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Pedagógico Material integrado de História, Geografia, Turismo e Educação para o Trânsito de Petrópolis 4 Ensino Fundamental 8º ano Caderno Rubens Bomtempo Prefeito Maria Elisa Peixoto da Costa Badia Secretária de Educação Monica Vieira Freitas Subsecretária de Ensino Fundamental Rosilene Ribeiro Subsecretária de Educação Infantil Rosalie Georgina de Oliveira Duarte Subsecretária do FNDE e Captação de Recursos Autora JULIANA MARIA COSTA FECHER WINTER Coordenação BIANCA DELLA NINA Petrópolis 2016 Srs. Educadores, Gostaríamos de apresentar este trabalho como uma “coletânea de textos” de ilustres professores, historiadores, jornalistas, pesquisadores e amantes de Petrópolis. Atendendo aos apelos constantes de um grande número de profissionais da Área, a Secretaria de Educação buscou, dando prosseguimento ao trabalho iniciado em 2002 com o estudo dos PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais – após a elaboração da Proposta Curricular das diversas disciplinas, propiciar subsídios à apresentação dos conteúdos de H.G.P.T./E.T. (História e Geografia de Petrópolis, Turismo e Educação para o Trânsito). Dada a reformulação da proposta curricular em 2014, este caderno foi totalmente reelaborado dentro dos novos parâmetros para atender a uma nova proposta mais integrada e multidisciplinar. Assim sendo, buscou-se apresentar esta pequena colaboração, lembrando não ser esta uma obra acabada e completa, ao contrário, objetiva apenas nortear o trabalho do professor e tem a intenção de despertar o interesse do aluno no que tange à História e à Geografia de Petrópolis e a sua importância no contexto nacional. Procuramos fazer aflorar nos alunos a curiosidade e o entusiasmo para os temas tratados, ao mesmo tempo em que oferecemos oportunidades, por meio de exercícios práticos e sugestões de atividades, que tornam o ensino muito mais atraente. Todo o trabalho realizado a partir destes textos deve fazer, dentro do possível, com que o aluno reviva a história. É importante que este enriqueça os conteúdos com novas informações e uma postura ao mesmo tempo reflexiva e crítica. É assim, através da conscientização de seu papel enquanto cidadão deste pedacinho de chão do território brasileiro - conhecido internacionalmente -, que os nossos (as) meninos (as) poderão seguir atuantes no conhecimento e na valorização do nosso patrimônio ambiental, histórico e cultural. O mesmo objetiva-se com os conteúdos de Turismo e Educação para o Trânsito: a atuação responsável e consciente enquanto cidadão petropolitano, pedestre, passageiro e futuro motorista. Sobre os dispositivos legais A disciplina História, Geografia e Turismo de Petrópolis é disciplina obrigatória no currículo escolar das escolas da Rede do município através da Lei n.º 4.306, de 20 de dezembro de 1984, de autoria do Vereador Paulo Pires de Oliveira e sancionada pelo Prefeito Paulo José Alves Rattes – publicada no Diário Oficial de 29/12/84. Com relação à Educação para o Trânsito, a Câmara Municipal de Petrópolis decretou e seu Presidente José Geraldo Braga promulgou com fundamento no dispositivo nos parágrafos 2º e 4º do Artigo 89 da Lei Orgânica dos Municípios, a Lei n.º 4.259, de 16 de Outubro de 1984, que inclui no currículo escolar das escolas de 1º e 2º graus do município, no mínimo 4 aulas mensais, teóricas ou práticas, sobre noções de Legislação de Trânsito (...). A Educação para o Trânsito constitui-se, ainda, em matéria obrigatória no currículo escolar de acordo com o capítulo VI (da Educação para o Trânsito), artigo 74, parágrafos 1º e 2º do Código de Trânsito Brasileiro. Unidade I: Petrópolis, que história é essa? Fundação de Petrópolis ............................................................................... 11 Rua 16 de março .......................................................................................... 14 A importância do turismo atualmente ....................................................... 18 O que dizer do turismo na cidade de Petrópolis .......................................... 23 Unidades de Conservação APA .................................................................... 28 Trânsito: fiscalização eletrônica e velocidade .............................................. Lei Seca ......................................................................................................... 33 36 Unidade II: Major Julio Frederico Koeler O plano de Koeler ......................................................................................... 38 Arrendamento da Fazenda do Córrego Seco ................................................ 40 Quarteirões e um pouco da sua história ..................................................... 42 Turista e os tipos de turismo ....................................................................... 46 Turista chega seguro ao seu destino com o cinto de segurança .................. Um projeto urbanístico preocupado com o meio ambiente ........................ Problemas Ambientais e ocupação desordenada ........................................ 51 58 59 Sumário Unidade III: Colonos Alemães em Petrópolis Colonos Alemães ......................................................................................... 63 A origem da Bauernfest ................................................................................ 65 Homenagem aos Colonos Alemães ............................................................. 66 Turismo: Museu Casa do Colono .................................................................. 68 Economia: Agricultura .................................................................................. Agricultura Orgânica .................................................................................... Agricultura Familiar ...................................................................................... 71 71 74 Trânsito: Estrada de Ferro Mauá .................................................................. 76 Unidade IV: Criação da Paróquia e suas funções Criação da Paróquia .................................................................................... 83 Turismo: Catedral São Pedro de Alcântara ................................................. 86 Igreja Evangélica de Confissão Luterana ...................................................... 88 Economia: Indústria I .................................................................................... 91 Trânsito: Estrada União Indústria ................................................................. 99 Uso de substância psicoativas e bebidas alcoólicas no trânsito .................. 102 Referências.................................................................................................... 111 11 Para começo de conversa! Unidade I Petrópolis, que história é essa? Você, que está começando mais um ano letivo, está convidado a entrar num túnel do tempo. Vamos em busca da história de uma cidade que se mistura com outra história importante: a do Brasil. Fique atento aos textos e descubra que história é essa! Se pudesse fazer uma volta ao tempo para entender como começa a história da nossa cidade, seria necessário programar a máquina do tempo para um ano e um local. O ano escolhido, 1843, e o local, Centro de Petrópolis. Quem encontrei lá foi o Major Júlio Frederico Koeler, o Mordomo Paulo Barbosa e D. Pedro II, os responsáveis pela Fundação da Cidade de Petrópolis.No dia 16 de março de 1843, a história da nossa cidade começa! O que foi a Fundação? D. Pedro II mandou redigir um decreto que ficou inscrito nos Registros da Mordomia sob o nº 155, assinado por ele próprio no dia 16 de março de 1843. Pronto! Esta é a data Fundação da de Petrópolis, ou seja, o momento em que Petrópolis passa a existir de verdade! 12 Que história é essa? A Fundação de Petrópolis ocorreu no governo da Província exercida por João Caldas Viana. Em 1844, D. Pedro II doou lotes de terras a pessoas que lhe prestaram serviços, com o objetivo de povoar a região. A planta urbanística de Petrópolis foi elaborada pelo Major de Engenharia Júlio Frederico Koeler. Paulo Barbosa da Silva, o mordomo da Casa Imperial, muito contribuiu para a fundação, pois mostrou ao Imperador a importância do projeto de arrendamento. Pelo Decreto Imperial, D. Pedro II e Júlio Frederico Koeler fizeram um contrato de transformar a Fazenda do Córrego Seco em povoação. Determinava que fosse reservado um lote de terra para construir o Palácio Imperial e outros lotes aforados a pessoas interessadas. Também determinou que ficasse disponível um terreno para a construção de uma igreja, que recebesse o nome de São Pedro de Alcântara, e um terreno para fazer um cemitério. Koeler fez a planta geral e do Palácio, gratuitamente; receberia em troca algumas vantagens assinaladas no contrato. Arrendou a Fazenda do Córrego Seco durante 9 anos pela quantia de um conto de réis anual. 13 A fundação de Petrópolis foi uma obra de equipe, fruto do trabalho de insignes idealistas. Não surgiu de um conglomerado de gente que cresceu, ou de um entroncamento rodoviário - como é comum - que prosperou. É uma cidade diferente, eis que nasceu para ser cidade, delineada e planejada para ser o local escolhido de veraneio da Família Imperial. A evolução de nossa cidade tem alguns aspectos originais: 1) Foi uma cidade mandada construir, portanto planejada; 2) Sua colonização construiu-se um marco no processo de erradicação da mão de obra escrava; 3) Foi, possivelmente, a mais bem sucedida imigração, eis que várias levas de famílias vieram do exterior e aqui se radicaram definitivamente; 4) Foi, também, um marco na interiorização do país, eis que pelo Caminho da Serra e pela Estrada dos Mineiros transitaram muitas tropas, levando e trazendo riquezas; 5) Por essas vias, passaram figuras da realeza, inclusive D. Pedro I e, mais tarde, seu filho D. Pedro II, como figuras da “Inconfidência Mineira”, inclusive Tiradentes, notáveis pesquisadores, cientistas e artistas; 6) Aqui, religiões, raças, línguas e costumes diferentes souberam conviver; 7) De um povoado agropastoril, evoluiu para uma cidade onde se conciliaram o camponês, o lavrador, o artesão e o operário da indústria e em meio a esse processo, surgiu o Palácio Imperial, com a vinda para aqui das figuras mais notáveis da diplomacia e da aristocracia do Rio de Janeiro; 8) A cidade de Petrópolis ficou famosa por seus quitutes, pelos frutos de sua indústria e atrativos de seu clima e topografia 14 Curiosidades da Hi tó i 15 1-Leia com atenção: São várias as personalidades ilustres que colaboraram para que Petrópolis se tornasse uma realidade. Considere as afirmações corretas: (1) O Imperador D. Pedro II determinou a construção do Palácio Imperial na antiga Fazenda do Córrego Seco. (2) O Major Júlio Frederico Koeler arrendou a Fazenda do Córrego Seco e concretizou o plano de Paulo Barbosa, tendo executado o plano urbanístico de Petrópolis. (3) O Mordomo da Casa Imperial, Paulo Barbosa da Silva, elaborou o plano de criação da “povoação-palácio” de Petrópolis. (4) O Governo Provincial, através dos Presidentes Caldas Viana, Aureliano Coutinho e Cândido Batista de Oliveira, contribuiu promovendo a melhoria dos meios de comunicação entre Rio e Petrópolis e a contratação de colonos. ( ) 1 – 2 – 3 ( ) 2 – 3 ( ) somente 2 ( ) todas as opções estão corretas. 2-Leia com atenção: “Do exame dos diversos atos oficiais afins, conclui-se, sem qualquer sombra de dúvida, que a fundação de Petrópolis foi fruto do trabalho harmonioso de uma equipe de idealistas...” História de Petrópolis - Henrique José Rabaço – Instituto Histórico de Petrópolis – 1985, pág 55 “A fundação de Petrópolis foi uma obra de equipe, fruto do trabalho de insignes idealistas... É uma cidade diferente, eis que nasceu para ser cidade, delineada e planejada para ser o local escolhido de veraneio da Família Imperial”. 16 A evolução de nossa cidade tem alguns aspectos originais. A respeito do assunto, julgue os itens que se seguem, apresentando a resposta como a soma das alternativas correta: (0) O Decreto Imperial nº 155, assinado por D. Pedro II no dia 16 de março de 1843. (2) O trabalho do Major Júlio Frederico Koeler, que arrendou as terras do Padre Correia e concretizou o plano urbanístico da Vila Imperial e dos quarteirões. (4) A operosidade dos colonos alemães que, contratados pelo Governo Provincial do Rio de Janeiro, vieram substituir o trabalho escravo pelo trabalho livre. (6) A contribuição de diversos números de imigrantes estrangeiros (franceses, ingleses, italianos, portugueses entre outros), que deram sua colaboração para o desenvolvimento agrícola, comercial e industrial de Petrópolis. ( ) 2 ( ) 6 ( ) 10 ( ) 12 LEIA O TEXTO COM ATENÇÃO! A fundação da cidade de Petrópolis está intimamente ligada ao Imperador D. Pedro I que, de passagem por aqui, seguindo o “Caminho do Ouro”, que o levaria às Minas Gerais, pernoitou na Fazenda do Padre Correia e se encantou com a exuberância e a amenidade do clima. Foi seu desejo, então, adquirir a propriedade para seu uso particular e, em especial, para o tratamento de saúde de sua filha, Princesa Dona Maria Paula. Como os herdeiros do Padre Correia não tinham interesse em se desfazer da fazenda, indicaram a do “Córrego Seco”, de propriedade do também português, Manoel Vieira Afonso, que foi então comprada 17 pelo Monarca em 1830, sonhando edificar ali a sua residência de verão, o Palácio da Concórdia. Com a morte de seu pai, D Pedro II herdou essas terras, que sofreram vários arrendamentos, sendo o Major Júlio Frederico Koeler um dos arrendatários e de quem partiu a ideia de transformar a Fazenda do Córrego Seco numa colônia agrícola. Assim, elaborou um plano para fundar o que ele chamou de “Povoação – Palácio de Petrópolis”, que deveria ser formada a partir da doação de terras a colonos livres. Estes colonos eram, na sua maioria, europeus, principalmente alemães e italianos que estavam desempregados em seus países de origem, buscando construir no Brasil uma nova vida. De acordo com texto acima, responda as questões: I, II, III, IV I – Na história da fundação de Petrópolis, dois portugueses estão presentes. Quem são? ( ) D. Pedro II e D. Pedro II ( ) D. Pedro I e Manoel Vieira Afonso ( ) Manoel Vieira Afonso e D. Pedro II ( ) Major Júlio Frederico Koeler e Manoel Vieira Afonso II – Qual foi a principal corrente migratória que chegou a Petrópolis? ( ) Portugueses ( ) Italianos ( ) Alemães ( ) Africanos III - Porque alemães e italianos vieram fundar “Povoação – Palácio de Petrópolis”? ( ) a – estavam desempregados em seus países de origem. ( ) b – Seus países de origem estavam em guerra. ( ) c – vieram para cultivar a cana – de – açúcar. ( ) d – vieram atraídos pelas doações de terras ofertadas pelo Major Julio Frederico Koeler IV - Identifique a alternativa que não corresponde aos fatos ocorridos antes da Fundação de Petrópolis. ( ) O arrendamento da Fazenda do Córrego Seco, feita pelo Major Júlio Frederico Koeler, como objetivo de construir um palácio para o Imperador e uma povoação. ( ) A abertura do Caminho Novo para as Minas Gerais, executada pelo Sargento-Mor Bernardo Soares de Proença ( ) A doação pelos reis de Portugal de lotes de terras, denominadas Sesmarias. ( ) O desenvolvimento da Fazenda do Padre Correia, que se destacou na Capitania do Rio de Janeiro pela sua importância agrícola e artesanal. 18 A IMPORTÂNCIA DO TURISMO ATUALMENTE Moisés � Alexandre, o Grande Marco Polo � Cristóvão Colombo � Capitão Cook Napoleão Todos foram grandes viajantes. Cada um deles, em sua época, com os meios e recursos disponíveis, cruzou mares e conheceu novas terras, muitas vezes fazendo descobertas de grande importância para a sociedade e colocando em risco suas próprias vidas. Esses viajantes eram turistas? O desafio desse tema é descobrir o que diferencia o turista de outras categorias de viajantes. Vamos estabelecer os conceitos de viagem, viajante e turista para definir o que é Turismo. Um aspecto a salientar é que dois elementos básicos estão presentes na conceituação de turismo e turista: espaço e tempo. Você, algum dia, parou para pensar qual é a diferença entre um turista e um viajante? Aliás, sabia que o turista é um tipo diferenciado de viajante? Você, certamente, já ouviu falar nestas pessoas: 19 O espaço refere-se ao deslocamento, e o tempo, à permanência no local visitado. O turismo deve ser definido como um fenômeno que ocorre quando as pessoas se deslocam para lugares diferentes dos de sua residência, com intenção de retorno. Para a ocorrência desse deslocamento, é necessário existirem condições que o possibilitem, ou seja, o turismo não abrange somente o fenômeno em si, mas todos os serviços e produtos que permitem sua ocorrência, como transportes, meios de hospedagem, serviços de agenciamento, alimentação, atrativos, etc. É o setor de viagens e turismo. Aqui aparecem as principais diferenças entre o turista e outro tipo de viajante qualquer como, por exemplo, o imigrante, que viaja para mudar o local de residência permanente. Assim, o turista é um viajante que se desloca com intenção de retorno ao seu local de origem; já o viajante, em geral, possui inúmeras motivações, tais como: as militares, fixar residência em outro local; a do político que, em tempo de campanha eleitoral, faz seus comícios em diferentes regiões, dentre outras. A viagem é, assim, um deslocamento de seu lugar de origem a outro ponto, sendo diferenciada de outros deslocamentos a partir de suas motivações. Deve-se destacar que a atividade turística só ocorre quando o deslocamento se dá no tempo livre, ou seja, no tempo de não trabalho, aquele gasto fora dos negócios e, em geral, compreende o viajante que está fora de seu local de origem por mais de 24 horas e menos de um ano. 20 IMPORTANTE! O conceito de tempo livre só aparece depois da Revolução Industrial, com as mudanças na concepção de trabalho e tempo social e com a evolução tecnológica, principalmente nos transportes, que permitiram o deslocamento a longas distâncias com menor tempo, menor custo e maior segurança. O turismo, portanto, é uma atividade que só pode ocorrer - pelas condições apresentadas - a partir do século XIX, sendo fruto da sociedade contemporânea. As alterações pelas quais a sociedade passou, tanto na área tecnológica como na forma de organizar o trabalho, acabaram gerando esse tempo livre, que é utilizado para reposição das forças de trabalho. O Brasil aparece em sexto lugar entre as economias do turismo do mundo, lista liderada pelos Estados Unidos, com uma renda de cerca de US$ 1,4 trilhões. A China aparece na segunda posição, com uma receita anual de US$ 850,1 bilhões gerados pelo turismo. Em relação à contribuição direta do setor no Brasil, o percentual é de 3,5% do Produto Interno Bruto, com US$ 77,6 bilhões (ou R$ 166,1 bilhões de reais). As viagens que retiram as pessoas de seu dia a dia exaustivo e levaram-nas para lugares e ritmos diferentes do cotidiano tornaram-se uma necessidade, passaram a ocorrer em intensidade cada vez maior e a atingir um número crescente de pessoas, acabando por tornarem-se um fenômeno de dimensões planetárias no século XX. 21 O setor turístico brasileiro cresce significativamente e alavanca a economia do país. A participação deste setor no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil é de 3,6% (aproximadamente R$ 132 bilhões). O turismo brasileiro está na sua segunda fase de grande expansão. A primeira fase ocorreu no início da década de 1970, durante a ditadura militar, quando burocratas organizaram o turismo como um dos remédios para resolve os problemas do país. Implantou-se uma estrutura de financiamento hoteleiro, cursos superiores e técnicos de turismo, marketing agressivo e agitação cívica baseada na conquista do tricampeonato de futebol (1970), nas vitórias de Émerson Fittipaldi na Fórmula 1 e na beleza das brasileiras, sempre finalistas nos então famosos concursos de Miss Universo. Apesar do esforço concentrado, a primeira fase do turismo brasileiro acabou em fracasso. Dois conjuntos de motivos afetaram a área: o primeiro foi a série de desastres econômicos provocados pela crise do petróleo e aumento das dívidas brasileiras, que provocaram inflação e recessão, comprometendo o desenvolvimento nacional, inclusive do setor turístico; o segundo, foi o descaso 22 dos “planejadores”, que não se importaram com a preservação ambiental, com a qualidade e com a formação de profissionais qualificados em todos os níveis, o que afetou a operação e gestão dos serviços turísticos. Todas essas deficiências do setor turístico, aliadas à crise econômica mundial, resultaram em fracasso. Da segunda metade da década de 1970 a meados da década de 1990, várias crises econômicas cíclicas marcaram a história do país e o turismo ficou quase paralisado. Com a abertura da economia e estabilização da democracia (governos Collor e Itamar Franco) e depois com os governos de Fernando Henrique Cardoso e Lula, o turismo encontrou condições propícias para uma segunda onda de crescimento, desta vez mais bem estruturada. Pela primeira vez, em 1996, a Embratur estruturou uma política nacional de turismo; investimentos nacionais e estrangeiros jorraram em hotéis, parques temáticos e projetos ligados a entretenimento; a privatização das telecomunicações e de várias rodovias provocou melhoras na infraestrutura; houve o crescimento da formação profissional em todos os níveis (superior, médio e básico); novos cursos, como hotelaria, gastronomia e lazer somaram-se aos cursos de turismo como formadores de profissionais qualificados; e vários estados, municípios, empresas privadas e ONGs compreenderam a importância do turismo como fator de desenvolvimento e inclusão social. A partir de 2003, foi criado o Ministério do Turismo, antiga reivindicação do setor, possibilitando que os problemas da área fossem tratados em um ministério específico. As informações sobre turismo foram retiradas do site: http://www.turismo.gov.br/export/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_pub licacoes/Aprendiz_de_Lazer_e_Turismo.pdf http://www.turismo.gov.br/export/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/Aprendiz_de_Lazer_e_Turismo.pdf http://www.turismo.gov.br/export/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/Aprendiz_de_Lazer_e_Turismo.pdf 23 O que dizer do turismo na cidade de Petrópolis? Petrópolis nasceu do sonho do Imperador D. Pedro I, que descobriu os valores climáticos e belezas naturais da região serrana. Aqui D. Pedro II construiu seu Palácio, vivendo os melhores momentosde sua vida. Petrópolis foi fundada e entrou no mapa turístico. Palácios foram erguidos aos montes e hoje a cidade preserva várias construções desse gênero, algumas abertas a visitação. Essa atmosfera imperial, aliada a deslumbrantes paisagens montanhosas, fez crescer o turismo na cidade, trazendo pessoas em busca de requinte e sossego, transformando o destino em um polo de pousadas charmosas e gastronomia de primeira. 24 A presença do Imperador e da Corte, além de nobres, políticos, ricos negociantes e a intelectualidade da época em seus palácios, palacetes e casarões, contribuíram para a sua centenária configuração paisagística e arquitetônica, definindo o Centro Histórico ao longo de avenidas arborizadas integradas aos rios. Personalidades ilustres escolheram o solo petropolitano, do Visconde de Mauá ao Barão do Rio Branco; de Ruy Barbosa a Santos Dumont; de Gabriela Mistral a Vinícius de Moraes. Na República, Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek caminhavam pela Avenida Koeler, onde fica o Palácio Rio Negro. No local, estiveram presentes também os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. O Paraíso é Verde Polo de Ecoturismo da Região Serrana, Petrópolis abriga paisagens deslumbrantes. Inserida na primeira APA (Área de Proteção Ambiental) criada no país, integra o Parque Nacional da Serra Órgãos e possui dois grandes parques urbanos, o Parque Cremerie e o Parque Municipal de Petrópolis, em Itaipava, além de inúmeras praças e jardins. Orquidários e floriculturas também merecem uma visita, com destaque para o cultivo de orquídeas e bromélias. Adeptos dos circuitos ecorrurais encontram diversas opções de atividades nas localidades do Brejal, no Taquaril, em Araras, no Vale do Cuiabá e em Itaipava, dentre outras. Os praticantes de esportes de aventura também encontram, na cidade, condições ideais para cavalgadas, trekking, voo livre, rapel, canyoning, escaladas, mountain bike, off-road, arvorismo e outras modalidades. 25 A arte de bem receber Petrópolis é reconhecida pela arte de bem receber. A rede hoteleira, em plena expansão, se preocupa cada vez mais com alternativas para encantar e fidelizar seus clientes. A expansão da infraestrutura propicia reuniões de pequeno e médio porte, ideais para seminários, oficinas e treinamentos. Gastronomia de dar água na boca Petrópolis é um convite à boa mesa. Produtos exóticos, de alta qualidade e a mistura de culturas conferem à cidade uma gastronomia que prima pelos sabores inusitados. Nos últimos anos, esta verdadeira “fusão de delícias” atraiu inúmeros chefs que uniram seu conhecimento e talento para dar origem ao Vale dos Gourmets, eleito por especialistas como uma das melhores opções gastronômicas do Brasil. Localizado entre os distritos de Itaipava, Corrêas, Nogueira e Araras, o Vale dos Gourmets está repleto de recantos que oferecem experiências gustativas inesquecíveis, em ambientes acolhedores e cercados de inegável bom gosto. Boas compras O turista que vem a Petrópolis tem nas compras uma das opções mais interessantes de sua estada. Conhecida como o maior shopping a céu aberto do Brasil, a Rua Teresa oferece o que há de melhor em roupas e acessórios de moda. No Bingen, a oferta é variada: malharias, móveis e tecidos para estofados, produzidos por fábricas tradicionais da cidade, sempre com altíssima qualidade e preços competitivos. 26 Em Itaipava, lojas e shoppings repletos de artesanato local e roupas, além de uma infinidade de itens para decoração e da maciça concentração de antiquários. Quem deseja levar para casa um pouco do frescor e do sabor diferenciado da serra não pode deixar de conhecer o Hortomercado Municipal. Em suas prateleiras, frutas, verduras e legumes vindos diretamente da horta e regados pela água pura da montanha esperam por você, além de flores, condimentos, doces, bolos, artesanato. Todas as informações turísticas de Petrópolis: http://destinopetropolis.com.br/ Vamos pensar um pouco! Será que todas as viagens podem ser classificadas como turísticas? Sempre que alguém viaja, está fazendo turismo? As viagens se definem por suas motivações: militares, econômicas, políticas, etc. As viagens turísticas distinguem se dos demais tipos de viagens pelos objetivos que as induzem, isto é, viaja-se pelo prazer de viajar, por curiosidade ou divertimento. Por meio dos tempos, o homem procurou usar sua criatividade para pôr em marcha meios de locomoção cada vez mais aprimorados, que permitissem um deslocamento mais rápido pelo território e uma maior capacidade de transporte de pessoas e objetos. A evolução dos meios de transporte e de comunicação permite, hoje, que mais pessoas façam turismo. Tais conhecimentos favoreceram e incrementaram as viagens, pois lhes deram maior conforto e segurança. http://destinopetropolis.com.br/ 27 1- Com a ajuda de um dicionário e de outros livros, escreva no seu caderno os conceitos de viagem e viajante. 2- Discuta com seus colegas, defina e grife quais desses viajantes podem ser considerados turistas: Imigrantes – Diplomatas - Membros das Forças Armadas - Refugiados - Passageiros em trânsito - Nômades - Trabalhadores fronteiriços - Guias turísticos Conferencistas - Agentes de viagens - Comissários de bordo - Chefes de Estado - Empresários - Desportistas - Estudantes – Cientistas - Peregrinos 3- Agora que você separou os turistas dos demais tipos de viajante, liste as diferenças entre eles e conceitue: a- Turismo __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ b- Turista __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 4- Pesquise em jornais, revistas ou outras fontes, alguns roteiros de viagens, excursões, passeios e eventos de Petrópolis que possam ser considerados atividades turísticas. Recorte-os, cole-os em seu caderno. 5- Cada grupo de alunos deverá pesquisar e mostrar em um painel um dos temas propostos: • evolução dos meios de transporte; • evolução dos meios de comunicação; • descobertas e invenções que auxiliaram no desenvolvimento das viagens. 28 Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental de Petrópolis – APA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL A Área de Proteção Ambiental (APA) de Petrópolis, a primeira do país e a única localizada numa área urbana, possui 589,6 km2 de área, inclui do primeiro ao terceiro distritos do município de Petrópolis, além de parte dos municípios de Duque de Caxias, Magé e Guapimirim. Pelas suas características, a APA Petrópolis apresenta problemas e soluções únicos e que servem de modelo para outras unidades de conservação. Seu principal objetivo é a Preservação dos remanescentes de Mata Atlântica existentes na região. As terras de Petrópolis compõem a maior parte da APA Petrópolis e pertencem ao 1º Distrito em sua porção centro-sul e estão hoje urbanizadas e integrando os bairros Rocio, Duarte da Silveira, Mosela e Araras, limitando-se e integrando-se com a Rebio do Tinguá (Ibama) e a Reserva Biológica de Araras (IEF/RJ). Além desse distrito, a APA engloba também os distritos de Cascatinha (2º Distrito), Itaipava (3º Distrito) e Pedro do Rio (4º Distrito). Criada em 1982, a APA-Petrópolis abrange parte dos municípios de Petrópolis, Magé, Duque de Caxias e Guapimirim, num total de 59.049 hectares. Na prática, funciona como um tampão que impede a degradação dos recursos naturais,uma vez que 50% de sua área está coberta por Mata Atlântica. Além disso, é pioneira na gestão participativa. Seu Conselho Gestor, criado em 1997, é hoje formado por 78 entidades civis, cujos representantes se reúnem para planejar ações de educação e de recuperação ambiental, desenvolvimento sustentável e preservação do patrimônio. Para auxiliar esse trabalho, o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) trouxe para a APA-Petrópolis a mais alta tecnologia de gestão ambiental. 29 PARA SABER UM POUCO MAIS! O bairro do Cascatinha é o mais populoso de Petrópolis. A região guarda a Reserva Biológica da Alcobaça, onde está o manancial de água que abastece a comunidade. Há mais de 20 anos os moradores fazem aceiro ao redor da reserva para protegê-las das queimadas, uma ameaça às espécies, principalmente nesta época do ano. Essa Tecnologia permitiu a conclusão, ano passado, do Zoneamento Ambiental da APA-Petrópolis feito em parceria com o Instituto Ecotema, trabalho que identificou e cartografou os atributos ambientais, as características socioeconômicas e a vulnerabilidade natural da região. O Zoneamento indica para onde a cidade deve crescer e o que precisa ser recuperado. Além disso, serve de instrumento para o poder público e a sociedade civil planejarem o desenvolvimento sustentável. 30 VIROU NOTÍCIA: 21/10/2014 17h05 - Atualizado em 21/10/2014 17h57 APA e Reserva de Araras sobrevoam área queimada na Região Serrana, RJ Representantes da Reserva Biológica de Araras (RBA) e da Área de Proteção Ambiental (APA) fizeram um sobrevoo nas áreas que foram, por 13 dias, devastadas pelo fogo na Região Serrana. O objetivo é fazer um levantamento dos pontos destruídos para tentar identificar possíveis responsáveis pelos focos de incêndio, que têm características criminosas. Em Petrópolis, os incêndios florestais destruíram uma área de 5.150 hectares, o equivalente a 51,5 mil metros quadrados, depois destes 13 dias de queimada. O combate aos focos de incêndio envolveu o trabalho de mais de 150 homens dos bombeiros, várias equipes do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso), APA Petrópolis e Reserva Biológica de Araras (RBA), e contou ainda com helicópteros dos Bombeiros, Marinha e Exército. http://g1.globo.com/rj/regiao-serrana/noticia/2014/10/apa-e- reserva-de-araras-sobrevoam-area-queimada-na-regiao- serrana-rj.html http://g1.globo.com/rj/regiao-serrana/noticia/2014/10/apa-e-reserva-de-araras-sobrevoam-area-queimada-na-regiao-serrana-rj.html http://g1.globo.com/rj/regiao-serrana/noticia/2014/10/apa-e-reserva-de-araras-sobrevoam-area-queimada-na-regiao-serrana-rj.html http://g1.globo.com/rj/regiao-serrana/noticia/2014/10/apa-e-reserva-de-araras-sobrevoam-area-queimada-na-regiao-serrana-rj.html 31 1-Leia com atenção: Fonte: APA Petrópolis Criada em 1982, a APA-Petrópolis abrange parte dos municípios de Petrópolis, Magé, Duque de Caxias e Guapimirim, num total de 59.049 hectares. Na prática, funciona como um tampão que impede a degradação dos recursos naturais, uma vez que, 50% de sua área está coberta por Mata Atlântica. Além disso, é pioneira na gestão participativa. Seu Conselho Gestor, criado em 1997, é hoje formado por 78 entidades civis, cujos representantes se reúnem para planejar ações de educação e de recuperação ambiental, desenvolvimento sustentável e preservação do patrimônio. Assinale a alternativa CORRETA: ( ) APA é uma Área de Proteção Ambiental responsável pelo zoneamento ambiental, impedindo a utilização inadequada dos recursos naturais, tentando dessa forma desenvolver atividades de controle do clima regional; ( ) Na zona urbana, as áreas verdes são consideradas de extrema importância para o bem estar da população local, aumentando as temperaturas e evitando desmoronamentos; ( ) A APA Petrópolis abrange também parte dos Municípios de Magé, Duque de Caxias, Guapimirim e Teresópolis; ( ) A APA Petrópolis tem por objetivo conciliar as atividades humanas com a preservação da vida silvestre, a proteção dos recursos naturais e a melhoria da qualidade de vida da população. 32 2- Leia com atenção: Alerta contra queimadas no período de estiagem A prolongada estiagem, típica dessa época do ano, gera condições ideais para a propagação do fogo na vegetação. Para eliminar o risco de queimadas, é importante evitar ações aparentemente inofensivas, mas que podem provocar danos em grandes áreas de vegetação nativa de Mata Atlântica, que são o principal motivo da existência da Área de Proteção Ambiental (APA) de Petrópolis. Queima de lixo urbano e verde, limpeza de pastagens e campos através do fogo, além de desnecessárias, infringem leis municipais e federais. O fogo coloca em risco o abastecimento de água e gera assoreamento nos rios e erosão, além de colocar em risco espécies de plantas e animais. Assinale a alternativa em que se encontra a principal causa das queimadas e o período em que ocorrem: ( ) queima das matas para agricultura de subsistência nos períodos de janeiro a abril; ( ) queima de lixo e limpeza de pastos durante os meses de inverno; ( ) queima de florestas de forma criminosa para criação de loteamentos clandestinos; ( ) queima da mata durante os meses de junho e julho para construção de casas e novas pastagens. 3- Entre as opções abaixo, uma delas não faz parte dos objetivos e trabalhos da APA Petrópolis. Marque com um (x). Área de Proteção Ambiental (APA) de Petrópolis, a primeira do país e a única localizada numa área urbana. Possui 589,6 km2 de área, inclui do primeiro ao terceiro distritos do município de Petrópolis, além de parte dos municípios de Duque de Caxias, Magé e Guapimirim. Pelas suas características, a APA Petrópolis apresenta problemas e soluções únicos que servem de modelo para outras unidades de conservação. ( ) Estratégias para a recuperação das áreas degradadas; ( ) Limpeza rios e tratamento de esgotos; ( ) Preservação dos remanescentes de Mata Atlântica existentes na região; ( ) Conscientização das comunidades através de campanhas ambientais; 4- Explique a relação existente entre a preservação dos mananciais e a APA Petrópolis. __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 33 TRÂNSITO: Fiscalização eletrônica e velocidade. No trânsito, a qualidade de vida está diretamente ligada à existência de vias seguras para motoristas, ciclistas e pedestres. Por isso, os órgãos competentes investem na instalação de equipamentos que fiscalizam a velocidade dos veículos, o respeito à faixa de pedestre e ao semáforo. A fiscalização eletrônica auxilia os órgãos de trânsito no cumprimento das normas de segurança de trânsito definidas pela lei por meio da aplicação de tecnologia moderna de informática e eletrônica. Os equipamentos de fiscalização eletrônica medem a velocidade de todos os veículos, de forma democrática, registrando apenas aqueles que trafegam acima do limite de velocidade regulamentado ou que avançam o sinal vermelho. A imagem registrada do veículo serve como base ao Agente de Trânsito para a emissão do Auto de Infração e Notificação. O Código de Trânsito Brasileiro - Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997 - determina no seu art. 280, § 2º: “A infração de trânsito deverá ser comprovada por declaração da autoridade ou do agente da autoridade de trânsito, por aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual, reações químicas ou qualquer outro meio tecnologicamente disponível previamente regulamentado pelo CONTRAN”. 34 Atualmente, os principais equipamentos defiscalização eletrônica de velocidade aplicados no Brasil podem ser dos seguintes tipos: - Fixo: instalado em local definido e em caráter permanente (Lombada Eletrônica, Bandeira, Pardal); - Estático: instalado em veículo parado ou em suporte apropriado (Radar estático); - Móvel: instalado em veículo em movimento, procedendo à medição ao longo da via (Radar móvel); - Portátil: direcionado manualmente para o veículo (Radar portátil). Conheça os tipos de equipamentos que estão sendo instalados e utilizados: LOMBADA ELETRÔNICA: equipamento adequado para locais que necessitem de fiscalização permanente para assegurar a circulação de veículos dentro do limite máximo de velocidade regulamentado. A estrutura ostensiva da Lombada Eletrônica contribui para condicionar os condutores a respeitar a velocidade, sendo especialmente indicada para áreas com restrição de visibilidade e de conflito pedestres x veículos. RADAR FIXO: equipamento computadorizado, instalado em local definido e em caráter permanente, que registra automaticamente infrações de excesso de velocidade. RADAR FIXO/SEMAFÓRICO (Fotossensor): equipamento com as mesmas características do radar fixo que, além de registrar automaticamente infrações de excesso de velocidade, também registra infrações de avanço semafórico e parada sobre a faixa de pedestre. O objetivo do fotossensor é estimular o motorista a respeitar o sinal de trânsito e evitar atropelamentos e colisões. RADAR MÓVEL/ESTÁTICO: equipamento instalado em suporte apropriado, adequado para locais e períodos que necessitem de fiscalização eventual do respeito à velocidade regulamentada. RADAR PORTÁTIL: equipamento operado manualmente pelo agente de trânsito, com capacidade de monitoramento seletivo, adequado para trechos expressos e vias públicas, em locais e períodos que necessitem de fiscalização eventual do respeito à velocidade regulamentada. TALÃO ELETRÔNICO DE MULTAS/PALM TOP: dispositivo eletrônico portátil que substitui a tradicional fiscalização realizada com talonários de papel, o que permite mais agilidade e precisão na autuação e emissão da multa. Informações retiradas do site: http://www.cettrans.com.br/ 35 A fiscalização é eficaz por ser permanente e por abranger todos os tipos de veículos que transitam na via monitorada. A Lombada Eletrônica, por ser mais ostensiva que os outros dispositivos, apresenta índices de respeito superiores a 99,9%, de acordo com as estatísticas geradas pelos equipamentos Perkons. Os estudos mostram que a principal causa de acidentes é a imprudência do condutor, aliada ao excesso de velocidade. Experiências em todo o mundo demostram que um dos meios mais eficazes para reduzir o número de mortos e feridos em acidentes de trânsito é a adoção de um programa de fiscalização eletrônica. O Brasil é um dos primeiros países a utilizar a fiscalização eletrônica de velocidade por meio de equipamentos fixos, com a instalação das primeiras Lombadas Eletrônicas em 1992, e tem hoje um dos mais exitosos programas de monitoramento de trânsito. Dados do DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte - mostram que a implantação da fiscalização eletrônica em pontos críticos das rodovias federais e em trechos de vias urbanas contribuiu para a redução de aproximadamente 70% dos acidentes de trânsito. Por isso o Brasil foi citado como referência mundial em fiscalização eletrônica no livro "Reduzindo Acidentes", editado pelo BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento no ano 2001. O uso de equipamentos ostensivos, como as Lombadas Eletrônicas, foi decisivo para obter tais resultados, diferenciando o Brasil dos demais países. Informações retiradas do site: http://www.transitoideal.com.br/ Dica de vídeo: ANTES E DEPOIS DA LEI https://www.youtube.com/watch?v=4DjA_ljh7Og https://www.youtube.com/watch?v=4DjA_ljh7Og 36 O QUE É A LEI SECA? A Lei Seca foi promulgada em 2008 com objetivo de reduzir os acidentes provocados por motoristas embriagados no Brasil, endurecendo as punições contra quem bebe antes de pegar o volante. No Brasil, porém, não se pode obrigar um suspeito a produzir provas contra si mesmo. Agora, o futuro da Lei Seca está nas mãos do Supremo Tribunal Federal. Uma ação direta de inconstitucionalidade questiona o artigo, que fixa o limite de álcool no sangue e a possibilidade de recusa do teste do bafômetro. Números dão uma ideia da gravidade do problema que o STF tem em mãos: em 2011, 18% dos brasileiros declararam ter bebido cinco ou mais doses em uma única noitada no mês anterior. Desses, 10% admitiram ter voltado para casa guiando. Atualmente, o Brasil é o quinto país com o maior número de vítimas no trânsito, atrás apenas de Índia, China, Estados Unidos e Rússia. Dica de vídeo: Programa Observar - Direção Álcool https://www.youtube.com/watch?v=puMQ0KwD_DU#action=share https://www.youtube.com/watch?v=puMQ0KwD_DU#action=share 37 1- Que tal propor aos alunos a realização de um júri simulado, no qual dois grupos irão apresentar argumentos, ou para defender a continuação da Lei Seca, ou para expor e defender outra medida (ou conjunto de medidas) criada pela equipe no âmbito da utilização de veículos automotores por motoristas alcoolizados. Desse modo, objetivando saber o que os alunos conhecem sobre a dinâmica de desenvolvimento de um júri, o professor deverá questioná-los: “Alguém já assistiu a um júri em filmes ou novelas?”, “Qual é a finalidade de um júri?” e “Quais os seus componentes?”. EXPLICANDO A DINÂMICA Inicialmente, o professor esclarecerá os papéis dos personagens de um júri: 1. Réu: personagem a ser defendido ou acusado, no caso, a Lei Seca. 2. Juiz: acompanha e dá a sentença final do júri. 3. Advogados de defesa: defendem o “réu” e contestam as acusações dos promotores. 4. Promotores (advogados de acusação): devem acusar o “réu” buscando sua condenação. 5. Ao professor, caberá o papel de acompanhar e organizar o desenvolvimento do júri. O professor deverá ressaltar a importância do juiz, frisando que este determinará a sentença final, a partir das argumentações da defesa e acusação, e não por afinidade com qualquer componente do júri. Para isso, faz-se necessário que se escolha um juiz neutro (fora do ambiente da sala de aula), mas que tenha conhecimento sobre o assunto a ser discutido. Propõem-se as seguintes pessoas para representar este personagem: professor escolhido pela turma, pais de alunos, profissional do Detran ou estudante de Direito. 2-Veja a charge ao lado e crie um pequeno texto sobre o assunto: ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ ________________________________________ 38 O Plano de Koeler O Major Júlio Frederico Koeler fez a planta geral da povoação-palácio, o projeto do Palácio Imperial e, em janeiro de 1845, colocou na Bolsa de Valores as ações da Companhia de Petrópolis, criada por ele, para a execução de seus planos e projetos. As ações da Companhia foram vendidas em quatro meses e dois meses após, em 29 de junho, começaram a chegar os imigrantes alemães para se instalarem e começar o trabalho. Com recursos financeiros e mão de obra livre, a construção da povoação- palácio estava assegurada. Além disso, os governos provinciais de Caldas Vianna, em 1843, e Aureliano Coutinho, em 1845, deram integral apoio ao plano traçado peloMordomo Imperial e por Koeler. O palácio de verão era uma tradição das monarquias europeias. A Casa de Bragança em Portugal veraneava no Paço Real e no Palácio da Pena, ambos em Sintra. Dom Pedro II não tinha muita simpatia nem pelo Convento nem pela Fazenda de Santa Cruz. Unidade II Major Júlio Frederico K l 39 COMO TUDO COMEÇOU... O plano urbanístico de Koeler apresentava claras indicações de zoneamento, hierarquização do sistema viário, normas de parcelamento da terra, de ocupação e construção, sistemas de abastecimento d’água e esgotamento sanitário. Pela primeira vez no Brasil, os rios correm na frente e não nos fundos das residências, como era usual no padrão colonial português. Koeler rejeitava, assim, o antigo conceito de que os cursos d’água seriam naturais coletores de dejetos. Os rios passam a ser vistos como um complemento de arquitetura urbana, a exemplo do que se fazia na Europa. 40 Pela escritura de arrendamento de 26 de julho de 1843, obrigava-se Koeler “a levantar a planta da futura Petrópolis e do palácio e suas dependências gratuitamente”. Nas palavras de Alcindo Sodré, “Petrópolis nasceu com a construção do Palácio Imperial”. De fato, foi em torno do palácio que a povoação começou a delinear-se. Em suas vizinhanças, ficavam as residências nobres, os edifícios públicos, os edifícios comerciais, a igreja matriz. Arrendamento da Fazenda do Córrego Seco Quando uma pessoa não quer ou não pode tomar conta de suas propriedades, uma solução é arrendá-las ou alugá-la a alguém. No caso da Fazenda Imperial, Koeler a arrendaria por nove anos, podendo explorar o rancho, mudando de lugar, se quisesse, e admitir foreiros em qualquer lugar do terreno, menos os reservados para vila e o palácio, cobrando deles os foros para si próprio durante esse tempo. Por outro lado, devia pagar pelo arrendamento à Casa Imperial um conto de réis por ano e se obrigava a responsabilidade da construção da vila e do palácio. Ao assinar a escritura de arrendamento, Koeler empenhou todos os seus bens, os que tinha e os que viesse a ter, pelo cumprimento do contrato. Livro: Petrópolis Cidade Imperial “Nossas montanhas, nossa gente, nossa herança” Autora Vera Abad. 41 1- Pense bem e responda: a- O que fez o Major Júlio Frederico Koeler para financiar o projeto da povoação-palácio? ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ b- Dê algumas características do plano urbanístico de Koeler. ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ c- Comente a frase: “Petrópolis nasceu com a construção do Palácio Imperial”. ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ d- Explique com suas palavras o que foi o arrendamento da Fazenda Córrego Seco. ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ 2- Leia com atenção: “Era uma vultosa empreitada, que iria consumir consideráveis investimentos públicos e privados nos anos seguintes. Entretanto, o Império estava em boa condição financeira, com o afastamento dos ingleses da nossa economia, com a proibição do tráfego negreiro e principalmente, com o ‘boom” do café. O Mordomo mandou primeiro o engenheiro alemão Júlio Frederico Koeler construir a Estrada Normal da Serra da Estrela para tornar possível o acesso de carruagens à Fazenda do Córrego Seco, uma vez que o Caminho Novo era apenas para tropas de mulas. Em seguida, após o casamento de Pedro II, aos 18 anos, com Da. Teresa Cristina, apresentou-lhe o projeto, que foi aprovado”. Site da Prefeitura de Petrópolis - www.petropolis.rj.gov.br Qual das opções abaixo apresenta o projeto mencionado no texto? ( ) Projeto: “Arrendamento da Fazenda do Córrego Seco”. ( ) Projeto: “Povoação Palácio de Petrópolis”. ( ) Projeto: “Construção do Palácio da Concórdia”. ( ) Projeto: “A criação da Câmara Municipal de Petrópolis”. http://www.petropolis.rj.gov.br/ 42 OS QUARTEIRÕES – UM POUCO DE SUA HISTÓRIA O território inicialmente destinado à construção da cidade foi dividido em vilas, áreas centrais, mais vinculadas ao palácio, previstas para maior densidade demográfica, e quarteirões, nos quais os prazos (lotes) tinham dimensão suficiente para permitir a subsistência de uma família. Quarteirão significa o mesmo que bairro. A planta elaborada por Koeler apresentou Petrópolis composta de: Duas vilas: 01 - Vila (Vila Imperial) 02 - Vila Teresa Onze quarteirões: 03 - Bingen 04 - Castelânea 05 - Ingelheim 06 - Mosela 07 - Nassau 08 - Palatinato Superior 09 - Palatinato Inferior 10 - Renânia Central 11 - Renânia Inferior 12 - Siméria 13 - Westfália 43 Poucos anos depois, com o prosseguimento dos trabalhos de demarcação e ocupação de espaço mais amplo destinado à cidade de Pedro, definiram-se, segundo a planta de 1854, de Otto Reimarus, outros onze quarteirões: 14 - Brasileiro 15 - Darmstadt 16 - Francês 17 - Inglês 18 - Mineiro 19 - Presidência 20 - Princesa Imperial 21 - Renânia Superior 22 - Suíço 23 - Woerstadt 24 - Worms. Com essa figura de duas vilas e 22 quarteirões, ficou fixada a estrutura física do coração de Petrópolis, vigente até hoje. Os nomes foram escolhidos por Koeler e sucessores em homenagem: 1 - a locais da Alemanha, de onde veio grande parte das pessoas envolvidas na criação e no desenvolvimento da cidade (Bingen, Castelânea, Darmstadt, Ingelheim, Mosela, Nassau, Palatinato, Renânia, Siméria, Westfália, Woerstadt e Worms), 2 - a grupos nacionais integrantes da população petropolitana (Brasileiro, Francês, Inglês, Suíço), 3 - à coroa (Vila Imperial, Vila Teresa, Princesa Imperial), 4 - ao governo da província (Presidência) 5 - e à região para a qual se dirigia a mais importante estrada que cruzava Petrópolis (Mineiro). 44 No caso dos Palatinatos e das Renânias, “Superior” é aquele que está mais acima no rio, mais perto da nascente dele, “Inferior” é o que está mais abaixo e “Central”, evidentemente, a porção que fica entre os dois. O projeto de Koeler fundou-se, o mais possível, no aproveitamento dos vales como unidade concentradora dos habitantes sob as mesmas condições. A conformação física daquilo que se define como vale foi o elemento fundamental para a distribuição das terras e a localização da morada dos colonos e outras pessoas, procurando dar a todos prazos com os mesmos e melhores atributos. O plano proporcionou qualidade de vida invejável porque, para a ordenada ocupação, impôs respeito à natureza, com as correções necessárias, e ofereceu fácil acesso à sede da administração, correndo os caminhos sempre no nível mais suave, ao lado dos cursos d’água. Por isso os quarteirões foram basicamente constituídos ao longo das bacias dos três principais rios da cidade, o (1) Palatino, antigo Córrego Seco, o (2) Piabanha e o (3) Quitandinha. De acordo com esta orientação geral, pode-se armar o seguinte esquema dos quarteirões: (1) Bacia do Palatino: Palatinato Superior (Limpo) Palatinato Inferior Suíço (2) Bacia do Piabanha: Woerstadt (Meyer) Bingen Darmstadt (Avé Lallemant) Ingelheim (Alpoim) Mosela (Paulo Barbosa) Nassau Westfália Brasileiro (São Rafael) (3) Bacia do Quitandinha: Worms Inglês Renânia Superior (Moss) Renânia Central Renânia Inferior Siméria (Saturnino) Castelânea (Verna, Aureliano) 45 1.Observe o mapa com atenção! De acordo com o mapa, marque a opção correta: ( ) O Rio Quitandinha atravessa os quarteirões Italiano e Inglês. ( ) As águas dos rios Palatinoe Quitandinha se encontram próximo do Palácio de Cristal. ( ) A Castelänea pertence ao quarteirão Brasileiro. ( ) O Palácio de Cristal pertence ao quarteirão Francês 2- Faça a correspondência: (A) BACIA DO PALATINO (B) BACIA DO QUITANDINHA (C) BACIA DO PIABANHA 3- Produza, em seu caderno, um pequeno texto explicativo sobre a origem e a história dos quarteirões em Petrópolis. 4- Koeler deu aos quarteirões os nomes de localidades alemãs. Dados os respectivos nomes dos quarteirões, qual a opção que apresenta erro. ( ) Mosela – Bingen – Renânia ( ) Wesftfália – Siméria – Palatinado ( ) Nassau – Ingelheim – Quitandinha ( ) Darmstadt – Woerstadt – Palatinado ( ) Renânia ( ) Mosela ( ) Suíço ( ) Bingen ( ) Siméria “Em torno da Vila Imperial, Koeler traçou os quarteirões coloniais, cuja existência se consolidou com a chegada dos alemães em 1854, quando se formou a Imperial Colônia de Petrópolis”. História de Petrópolis - Henrique José Rabaço – Instituto Histórico de Petrópolis – 1985, pág 66 46 O turista e os tipos de turismo. “Turismo é uma atividade econômica, representada pelo conjunto de transações - compra e venda de produtos turísticos - efetuados entre agentes econômicos do turismo, gerado pelo deslocamento voluntário e temporário de pessoas para fora dos limites da área ou região em que têm residência fixa, por quaisquer motivos, executando-se o de exercer alguma atividade remunerada no local de visita”. Definição da Organização Mundial de Turismo - OMT. VAMOS LEMBRAR! Turista: viajante que se desloca para um ou mais lugares diferentes de sua residência habitual e lá permanece por mais de 24 horas, mas com intenção de retorno. Além disso, não participa do mercado de trabalho no destino. As pessoas têm diferentes razões e motivações para viajar, o que as leva a optar por visitas a diferentes locais. Tipos de Turismo Vamos conhecer alguns tipos de turismos praticados principalmente no Brasil. Nosso país tem muito a oferecer, sendo necessário o investimento em infraestrutura e marketing para que ele se desenvolva em toda sua enorme potencialidade na atividade turística. 47 Turismo de sol e praia: caracteriza-se pelas atividades turísticas relacionadas à recreação, entretenimento ou descanso em praias por causa da presença de água, sol e calor. Turismo náutico: caracteriza-se pela utilização de embarcações náuticas como meio ou como finalidade da movimentação turística, e pode ser classificado em turismo fluvial, turismo em represa, turismo lacustre e turismo marítimo. Turismo cultural: como fenômeno social, produto da experiência humana, cuja prática aproxima e fortalece as relações sociais e o processo de interação entre indivíduos e seus grupos sociais, ou de culturas diferentes. Está relacionado “à vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural e dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura”. Turismo de estudos e intercâmbios: constitui-se da movimentação turística gerada por atividades e programas de aprendizagem e vivência para fins de qualificação, ampliação de conhecimento e de desenvolvimento pessoal e profissional. Turismo cívico: caracterizado por deslocamentos motivados pelo conhecimento de monumentos, fatos, observação e participação em eventos cívicos, que representem a situação presente ou a memória política e histórica de determinado local. Turismo de negócios e eventos: compreende as atividades turísticas decorrentes das relações de interesses profissionais, associativos, institucionais de caráter comercial, técnico-científico, promocional e social. 48 Turismo de esportes: a definição adotada pelo Ministério do Turismo estabelece que esse tipo de turismo compreende as atividades turísticas decorrentes da prática, envolvimento ou observação de alguma modalidade esportiva. Turismo de aventura: compreende os movimentos turísticos decorrentes da prática de atividades de aventura de caráter recreativo e não competitivo. É importante destacar que se consideram atividades de aventura aquelas cujo prêmio é a superação de seus limites pessoais, caracterizadas como atividades de recreação e não de competição. Este tipo de turismo, quando organizado ou intermediado por prestadores de serviços e operadores de agências de turismo, está submetido a normas e regulamentos de segurança, elaborados pelo Ministério do Turismo, que orientam o processo de certificação dos serviços. Turismo de saúde: É aquele praticado por pessoas que se deslocam em busca de climas ou estações de tratamento onde possam recuperar a saúde física e/ou mental (EMBRATUR, 1992). Também pode ser chamado de turismo de tratamento ou terápico, destacando-se para esse fim o termalismo, em razão da valorização dos agentes naturais de cura (EMBRATUR, sem data). Turismo religioso: caracteriza-se pelas atividades turísticas decorrentes da busca espiritual e da prática religiosa em espaços e eventos relacionados às religiões institucionalizadas. Essa atividade turística está relacionada às religiões institucionalizadas, tais como as afro-brasileiras, espíritas, católicas e protestantes, compostas de dogmas, hierarquias, estruturas, templos, rituais e sacerdócio. Podem ser citados, como exemplos dessas atividades, as peregrinações e romarias, retiros espirituais, visitação a espaços e edificações religiosas, dentre outras. Turismo rural: é o conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade. 49 Turismo místico e esotérico: são atividades turísticas relacionadas às práticas, crenças e rituais alternativos, que ocorrem em função da busca da espiritualidade. Caminhadas de cunho espiritual e místico, práticas esotéricas, técnicas de meditação e de energização, dentre outras, são exemplo deste tipo de atividade turística. Ecoturismo: a definição deste tipo turismo vigora desde 1994, quando a EMBRATUR e o Ministério do Meio Ambiente assim estabeleceram na publicação Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo: “(...) segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista por meio da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar da população”. A mesma definição é, ainda hoje, adotada pelo Ministério do Turismo. Turismo de pesca: compreende as atividades turísticas decorrentes da pesca amadora, entendida como atividade de pesca praticada por brasileiros ou estrangeiros com finalidade de lazer, turismo ou desporto, sem finalidade comercial. Turismo social: caracteriza-se pela forma de conduzir e praticar a atividade turística promovendo a igualdade de oportunidade, a equidade, a solidariedade e o exercício da cidadania na perspectiva da inclusão. Os diferentes segmentos do turismo são estabelecidos a partir de elementos da identidade da oferta e das características e variáveis da demanda turística. Assim, os tipos de turismo decorrem da forma como a atividade se apresenta e se organiza em determinado lugar. 50 1- Procure no caça palavras as respostas que correspondem corretamente a cada afirmação abaixo: 1.Atividade turística decorrentes da pesca, com finalidade de lazer, turismo ou desporto. _______________________. 2. Atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista. _______________________. 3.Atividade turística relacionadas às práticas, crenças e rituais. _______________________.4. Atividade turística desenvolvida no meio rural, comprometido com a produção agropecuária. _______________________. 5. Atividade turística decorrente da busca espiritual e da prática religiosa em espaços e eventos relacionados às religiões institucionalizadas. _______________________. 6.Também pode ser chamado de turismo de tratamento para fim de termalismo em razão da valorização dos agentes naturais de cura. _____________________. 7. Prática de atividades de aventura de caráter recreativo e não competitivo. _______________________. 8.Atividade turística decorrentes da prática, envolvimento ou observação de alguma modalidade esportiva. _________________________. 9.A atividade turística decorrente da relação de interesse profissional, associativo, institucional de caráter comercial, técnico-científico, promocional e social. ________________________________. 10.Escreva o que se entende sobre os seguintes tipos de turismo: a- Turismo Cultural - _________________________________________________ b- Turismo de Sol - _________________________________________________ c- Turismo Náutico - ________________________________________________ d- Turismo de Intercâmbio - ___________________________________________ A R E L I G I O S O E S D A E Q G V U B P S E F Z W S U A Y A E O S G V A F O D E W S T P H B Z G L Y S D C E O S A U D E T A G A R R J M X E M J F H A I T K N C F N K N B S C E L H V U B L H J D O Q E C O T U R I S M O W Ç T B I V U J Y C T E P G M O C R I G V T R O B U P A A O V G D T I N P A Z L Ç B H C Y A V E N T U R A K M U N E G O C I O M L Ç 51 Turista chega seguro ao seu destino com o cinto se segurança. Quem realiza uma viagem turística de carro ou ônibus sabe da importância do uso do cinto de segurança nas estradas. Vamos lembrar que o uso do cinto não é uma prioridade apenas nas estradas, mas no trânsito das ruas, no dia a dia dos motoristas e passageiros. Artigo 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor e passageiro em todas as vias do território nacional, salvo em situações regulamentadas pelo Contran. Artigo 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a serem estabelecidos pelo Contran: I - Cinto de segurança, conforme regulamentação específica do Contran, com exceção dos veículos destinados ao transporte de passageiros em percursos em que seja permitido viajar em pé. A SEGURANÇA DO CINTO A primeira patente de invenção do cinto de segurança foi requerida, em 11 de maio de 1903, pelo francês Gustave Dèsirè Lebeau. Criciúma-SC foi a primeira cidade a adotar o cinto. Há uma chance em 1000 de salvar-se sem o cinto de segurança. O uso do cinto de segurança reduz em 60% o número de mortes. A combinação do cinto de 3 pontos com o air-bag pode reduzir em 80% as mortes, O cinto reduz 60%, O air-bag reduz em 20%. Uma criança de 25 Kg no banco traseiro, no momento da colisão a 50 Km/h, é lançada para frente com o peso igual ao de um filhote de elefante (2,5 ton.). 52 O uso do cinto de segurança é uma forma de garantir a vida. Ao entrar no veículo, não deixe de colocá-lo, e peça para que todos os passageiros usem também. Quando o veículo estiver em movimento, mantenha o banco de forma que o cinto de segurança fique sobre o ombro e nunca perto da face ou pescoço. No caso do cinto abdominal, este deve estar acomodado sobre a região pélvica, com folga de aproximadamente 3 cm. Outro cuidado é verificar se o cinto está torcido e estendê-lo para fixar o clipe. Cinto de segurança, velocidade e desaceleração dos órgãos. O uso do cinto de segurança não impede que o acidente ocorra; ele apenas ameniza as consequências do acidente nos condutores e nos passageiros. Portanto, é importante que o motorista em alta velocidade mantenha distância do veículo da frente, somente mude de faixa e ultrapasse se a sinalização permitir e faça isso após certificar-se que é realmente seguro, sem se esquecer de sinalizar antecipadamente essas intenções e se adapte às condições adversas. Cinto de Segurança para Crianças Crianças não são adultos em tamanho reduzido. Possuem corpos ainda em formação e mais delicados e, por isso, é preciso ter uma atenção especial no momento de transportá-las no interior de veículos. 53 Vamos entender o que é a desaceleração dos órgãos humanos. Inércia: propriedade Física da matéria que determina: se um corpo está no movimento estático (parado, repouso), permanece neste estado de movimento. Se está em movimento dinâmico (movimento), permanece neste estado no sentido reto se não for submetido a nenhuma ação, ou seja, esta lei da Física determina que os corpos permaneçam no estado de movimento em que estão, a não ser que uma força exerça uma ação modificando-o. (Princípio formulado por Galileu, posteriormente confirmado por Newton, chamado: 1ª lei de Newton ou Princípio da Inércia. “Todo corpo permanece em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em linha reta a menos que seja obrigado a mudar seu estado por forças impressas a ele.”). Como funciona na prática? Podemos observar isso quando estamos em pé dentro de um ônibus. Assim que o motorista coloca o veículo em movimento, os passageiros tendem a deslocar-se para trás, o corpo quer permanecer no estado de movimento estático. Quando o motorista para ou freia, os passageiros deslocam-se para frente. Quando o condutor faz uma curva, ele e os passageiros têm a impressão de estarem sendo jogados para fora da curva. Na realidade, os corpos estão tentando manter-se em sua trajetória em linha reta, e o veículo tentando-os virar, mas quem está sob a ação da inércia é o veículo. Dica de vídeo: Veja a importância do cinto de segurança no banco traseiro - https://www.youtube.com/watch?v=E664H6ZMUe https://www.youtube.com/watch?v=E664H6ZMUe 54 Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010 mostrou que 62,7% dos passageiros que andam no banco de trás dos carros ou vans não usam o cinto de segurança. Na frente do veículo, o número cai para 27,8%. Desaceleração dos órgãos humanos: também chamadas lesões ocultas ou potenciais. Isso acontece nos acidentes de trânsito quando o veículo está em alta velocidade e colide. Nosso corpo é parado abruptamente e os órgãos continuam em inércia, rompendo suas estruturas de fixação e eles mesmos. Observe com atenção a imagem abaixo: 55 Por exemplo: num impacto, o cérebro, olhos, coração, pulmões, fígado, baço, rins, bexiga, etc. continuam o deslocamento para o sentido em que o corpo foi projetado até colidirem com as partes internas das cavidades em que se situam, gerando destruição de seus tecidos. Outra maneira de esclarecer este aspecto é a Cinemática do Trauma, ou seja, uma colisão, na realidade, representa três colisões. A primeira do veículo com o objeto. A segunda é a pessoa com o interior do veículo. A terceira é a colisão dos órgãos com as paredes internas do nosso corpo. Em nossos olhos, ocorre o deslocamento da retina. Tipos de cintos de segurança O Cinto de Três Pontos: Oferece maior proteção porque a força do impacto é distribuída e absorvida por ele em toda área de contato com o corpo, trabalhando com a estrutura esquelética humana adulta. Para usá-lo corretamente, devemos sentar com a coluna ereta fazendo um ângulo de noventa graus com as pernas; daí o cinto diagonal passa pelo meio do ombro e se estende pela coluna vertebral até o engate nos quadris. O cinto sub abdominal ou pélvico deve ser colocado na articulação dos quadris e não na barriga. O Cinto Diagonal: Preso atrás do ombro e ao lado do quadril, impede que a pessoa seja lançada para frente, mas o corpo pode passar por baixo do cinto, causando lesões no pescoço e até mesmo estrangulamento.Isso é chamado efeito submarino. Cinto de Dois Pontos, Sub Abdominal ou Pélvico: colocado na articulação dos quadris, não impede que o corpo se dobre e seja arremessado para a frente, causando lesões no tórax, pescoço e cabeça. Seja qual for o modelo, não pode ser usado torcido, embaixo do ombro, desgastado pelo sol, com as fibras das cintas se desprendendo, amarrado, costurado, sistema de engate-desengate e estiramento defeituoso, modificado ou não instalado por profissionais com conhecimento específico. FICA A DICA! 56 1-As estatísticas indicam que o uso do cinto de segurança deve ser obrigatório para prevenir lesões mais graves em motoristas e passageiros no caso de acidentes. Fisicamente, a função do cinto está relacionada com a: ( ) Primeira Lei de Newton; ( ) Lei de Snell; ( ) Lei de Ampère; ( ) Lei de Ohm; ( ) Primeira Lei de Kepler. 2-Assinale o item em que não é obrigatório o uso do cinto de segurança: ( ) em trajetos muito curtos ( ) com um condutor cuidadoso ( ) em um veículo com película nos vidros ( ) em nenhuma circunstância ( ) com o fecho do cinto quebrado ( ) quando houver air-bag 3- Por que o uso do cinto é obrigatório no banco traseiro? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 4- O uso do cinto é: ( ) necessário ( ) indispensável ( ) obrigatório ( ) substituível ( ) dispensável ( ) desnecessário no banco traseiro ( ) inconstitucional ( ) regulamentado 5- Coloque ( F) falso ou ( V) verdadeiro: ( ) O cinto protege mais em veículos de menor massa. ( ) Em uma colisão entre um automóvel e um caminhão, a probabilidade de ferimento grave é maior no caminhoneiro. ( ) O número de lesões graves ou fatais se relaciona diretamente com a velocidade do veículo. 57 ( ) Em colisões laterais, o cinto oferece menos proteção que em colisões frontais. ( ) Em capotamentos, o cinto oferece maior proteção que em colisões frontais. 6- Descreva os riscos que correm os ocupantes do banco traseiro do carro sem o cinto. __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 7- Quando e por que o encosto de cabeça é indispensável? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 8- Que dispositivos de retenção devem usar, respectivamente, crianças de até 1 ano de idade, de 1 a 4 anos e de 4 a 7 anos? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 9- Com que idade a criança pode usar o cinto de segurança do veículo? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 10- Crie mensagens para os motoristas sobre a importância do cinto de segurança e espalhe pelo seu bairro. 58 UM PROJETO URBANISTICO PREOCUPADO COM O MEIO AMBIENTE Koeler era bastante preocupado com o meio ambiente, o que fica patenteado no art. 6º das Instruções para execução do Decreto Imperial nº 155, estabelecendo a reserva, no alto das montanhas e colinas, das matas necessárias à conservação das águas. Pretendia, assim, evitar não só o esgotamento dos recursos hídricos, como o deslizamento das encostas, visto que a tênue capa arborizada de muitos terrenos íngremes e rochosos tornava-os predispostos à erosão quando submetidos às chuvas torrenciais de verão. O §3º do art. 15 obriga os foreiros “a velar pela conservação das árvores destinadas ao assombramento das estradas, ruas, caminhos e praças e das matas reservadas para construção sitas em sua frente ou fundos.” O desmatamento aliado à impermeabilização do solo consequente dos loteamentos indiscriminados – muitos deles clandestinos – tem sido a causa determinante do transbordamento dos cursos d’água por ocasião das chuvas torrenciais. Koeler não se opunha ao crescimento vertical moderado, desde que limitada a altura das construções em função da largura dos logradouros. Essa norma, então, foi totalmente “atropelada”. O zoneamento concebido por Koeler foi o primeiro, no Brasil, determinado a prior”, em harmonia com o conjunto do plano. O que nos impressiona é a sua visão extraordinária ao estabelecer normas de indiscutível validade ainda nos dias de hoje. 59 Problemas Ambientais e a Ocupação Desordenada A difícil ocupação racional do solo, devido à sua topografia totalmente irregular, característica das regiões de serras e maciços rochosos foi agravada pelo intenso fluxo migratório das últimas décadas. Em virtude desse crescimento demográfico e, fundamentalmente, pela falta, ao longo dos anos, de um planejamento urbano que permitisse o acesso à moradia para todas as camadas econômicas existentes, iniciou-se um processo de ocupação desordenada do solo. Tal processo desencadeou profunda degradação ambiental, que resultou em um relevante aumento de erosões de encostas, com significativa descaracterização da mata e grande perda de volume d'água potável pelo ressecamento ou contaminação dos mananciais e nascentes d'água. Estima-se que o município de Petrópolis possui, hoje, pelo menos, 150 (cento e cinquenta) aglomerados residenciais urbanos com populações de baixa renda, sendo que a quase totalidade destas comunidades encontra- se estabelecida em áreas de encostas ou beira de rios, com ocupações desordenadas, que descaracterizaram radicalmente o ambiente natural. Tal fato, aliado ao precário sistema urbanístico existente nestes locais, acelera o processo erosivo do solo, resultando em centenas de pontos com risco de escorregamento de terra e/ou desprendimento de rochas. 60 VEJA A IMAGEM: Governo do Estado do Rio de Janeiro – SEDEIS. Departamento de Recursos Minerais – DRM-RJ Relatório Técnico – Petrópolis – RJ 03/2013 Carta de Risco Remanescente dos Escorregamentos disseminados “do Independência”. Em amarelo, as cicatrizes dos escorregamentos e, em vermelho, os polígonos, com as casas para as quais evacuação é absolutamente inquestionável. QUADRO ATUAL DE MORADIAS EM SETORES DE RISCO MUITO ALTO E ALTO DE PETRÓPOLIS Governo do Estado do Rio de Janeiro – SEDEIS. Departamento de Recursos Minerais – DRM-RJ Relatório Técnico – Petrópolis – RJ 03/2013 Os deslizamentos de encostas são fenômenos naturais, que podem ocorrer em qualquer área de alta declividade por ocasião de chuvas intensas e prolongadas. No entanto, a remoção da vegetação original e a ocupação urbana tendem a tornar mais frágil o equilíbrio naturalmente precário. 61 1-Veja os dois esquemas abaixo: Assinale a alternativa correta segundo as ilustrações acima: ( ) O crescimento urbano em Petrópolis vem exercendo forte pressão sobre as áreas de mata original, com ocupação de novas áreas de risco e diminuição da qualidade de vida da população; ( ) O desenho mostra o crescimento da construção civil em Petrópolis oferecendo maior oferta de casas para a população carente do município; ( ) O crescimento das áreas verdes em Petrópolis, graças
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