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METODOLOGIA DE TREINAMENTO FÍSICO PARA PESSOAS COM INCLUSÃO mayara 1

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METODOLOGIA DE TREINAMENTO FÍSICO PARA PESSOAS COM INCLUSÃO
	
Alessandra Vasco¹
Milianne Silva¹
Suamy Mayara¹
Rodrigo Souza¹
Fabrina Milka2
	
RESUMO
Chamamos de metodologia de treinamento o passo a passo a ser seguido desde o planejamento, execução, até a avaliação de uma capacitação. A prática de esportes voltados a pessoas portadoras de necessidades especiais e que precisam de adaptação têm crescido consideravelmente. Contudo, para que o processo de adaptação e a inclusão dessas pessoas em programas de esporte adaptado tenha um resultado positivo, são necessários alguns cuidados específicos para que possibilitem ao deficiente se sentir seguro durante o treinamento físico. A prática regular de exercícios físicos ou as modalidades esportivas para este grupo específico tem por objetivos distintos a competição, o lazer e a ação terapêutica. Sendo assim, todas essas vantagens irão contribuir para o melhor conhecimento sobre o corpo e facilitar a realização de atividades esportivas e do dia a dia com maior segurança.
Palavras-chave: Inclusão, Necessidades Especiais, Esporte adaptado, Treinamento Físico.
· INTRODUÇÃO
A prática de atividade física é de fundamental importância em qualquer idade e também é um meio de cuidar da saúde de forma preventiva para que possamos ter uma melhor qualidade de vida.
O treinamento físico serve para todas as pessoas e sua inclusão na vida das pessoas portadoras de necessidades especiais tem por objetivo o desenvolvimento de habilidades, contribuindo para o desenvolvimento moral e intelectual, além de que também pode ser realizada simplesmente pelo lazer, para fins terapêuticos ou até mesmo para competições esportivas.
Antes de inserir o deficiente em treinos de atividades esportivas ou em programas de exercícios é necessário que ele passe primeiro por uma avaliação médica detalhada e após sua liberação o profissional de educação física deve realizar uma anamnese criteriosa para observar o princípio da adaptação, ou seja, deve-se proporcionar a prática de treinos introdutórios à modalidade de acordo com as condições de cada indivíduo.
A inclusão do treinamento físico para pessoas com necessidades especiais aprimora a força, a agilidade, a coordenação motora, o equilíbrio e a condição cardiovascular. A falta desta prática pode inclusive aumentar os efeitos da limitação motora, além dos aspectos físicos. O esporte é um meio excelente de criar oportunidades de socialização com outras pessoas, contribui com a melhora do psicológico, aumentando a autoconfiança e autoestima ajudando a dar mais independência para a pessoa com deficiência.
Diante disto, o presente trabalho tem como objetivo, mostrar que o treinamento físico é uma ferramenta imprescindível caso o indivíduo queira elevar os níveis de qualidade de vida e saúde e que além de superar os preceitos estabelecidos pela sociedade com relação às suas limitações, estes apesar de sua deficiência são capazes de se adaptarem ao mundo.
· FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O treinamento físico ou atividade física refere-se a um conjunto de exercícios praticados por um determinado período de tempo, que tem por objetivo desenvolver as capacidades morfológicas e funcionais, ligadas ao sistema locomotor de uma pessoa (BARBANT, TRICOLI e UGRINOWITSCH, 2004).
Dos mais simples até os adaptados, os exercícios físicos proporcionam as pessoas inúmeras oportunidades de manter, desenvolver ou reabilitar sua saúde, tanto no aspecto físico, psicológico ou social, o que representa uma melhoria em relação à mobilidade, equilíbrio e outros fatores, gerando uma melhor qualidade de vida das pessoas saudáveis e em condições especiais, limitadoras ou restritivas (WELLICHAN; SANTOS, 2019).
O exercício físico também pode intervir na redução da dor musculoesquelética e ajudar na prevenção de deformidades, aumentando a resistência pulmonar e cardiovascular (RODRIGUES; MUSSI; ALMEIDA, 2014).
“Em questões psicológicas, a prática da atividade física melhora a autoestima, o autoconceito, a imagem corporal, além de funções cognitivas, diminuindo o estresse, a ansiedade e o consumo por medicamentos” (MARTINS; RABELO, 2008).
O exercício físico adaptado para pessoas com deficiência é uma parte da educação física que direciona suas intervenções típicas em programas individualizados ao atendimento das necessidades especiais desses indivíduos, onde ocorrem adaptações para promover a sua participação em determinadas atividades (FERREIRA et al., 2013).
Segundo Brasil (2015):
Indivíduos com deficiência são aqueles que possuem restrições de origem física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas situações, podem dificultar sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas.
A falta de exercícios físicos em pessoas com deficiência é bastante comum, pois há a ausência de estímulo por parte de familiares relacionada ao medo e/ou superproteção. A quantidade de profissionais de educação física qualificados para atuar com esse público, a falta de estímulo por parte do próprio indivíduo por falta de segurança ou medo de se machucar, e a auto percepção prejudicada, bem como a acessibilidade aos locais de treinamento ampliam as barreiras que impedem a adesão de metodologias de treinamentos físicos por pessoas com deficiência. (MELO; MUNSTER, 2016).
De acordo com Sassaki (2009), o termo inclusão é usado para descrever a introdução de pessoas com alguma deficiência diagnosticada, de modo a promover uma interação das mesmas junto à sociedade.
Em 2015, o Brasil aprovou a Lei Brasileira de Inclusão, uma legislação que trata sobre os direitos de pessoas com deficiência, da qual foi considerado um grande marco para as organizações que lutam pela inclusão de pessoas com deficiência (BRASIL, 2015).
O individuo com deficiência incluído em algum treinamento físico desfruta de vários benefícios, dentre eles: promoção de autonomia, reforço positivo de sua auto percepção, desenvolvimento de relações interpessoais e incentivo à um ambiente de participação efetiva. (GARCIA et al., 2012). 
A inclusão levará também ao aprimoramento da capacidade do profissional de educação física, além de contribuir para que os estabelecimentos de práticas de exercícios se adequem em prol de uma sociedade sem preconceitos e discriminações. Porém, para que a inclusão seja feita com sucesso, é preciso conexão e disposição de todos os envolvidos no processo, tanto do profissional de educação física como do aluno, sendo esse o ponto mais importante de todo esse processo (GORGATTI et al, 2004).
· MATERIAIS E MÉTODOS
· RESULTADOS E DISCUSSÃO
Em um estudo realizado por Fiorini e Nabeiro (2013), a formação de tutores para atuação nas aulas de EF em uma turma com alunos com deficiência demonstraram a sua efetividade para aumento da independência do aluno e também do seu contato social. Segundo os autores, o uso de colegas tutores formados melhorou o nível de participação do aluno com deficiência nas aulas de Educação Física. 
 Em seu estudo Nakagaki (2010), fala sobre a importância do colega tutor, no processo de inclusão da pessoa com deficiência (PCD), no sistema escolar nas aulas de educação física. 
Em um estudo de Alves; e Fiorini (2018), veio nos mostrar a importância de promover a inclusão, nas aulas de educação física e a adaptação como caminho para o mesmo. 
 
No estudo mostra a questão da estratégia dos professores para esta adaptação, estas estratégias consistem em modificações na forma de ensinar. Uma destas estratégias de ensino é por meio do suporte, isso é, prestar assistência física ao aluno com deficiência para que ele execute o movimento ou habilidade motora proposta em aula (BLOCK, 2007). 
 Ainda no contexto das adaptações nas estratégias de ensino, algo identificado na literatura e comum a diferentes autores é a indicação do colega tutor, sendo ele um aluno sem deficiência, voluntário, que auxilia o aluno com deficiência na realização 21 das atividades dasaulas de Educação Física (HOUSTON-WILSON et al., 1997; SOUZA, 2008; NABEIRO, 2010). 
Também o estudo de Godoy (2010) verificou a importância da figura do colega tutor para a inclusão da Pessoa com Deficiência Visual nas aulas de Educação Física. A pesquisa foi realizada com alunos deficientes visuais de uma escola estadual na cidade de Bauru, realizando a análise de situações em aulas. 
Cabe então aos professores buscar estratégias para que os alunos PCDs sejam incluídos nas aulas surge então a proposta de trabalho colaborativo que visa proporcionar o desenvolvimento de práticas pedagógicas inclusivas mais bemsucedidas, uma vez que propõem uma parceria de trabalho entre pares (ARAÚJO;ALMEIDA, 2014). 
· CONCLUSÃO
Com base no exposto, observa-se que os treinamentos físicos adaptados ainda são pouco divulgados ou inseridas em estabelecimentos de treinamento físico e escolas. Mesmo que com diversos estudos disponíveis na literatura, há uma diversidade tão grande de deficiências que a adaptação se dá muitas vezes pelo conhecimento do profissional e, também, da criatividade para tornar a atividade o mais fácil possível para que o indivíduo tenha autonomia para executá-la.
É importante termos em mente que uma pessoa com deficiência também possui anseios, metas, vontade de se superar a cada dia, e que quanto mais a colocarmos em situações de prova, mais iremos motivá-la. Por esse motivo é muito importante que se tenha sempre uma avaliação física, uma anamnese profunda, um diálogo constante para conhecer o seu aluno.
Metodologias de treinamento adaptado podem gerar mudanças na vida de uma pessoa com deficiência que fará com que ela nunca mais abandone os exercícios, pois, desfruta de todos os seus benefícios, como a força, estética, autoestima, coordenação motora, propriocepção, equilíbrio e o aumento evidente na percepção de qualidade vida.
Portanto para que ocorra um processo de inclusão e que a pessoa com deficiência não desista das atividades, é importante levar sempre em consideração o item acessibilidade. Retirar as barreiras entre o indivíduo e o exercício, é uma questão que deve ser pensada não apenas pelo profissional, mas também um trabalho de conscientização com o público, locais privados e outros profissionais envolvidos.
· REFERÊNCIAS
ALVES, M.L.T; FIORINI, M.L.S; Como promover a inclusão nas aulas de educação física? A adaptação como caminho. Revista da associação brasileira de atividade motora adaptada. v. 19 n. 1: Rev. Assoc. Bras. Ativ. Mot. Adapt. Acessado 2 Março 2022]. Disponível em https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/sobama/issue/view/451, 2018 
ARAÚJO,S. L. et al. Contribuições da consultoria colaborativa para a inclusão de pessoas com deficiência intelectual. Revista de Educação Especial, Santa Maria, v. 27, n. 49, p. 341-352,maio/ago. 2014.DOI: 10.5902/1984686x8639, 2014. 
BARBANTI, V.J.; TRICOLI, V.; UGRINOWITSCH, C. Relevância do conhecimento científico na prática do treinamento físico. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, v.18, p.101-9, 2004.
BRASIL. LEI No 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015: Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), 2015.
BLOCK, M. E.; OBRUSNIKOVA, I. Inclusion in Physical Education: a review of the literature from 1995-2005. Adapted Physical Activity Quarterly, v. 24, n. 2, p. 103124, 2007 
FERREIRA, E. et al. Um olhar sobre a educação física adaptada nas universidades públicas paulistas: atividades obrigatórias e facultativas. Rev Educ Fis UEM, v. 24, n. 4, p. 581–595, 2013.
FIORINI, M. L. S.; NABEIRO, M. Treinamento de colegas tutores como auxílio à inclusão de alunos com deficiência em aulas de Educação Física. ADAPTA, Presidente Prudente, v. 9, n.1, p. 13-18, jan./dez. 2013. 
GARCIA, M. K. et al. Conceito Halliwick: inclusão e participação através das atividades aquáticas funcionais. Acta Fisiatr, v. 19, n. 3, p. 142–150, 2012.
GORGATTI, M.G.; et al. Atitudes dos professores de Educação Física do ensino regular com relação a alunos portadores de deficiência. Revista brasileira de Ciência e Movimento, 12 (2), 63-68, 2004. 
Godoy, M. R. B. Colega tutor como estratégia na inclusão da criança com deficiência nas aulas regulares de educação física. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Licenciatura Em Educação Física) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. 2010
HOUSTON-WILSON, C. et al. Peer tutoring: a plan for instruction students of all abilities. Brazilian International Journal Adapted Physical Education Research, v.68, n.6, p.39-44, 1997. 
MARTINS, D. L.; RABELO, R. J. Influência da atividade física adaptada na qualidade da vida de deficientes físicos. MOVIMENTUM - Revista Digital de Educação Física, Ipatinga: Unileste-MG, v. 3, n. 2, ago/dez. 2008.
MELO, F. A. P.; MUNSTER, M. A. VAN. Iniciação esportiva em cadeira de rodas: estruturação de um programa para crianças com deficiência física. v. 19, n.1, p. 68–80, 2016.
NAKAGAKI, M.S. . Análise do processo de inclusão de um deficiente físico nas aulas de educação física escolar: um estudo de caso. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Licenciatura Em Educação Física) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.. 2010. 
NABEIRO, M. O colega tutor nas aulas de educação física inclusiva. Das margens ao centro: perspectivas para as políticas e práticas educacionais no contexto da educação especial inclusiva. Araraquara: Junqueira & Marin, p. 401-406, 2010. 
RODRIGUES, D. N.; MUSSI, R. F. F.; ALMEIDA, C. B. Atividade física na promoção da saúde de amputados. EFDeportes.com, Buenos Aires, v. 19, n. 191, abr. 2014.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: acessibilidade no lazer, trabalho e educação. Revista Nacional de Reabilitação (Reação), São Paulo, Ano XII, mar./abr, p. 10-16, 2009.
SOUZA, J. V. Tutoria: estratégias de ensino para inclusão de alunos com deficiência em aulas de educação física. (Doutorado em Educação Especial) – Centro de Educação e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2008 
WELLICHAN, D. S. P.; SANTOS, M. G. F. Qualidade de vida e deficiência: o CrossFit Adaptado como experiência. 22 f., 2019.

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