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COMPRESSORES Mauricio Fernandes – 28248319 Rafael Botosso – 28247371 Sandoval da Silva – 28248327 Vinícius Davanso – 28249473 Sistemas de Climatização e Qualidade do Ar – Eric Fabiano dos Santos Introdução Os compressores são geradores de energia pneumática, com a função de aumentar a pressão de um certo volume de ar, retirados da atmosfera, até uma determinada pressão, exigida na execução dos trabalhos realizados pelo ar comprimido. Com base no princípio de funcionamento, temos os compressores volumétricos e os turbocompressores. Nos compressores volumétricos, a compressão é realiza com uma redução do volume do ar aspirado. Nos turbocompressores obtemos o aumento da pressão, imprimindo inicialmente uma forte aceleração na massa de ar aspirado e, depois com a passagem da mesma massa e ar por uma tubulação de pequeno diâmetro, temos uma notável redução da velocidade junto a um aumento da pressão. Na figura abaixo temos um resumo dos tipos mais comuns de compressores. COMPRESORES VOLUMÉTRICOS ALTERNATIVOS PISTÃO MEMBRANA ROTATIVOS PALHETAS PARAFUSOS LÓBULOS TURBOCOMPRESSORES AXIAIS RADIAIS Compressor Volumétrico Alternativo de Pistão. É um tipo de compressor muito difundido. Para seu funcionamento, utilizam-se pistões que aspiram e comprimem o ar. Esse tipo de compressor conta com a presença de válvulas de admissão e de válvulas de descarga que se abrem e fecham alternadamente. Fonte: https://www.blogdoprofessorcarlao.com.br/2009/05/componentes-do-compressor-alternativo.html Esses compressores podem ser de um ou dois estágios. No caso de um compressor de um estágio, o funcionamento é caracterizado por uma fase de admissão seguida de uma fase de descarga. No caso de um compressor de dois estágios, temos várias etapas: quando a parte superior do pistão está executando a fase de admissão, a parte inferior executa a fase de compressão. Os compressores de um estágio têm duas válvulas; nos de dois estágios temos quatro válvulas, duas de admissão e duas de descarga. O funcionamento em geral é o de um clássico sistema biela-manivela, que converte o movimento rotativo em um movimento translacional de um pistão. Para comprimir o ar a pressões muitos elevadas, precisamos de compressores com mais de um estágio. O ar inicialmente é comprimido por um pistão e, depois de resfriado, é comprimido por um segundo pistão. O resfriamento intermediário é absolutamente indispensável porque com uma pressão elevada temos um aquecimento elevado do ar. O compressor alternativo é robusto e com um bom rendimento, seu ponto negativo é o forte barulho durante o seu funcionamento. Com compressores alternativos de um estágio podemos atingir uma pressão de https://www.blogdoprofessorcarlao.com.br/2009/05/componentes-do-compressor-alternativo.html 8 bar, de dois estágios, 15 bar, e nos de três estágios temos valores superiores a 15 bar. Compressor Volumétrico Alternativo de Membrana. Este tipo pertence ao grupo de compressores de pistão. Mediante uma membrana, o pistão fica separado da câmara de sucção e compressão, quer dizer, o ar não terá contato com as partes deslizantes. Este ar, portanto, ficará sempre livre de resíduos de óleo. Fonte: https://pt.slideshare.net/EltonRicardo/aula-01-histrico-pneumtica Vantagens: não há contato entre o ar produzido e as partes mecânicas do compressor. Desvantagem: produz uma capacidade moderada em termos de vazão. Compressor Volumétrico de Palheta. O compressor rotativo, de um eixo que opera conforme o princípio de deslocamento positivo, em um compartimento cilíndrico, com aberturas de entrada e saída, elemento rotativo, com suas lâminas deslizantes, é descentralizado com relação ao invólucro ou estojo. Quando o ar entra, fica preso entre as lâminas (que se apóiam no interior do invólucro), sendo levado então para o orifício de descarga. Neste compressor, se estreitam (diminuem) os compartimentos, à medida que as palhetas vão passando, comprimindo então o ar nos mesmos. Quando em rotação, as palhetas são, pela força centrífuga, https://pt.slideshare.net/EltonRicardo/aula-01-histrico-pneumtica forçadas contra a parede. Devido à excentricidade onde gira o rotor, há um aumento de área na sucção e uma diminuição na pressão. Fonte: https://pt.slideshare.net/EltonRicardo/aula-01-histrico-pneumtica Vantagens: sua construção em bem econômica em espaço, possui fornecimento de ar continuo, livre de pulsação devido ao funcionamento continuo e equilibrado. Sua lubrificação é feita por injeção de óleo. Desvantagem: há perdas de compressão com o desgaste das laminas deslizantes (palhetas). Compressor volumétrico de parafuso. Os compressores de parafusos são compressores rotativos com dois eixos helicoidais em sentidos opostos. Um dos rotores possui lóbulos convexos, o outro uma depressão côncava e são denominados, respectivamente, rotor macho e rotor fêmea. Eles operam conforme o princípio do deslocamento e deslocam continuamente. Os compressores de parafusos são construídos para operar a seco para ar comprimido isento de óleo, ou no caso normal com injeção de óleo para lubrificação, vedação e resfriamento. De acordo com o tipo de acesso ao seu interior, os compressores podem ser classificados em herméticos, semi-herméticos ou abertos. A categoria dos compressores de parafuso pode também ser sub-dividida em compressores de https://pt.slideshare.net/EltonRicardo/aula-01-histrico-pneumtica parafuso duplo e simples. Os compressores de parafuso podem também ser classificados de acordo com o número de estágios de compressão, com um ou dois estágios de compressão. Fonte: https://pt.slideshare.net/EltonRicardo/aula-01-histrico-pneumtica Fonte: https://pt.slideshare.net/EltonRicardo/aula-01-histrico-pneumtica Vantagem: opera com deslocamento continuo, não ocorre golpes e oscilação de pressão, não apresenta válvula de entrada e saída e opera com temperatura interna relativamente baixa, requerendo baixa manutenção, permite alta rotação. https://pt.slideshare.net/EltonRicardo/aula-01-histrico-pneumtica https://pt.slideshare.net/EltonRicardo/aula-01-histrico-pneumtica Desvantagem: O consumo de potência é mais alto que os compressores de pistão. Compressor Volumétrico de Lóbulos (Tipo Roots) Neste compressor, o ar é transportado de um lado para o outro sem alteração de volume. A compressão do ar efetua-se pelos cantos de duas células rotativas, cujo ar é forçado a passar para o outro lado do compressor, que eventualmente estará sendo enviado para uma câmara fechada a receber a pressão. Através de um acionamento sincronizado das células, pode-se obter uma operação sem contato entre as células rotativas e a carcaça do compressor, não sendo necessária uma lubrificação no seu interior, apenas no rolamento do eixo rotativo das células. Os dois lóbulos são montados em eixos paralelos, e giram em sentido oposto. O ar é puxado para os espaços entre os lóbulos e o invólucro, e levado do orifício de entrada para o de saída. Engrenagens reguladoras, localizadas em um dos extremos de cada eixo paralelo, mantém a relação adequada entre os lóbulos. Fonte: https://pt.slideshare.net/EltonRicardo/aula-01-histrico-pneumtica Vantagens: este tipo de compressor é capaz de enviar enorme carga, (volume de ar), para ambientes de grande necessidade de vazão de ar, rendimento mecânico elevado. No entanto a principal vantagem destes compressores é a sua grande robustez, o que permite que rodem anos sem qualquer revisão. Desvantagem: tem baixa capacidade de compressão, apresentam um rendimento volumétrico muito baixo. https://pt.slideshare.net/EltonRicardo/aula-01-histrico-pneumtica Turbocompressores Axial e radial Os turbocompressores axial e radial são chamados às vezes de compressores dinâmicos e caracterizam porum eixo longo do qual está sistematizado uma série de lâminas rotativas com uma conformação geométrica particular. Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/10277946/ Fonte: https://www.turbomachinerymag.com/man-supplies-compressor-technology-for-chinese-synfuels-project/ Depois da fase de secção do ar, as lâminas rotativas fornecem ao fluido uma certa energia cinética, transformada sucessivamente por meio de um difusor com variação de pressão. Esses Compressores tem uma tecnologia e um custo mais elevados em relação aos compressores volumétricos, por isso são utilizados quando se precisa de vazões particularmente elevadas. A subdivisão em axial e radial se deve à forma de construção de eixo principal. No caso do compressor axial a aceleração é transmitida axialmente das lâminas rotativas ao eixo, temos, nesse caso, uma vazão elevada e um baixo valor de pressão. https://slideplayer.com.br/slide/10277946/ https://www.turbomachinerymag.com/man-supplies-compressor-technology-for-chinese-synfuels-project/ No caso do compressor radial, temos o fluxo de ar que transmita em sentido radial, com rotação do eixo principal fornecendo energia cinética ao fluido que sucessivamente é transformada em uma variação de pressão na carcaça. Dimensionamento de um Compressor Volumétrico. O tipo de compressor vem escolhido com base em: • Vazão; • Pressão; • Tipo de acionamento. Os compressores geralmente são acionados por motores elétricos monofásicos/trifásicos ou por motores a explosão (gasolina ou diesel). • Acionamento elétricos: é o tipo mais comum utilizado na maioria das vezes. Com alimentação monofásica temos na linha elétrica 230 volts e, com alimentação trifásica, temos na linha elétrica, 380 volts. As potências desses compressores variam de 350 watts até 450 kwatts. • Acionamento por motor a explosão: esse sistema é utilizado quando a alimentação elétrica não é possível, por exemplo, em regiões isoladas ou com pouca disponibilidade de redes elétricas. Nesse tipo de compressores temos potências que variam de 300watts até várias dezenas de kwatts. Geralmente um compressor pode abastecer uma vazão efetiva que é dada da soma EQe do consumo das várias cargas (cilindros, motores pneumáticos e outros equipamentos). No caso de sem reservatório de armazenamento, o valor calculado deverá ser incrementado levando em consideração o coeficiente de inserção I do compressor, definido por: Em que: Tt é o tempo de trabalho do compressor e Ts é o tempo de parada. Se o acionamento é elétrico, normalmente o percentual de inserção I é de 50% (por exemplo, 30 minutos de trabalho e 30 minutos de parada a cada hora), visando salvaguardar a integridade do contator de manobra. Se, no entanto, temos um acionamento com motor a explosão o coeficiente de inserção I pode atingir um valor máximo de 70%. O valor assim calculado dever ser aumentado por um fator K (1,2,-1,5) para levar em conta eventuais vazamentos do fluido na tubulação ou eventuais ampliações da instalação. Considerando todos esses parâmetros, a vazão efetiva Q de um compressor para alimentar corretamente uma instalação pode ser calculada assim: Se consideramos a pressão típica do trabalho, podemos ter uma noção de escolha do compressor utilizando a figura, em que temos o gráfico com a pressão de trabalho em função da vazão efetiva do compressor. Bibliografia PRUDENTE, Francesco. Automação industrial pneumática: teoria e aplicação, Rio de Janeiro, 2018 SARKIS, Sávio Raidel Matos. Compressores para processo industrial. Apostila. Centro Federal de Educação Tecnológica- 2002.
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