento de paternidade post mortem. o o o o 7 Código: 40646 - Enunciado: O sonho de Rosa é ser mãe. Aos 32 anos, após se recuperar de uma neoplasia, Rosa foi informada pelo médico de que não mais poderá gerar. Em substituição, Rosa e o marido decidiram recorrer à técnica de reprodução assistida de gestação. Procuraram um especialista em reprodução assistida e escolheram como mãe hospedeira Patrícia, uma irmã adotiva de Rosa, a quem combinaram pagar a importância de R$ 10.000,00 (dez mil reais). O médico esclareceu ao casal que esse ajuste não é possível, pois apresenta duas contrariedades legais: a primeira é o fato de que Patrícia é irmã adotiva de Rosa, porém o parentesco deve ser natural. A segunda é a impossibilidade de cessão temporária de útero a título oneroso. À luz do texto, realize uma análise sobre a prática da gestação em substituição, no Brasil. Sua exposição deve abordar:a) A legalidade da prática.b) A consistência das orientações dadas pelo médico. Resposta: A gestão em substituição, no Brasil, não é totalmente proibida, mas as ramificações legais da prática são extensas e assunto de muitos debates. A cessão temporária de útero deve ser acompanhada de diversos termos, como o termo de consentimento livre e informado de todas as partes envolvidas no assunto: da mãe e pai biológicos até a mulher que receberá o embrião; ou o termo de compromisso entre a mãe biológica e a mulher que está cedendo seu útero. Em relação às orientações dadas pelo médico: ele está correto em apenas uma de suas afirmativas, que é a ''impossibilidade de cessão temporária de útero a título oneroso''. Isto é, Rosa e seu marido não podem ''comprar'' o útero de Patrícia por R$ 10.000.00. A cessão de útero não pode estar atrelada a valor monetário. O médico errou ao dizer que Patrícia não pode ser mãe hospedeira por ser irmã adotiva Rosa. Deve-se existir um vínculo familiar, mas ele não precisa ser natural. Justificativa: Expectativa de resposta:A gestação em substituição consiste na geração de filho com emprego de material genético de terceiro, adquirente do serviço, de forma gratuita ou onerosa, a quem a criança deve ser entregue após o parto. A prática é admitida no Brasil, todavia encontra alguns limites, os quais estão devidamente estabelecidos na Resolução nº 2.168, de 2,50/ 2,50 2017, do Conselho Federal de Medicina, na qual se exige vínculo familiar entre a cedente do útero e a mãe adquirente do serviço, sem obrigatoriedade de que o parentesco seja natural. Essa exigência se explica pela finalidade de conter-se a mercantilização da prática de cessão temporária de útero, já que, de fato, no Brasil, esta forma de reprodução assistida não pode ocorrer mediante pagamento. 8 Código: 40773 - Enunciado: Leia o texto a seguir:Conselho Federal de Medicina torna mais difícil o "descarte" de embriões"O Conselho Federal de Medicina (CFM)alterou as normas para a reprodução assistida e reduziu o número de embriões que podem ser gerados em cada procedimento. As novas regras foram publicadas no Diário Oficial da União na última terça-feira (15) e substituem as normas que estavam em vigor desde 2017.A resolução 2.294/21 estabelece que, a partir de agora, os médicos poderão gerar no máximo oito embriões em cada procedimento de fertilização in vitro. Antes, não havia um número máximo definido pelo CFM.No processo de reprodução assistida, é comum que o médico tente fertilizar um número elevado de óvulos, de forma a obter uma grande variedade de embriões e, assim, selecionar aqueles que aparentam ter mais chances de se desenvolver depois de implantados no útero. O procedimento, entretanto, acaba gerando um excesso de embriões que nunca serão utilizados.Pela nova resolução do CFM, o número máximo de embriões a serem implementados em um mesmo procedimento depende da idade da paciente. Mulheres abaixo dos 37 anos de idade podem receber dois embriões. A partir daí, o limite é de três. Os demais devem ser 'criopreservados' — ou seja, mantidos congelados a baixas temperaturas. Em tese, esses embriões podem ser reaproveitados no futuro e implementados no útero da paciente. Mas, quase sempre, eles permanecem congelados até que o 'descarte' possa ser feito."(Fonte: CASTRO, G. de A. Conselho Federal de Medicina torna mais difícil o “descarte” de embriões. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/conselho-federal-de-medicina-torna-mais- dificil-o-descarte-de-embrioes/. Acesso em: 2 ago. 2021. Com base nesse texto, produza um texto dissertativo sobre o uso de embriões humanos criopreservados. No seu texto, você deve abordar: a) A abordagem dada pela legislação brasileira.b) O uso de embriões criopreservados há mais de três anos. Resposta: A legislação brasileira proíbe a comercialização de gametas e embriões. Entretanto, embriões criopreservados há pelo menos 3 anos podem ser utilizados para fins de pesquisa, desde que haja autorização dos indivíduos que cederam o material genético e da comissão de ética dos respectivos pesquisadores. Comentários: De acordo com a Lei de biossegurança, o embrião crio-preservado pode ter várias destinações, tais como a doação, a pesquisa com células tronco ou o descarte. Esses aspectos precisavam ser analisados. Justificativa: Expectativa de resposta:Os embriões humanos criopreservados podem ser destinados à pesquisa e terapias, se forem embriões inviáveis, ou se estiverem congelados há três anos ou mais. Podem ainda ser doados, desde que a doação seja anônima. Em qualquer desses casos, é necessária autorização expressa dos fornecedores do material genético, conforme previsão da Lei de Biossegurança. Os embriões podem ainda ser descartados, porém, nesta hipótese, a Resolução nº 2.168, de 2017, previa a necessidade de autorização dos fornecedores do material genético. Nesta hipótese, a autorização judicial pode suprir a vontade das partes quando essas não autorizem, quando não forem encontradas para se manifestar ou quando já forem falecidas. Como a legislação é lacônica, o Conselho Federal de Medicina, por meio de Resolução, também poderá exigir autorização judicial para descarte. Por fim, cabe lembrar que existe o ponto de vista segundo o qual o embrião é pessoa, portanto, pode ser adotado, todavia, essa última destinação é bastante controversa. 0,50/ 1,50
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