Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Pedagógico Material integrado de História, Geografia, Turismo e Educação para o Trânsito de Petrópolis Ensino Fundamental 6º ano Caderno Rubens Bomtempo Prefeito Maria Elisa Peixoto da Costa Badia Secretária de Educação Monica Vieira Freitas Subsecretária de Ensino Fundamental Rosilene Ribeiro Subsecretária de Educação Infantil Rosalie Georgina de Oliveira Duarte Subsecretária do FNDE e Captação de Recursos Autora JULIANA MARIA COSTA FECHER WINTER Coordenação BIANCA DELLA NINA Petrópolis 2016 Srs. Educadores, Gostaríamos de apresentar este trabalho como uma “coletânea de textos” de ilustres professores, historiadores, jornalistas, pesquisadores e amantes de Petrópolis. Atendendo aos apelos constantes de um grande número de profissionais da Área, a Secretaria de Educação buscou, dando prosseguimento ao trabalho iniciado em 2002 com o estudo dos PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais – após a elaboração da Proposta Curricular das diversas disciplinas, propiciar subsídios à apresentação dos conteúdos de H.G.P.T./E.T. (História e Geografia de Petrópolis, Turismo e Educação para o Trânsito). Dada a reformulação da proposta curricular em 2014, este caderno foi totalmente reelaborado dentro dos novos parâmetros para atender a uma nova proposta mais integrada e multidisciplinar. Assim sendo, buscou-se apresentar esta pequena colaboração, lembrando não ser esta uma obra acabada e completa, ao contrário, objetiva apenas nortear o trabalho do professor e tem a intenção de despertar o interesse do aluno no que tange à História e à Geografia de Petrópolis e a sua importância no contexto nacional. Procuramos fazer aflorar nos alunos a curiosidade e o entusiasmo para os temas tratados, ao mesmo tempo em que oferecemos oportunidades, por meio de exercícios práticos e sugestões de atividades, que tornam o ensino muito mais atraente. Todo o trabalho realizado a partir destes textos deve fazer, dentro do possível, com que o aluno reviva a história. É importante que este enriqueça os conteúdos com novas informações e uma postura ao mesmo tempo reflexiva e crítica. É assim, através da conscientização de seu papel enquanto cidadão deste pedacinho de chão do território brasileiro - conhecido internacionalmente -, que os nossos (as) meninos (as) poderão seguir atuantes no conhecimento e na valorização do nosso patrimônio ambiental, histórico e cultural. O mesmo objetiva-se com os conteúdos de Turismo e Educação para o Trânsito: a atuação responsável e consciente enquanto cidadão petropolitano, pedestre, passageiro e futuro motorista. Sobre os dispositivos legais A disciplina História, Geografia e Turismo de Petrópolis é disciplina obrigatória no currículo escolar das escolas da Rede do município através da Lei n.º 4.306, de 20 de dezembro de 1984, de autoria do Vereador Paulo Pires de Oliveira e sancionada pelo Prefeito Paulo José Alves Rattes – publicada no Diário Oficial de 29/12/84. Com relação à Educação para o Trânsito, a Câmara Municipal de Petrópolis decretou e seu Presidente José Geraldo Braga promulgou com fundamento no dispositivo nos parágrafos 2º e 4º do Artigo 89 da Lei Orgânica dos Municípios, a Lei n.º 4.259, de 16 de Outubro de 1984, que inclui no currículo escolar das escolas de 1º e 2º graus do município, no mínimo 4 aulas mensais, teóricas ou práticas, sobre noções de Legislação de Trânsito (...). A Educação para o Trânsito constitui-se, ainda, em matéria obrigatória no currículo escolar de acordo com o capítulo VI (da Educação para o Trânsito), artigo 74, parágrafos 1º e 2º do Código de Trânsito Brasileiro. Unidade I: Petrópolis, que história é essa? O inicio da História: Caminho Novo ............................................................. 12 Petrópolis Porto Estrela ............................................................................... 19 Localização e limites de Petrópolis .............................................................. 23 Acessibilidade regional e local ..................................................................... 27 Abertura do Caminho Novo ......................................................................... 30 A evolução dos Meios de Transportes ......................................................... 33 Bondes em Petrópolis .................................................................................. 37 Ônibus e automóveis em Petrópolis ............................................................ 39 Unidade II: No meio do Caminho Novo havia um Atalho Atalho do Caminho Novo ............................................................................. 42 Caminho Novo e os importantes acontecimentos históricos ...................... 43 No caminho Novo havia a Mata Atlântica .................................................... 45 O Atalho do Caminho Novo e a Nova subida da Serra ................................. 51 Regras de Trânsito ........................................................................................ 53 Ecoturismo em Petrópolis: Trilhas e Caminhadas Ecológicas ...................... 56 Sumário Unidade III: Quem vivia onde eu vivo? Índios Coroados ............................................................................................ 63 Relevo de Petrópolis .................................................................................... 69 Deslizamento de encostas ............................................................................ 72 Acidentes de Trânsito ................................................................................... 76 Ecoturismo: Cachoeira e Montanhismo ....................................................... 83 Unidade IV: A mão de obra africana e seu legado Roubo do Tesouro ........................................................................................ 89 Um diário imaginário .................................................................................... 90 Em Petrópolis ............................................................................................... 92 Anúncios nos jornais petropolitanos ............................................................ 93 Quilombos em Petrópolis ............................................................................. 96 Palácio de Cristal e Praça da Liberdade ....................................................... 99 Abertura da Estrada Normal da Serra da Estrela ......................................... 103 Os tipos de sinalização de trânsito ............................................................... 105 Referências.................................................................................................... 111 11 Para começo de conversa! O INÍCIO DA HISTÓRIA: CAMINHO NOVO Unidade I Petrópolis, que história é essa? Você, que está começando mais um ano letivo, está convidado a entrar num túnel do tempo. Vamos em busca da história de uma cidade que se mistura com outra história importante: a do Brasil. Fique atento aos textos e descubra que história é essa! Se pudesse fazer uma volta ao tempo para entender como começa a história da nossa cidade, seria necessário programar a máquina do tempo para um ano e um local. O ano escolhido 1698, e o local Serra do Mar. Quem encontrei lá foi o Capitão-Mor Garcia Rodrigues Pais, responsável pela abertura do “Caminho Novo”, e o Sargento-Mor Bernardo Soares de Proença, responsável pelo Atalho do Caminho Novo. Assim começaa história de Petrópolis. O que é um Atalho? Atalho é o caminho fora da estrada principal pelo qual se encurtaram as distâncias entre Minas Gerais e Rio de Janeiro. O atalho do Caminho Novo passava pelo vale do Rio Piabanha e atingia o Porto da Estrela, no rio Inhomirim, no fundo da Baía de Guanabara. 12 A Estrada Real é um dos maiores circuitos turísticos do Brasil. Com cerca de 1600 km, a Estrada começou a ser construída no século XVII para ligar a região do litoral carioca às regiões produtoras de ouro do interior de Minas Gerais. No século XVIII, a No início, a Estrada ligava Ouro Preto (na época, Vila Rica), em Minas Gerais, ao Porto de Paraty, no Rio de Janeiro. O caminho era usado para transportar o ouro e demais carregamentos da cidade mineira até o porto e, ao longo do caminho, foram sendo fundadas vilas e diversos pontos de parada para os tropeiros, bandeirantes, mineradores e outros viajantes que faziam o percurso da Estrada Real. Na época, seu percurso levava 60 dias para ser feito, devido às dificuldades de percurso na estrada de terra que atravessa a Serra da Mantiqueira e à distância. Este caminho estendia-se por localidades como Caeté e Sabará. http://www.infoescola.com/brasil-colonia/estrada-real/ http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/ouro/ http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/bandeirantes/ 13 necessidade de um caminho mais seguro e rápido até o porto fez com que a Coroa ordenasse a construção de outra rota, que ficou conhecida como “caminho novo”. À estrada antiga ficou o nome de “caminho velho”. O caminho novo foi feito por Garcia Rodrigues Paes, filho do famoso bandeirante Fernão Dias Paes (que hoje dá nome à rodovia que liga São Paulo à Belo Horizonte e Vitória), que levou 7 anos (1968-1705) para terminá-lo. Em 1725, Bernardo Soares de Proença terminou uma trilha paralela ao, agora conhecido, “Caminho do Ouro”, porque era por ele que o metal era escoado para Portugal. VEJA O MAPA! Mais tarde, quando foi feita a descoberta de pedras preciosas na região do Serro, o caminho foi estendido até lá, e Ouro Preto, então capital de Minas Gerais, passou a ser o local de convergência da Estrada Real. O caminho até o distrito diamantino ficou conhecido como “Caminho dos Diamantes”. Trecho da Estrada Real em Petrópolis – Meio da Serra http://www.infoescola.com/brasil-colonia/estrada-real/ 14 Fazem parte do circuito Estrada Real as cidades: Mariana, Catas Altas, Ouro Preto, Diamantina, Tiradentes, Santa Bárbara, Morro do Pilar, Conceição do Mato Dentro, Serro, Cocais, Carrancas, Conselheiro Lafaiete, São João Del rei, e muitas outras cidades que guardam ainda um pouco da história do Brasil. Ao todo, são 177 cidades no entorno da Estrada Real, sendo 162 em Minas Gerais, 8 no Rio de Janeiro e 7 em São Paulo. VAMOS SABER UM POUCO MAIS SOBRE A ROTA TURÍSTICA! Caminho Velho Com muitas histórias para contar, o Caminho Velho foi a primeira via aberta oficialmente pela Coroa Portuguesa para o tráfego entre o litoral fluminense e a região mineradora. São localidades que aliam a cultura típica de Minas Gerais, um combinado entre as raízes indígenas, africanas e europeias. Essa riqueza é responsável por atrativos como a arquitetura única de Ouro Preto, a gastronomia reconhecida internacionalmente de Tiradentes, as grandes estâncias hidrominerais do Circuito das Águas e a cultura latente de Paraty. http://www.infoescola.com/brasil-colonia/estrada-real/ http://www.infoescola.com/minas-gerais/diamantina/ 15 Durante os 651 km do Caminho Velho, o turista terá a possibilidade de viver boas experiências. Alguns atrativos imperdíveis: • Basílica Nossa Senhora do Matosinho em Congonhas • Cachoeira da Fumaça e da Zilda em Carrancas • Artesanato de Bichinhos e as Cerâmicas Naboriganas de Cunha • Parque das Águas de Caxambu e São Lourenço • Passeio de Maria Fumaça de Tiradentes/ São João Del Rei e Ouro Preto/Mariana Caminho dos Diamantes Atrativos que somam aventura, natureza, história e cultura dão o tom das viagens pelo Caminho dos Diamantes da Estrada Real. O viajante percorre 361 quilômetros na companhia da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço e de suas paisagens exuberantes. Serra do Espinhaço – Minas Gerais 16 Alguns atrativos imperdíveis: • Cachoeira do Tabuleiro, com 273 metros • Caminhos dos Escravos em Diamantina • Santuário do Caraça • Parque Nacional da Serra do Cipó • Sitio Arqueológico da Pedra Pintada Caminho do Sabarabuçu Há cerca de trezentos anos, as serras íngremes do trecho, cortadas por cursos d’água, como o rio das Velhas, eram vistas como verdadeiros tesouros onde seria possível achar ouro e outras pedras preciosas. Essa crença se devia ao brilho que a atual Serra da Piedade (antigo Pico de Sabarabuçu) tem. O que os bandeirantes imaginavam ser ouro, na verdade, era o minério de ferro do topo da montanha, que reluz a luz do sol. Para chegar até a serra, os viajantes buscaram uma rota alternativa entre Ouro Preto, no Caminho Velho, e Barão de Cocais, no Caminho dos Diamantes. Foi aí que surgiu o Caminho de Sabarabuçu. O caminho segue margeando o rio das Velhas e tem a Serra da Piedade, do alto dos seus 1.762 metros, como um dos atrativos. Igreja de Ó em Sabará – Minas Gerais 17 Os 161 km do Caminho de Sabarabuçu guardam atrativos turísticos que vão do turismo natural ao histórico, cultural e religioso – são dezenas de igrejas e festas populares. Alguns atrativos imperdíveis: • Igreja do Ó em Sabará • Santuário Nossa Senhora da Piedade em Caeté • As cachoeiras de Rio Acima Caminho do Novo O Caminho Novo é o mais jovem da Estrada Real. Repleto de atrativos turísticos, ele guarda dezenas de vestígios da época mineradora, um verdadeiro convite para o viajante. Aberto para ser uma alternativa mais rápida e fácil ao Caminho Velho, o Caminho Novo guarda para os turistas uma série de elementos da época das bandeiras e das primeiras explorações do território. São túneis, chafarizes e fazendas, hoje transformadas em confortáveis meios de hospedagem, que resgatam construções e costumes dos séculos XVIII e XIX. Parque Nacional da Serra dos Órgãos – Rio de Janeiro 18 Os 432 km do Caminho Novo reservam ao viajante possibilidade de turismo que aliam atrativos naturais e culturais: um prato cheio para aguçar a criatividade de quem viaja por conta própria! Alguns atrativos imperdíveis: • Fazendas históricas de Santana dos Montes • Parque Estadual do Ibitipoca, Itacolomi e o Parque Nacional da Serra dos Órgãos. • Museu Imperial em Petrópolis Museu Imperial de Petrópolis – Rio de Janeiro Dica de vídeo: Estrada Real Institucional. https://www.youtube.com/watch?v=AlcQBK8ZAQI#t=18 Site: http://www.institutoestradareal.com.br/ Possui outros vídeos. https://www.youtube.com/watch?v=AlcQBK8ZAQI#t=18 http://www.institutoestradareal.com.br/ 19 PETRÓPOLIS - PORTO ESTRELA Este trecho da Estrada Real em Petrópolis é conhecido como Estrada da Serra da Estrela ou Estrada Serra Velha da Estrela. É um trecho de descida com calçamento em paralelepípedo, que segue ziguezagueando a serra. A Serra da Estrela faz parte da cadeia de montanhas da Serra dos Órgãos e foi o principal obstáculo natural a ser superado para a abertura do Caminho Novo a partir do Rio de Janeiro. Era conhecido tanto pela dificuldade para transpor o paredão montanhoso de mais de 1.000 metros, quanto pelo desafio de penetrar na região, habitada pelos temidos índios Coroados. A partir do início da descida da serra, abre-se uma ampla vista para a baixada da região, de onde se enxerga a Baía de Guanabara. Ao longodo trecho, passa-se pelos povoados de Meio da Serra e Raiz da Serra. Daí em diante, o caminho é plano e muito habitado. O Porto Estrela era a antiga região da Vila da Estrela, da qual ainda podem ser vistas as ruínas da Casa das Três Portas e da Igreja de Nossa Senhora da Estrela dos Mares, além de algumas pedras do cais do Porto. Na Casa das Três Portas funcionavam a Cadeia Pública (no andar térreo) e a Câmara (no andar de cima). Ela foi criada a partir de 1846, quando o arraial foi elevado à categoria de Vila pelo Rei de Portugal. 20 A Igreja de Nossa Senhora da Estrela dos Mares data de 1650 e estava em pé até início do século XX. Ela foi construída com pedras da própria região, ligadas com uma mistura de óleo de baleia e mariscos. As pedras talhadas, como umbrais e pórticos, no entanto, eram importadas da Europa, pois este tipo de trabalho não era permitido na Colônia. O Porto Estrela era movimentado e fazia a ligação com a cidade do Rio de Janeiro. No Rio, as embarcações saíam do Cais dos Mineiros, próximo à praça XV, navegavam pela Baía de Guanabara e subiam o Rio Inhomirim até o porto. Informações retiradas do site: http://www.estradareal.tur.br/caminhos-trechos_3_65 O Instituto Estrada Real, um órgão criado pela FIEMG (Federação da Indústria do Estado de Minas Gerais), tem como objetivo principal alavancar um grande polo turístico em nosso país por meio da Estrada Real, buscando a recuperação e a conservação dessa rota onde se encontram uns dos maiores patrimônios históricos e culturais de nossa história. http://www.estradareal.tur.br/caminhos-trechos_3_65 21 1-Encontre no caça-palavras as respostas das questões abaixo: a- Nome da estrada que é um dos maiores circuitos turísticos do Brasil. ___________________________. b- Nome dado ao caminho mais curto do Caminho Novo. ______________________. c- Nome do responsável pela abertura do atalho do Caminho Novo. ______________________. d- Nome dado ao trecho da Estrada Real em Petrópolis. _________________________. e- Nome dado ao Porto que era movimentado e fazia a ligação com a cidade do Rio de Janeiro. _________________________. 2- Observe o esquema abaixo e marque a opção que estiver correta: ( 1 ) O Caminho Velho era muito longo. Passava por Taubaté e usava o Porto de Parati. ( 2 ) O Caminho Novo cruzava a Serra da Estrela, mas por Paty de Alferes, e chegava ao fundo da Baia de Guanabara no Porto do rio Pilar, porém ainda era longo e acidentado. ( 3 ) Atalho do Caminho Novo ou Caminho dos Mineiros acompanhava o vale do Rio Piabanha e terminava no Porto da Estrela no rio Inhomirin. ( ) 1 e 2 estão corretas. ( ) apenas 3. ( ) 1, 2 e 3. ( ) 2 e 3 estão corretas. S A D F G Y B I O L E R E A L S E Q E T R Z V B G H R O A P R E R T U I N K T O A Q W E Z P A B A N D E A S X O R F L T A R S T C I D R H G E T D R V U O T O Z S Y F E B Y P H A Q T U G L N T R J S X R I H A M R O U D S E O J Z Ç E E L C F L P K X L W N O T I A Ç L C K A Ç P B P X L Ç V H S A M K Ç http://www.infoescola.com/brasil-colonia/estrada-real/ 22 3- Veja as imagens e faça a correspondência com os caminhos da Estrada Real: ( ) Caminho Novo ( ) Caminho do Sabarabuçu ( ) Caminho dos Diamantes ( ) Caminho Velho 4- Monte um roteiro de viagem para cada caminho da Estrada Real. Caminho dos Diamantes Caminho Novo Caminho Velho 23 Localização e limites de Petrópolis Petrópolis está localizada no Estado do Rio de Janeiro, na região Sudeste do Brasil. Localizado na Serra do Mar, o município de Petrópolis está a 809,5 metros de altitude em relação ao nível do mar. O município de Petrópolis fica na região serrana, fazendo divisa com os municípios de Três Rios, Areal, Duque de Caxias, Magé, Guapimirin, Teresópolis e São José do Vale do Rio Preto. 24 Petrópolis e seus Limites Você sabe o que são os limites de uma cidade? Fronteira e Limite são a mesma coisa? O termo limite é muitas vezes utilizado como sinônimo de fronteira. Contudo, a ideia de fronteira é mais apropriada para designar uma faixa do território de um país que se estende ao longo da linha limite. Os limites são estabelecidos, na maioria das vezes, por acordos e tratados entre dois ou mais países. Por meio desses acordos, são criadas as linhas imaginárias, que podem ser definidas por características naturais ou artificiais. Observe o mapa com atenção! 25 QUAIS OS MUNICÍPIOS QUE FAZEM LIMITE COM PETRÓPOLIS? Petrópolis limita-se ao Norte com São Jose do Vale do Rio Preto, a Leste com Teresópolis e Magé, ao Sul com Duque de Caxias e Miguel Pereira e a Oeste com Paty dos Alferes, Paraíba do Sul e Areal. VAMOS SABER UM POUCO MAIS! São José do Vale do Rio Preto Teresópolis População estimada 2014 171.482 População 2010 163.746 Área da unidade territorial (km²) 770,601 Densidade demográfica (hab/km²) 212,49 Magé População estimada 2014 233.634 População 2010 227.322 Área da unidade territorial (km²) 388,496 Densidade demográfica (hab/km²) 585,13 Duque de Caxias População estimada 2014 878.402 População 2010 855.048 Área da unidade territorial (km²) 467,620 Densidade demográfica (hab/km²) 1.828,51 População estimada 2014 20.812 População 2010 20.251 Área da unidade territorial (km²) 220,306 Densidade demográfica (hab/km²) 91,87 26 Miguel Pereira População estimada 2014 24.829 População 2010 24.642 Área da unidade territorial (km²) 289,183 Densidade demográfica (hab/km²) 85,21 Paty do Alferes População estimada 2014 26.758 População 2010 26.359 Área da unidade territorial (km²) 318,801 Densidade demográfica (hab/km²) 82,68 Paraíba do Sul População estimada 2014 42.159 População 2010 41.084 Área da unidade territorial (km²) 580,525 Densidade demográfica (hab/km²) 70,77 Areal População estimada 2014 11.879 População 2010 11.423 Área da unidade territorial (km²) 110,919 Densidade demográfica (hab/km²) 102,99 Compare as informações dos municípios vizinhos com Petrópolis. Petrópolis População estimada 2014 298.017 População 2010 295.917 Área da unidade territorial (km²) 795,799 Densidade demográfica (hab/km²) 371,85 Você sabe o que é densidade demográfica? Densidade demográfica ou população relativa é o número de habitantes de uma região dividido pela área (hab./km²). 27 ACESSIBILIDADE REGIONAL E LOCAL Petrópolis encontra‐se às margens de uma das principais rodovias do país, a BR 040, que liga o Rio de Janeiro ao Distrito Federal, passando por Juiz de Fora e Belo Horizonte. Outra rodovia federal, esta de importância mais turístico/paisagística que econômica, é a BR 495, que liga o distrito de Itaipava a Teresópolis. A nordeste do Centro de Petrópolis encontra‐se a histórica Estrada União Indústria, que em Itaipava se junta à RJ134, conhecida como Estrada Silveira da Mota, seguindo para São José do Vale do Rio Preto. Em direção à Baixada Fluminense, temos a RJ107, que desce a serra conectando‐se a Magé. Essas articulações viárias regionais atribuem a Petrópolis uma situação logística excepcional, em especial por sua proximidade com o Centro da Cidade do Rio de Janeiro, da qual dista apenas 65 quilômetros. A economia do município tende a se beneficiar desta condição privilegiada em termos locacionais e logísticos, pois se comunicam num raio de 500 km, com ligaçõesrodoviárias de qualidade. Quando concretizados os investimentos da CONCER ‐ Companhia de Concessão Rodoviária Juiz de Fora‐Rio, na duplicação da BR 040 e no túnel previsto, a viagem Rio/Petrópolis será encurtada em cerca de vinte minutos, o que, provavelmente, aumentará a atratividade do Município quanto a visitantes e novos moradores, fenômeno que já vem ocorrendo. 28 1- COMPLETE OS ESPAÇOS EM BRANCO. A estrutura viária do Município está baseada na rodovia federal_________, possibilitando acesso à região Metropolitana do_______________, acesso a_____________ /MG e também a Belo Horizonte. ( ) Via Dutra - Rio de Janeiro – Juiz de Fora. ( ) Br 040 – Juiz de Fora – Três Rios. ( ) Br 040 – Rio de Janeiro – Juiz de Fora. ( ) Br 040 – Rio de Janeiro – Três Rios. 2-Localize no mapa o município de Petrópolis: PINTE COM A CANETA ASSINALE COM UM X OS MUNICIPIOS QUE FAZEM LIMTE COM PETRÓPOLIS. 29 3- Petrópolis possui uma localização privilegiada. Num raio de 500 km, a partir do Município, encontra-se 65% do PIB brasileiro e 70% da movimentação de cargas do país. Qual alternativa completa corretamente os espaços em branco no texto? “Petrópolis está localizada na ___________________ do Estado do __________________ na região ________________ do _________________”. ( ) região das serras – Rio de Janeiro – Sudeste – Argentina. ( ) região serrana – Rio de Janeiro – Sudeste – Brasil. ( ) região serrana – Paraná – imperial – Sul – Brasil. ( ) região das serras – Espírito Santo – Sul – Argentina. 4- Observe o mapa e identifique quais são os municípios que fazem limite com Petrópolis e escreva abaixo: O município de Petrópolis na Serra do Mar e limita-se ao: LESTE com __________________ e ______________________________; SUL com _____________________ e ______________________________; OESTE com ___________________ , ______________e ______________; Pense bem e responda: Qual a diferença entre limites e fronteiras? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ Comparando os dados dos municípios vizinhos de Petrópolis, quais apresentam maior densidade demográfica? Apresente os dados. __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 30 Abertura do Caminho Novo VOCÊ SABE O QUE FOI O CICLO DO OURO? Tiradentes, Joaquim Silvério dos Reis, Chico Rei, Aleijadinho, entre outras tantas figuras, são personagens de um momento único da história do Brasil, o Ciclo do Ouro - oficialmente datado entre 1660 e 1789. O ciclo começa com a exploração de Fernão Dias, que descobre o metal precioso na região de Ouro Preto (antiga Vila Rica) em Minas Gerais. As estradas e caminhos que formam o que se conhece por Estrada Real foram abertos no século XVII, durante o ciclo da mineração, para escoar a produção de ouro e diamantes das reservas em Minas Gerais aos portos de Paraty e Rio de Janeiro, constituindo na época o único trajeto permitido a esses locais. Inicialmente, o caminho ligava somente a cidade de Paraty às províncias auríferas do interior de Minas, a antiga Villa Rica, hoje Ouro Preto conhecido como Caminho Velho. http://wikitravel.org/pt/Minas_Gerais http://wikitravel.org/pt/Minas_Gerais http://wikitravel.org/pt/Paraty http://wikitravel.org/pt/Rio_de_Janeiro http://wikitravel.org/pt/Rio_de_Janeiro http://wikitravel.org/pt/Ouro_Preto 31 O CAMINHO NOVO O rei de Portugal ordenou que fosse aberto um caminho exclusivamente terrestre. Era muito importante, para Portugal, que houvesse comunicação segura entre as riquezas encontradas na região de Minas Gerais e o Porto do Rio de Janeiro. O Caminho Novo, como era chamado, partia do porto do rio Pilar, passava por Marcos da Costa, Paty de Alferes e seguia até encontrar o vale do rio Paraíba do Sul, seguindo o curso do rio até chegar à região das minas. A abertura da nova via ficou a cargo do bandeirante Garcia Rodrigues Paes, filho de Fernão Dias, que tinha participado da bandeira de 1674-1681. A via foi concluída em 1707. Nessa época, o Caminho Novo era percorrido em cerca de um mês, um terço do despendido no Caminho Velho. O Caminho Novo passava por montanhas escarpadas e terrenos alagadiços. Todas as cargas eram carregadas no lombo de mulas, que formavam as tropas. As tropas eram dirigidas pelos tropeiros. Durante a viagem, perdiam-se muitas mulas, que escorregavam nas escarpas, perdendo também a carga preciosa. Era necessário abrir um caminho mais seguro. http://pt.wikipedia.org/wiki/Bandeirantes_%28hist%C3%B3ria%29 http://pt.wikipedia.org/wiki/Garcia_Rodrigues_Paes http://pt.wikipedia.org/wiki/Fern%C3%A3o_Dias_Paes_Leme http://pt.wikipedia.org/wiki/1707 32 1-Observe o esquema abaixo e marque a opção que estiver correta: ( 1 ) O Caminho Velho era muito curto. Passava por Taubaté e usava o Porto de Parati. ( 2 ) O Caminho Novo cruzava a Serra da Estrela, mas por Paty de Alferes, e chegava ao fundo da Baía de Guanabara no Porto do rio Pilar, porém ainda era longo e acidentado. ( 3 ) O Ciclo do Ouro foi um período histórico compreendido pela exploração da mineração de metais precisos no Brasil. ( ) 1 e 2 estão corretas. ( ) apenas 3. ( ) 1, 2 e 3. ( ) 2 e 3 estão corretas. 2- Observe o mapa e responda: O percurso apresentado no mapa corresponde ao Caminho Novo ou ao Velho? ________________________________ Como você chegou a essa conclusão? Explique. ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ Cite alguns nomes de cidade que os tropeiros passavam no caminho entre Minas Gerais e Rio de Janeiro. ________________________________ ________________________________ Quais eram os problemas enfrentados neste caminho? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ 33 A Evolução dos Meios de Transportes Quando o homem morava em cavernas, não existia o trânsito movimentado de nossos dias. Na verdade, ele andava mesmo era a pé. Entretanto, ia longe, viajando com os pés descalços dias e dias atrás dos alimentos essenciais à sua sobrevivência. De qualquer modo, como ele vivia com sua tribo, já naquela época desenvolvia o trânsito entre os seus semelhantes, certamente cuidando para não colidir com os outros. O primeiro meio de transporte foi o animal Um dia, o homem primitivo descobriu que poderia montar num animal para se deslocar no seu ambiente. Ele percebeu que era mais confortável e mais rápido andar sobre o dorso de um animal do que sobre seus próprios pés. Só muito tempo depois se começou a usar os animais como meio de transporte. O cavalo e a carroça O cavalo constituía-se em uma grande opção de transporte. Servia para deslocamentos rápidos no pequeno núcleo urbano existente nas primeiras quatro décadas e para viagens mais distantes ao redor do centro ou pela chamada "área rural". Desde os primeiros anos, existiam locais para se amarrar os cavalos. Mais adiante, as principais casas comerciais, os empórios, também reservavam espaços para o "estacionamento", geralmente em terreno situado ao lado. Simultaneamente ao crescimento do número de cavalos, foram surgindo as carroças com o fim de permitir o transporte da família e dos produtos da lavoura. 34 Foram evoluindo em número de animais e em tamanho.Chegaram a ter 8 cavalos-puxadores e podiam deslocar razoável volume de mercadorias. A carroça é considerada hoje um veículo ultrapassado, mas ainda faz muito pelas pessoas, principalmente nas áreas rurais. Em inúmeras vias públicas, elas são proibidas de trafegar, mas houve um tempo, quando ainda não existiam veículos a motor, em que foram muito úteis nos transportes. A carroça transporta cargas e também pessoas. Já a charrete, que foi igualmente muito utilizada, levava somente passageiros. Podemos lembrar-nos deste tempo observando o passeio feito pelos turistas na nossa cidade. Havia ainda a carruagem, um veículo fechado e puxado por vários cavalos, para os passageiros em viagens. Podemos encontrar as carruagens imperiais usadas por D. Pedro II e sua família no Museu Imperial. Não devemos esquecer o carro de boi, usado para cargas pesadas e que ainda presta bons serviços aos nossos trabalhadores do campo em várias regiões do Brasil. 35 VAMOS SABER UM POUCO DA HISTÓRIA DOS TRENS EM PETRÓPOLIS 36 37 BONDES EM PETRÓPOLIS A história dos bondes em Petrópolis foi curta. Começou em 1912, já com veículos elétricos, como se vê na foto abaixo, de autor desconhecido, tomada na inauguração da via. Imagem da coleção do pesquisador Allen Morrison, de New York. A Rua Dr. Porciúncula Aguiar, em frente à Estação Ferroviária da Leopoldina Railways (no centro), ponto inicial de todas as linhas de bondes de Petrópolis. Petrópolis nunca teve bondes de tração animal sobre trilhos, mas comprou 12 veículos usados pela companhia Carris Urbanos no Rio de Janeiro em 1885, usando-os com rodas de madeira até cerca de 1900, segundo o pesquisador estadunidense Allen Morrison. http://www.novomilenio.inf.br/santos/bonden00.htm http://www.tramz.com/ 38 Em 1911, a Companhia Brasileira de Energia Eléctrica encarregou Eduardo Guinle de construir uma linha de bondes elétricos e encomendou 12 bondes fechados à indústria J. G. Brill. Parte da rota Cascatinha foi inaugurada em 13/12/1912 e o restante em 1913, usando bitola métrica, em apenas um lado do canal, com os bondes circulando pela rota, entre o rio e a via pavimentada. Mesmo esse pequeno tráfego criava problemas com os automóveis, pois os bondes trafegavam nos dois sentidos pelo mesmo trilho, segundo o pesquisador português Emidio Gardé. 39 Petrópolis foi a primeira cidade brasileira a ficar sem bondes! Os veículos foram vendidos para o sistema de bondes da cidade de Campos, onde operaram até 1964. A construção de um sistema de trólebus em Petrópolis começou em 1952, mas o projeto foi abandonado e os veículos, que tinham sido construídos na França pela empresa Vetra, foram remanejados para Niterói. Os bondes foram substituídos pelos ônibus, como podemos ver nesta imagem ao lado. É uma lotação que passa pela praça em direção à Avenida XV de Novembro (atual Rua do Imperador) em direção à Estação ferroviária Dona Leopoldina. ÔNIBUS EM PETRÓPOLIS A empresa UTIL, União dos Transportes Interurbanos de Luxo, surgiu em Petrópolis, em 1950, mas mudou sua sede para Juiz de Fora, onde permanece até a atualidade. As viagens inauguram-se em abril de 1957, com o serviço de transporte de passageiros por ônibus entre Petrópolis e Rio de Janeiro. 40 AUTOMÓVEL EM PETRÓPOLIS O primeiro automóvel mesmo, de motor a explosão, do Rio, foi de Fernando Guerra Duval, então estudante de engenharia. O carro era um “Decauville” e aqui circulou em agosto de 1990. Seu motor a gasolina era de 2 cilindros. Na falta do combustível, Guerra Duval ia às farmácias e comprava benzina. O carro era aberto, sem capota. O escapamento era livre e fazia muito barulho. Em lugar do volante, a direção era em forma de guidon de bicicleta. O carro de Guerra Duval foi um sucesso no Rio e nas adjacências, porque ele não circulou apenas na Capital. Andou também em Petrópolis – para onde foi numa prancha da Estrada de Ferro, pois não havia estrada – e causou espanto aos veranistas da pacata e fria Cidade Imperial. Apesar da evolução, o transporte se transformou em um problema nos últimos anos. O tráfego por terra tem ficado mais lento conforme o número de carros aumenta e o transporte coletivo ou público não atende às necessidades da população: são lotados, circulam em quantidade insuficiente e são muito mais lentos. Entretanto, quando se trata de transportar pessoas, o automóvel é o principal meio de transporte do Brasil; ele se tornou mais popular quando a indústria automobilística se instalou no país na década de 50. Desde então, o acesso se tornou maior, assim como o número de carros nas ruas. A consequência de tantos carros são os congestionamentos e também os acidentes. http://meios-de-transporte.info/mos/view/Evolu%C3%A7%C3%A3o_dos_Meios_de_Transporte/index.html http://meios-de-transporte.info/mos/view/Transporte_Coletivo/index.html 41 1-Marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas: ( ) No passado, o cavalo constituía-se em uma grande opção de transporte. ( ) As charretes levavam somente cargas. ( ) As carruagens eram um veículo fechado e puxado por vários cavalos, que levavam os passageiros em viagens. ( ) O carro de boi era usado para cargas pesadas e ainda presta bons serviços aos nossos trabalhadores do campo. ( ) Petrópolis foi a primeira cidade do Brasil a ter a circulação de trens. ( ) Atualmente os bondes ainda circulam na cidade de Petrópolis. 2-Pense bem e responda: a- Qual a relação do Barão de Mauá com o surgimento da ferrovia no Brasil? Explique. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ b- Escreva de forma resumida sobre a circulação dos bondes em Petrópolis. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ c- Escreva de forma resumida sobre o inicio da circulação dos ônibus em Petrópolis? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ d- Petrópolis ganhou destaque com a circulação, pela primeira vez, de um automóvel. Disserte sobre isso. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 42 Segundo o escritor Henrique Rabaço, o Sargento-Mor Bernardo Soares de Proença foi fazendeiro em Suruí, na Baixada Fluminense. Desde 1721 estabelecido com uma sesmaria no vale do Itamarati, região compreendida por parte do primeiro distrito de Petrópolis, prontificou-se a executar um atalho do Caminho Novo pelo vale do rio Piabanha, indo atingir o Porto da Estrela no rio Inhomirim, no fundo da Baia de Guanabara, encurtando o roteiro de Garcia Rodrigues Pais em até 4 dias de viagem, dada a vantagem de percorrer um caminho menos acidentado. O caminho aberto por Bernardo Soares ficou conhecido por Caminho da Serra da Estrela, Caminho dos Mineiros ou Caminho do Ouro. Sobre seu percurso... Começava com o embarque, em pequenos barcos, onde hoje é a atual Praça XV, no Rio de Janeiro, e atravessava a Baía da Guanabara. Subia o rio Inhomirim até o Porto da Estrela. A partir daí, a viagemseguia a cavalo ou em mulas para subir a Serra da Estrela. Chegando ao Alto da Serra, seguia a rua Silva Jardim (antiga Rua dos Mineiros), passava pelo bairro do Itamarati e Unidade II No meio do Caminho Novo havia um Atalho 43 percorria o vale do rio Piabanha (percurso da Estrada União Industria), passando por várias fazendas, entre elas uma muito conhecida dentro de nossa história, a fazenda do Padre Correia (atual Correias), até encontrar o rio Paraíba do Sul. IMPORTANTE! O atalho do Caminho Novo foi concluído em 1725, e é considerado o ponto de partida de inúmeras sesmarias na região, que logo se transformaram em prósperas fazendas. O Caminha Novo assim melhorado proporcionou a intensificação da busca do ouro nas Minas Gerais e foi intitulado oficialmente como via exclusiva de escoamento do ouro. Caminho Novo e os importantes acontecimentos históricos Segundo o escritor Henrique Rabaço, Tiradentes percorreu inúmeras vezes o Caminho Novo, coordenando o apoio dos líderes emancipistas em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Preso, enforcado e esquartejado em 1789, Tiradentes teve os pedaços do seu corpo espalhados ao longo do Caminho Novo com o objetivo de colocar medo e desencorajar seus seguidores. Em 1822, o Príncipe D. Pedro I percorreu o Caminho Novo para ir a Minas Gerais, sendo então bem sucedido ao obter apoio daquela importante Capitania em favor da Independência. D. Pedro I voltou a percorrer o Caminho Novo já como Imperador, ficando hospedado na Fazenda do Padre Correia, localizada em Corrêas – Petrópolis. 44 1-Observe o mapa abaixo: Este atalho do Caminho Novo ficou conhecido por várias denominações diferentes. Dadas as alternativas abaixo apenas uma delas é correta. ( ) Caminho da Serra da Estrela / Caminho dos Mineiros. ( ) Caminho da Serra da Estrela / Caminho dos Imperial. ( ) Estrada das Lajes Soltas de Dom João VI / Caminho dos Mineiros. ( ) Caminho da Serra da Estrela / Caminho do Ouro. 2-Este mapa de ruas de Petrópolis mostra o Bairro Itamarati, com destaque para a RUA BERNARDO SOARES DE PROENÇA. Por que esta rua ganhou este nome? ( ) Bernardo Soares Proença foi o responsável pela abertura do Caminho Velho. ( ) Bernardo Soares Proença foi o responsável pelo atalho do Caminho Novo. Dono de uma sesmaria no Vale do Itamarati. ( ) Bernardo Soares Proença foi um tropeiro que se hospedava na Fazenda Itamarati. ( ) Bernardo Soares Proença foi dono da fazenda do Córrego Seco. 3-Pense bem e responda: a- Qual era o percurso do Atalho do Caminho Novo? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ b- Escreva sobre as pessoas ilustres da nossa história que tiveram ligação com o Atalho do Caminho Novo. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ “O Sargento-Mor Bernardo Soares de Proença prontificou-se a executar o atalho do caminho Novo pelo vale do rio Piabanha...”. História de Petrópolis - Henrique José Rabaço – Instituto Histórico de Petrópolis – 1985, pág 3 45 _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ No caminho Novo havia a Mata Atlântica A Mata Atlântica encontra-se localizada sobre uma imensa cadeia montanhosa litorânea que corre ao longo do Oceano Atlântico, desde o Rio Grande do Sul até o Nordeste brasileiro. O município de Petrópolis está contido neste bioma, conhecido como Floresta Atlântica ou Mata Atlântica, na região da Serra do Mar. As árvores do andar superior alcançam, segundo as condições locais, entre 20m e 30m, com emergentes que podem atingir 40m. O gigante da floresta é o jequitibá rosa, que atinge 40m e pode ter até 5m de diâmetro. A Mata Atlântica encontra-se, infelizmente, em processo de extinção. Isto ocorre desde a chegada dos portugueses ao Brasil (1500), quando se iniciou a extração do pau-brasil, importante árvore da Mata Atlântica. Atualmente, a especulação imobiliária, o corte ilegal de árvores e a poluição ambiental são os principais fatores responsáveis pela extinção desta mata. As principais características da Mata Atlântica são: - presença de árvores de médio e grande porte formando uma floresta fechada e densa; - rica biodiversidade, com presença de diversas espécies animais e vegetais; - árvores de grande porte que formam um microclima na mata, gerando sombra e umidade. - fauna rica, com presença de diversas espécies de mamíferos, anfíbios, aves, insetos, peixes e répteis. 46 Exemplos de vegetação da Mata Atlântica: - Palmeiras - Bromélias, begônias, orquídeas, cipós e briófitas - Pau-brasil, jacarandá, peroba, jequitibá-rosa, cedro - Tapiriria - Andira - Ananas - Figueiras Exemplos de espécies animais da Mata Atlântica: Mico-leão- dourado Tatu- canastra Bugio Arara-azul- pequena 47 Anta Onça Pintada Jaguatirica Capivara UM POUCO DE HISTÓRIA! Quando os portugueses chegaram ao Brasil, a Mata Atlântica ocupava 15% do território: media 13 milhões de km2 e se estendia por toda a costa atlântica, em larguras diferentes. Na região Sudeste, avançava pelo interior do país, próximo às atuais fronteiras da Argentina e do Paraguai. Com tanta abundância de floresta, os portugueses logo começaram a explorá-la. Foi aí que se desenvolveu o primeiro ciclo econômico da colônia: a exploração do pau-brasil, que dava origem a uma espécie de tinta vermelha. Foi por causa dessa atividade tão importante que o país recebeu seu nome. Hoje, a situação da Mata Atlântica mudou muito. Ela está pequenininha, com menos de 8% da sua cobertura inicial. De acordo com dados do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais –, nos últimos 20 anos, sumiram do mapa quase 16mil km2 da mata, o que corresponde a um terço do estado do Rio de Janeiro! 48 A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgaram os novos dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, no período de 2012 a 2013. O estudo aponta desmatamento de 23.948 hectares (ha), ou 239Km², de remanescentes florestais nos 17 Estados da Mata Atlântica no período de 2012 a 2013. Um aumento de 9% em relação ao período anterior (2011-2012), que registrou 21.977 ha. Nos últimos 28 anos, a Mata Atlântica perdeu 1.850.896ha, ou 18.509km2 – o equivalente à área de 12 cidades de São Paulo. Atualmente, restam apenas 8,5% de remanescentes florestais acima de 100ha. Somados todos os fragmentos de floresta nativa acima de 3ha, restam 12,5% dos 1,3 milhões de km2 originais. Noticia: Petrópolis manteve área de Mata Atlântica Tribuna de Petrópolis – Dezembro de 2014 Levantamento feito pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra que Petrópolis não registrou desmatamento na Mata Atlântica no período de 2012 a 2013. O município conta com uma área de 79.580 hectares, sendo 25.175 de vegetação natural. O estudo só identifica como desmatamento áreas acima de 3 hectares. Entre as cidades do Rio de Janeiro que mais desmataram, o levantamento aponta São Fidélis (4ha), Itaguaí (4ha) e Paraty (3ha). Cidades vizinhas a Petrópolis, como Areal, São José do Vale do Rio Preto,Três Rios e Paraíba do Sul também não registraram desmatamentos, segundo o Atlas dos municípios. Dica de Vídeo: WWF Mata Atlântica https://www.youtube.com/watch?v=uJn-baQzEhk http://www.tribunadepetropolis.net/Tribuna/index.php/cidade/14686-petropolis-manteve-area-de-mata-atlantica.html https://www.youtube.com/watch?v=uJn-baQzEhk 49 1-Leia com atenção a história em quadrinhos abaixo: 50 Pense bem e responda: a- De acordo com a história em quadrinhos qual a relação entre a Mata Atlântica e a água? ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ___________________________________________________________ b- Em relação ao desmatamento da Mata Atlântica, compare as informações de Petrópolis com as demais cidades e Estados. ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ___________________________________________________________ c- Cite alguns elementos da fauna e da flora da Mata Atlântica. ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ d- Quais os motivos que levaram a praticamente à extinção da Mata Atlântica no Brasil? ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ 2-A vegetação característica de Petrópolis conta com espécies como o rabo-de-galo (símbolo da APA), angico, a arariba rosa, braúna, cabriúva, jacarandá, jatobá vermelho, óleo pardo, orquídeas e bromélias, entre outras. As espécies vegetais acima pertencem a que tipo de vegetação? ( ) Mangues ( ) Floresta Equatorial ( ) Mata Atlântica ( ) Cerrado 51 Atalho do Caminho Novo e A Nova subida da Serra As semelhanças entre o Atalho do Caminho Novo e a Nova subida da Serra de Petrópolis são curiosas. Ambas foram planejadas para encurtar o caminho e para diminuir o número de acidentes. Você já conhece a história do atalho do Caminho Novo. Agora vamos conhecer a nova subida, que está sendo construída para ligar Petrópolis ao Rio de Janeiro. Para entender melhor sobre a importância do projeto é necessário lembrar que... Dois trechos da BR-040 têm grande importância na história das rodovias brasileiras. • O trecho entre Petrópolis e Juiz de Fora compreendia a Estrada União e Indústria, a primeira rodovia brasileira, inaugurada em 23 de junho de 1861 por Dom Pedro II. Este trecho foi substituído pela atual Rio-Juiz de Fora em 1980. • O trecho Rio-Petrópolis, conhecido como Rodovia Washington Luís, foi inaugurado em 25 de agosto de 1928, pelo Presidente da República, Washington Luís, e tornou-se o primeiro asfaltado do Brasil em 1931. A Nova Subida da Serra é um importante investimento da Concer para a infraestrutura viária do Brasil. O projeto prevê a construção de uma pista com aproximadamente 20 quilômetros de extensão que substituirá a atual Rio- Petrópolis, trecho da BR-040 em operação desde 1928 que apresenta um 52 traçado sinuoso, sem acostamento e que não mais comporta o crescente volume de tráfego. Uma vez em operação, a nova pista trará uma série de benefícios sociais, econômicos e ambientais, reduzindo o tempo de viagem e ampliando a segurança viária para milhares de pessoas que dependem da BR-040 no dia a dia de suas atividades. A Nova Subida da Serra acompanhará, em parte, o traçado da atual pista de descida da serra, tendo início a partir do km 102, no distrito de Xerém, em Duque de Caxias. O projeto de construção agrega um conjunto de programas e ações para reduzir e compensar o impacto ambiental da obra, que será executada em um prazo de até 36 meses, a contar do primeiro semestre de 2013. A previsão é de que o volume de tráfego continue crescendo em função de grandes eventos como as Olimpíadas de 2016 e empreendimentos de porte no Estado do Rio de Janeiro, como: - Arco Metropolitano do Rio de Janeiro; - Polo Petroquímico em Itaboraí; - Construção e Operação do complexo do Grupo EBX no Porto de Açu; - Recuperação da indústria naval do Estado do RJ; - Polo Gás-Químico em Duque de Caxias; - Proximidade dos portos de Sepetiba e do Rio de Janeiro. Dica de vídeo: Nova Subida da Serra de Petrópolis https://www.youtube.com/watch?v=snDx9B0tGR8 https://www.youtube.com/watch?v=snDx9B0tGR8 53 REGRAS DE TRÂNSITO Alguns fatores podem ser decisivos na hora de transitar com segurança nos mais diversos meios de transporte, como a manutenção constante e a capacitação adequada do condutor. Existe, porém, outro ponto decisivo na segurança das viagens: os próprios passageiros. Confira abaixo quais são as regras nos principais meios de transporte: 1. Automóveis Mesmo no banco de trás, o cinto é fundamental; o comportamento dos passageiros, especialmente crianças, é decisivo para a segurança. Os passageiros devem evitar situações que possam dispersar a atenção do condutor. Vale lembrar também que o uso do cinto de segurança para os que se sentam no banco de trás é obrigatório e indispensável (art. 65 do CTB) para a segurança de todos que estão no veículo. É aconselhável também não colocar parte do corpo para fora do veículo, seja por meio das janelas ou do teto solar (para os motoristas, de acordo com o artigo 252 do Código de Trânsito Brasileiro, essas atitudes geram infração de natureza leve com multa). Além disso, arremessar coisas para fora do veículo é uma infração média. O infrator deverá pagar multa e terá pontos na carteira. Dica de vídeo: A importância de seguir as regras do Trânsito https://www.youtube.com/watch?v=kDePFCX0tVU http://www.ctbdigital.com.br/?p=Artigos&artigo=65&campo_busca= 54 2. Motocicletas Para que o passageiro contribua para a segurança no momento da viagem de motocicletas, ciclomotores e motonetas, deve primeiramente utilizar o capacete e roupas apropriadas que devem ser como as do condutor: calças, jaquetas ou camisas de manga longa e sapatos fechados, como botas ou tênis. Ele deverá subir na moto após o condutor, apoiar os pés com firmeza nas pedaleiras e sentar-se próximo ao piloto segurando em sua cintura ou quadril. É importante que quem estiver na garupa mantenha as pernas e a roupa longe do motor e de outras partes que se possam constituir em perigo. Acompanhar os movimentos e a inclinação do corpo do piloto nas curvas e confiar nos conhecimentos do motociclista, bem como evitar tirar a atenção deste, são atitudes fundamentais para auxiliar na concentração do condutor para as manobras necessárias. 3. Transporte coletivo terrestre Seja em ônibus, metrôs ou trens, o passageiro também colabora com a segurança na hora de ser transportado. Um costume que causa bastante confusão nos transportes coletivos brasileiros é escutar músicas sem fone de ouvidos. Além de causar incômodos aos passageiros, essa atitude pode dispersar a atenção do condutor. Em alguns estados brasileiros, essa atitude gera multa. O passageiro também deve falar com o motorista somente o indispensável, como possíveis dúvidas sobre onde descer por exemplo. Se houver cinto de segurança, é importante que o passageiroutilize, ainda que seja durante viagens curtas. 55 1- Complete as afirmações abaixo com as palavras que você encontrar no caça- palavras: U T A O M N P S Z C S F W N R S L K O E I O I F I A I E E D I V E I T N S S S A H T K L A T F A T W D H O J C J J S E C D O Q C I E K A G H U D A P D E I N I Ç L F T B S P L E T C G N L O E R I Z A A S R L T D M N W D D C C C E Y Í O U N I E S A V E A G U S N S B B T X D A T S U I T L T V U U D A Q E X R O A U R M S L T S A R F A P F I I C A D Q E X F C N Ç F S A Ó V I G R B V S Ç L H B Z X B S Y R L M A A K J N B Z N A S A M Á F X R O K a- Primeira rodovia brasileira inaugurada em 1861 por D. Pedro II. __________________________________________________. b- Nome da rodovia inaugurada em 1928 que se tornou a primeira asfaltada do Brasil. ________________________________________________. c- Nome dado ao projeto que substituirá a atual Rio-Petrópolis, trecho da BR 040. ___________________________________________________. d- Dispositivo de segurança obrigatória prevista no Art. 65 do CTB para todos os passageiros de automóveis e ônibus. _________________________________________________. e- Meio de transporte coletivo em que o passageiro não pode escutar música sem fone de ouvido e em que se deve falar ao motorista somente o indispensável. ________________________________________________. f- Dispositivo de segurança essencial para motociclistas. _______________________________________________. 56 Ecoturismo em Petrópolis Trilhas para Caminhadas Ecológicas O que é Ecoturismo? Segundo a Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), o Ecoturismo é um segmento da atividade turística que utiliza de forma sustentável o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem estar das populações envolvidas. PARA SABER MAIS! O Turismo é a atividade do setor terciário que mais cresce no Brasil. O segmento do ecoturismo é o de maior crescimento (20% ao ano), dado o interesse recente da opinião pública por atividades e discussões relativas ao meio ambiente e ao estresse da vida cotidiana nos grandes centros urbanos. Para que uma atividade se classifique como ecoturismo, é necessário quatro condições básicas: respeito às comunidades locais; envolvimento econômico efetivo das comunidades locais; respeito às condições naturais e conservação do meio ambiente e interação educacional - garantia de que o turista incorpore para a sua vida o que aprende em sua visita, gerando consciência para a preservação da natureza e dos patrimônios histórico, cultural e étnico. O nome “ecoturismo” é novíssimo. Surgiu oficialmente em 1985, mas somente em 1987 foi criada a Comissão Técnica Nacional, constituída pelo Ibama e a Embratur, ordenando as atividades neste campo. http://www.trilhaseaventuras.com.br/atividades/materia.asp?id=108&id_atividade=2 57 Possibilidades e Impactos do Ecoturismo Como quaisquer atividades econômicas, em especial aquelas desenvolvidas em áreas naturais, o ecoturismo pode produzir impactos, benéficos ou negativos. De uma maneira geral, é possível apontar-se como IMPACTOS POSITIVOS das atividades do ecoturismo: geração de emprego, renda e estimulo ao desenvolvimento econômico em vários níveis (local, regional, estadual e nacional); possibilidade de melhoria de equipamentos urbanos e de infraestrutura (viária, sanitária, médica, de abastecimento e de comunicações); ampliação dos investimentos voltados à conservação de áreas naturais e bens culturais; fixação das populações graças à geração de emprego e renda; sensibilização de turistas e populações locais para a proteção do ambiente, do patrimônio histórico e de valores culturais; estimulo à comercialização de produtos locais de qualidade e intercâmbio de ideias, costumes e estilos de vida. Por outro lado, o ecoturismo também pode produzir como IMPACTOS NEGATIVOS: incremento do consumo de recursos naturais, podendo levar ao seu esgotamento; consumo do solo e transformação negativa da paisagem pela implantação de construções e infraestrutura; aumento da produção de lixo e resíduos sólidos e efluentes líquidos; aumento do custo de vida, supervalorização dos bens imobiliários e consequente perda da propriedade de terras, habitações e meios de produção por parte das populações locais; geração de fluxos migratórios para áreas de concentração turística e adensamentos urbanos não planejados. Dica de vídeo: Ecoturismo https://www.youtube.com/watch?v=BKD8y6JnqhY https://www.youtube.com/watch?v=BKD8y6JnqhY 58 TRILHAS PARA CAMINHADAS ECOLÓGICAS EM PETRÓPOLIS Caminhada Semipesada – Alcobaça Clássico. Uma das montanhas mais bonitas de Petrópolis, possui também uma das melhores vistas. Caminhada que começa num bonito vale e que possui no seu final trechos íngremes e escorregadios. Duração: 1,5 a 3 horas de subida Dificuldade técnica: média; trilha com trechos íngremes, sendo alguns relativamente expostos Orientação: fácil Distância aproximada: 2,5km (ida) Altitude: 1.810m Não deixe de levar: boné ou chapéu e filtro solar Quando ir: ano todo Caminhada Leve – Caminho do Ouro Aberto em 1723, marcou o início da colonização de Petrópolis. Este lindo caminho de pedras pela floresta também é conhecido como Estrada da Serra Velha, Caminho Novo ou Atalho do Proença, pois foi aberto por Bernardo Proença como um atalho para o antigo caminho do ouro, que passava por Parati. Duração: 2 a 3 horas Dificuldade técnica: baixa Orientação: fácil Distância aproximada: 6,5km Não deixe de levar: bota e calça comprida Quando ir: ano todo Caminhada Leve Superior - Cobiçado Clássico. Linda montanha com cume pontiagudo na região do Caxambu. Caminhada passa por uma pitoresca estradinha que contorna a vertente norte da montanha até pegar a crista final, com uma forte subida com 350m de desnível. A subida do Cobiçado é o ponto de partida para a Travessia Cobiçado – Ventania, uma das trilhas mais bonitas da Serra. Duração: 1,5 a 2,5 horas de subida Dificuldade técnica: baixa; caminhada por estradinha e trilha aberta Orientação: fácil Distância aproximada: 3,5km (ida) Altitude: 1.678m Não deixe de levar: boné e filtro solar Quando ir: ano todo 59 Caminhada Semipesada – Maria Comprida Clássico. Trilha técnica e fisicamente exigente para vencer a montanha que tem a maior parede rochosa vertical do estado, e foi importante referência para os antigos viajantes que passavam pelos caminhos do ouro. Para quem gosta de aventura e tem muita disposição. Duração: 3 a 5 horas de subida Dificuldade técnica: alta; caminhada por trilha íngreme, com diversos trechos expostos, alguns com cordas fixas. É imprescindível ter no grupo pelo menos um montanhista experiente. Orientação: fácil, praticamente não há bifurcações Distância aproximada: 3,0km (ida) Altitude: 1.926m Não deixe de levar: bastante água, lanterna, 2 cordas de uns 20m cada uma Quando ir: ano todo, dando preferência para a estação seca Caminhada Leve – Meu Castelo Super clássico. Uma das trilhas mais frequentadas de Petrópolis. O nome se deve à curiosa formação rochosa do cume, que lembra um castelo de pedras. A trilha é suave e passa por um lindo trecho na mata. Ótima opção para os novatos e para levar as crianças. Duração: 40 minutos a 1,5 horas de subida Dificuldade técnica: baixa, trilha aberta com alguns trechos em lajes de pedra Orientação: fácil Distância aproximada: 2,6km (ida) Altitude: 1.245m Quando ir: ano todo Caminhada Semipesada – Morro Açu Clássico dos Clássicos! O Morro Açu é a montanha mais querida dos montanhistas e aventureiros petropolitanos. Seu acesso é por uma longatrilha que passa por um lindo vale com diversas cachoeiras e riachos, seguido de um trecho de fortes subidas, e finalmente passando por um trecho conhecido como Chapadão, com lajes de pedras e vegetação de campos de altitude. No topo, o destaque fica para a formação rochosa chamada “Castelos do Açu”, com blocos de granito onde existem passagens e abrigos naturais. Temperaturas em torno de 0ºC nas noites de inverno. Duração: 2,5 a 5 horas de subida com mochila leve ou 5 a 8 horas de subida com mochila cargueira (neste caso a classificação passa a ser caminhada pesada). 60 Dificuldade técnica: baixa Orientação: dificuldade média, trilha indefinida nas lajes de pedra do Chapadão. É recomendável ter no grupo pelo menos um montanhista experiente. Distância aproximada: 8km (ida) Altitude: 2.218m Não deixe de levar: Agasalho e lanterna Quando ir: ano todo Caminhada Leve - Pedra do Cortiço Um clássico. Trilha fácil e rápida, que leva a um lindo cume com vista para a Baía da Guanabara. Duração: 30 a 50 minutos de subida Dificuldade técnica: baixa; caminhada por trilha com algumas erosões Orientação: fácil Distância aproximada: 1,4km (ida) Altitude: 1.121m Não deixe de levar: binóculo Quando ir: ano todo Caminhada Leve Superior - Pedra do Retiro Clássico. Caminhada por trechos de mata e depois crista, com vistas para a cidade de Petrópolis e para praticamente todas as montanhas do município. Nas encostas da Pedra do Retiro, nasce o Rio Piabanha, principal rio petropolitano. Duração: 1 a 2 horas de subida Dificuldade técnica: baixa; caminhada por trilha com alguns trechos erodidos e um trepa- pedra isolado Orientação: fácil Distância aproximada: 2,3km (ida) Altitude: 1.541m Não deixe de levar: água Quando ir: ano todo Existem outras trilhas para caminhadas ecológicas. Veja no site: http://www.pcvb.com.br/turismo/veja/atrativo-turistico-ecoturismo- caminhadas-ecologicas-trekking-trilhas-petropolis http://www.pcvb.com.br/turismo/veja/atrativo-turistico-ecoturismo-caminhadas-ecologicas-trekking-trilhas-petropolis http://www.pcvb.com.br/turismo/veja/atrativo-turistico-ecoturismo-caminhadas-ecologicas-trekking-trilhas-petropolis 61 1-Este quadrinho tem como ideia central a questão do ecoturismo influenciando diretamente o cotidiano das comunidades onde ele é praticado. O exemplo do quadrinho é um bando de leões, mas poderia ser também uma comunidade qualquer. Escreva em seu caderno sobre o assunto em questão. 62 2-Use sua criatividade e crie um pacote de viagem que incentive o ECOTURISMO. Ofereça vantagens, serviços, acomodações e lembre-se de promover a proteção ao meio ambiente. __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 3-Monte um quadro apresentando algumas vantagens e desvantagens da prática do ECOTURISMO. 4-Escolha duas trilhas de caminhadas localizadas em Petrópolis e produza um texto incentivando um amigo a acompanhá-lo nesta aventura. Não se esqueça de fornecer informações importantes sobre a trilha como: o que levar, tempo de duração, dificuldade, distância, altitude... __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ VANTANGENS ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ DESVANTANGENS ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ 63 Descobrimos que nossa cidade oferece aos turistas inúmeras trilhas ecológicas com paisagens deslumbrantes e aventura de primeira! Você está convidado a descobrir uma nova trilha: a dos Índios Coroados. Foram eles que viveram onde você vive atualmente. Vamos conhecer um pouco desta história! Caminhada Ecológica – Trilha dos Índios Coroados A trilha é uma antiga passagem entre a Fazenda Inglesa e Araras e Rio da Cidade, região dominada por Índios Coroados entre os séc. XVIII e XIX. Os primitivos ocupantes do solo petropolitano foram os índios. A denominação “Sertão dos Índios Coroados”, inicialmente dada às terras que hoje constituem o município de Petrópolis, nos leva à conclusão de que estes índios aqui habitavam. Eram assim denominados pelos portugueses porque cortavam os cabelos de maneira a formar uma espécie de coroa enrolada no alto da cabeça. “Sertão” eram assim denominados locais isolados no interior do Brasil, longe o bastante das primeiras vilas e cidades. A Serra dos Órgãos era considerada um Sertão, local de índios bravios e grande presença de natureza desconhecida e selvagem. A trilha foi descoberta na década 70. Os primeiros moradores da região encontraram nos rios e trilhas vestígios de objetos dos coroados. Unidade III Quem vivia onde eu i ? 64 Sinal de retirada – Índios Coroados. Jean Baptiste Debret A descoberta de vestígios de objetos indígenas nos rios de Petrópolis reforçou a tese de que, na realidade, muitas picadas no caminho para Minas Gerais e que posteriormente foram aproveitadas pelos colonizadores, na realidade foram abertas pelos índios em seus movimentos migratórios. Os primeiros contatos com estes índios datam de 1730, e sabe-se que são de origem dos puris. Suas habitações eram feitas de madeira e cobertas com folhas e bambus. Segundo a pesquisadora Jany Limongi, os Coroados dividiam-se em pequenas tribos, constituídas por famílias entrelaçadas e parentes chegados. Suas aldeias eram formadas de ranchos com vários tamanhos e configurações. Imagem dos Índios Coroados 65 Os coroados alimentavam-se quase que exclusivamente de frutas. A caça era uma alimentação secundária. Os coroados não usavam no corpo objetos decorativos. Suas povoações ficavam às margens dos rios, em lugares abrigados em morros de altitudes elevadas. Determinados grupos costumavam dormir em redes, usavam arco e flecha, utensílios de pedra, pratos e tigelas feitos de cabaças (espécie de cuias) e folhas trançadas. As pesquisas também os apontam como sendo um grupo que vivia guerreando entre si. Por possuírem uma índole feroz nos combates entre si ou com outras nações indígenas, comportavam-se com crueldade sem limite. Alguns foram sendocristianizados e passaram a trabalhar com os colonos na abertura de estradas, nas lavouras, como tropeiros ou canoeiros e sua cultura acabou sendo absorvida. Com o crescimento da colonização, aconteceu com os coroados que viviam na região que seria no futuro Petrópolis o mesmo que ocorreu no resto do Brasil - as tribos foram dizimadas. Os índios que sobravam após sangrentas batalhas passaram a perambular entre o rio Preto e o Paraíba, atacando as famílias que residiam no Tinguá, Paty do Alferes e outros povoados ao longo do Caminho Novo. 66 Segundo a escritora Vera Abad, a localidade de Rio da Cidade ganhou esse nome por ser onde se encontrava a maior população indígena da região, no sopé da Serra do Facão, na cabeceira de um rio que os portugueses chamaram de Rio da Cidade dos Índios. Com a colonização, o Sertão dos índios Coroados passou a ser chamar Serra Acima do Inhomirim, porque a região estava subordinada à paroquia de Nossa Senhora da Piedade de Inhomirim, na raiz da Serra. Os colonizadores usaram os nomes dados por estes índios aos rios e aos morros que cercavam suas aldeias. Vamos conhecer alguns nomes indígenas. Piabanha – peixe machado Itamarati – pedra que brilha Arara – ave colorida Carangola – água que corrói Inhomirim – campo pequeno Itaipava – elevação de pedra Taquara – caniço furado Samambaia – broto enrolado Açu - grande 67 1- Os colonizadores usaram os nomes dados por estes índios aos rios em cujas margens eles abriam picadas para caça e pesca e aos cumes dos morros que cercavam suas aldeias. Marque a opção que NÃO corresponde a nome de origem indígena: ( ) Piabanha – peixe manchado ( ) Arara – ave colorida ( ) Itaipava – elevação de terra ( ) Siméria – caniço furado 2-Vamos montar um quadro apresentando as principais características dos índios coroados: Aldeia e Moradia ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ ____________________________________ Costumes e Utensílios ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ Alimentação e Caça _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ _________________________________ Guerras e Conflitos __________________________________ __________________________________ __________________________________ __________________________________ __________________________________ 68 4-LEIA O SAMBA-ENREDO E RESPONDA: Serra Acima, Rumo a Terra dos Coroados Natureza... Os nativos coroados Sinais de rica cultura A densa neblina cobre a mata O ciclo do ouro ao barroco nos levou Dom Pedro Primeiro Com essa terra se encantou O delírio imperial Foi herança que ficou Pedro Segundo, coroado Jovem ainda se engalana Depois de se coroar É inspirado a criar A bela cidade Serrana Major projetou Petrópolis Colonizada ganha a "Baronesa" O Palácio de Cristal, onde a princesa A – Quem foram os Coroados? R________________________________________________________________ B – De acordo com o samba, quem se encantou por essas terras e por quê? R________________________________________________________________ C – Quem foi inspirado a criar a bela cidade Serrana? R________________________________________________________________ D – Quem ajudou a projetar Petrópolis? R________________________________________________________________ E – Transcreva o trecho da música que menciona a relação de Petrópolis com o período da mineração no Brasil. R_______________________________________________________________ Realizou o baile da Abolição Então a República Traz a burguesia para a mesa No cassino, luz acesa E o show vai começar A Cidade Imperial continua a encantar Serra Acima Rumo a terra dos coroados Porto da Pedra vem exaltar E coroada hoje vai te coroar Enredo: Cahe Rodrigues Samba-enredo Evaldo Melodia, Ernesto do Cavaco e Beto Grande 69 Relevo de Petrópolis O relevo de Petrópolis é caracterizado pela Serra dos Órgãos e o Planalto da Bocaina, juntamente com a da Serra do Mar. Ao sul da Serra tem-se a Baixada Fluminense e, ao norte, as "meias laranjas" ou "mar de morros", relevo esse que continua até a Zona da Mata mineira. A leste se tem a continuação da Serra do Mar, com cidades serranas como Teresópolis e Nova Friburgo. A oeste, o relevo tende a possuir menos escarpas íngremes e altas, onde se encontram cidades como Miguel Pereira e Paty do Alferes. Nesta região ainda há remanescentes de Floresta de Mata Atlântica. Imagem do Google Earth – Visão aérea da cidade de Petrópolis 70 Os solos dominantes são profundos, de textura argilosa, bem drenados, ácidos e de baixa fertilidade natural e alta saturação de alumínio. Infelizmente, o município sofre, principalmente nas épocas de chuvas, com deslizamentos provocados tanto por causas naturais, como por ações antrópicas, ou seja, do ser humano. Localização dos principais picos das Serras de Petrópolis. 71 O depósito de lixo nas encostas, a urbanização sem qualquer tipo de engenharia e a devastação da vegetação causam um ambiente propício a esses eventos, causando até casos fatais. O município de Petrópolis assenta-se em ramificações da Serra do Mar, denominada serra dos Órgãos e da Estrela. Recebeu este nome em virtude das pontas agudas que, vistas de longe, se assemelham a tubos de um órgão. Estrela, pela razão de avistarem os viajantes do interior a estrela Vésper, bem por cima da serra. Encontram-se no município as seguintes pequenas serras: Caxambu, Malta, Taquaril, Marcos da Costa, Maria Comprida - onde se vê interessante ponta granítica -, Gerla, Mundo Novo, Tubatão, Jacuba. Perfil dos Morros e Montanhas 72 Os montes mais conhecidos são: Cambota, Cedro, Cantagalo, Tapera, Bandeira, Bela Vista, Glória, Pereira, Sertão, Rosa, Santa Rita, Galeão, Viúva, Preguiça, Sapucaia e Alcobaça - com lindo pico granítico -, Pedra do Retiro, Seio de Vênus, Cortiço. Na divisa do Município de Teresópolis há uma seção da serra dos Órgãos, conhecida por serra Açu, onde se encontra a Pedra Açu, que é o pico culminante da serra do Mar, o qual tem aproximadamente 2.232 metros. DESLIZAMENTO DE ENCOSTAS Os principais fenômenos relacionados a desastres naturais em Petrópolis são os deslizamentos de encostas e as inundações, que estão associados a eventos chuvas intensos e prolongados, repetindo-se a cada período chuvoso mais severo. Apesar das inundações serem os processos que produzem as maiores perdas econômicas e os impactos mais significativos na saúde pública, são os deslizamentos que geram o maior número de vítimas fatais. Os deslizamentos de encostas são fenômenos naturais, que podem ocorrer em qualquer área de alta declividade por ocasião de chuvas intensas e prolongadas. Pode-se mesmo dizer que, numa escala de tempo geológica (milhares de anos), é certo que algum deslizamento vai ocorrer em todas as encostas. 73 No entanto, a remoção da vegetação original e a ocupação urbana tendem a tornar mais frágil o equilíbrio naturalmente precário, fazendo com que os deslizamentos passem a ocorrer em escala humana de tempo (dezenas de anos ou mesmo anualmente). A remoção da vegetação, a execução de cortes e aterros instáveis para construção de moradias e vias de acesso, a deposição de lixo nas encostas, a ausência de sistemas de drenagem de águas pluviais e coleta de esgotos,
Compartilhar