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CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
Disposições Gerais 
Localização no NCPC
Título II Capítulo I 
Cumprimento de sentenças :
1- Obrigação de pagar quantia certa
2- Obrigação de prestar alimentos 
3- Obrigação de pagar quantia certa pela Fazenda Pública 
4- Obrigação de fazer, não fazer ou de entregar coisa 
Introdução
 
Quanto a origem do título 
Processo sincrético desde sempre?
Em 1973, em regra, as ações não eram sincréticas. Havia prestações sincréticas, excepcionalmente, nos procedimentos especiais (MS e possessórias).
Em 1994, as demandas prestações de fazer e não fazer passaram a ser sincréticas (art. 461, CPC/73).
Em 2002, a demanda veiculadora de prestação de entrega de coisa diversa de dinheiro se tornou sincrética (art. 461-A,CPC/73).
Em 2005, passou a ser sincrética demanda envolvendo obrigação de pagar quantia.
Vasos comunicantes (Renato Montans)
Art. 513 NCPC. O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título, observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial deste Código.
Art. 771 NCPC. Este Livro regula o procedimento da execução fundada em título extrajudicial, e suas disposições aplicam-se, também, no que couber, aos procedimentos especiais de execução, aos atos executivos realizados no procedimento de cumprimento de sentença, bem como aos efeitos de atos ou fatos processuais a que a lei atribuir força executiva.
Parágrafo único. Aplicam-se subsidiariamente à execução as disposições do Livro I da Parte Especial.
Finalmente, quais são os títulos judiciais?
Art. 515. NCPC São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste 
Título:
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;
VII - a sentença arbitral;
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça
Sentença arbitral
Sentença penal condenatória 
Sentença estrangeira homologada pelo STJ
O cumprimento de sentença nesses casos será objeto de processo autônomo. 
Por isso que o § 1º art. 515 NCPC diz que o executado será citado no juízo cível. 
Ex1: o executado terá 15 dias para pagar o valor devido (regra do cumprimento – art. 523, CPC) e não 3 dias (regra do processo autônomo de execução – art. 827, CPC).
Ex2: a forma de defesa do executado será impugnação (art. 525) e não embargos (art. 910).
Do inciso I ao V do art. 515 NCPC haverá - Fase procedimental executiva/processo sincrético/cumprimento de sentença: 
-> o direito é satisfeito na segunda fase do mesmo processo em que se produziu o título.
Prolatada a sentença, há as seguintes possibilidades:
Considerações Gerais
Iniciativa do cumprimento de sentença
Cumprimento provisório 
Art. 520, inciso I CPC- Corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido. 
Cumprimento definitivo (pagar quantia certa) 
Art. 523 CPC- No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver. 
Cumprimento definitivo (fazer, não fazer ou entregar coisa)
Art. 536 CPC- No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a efetivação da tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as medidas necessárias à satisfação do exequente. 
CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA
PROCEDIMENTO
 Por petição dirigida ao juízo competente
Instruída com seguintes documentos (art. 522, § ú): 
I - decisão exequenda;
II - certidão de interposição do recurso não dotado de efeito suspensivo;
III - procurações outorgadas pelas partes;
IV - decisão de habilitação, se for o caso;
V - facultativamente, outras peças processuais consideradas necessárias para demonstrar a existência do crédito. 
Obs: Autos eletrônicos- não precisará de formação de todo esse acervo probatório, porquanto todo o processo já constará por inteiro no portal eletrônico.
E se faltar alguma peça processual?
Art. 801. Verificando que a petição inicial está incompleta ou que não está acompanhada dos documentos indispensáveis à propositura da execução, o juiz determinará que o exequente a corrija, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de indeferimento.
Decisão reformada ou até invalidada
responsabilidade objetiva ao exequente que optou por já iniciar os atos executivos de forma provisória (art. 520, I, CPC).
II - fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique ou anule a sentença objeto da execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidando-se eventuais prejuízos nos mesmos autos;
A) Se for prestação de fazer- ela deverá ser desfeita, bem como os danos sofridos pelo executado serem reparados;
B) Se for prestação de não fazer, deverão ser reparados os danos eventualmente surgidos com a obrigação de o devedor não praticar aquela conduta;
C) Se for de entregar coisa, haverá restituição da coisa entregue, com a indenização por danos causados. 
OBS: Se a coisa tiver sido transferida a um terceiro de boa-fé, haverá restituição do equivalente pecuniário + indenização pelo período que não foi possível sua fruição;
D) Se for prestação de pagar quantia, devolve-se o valor expropriado na execução ou os bens adjudicados pelo exequente. Ademais, soma-se a indenização pelo período que não foi possível sua fruição.
CAUÇÃO NO CUMPRIMENTO PROVISÓRIO 
REGRA :
NÃO É EXIGIDA CAUÇÃO PARA CUMPRIMENTO PROVISÓRIO 
Exceções: 
levantar depósito em dinheiro;
praticar atos que importem transferência de posse, alienação de propriedade (expropriação de seu patrimônio) ou de outro direito real;
praticar atos dos quais possam resultar grave dano ao executado.
Ex: demolição de obra de grande envergadura;
Ex: interdição de atividade econômica.
Art. 520, IV – o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou dos quais possa resultar grave dano ao executado, dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos.
Enunciado 88, I JDPC do CJF: A caução prevista no inc. IV do art. 520 do CPC não pode ser exigida em cumprimento definitivo de sentença. Considera-se como tal o cumprimento de sentença transitada em julgado no processo que deu origem ao crédito executado, ainda que sobre ela penda impugnação destituída de efeito suspensivo.
Requisitos da caução 
Suficiente e idônea 
Capaz de suprir o montante de eventual ressarcimento dos prejuízos.
OBS: É DIFICIL VERIFICAR A SUFICIÊNCIA DE UMA CAUÇÃO, porquanto é um dano futuro, hipotético, carecedor de critérios objetivos. O JUIZ DEVE VERIFICAR CASO A CASO.
Dispensa da caução (art. 521 NCPC)
1º - O crédito for de natureza alimentar, independente de sua origem
2º- O credor demonstrar situação de necessidade 
3º-Pender o agravo do art. 1.042; (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)
4º - A sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça ou em conformidade com acórdão proferido no julgamento de casos repetitivos.
OBS1: Os dois primeiros incisos visam proteger o exequente garantindo sua sobrevivência digna.
OBS 2: Os incisos 3º e 4º correspondem a uma grande probabilidade de manutenção da sentença, ou seja, grande chance da sentença não ser anulada ou reformada 
Parágrafo único- A exigência de caução será mantida quando da dispensa possa resultar manifesto risco de grave dano de difícil ou incerta reparação.
Cabimento de multa de 10% no cumprimento provisório 
Art. 520, §2º- A multa e os honorários a que se refere o §1º do art. 523 são devidos no cumprimento provisório de sentença condenatória ao pagamento de quantia certa.
Art. 523 §1º- Não ocorrendo pagamento voluntário no caso do caput o débito será acrescido de multa de 10% e, também honorários advocatícios de 10%.
Se o executado comparecer e depositar o valor para isentar-se do pagamento da multa ?
Art. 520, §3º Se o executado comparecer tempestivamente e depositar o valor, com a finalidade de isentar-se da multa, o ato não será havido como incompatível com o recurso por ele interposto.
Ainda, o pagamento não impede o executado de até mesmo apresentar impugnação ao cumprimento provisório de sentença (art. 520, §1º).
Art. 520, §1º No cumprimento provisório da sentença, o executado poderá apresentar impugnação, se quiser, nos termos do art. 525.
Alguns dispositivos que ratificam o cabimento de honorários advocatícios:
Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor.
§1º São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de sentença, provisório ou definitivo, na execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos, cumulativamente.
Art. 520. O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao seguinte regime: 
§ 2º A multa e os honorários a que se refere o § do art. 523 são devidos no cumprimento provisório de sentença condenatória ao pagamento de quantia certa.
CUMPRIMENTO DEFINITIVO DE SENTENÇA
Diante de um título judicial que seja uma decisão transitada em julgado. 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA DE OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA 
Arts. 523 a 534, CPC
Há duas fases bem definidas:
Primeir0- Cumprimento voluntário, para que o executado cumpra espontaneamente dentro do prazo; 
Segundo- execução forçada, em que se praticam atos tendentes à satisfação compulsória da obrigação.
Primeira fase: 
O devedor condenado a pagamento de quantia terá 15 dias para cumprir espontaneamente a decisão judicial sob pena do montante da condenação ser acrescido de multa mais honorários advocatícios de 10% sobre o valor da dívida. (art. 523, § 1º CPC).
OBS: OS honorários incidem em cima do valor da execução, não incluído o valor da multa. 
Atenção: 
O prazo para cumprimento voluntário conta-se em dias úteis. 
A multa legal instituída com o objetivo de forçar o cumprimento voluntário da obrigação. ( a multa tem caráter punitivo) 
Havendo pagamento parcial da dívida, a multa e os honorários incidirão sobre o valor restante. 
O art. 523, caput é bem claro acerca da necessidade de o
exequente requerer o cumprimento de sentença.
Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.
Atenção: Nas obrigações de fazer, não fazer e entregar coisa, o juiz continua tendo o poder de ofício de iniciar o cumprimento de sentença .
Como será a petição do cumprimento de sentença: 
Basta uma simples petição! 
Art. 524. O requerimento previsto no art. 523 será instruído com demonstrativo discriminado e atualizado do crédito, devendo a petição conter:
I - o nome completo, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica do exequente e do executado, observado o disposto no art. 319, §1º e §3º;
II - o índice de correção monetária adotado;
III - os juros aplicados e as respectivas taxas;
IV - o termo inicial e o termo final dos juros e da correção monetária utilizados;
V - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso;
VI - especificação dos eventuais descontos obrigatórios realizados;
VII- a indicação de bens a penhora sempre que possível.
Observações: 
Se o exequente desconhece a existência de bens penhoráveis, pode requerer ao juízo, sem dar ciência prévia ao executado, determine as instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico, que torne indisponível ativos financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a indisponibilidade ao valor indicado na execução (providência que pode ser tomada no curso do procedimento também). 
O exequente pode “proceder a averbação em registro público do ato de propositura da execução e dos atos de constrição realizados, para o conhecimento de terceiros.” (o objetivo é caracterizar fraude a execução caso haja alienação de algum bem cujo registro se fez averbado). (art. 799, IX e 792,II ambos do CPC)
 APURAÇÃO DO VALOR DO DÉBITO
Como vimos é ônus do exequente instruir a petição com o demonstrativo discriminado e atualizado do crédito indicando os parâmetros utilizados para o cálculo. 
EXCESSO DOS CÁLCULOS
Se o juiz, numa análise superficial, entender que o valor apontado pelo exequente excede os limites da condenação, o juiz tem duas opções:
não remete os autos à contadoria e determina a penhora apenas daquele montante que entende adequado;
Art. 524, §1º Quando o valor apontado no demonstrativo aparentemente exceder os limites da condenação, a execução será iniciada pelo valor pretendido, mas a penhora terá por base a importância que o juiz entender adequada.
b) remete os autos à contadoria para apurar efetivamente qual o valor correto.
Art. 524, § 2º Para a verificação dos cálculos, o juiz poderá valer-se de contabilista do juízo, que terá o prazo máximo de 30 (trinta) dias para efetuá-la, exceto se outro lhe for determinado.
OBS: Por óbvio, a doutrina sugere que o magistrado remeta os autos à contadoria, que estabelecerá o correto montante. (Pois se o magistrado prolatar decisão afirmando que o valor sugerido pelo exequente é exagerado caberá recurso, o que atrasará o processo) 
O CPC/73 previa a possibilidade de quem fosse beneficiário da justiça gratuita de que o cálculo fosse realizado pela contadoria judicial. O CPC de 2015 não prevê essa possibilidade. 
Assim, se quem propunha a execução era um beneficiário da justiça gratuita, ele podia propô-la sem o memorial de cálculos, requerendo ao juiz que remetesse ao contador judicial para fazê-lo.
Contudo, permanece o entendimento na doutrina no sentido de poder remeter ao contador nas hipóteses de gratuidade de justiça, porquanto ela abarca o custo com a elaboração de memória de cálculo. 
Art. 98, § 1º A gratuidade da justiça compreende: VII - o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando exigida para instauração da execução.
Enunciado 91, I JDPC do CJF: Interpreta-se o art. 524 do CPC e seus parágrafos no sentido de permitir que a parte patrocinada pela Defensoria Pública continue a valer-se da contadoria judicial para elaborar cálculos para execução ou cumprimento de sentença.
Se o exequente, porém, não conseguir obter todos esses dados porque alguns documentos estejam em poder do executado ou de terceiros, o juiz pode requisitá-los.
§ 3o Quando a elaboração do demonstrativo depender de dados em poder de terceiros ou do executado, ojuiz poderá requisitá-los, sob cominação do crime de desobediência.
Esta situação é para elaboração de cálculos!
Neste caso se o pedido é formulado em face de terceiro, ele será citado para exibir os dados e documentos ou responder em 15 dias. 
Art. 401 CPC- Quando o documento ou coisa estiver em poder de terceiro, o juiz ordenará sua citação para responder no prazo de 15 dias. 
Outra situação é a de complementação de cálculos:
 
Art. 524, §4º Quando a complementação do demonstrativo depender de dados adicionais em poder do executado, o juiz poderá, a requerimento do exequente, requisitá-los, fixando prazo de até 30 (trinta) dias para o cumprimento da diligência.
§ 5º Se os dados adicionais a que se refere o § 4º não forem apresentados pelo executado, sem justificativa, no prazo designado, reputar-se-ão corretos os cálculos apresentados pelo exequente apenas com base nos dados de que dispõe.
A doutrina aponta que se a recusa para apresentação de dados for ilegítima, o magistrado poderá se valer das medidas do art. 403, parágrafo único, CPC, bem como sancionar o terceiro por contempt of court (art. 77, IV, §2º, CPC) (arts. 401 a 404). 
Art. 403 NCPC- Se o terceiro, sem justo motivo, se recusar a efetuar a exibição, o juiz ordenar-lhe-á que proceda ao respectivo depósito em cartório ou em outro lugar designado, no prazo de 5 (cinco) dias, impondo ao requerente que o ressarça pelas despesas que tiver.
Parágrafo único. Se o terceiro descumprir a ordem, o juiz expedirá mandado de apreensão, requisitando, se necessário, força policial, sem prejuízo da responsabilidade por crime de desobediência, pagamento de multa e outras medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar a efetivação da decisão.
Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:
IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação;
§ 2º A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta. 
INTIMAÇÃO DO EXECUTADO
Art. 513, § 2º O devedor será intimado para cumprir a sentença: 
I - pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos;
II - por carta com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria Pública OU quando não tiver procurador constituído nos autos, ressalvada a hipótese do inciso IV;
III - por meio eletrônico, quando, no caso do § 1º do art. 246, não tiver procurador constituído nos autos. (empresas que possuem cadastro nos sistemas de processos em autos eletrônicos)
IV - por edital, quando, citado na forma do art. 256, tiver sido revel na fase de conhecimento.
Conforme o inciso IV será o executado intimado por edital, se tiver sido revel na fase de conhecimento.
Há duas observações a se fazer neste aspecto:
Nos casos em que o réu é revel após ter sido fictamente citado, tem ele direito a nomeação de curador especial que é um defensor público (art. 72, II CPC) . O que o inc. IV do art. 513 diz é que mesmo nesta hipótese de curador nomeado o devedor precisa ser intimado por edital para cumprimento da sentença, não bastando a intimação do curador especial; 
b) O devedor pode ter sido revel mas ter constituído procurador nos autos, o réu revel pode comparecer posteriormente nos autos, constituindo procurador, nesse caso a intimação deve ser na pessoa do procurador;
Se decorrido o prazo de um ano do trânsito em julgado para que o exequente requeira o início do cumprimento de sentença, como fica a intimação do executado?
Art. 513, § 4º Se o requerimento a que alude o §1º for formulado após 1 (um) ano do trânsito em julgado da sentença, a intimação será feita na pessoa do devedor, por meio de carta com aviso de recebimento encaminhada ao endereço constante dos autos, observado o disposto no parágrafo único do art. 274 e § 3º deste artigo.
CUMPRIMENTO ESPONTÂNEO ANTES DA INTIMAÇÃO
O devedor pode, antes de ser intimado para cumprimento da sentença, pode oferecer para pagamento o valor que entender devido. 
Para o devedor isso é uma providência útil que evita o aumento de juros e correção monetária, além de evitar o pagamento de multa. 
É ônus do devedor juntar a discriminação do valor que entende devido.
O credor será ouvido no prazo de 5 dias, podendo impugnar o valor depositado (§ 1º art. 526 CPC)
Se não concordar com o valor o credor deve também discriminar o valor que entende devido, ao que parece inadmissível uma recusa genérica. 
Se o credor não se opuser o juiz declarará satisfeita a obrigação e extinguirá o processo por sentença. (§3º art. 526 CPC) 
Caso o juiz conclua pela insuficiência de depósito, sobre a diferença incidirão multa e honorários advocatícios de 10%. ( § 2º art. 526 CPC)
OBS: A incidência da multa só ocorrerá caso o devedor chamado para realizar o complemento do depósito não o fizer. 
IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
Meio de defesa do executado. 
Concretização do exercício do direito de defesa. 
Oferecida no prazo de quinze dias contados após o transcurso para o cumprimento espontâneo, independentemente de intimação. 
Art. 525 NCPC. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.
§ 1º Na impugnação, o executado poderá alegar:
I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia;
II - ilegitimidade de parte;
III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
IV - penhora incorreta ou avaliação errônea;
V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
VI - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença.
FALTA OU NULIDADE DA CITAÇÃO 
O processo é um só, e há uma única citação: aquela que se realiza na fase de conhecimento. A falta ou nulidade dela, quando o réu permanecer revel, acarretará a ineficácia da sentença ou do acórdão contra ele proferidos. Ou seja, do título executivo judicial.
INEXEQUIBILIDADE DO TÍTULO OU INEXIGIBILIDADE DA OBRIGAÇÃO
Por exemplo, sentença homologatória de acordo, no qual ficaram convencionadas certas datas para o pagamento, o exequente deu início à fase executiva antes do vencimento previsto. Se o título é inexequível ou a obrigação inexigível, falta interesse de agir.
Uma das hipóteses de inexigibilidade do título vem expressamente mencionada no art. 525, § 12:
“Para efeito do disposto no inciso III do § 1º deste artigo, considera-se também inexigível a obrigação reconhecida em título executivo judicial fundado em lei ou ato normativo considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou do ato normativo tido pelo Supremo Tribunal Federal como incompatível com a Constituição Federal, em controle de constitucionalidade concentrado ou difuso”.
PENHORA INCORRETA OU AVALIAÇÃO ERRÔNEA
A penhora e a avaliação do bem poderão ser prévias ou posteriores à impugnação. Se prévias, os eventuais equívocos deverão ser alegados na impugnação. Se posteriores, serão alegados por simples petição, no prazo de 15 dias a contar da comprovada ciência do fato ou da intimação do ato, nos termos do art. 525, § 11.
EXCESSO DE EXECUÇÃO 
Quando o exequente pleiteia valores superiores ao que são efetivamente devidos. 
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL POR QUANTIA CERTA
O credor pretende QUEO DEVEDOR pague determinada quantia em dinheiro.
Se o devedor não paga, o Estado-juiz toma de seu patrimônio dinheiro ou bens suficientes para fazer frente ao débito.
Se a penhora recair sobre dinheiro, o valor será entregue em pagamento ao credor, no momento oportuno; se sobre bens, será necessária a conversão em dinheiro, a menos que o credor aceite ficar com eles, como forma de satisfação do débito. A conversão far-se-á por meio da alienação, de iniciativa particular ou em leilão judicial eletrônico ou presencial.
petição inicial;
exame da inicial pelo juiz, do qual pode resultar o seu indeferimento ou recebimento, com a determinação de que o executado seja citado e intimado do prazo para o oferecimento de embargos. No despacho inicial, o juiz já fixará os honorários advocatícios em 10% para a hipótese de pagamento;
a citação do devedor, para pagar em três dias sob pena de penhora. Se ele fizer o pagamento dentro do prazo, os honorários fixados no despacho inicial serão reduzidos à metade. Satisfeita a obrigação, será extinta a execução. Se não, após os três dias serão feitas a penhora e a avaliação de bens do devedor;
com a juntada aos autos do mandado de citação, passa a correr o prazo de quinze dias para embargos, independentemente de ter ou não havido penhora. Os honorários advocatícios poderão ser elevados até 20%, quando rejeitados os embargos. Mesmo que não haja embargos, os honorários poderão ser elevados ao final do procedimento executivo, levando em conta o trabalho realizado pelo advogado do exequente;
se os embargos não forem opostos ou se julgados improcedentes, passar-se-á à fase de expropriação de bens.
A PETIÇÃO INICIAL
Instruída com memória discriminada do cálculo, indicando o débito e seus acréscimos. A memória tem de ser tal que permita ao réu e ao juiz verificar o valor originário, a data de vencimento, os acréscimos e as deduções. 
Poderá já indicar sobre qual bem deve a penhora recair, já que hoje é dele a prioridade na indicação.
O juiz examinará a inicial. Se tiver falhas, concederá quinze dias ao exequente para saná-las. 
Se não, determinará a citação do devedor para que pague em três dias, sob pena de penhora.
O juiz ainda fixará em 10% os honorários advocatícios devidos ao credor, que serão reduzidos à metade, caso haja o pagamento no prazo fixado.
a citação é para que o executado pague em três dias, sob pena de penhora, e também para que tome ciência do prazo de quinze dias para opor embargos de devedor.
Com a citação, passam a fluir dois prazos distintos para o devedor: o de três dias para pagar e o de quinze para oferecer embargos
O ARRESTO
O art. 830 do CPC trata da hipótese de o oficial de justiça não localizar o devedor para citá-lo, mas encontrar seus bens. Para que não desapareçam nem se percam, manda que ele os arreste. Trata-se do arresto executivo, constrição que se realiza antes que o devedor seja citado, quando ele não é localizado, mas os seus bens são. 
O arresto executivo é sempre prévio à citação, ao contrário da penhora, sempre posterior.
Feito o arresto, o oficial de justiça procurará o devedor por duas vezes, nos dez dias seguintes, em dias distintos. Se o encontrar, fará a citação pessoal, e o arresto converter-se-á em penhora. Se não, será feita a citação ficta com hora certa, em caso de suspeita de ocultação ou por edital, nos casos previstos em lei (art. 256, do CPC).
Para que seja extinta a execução, o devedor deverá fazer o pagamento integral do débito, acrescido de correção monetária, juros de mora, eventual multa e os honorários advocatícios fixados no despacho inicial, reduzidos à metade se o pagamento for feito dentro do prazo.
 FIM
Referências bibliográficas 
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil; Rio de Janeiro: Forense. 2020
DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil: 5 : execução. 10ª ed. Salvador: Editora Juspodivm. 2020
Vade Mecum Juspodivm. 8. ed. Ver. Atual e ampliada. – Salvador: Juspodivm. 2020

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