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CONCEPÇÕES HISTÓRICAS DAS COMPREENSÕES GRUPAIS PROFESSORA ANA MARIA SÁ BARRETO MACIEL 3ª AULA 3/24/202 3 2 OBJETIVO • Nortear concepções históricas sobre entendimentos do processo grupal; • Demonstrar atuações de interventivas grupais, com seus respectivos autores. METODOLOGIA • Exposição dialógica JOSEPH PRATT (1872 – 1956) Alguns Autores Importantes J. Pratt. : tisiologista americano, que, a partir de 1905, em uma enfermaria com mais de 50 pacientes tuberculosos, criou, intuitivamente, o método de “classes coletivas”, as quais consistiam em uma aula prévia, ministrada por Pratt, sobre a higiene e os problemas da tuberculose, seguida de perguntas dos pacientes e da sua livre discussão com o médico. (p.23). Reunia-os uma vez por semana, em grupos de 15 a 20 membros, no máximo 25, para que fosse possível estabelecer maior contato com os pacientes. Em suas aulas, como Pratt as denominava, processavam-se o que atualmente conhecemos por fatores terapêuticos: universalidade, aceitação e instilação de esperança Freud: Contribuições teóricas no entendimento da psicodinâmica dos grupos: uma revisão sobre a psicologia das multidões; os grandes grupos artificiais (igreja e exército); os processos identificatórios (projetivos e introjetivos) que vinculam as pessoas e os grupos; as lideranças e as forças que influem na coesão e na desagregação dos grupos. [...] Em 1936,surgem os primeiros Grupos Psicanalíticos. Wender e depois Schillder, começam a usar as técnicas de origem psicanalítica com Grupos Terapêuticos. Freud, escreve Psicologia das Massas e análise do Eu, em 1921, onde analisa a influência de dois grupos artificiais: a Igreja e o Exército. “A psicologia individual e a social não diferem em sua essência”. (p.24) JACOB LEVY MORENO (1889 – 1974) J. Moreno: Em 1930, Introduziu a expressão ‘terapia de grupo’. O amor de Moreno pelo teatro, desde a sua infância, propicia a utilização da importante técnica grupal do psicodrama, bastante difundido e praticado na atualidade. (p.24) Desde 1923 que Moreno propõe os primeiros “diagramas de interação”. O teste Sociométrico consiste em um questionário realizado com os membros de um grupo primário e que é destinado a revelar a estrutura das relações informais dos membros do grupo. O objetivo do teste é conhecer os fenômenos sócio-afetivos do grupo. https://pt.savefrom.net/55/ https://pt.savefrom.net/55/ VIDEO 1 - PSICODRAMA KURT LEWIN (1890 – 1947) K. Lewin: Criador da expressão “dinâmica de grupo”, com a qual ele substituiu o conceito de ‘classe’ pelo de ‘campo’. Desde 1936, são relevantes os seus estudos sobre a estrutura psicológica das maiorias e das minorias, especialmente as judaicas. Da mesma forma são importantes as suas concepções sobre o “campo grupal” e a formação dos papéis, porquanto ele postulava que qualquer individuo, por mais ignorado que seja, faz parte do contexto do seu grupo social, o influencia e é por este fortemente influenciado e modelado. É um campo de estudo e pesquisa dedicado ao desenvolvimento e conhecimento da natureza dos grupos e da vida coletiva. Por se interessar pelo comportamento humano e pelas relações sociais, fica situada entre as ciências sociais. Em 1946, Kurt Lewin deixa Havard e integra o “Research Center of Groups Dynamics”, Centro de Pesquisa de Dinâmica de Grupo, ao Institute for Social Research, Instituto de Pesquisa Social da Universidade de Michigan, nos E. U. Durante o verão de 1946, Kurt Lewin é convidado a conduzir uma sessão histórica do novo método pedagógico que vem se chamar T-Group. O QUE É DINÂMICA DE GRUPO... • Para entendermos o que é dinâmica de grupos precisamos falar sobre o que de mais importante existe nesta técnica: AS PESSOAS. GRUPO Aglomerado de pessoas que se conhecem um ao outro e que possuem objetivos comuns DINÂMICA Dynamis, palavra grega que significa força, energia, ação UMA DEFINIÇÃO... DINÂMICA DE GRPO É um instrumento técnico que põe em movimento um grupo de pessoas através de situações de ensaios da realidade, que permitirão expressões espontâneas de sentimentos e atitudes, muitas vezes levando a pessoa a uma melhor compreensão de sí mesma. IMPORTANTE LEMBRAR E OBSERVAR NA DINÂMICA DE GRUPO • Todo Ser Humano está inserido em algum grupo ou em vários outros grupos, o que possibilita os mais diversos contextos, situações sociais, concepções valorativas e credulous diferentes. • Nas dinâmicas de grupo estes fatores emergem o tempo todo e é importante entender que sob este aspecto não há certo ou errado. O indivíduo vem para o grupo com todas os seus “aspectos” individuais. • No Brasil este termo foi utilizado pelo Prof. Pierre Weil em 1960 o qual introduziu o “Laboratório de Sensibilidade Social”, com objetivo desenvolver a qualidade de atuação do indivíduo como membro de um grupo e como lider. E O CAMPO GRUPAL... • Formação do campo grupal dinâmico – se comporta como uma estrutura que vai além da soma de seus componentes, da mesma forma como uma melodia resulta não da soma das notas musicais, mas, sim, da combinação e do arranjo entre elas. • CAMPO = composto por múltiplos fenômenos e elementos do psiquismo e, como trata-se de uma estrutura, resulta que todos estes elementos, tanto os intra como os inter-subjetivos, estão articulados entre si, de tal modo que a alteração de cada um deles vai repercutir sobre os demais, em uma constante interação entre todos. SURGEM NO CAMPO GRUPAL... - Um jogo ativo de identificações. - A comunicação, nas suas múltiplas formas de apresentação. - O desempenho de papéis (ex. a formação do bode expiatório). - Formação dos mais variados vínculos (de amor, ódio, conhecimento e reconhecimento), onde no campo grupal, manifestam-se e articulam entre si, quer no plano intrapessoal, no interpessoal ou até no transpessoal. Configurações vinculares = casais, família, grupos e instituições. - A ressonância = livre associação de idéias = comunicação trazida por um membro do grupo vai ressoar em um outro. Atenção especial do coordenador do grupo. VIDEO 2 – TEORIA DE CAMPO KURT LEWIN S. H. FOULKES – PSICANALISTA BRITÂNICO, INAUGUROU A PRÁTICA DA PSICOTERAPIA PSICANALÍTICA DE GRUPO EM 1948 S.H. Foulkes: Psicanalista britãnico inaugurou a prática da psicoterapia psicanalitica de grupo a partir de 1948, em Londres, com um enfoque gestáltico , ou seja, para ele um grupo se organiza como uma nova entidade, diferente da soma dos indivíduos, e, por essa razão, as interpretações do grupoterapeuta deveriam ser sempre dirigidas à totalidade grupal. A transposição para o grupo dos principais referenciais psicanalíticos, como: fantasias, ansiedades, mecanismos de defesa, transferências, crenças de cura. MATRIZ GRUPAL = com a capacidade de gerar novos processos e ressignificar experiências. Processo de ressonância devido a comunicação inconsciente gerando identificação grupal = GRUPO COMO SALA DE ESPELHOS. PICHÓN RIVIÈREE (1907 – 1977) Pichon Rivière: Psicanalista argentino. A partir do seu esquema “conceitual-referencial-operativo” (ECRO), aprofundou o estudo dos fenômenos que surgem no campo dos grupos e que se instituem para a finalidade não de terapia, mas, sim, a de operar numa determinada tarefa objetiva, como, por exemplo, a de ensino-aprendizagem. (p.24 e 25) - ECRO = operar numa tarefa objetiva VIDEO 3 – PICHON RIVIERE W. R. BION (1897 – 1979) W.R. Bion: Psicanalista da sociedade britânica de psicanálise, influenciado por M. Klein, partindo de suas experiências com grupos realizadas em um hospital militar durante a Segunda Guerra Mundial, e na Tavistock Clinic, de Londres, criou e difundiu conceitos totalmente originais acerca da dinâmica do campo grupal. (p.25) Bion formulou três tipos de supostos básicos: O de dependência = proteção no líder, defesa contra sua própria angústia através da atitude dependente O de luta/ataque e fuga = alterna movimentos de fuga e agressão, em relaçãoao coordenador ou aos próprios problemas do grupo O de apareamento/acasalamento = não conseguindo realizar suas ações o grupo se sente culpado, posterga suas atividades no ‘algo’ ou ‘alguém’ que virá resolver a dificuldade, negando suas dificuldades internas, racionalizando sobre elas Existência no grupo o processamento de dois planos – intencionalidade consciente (grupo de trabalho) e o outro é o da interferência de fatores inconscientes (grupo de supostos básicos). VIDEO 4 – LEREMBRANDO ALGUNS ENTENDIMENTOS VIDEO 5 - EXEMPLO... ALGUMAS REFLEXÕES IMPORTANTES... - Grupo não é mero somatório de indivíduos. - Relação face a face. - Instituição de enquadre (setting). - Unidade que se comporta como uma totalidade. - Preservação das identidades individuais. - Presença de forças contraditórios (coesão e desintegração). - É inerente à conceituação de grupo a existência entre os seus membros de alguma forma de interação afetiva, a qual costuma assumir as mais variadas e múltiplas formas. - Presença de um sistema hierárquico distribuído em posições e papéis, de distintas modalidades. - Formação do campo grupal dinâmico, em que gravitam fantasias, ansiedades, mecanismos defensivos, funções, fenômenos resistenciais e transferenciais, etc., além de alguns outros fenômenos que são próprios e específicos dos grupos. - GALERIA DE ESPELHOS = cada componente pode refletir e ser refletido nos, pelos outros. - Presença da autêntica identidade, as suas leis e referenciais próprios – embasamento na Psicanálise Individual. - Levar em consideração o fator sócio-cultural somente altera o modo de agir, mas não a natureza do reagir. - O estabelecimento de um conflito entre o ego individual e o ideal de ego coletivo, faz se presente no campo grupal. - O discurso do outro (pais e cultura) é que determina o sentido e gera a estrutura da mente. RELEMBRANDO SOBRE AS ORIGENS e FUNDAMENTOS TEÓRICOS (Zimmer & Osório, 1997) • J.Pratt (1905): Grupos de ≥ 50 Tuberculosos • S.Freud (1910-1930): (5 trabalhos teóricos) • J. Moreno (1930): “Terapia de Grupo” • Kurt Lewin (1936): “Dinâmica de Grupo” • W.R. Bion (1940): “Grupo de Trabalho” e “Pre- supostos Básicos” • Pichon Rivière (1940): “Grupos operativos” • S.H. Foulkes (1948): “Grupanálise” REFERÊNCIAS • YALOM, Irvin D. Psicoterapia de Grupo: Teoria e Prática. Porto Alegre: Artmed, 2006. • ZIMERMAN, David E. Fundamentos Básicos das Grupoterapias. 2.ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. • ZIMERMAN, David E; OSORIO, Luiz Carlos. [et al]. Como Trabalhamos com Grupos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. APRENDER A APRENDER • “Um encontro de dois: olho no olho, face a face. E quando você estiver perto eu arrancarei seus olhos e os colocarei no lugar dos meus, e você arrancará meus olhos e os colocará no lugar dos seus, então eu verei você com os seus olhos e você me verá com os meus” Jacob Levy Moreno ( )
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