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Ipeca e efedra

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Ipeca e efedra
Apresentação
O Brasil é reconhecido como um dos maiores detentores de biodiversidade do planeta, 
comportando cerca de um terço de toda a flora mundial. Contudo, esse grande potencial 
econômico e social associado aos recursos naturais ainda é desconhecido ou pouco explorado no 
País, principalmente com relação ao desenvolvimento do setor farmacêutico, como fonte de novas 
matérias-primas ou como precursor de moléculas promissoras para a medicina. Como exemplo 
disso, é possível citar as espécies do gênero Efedra (Ephedraceae), sendo que os estudos sobre suas 
propriedades farmacológicas, com base no uso tradicional pela medicina oriental e por 
comunidades indígenas do Brasil, têm despertado o interesse de pesquisadores da área 
farmacêutica. Outro bom exemplo de planta medicinal reconhecida por seus benefícios em vários 
países do mundo é a Ipeca (Psychotria ipecacuanha).
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender sobre a história, a biossíntese e o papel 
farmacológico dos principais alcaloides presentes em espécies de Efedra e Ipeca, bem como 
métodos de cultivo e manejo para obtenção desses metabólitos secundários com elevado potencial 
econômico e terapêutico.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Avaliar dosagens e posologias de segurança associadas ao uso de Ipeca e Efedra.•
Explicar a reação, a estrutura e a atividade de compostos presentes em Ipeca e Efedra.•
Reconhecer técnicas capazes de identificar os principais compostos presentes em Ipeca e 
Efedra.
•
Desafio
Como se sabe, a Efedrina é um alcaloide simpatomimético presente em plantas do gênero Efedra, 
cujas espécies estão distribuídas em regiões de clima temperado e subtropical, como o Brasil e 
outros países da América Latina. Há muitos anos, tem sido usada com fins terapêuticos entre os 
chineses, que utilizavam o extrato da planta desidratada para o tratamento de doenças 
respiratórias. Em países do Ocidente, a Efedrina já foi muito usada no tratamento de gripes, 
resfriados e asma, porém seu uso terapêutico tornou-se restrito por haver dúvidas quanto ao seu 
perfil de segurança. No Brasil, por exemplo, a venda de formulações com Efedrina e 
Pseudoefedrina está regulamentada pelas Portarias no 344/1998 (Anvisa) e no 169/2003 
(Ministério da Justiça), e ambas só podem ser comercializadas com autorização especial do 
Ministério da Saúde e em farmácias, com apresentação de receita médica.
Contudo, suplementos nutricionais cuja composição tem Efedrina e outros alcaloides (na forma de 
Ma-Huang) são amplamente consumidos em vários países, principalmente durante programas de 
emagrecimento e aumento do desempenho esportivo. Mesmo sendo proibida a sua 
comercialização no Brasil, esses produtos podem ser comprados ilegalmente pela Internet ou em 
academias.
Infelizmente, a crença de que esse tipo de suplemento é “natural” e, portanto, não causa prejuízos à 
saúde contribui para o aumento da popularidade dos produtos. Nesse sentido, questões ligadas à 
segurança, aos efeitos adversos e à eficácia têm sido abordadas de tempos em tempos. Sabe-se 
que, nos Estados Unidos, por exemplo, tais produtos são responsáveis por 64% dos relatos de 
efeitos adversos associados ao uso de plantas medicinais.
Tais efeitos adversos podem ser intensificados durante exercícios físicos ou quando associados a 
outros fármacos estimulantes do sistema nervoso central (SNC). Porém, os efeitos estimulantes no 
SNC das Efedrinas e sua disponibilidade no mercado levaram à sua utilização, no meio esportivo, 
como alternativa para os agentes anfetamínicos (casos de doping). Por isso, para controlar o abuso 
de tais substâncias em atividades esportivas, o Comitê Olímpico Internacional (COI) classificou as 
Efedrinas como substâncias proibidas e estabeleceu limites de concentração urinária para controlar 
tentativas de doping.
Conheça o caso de um jovem atleta que sofreu infarto do miocárdio por fazer uso de suplemento 
dietético rico em Efedrina.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para 
acessar.
 Foi solicitada a você, como membro da equipe médica, a análise das informações expostas sobre o 
caso para responder as seguintes questões:
a) Por quais motivos alguns atletas utilizam suplementos ricos em Efedrina? Explique os benefícios 
da Efedrina para o organismo de um atleta.
b) Comente brevemente qual seria o provável mecanismo fisiopatológico responsável pelo infarto 
do miocárdio do jovem atleta sem histórico pregresso de problemas cardíacos.
c) Descreva os principais efeitos adversos dos suplementos constituídos por Efedrina.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/1050aa69-136f-43fa-8704-455db1603d18/163d4567-f028-4bd4-a39b-2b9ae71d0014.jpg
Infográfico
Plantas do gênero Efedra (Ephedraceae), também conhecidas no Brasil como Morango-do-Acre ou 
Pingo-Pingo, são usadas na medicina oriental há mais de 5.000 anos para tratar problemas de asma 
e infecções respiratórias. Existem cerca de 60 espécies de Efedra, cuja composição química varia de 
acordo com a sua localização geográfica e as condições edafoclimáticas. Os principais alcaloides 
isolados do gênero Efedra são do tipo heterocíclico como pseudoefedrina, metilpseudoefedrina, 
norpseudonorefedrina, norefedrina e metilefedrina. 
Neste Infográfico, você poderá revisar os principais alcaloides presentes em espécies de Efedra, 
com suas estruturas químicas e seus principais efeitos terapêuticos. 
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/6b140a6b-cbc1-44cf-8b06-9a0e24c6c371/7ec4ef46-a533-437b-9196-1504d5e25282.jpg
Conteúdo do livro
Sabe-se que o Brasil é um país com uma das maiores biodiversidades do planeta, principalmente em 
espécies vegetais. Porém, apesar de as plantas serem os grupos de seres vivos mais bem estudados 
por pesquisadores brasileiros, muitas espécies ainda permanecem desconhecidas ou pouco 
estudadas sob o ponto de vista farmacológico. Felizmente, algumas pesquisas recentes têm 
revelado que muitas plantas medicinais usadas por comunidades e pela população em 
geral apresentam diversas moléculas bioativas em sua composição, com elevado potencial social e 
econômico para o tratamento e o alívio de várias doenças.
No capítulo Ipeca e Efedra, da obra Farmacognosia aplicada, base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem, você vai conhecer as principais espécies de uso medicinal no Brasil conhecidas 
como Ipeca e Efedra, bem como suas peculiaridades, suas principais moléculas bioativas e a 
importância de cada uma delas para o desenvolvimento de medicamentos eficazes e seguros para a 
população.
Boa leitura. 
FARMACOGNOSIA 
APLICADA
João Fhilype Andrade Souto Maior 
Ipeca e efedra
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Avaliar dosagens e posologias de segurança associadas ao uso de 
ipeca e efedra. 
 � Explicar a reação, a estrutura e a atividade de compostos presentes 
em ipeca e efedra. 
 � Reconhecer técnicas capazes de identificar os principais compostos 
presentes em ipeca e efedra.
Introdução
Atualmente, graças ao desenvolvimento de pesquisas e à disponibilidade 
de novos medicamentos no mercado médico e farmacêutico, sabemos 
que as plantas medicinais podem contribuir com muitos outros aspectos 
importantes além de receitas caseiras. Nesse sentido, o conhecimento sobre 
a biodiversidade da flora brasileira e a utilização de certas espécies para o 
tratamento de doenças se torna fundamental para melhor aproveitarmos 
todo o potencial desses recursos naturais, para a prevenção e promoção 
da saúde da população.
De fato, o Brasil é reconhecido mundialmente pela vasta biodiversi-
dade de sua flora e, como consequência, torna-se um dos maiores celeiros 
de espécies vegetais ricas em matérias-primas de elevado potencial para 
o desenvolvimentode produtos médicos e farmacêuticos. 
Neste capítulo você vai estudar os detalhes sobre a utilização segura 
de produtos farmacêuticos e/ou dietéticos constituídos por alcaloides 
presentes em espécies como ipeca e efedra, bem como suas estruturas 
químicas e suas principais indicações terapêuticas. 
1 Efedra 
Plantas do gênero Ephedra (família Ephedraceae) são utilizadas há milhares 
de anos pela humanidade. A efedra (Ephedra sinica), por exemplo, é usada na 
China há mais de 5.000 anos para tratar problemas de asma e infecções respi-
ratórias. Espécies desse gênero estão listadas na mais antiga matéria médica 
conhecida, Shen Nong Ben Cao Jing, escrita em 2.800 a.n.e, que descreve 
o uso de várias drogas naturais (RIOS; PASTORE JR., 2011; BOFF, 2008).
Variedades de efedra são facilmente encontradas em outras partes do 
mundo, além da China, como Europa, Índia, América do Norte, Austrália e 
Afeganistão. Por exemplo, a Ephedra antisyphilitica, de origem americana 
(América do Norte) era usada pelos primeiros colonos dessa região como 
chá (chá de mórmon) para prevenção da sífilis. Também era usada para dores 
de cabeça, febres, constipações e febre dos fenos. No Brasil, as variedades 
de efedra são também conhecidas como morango-do-acre ou pingo-pingo. 
Atualmente, como veremos a seguir, alguns compostos derivados dessa erva 
fazem parte de muitos medicamentos para constipações e alergias.
De acordo com Rios e Pastore Jr. (2011) e Boff (2008), existem cerca de 
50 a 65 espécies de efedra, cuja composição química varia de acordo com a sua 
localização geográfica e com as condições edafoclimáticas, isto é, condições 
do solo, clima, temperatura, luminosidade, altitude, entre outros. Por isso 
espécies de diferentes continentes podem apresentar metabólitos secundários 
distintos, tanto em quantidade quanto em qualidade.
Do ponto de vista botânico, Ephedra é um gênero de arbusto ramificado de 
30 a 50 centímetros de altura, com caules longos e finos, com folhas opostas, 
escamiformes e muito reduzidas. Os estames e os pistilos encontram-se em 
flores separadas. É uma planta xerófita, capaz de crescer em condições áridas 
e semiáridas, cuja propagação acontece por meio de sementes ou pela divisão 
de duas raízes (RIOS; PASTORE JR., 2011; BOFF, 2008). Veja um exemplo 
de efedra na Figura 1.
Essa erva apresenta grande valor econômico devido à presença de alcaloides 
derivados da fenilalanina (por meio da via do ácido chiquímico), principalmente 
pseudoefedrina, metilpseudoefedrina, norpseudonorefedrina, norefedrina, 
metilefedrina e efedrina (Figura 2). Em geral, efedrina e pseudoefedrina 
constituem mais de 80% do total de alcaloides presentes em espécies de efedra 
(BOFF, 2008; PELLATI; BENVENUTI, 2008).
Ipeca e efedra2
Figura 1. (a) Planta adulta e (b) frutos de efedra.
Fonte: (a) Panzer/Shutterstock.com; (b) alwih/Shutterstock.com.
(a) (b)
Figura 2. Estruturas químicas dos principais alcaloides presentes no 
gênero Ephedra. 
Fonte: Adaptada de Pellati e Benvenuti (2008). 
3Ipeca e efedra
Uso terapêutico de efedra
O uso de preparações à base de efedra têm um longo histórico. Segundo Rios e 
Pastore Jr. (2011) e Boff (2008) a medicina oriental, por exemplo, era utilizada 
como componente de fórmulas multiervas prescritas para tratar asma brônquica, 
gripes, resfriados, tosse, febre, falta de ar, dor de cabeça e congestão nasal.
Atualmente, a efedra tem sido usada na medicina moderna para o tratamento 
de doenças do trato respiratório (broncoespasmos, asma brônquica, congestão 
nasal, rinite alérgica e sinusite) e em suplementos alimentares indicados para 
perda de peso e aumento de ganho muscular (RIOS; PASTORE JR., 2011; 
BOFF, 2008).
A Comissão Europeia aprovou algumas preparações contendo efedra para 
o tratamento de problemas respiratórios em adultos e crianças (maiores de 
seis anos) apenas por um curto período de tempo, devido ao fenômeno de 
taquifilaxia e risco de dependência, já que ela atua de modo semelhante ao 
ecstasy. Também não é recomendado usar em casos de gravidez, diabetes, 
problemas cardíacos ou pressão alta. Aconselha-se evitar misturar efedra com 
medicamentos para a asma ou inibidores da monoamina oxidase (MAO), como 
antidepressivos (RIOS; PASTORE JR., 2011; BOFF, 2008).
A administração prolongada (repetitiva) de um fármaco pode produzir hiporregulação 
ou dessensibilização dos receptores (tolerância), e isso pode exigir ajustes da dose para 
manter a eficácia do tratamento. Esse processo é conhecido como taquifilaxia, que 
ocorre com vários fármacos simpatomiméticos, como a efedrina e pseudoefedrina. 
Já a resistência observada para antibióticos, antivirais e outros fármacos pode ser 
causada por vários mecanismos, inclusive mutação do receptor-alvo, ampliação da ex-
pressão das enzimas que decompõem o fármaco ou aumento da expulsão do fármaco 
pelo agente infeccioso e desenvolvimento de reações bioquímicas alternativas, que 
evitam os efeitos dos fármacos no agente infeccioso (HILAL-DANDAN; BRUNTON, 2015).
Ipeca e efedra4
Várias preparações naturais tidas como “misturas” produzidas a partir 
de efedra contêm efedrina e são usadas como suplementos alimentares para 
emagrecer ou como estimulantes. Para Rios e Pastore Jr. (2011) e Boff (2008), 
isso acontece porque a efedra tem um efeito semelhante ao da adrenalina 
endógena (própria do corpo) ou da anfetamina química. Vale destacar que a 
ação da efedrina é mais prolongada do que a da adrenalina e tem a vantagem 
de poder ser administrada por via parenteral e oral.
A efedrina estimula o sistema nervoso central porque atua sobre os recepto-
res adrenérgicos, gerando energia e aumentando o estado de alerta. Uma dose 
maior de efedra pode dar uma sensação de formigueiro agradável na cabeça e 
também no resto do corpo. Além disso, a efedrina acelera o metabolismo do 
organismo, o que favorece a queima de gorduras e açúcar com maior eficácia. 
A efedrina reduz o apetite porque mobiliza a gordura acumulada e as reservas 
de hidratos de carbono do organismo (RIOS; PASTORE JR., 2011; BOFF, 2008).
A agência sanitária dos Estados Unidos, Food and Drug Administration 
(FDA), registrou centenas de reações adversas atribuídas a compostos contendo 
efedrinas, que variam desde complicações mais leves (dor de cabeça, palpita-
ção, nervosismo, insônia e irritabilidade) até ataques cardíacos, hipertensão, 
batimento cardíaco irregular, derrames, problemas psiquiátricos e morte. 
Portanto, a melhor maneira de não acumular peso é adotar uma dieta mais 
saudável, ingerir menos alimentos e aumentar a atividade física diária.
No entanto, de acordo com os autores, estudos clínicos e pré-clínicos, bem 
como o longo histórico do uso de efedra e seus alcaloides, indicam que seu uso 
pode ser seguro desde que se obedeça às recomendações dos códigos oficiais. 
Os sérios efeitos adversos observados estão relacionados, principalmente, ao 
seu uso excessivo em formulações ditas “suplementos alimentares”, sejam 
devido a associações e interações com outros fármacos ou drogas, susceptibili-
dade individual ou presença de contaminantes, entre outros. Veja no Quadro 1 
os principais usos medicinais e alimentares de efedra.
5Ipeca e efedra
Fonte: Adaptado de Rios e Pastore Jr. (2011).
Parte da 
planta
Forma
Categoria 
de uso
Uso
—
—
Medicinal
Tônico; purifica o sangue; usada 
para reumatismo, problemas 
dos rins, asma brônquica, 
sudorífera, antipirética, calmante 
da tosse e febre do feno.
Decocção Antitumoral; para piorreia, 
inflamação da gengiva, 
limpeza bucal.
Infusão Antitumoral, anticongestivo.
Caule
— Adstringente
Cataplasma Redução de fraturas e 
deslocamentos.
Decocção Disenteria, inflamação da gengiva 
e como colutório para tratar a 
descarnadura dos dentes.
Infusão Diurético, depurativo das infecções 
da bexiga e contra a flatulência.
Pó Cicatrizante e antisséptico de feridas.
Fruto
In natura Alimento Consumido in natura
—
Medicinal
Adstringente.
Raiz
Decocção Diurético e para limpar osovários após o parto.
Infusão Diurético e depurativo das 
infecções da bexiga.
Quadro 1. Resumo dos principais usos medicinais e alimentares de efedra
Ipeca e efedra6
No Brasil, as formulações constituídas com efedrina e pseudoefedrina não foram 
proibidas, porém sua venda está regulamentada pela Portaria nº. 344, de 12 de maio 
de 1998, do Ministério da Saúde (Substâncias Precursoras de Entorpecentes e/ou 
Psicotrópicos). Ainda de acordo com a Portaria nº. 169, de 21 de fevereiro de 2003, do 
Ministério da Justiça, a atividade de compra, venda, fabricação, transporte e armaze-
namento de efedrina e pseudoefedrina (lista I), pura ou em misturas, está sujeita ao 
controle pela Polícia Federal, e só podem ser comercializadas com autorização especial 
do Ministério da Saúde e em farmácias, com apresentação de receita médica, e nunca 
em academias ou lojas especializadas. Infelizmente, em muitos países, além do Brasil, 
existe um comércio ilegal e perigoso de efedrina e suas associações, já que pode 
causar intoxicação e risco de morte dos seus usuários (BOFF, 2008).
2 Ipeca 
Atualmente, a ipeca ou ipecacuanha (Psychotria ipecacuanha) é uma planta 
medicinal reconhecida por seus benefícios em vários países do mundo. Entre os 
índios, a ipeca é conhecida como capo kaakuene, que significa “raiz vomitiva”. 
O nome ipecacuanha tem como origem a palavra nativa i-pe-kaa-guéne, que 
significa “planta de doente de estrada”. Já a palavra ipecacuanha vem das 
seguintes palavras indígenas: ipe, que significa “casca”; caa, que significa 
“planta”; cua, que quer dizer “perfumada”; e nha, que significa “estriada”. 
Assim, pode-se dizer que a palavra ipecacuanha significa “casca da planta 
perfumada e estriada” (RIOS; PASTORE JR., 2011; LAMEIRA, 2002).
Popularmente, a ipecacuanha é uma espécie medicinal conhecida por ipeca, 
ipeca-verdadeira, poaia, ipecacuanha-anelada, ipecacuanha-preta, poaia-do-
-mato, poaia-cinzenta, poaia-legítima, ipeca-preta e ipeca-do-mato-grosso. 
De acordo com Rios e Pastore Jr. (2011) e Lameira (2002), é uma planta na-
tiva das regiões sombrias e úmidas das florestas tropicais da América, com 
ocorrência no Brasil, nas Colômbia, na Venezuela, no Peru, no Equador, na 
Bolívia, nas Guianas e na América Central.
7Ipeca e efedra
A ipeca foi muito valorizada por médicos que faziam parte da comitiva de Maurício de 
Nassau, os quais descobriram o seu uso emético. No entanto, a ipeca já era conhecida 
pelos índios desde antes da descoberta das Américas, e era chamada pelo nome de 
ipekaaguene, ou “cipó que faz vomitar”. Diz a lenda que um pajé começou a utilizar a 
planta depois de ter visto um lobo guará adoecido comer as raízes e se sentir disposto 
logo após ter provocado o vômito. A planta teve um papel decisivo na cura da disenteria 
que flagelava o velho continente no século XVII, inclusive foi administrada entre os 
membros da família real da França. Apenas em 1817, Pelletier e Caventou conseguiram 
isolar a emetina de suas raízes, um alcaloide de elevado potencial terapêutico usado 
atualmente para a produção de medicamentos (LAMEIRA, 2002).
A verdadeira ipeca é originária do Brasil e encontra-se bem distribu-
ída nas florestas, sob árvores de grande porte, principalmente nos estados 
de Mato Grosso, Rondônia, Pará, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito 
Santo, Pernambuco e Bahia. A área de maior ocorrência fica no Mato Grosso, 
mais precisamente no município de Cáceres (RIOS; PASTORE JR., 2011; 
LAMEIRA, 2002).
Botanicamente, a ipeca é um arbusto pertencente à família Rubiaceae, 
que pode alcançar cerca de 30 centímetros de altura. Tem ramos aéreos que 
partem dos seus nós e entrenós. As folhas são lisas, ovais, elípticas e oblongas. 
A inflorescência terminal é envolvida por brácteas ovais, agudas e lobadas 
de coloração esverdeada, com pedúnculo ereto ou deflexo. As flores são her-
mafroditas sésseis, de cores creme ou branca. Veja um exemplo na Figura 3.
De acordo com Rios e Pastore Jr. (2011) e Lameira (2002), o fruto é do tipo 
baga, pequeno, elíptico, apresentando epicarpo vermelho a vináceo. Contém 
duas sementes, retorcidas e de testa dura. As raízes aneladas são amareladas 
ou esbranquiçadas, quando frescas, e acinzentadas, quando secas. As raízes de 
ipeca crescem torcidas, ramificando-se com o tempo; a parte inferior é carnosa 
e fibrosa, tendo cheiro fraco, quando frescas, e um sabor amargo e nauseante.
Ipeca e efedra8
Figura 3. (a) Planta de Psychotria ipecacuanha. (b) Raízes. (c) Estípulas. (d) Inflorescência. 
(e) Frutos maduros. 
Fonte: Adaptada de Silva (2019).
3 Uso terapêutico de ipeca
Nas raízes da ipecacuanha (Psychotria ipecacuanha) são encontrados alca-
loides isoquinolínicos de elevado potencial terapêutico e, por isso, essa planta 
tem uma variada utilização, entre elas insetífugo, medicinal, parasiticida e 
veterinária (RIOS; PASTORE JR., 2011; LAMEIRA, 2002).
Nas raízes da ipeca são encontradas diversas substâncias, como amido, 
açúcares redutores, resinas, tanino, ácido málico, cítrico e ipecacuânhico e, 
principalmente, os alcaloides que justificam as propriedades terapêuticas da 
planta, principalmente, emetina, cefalina, psicotrina e emetamina (Figura 4).
Em geral, os alcaloides correspondem de 2% a 3% do peso seco das raízes, 
sendo as maiores concentrações para emetina e cefalina. Entretanto já foram 
encontrados componentes ativos na casca da mesma, principalmente no pa-
rênquima cortical (2,5%) (RIOS; PASTORE JR., 2011; LAMEIRA, 2002).
Segundo os mesmos autores, a emetina é amorfa e produz sais cristalizáveis 
quando em contato com ácidos. A cefalina é cristalizável e pouco solúvel. 
Todos os alcaloides presentes na ipeca mostram similaridades estruturais 
entre si, o que torna possível a síntese de um a partir do outro.
9Ipeca e efedra
Figura 4. Estruturas dos principais alcaloides isoquinolínicos de ipeca: (a) emetina 
(R = OCH3) e cefalina (R = OH); (b) emetamina (R = OCH3) e psicotrina (R = OH). 
Fonte: Adaptada de Duarte (2016).
Uso medicinal
A ipeca é reconhecida, em particular, por sua propriedade emética, cujo efeito 
se deve mais à cefalina do que à emetina. Tal efeito resulta da excitação pro-
vocada no esôfago e estômago, que, transmitida ao bulbo, provoca o vômito. 
Segundo Rios e Pastore Jr. (2011) e Lameira (2002), em dose reduzida, aplica-se 
como expectorante nas bronquites e asmas, para facilitar a eliminação das 
mucosidades dos brônquios, purgativo e tônico.
Além da propriedade emética, as raízes de Ipeca têm propriedades ads-
tringente, expectorante, hemostática, sudorífera, anti-inflamatória. A ipeca 
também é usada para combater a malária, febre intermitente, no tratamento 
da gota, além de apresentar atividade anti-HIV. O cloridrato de emetina foi 
introduzido entre os medicamentos usados no tratamento do câncer (RIOS; 
PASTORE JR., 2011; LAMEIRA, 2002).
Uso parasiticida
A raiz da ipeca é empregada para tratar diarreia de origem amebiana, devido 
aos seus princípios ativos, como a emetina, que tem ação tóxica direta sobre 
a Entamoeba histolytica. A emetina também tem sido empregada contra tri-
cocefalíase, causada por Trichocephalus. Outros estudos feitos demonstraram 
que a emetina é capaz de inibir a reprodução do Trypanosoma cruzi e casos de 
Ipeca e efedra10
leishmanioses. Ela tem sido empregada também nas hemoptises ou afecções 
pulmonares causadas por Paragonimus westermani (RIOS; PASTORE JR., 
2011; LAMEIRA, 2002).
Uso insetífugo e veterinário
Existem relatos de que, na Colômbia, as pessoas mastigam as raízes da ipeca 
para repelir insetos. A emetina tem sido empregada como emético e expecto-
rante para cachorros, gatos, porcos e cavalos. Veja no Quadro 2 os principais 
usos medicinais, parasiticidas, insetífugos e veterinários da ipeca.
Parte da 
planta
Forma
Categoria 
de uso
Uso
Raiz
—
Insetífugo Repelir insetos.
Medicinal
Asma, febre intermitente, 
leishmanioses, afecções pulmonares, 
tratamento de catarros crônicos, 
náuseas e vômitos da gravidez, 
infecções intestinais,pneumonia, 
broncopneumonia, hepatite, 
malária, propriedades adstringentes, 
hemostáticas, sudoríferas, 
antinflamatórias e vomitivas, antídoto 
em envenenamento, alcoolismo, 
tratamento da gota, câncer e HIV.
Decocção Tosse, bronquite, disenteria.
Extrato Emético e expectorante.
Infusão
Emético. Disenteria, prisão de 
ventre, coqueluche, bronquite. 
Pó
Emético. Bronquite, hemorragias, 
hemoptoses, adstringente 
e expectorante.
Quadro 2. Resumo dos principais usos medicinais, parasiticidas, insetífugos e veterinários 
de ipeca
(Continua)
11Ipeca e efedra
Fonte: Adaptado de Rios e Pastore Jr. (2011).
Parte da 
planta
Forma
Categoria 
de uso
Uso
Raiz
Tintura
Medicinal
Sudorífico, expectorante, 
asfixia, asma, bronquite, catarro 
pulmonar, cólera, inflamação da 
mucosa, movimentos musculares 
convulsivos, tosse, hematúria.
Xarope
Emético e expectorante. 
Tosse, bronquite.
—
Parasiticida
Tratar diarreia de origem amebiana, 
esquistossomose, tricocefalíase.
Decocção Amebíase.
Infusão
Pó
—
Tóxico Princípio tóxico.
Veterinário Emético e expectorante.
Quadro 2. Resumo dos principais usos medicinal, parasiticida, insetífugo e veterinário 
de ipeca
(Continuação)
A emetina é uma substância tóxica e irritante, que pode afetar a mucosa 
gastrointestinal, quando usada em doses inadequadas. Além disso, os efeitos 
acumulativos da emetina são graves, afetando vários órgãos. Inclusive, pes-
soas com problemas cardiovasculares não devem fazer uso desse fármaco. 
Em aplicações locais sobre a pele e mucosas, a ipeca pode causar severas 
irritações (RIOS; PASTORE JR., 2011).
A permanência de pessoas em ambientes onde as raízes ou o pó são ma-
nipulados pode provocar lacrimejamento, conjuntivites, espirros, dispneias, 
entre outros. Já o envenenamento por ipeca caracteriza-se por náuseas, 
vômitos, palidez, sudorese, salivação, abatimento, sensação de frio, fraqueza 
no estômago, vertigens, e pode evoluir para inflamação intensa do estômago 
ou intestino, edema pulmonar, paralisia progressiva e colapso cardíaco.
Ipeca e efedra12
Com relação à importância econômica da ipecacuanha (Psychotria ipe-
cacuanha), podemos dizer que a exportação de suas raízes secas atingiu o 
ápice até a década de 1970. Segundo Rios e Pastore Jr. (2011), atualmente, 
os principais países importadores de ipeca são Inglaterra, Canadá, Estados 
Unidos, Alemanha, Espanha, França, Japão, Malásia e Portugal. Já entre 
o grupo de países exportadores, o Brasil se destaca seguido por Panamá, 
Colômbia, Costa Rica, Nicarágua e Honduras.
O estado de Mato Grosso foi o pioneiro na indústria extrativa da ipeca, 
começando em 1835. Nos países importadores, o cloridrato de emetina é 
produzido a partir da ipeca, atingindo um valor de U$ 52,00 a U$ 54,00 por 
65 gramas. Em geral, o comércio da ipeca é feito por meio da venda de suas 
raízes secas ou do seu extrato fluido para grandes laboratórios estrangeiros, 
cujo mercado potencial pode atingir cerca de U$ 5 milhões (RIOS, 2011).
No século XVIII, a produção da ipeca no Brasil girava em torno de 400.000 
quilos. Porém, segundo os autores, no início do século XX, a produção e 
exportação de suas raízes começou a diminuir de forma significativa, princi-
palmente devido à progressiva devastação das florestas nas zonas produtoras 
dos estados de Mato Grosso e Rondônia. Por esse motivo, a ipeca é considerada 
uma espécie ameaçada de extinção.
Embora a ipeca apresente grande potencial econômico, até o presente 
momento pouco se fez para que essa espécie seja cultivada no Brasil. Sendo 
uma espécie passível de se adequar a um sistema de cultivo economicamente 
viável, a ipeca poderia servir como modelo de sistema econômico e sustentável, 
principalmente em áreas sob elevado impacto ambiental.
BOFF, B. de S. et al. Investigação da presença de efedrinas em Ephedra tweediana Fisch 
& C.A. Meyer e em E. triandra Tul. (Ephedraceae) coletadas em Porto Alegre/RS. Revista 
Brasileira de Farmacognosia, v. 18, nº. 3, p. 394–401, jul./set. 2008. Disponível em: http://
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2008000300014&lng=p
t&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em: 20 mar. 2020.
DUARTE, G. C. A. Estudo do perfil metabólico da Carapichea Ipecacuanha (brot.) L. Anders-
son (Rubiaceae) por meio das técnicas de ressonância magnética nuclear de alta resolução 
assistida por ferramentas quimiométricas e de cromatografia líquida de alta eficiência. 2016. 
99 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Aplicadas a Produtos para Saúde) — Faculdade 
13Ipeca e efedra
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sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
de Farmácia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2016. Disponível em: https://
app.uff.br/riuff/bitstream/1/5514/1/GLAUCE%20CHRISTIAN%20ALVES%20DUARTE.
PDF. Acesso em: 20 mar. 2020.
HILAL-DANDAN, R.; BRUNTON, L. (org.). Manual de farmacologia e terapêutica de Goodman 
& Gilman. 2. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.
LAMEIRA, O. A. Cultivo da Ipecacuanha [Psychotria ipecacuanha (Brot.) Stokes]. 2002. 
Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/405771/1/
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PELLATI, F.; BENVENUTI, S. Determination of ephedrine alkaloids in Ephedra natural 
products using HPLC on a pentafluorophenylpropyl stationary phase. Journal of Phar-
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RIOS, M. N. da S.; PASTORE JR., F. Plantas da Amazônia: 450 espécies de uso geral. Brasília, 
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SILVA, P. C. et al. Risk of genetic vulnerability and aspects of the reproductive biology of 
Psychotria ipecacuanha (Rubiaceae), a threatened medicinal plant species of Brazilian 
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www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062019000300548&tlng=en. 
Acesso em: 20 mar. 2020.
Ipeca e efedra14
Dica do professor
Plantas do gênero Ipeca são medicinais, reconhecidas por seus benefícios em vários países do 
mundo. São nativas das regiões sombrias e úmidas das florestas tropicais da América, com 
ocorrência no Brasil, Colômbia, Venezuela, Peru, Equador, Bolívia, Guianas e América Central. 
Popularmente, a Ipeca é conhecida por ipeca, ipeca-verdadeira, poaia, ipecacuanha-anelada, entre 
outros nomes.
Na Dica do Professor, você vai saber sobre os aspectos ecológicos que determinam o bom 
desenvolvimento das espécies de Ipeca, cujas raízes da Ipecacuanha são ricas em alcaloides 
isoquinolínicos de elevado potencial terapêutico.
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Exercícios
1) Apesar de todos os alcaloides apresentarem aminoácidos na sua biossíntese, a variedade 
estrutural dessa classe de composto natural é enorme. Somando-se à variação estrutural, 
tais moléculas contemplam uma gama quase infindável de efeitos biológicos, o que justifica 
o fato de formarem o grupo de substâncias mais estudadas e de maior interesse médico e 
farmacêutico. Nesse sentido, indique, a seguir, a via metabólica e o precursor biossintético 
da Efedrina, o principal alcaloide presente em plantas do gênero Efedra.
A) Chiquimato – Tirosina.
B) Citrato – Ornitina.
C) Chiquimato – Fenilalanina.
D) Citrato – Lisina.
E) Chiquimato - Triptofano.
2) A utilização de preparações à base de Efedra tem longa tradição histórica, principalmente na 
medicina oriental. Nos dias atuais, além de ser indicada para o tratamento de doenças 
respiratórias, a Efedra tem sido usada em preparações para emagrecimento,sobretudo 
devido ao seu efeito simpaticomimético, muito semelhante à seguinte amina biogênica:
A) Serotonina.
B) Noradrenalina.
C) Adrenalina.
D) Dopamina.
E) Histamina.
3) Na medicina oriental, a Efedra tem sido usada há muitos anos como componente de 
fórmulas multiervas prescritas para tratar asma brônquica, gripes, resfriados, tosse, febre, 
falta de ar, dor de cabeça e congestão nasal. Com relação ao uso tradicional da Efedra no 
Brasil, assinale a alternativa que contém a associação (partes da planta e indicações) correta:
A) Caule - cicatrizante.
B) Raiz - anti-inflamatória.
C) Fruto - laxante.
D) Caule - hipotensor.
E) Fruto - antitumoral.
4) Nas raízes da Ipeca, podemos encontrar diversas substâncias, dentre as quais alcaloides 
como Emetina e Cefalina que justificam a sua variada indicação de uso como insetífugo, 
medicinal, parasiticida e veterinária. Com relação à rota biossintética e à classificação de 
seus alcaloides, indiquea alternativa correta:
A) Acetil-CoA - Tropânicos.
B) Chiquimato - Isoquinolínicos.
C) Acetil-CoA - Quinolizidínicos.
D) Chiquimato - Indólicos.
E) Acetil-CoA - Pirrolidínicos.
5) Devido à presença de alcaloides como Cefalina e Emetina, a Ipeca é reconhecida 
principalmente por sua propriedade emética, cujo efeito resulta da excitação provocada no 
esôfago e no estômago, que, transmitida ao bulbo, provoca o vômito do paciente. Além do 
efeito emético, e de acordo com as respectivas partes a seguir, a Ipeca apresenta outras 
indicações terapêuticas, como, por exemplo:
A) Flores - Psoríase.
B) Folhas - Bronquite.
C) Caule - Gota.
D) Fruto - Amebíase.
E) Raiz – Leishmaniose.
Na prática
Atualmente, pode-se constatar uma crescente mudança de hábitos entre a população brasileira, 
que varia desde a prática de exercícios físicos, a adoção de uma alimentação mais saudável até o 
consumo de suplementos nutricionais. No entanto, é importante alertar sobre os efeitos adversos e 
os riscos associados ao consumo de tais termogênicos por pessoas que buscam melhorar a estética 
(emagrecimento) ou obter melhores resultados durante uma competição esportiva. 
Veja, em Na Prática, um breve resumo sobre o uso e os riscos associados ao consumo de 
suplementos nutricionais cuja composição apresenta alcaloides derivados de plantas do gênero 
Efedra.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Acesso livre e aberto a dados de biodiversidade
No site da Global Biodiversity Information Facility, você encontrará dados sobre espécies de 
plantas de todo o mundo. Trata-se de um projeto internacional e colaborativo, com base em 
informações de mais de 200 museus, universidades, herbários e jardins botânicos. Acesse para 
conhecer mais.
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https://www.gbif.org/pt/

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