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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: ELETROTERAPIA NOME DO ALUNO: TANIA DE OLIVEIRA REHER BARKER R.A: 0422213 POLO: LAPA DATA: 25 / 03 / 2023 INTRODUÇÃO A estimulação elétrica terapêutica, ou eletroterapia, tem o objetivo terapêutico, com o uso de correntes elétricas para finalidades terapêuticas como a analgesia ou a estimulação funcional muscular. A corrente, quando aplicada, tem efeitos de indução nervosa motora ou sensitiva e isto vai depender do tipo de corrente usada e dos parâmetros colocados1. Mas para se trabalhar com as correntes, não basta apenas saber operar o equipamento, e sim fazer um raciocínio clínico, com base nos recursos de cada equipamento e entender os seus conceitos em eletricidade e suas relações com a eletroterapia2, abaixo cada tópico que iremos abordar3: a) Eletricidade: conceito b) Carga elétrica c) Íons d) Cátodos e ânodos e) Campo elétrico f) Voltagem g) Corrente elétrica h) Condutores e isolantes i) Resistência e condutância Também descreveremos algumas correntes que praticamos em sala de aula com a Professora Adriana Pastore: a) estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS); b) corrente interferencial; c) estimulação elétrica funcional; d) estimulação elétrica funciona (FES); e) estimulação elétrica neuromuscular (NMES); f) corrente russa; g) corrente aussie; h) terapia combinada. AULA 1 INTRODUÇAO A ELETROTERAPIA ROTEIRO 1 1-Conceitos fundamentais em eletricidade e suas relações com a eletroterapia: Eletricidade-conceito: A corrente elétrica é definida como a quantidade de carga (elétrons ou íons) que flui, por segundo, em um condutor, em deter-minada direção, geralmente medida em ampères15 ou miliampères (mA). Para que o fluxo ocorra, é necessário que haja uma força “impulsionando” as cargas (chamada de força eletromotriz, FEM). A FEM é dependente da carga, resistência e da voltagem do circuito4. Carga elétrica: A carga elétrica de um determinado átomo é dada pela soma do número de partículas com carga positiva (prótons) ou negativa (elétrons). O átomo é considerado neutro se o número de prótons e elétrons for o mesmo. Caso haja desequilíbrio, o átomo passa a ser chamado de íon, que pode ser positivo (cátion) ou negativo (ânion). A carga elétrica é medida em Coulombs (C)5. Íons: São espécies atômicas formadas quando uma espécie eletricamente neutra perde ou ganha elétrons. Cátodos e ânodos: Cátodo e o polo positivo, sofre redução por ganhar elétrons e é o agente oxidante e anodo e o polo negativo, sofre oxidação porque perde elétrons e é o agente redutor. Campo elétrico: é uma grandeza física vetorial que mede o módulo da força elétrica exercida sobre cada unidade de carga elétrica colocada em uma região do espaço sobre a influência de uma carga geradora de campo elétrico. Voltagem: É a tensão elétrica que também pode ser chamada de diferencial de potencial elétrico (DDP). A palavra voltagem nasceu porque a unidade que representa a tensão elétrica é o Volt (V). Corrente elétrica: é o fluxo ordenado de partículas portadoras de carga elétrica ou o deslocamento de cargas dentro de um condutor, quando existe uma diferença de potencial elétrico entre as extremidades. Condutores: Particulas carregadas que se movem facilmente, quando colocadas em um campo eletrico (o músculo é rico em íons e líquido, sistema nervoso, excelente circuito eletrico). Isolantes: Não permite movimento livre deíons ou de elétrons. Resistência e condutância: A resistência indica a oposição de um material condutor à passagem da corrente elétrica, e a condutância, inversamente, indica a facilidade com a qual o condutor deixa fluir a corrente elétrica. TIPOS DE ELETRODOS Borracha (Silicone Carbonado): necessita da utilização de um gel para facilitar a passagem da corrente elétrica. A borracha dos eletrodos é feita com carbono que aumenta a condutividade. Podemos potencializar a aplicação com vários tamanhos de borrachas, de acordo com a região a ser tratada, e após o uso lavar. Adesivo ou Silicone: dispensa o uso de gel. É só colar. Tem um tempo de vida útil que varia de 10 a 15 utilizações, sendo depois é descartado. Podem ser molhados para aumentar a condutividade. Ideal utilizar um kit para cada paciente, após tratamento, descartar. Esponja: molha, retira o excesso de água e coloca no paciente. Aumenta a condutividade. Utiliza-se principalmente para a corrente polar (Galvânica). Podemos lavar e desinfetar com produto apropriado. 2- Classificação das correntes elétricas terapêuticas A principio estudaremos a corrente polarizada, onde o fluxo unidirecional ocorre nas correntes contínuas e nas correntes pulsadas monofásicas. Se classifica com a corrente mais antiga: A corrente Galvâniva. Também veremos a corrente diadinâmica correntes alternadas retificadas em ondas completas ou semiondas e foram desenvolvidas por Pierre Bernard. I-TIPOS DE CORRENTES a-Corrente Contínua: Corrente Galvânica, unidirecional, sem intervalos, se mantem estabilizada, em uma única polaridade. b-Corrente Alternada: Fluxo Bidirecional e contínuo , temos a fase positiva e negativa, exemplo a corrente de energia elétrica. c-Corrente Pulsada: Fluxo uniderecinal e bidirecional , um pulso unidirecional e na sequência dois pulsos, chamamos de frequência. II-CARACTERÍSTICAS CORRENTES ALTERNADAS E PULSADAS a-Número de fases: Monofásica (+ = +) (- = -) e a Bífasica alterna os polos b-Simetria: Igual a Medida, apresentam as mesmas caracteristicas dos polos c-Equilibrio: Área de dimensão do pulso, tem a mesma quantidade. d-Forma: Pode ser quadrado, sinoidal, triangular, e ponte agudo. III- Correntes pulsadas ou alternadas por meio das qualitativas: Figura 1 - Fonte livro texto Observando este gráfico podemos classificar todas as formas de pulsos, e na descrição a prática no uso do dia a dia. Figura 2 - Fonte livro texto 3-Corrente Galvânica ou corrente terapêutica Foi a primeira corrente criada por Luigi Galvani hoje utilizada na iontoforese, é uma corrente polarizada (corrente continua). Entre as correntes polarizadas mais utilizadas no método, encontramos a corrente Galvânica (a mais comum). Com um fluxo constante de elétrons, é unidirecional (uma só direção do polo negativo ao positivo). Efeitos fisiológicos Figura 3 Os tecidos biológicos apresentam uma grande quantidade de íons positivos (cátions) e negativos ((ânions), dissolvidos nos líquidos corporais de forma desordenada.(Figura 3) . Figura 4 Ao aplicarmos um campo elétrico polarizado na superfície da pele, esses íons se colocam em movimento ordenado de acordo com a sua polaridade, de modo que os cátions migram em direção ao eletrodo negativo e os ânions migram para o eletrodo positivo.(Figura 4). Fonte: Borges, Fábio / Scorza, Flávia Acedo: Terapêutica em estética, conceitos e técnicas. São Paulo: Editora Phorte 2016 (página: 287) Exemplo de representações gráficas de diferentes correntes (Autor: Rômulo Vinicius Vera.) Figura 5 - LIEBANO, Richard E. Eletroterapia Aplicada à Reabilitação: Dos Fundamentos às Evidências . Editora Thieme Brasil, 2021. E-book. ISBN 9786555720655.Disponívelem: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555720655/. Acesso em: 20 mar. 2023. Imagem própria, eletrodo de silicone em sala de aula Unip Marques no dia 18/03/23 Estimulação sensorial: A passagem da corrente galvânica pela pele da paciente promoverá leve sensação de formigamento ou pontada, que, ao longo da terapia, poderá evoluir para leve irritação ou coceira. Onde ocorre uma Hiperemia devido a vasodilatação capilar no local, gerandouma nutrição celular, podendo durar 20 minutos.Todo este processo também ocorre o Eletrotônus, que são modificações elétricas locais, produzidas pela corrente eletrica, no potencial de repouso nas membranas celulares. Após o término do procedimento, podemos observar uma Analgesia, ou seja uma ausência da dor, esse efeito tem sido justificado através da Teoria das Comportas, assim como pela acentuada epidemia que ocorre sobre os eletrodos, especialmente do cátodo, removerem os fatores que induzem à dor. Na Cicatrização existe um bom número de estudos demonstrando que diferentes formas de estimulação elétrica podem favorecer a cicatrização tecidual, tanto ao que se refere à consolidação de fraturas, quanto à cicatrização de ferimentos em tecidos moles. Destruição de tecidos ocorrem efeitos fisiológicos e bioquímicos diferentes abaixo de cada um dos eletrodos. Se usada em grande densidade de corrente, a corrente direta gera coagulação de proteínas sob o eletrodo positivo (ânodo) e liquefação sob o eletrodo negativo (cátodo). Podendo ser utilizado a corrente direta para destruir tecidos, como, por exemplo, quando precisam fazer retirada de verrugas. IONTOFORESE É o método de administração transcutânea, com o uso da corrente Galvânica, de substâncias que serão utilizadas com propósito terapêutico, potencializando a penetração de elementos polares. Mecanismo de ação: A iontoforese transdérmica de analgésicos envolve o uso da força eletromotriz (voltagem) através de um ânodo carregado positivamente e um cátodo carregado negativamente para induzir a infiltração percutânea de um agente terapêutico via transporte ativo para entrega local, regional ou sistêmica. Apesar de ser um metodo considerado seguro, existem efeitos colaterias: parestesia local; coceira; irritação; eritema; edema; urticária galvânica. Os Procedimentos de aplicação da corrente direta antes do início de qualquer tratamento da eletroterapia, será necessário fazer uma boa avaliação, a fim de identificar possíveis contraindicações para aplicação desse recurso. É sempre importante questionar se o paciente apresenta algum histórico de arritmia cardíaca ou de hipercoagulabilidade. Eletrodo de silicone e cabo duplo para aplicação com garras tipo jacaré. (Imagem do manual da Empresa HTM) Podemos utilizar medicamentos através da Iontoforese, entre os eletrodos (ânodo e cátodo) e a pele, existem compressas ou esponjas embebidas por solução medicamentosa. O ânodo (eletrodo positivo) repele os positivos, enquanto o cátodo (eletrodo negativo) repele os íons negativos presentes na compressa ou esponja. Demonstração do efeito iônico nos tecidos com a endosmose no eletrodo negativo (hidratação) (Imagem própria na sala de aula no Campus Marquês no dia 18/03/23) Corrente Diadinâmica de Bernard As correntes diadinâmicas de Bernard (CDBs) foram criadas na França, no início da década de 1950, pelo dentista Pierre Bernard, com o objetivo de promover analgesia por meio da estimulação elétrica. São correntes produzidas por retificações em semiondas ou ondas completas da corrente elétrica alternada sinusoidal da rede, tornando-a de fluxo unidi-recional. Essas correntes também são descritas como pulsos galvanofarádicos, pois foram desenvolvidas utilizando pulsos farádicos (corrente monofásica triangular), com duração de fase de 10 ms, sobre uma base galvânica (corrente contínua). Existem 5 tipos diferentes de CDBs: difásica fixa (DF), monofásica fixa (MF), modula-ção em curtos períodos (CP), modulação em longos períodos (LP) e ritmo sincopado (RS). Na realidade, as correntes geradas pelo estimulador são apenas duas: DF e MF, sendo que as demais são apenas modulações geradas pela composição entre essas correntes. Fisiologia da dor/ TENS/Interferencial AULA 2 ROTEIRO 2 A estimulação elétrica nervosa transcutânea consiste na aplicação de correntes elétricas na superfície da pele por meio de eletrodos com a finalidade de estimular fibras nervosas a produzirem efeitos fisiológicos. Frequentemente, é designada pela sigla em inglês TENS, que significa Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation. Os primeiros modelos de TENS foram desenvolvidos e tornaram-se conhecidos após a publicação da Teoria das Comportas da Dor por Melzack e Wall, em 1965. De acordo com essa teoria de modulação da dor, a estimulação de fibras nervosas aferentes de grande diâmetro promove a inibição da atividade das fibras nociceptivas no corno dorsal da medula. Atualmente, a TENS é considerada um dos agentes eletrofísicos mais utilizados pelos profissionais da área da saúde visando à redução de dores agudas e crônicas e efeito fisiológico resultante da aplicação da TENS é a ativação de receptores opioides sistema nervoso central e periférico. PARÂMETROS IMPORTANTES DA TENS Os equipamentos de TENS apresentam, basicamente, três parâmetros físicos que podem ser ajustados: amplitude, duração do pulso e frequência. A amplitude, ou intensidade, representa a magnitude da corrente ou tensão, geralmente sendo mensurada em miliamperes (mA), volts (V) ou milivolts (mV). A duração ou “largura” do pulso se refere ao intervalo de tempo de duração do mesmo, sendo mensurado em microssegundos (μs) ou milissegundos (ms). A frequência é o parâmetro que se refere ao número de pulsos gerados por segundo, sendo mensurada em hertz (Hz), ciclos por segundo (CPS) ou simplesmente pulsos por segundo (PPS). Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) Imagem própria em sala de aula Unip Marquês no dia 18/03/23 Parâmetros para aplicação da Tens Modelo de eletroestimulador TENS com seus respectivos parametros (imagem do livro texto) Através desta escala, podemos analisar a dor do paciente, assim respeitando seus limiares de dor durante o tratamento. Temos também, uma tabela com carinhas, para pacientes que não sabem ler ou definir a escala de 0 a 10. Corrente Interferencial A corrente interferencial (Interferential Current, IFC) foi desenvolvida na década de 1950 pelo Dr. Hans Nemec, em Viena, tornando-se cada vez mais popular no Reino Unido du-rante a década de 1970. É uma corrente utilizada na prática clínica, principalmente, para promover analgesia, produzir contração muscular e reduzir edemas. Consiste na aplicação transcutânea de correntes alternadas de média frequência (ou seja, entre 1 e 10 kilohertz [kHz]), com amplitude modulada em baixa frequência (0-250 Hz), formando “pacotes” ou bursts de corrente, com finalidades terapêuticas. Contra indicações: Portadores de marca-passo, trombose venosa profunda, câncer, útero gravídico e portadores de doenças cardíacas. Além disso, é necessário precaução ao aplicar a corrente em indivíduos que tenham alteração de sensibilidade ou alergia no local de aplicação dos eletrodos. Parâmetros: 2 kHz fortalecimento muscular, fase da onda 250 μs; 4 kHz analgesia, fase da onda 125 μs. Correntes Excimotoras (FES/Russa/Aussie) AULA 3 ROTEIRO 3 Originalmente popularizada na década de 1970 pelo cientista russo Dr. Yakov Kots, a Corrente Russa passou ser a corrente mais conhecida em todo o mundo. A Corrente Russa convencional é uma corrente alternada com forma de onda sinusoidal de 2.500 Hz que é modulada em bursts (“pacotes”) de 50 Hz por segundo, com duração de 10 milissegundos (ms) e intervalos inter-burst de 10 ms. A frequência portadora de 2.500 Hz equi-vale a uma duração de ciclo de 400 μs, que é semelhante às durações de pulso de muitas outras formas de onda usadas para a estimulação muscular. Uma variação mais recente de BMAC é conhecida como Corrente Aussie e foi originalmente descrita pelo Dr Alex Ward, da University of Latrobe, Australia. A correnteAussie, assim como a corrente Russa, também é uma forma de corrente alternada modulada em burst, com forma de onda sinusoidal, porém difere nos demais parâmetros. Em vez de uma frequência portadora de 2.500 Hz, a corrente Aussie possui uma frequência portadora de 1.000 Hz e uma duração de burst menor, de 2 ou 4 ms. Esses recursos tornaram a corrente Aussie uma corrente popular e amplamente usada na América do Sul e parte da Europa. Imagens do livro texto Imagem própria em sala de aula Unip Marquês 18/03/23 Aluna recebendo Corrente Russa e Aussie. FES estimulação elétrica funcional é outra área da eletroterapia clínica. Semelhante à NMES, a FES é baseada na aplicação de estimulação elétrica terapêutica para induzir a contração muscular esquelética. A FES difere da NMES na medida em que geralmente é usada para facilitar ou auxiliar no desempenho ou execução de atividades ou tarefas “funcionais”. Enquanto o objetivo principal da NMES é aumentar a força muscular ou prevenir a atrofia muscular, a FES está mais especificamente relacionada com atividades ou tarefas que são assistidas pela contração muscular induzida pela corrente elétrica. A estimulação elétrica para produção de contração muscular é amplamente usada na reabilitação e para uma variedade de necessidades do paciente, também é usada para induzir a contração muscular com ênfase na função ou tarefas e/ou atividades intencionas. CONCLUSAO: A eletroterapia é um recurso muito comumente utilizado na clínica. O conhecimento da configuração de cada corrente, bem como dos parâmetros ajustáveis e sua interação aumentam as chances de sucesso com o tratamento de eletroterapia. As implicações clínicas das alterações de cada um dos parâmetros também devem ser compreendidas pelo clínico que deseja aplicar a eletroterapia de forma adequada, especialmente porque se sabe que a dose é determinante para o sucesso do tratamento. Os pesquisadores também podem contribuir com seus estudos mostrando os efeitos de mudanças de diferentes parâmetros para possibilitar melhor manejo de diferentes afecções clínicas. Biografia Borges, Fábio / Scorza, Flávia Acedo: Terapêutica em estética, conceitos e técnicas. São Paulo: Editora Phorte 2016 (páginas: 287 e 288) Liebano, Richard E. Eletroterapia Aplicada à Reabilitação: Dos Fundamentos às Evidências . [Digite o Local da Editora]: Thieme Brasil, 2021. E-book. ISBN 9786555720655.Disponívelem: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555720655/. Acesso em: 20 mar. 2023. (1-4-5) e Figura 5 Livro texto Unidade I - Persiane, André Setti. Eletroteparia / André Setti Persiane. Cristiano Schiavinato Baldan. Juliana Barbosa Corrêa. – São Paulo: Editora Sol, 2021. Rodrigues, Paula Andreotti. Eletroterapia facial e corporal avançada [recurso eletrônico]/ Paula Andreotti Rodrigues, Tatiana Calissi Petri ; [revisão técnica: Marcia Gerhardt Martins]. – Porto Alegre : SAGAH, 2018 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP INTRODUÇÃO A estimulação elétrica terapêutica, ou eletroterapia, tem o objetivo terapêutico, com o uso de correntes elétricas para finalidades terapêuticas como a analgesia ou a estimulação funcional muscular. A corrente, quando aplicada, tem efeitos de indução... Mas para se trabalhar com as correntes, não basta apenas saber operar o equipamento, e sim fazer um raciocínio clínico, com base nos recursos de cada equipamento e entender os seus conceitos em eletricidade e suas relações com a eletroterapia2, abaix... a) Eletricidade: conceito b) Carga elétrica c) Íons d) Cátodos e ânodos e) Campo elétrico f) Voltagem g) Corrente elétrica h) Condutores e isolantes i) Resistência e condutância Também descreveremos algumas correntes que praticamos em sala de aula com a Professora Adriana Pastore: 1-Conceitos fundamentais em eletricidade e suas relações com a eletroterapia: Eletricidade-conceito: A corrente elétrica é definida como a quantidade de carga (elétrons ou íons) que flui, por segundo, em um condutor, em deter-minada direção, geralmente medida em ampères15 ou miliampères (mA). Para que o fluxo ocorra, é necessár... Carga elétrica: A carga elétrica de um determinado átomo é dada pela soma do número de partículas com carga positiva (prótons) ou negativa (elétrons). O átomo é considerado neutro se o número de prótons e elétrons for o mesmo. Caso haja desequilíbrio... Íons: São espécies atômicas formadas quando uma espécie eletricamente neutra perde ou ganha elétrons. Cátodos e ânodos: Cátodo e o polo positivo, sofre redução por ganhar elétrons e é o agente oxidante e anodo e o polo negativo, sofre oxidação porque perde elétrons e é o agente redutor. Campo elétrico: é uma grandeza física vetorial que mede o módulo da força elétrica exercida sobre cada unidade de carga elétrica colocada em uma região do espaço sobre a influência de uma carga geradora de campo elétrico. Voltagem: É a tensão elétrica que também pode ser chamada de diferencial de potencial elétrico (DDP). A palavra voltagem nasceu porque a unidade que representa a tensão elétrica é o Volt (V). Corrente elétrica: é o fluxo ordenado de partículas portadoras de carga elétrica ou o deslocamento de cargas dentro de um condutor, quando existe uma diferença de potencial elétrico entre as extremidades. Condutores: Particulas carregadas que se movem facilmente, quando colocadas em um campo eletrico (o músculo é rico em íons e líquido, sistema nervoso, excelente circuito eletrico). Isolantes: Não permite movimento livre deíons ou de elétrons. Resistência e condutância: A resistência indica a oposição de um material condutor à passagem da corrente elétrica, e a condutância, inversamente, indica a facilidade com a qual o condutor deixa fluir a corrente elétrica. TIPOS DE ELETRODOS 2- Classificação das correntes elétricas terapêuticas A principio estudaremos a corrente polarizada, onde o fluxo unidirecional ocorre nas correntes contínuas e nas correntes pulsadas monofásicas. Se classifica com a corrente mais antiga: A corrente Galvâniva. Também veremos a corrente diadinâmica corre... I-TIPOS DE CORRENTES a-Corrente Contínua: Corrente Galvânica, unidirecional, sem intervalos, se mantem estabilizada, em uma única polaridade. b-Corrente Alternada: Fluxo Bidirecional e contínuo , temos a fase positiva e negativa, exemplo a corrente de energia elétrica. c-Corrente Pulsada: Fluxo uniderecinal e bidirecional , um pulso unidirecional e na sequência dois pulsos, chamamos de frequência. II-CARACTERÍSTICAS CORRENTES ALTERNADAS E PULSADAS a-Número de fases: Monofásica (+ = +) (- = -) e a Bífasica alterna os polos b-Simetria: Igual a Medida, apresentam as mesmas caracteristicas dos polos c-Equilibrio: Área de dimensão do pulso, tem a mesma quantidade. d-Forma: Pode ser quadrado, sinoidal, triangular, e ponte agudo. III- Correntes pulsadas ou alternadas por meio das qualitativas: Figura 1 - Fonte livro texto Observando este gráfico podemos classificar todas as formas de pulsos, e na descrição a prática no uso do dia a dia. Figura 2 - Fonte livro texto 3-Corrente Galvânica ou corrente terapêutica Foi a primeira corrente criada por Luigi Galvani hoje utilizada na iontoforese, é uma corrente polarizada (corrente continua). Entre as correntes polarizadas mais utilizadas no método, encontramos a corrente Galvânica (a mais comum). Com um fluxo con... Efeitos fisiológicos Figura 3 Os tecidos biológicos apresentam uma grande quantidade de íons positivos (cátions) e negativos ((ânions), dissolvidos nos líquidos corporais de forma desordenada.(Figura 3) . Figura 4 Ao aplicarmos um campo elétrico polarizado na superfície da pele, esses íons se colocam em movimento ordenado de acordo com a sua polaridade, de modo que os cátions migram em direção ao eletrodo negativo e os ânions migram para o eletrodo positivo.(Fi... Imagem própria, eletrodo de silicone em sala de aulaUnip Marques no dia 18/03/23 Estimulação sensorial: A passagem da corrente galvânica pela pele da paciente promoverá leve sensação de formigamento ou pontada, que, ao longo da terapia, poderá evoluir para leve irritação ou coceira. Onde ocorre uma Hiperemia devido a vasodilatação... Na Cicatrização existe um bom número de estudos demonstrando que diferentes formas de estimulação elétrica podem favorecer a cicatrização tecidual, tanto ao que se refere à consolidação de fraturas, quanto à cicatrização de ferimentos em tecidos moles. Destruição de tecidos ocorrem efeitos fisiológicos e bioquímicos diferentes abaixo de cada um dos eletrodos. Se usada em grande densidade de corrente, a corrente direta gera coagulação de proteínas sob o eletrodo positivo (ânodo) e liquefação sob o el... IONTOFORESE É o método de administração transcutânea, com o uso da corrente Galvânica, de substâncias que serão utilizadas com propósito terapêutico, potencializando a penetração de elementos polares. Mecanismo de ação: A iontoforese transdérmica de analgésicos envolve o uso da força eletromotriz (voltagem) através de um ânodo carregado positivamente e um cátodo carregado negativamente para induzir a infiltração percutânea de um agente terapêutico ... Eletrodo de silicone e cabo duplo para aplicação com garras tipo jacaré. (Imagem do manual da Empresa HTM) Podemos utilizar medicamentos através da Iontoforese, entre os eletrodos (ânodo e cátodo) e a pele, existem compressas ou esponjas embebidas por solução medicamentosa. O ânodo (eletrodo positivo) repele os positivos, enquanto o cátodo (eletrodo negati... Demonstração do efeito iônico nos tecidos com a endosmose no eletrodo negativo (hidratação) (Imagem própria na sala de aula no Campus Marquês no dia 18/03/23) Corrente Diadinâmica de Bernard As correntes diadinâmicas de Bernard (CDBs) foram criadas na França, no início da década de 1950, pelo dentista Pierre Bernard, com o objetivo de promover analgesia por meio da estimulação elétrica. São correntes produzidas por retificações em semion... Fisiologia da dor/ TENS/Interferencial AULA 2 ROTEIRO 2 A estimulação elétrica nervosa transcutânea consiste na aplicação de correntes elétricas na superfície da pele por meio de eletrodos com a finalidade de estimular fibras nervosas a produzirem efeitos fisiológicos. Frequentemente, é designada pela sig... PARÂMETROS IMPORTANTES DA TENS Os equipamentos de TENS apresentam, basicamente, três parâmetros físicos que podem ser ajustados: amplitude, duração do pulso e frequência. A amplitude, ou intensidade, representa a magnitude da corrente ou tensão, geral... Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) Imagem própria em sala de aula Unip Marquês no dia 18/03/23 Parâmetros para aplicação da Tens Modelo de eletroestimulador TENS com seus respectivos parametros (imagem do livro texto) Através desta escala, podemos analisar a dor do paciente, assim respeitando seus limiares de dor durante o tratamento. Temos também, uma tabela com carinhas, para pacientes que não sabem ler ou definir a escala de 0 a 10. Corrente Interferencial A corrente interferencial (Interferential Current, IFC) foi desenvolvida na década de 1950 pelo Dr. Hans Nemec, em Viena, tornando-se cada vez mais popular no Reino Unido du-rante a década de 1970. É uma corrente utilizada na prática clínica, principa... Contra indicações: Portadores de marca-passo, trombose venosa profunda, câncer, útero gravídico e portadores de doenças cardíacas. Além disso, é necessário precaução ao aplicar a corrente em indivíduos que tenham alteração de sensibilidade ou alergia... Parâmetros: 2 kHz fortalecimento muscular, fase da onda 250 μs; 4 kHz analgesia, fase da onda 125 μs. Correntes Excimotoras (FES/Russa/Aussie) AULA 3 ROTEIRO 3 Originalmente popularizada na década de 1970 pelo cientista russo Dr. Yakov Kots, a Corrente Russa passou ser a corrente mais conhecida em todo o mundo. A Corrente Russa convencional é uma corrente alternada com forma de onda sinusoidal de 2.500 Hz qu... Imagens do livro texto Imagem própria em sala de aula Unip Marquês 18/03/23 Aluna recebendo Corrente Russa e Aussie. FES estimulação elétrica funcional é outra área da eletroterapia clínica. Semelhante à NMES, a FES é baseada na aplicação de estimulação elétrica terapêutica para induzir a contração muscular esquelética. A FES difere da NMES na medida em que geralm... A estimulação elétrica para produção de contração muscular é amplamente usada na reabilitação e para uma variedade de necessidades do paciente, também é usada para induzir a contração muscular com ênfase na função ou tarefas e/ou atividades intencionas. CONCLUSAO:
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