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Strongyloides stercoralis

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Strongyloide� stercorali�
CLASSIFICAÇÃO
- Filo - Nematoda
- Classe - Secernentea
- Família - Strongyloididae
- Gênero - Strongyloides
- Espécie - S. stercoralis
CARACTERÍSTICAS GERAIS
- Geo-helminto – estrongiloidíase ou estrongiloidose
- Mais relevante em áreas tropicais e subtropicais – indivíduos
imunossuprimidos
- 52 espécies de Strongyloides conhecidas – S. stercoralis e S. fuelleborni
(homem)
- S. stercoralis também pode infectar cães, gatos e macacos e o S. fuelleborni
infecta macacos
- Estima-se 30-100 milhões de pessoas infectadas no mundo
MORFOLOGIA
- 6 formas evolutivas:
● Fêmea partenogenética
● Fêmea de vida livre
● Macho de vida livre
● Ovo
● Larva filarióide
● Larva rabditóide
- Todas as formas, com exceção do ovo, possuem cutícula fina e hialina
- Filarióide X Rabditóide
FÊMEA PARTENOGENÉTICA
- Parasita do homem – mucosa do intestino (duodeno e jejuno)
- Corpo cilíndrico, filiforme longo, porção anterior arredondada e posterior
afilada
- Boca com 3 lábios, esôfago longo (25% do corpo), filarióide, intestino
simples, ânus, aparelho reprodutor feminino sem receptáculo seminal
- 30-40 ovos /dia, via partenogênese – eliminado larvado (rabditóide)
FÊMEA E MACHO DE VIDA LIVRE
- Encontradas no solo, alimentam-se de bactérias e matéria orgânica
- Extremidade anterior arredondada e posterior afilada, recurvada ventralmente
e com espículo (gubernáculo) no macho
- Boca com 3 lábios, esôfago curto com aspecto rabditóide, intestino
terminando em ânus na fêmea e cloaca no macho
- Aparelho reprodutor feminino apresenta útero com até 28 ovos e receptáculo
seminal
OVO
- Elíptico, parede fina e transparente
- Ovos fêmea de vida livre: 70 x 40 μm
- Ovos fêmea partenogenética: 50-30 μm
- Eclosão dos ovos ocorre no intestino delgado – fezes diarreicas e laxantes
LARVA RABDITÓIDE
- Esôfago rabditóide e intestino termina em ânus
- Vestíbulo bucal curto, cauda pontiaguda, primórdio genital nítido
- Larva L1 → Larva L2
- Liberadas nas fezes: ~1-25 larvas/g de fezes
- Infecções disseminadas: bile, escarro, urina, líquidos duodenal, pleural e
cefalorraquidiano
LARVA FILARIÓIDE
- Esôfago tipo filarióide – até metade do corpo 0,35-0,50 mm
- Vestíbulo bucal curto, intestino terminando em ânus, cauda entalhada
- Forma infectante (L3) – penetra pele e mucosas
Ativas, podendo viver até 5 semanas no meio ambiente, sem se alimentarem
CICLO BIOLÓGICO
- Ciclo direto ou partenogenético
- Ciclo indireto ou sexuado ou de vida livre
- Penetração até eclosão ↓ 15-25 dias
VIAS DE TRANSMISSÃO
- Primoinfecção: L3 penetram pela pele ou mucosas – pés descalços é a
principal via
- Autoinfecção Externa: L3 na região perianal e fezes penetram novamente o
paciente – comum em crianças, idosos ou pacientes internados que defecam
em fraldas
- Autoinfecção Interna: larvas rabditóides evoluem para filarióide na luz
intestinal, que penetram na mucosa – constipação e imunossuprimidos
- L1, L2 e L3 em diferentes órgãos (forma disseminada) ou hiperinfecção (↑ n.
no intestino e pulmões)
- Ingestão de alimentos e/ou água contendo larvas L3
IMUNOLOGIA, PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
- IgG, IgA, IgM e IgE: não combate a infecção, mas tem importância no
controle de superinfecção e reinfecção → imunossuprimidos
- Pacientes em uso de corticosteróides: além da ação imunossupressora, há o
estímulo da conversão de larvas rabditóides em filarióides
- Em pacientes alcoolistas crônicos, a estimulação do eixo hipotálamo-pituitária
adrenal (HPA) produz níveis excessivos de cortisol
- Co-infecção com vírus HTLV-1 também está relacionada ao estabelecimento
de infecção pelo S. stercoralis
- Baixo n o de parasitas: geralmente assintomáticos
- Formas graves, as vezes fatais, relacionam-se com carga parasitária,
resposta imune, subalimentação, infecções parasitárias e bacterianas
associadas, etc
- A lesões causadas relacionam-se com a penetração do parasita, ciclo
pulmonar e permanência e multiplicação na mucosa intestinal
Manifestações cutâneas
- Geralmente discretas, podendo passar desapercebidas ou manifestarem
como pontos ou placas eritematosas nos locais de penetração
- Pode acompanhar prurido, resultado da morte de larvas após a penetração
Manifestações cutâneas
- Reinfecção: reação de hipersensibilidade (edema, eritrema, prurido, papas
hemorrágicas)
- Autoinfecção externa: lesões urticariformes transitórias em torno do ânus e
regiões adjacentes, com recorrência e aspecto variável
- Larva currens: raro, indica infecção disseminada
Manifestações Pulmonares
- Intensidade variável, mas caracterizada por tosse, com ou sem expectoração,
febre, dispnéia e crises do tipo asmática
- A travessia das larvas dos capilares para os alvéolos provocam pequenos
focos de hemorragia e inflamação
- Casos graves: broncopneumonia, síndrome de Loeffler (acúmulo de
eosinófilos no pulmão), edema pulmonar e insuficiência respiratória
Manifestações Intestinais
- As fêmeas partenogenéticas vivendo na mucosa intestinal do duodeno e
jejuno podem determinar enterite catarral, enterite edematosa (má absorção
intestinal) e enterite ulcerosa (rigidez da mucosa intestinal).
- Este último tipo de lesão é irreversível e os sintomas comuns vão de dor
epigástrica, diarréia em surtos, desconforto abdominal, náuseas, vômitos,
síndrome disentérica com esteatorréia, emagrecimento, podendo ser fatal
- A autoinfecção permite uma evolução crônica da estrongiloidíase, podendo
durar 20- 30 anos
DIAGNÓSTICO
- Difícil – 50% assintomáticos e quando os sintomas pulmonares e digestivos
estão presentes, são comuns a outras doenças
- Tríade - diarréia, dor abdominal e urticária são sugestivas
- Eosinofilia sem outra razão e quadro de imunossupressão
Laboratorial
- Pesquisa de larvas nas fezes (3-5 amostras colhidas em dias alternados,
fresca e sem preservação)
- Outras amostras: secreções
● broncopulmonares (escarro e lavado broncopulmonar)
● secreção duodenal
● urina
● líq. pleural e ascítico
● LCR
- Larvas rabditóides, mas podem aparecer larvas filarióides em amostras de
fezes envelhecidas e pacientes com ritmo intestinal lento
- Ovos podem aparecer nas fezes em casos de diarréia decorrente de
hiperinfecção
Método de Rugai e cols.
- Hidrotermotropismo – água a 40-45 oC (~90 min)
- É possível observar formas móveis, mas para a observação da morfologia,
adiciona-se uma gota de lugol
Coprocultura – Método de Harada-Mori
- Cultivo em papel de filtro – simulação do ciclo indireto
- Cultura de larvas em carvão (simula as condições do solo na natureza)
Cultura de larvas em placa de ágar (Método de Arakaki e Koga)
- Mais sensível que os outros métodos
TRATAMENTO
- Bloqueio na transmissão neuromuscular (abertura dos canais de cloreto) e
paralisia do verme
- De escolha para pacientes imunossuprimidos – mais tolerado
- Albendazol, cambendazol, tiabendazol - ligam-se a β-tubulina livre, inibindo a
sua polimerização, e assim, interfere na captação de glicose depende dos
microtúbulos
- A repetição do tratamento é indicada – reinfecção ou resistência de algumas
fêmeas
- Constipação – uso de laxativo para evitar reinfecção interna
MEDIDAS PROFILÁTICAS E CONTROLE
- Educação Sanitária: utilização de calçados, lavar bem os alimentos e mãos,
beber água de boa procedência ou fervida
- Destino adequado das fezes (redes de esgoto e fossas sépticas)
- Diagnóstico e tratamento dos doentes
- Tratamento profilático de imunossuprimidos para evitar reinfecção

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