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1 Aspectos clínicos e laboratoriais no diagnóstico das leucemias_aula-1

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Professor Rogério Argeri
Aspectos clínicos e laboratoriais no 
diagnóstico das leucemias
Maturação Celular (revisão)
Mieloblasto; promielócito; mielócito; 
metamielócito; bastonete; segmentado
Monoblasto; promonócito, monócito
Maturação Celular – Mielóide (revisão)
Megacarioblasto
Promegacariócito
Megacariócito
Definição
Leucemias = grupo heterogêneo de neoplasias hematológicas resultantes da
proliferação anormal de progenitores ou precursores hematopoéticos
(células leucocitárias: mielógenas ou linfógenas), com origem na medula
óssea e, o qual ocasiona um acúmulo de células anormais no sangue
circulante.
Neoplasia maligna → origem na medula óssea → atinge o sangue
linfócito
❑ Classificação – tipo celular
Mielóide: a linhagem dos mielócitos é afetada.
Linfóide: a linhagem dos linfócitos é afetada.
Leucemia mielóide aguda (LMA)
Leucemia linfóide aguda (LLA)
Leucemia mielóide crônica (LMC)
Leucemia linfóide crônica (LLC)
Classificação – leucemia
❑ Definição
▪ Leucemias agudas: caracteriza-se pela proliferação autônoma e descontrolada de
progenitores ou precursores, estas células recebem a denominação de blastos.
Essas células são incapazes de se diferenciar em células maduras, devido a um
bloqueio de maturação (anaplasia) = grande marco fisiológico da doença.
✓ Presença de blastos na medula óssea e no sangue periférico.
▪ Leucemias crônicas: caracteriza-se pela proliferação autônoma e descontrolada de
células maduras derivadas de clones neoplásicos mais jovens que conseguiram
seguir o processo normal de maturação.
✓ Presença de células maduras na medula óssea e no sangue periférico.
❑ Classificação – curso clínico
▪ Leucemia aguda:
• presença de células imaturas no sangue;
• evolução rápida;
• alto risco de mortalidade.
✓ Células leucêmicas não conseguem realizar as funções dos glóbulos brancos normais.
✓ Ocupam a medula óssea→ reduz produção de glóbulos vermelhos e plaquetas.
▪ Leucemia crônica:
• presença de células maduras no sangue;
• evolução lenta.
✓ No início da doença, as células leucêmicas ainda conseguem realizar as funções
dos glóbulos brancos normais.
✓ Geralmente é descoberta durante exames de rotina.
✓ Se agrava lentamente → a medida que o número de células leucêmicas aumenta.
❑ Idade de acometimento
▪ LMA = sua incidência começa a se elevar a partir dos 15 anos e tende a
aumentar progressivamente com a idade.
▪ Maior incidência no sexo masculino.
- 15-20% (crianças/adolescentes); 80% (adultos)
▪ LLA = mais comum na infância (90% casos)
- Pico incidência: 2-10 anos
- Mais comum em brancos com discreta predominância no sexo masculino
(57%).
- Pode ocorrer em adultos, mas o prognóstico é pior.
▪ LMC = pico na fase adulta entre 45-55 anos.
- Pode ocorrer em crianças (2% casos).
- Discreto predomínio sexo masculino.
❑ Idade de acometimento
▪ LLC = acomete idosos (>60 anos) com preferência para sexo masculino.
- Não é vista em pessoas com menos de 30-40 anos de idade.
- Não acomete crianças.
❑ Epidemiologia
▪ Leucemias agudas = Incidência: 8-10 casos/10.000 habitantes/ano.
✓ Ocupa 9º lugar no ranking das neoplasias no Brasil.
▪ Leucemias crônicas = Incidência: 1,6 casos/10.000 habitantes/ano.
❖ Em relação aos TIPOS DE LEUCEMIA, temos a
seguinte distribuição do total de casos (%):
1. LMA 45%
2. LLC 30%
3. LMC 15%
4. LLA 10%
❑ Epidemiologia
Estimativas de novos casos: 10.800, sendo 
5.940 homens e 
4.860 mulheres (2018 - INCA).
Número de mortes: 6.837, sendo 
3.692 homens e 
3.145 mulheres (2015- Atlas de Mortalidade por Câncer)
https://www.inca.gov.br/estimativa/sintese-de-resultados-e-comentarios
https://www.inca.gov.br/estimativa/estado-capital/brasil
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/leucemia
❑ Etiologia 
→ Causa é DESCONHECIDA 
▪ Fatores desencadeantes: meio ambiente
- Radiação ionizante
- Quimioterápicos e agentes químicos (benzeno)
- Vírus (capazes de se incorporar ao genoma tornando-as instáveis)
▪ Fatores desencadeantes: genéticos
- Doenças genéticas: síndrome de Down → genoma mais frágil; anemia de
Fanconi (caracterizada por pancitopenia progressiva com falência da medula óssea)
- Disfunção crônica da medula óssea: Mielofibrose → tecido fibroso (ou cicatricial)
“brilho da morte” - como foi apelidado o cloreto de césio
Em setembro de 1987, município de Goiânia,
ocorreu o maior acidente radioativo no Brasil,
quando uma amostra de césio-137, removida
de um aparelho de radioterapia abandonado no
ferro velho, foi manipulada inadvertidamente
por parte da população. A radiação:
✓ matou 11 pessoas e
✓ contaminou mais de 600
✓ cerca de 100 mil foram expostas à radiação.
http://educacao.globo.com/artigo/cesio-137-o-maior-acidente-radiologico-do-brasil.html
As atividades de descontaminação produziram
mais de 13 mil toneladas de lixo atômico.
O objetivo do dono do ferro-velho, era
aproveitar o metal da cápsula, mas o brilho
azulado emitido pelo cloreto de césio no escuro
- que em condições normais é semelhante ao
sal de cozinha - chamou a sua atenção. Logo,
decidiu levar o material para casa, distribuindo-
o entre familiares e amigos. Sua sobrinha,
Leide das Neves, ingeriu partículas do material
misturado a um ovo cozido.
http://curtaaquimica.blogspot.com.br/2013/09/radiacao-parte-1-o-cesio-137-e-o.html
Saúde Pública e o Meio Ambiente
Só para empresas terceirizadas foram pagos mais de R$ 700 mil 
nos primeiros sete meses de 2017. Dinheiro público!!!
Foram 13 anos de extração de urânio.
São mais de 12.500 toneladas de resíduo.
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/09/lixo-nuclear-de-extinta-mina-de-uranio-ocupa-area-de-cem-maracanas.html
Saúde Pública e o Meio Ambiente
❑ Etiologia
- PROTO-ONCOGENES = codificam proteínas reguladoras do ciclo celular, que
são responsáveis pelo crescimento, multiplicação e diferenciação celular.
- GENES SUPRESSORES DE TUMOR = codificam proteínas capazes de bloquear a
divisão celular ou induzir a apoptose de células com material genético alterado.
Desconhecida → influenciada por
fatores genéticos e ambientais.
Mutações que levam a:
▪ expressão de ONCOGENES ou
▪ inibição da expressão de GENES
SUPRESSORES de tumor.
Etiologia - Oncogenes
https://www.youtube.com/watch?v=82n9ZF5ByrU
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/oncogenes-e-genes-supressores-do-tumor/8161/73/
❑ Quando um PROTO-ONCOGENE sofre mutação ou aumento de expressão gênica (muitas cópias), torna-se
um gene "ruim“, que pode ficar permanentemente ativado.
❑ Quando isso acontece, a célula cresce fora de controle, o que pode levar ao câncer. Este gene ruim é
chamado de ONCOGENES.
Oncogenes - neoplasias
Leucemias Agudas
Leucemia Mielóide Aguda
Leucemia Linfóide Aguda
❑ Leucemias agudas - Patogênese
De onde vem o clone neoplásico da leucemia aguda?
▪ Célula progenitora/ precursora → mutação → incapaz de prosseguir na
diferenciação hematopoiética.
▪ Essa célula não vai além da forma jovem e se prolifera
descontroladamente → ocupa a medula óssea → impede crescimento e
diferenciação das células normais.
❑ Leucemia aguda – Evolução
 Como evolui a leucemia aguda?
- Blastos leucêmicos infiltram primeiramente a medula óssea, podendo chegar a
ocupar 80-100% do total de células nucleadas.
- Primeira consequência → supressão da hematopoese normal → pode culminar em
pancitopenia (↓ glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas) = MARCO CLÍNICO DA DOENÇA.
- Blastos são lançados na corrente sanguínea → Leucemia → normalmente causam
leucocitose.
- Blastos não amadurecem→ não realizam nenhuma função biológica→ reduz defesa
imunológica do paciente.
- Blastos podem infiltrar alguns órgãos: linfonodos, baço, fígado, gengiva, SNC,
meninges, testículos, pele, etc.
- Paciente vai a óbito pela infiltração tecidual maciça = ocasiona falência orgânica →
e/ou pela pancitopenia grave e suas consequências (anemia, infecção, hemorragia).
❑ Leucemia aguda - Patogênese
❑ Assim, a leucemia mielóide apresenta 8 subtipos, de acordo com a célula que
sofreu a mutação(M0-M7).
- Célula-tronco “STEM CELL” (hemohistioblasto)
- Célula progenitora mielóide (hemocitoblasto)
- Célula precursora (mieloblasto, monoblasto, eritroblasto, megacarioblasto)
A IDENTIFICAÇÃO PRECISA DO SUBTIPO DE LMA OU LLA É FUNDAMENTAL 
PARA O PROGNÓSTICO, TRATAMENTO E ACOMPANHAMENTO.
❑ Na leucemia linfóide, a mutação pode ocorrer na célula pré-T ou pré-B.
- 80% casos (linhagem B) e 20% (linhagem T).
➢ Qualquer célula progenitora/precursora pode sofrer a mutação.
❖ Leucemia Mielóide Aguda
- Anemia (palidez, fraqueza)
- Infecção e febre (granulocitopenia)
- Púrpuras e hemorragias (plaquetopenia)
- Outros sintomas são decorrentes da infiltração
leucêmica de órgãos e tecidos = Dores ósseas/
reumáticas, esplenomegalia, linfadenopatia,
Se relaciona com 
insuficiência 
hematopoética
medular
A LMA progride rapidamente e as células mielóides interferem na produção 
normal de glóbulos brancos e vermelhos e de plaquetas.
▪ É a leucemia mais comum, afetando uma
faixa etária mais ampla.
Púrpuras
esplenomegalia
▪ Achados laboratoriais:
- Hemograma =
✓ Anemia: normocítica/normocrômica sem reticulocitose
✓ Plaquetopenia (25% pacientes <25.000 plaquetas) e
✓ leucometria variável.
- Leucócitos:
✓ 50% - 5.000 e 50.000 cél/mm3
✓ 25% - > 50.000 cél/mm3
✓ 25% - < 5.000 cél/mm3
LMA
VR normal:
❑ A leucocitose é representada por:
✓BLASTOS e NEUTROPENIA: comum 70% BLASTOS, com:
→ mais de 1 nucléolo, grânulos azurófilos, presença bastão de Auer.
Blastos da LMA são um pouco maiores que os da LLA e 
geralmente possuem grânulos azurófilos em seu citoplasma 
define linhagem granulocítica.
LMA
Mieloblastos: citoplasma dos blastos mielóides com
abundante granulação azurofílica.
Linfoblastos
Presença de bastonetes de Auer é 
patognomônica da LMA.
LMA
▪ Bastonete de Auer
→ são inclusões citoplasmáticas compostas de mieloperoxidase e enzimas 
lisossomais da linhagem granulocítica, que adquiriram o formato de “agulha”.
Apresentam-se como agrupamento de grânulos azurófilos nos blastos.
Mieloblastos com bastão de Auer
(identificado na ponta da seta laranja)
Essas inclusões citoplasmáticas foram
assim denominadas em homenagem
ao fisiologista estadunidense John
Auer (1875-1948).
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fisiologia
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=John_Auer&action=edit&redlink=1
Bastão de Auer em paliçada
❑ Diagnóstico: 
 Confirmação diagnóstica = MIELOGRAMA
✓ Aspirado da MEDULA ÓSSEA coletado normalmente da crista ilíaca. 
- número de blastos na medula óssea for maior ou igual a 20% = OMS.
- número de blastos na medula óssea for maior ou igual a 30% = FAB.
Classificações morfológicas das LMA:
Franco-Americana-Britânica (FAB)
Organização Mundial da Saúde (OMS)
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842006000300008
❑ No mielograma também leva-se em consideração:
morfologia, citoquímica, imunofenotipagem e cariótipo.
❑ Além de confirmar o diagnóstico, deve tipar e subtipar a leucemia e obter o prognóstico.
LMA
- número de blastos na medula óssea for maior ou igual a 20% = OMS.
- número de blastos na medula óssea for maior ou igual a 30% = FAB.
Classificação Franco-Americana-Britânica (FAB) .
 Leva em consideração características morfológicas dos blastos e sua citoquímica.
Após foi adicionada a imunofenotipagem nessa classificação.
Classificação Franco-Americana-Britânica (FAB) .
 Leva em consideração características morfológicas dos blastos e sua citoquímica.
Após foi adicionada a imunofenotipagem nessa classificação.
Mieloblastos e monoblastos.
LMA: M4
❑ Estudo Citoquímico – início da diferenciação dos Blastos
As provas citoquímicas utilizam reagentes capazes de colorir estruturas
específicas de diferentes linhagens.
 Mieloblastos → positivos para a prova da mieloperoxidase ou Sudan
Black B = LMA mieloblástica M1, M2, M3, M4.
 Monoblastos → positivos para a prova da esterase não específica = LMA
monoblástica M4, M5.
 Linfoblastos
→ positivos para enzima nuclear TdT (Terminal deoxinucleotidil Transferase)
→ positivos para a prova do ácido periódico de Schiff (PAS) = LLA
derivada célula B.
→ positivos para fosfatase ácida = LLA derivada célula T.
https://www.mayocliniclabs.com/test-catalog/Clinical+and+Interpretive/70563
https://www.iqproducts.nl/wp-content/uploads/PIF-F.149150-PT-1.pdf
https://www.mayocliniclabs.com/test-catalog/Clinical+and+Interpretive/70563
https://www.iqproducts.nl/wp-content/uploads/PIF-F.149150-PT-1.pdf
Peroxidase é uma enzima presente nos grânulos primários no citoplasma das
células MIELÓIDES. Esta enzima cliva o peróxido de hidrogênio, liberando o oxigênio
que oxida a benzidina. Esta, se precipita na forma de grânulos na cor amarelo pardo.
Citoquímica
Mieloblastos→ positivos para a PROVA DA MIELOPEROXIDASE 
= LMA mieloblástica M1, M2, M3, M4.
▪ Coloração citoquímica para peroxidase:
Citoquímica
Blastos com moderada a forte atividade para peroxidase
Sudan Black
– Cora lipídeos e fosfolipídeos
– Positivo para granulações azurófilas e específicas
– Diferencia LLA e LMA
– Prova mais sensível do que a peroxidase
– Grânulos coram-se fracamente nos blastos e fortemente em
granulócitos diferenciados.
Citoquímica Positivo = LMA M1, M2, M3, M4.
http://adamogama.blogspot.com/2011/08/sudan-black-b.html
Citoquímica
✓ Esterases são enzimas encontradas no
citoplasma celular com capacidade para
hidrolisar ésteres. Ex.:
 alfa naftil acetato (ANA ) esterase
 alfa naftil butirato (ANB) esterase
→ forte positividade nas leucemias monocíticas,
megacariocíticas e eritroleucemia.
❑ Nos MONÓCITOS as esterases 3,4,5 e 6 tem
atividade forte e são sensíveis (inibida) à ação do
fluoreto de sódio.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302000000100009
A importância da imunofenotipagem na Leucemia Mielóide Aguda
❑ PROVA DA ESTERASE NÃO ESPECÍFICA
→ LMA monoblástica M4, M5.
➢ Presença de ESTERASE ESPECÍFICA para granulócitos - Cloro-acetatoesterase
→ forte positividade nas leucemias:
monocíticas, megacariocíticas e eritroleucemia.
Citoquímica PAS = inespecífico. O PAS (ácido periódico)
reage com o glicogênio celular e a oxidação
deste leva a produção de dialdeídos que
oxidam o reagente de Schiff, dando produto
intracelular de cor róseo (magenta).
A maioria das células hematopoiéticas contém
material positivo em concentração variável.
▪ A linhagem granulocítica tem positividade
crescente com a maturação celular.
▪ Nos casos de LMA-M6, o PAS tem
positividade granular (em bloco) nos
precursores eritróides, e difusa nos estágios
mais diferenciados.
▪ Na LLA, os linfoblastos frequentemente
demonstram positividade granular ou em
bloco.
❑ PAS – ÁCIDO PERIÓDICO DE SCHIFF 
http://adamogama.blogspot.com.br/2011/08/acido-periodico-de-schiff-pas.html
http://www.sergiofranco.com.br/bioinforme/index.asp?cs=Hematologia&ps=pas
https://slideplayer.com.br/slide/84115/
❑ FOSFATASE ÁCIDA
Após a citoquímica cerca de 15-20% dos blastos ainda
continuam sem definição da origem.
Daí a importância de outros exames para complementar e
confirmar (ex. imunofenotipagem e cariótipo).
❑ Imunofenotipagem
 Definir com precisão o subtipo de célula leucêmica (origem e o grau de diferenciação).
Método “padrão-ouro” para tipar as leucemias.
 Consiste na pesquisa de marcadores na membrana, citoplasma ou nuclear do blasto,
através da utilização de anticorpos específicos ligados a substâncias fluorescentes.
 Cada subtipo de leucemia apresenta uma combinação própria de marcadores que
o caracteriza.
A positividade para um determinado marcador é
vista pela presença de atividade fluorescente na
membrana ou citoplasma da célula neoplásica, no
microscópio ou via citometria de fluxo.
✓ Uso de pelo menos 3, e preferencialmente 4
ou mais cores.
http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v42n2/a04v42n2.pdf
Diagnóstico laboratorial das leucemias mielóides agudas 
CD 13;14; 33
CD 19
CD 7
Método “padrão-ouro” para tipar as leucemias
CD 
34
Subtipo (FAB) Marcadores
LMA M0,M1 CD13,CD14,CD33, CD34
LMA M2, M3, M4, M5 CD13, CD14,CD33
LMA M6 Glicoforina, espectrina
LMA M7 FwB, GPIIb/IIIa, CD41, CD61
LLA célula B CD10,CD19,CD20,CD22,CD79
LLA célula T CD10, CD2, CD3, CD5, CD7
Citometria de fluxo é uma tecnologia capaz de analisar simultaneamente diversos parâmetros de células ou partículas em suspensão. Seu princípio está na
incidência de uma fonte de luz laser que intercepta cada partícula. A dispersão da luz fornece dados relativos ao tamanho e à granularidade (complexidade) da
partícula. Moléculas ou estruturas de interesse podem ser estudadas por marcação com fluorocromos ou anticorpos monoclonais acoplados a fluorocromos.
O FACSCanto II é um citômetro de fluxo. Ele possui 3 lasers (488nm, 633nm e 405nm), e pode ler até 8 fluoróforos.
https://imuno.icb.usp.br/citometria-de-fluxo/
 A citogenética humana tem por objetivo avaliar os
cromossomos quanto ao número, à estrutura, à
morfologia e aos padrões de herança,
possibilitando a correlação entre a apresentação
clínica do paciente e as alterações cromossômicas.
 Cada célula humana contém 23 pares de
cromossomos, totalizando 46 cromossomos,
sendo 22 pares autossomos (não ligados ao sexo) e
um par sexual, XX (sexo feminino) e XY (sexo
masculino), cada par é formado por um
cromossomo herdado da mãe e outro do pai.
 Dentro da citogenética clínica, são realizadas técnicas para
investigar alterações cromossômicas numéricas
(aneuploidias) e/ou estruturais (deleções, duplicações,
translocações e inversões) nos cromossomos autossômicos
ou sexuais.
 A citogenética convencional permite identificar
os cromossomos por meio de técnicas de
coloração, ex. a técnica de bandamento G
(Giemsa), analisadas em resolução de 400 a 850
bandas. Para essa avaliação, o exame a ser
solicitado é o de cariótipo.
 Atualmente, a citogenética molecular:
complementação do diagnóstico, avaliação de
mutações genéticas submicroscópicas. Ex. FISH −
Hibridização Fluorescente In Situ, utiliza sondas
de DNA marcadas por fluorocromos para avaliar
anomalias cromossômicas (microdeleções e
rearranjos complexos) não detectadas pela
citogenética convencional.
 Outra importante metodologia utilizada é a de
array-CGH. A principal vantagem é não ser
necessário conhecer a região-alvo da investigação,
uma vez que essa metodologia possibilita a busca
de deleções e duplicações em todo o genoma
humano, a uma resolução de ± 50kb.
 O cariótipo, o FISH e o array- CGH, são metodologias com
vantagens e objetivos específicos e a escolha dependerá da
hipótese clínica. Porém, muitas vezes elas se complementam
para a conclusão de um diagnóstico.
Escaneando os seus CROMOSSOMOS - conheça o estudo da Citogenética humana
https://www.diagnosticosdobrasil.com.br/material-tecnico/citogenetica-classica-a-citogenomica
https://genomika.einstein.br/blog/escaneando-os-seus-cromossomos-conhe%C3%A7a-o-estudo-da-citogen%C3%A9tica-humana/
❑ Exame do cariótipo – citogenética convencional
Exame de cariótipo: muito requisitado principalmente no diagnóstico das leucemias.
O nome cariótipo é dado ao conjuntos de cromossomos metafásicos (cromossomos no estágio
mais condensado durante a fase do ciclo celular denomidada metáfase) em uma célula.
Alterações cromossômicas visíveis através de resolução microscópica e processamento de
imagens:
✓ técnica de cariotipagem por bandeamento G.
✓ visa-se analisar a quantidade e estrutura dos cromossomos em uma célula.
Cariótipo de um portador de síndrome de down.
✓ No cromossomo 21 ao invés de ser 2
cromossomos; serão três (dois do óvulo e um
do espermatozoide).
✓ Essa anomalia é conhecida como "trissomia
do 21" e é responsável pela Síndrome de
Down.
https://genomika.einstein.br/blog/escaneando-os-seus-cromossomos-conhe%C3%A7a-o-estudo-da-citogen%C3%A9tica-humana/
Estudo dos cromossomos em divisão (metáfase) e posterior coloração com
bandeamento = buscar alterações numéricas ou estruturais.
✓ Mais da metade das LMA apresentam alterações cromossômicas.
▪ O exame de cariótipo é realizado com blastos obtidos no mielograma.
❑ Exame do cariótipo – citogenética convencional
As alterações citogenéticas nas LA:
...contribuem para o entendimento
da etiopatologia das leucemias.
...representam os principais
parâmetros prognósticos para guiar
a escolha da melhor terapia.
Categoria
FAB
Alteração Citogenética
LMA M2 T(8;21)
LMA M3 T(15;17)
LMA M4 Inv16
LLA L1 Trissomias
LLA L2 T(9;22)
LLA L3 T(8;14)
Cariótipo Principais anomalias LLA
CRIANÇAS
Baixo risco +4, +10, +17, t(12;21)
Alto risco T(1;19)
Muito alto risco T(9;22)
ADULTOS
Baixo risco Del(9p)
Alto risco T(9;22), t(4;11), t(8;14), cariótipo 
complexo > 5 alterações
Cariótipo Principais anomalias LMA
Favorável T(8;21), t(15,17); inv16
Intermediário Trissomia 6 (+6), +8, +21, 
del(9q)
Desfavorável del(5q), del(7q), t(6;9), 
t(9;22) ou cariótipo 
complexo >5 alterações
....... parâmetros prognósticos
❑ Hibridação In Situ Por Fluorescência (FISH) - método citogenético-molecular
 Baseia-se no uso de sonda marcada com fluorocromo que se liga por
complementaridade ao DNA sob estudo.
 Vantagens: rapidez, sensibilidade e especificidade, além de não precisar de
metáfases.
 Utilizada quando não se consegue obter resultado do cariótipo através
citogenética convencional.
Análise pelo método FISH - Síndrome DiGeorge. Perceba na imagem 
à esquerda há 2 pares de marcadores e na direita apenas 1 par 
completo e um sozinho; indicando uma possível deleção.
✓ A molécula emite maior intensidade de fluorescência quando ligado à dsDNA.
✓ Portanto, o acúmulo de produtos de PCR aumenta a fluorescência.
Fluoróforos
❑ Hibridação In Situ Por Fluorescência (FISH) - método citogenético-molecular
❑ Exame CGH-array e SNP-array: permite o mapeamento genético por microarray
o Examinar os cromossomos com uma
resolução muito maior do que o
cariótipo, em busca de alterações que
possam explicar o quadro clínico do
indivíduo testado.
✓ Para realizar o teste, é utilizado o DNA
que, geralmente, é extraído do sangue
ou da mucosa bucal/saliva, permitindo
a detecção de ganhos ou perdas de
pedaços nos cromossomos ou em
parte deles.
✓ É capaz de identificar alterações
aproximadamente 1000 vezes
menores do que é possível ao
microscópio, no teste de cariótipo.
Microarray Genômico (SNP-array) ou Hibridização Genômica Comparativa
(CGH-array) são testes moleculares.
https://www.youtube.com/watch?v=T2XGEE0wHRA
❑ PCR Reação em cadeia da POLIMERASE
Sites de vídeos - Curso de Genômica
Replicação (Duplicação) do DNA - Aula 13 - Módulo I: Biologia Celular | Prof. 
Guilherme
https://www.youtube.com/watch?v=BkQXUSmi0Wk&feature=youtu.be
Transcrição e Splicing - Aula 14 - Módulo I: Biologia Celular | Prof. Guilherme
https://www.youtube.com/watch?v=cFVkLot3zVw&ab_channel=BiologiaProf.Guilherme
Introdução à PCR em Tempo Real
https://www.youtube.com/watch?v=h2peadwu1zk&feature=youtu.be
O Fantástico Mundo do Genoma não-codificante
https://www.youtube.com/watch?v=bABLBpzsZBM&feature=youtu.be
Aprenda os fundamentos do sequenciamento de nova geração
https://www.youtube.com/watch?v=uKCCIAhLFrU&t=153s&ab_channel=UniversodaBiol
ogiaMolecular
RNA-seq: a arma mais poderosa para análise de transcriptoma
https://www.youtube.com/watch?v=vuqZUj2HHDk&feature=youtu.be
❑ Biologia Molecular
▪ Quadro clínico é muito semelhante ao da LMA. 
- Dor óssea muito frequente (80% casos)
- Adenomegalia cervical frequente (75% casos)
- Massas mediastinais (cistos, nódulos) no subtipo de células T no timo
- Acometimento do SNC e testículos
▪ Diagnóstico:
❑ HEMOGRAMA→ semelhante ao da LMA.
❑ MIELOGRAMA→ presença de linfoblastos na MO ≥ 25% do total de células nucleadas
❑+ morfologia, citoquímica, imunofenotipagem e cariótipo.
❑ confirmar o diagnóstico, tipar e subtipar a leucemia e obter o prognóstico.
❖ Leucemia Linfóide Aguda
▪ É a leucemia mais comum na infância, respondendo bem 
a quimioterapia com chance de cura em torno de 70-85%.
Linfoblasto tipo 1 Linfoblasto tipo 2 Linfoblasto tipo 3Linfoblasto com presença de cromatina fina e uniforme, relação núcleo-citoplasma elevada, citoplasma
azul pálido sem grânulos e sem bastões de Auer, são diferenças em relação a morfologia dos mieloblastos.
CITOPLASMA VACUOLADO E 
BAZILÍLICO (AZULADO)
L1 L2 L3
Tamanho pequeno grande
Grande e 
homogêneo
Cromatina Homogênea variável
Pontilhado 
fino
Forma regular irregular
Oval ou 
redonda
Nucléolos raros presentes 1-3
Citoplasma escasso moderado Moderado
Basofilia moderada variável intensa
Linfoblasto tipo 1 Linfoblasto tipo 2
Linfoblasto tipo 3
CITOPLASMA VACUOLADO E 
BAZILÍLICO (AZULADO)
Leucemias Crônica
Leucemia Mielóide Crônica
Leucemia Linfóide Crônica
Leucemia Mielóide Crônica
▪ LMC é uma doença mieloproliferativa crônica
→ se origina na célula tronco ou de um progenitor
→ esse clone segue o curso normal de maturação até as células maduras:
Não há bloqueio de maturação!!!!
Leucemias crônicas
▪ Caracterizam-se pelo acúmulo lento e gradativo de leucócitos neoplásicos
na medula óssea e no sangue periférico.
▪ Ao contrário das leucemias agudas, as células que se acumulam estão
numa fase tardia de maturação.
▪ São representadas pela:
- Leucemia MIELÓIDE crônica
- Leucemia LINFÓIDE crônica
▪ Se não tratada
a sobrevida da LMC é de 2-5 anos e da LLC é de 1 a 10 anos.
O início da doença, por vezes, passa por despercebido, pois a sintomatologia 
é vaga, caracterizada por anemia, fraqueza, emagrecimento.
❑ LLC a revolução do tratamento se deve a introdução
da imunoterapia com anticorpos monoclonais
dirigidos contra alvos moleculares da superfície da
membrana dos linfócitos (rituximab).
Leucemias crônicas
❑ LMC foi a primeira neoplasia maligna para a qual se
descobriu uma droga direcionada para o alvo
molecular causador da doença (mesilato de
imatinibe), que inativa uma enzima denominada
tirosino-quinase (Bcr-Abl).
http://www.moreirajr.com.br/revistas
.asp?fase=r003&id_materia=3765
Essa descoberta proporcionou uma sobrevida de 5 anos em
89% para pacientes recém diagnosticados na fase crônica.
A introdução de novos medicamentos direcionados a alvos moleculares
revolucionou o tratamento dessas doenças aumentando a sobrevida.
LMC - Patogênese
▪ Clone neoplásico provavelmente é uma célula tronco → por razões
desconhecidas essas células ganham uma anomalia citogenética resultando
no cromossomo Philadelfia = translocação recíproca entre os braços longos
do cromossomo 9 e 22.
▪ Essa translocação aproxima o gene ABL (cromossomo 9) ao gene BCR
(cromossomo 22) → a aposição desses genes formam um oncogene
chamado BCR/ABL → sintetiza proteína que aumenta a divisão celular e
bloqueia a apoptose (fusão bcr-abl com atividade enzimática tirosina cinase desregulada).
LMC - Patogênese
▪ Cerca de 95% dos pacientes com LMC apresentam o cromossomo
Philadelfia→ detectável na análise do cariótipo.
▪ O clone neoplásico é capaz de se diferenciar em célula madura
→ a diferenciação ocorre para a série granulocítica
→ com acúmulo na medula óssea e sangue periférico de:
neutrófilos, bastonetes, metamielócitos, mielócitos.
Encontra-se eosinofilia e basofilia, monocitose e plaquetose, anemia.
LMC – Manifestações clínicas e laboratoriais
▪ Muitos pacientes são descobertos na fase assintomática da doença
através do exame físico mostrando esplenomegalia e/ou hemograma
relevando leucocitose com neutrofilia acentuada, com desvio a esquerda
até mielócito ou mieloblastos (<5%).
Leucocitose neutrofílica acentuada com desvio a esquerda + 
esplenomegalia de grande monta - marco da LMC
▪ Sintomas mais comuns: febre, perda de peso, astenia, desconforto
abdominal no hipocôndrio esquerdo, palpitação, dispneia.
▪ Infecções não são frequentes e não caracterizam a doença.
→o clone neoplásico consegue se diferenciar até neutrófilo maduro
que possui função normal ou levemente diminuída.
LMC – Manifestações clínicas e laboratoriais
▪ A contagem de leucócitos totais pode atingir até 1.000.000 cel/mm3,
▪ sendo comuns valores acima de 100.000 cel/mm3 e
▪ quase sempre acima de 50.000 cel/mm3.
Em geral, existe flutuação no nível da leucocitose.
Encontra-se eosinofilia e basofilia
(LMC é uma das únicas causas de basofilia proeminente e persistente)
LMC – Manifestações clínicas e laboratoriais
▪ Presença de anemia normocítica e normocrômica em 50% dos casos.
▪ Em relação as plaquetas, a regra é trombocitose (>400.000 cel/mm3).
▪ Logo, a regra na LMC é: Anemia + leucocitose + trombocitose
Apesar da trombocitose, os pacientes estão sujeitos a sangramentos
porque existe disfunção plaquetária. Ao mesmo tempo, existe risco
de trombose devido a leucocitose e trombocitose acentuada.
▪ Inicia-se com hemograma
→ presença de leucocitose acentuada e esplenomegalia = suspeita!
▪ Mielograma
▪ Citogenética (presença cromossomo Philadélfia)
LMC - Diagnóstico
LMC – Evolução e prognóstico
▪ 90-95% dos pacientes são diagnosticados na fase crônica da doença.
▪ Após 3-5 anos pacientes não tratados evoluem para a crise blástica.
▪ Antes da fase blástica, o paciente pode passar pela fase acelerada da LMC.
Explicação para a progressão para as fases acelerada e blástica = aquisição
de anomalias citogenéticas adicionais.
FASES LMC
▪ Primeira fase – crônica (FC): dura cerca de 3 anos e é caracterizada por
leucocitose e predominância de células mielóides maduras com desvio a
esquerda, presença de anemia.
▪ Segunda fase – acelerada (FA) ou transformação: as células perdem
gradualmente a capacidade de diferenciação e observa-se basofilia,
plaquetose e anemia.
▪ Terceira fase - crise blástica (FB) ou aguda (semelhante a aguda):
transforma-se em aguda, com presença de 30% ou mais de blastos na
medula ou sangue periférico.
Diagnóstico LMC – fase acelerada
- Fase acelerada → caracterizada por um ou mais critérios a seguir (de
acordo com OMS):
Blastos entre 10-19% no sangue periférico ou medula óssea;
Basofilia no sangue periférico (>20%);
Plaquetopenia (<100.000/mm3) persistente;
Plaquetose (>1.000.000/mm3) persistente;
Leucocitose com esplenomegalia, sem resposta a terapia;
+ Evidências de alterações cromossômicas.
Aumento de blastos no sangue periférico (10-20%) – fase acelerada LMC.
Basofilia no sangue periférico (>20%)
Diversos blastos e 1 bastonete em sangue periférico de paciente com LMC –
fase acelerada.
Leucemia Linfóide Crônica
▪ Curso indolente, cujo clone neoplásico é um linfócito B maduro bloqueado
numa fase de diferenciação que impede sua transformação em plasmócito.
▪ Segunda leucemia mais comum e acomete os idosos
> 60 anos, com preferência do sexo masculino (2:1).
✓ Não esta relacionada a radiação ionizante, benzeno ou agentes aquilantes.
Sua etiologia é totalmente desconhecida.
✓ Não existe uma única anomalia cromossômica típica, mas existem
anomalias que modificam o prognóstico da doença.
▪ Os linfócitos B neoplásicos são células de turnover lento, com meia-vida
superior aos linfócitos B normais, provavelmente pelo bloqueio de
maturação.
▪ Evolução da doença é devido ao acumulo desses linfócitos na medula
óssea, passando em seguida para o sangue periférico e atingindo os
linfonodos, baço e fígado.
▪ O paciente vai tornando-se e propenso a morrer por infecções
bacterianas, debilitado.
▪ Pacientes com LLC tem maior incidência de outras neoplasias não
hematológicas = câncer de pulmão e gastrointestinal.
Leucemia Linfóide Crônica
LLC – Manifestações clínicas e laboratoriais
▪ Muitos pacientes são diagnosticados na fase assintomática da doença, pelo
encontro de uma linfocitose expressiva no hemograma.
▪ Adenomegalia cervical é achado comum, pode
generalizar e acometer linfonodos viscerais.
▪ Linfocitose acentuada + adenomegalia = MARCO DA LLC 
▪ Sintomas: febre, astenia, fadiga, perda de peso, queda do
estado geral (fases mais adiantadas da doença).
✓ Na LLC a linfocitose é sempre superior a 5.000 linfócitos/mm3.
LLC – Manifestações clínicas e laboratoriais
▪ Linfocitose é a principal característica da doença.
▪ No esfregaço desangue periférico, esses linfócitos são idênticos
morfologicamente aos linfócitos normais (tamanho próximo ao da hemácia, com núcleo
arredondado, cromatina condensada e citoplasma escasso).
manchas de Gumprecht em 
esfregaço de sangue periférico.
Uma alteração que pode chamar a atenção é o encontro de 
linfócitos destruídos = manchas de Gumprecht
LLC típica com manchas de Gumprecht em esfregaço de sangue periférico
manchas de Gumprecht
representam pequenos linfócitos
maduros caracterizados por uma
fragilidade peculiar da
membrana celular, que leva
frequentemente à rotura da
célula durante a execução do
esfregaço sanguíneo, com
formação de restos linfocitários.
▪ Encontramos anemia normocítica, normocrômica e plaquetopenia =
indicam pior prognóstico, mostrando que os clones neoplásicos estão
ocupando maior parte da medula óssea.
▪ Leucocitose (30.000 a 200.000 cel/mm3)
▪ Hipogamaglobulinemia é achado típico porque os linfócitos B não
amadurecem a plasmócitos.
LLC – Manifestações clínicas e laboratoriais
LLC - Diagnóstico
▪ Baseia-se no exame físico e hemograma.
▪ O diagnóstico é confirmado por um dos seguintes critérios:
- Linfocitose persistente > 10.000/mm3 + aspirado de medula óssea com >
30% linfócitos
- Linfocitose persistente > 5.000/mm3 + aspirado de medula óssea com
>30% linfócitos + imunofenotipagem revelando marcadores de linfócito
B maduro em conjunto com o marcador CD5.
✓ Tambem é utilizado o estadiamento de RAI, 
embora também exista o estadiamento de Binet.
LLC – Sistema clássico de estadiamento e prognóstico
▪ baseados em características clínicas e hematológicas
sobrevida > 10 anos
sobrevida = 8 anos
sobrevida = 6 anos
sobrevida = 2 anos
sobrevida = 2 anos

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