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Displasia coxofemoral em cães_Rev01

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UNIVERSIDADE IGUAÇU – CAMPUS V – ITAPERUNA, RJ FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
NOME DO ALUNO
DISPLASIA COXOFEMORAL EM CÃES
Itaperuna, RJ 2023
 (
2
)
UNIVERSIDADE IGUAÇU – CAMPUS V – ITAPERUNA, RJ FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
NOME DO ALUNO
DISPLASIA COXOFEMORAL EM CÃES
Artigo apresentado à bcoxofemoral examinadora do Curso de Graduação em Medicina Veterinária da UNIG – campus V, como requisito final para obtenção do título de bacharel em Medicina Veterinária.
Orientador(a): 
Itaperuna, RJ 2023
NOME DO ALUNO
DISPLASIA COXOFEMORAL EM CÃES
Artigo submetido ao corpo docente do Curso de Medicina Veterinária (Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde), da Universidade Iguaçu (campus V), como parte dos requisitos necessários à obtenção de grau de médico veterinário.
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Resultado:	 Grau obtido: 	 Itaperuna (RJ), / / 
DISPLASIA COXOFEMORAL EM CÃES
Aluno[footnoteRef:1] [1: Graduando do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Iguaçu campus V em Itaperuna/RJ. E-mail: xxxxxxxxxxxx] 
Orientador[footnoteRef:2] [2: Titulação do professor. Email] 
RESUMO: A 
Palavras-chave: Doenças em cães. Displasia coxofemoral em cães.
1. INTRODUÇÃO
A displasia coxofemoral (DC) é uma doença ortopédica do desenvolvimento muito comum em cães associada a uma conformação anormal e instabilidade da articulação coxofemoral que conduz a uma degenerescência articular secundária (coxartrose) que origina grande dor e disfunção. Geralmente é bilateral e de causa multifatorial, que inclui predisposição genética, alta taxa de crescimento, ambiente e dieta. A base do processo displásico parece ser um desequilíbrio entre o crescimento ósseo e a massa muscular durante o desenvolvimento do filhote (FERRANTE; SOUTO; PINTO, 2016).
Deve-se diferenciar dois tipos de displasia. A displasia acetabular consiste em um mau desenvolvimento do acetábulo. Quando há um achatamento da cavidade acetabular, a cobertura dorsal da cabeça do fêmur diminui, aumentando as possibilidades de subluxação. A displasia do colo do fêmur é consequência do aumento do ângulo formado pelo colo do fêmur com a diáfise femoral. Associado a esse maior ângulo, há um aumento do grau de anteversão da cabeça femoral. Fisiologicamente, a cabeça tem uma orientação em relação ao plano anteroposterior do fêmur na direção cranial de aproximadamente 15 ͦ- 20 ͦ. Em pacientes com displasia cervical pode ultrapassar 45 ͦ (BRAM et al., 2014).
O diagnóstico e a intervenção precoces podem retardar o processo degenerativo e melhorar a conformação e a estabilidade, por isso agendar uma visita obrigatória em cachorros pode ser a chave para o sucesso tendo mais opções de tratamento. Seria ideal incluir uma visita no plano preventivo, especialmente em raças com predisposição genética: Pastor Alemão, Bernese Mountain Dog, Mastiff, São Bernardo, Terra Nova, Rottweiler, Labrador Retriever, Golden Retriever, Boxer, Bulldog, Border Collie, entre outras (ROCHA et al., 2014).
O diagnóstico precoce é feito com base na história clínica, exame físico e exame radiológico. Dentro do diagnóstico clínico devemos diferenciar dois grupos de animais, os que estão em crescimento e os adultos. Em animais em crescimento, a dor que apresentam geralmente é consequência de microfraturas que ocorrem na cartilagem articular e extensões da cápsula e ligamento redondo decorrentes da instabilidade. Geralmente são pacientes com diminuição da atividade física, dificuldade de levantar (principalmente no frio, quando a claudicação é mais evidente) e marcha de posteriores hesitante e um tanto rígida ao correr (marcha de coelho). No caso de displasia bilateral podemos observar um desvio do centro de gravidade em direção ao terço anterior (CARNEIRO; BING; FERREIRA, 2020).
Em animais adultos, os sintomas são consequência da degeneração articular secundária. Geralmente apresentam diminuição da atividade e claudicação ao frio como consequência da dor, principalmente após um longo período de repouso ou após um período de exercício intenso. Dependendo do grau da artrose, pode apresentar atrofia muscular (VETTORATO; MARCELINO; SILVA, 2017).
Durante o exame físico é possível observar dor em extensão, abdução e rotação externa do quadril. Geralmente apresentam atrofia muscular da extremidade afetada e no caso de displasia bilateral podemos observar uma grande diferença entre o desenvolvimento muscular dos membros anteriores e posteriores. Os sinais clínicos não são diretamente proporcionais aos sinais radiográficos, dada a capacidade do cão de suportar a dor crônica e compensar os déficits funcionais (FIRMINO et al., 2020).
O objetivo geral desta pesquisa é analisar a displasia coxofemoral em cães, principais causas, diagnóstico e tratamento.
Os objetivos específicos são:
· Descrever a displasia coxofemoral em cães.
· Conhecer as principais causas e o diagnóstico da displasia coxofemoral em cães.
· Discutir os tratamentos para a displasia coxofemoral em cães.
Esse estudo caracteriza-se como pesquisa bibliográfica, exploratória e de natureza qualitativa. A busca dos estudos que compõem a amostra desta revisão foi realizada durante o período de março a maio de 2023, na Biblioteca Virtual em Medicina Veterinária e Zootecnia (BVS-Vet) e Portal CAPES. Foram adotados os seguintes critérios de inclusão para os estudos: trabalhos escritos na língua portuguesa ou inglesa, artigos completos, que abordem a temática e publicados nos anos de 2013 a 2023; e como critérios de exclusão, foram eliminados artigos repetidos e artigos em outros idiomas. Os descritores utilizados na busca foram: Saúde de cães; cão doméstico; displasia coxofemoral em cães; tratamento displasia coxofemural canina.
2. DISPLASIA COXOFEMORAL EM CÃES
A displasia coxofemoral (DC) é uma doença biomecânica na qual ocorre um desequilíbrio entre a massa muscular e o crescimento da estrutura óssea do cão, acompanhado de pressões nas articulações com perda de congruência entre o acetábulo e a cabeça do fêmur, possivelmente afeta uma ou ambas as articulações. Dessa forma, neste capítulo é abordada esta doença, sua fisiologia, diagnóstico e tratamento.
2.1 ORIGEM E CARACTERIZAÇÃO 
A displasia coxofemoral (DC) foi descrita pela primeira vez em 1935 por Gerry Schnelle, que descobriu que especialmente as raças mais altas e pesadas tinham defeitos no quadril. Afeta ambos os sexos, mas mais frequentemente cães bem alimentados e de crescimento rápido (BRAM et al., 2014).
A DC é uma doença degenerativa osteoarticular progressiva causada no desenvolvimento da articulação coxofemoral que é composta pelo ligamento da cabeça femoral, a cápsula articular e a borda dorsal do acetábulo, a displasia coxofemoral canina é a condição ortopédica mais comum. em cães, que é causada por diversos fatores como genéticos e ambientais, é caracterizada por claudicação e dor, com prevalência de até 71% nas raças acometidas (STORTTI et al., 2017).
Há alguns anos, aprofundou-se o conhecimento dos fatores predisponentes, pelo que se tentou prevenir o aparecimento da doença através da seleção genética, além disso, implementaram-se métodos de diagnóstico precoce, que oferecem a opção de cirurgias simples tratamentos e de melhor prognóstico, sabendo de tudo isso proporciona uma melhor qualidade de vida aos pacientes (CAVALCANTE NETO et al., 2016).
Desde 1935, quando a displasia da coxofemoral foi descrita pela primeira vez, tem sido alvo de múltiplas investigações que procuram encontrar formas eficazes tanto no seu diagnóstico e tratamento, como na sua prevenção. É uma doença hereditária, ou seja, é transmitida geneticamente de pais para filhos, mas não é congênita, ou seja, o animal nasce com o quadril saudável e é na fase de crescimento que uma série de alterações aparecem(STORTTI et al., 2017).
Essa patologia se manifesta apenas quando é transmitida por ambos os pais ao mesmo tempo, daí a importância da leitura correta do material genético para identificar o possível aparecimento dessa patologia. Embora seja totalmente clara a influência do DNA no quadro da displasia coxofemoral canina, falando principalmente da reprodução e seleção reprodutiva, existem outros fatores que influenciam diretamente na evolução do quadro clínico, como dieta (excesso de calorias e cálcio), peso corporal (excesso de peso), desenvolvimento musculoesquelético da região pélvica (crescimento dessincronizado entre ambos os tecidos), distrofia do músculo pectino (encurtamento, perda de elasticidade e fibrose do músculo) e orientação pélvica incorreta devido a anomalias vertebrais congênitas (segmentos vertebrais de transição (BRAM et al., 2014, MACÁRIO; SILVESTRE; SAKATA, 2021).
Pelas informações acima descritas, destaca-se a importância na análise das atividades diárias que podem complicar ainda mais o quadro clínico desta doença, entre as quais encontramos o tipo de alimentação fornecida, exercício físico em tempo prolongado e em oposição a esta anterior ao sedentarismo total por causa dos animais tão comuns em casa.
Seu diagnóstico geralmente é feito após um ano de idade e seu tratamento varia desde o manejo clínico até a artroplastia total do quadril, embora tenha havido avanços no conhecimento da doença, muitos fatores, métodos diagnósticos e tratamento não são claros, o que gera prognósticos desfavoráveis. em nosso meio (BOEHMER, 2018).
A DC apresenta-se como um fenômeno poligenético complexo e multifatorial, influenciado por fatores ambientais como nutrição, peso, atividade física, etc.; portanto, não é transmitida como tal, mas sim a predisposição genética para manifestar a referida doença. Tais razões indicam que o DC não aparece no nascimento, mas se desenvolve durante o crescimento; portanto, não é possível eliminá-la totalmente a partir apenas de programas de seleção e controle dos genitores (VETTORATO; MARCELINO; SILVA, 2017).
Os índices de herdabilidade de DC para as diferentes raças variam de 0,2 a 0,6. Esses índices variam de acordo com a população estudada e os métodos de pesquisa. Um cão displásico é aquele cuja articulação do quadril não é congruente; ou seja, a cabeça do fêmur não é redonda e não se encaixa adequadamente em sua cavidade ou fica fora dela, com rasgos ou degeneração dos tecidos moles e da cartilagem; ou, que o colo do fêmur está deformado (FIRMINO et al., 2020).
As teorias que explicam o desenvolvimento da DC em cães são extrínsecas, que consideram que as anormalidades do quadril são secundárias a outras anomalias físicas ou a uma massa muscular pélvica deficiente, uma vez que a articulação do quadril depende da musculatura para manter as superfícies articulares. desenvolvimento. A outra teoria aponta para um defeito intrínseco da articulação do quadril em que a DC é uma manifestação de osteocondrose. Seja qual for a causa, o resultado é uma articulação instável e propensa à degeneração (STORTTI et al., 2017).
As causas da DC são massa muscular pélvica reduzida, ossificação prematura da cartilagem articular, frouxidão do ligamento da cabeça femoral e cápsula articular, confinamento, acetábulo superficial, miopatias do músculo pectíneo e tamanho do cão (VETTORATO; MARCELINO; SILVA, 2017).
A flacidez dos tecidos articulares é um fator no início precoce da doença. As primeiras manifestações aparecem entre 4 a 12 meses de idade; no entanto, em alguns animais, não é evidente radiograficamente até 24 meses. Por esta razão, cães com menos de dois anos de idade não devem ser declarados livres de displasia. Inicialmente, o líquido sinovial na articulação aumenta com hemorragia capilar, hipertrofia do ligamento da cabeça femoral e abrasão da cartilagem articular na cabeça do fêmur e acetábulo (MACÁRIO; SILVESTRE; SAKATA, 2021).
O aumento da hipertrofia de fluidos e ligamentos pode ser detectado como subluxação com consequências patológicas de aumento do peso e remodelação da cartilagem e osso. O resultado da subluxação e remodelamento é a doença articular degenerativa, com formação de osteófitos pericondrais, remodelamento do acetábulo, cabeça e colo do fêmur, esclerose do osso subcondral da cabeça do fêmur e acetábulo. A cabeça femoral então perde sua forma esferoidal e a superfície articular achata. O pescoço torna-se irregular devido ao crescimento de um colar de osteófitos pericondrais. O acetábulo perde sua forma de taça e torna-se mais raso. A esclerose óssea subcondral é uma resposta ao afinamento ou perda da cartilagem articular (FERRANTE; SOUTO; PINTO, 2016).
O cão displásico pode ser assintomático ou apresentar claudicação, com dificuldade para correr, pular e brincar, a marcha é instável, com dorso arqueado, apresenta baixo desenvolvimento muscular dos quadris e membros posteriores, dor ao movimento e agressividade. Ao caminhar, observa-se mobilidade da articulação coxofemoral, proeminência trocantérica unilateral ou bilateral, crepitação da articulação do quadril conforme o grau de subluxação e joelhos e tarsos retos (CARNEIRO; BING; FERREIRA, 2020).
2.2 SINAIS CLÍNICOS E PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA
As doenças osteoarticulares são um dos problemas que mais vêm ocorrendo nas consultas veterinárias, visto que há pouca informação sobre elas. Devido ao exposto no presente estudo, são oferecidas diferentes bibliografias que vão desde a etiologia, fisiopatologia, métodos diagnósticos e tratamentos da displasia coxofemoral (CAVALCANTE NETO et al., 2016).
Estes afetam a qualidade de vida dos pacientes, pois causam dor leve ou aguda em filhotes e adultos; na maioria das vezes, esses problemas são devidos ao mau gerenciamento da dieta e da atividade física do animal. Esses tipos de doenças geralmente têm uma predisposição genética, mas se as medidas de controle adequadas fossem tomadas, sua degeneração e complicações poderiam ser evitadas (FERRANTE; SOUTO; PINTO, 2016).
A DC é uma dessas doenças, que se apresenta como um fenômeno poligenético complexo, influenciado diretamente por fatores como nutrição, peso, atividade física, entre outros; portanto, não é transmitida como tal, mas ocorre devido à predisposição genética para manifestar a referida doença. Tais razões indicam que a displasia coxofemoral não aparece ao nascimento, mas se desenvolve durante o crescimento; portanto, não é possível eliminá-la totalmente a partir apenas de programas de seleção e controle dos genitores (BRAM et al., 2014).
A DC em cães costuma apresentar-se de forma assintomática até atingir um elevado desgaste da articulação coxofemoral, bem como dos seus ligamentos, pelo que é importante diagnosticar precocemente a patologia nos doentes e prevenir complicações futuras (figura 1) (BOEHMER, 2018).
Figura 1: Displasia coxofemoral.
Fonte: Boehmer (2018).
A cintura pélvica é formada pelo ísquio, ílio e púbis. Deles o ílio é dorsal e o púbis e o ísquio são ventrais. O ílio se une ao sacro, o púbis geralmente é unido ventralmente pela sínfise púbica e o ísquio também se une para formar a sínfise isquiática. Os três ossos se encontram em uma depressão, o acetábulo, que serve para se articular com a cabeça do fêmur. No caso dos mamíferos existe um quarto osso, o acetabular, que se encontra no fundo do acetábulo (BRAM et al., 2014).
A DC é uma doença osteoarticular causada por um movimento anormal da coxofemoral e pelo movimento contínuo da cabeça do fémur; causando degeneração. A displasia da coxofemoral pode ser congénita ou hereditária. Pode ser devido a diferentes fatores, como a frouxidão articular como uma das principais causas. Para que esta doença se desenvolva, existem muitos fatores endógenos (raças grandes e desenvolvimento excessivo da musculatura esquelética) e exógenos (superalimentação) (CAVALCANTE NETO et al., 2016).
Os sinais clínicos da displasia coxofemoral costumam ser muito evidentes em cães idosos pois apresenta-se de forma degenerativa (dor, limitação para correr e saltar,alterações no seu comportamento) em alguns casos pode apresentar atrofias musculares e noutros pode chegar a ser assintomático; em jovens, geralmente apresentam instabilidade do quadril e diminuição da atividade física (BOEHMER, 2018).
O pedigree determina a pureza genética dos indivíduos garantindo que os cruzamentos a que foram submetidos os seus antepassados ​​foram todos entre indivíduos da raça a que pertencem, pelo que se assumem certas qualidades e defeitos, tendo sempre em conta a variabilidade individual, logo isso permite conhecer o grau de consanguinidade que um indivíduo possui e, por sua vez, controlar a criação de novas raças por meio de cruzamentos programados.
O que foi descrito anteriormente é conhecido como hereditariedade, que é composta por diferentes caracteres, são eles o genótipo e o fenótipo. A primeira refere-se à informação genética disponível no indivíduo; e a segunda à visibilidade dos genes no indivíduo, esta decorre dos genes e do ambiente que o cerca.
Mas o material genético pode ser afetado por diversos fatores ou falhas nele. Refere-se a alterações no material hereditário, podendo ser classificadas como: herança qualitativa, tipo mendeliana, podendo-se destacar: alopecia, catarata, nanismo hipofisário, entre outras. De referir que também existem alterações ligadas ao sexo, sendo exemplo destas a miopatia e a hemofilia. Limiares, eles têm uma manifestação discreta, mas não um determinante poligênico, encontramos anomalias como surdez, doenças autoimunes, entre outras. Finalmente temos os quantitativos, de determinação poligênica e os mais representativos são a anomalia ocular do Collie e a displasia coxofemoral.
A DC em caninos (canine hip dysplasia) é uma doença hereditária, considerada uma desordem poligenética que inclui não só a componente genética, mas também a componente ambiental. A displasia coxofemoral é a condição ortopédica mais comumente diagnosticada no cão. É mais comum em cães de raças grandes e gigantes com um complexo padrão de herança poligênica.
2.3 ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
Originalmente, pensava-se que a displasia da coxofemoral afetava apenas raças grandes; no entanto, agora é conhecido por ocorrer em raças de todos os tamanhos. Esta não é uma doença congênita. De fato, os quadris são normais ao nascimento, mas um desenvolvimento assíncrono entre o esqueleto e a musculatura faz com que a cabeça femoral seja forçada para fora do acetábulo, devido ao fato de que o esqueleto cresce mais rápido que a massa muscular. A malformação precoce dos componentes articulares ainda cartilaginosos leva à deformação e perda de profundidade do acetábulo, bem como ao remodelamento da cabeça femoral, o que leva a um processo articular degenerativo (CAVALCANTE NETO et al., 2016).
Nas suas fases iniciais, a doença adquire manifestações subclínicas e caracteriza-se por uma sinovite não supurativa que se acompanha de um aumento do volume do líquido sinovial, bem como um espessamento do ligamento redondo, um espessamento da cápsula articular e o membrana sinovial, a proeminência do lábio acetabular e lesões degenerativas focais na cartilagem articular (DA SILVA; PEREIRA; PACHECO, 2022).
Por outro lado, existe uma grande quantidade de evidências de que a principal característica da displasia coxofemoral é a frouxidão articular. O assentamento inadequado da cabeça femoral dentro do acetábulo, por qualquer motivo ou com outros fatores, como crescimento rápido, causará osteoartrite STORTTI et al., 2017).
 É importante saber que a articulação coxofemoral do cão suporta cargas muito maiores que o peso corporal. Assim, durante a estação de três membros sem ação para frente, o quadril é submetido a uma força de 1,5 vezes o peso corporal. Dessa forma, a cabeça femoral sustenta o peso corporal que a empurra para baixo, enquanto as forças musculares a empurram em direção ao acetábulo, provocando a ação de forças nas superfícies articulares.
É uma doença multifatorial, pois para que ela se manifeste uma série de fatores devem vir juntos, sendo o mais importante o genético, e não congênito, os animais nascem com o quadril saudável, mas é durante o crescimento que ocorrem as diversas alterações. A princípio a doença não produz manifestações clínicas e seu principal sinal clínico é a frouxidão articular levando a doença degenerativa articular (DA SILVA; PEREIRA; PACHECO, 2022).
Do ponto de vista genético, é uma doença hereditária poligênica recessiva. É hereditária porque é transmitida de um indivíduo para outro de geração em geração, é poligênica porque vários genes estão envolvidos em seu desenvolvimento e transmissão e é recessiva porque se manifesta no indivíduo quando é transmitida por ambos os pais.
O fator genético é o responsável pela transmissão genotípica da doença, mas para que a displasia coxofemoral se manifeste fenotipicamente, outros fatores como os citados acima devem intervir. Portanto, podemos ter indivíduos genotipicamente displásicos que não desenvolvem a doença, pois não ocorreu a influência desses fatores que impedem sua manifestação fenotípica, ou seja, seu desenvolvimento no animal.
Por tudo o que foi descrito acima, e devido à natureza recessiva e multifatorial desta patologia, se não ocorrer uma combinação destes fatores, podem existir animais fenotipicamente saudáveis, mas ao mesmo tempo genotipicamente doentes. Isso geraria um problema na reprodução, pois podem ser usados ​​reprodutores aparentemente saudáveis ​​que estão transmitindo a doença e aumentando o risco de que seus descendentes a desenvolvam STORTTI et al., 2017).
As causas da displasia coxofemoral são multifatoriais; Fatores ambientais e hereditários estão envolvidos no desenvolvimento de anormalidades ósseas e de tecidos moles, embora estes últimos sejam os principais determinantes. O crescimento rápido e o ganho de peso devido à superalimentação levam ao desenvolvimento desigual dos tecidos moles de suporte, contribuindo para a displasia coxofemoral.
Fatores que causam inflamação sinovial (ou seja, trauma leve e repetido) também são importantes. A sinovite causa aumento do volume do líquido articular, o que prejudica a estabilidade articular devido à ação de sucção produzida pela fina camada de líquido sinovial normal encontrada entre as superfícies articulares. Esses fatores contribuem para o desenvolvimento da frouxidão articular do quadril e consequente subluxação, responsável pelo aparecimento dos primeiros sinais clínicos e alterações articulares (DA SILVA; PEREIRA; PACHECO, 2022).
A subluxação distende a cápsula articular fibrosa, causando dor e claudicação. A rede óssea do acetábulo é facilmente deformada devido à subluxação contínua da cabeça femoral. A ação semelhante a um pistão da cabeça femoral que ocorre devido à subluxação dinâmica do acetábulo a cada passo causa a inclinação da superfície articular do acetábulo do plano horizontal normal para um plano mais vertical. Isso também reduz a área de superfície articular, de modo que as forças geradas ao suportar o peso estão localizadas em uma pequena área da articulação do quadril. As respostas fisiológicas à frouxidão articular (subluxação) são fibroplastia proliferativa da cápsula articular e espessamento do osso trabecular (FIRMINO et al., 2020).
Essas mudanças aliviam a dor associada com entorse capsular e fraturas trabeculares. No entanto, a superfície articular permanece reduzida, levando ao desgaste prematuro da cartilagem articular e à exposição das fibras subcondrais sensíveis à dor e à claudicação. A displasia coxofemoral é dolorosa em cães jovens porque o desgaste da cartilagem articular expõe as fibras sensíveis no osso subcondral e a frouxidão causa estiramento do tecido mole. Em cães mais velhos, a displasia da coxofemoral causa dor devido à osteoartrite (FERRANTE; SOUTO; PINTO, 2016).
2.4 DIAGNÓSTICO
É uma doença
2.5 TRATAMENTO
Os exames laboratoriais
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar da bibliografia médico-veterinária especializada dispor de um vasto 
2
4. REFERÊNCIAS
BOEHMER, Carolina Blaso. Ocorrênciada displasia coxofemoral em cães da raça Golden Retriever atendidos no Centro de Radiologia Veterinária no Rio de Janeiro. Pubvet, v. 12, p. 172, 2018. Disponível em: https://pdfs.semanticscholar.org/cd4b/ff9176817cf8cc845b0264f745dc383e238b.pdf. Acesso em 21 de maio de 2023.
BRAM, F. A. C. F. et al. Displasia coxofemoral em cães. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 12, n. 2, p. 52-53, 2014. Disponível em: https://www.revistamvez-crmvsp.com.br/index.php/recmvz/article/download/24101/24947. Acesso em 25 de maio de 2023.
CARNEIRO, Rafael Kretzer; BING, Rafaela Scheer; FERREIRA, Marcio Poletto. Avaliação radiográfica da displasia coxofemoral em cães. Ciência Animal, v. 30, n. 4, p. 104-116, 2020. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/download/9760/7980. Acesso em 18 de maio de 2023.
CAVALCANTE NETO, Tobias Saraiva et al. Displasia coxofemoral em cão-relato de caso. Ciênc. anim, p. 52-54, 2016. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/vti-24839. Acesso em 25 de maio de 2023.
DA SILVA, Letícia Cristiane; PEREIRA, Lohanna Serafini Campos; PACHECO, Larissa Teixeira. O uso da fisioterapia em cães com displasia coxofemoral. Research, Society and Development, v. 11, n. 9, p. e13611931761-e13611931761, 2022. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/31761/26992. Acesso em 19 de maio de 2023.
FERRANTE, Bruno; SOUTO, Cinthia Keiko; PINTO, Ana Carolina B. de CF. Displasia coxofemoral em cães-revisão da literatura. Clín. Vet., p. 78-90, 2016. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/vti-338121. Acesso em 19 de maio de 2023.
FIRMINO, Fabíola Pereira et al. Comparação da sintomatologia da displasia coxofemoral entre cães obesos e não-obesos. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 7, p. 46840-46850, 2020. Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/ojs/index.php/BRJD/article/download/13205/11101. Acesso em 25 de maio de 2023.
MACÁRIO, Fernanda Cunha Boer; SILVESTRE, Karen Pierin; SAKATA, Stella Helena. Displasia coxofemoral em cão de raça lhasa apso. Brazilian Journal of Animal and Environmental Research, v. 4, n. 1, p. 77-80, 2021. Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/ojs/index.php/BJAER/article/download/22980/18462. Acesso em 21 de maio de 2023.
ROCHA, B. D. et al. Avaliação radiográfica da diplasia coxofemoral de cães adultos: comparação entre dois métodos. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 66, p. 1735-1741, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abmvz/a/cjjMhSPwjnRBrLGVmnBwNRs/?format=html&lang=p. Acesso em 22 de maio de 2023.
STORTTI, F. F. et al. Conscientizando os tutores de animais sobre a displasia coxofemoral em cães. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 15, n. 3, p. 74-75, 2017. Disponível em: https://www.revistamvez-crmvsp.com.br/index.php/recmvz/article/download/37667/42371. Acesso em 25 de maio de 2023.
VETTORATO, Michel Campos; MARCELINO, Raquel Sartor; SILVA, Rejane Lima. Reavaliação de posicionamentos radiográficos para o diagnóstico da displasia coxofemoral em cães: Revisão de literatura. Veterinária e Zootecnia, v. 24, n. 2, p. 266-277, 2017. Disponível em: https://rvz.emnuvens.com.br/rvz/article/download/308/169. Acesso em 20 de maio de 2023.

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