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AULA 5 - DPOC - PNEUMOLOGIA

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P�E���LO���
DO��ÇA PU���N�� OB��R����A C�ÔNI�� (D�O�)
➢ É uma doença de alto impacto e alta morbidade;
➢ Um espectros de anormalidades pulmonares que
causam uma obstrução dos brônquios;
➢ É uma doença prevenível, tratável, mas de lesão de
características irreversíveis;
➢ Não é totalmente irreversível - Síndrome de overlap:
associação da DPOC com outras causas de
broncoconstrição;
➢ É pulmonar, mas gera consequências sistêmicas;
➢ É uma inflamação eosinofílica nas pequenas vias;
➢ Irritação brônquica;
➢ Crônica e progressiva;
➢ Relação com tabagismo (> 40 maços/ano);
➢ Relação com exposição ambiental;
B�O�Q���E C�ÔNI��
Tosse crônica em 3 meses por 2 anos consecutivos.
O distúrbio deve ser primário para ser classificado como
bronquite.
EN����MA
Aumento histológico do alvéolo por destruição da
arquitetura do alvéolo.
QU���� C�ÍNI�� DE D�O�
Divisão de GOLD
PINK PUFFER
○ Enfisematoso;
○ Compensa a doença com uma hiperventilação;
○ Mais emagrecido;
○ Baixa hipoxemia e baixa disfunção de VD, e por isso
eles são rosados, eles fazem eritrocitose secundária;
○ Importante fazer hemograma para verificar anemia,
às vezes, é a eritrocitose secundária que está
causando a descompensação.
BLUE BLOATER
○ Bronquítico;
○ Mais hipoxêmico;
○ Tem mais disfunção de VD e sistêmico
Na prática a gente vê a junção dos dois perfis!
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P�E���LO���
➢ Tosse produtiva: duração de 3 meses por no mínimo
2 anos, quantificar e qualificar o escarro, mais de 2
colheres de sopa podem ser uma bronquiectasia
secundária junto com DPOC. Se aumenta ou muda
abruptamente o perfil do escarro pode ser que o
paciente fez uma exacerbação infecciosa à doença;
[Escarro normal é hialino]
➢ Desconforto torácico;
➢ Sibilância/ Chiado;
➢ Hemoptise pela bronquite crônica;
➢ Dispnéia progressiva - dificuldade na inspiração;
➢ Taquipneia; - pelo aumento da frequência
respiratória para compensar a obstrução, a obstrução
aumenta o volume residual no pulmão;
➢ Intolerância ao exercício;
➢ Hipoxemia - marcador de gravidade, pode ter DPOC
sem hipoxemia;
➢ Tórax em barril;
➢ Taquicardia; Para taquipneia e taquicardia usa beta
1-seletivo (atenolol, nebivolol,…)
➢ Palpitação;
➢ Arritmia;
➢ Pneumotórax espontâneo;
➢ Cor pulmonale;
➢ Congestão sistêmica;
➢ Hipertensão pulmonar;
➢ Taquidispneia grave;
➢ Fala encurtada;
➢ Esforço respiratório/ Musculatura acessória.
TA����MI� DA D�O�
DE����ÊN�I� DA AL�� 1-AN���R���IN�
➢ Inibidor da elastases de neutrófilo;
➢ No pulmão ela se liga a elastases de neutrófilo e vai
impedir que seja liberado excessivamente o
parênquima pulmonar durante a inflamação;
➢ Na deficiência não há esse “freio” logo há uma
inflamação excessiva no parênquima pulmonar.
➢ Origem genética
➢ Diagnóstico: Busca ativa. Desconfiar quando DPOC
sem tabagismo ou exposição ou enfisema
desproporcional à carga tabágica (< maços-ano);
hepatopatia associada; História familiar; predomínio
basal;
RE��ÇÃO D�O� E CÂN�E�
✔ Clubbing - alteração do ângulo das unhas
✔ Estertores localizados
✔ Hemoptise (câncer, tuberculose,…)
✔ Perda de peso ponderal - 10% do peso em 6 meses
sem dieta
✔ Piora abrupta da tosse
✔ Rouquidão
✔ Circulação colateral do tórax, mais comum é o da veia
cava superior
SINAL DE DORENDORF:
✔ Dor no ombro por tumor de pancoast (de ápice
pulmonar)
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P�E���LO���
✔ Síndrome de Horner (miose, ptose, anisocoria,
anoftalmia, hipoidrose ipsilateral) pode ser precedida
por síndrome de Pourfour du Petit. Esse sintoma é
causado por compressão do gânglio estrelado.
✔ Sinal do Arlequim
✔ Lesão de plexo braquial (fazer exame neurológico)
TE��� DE FU�ÇÃO DA D�O�
➢ Espirometria (padrão ouro);
Fluxo expiratório é mais prejudicado!
Índice De Tiffeneau < 70% do previsto
(GOLD)
➢ Ausência de reversibilidade total na prova
broncodilatadora;
➢ Prova broncodilatadora positiva = VEF1 > 200 mL e
7% valor previsto;→ No DPOC é negativa, positivo é
ASMA;
CLASSIFICAÇÃO PELO GOLD - ESPIROMÉTRICA
✔ GOLD 0: Sintomas + espirometria normal→ Paciente
em risco;
✔ GOLD 1: VEF1/CVF < 0,7 e VEF1 ≥ 80% do previsto→
Leve
✔ GOLD 2: VEF1/CVF < 0,7 e VEF1 50-79% do previsto
→Moderado
✔ GOLD 3: VEF1/CVF < 0,7 e VEF1 30-49% do previsto
→ Grave
✔ GOLD 4: VEF1/CVF < 0,7 e VEF1 ≤ 30% do previsto ou
IRpA ou sinais de insuficiência de VD→Muito grave
(GOLD, 2023)
PRÉ-DPOC: Indivíduos com sintomas respiratórios e/ou
alterações estruturais ou funcionais detectáveis, mas sem
nenhuma obstrução ao fluxo aéreo na espirometria.
(GOLD, 2023)
Além do VEF1 ser um parâmetro espirométrico fundamental
para diagnóstico e classificação da gravidade, ele possui
importância prognóstica. Sabe-se que o declínio acelerado
da VEF1 se associa ao aumento da mortalidade em DPOC.
➢ Teste da capacidade de difusão de carbono (DLCO) -
Redução do DLCO
C�A�S����AÇÃO C�ÍNI�� DA D�O�
CLASSIFICAÇÃO ANTERIOR:
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P�E���LO���
CLASSIFICAÇÃO ATUALIZADA
Exacerbação: “evento caracterizado por piora da dispneia
e/ou tosse com expectoração, com piora dos sintomas nos
últimos 14 dias, que pode estar acompanhado por
taquipnéia e/ou taquicardia, e frequentemente está
associado com inflamação local e sistêmica causada por
infecção, poluição ou outro insulto à via aérea”.
(GOLD, 2023)
➢ GOLD A - Pouca dispneia e exacerbação
➢ GOLB B - Muita dispneia e pouca exacerbação
➢ GOLD C - Pouca dispneia e muita exacerbação,
podendo até ter precisado de internação;
➢ GOLD D - Alta dispneia e muita exacerbação,
podendo até ter precisado de internação.
GOLD 1-4 É DIFERENTE DO GOLD A-D
GOLD 1-4→ Classificação espirométrica
GOLD A-D→ Gravidade clínica
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P�E���LO���
ÍN�I�� DE ‘BO��’
EX���� DE IM����
➢ Raio X de tórax
Hipertransparência (aprisionamento aéreo) =
Hiperinsuflação
Perda do duplo contorno
Aumento ântero-posterior (tórax em tonel)
Bolha pulmonar
Hipertrofia de VD
➢ Tomografia (não é rotina, mas tem alguns achados)
Normal
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P�E���LO���
O�T��� EX����
➢ GASOMETRIA
○ SO2 < 90%→ hipoxemia
○ Pa < 60%;
○ PCO2 > 45→ hipercapnia
○ Elevação de bicarbonato (BIC)
➢ HEMOGRAMA
○ Eritrocitose - paciente com DPOC não suportam
anemia pois ele corrige a hipoxemia pelo aumento
da hemoglobina, uma anemia pode ser grave para
este paciente;
○ Leucograma - pode ser uma exacerbação
infecciosa;
➢ ALFA 1-ANTITRIPSINA
○ SEMPRE dosada após diagnóstico (no BR não se
faz pelo alto custo, só faz em pacientes suscetíveis
e alto risco)
➢ ECG
○ Desvio de eixo à direita
○ Sobrecarga de VD
○ Taquicardia atrial multifocal - 3 ou mais ondas P
diferentes - TTO : controlar a DPOC e a arritmia
➢ Teste de caminhada
CO��L���ÇÕES DA D�O�
➢ BLEB - Bolha
➢ Pneumotórax espontâneo - a partir do segundo
pneumotórax se indica bulectomia
➢ Pneumonia
➢ Cor pulmonale - Disfunção do VD - Em casos de DPOC
não costuma ser grave
➢ Distúrbio do sono
➢ Arritmia
➢ Doença coronariana
➢ Osteoporose
➢ Diabetes
T�A��M���O FA���C��ÓGI�� DA D�O�
➡ FÁRMACOS RESPIRATÓRIOS
➢ Broncodilatador → porque se não broncodilata? O
DPOC tem reversão parcial, às vezes esse pouquinho já
melhora o quadro do paciente;
○ BETA 2 AGONISTAS
↳ Curta duração (SABA)
↪ Fenoterol
↪ Salbutamol
↪ Levalbuterol
↪ Terbutalina
↳ Longa duração (LABA) - início de ação rápido
e duração longa
↪ Formoterol
↪ Salmeterol
↪ Indacaterol
↪ Vilanterol
○ ANTIMUSCARÍNICO
↳ Efeitos colaterais: boca seca
↳ Curta ação - SAMA
↪ Ipratrópio
↪ Oxitrópio
↳ Longa ação - LAMA
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P�E���LO���
↪ Tiotrópio
↪ Aclidínio
➢ CORTICOIDE INALATÓRIO
○ Indicado para GOLD C e D; proscrito para A e B
exceto para resgate
➢ XANTINAS (quase não se usam)
○ Metilxantinas;
○ Teofilina;
○ Bamifilina.➢ INIBIDOR PDE4 (principal indicação VFE1< 50%)
○ Roflumilast;
○ Cilomilast.
➡ TERAPIA COMBINADA - Combinar diversos fármacos
Checar a adesão e técnica.
Profilaxia antibiótica
⤷ Azitromicina - 200 mg/dia ou 500mg 3x na semana
⤷ Moxifloxacino - 5 dias por semana a cada 8 semanas
por 6 ciclos
T�A��M���O DE SU���T�
➢ CONTROLE DO CENÁRIO
○ Comorbidades (DCV, osteoporose, apneia do sono,
asma,... );
○ Mudança de estilo de vida - alimentação
adequada, restrição de sal, cessar tabagismo
(reduz declínio da função respiratória) e prática de
atividade física;
○ Oferecer suporte emocional, grupo emocional,
➢ DROGAS ANTI-TABAGISMO
INDICAÇÃO
○ FAGERSTROM ≥ 5
○ ≥ 10 cigarros/dia com o primeiro cigarro do dia
nos primeiros 30 min
○ ≥ 20 cigarros/dia
○ Síndrome de abstinência prévia
↳ Nicotínicos
↳ Bupropiona
↳ Vareniclina
➢ Exercícios físicos
➢ Vacinação para todos
○ Influenza e pneumococica
➢ Reabilitação pulmonar
○ Indicação para GOLD B, C e D
➢ VNI
○ Indicado para quem tem grau de insuficiência
respiratória
➢ Oxigenoterapia regular
○ Casos de
➢ Válvulas endobrônquicas
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P�E���LO���
○ Spiration e Pulmonx - faz atelectasia do brônquico
e redistribui o ar inalado
➢ Pneumoplastia redutora - Retirada de até 30 % do
pulmão - não se faz mais isso com o advento das
válvulas.
MA���� P�ÁTI��
1. Classifica de acordo com o GOLD
2. Identifica o tratamento pelo GOLD
A→ LABA e LAMA de curta duração
B→ LABA e LAMA de longa duração
E→ LAMA + LAMA + Corticosteroide inalatório
3. Funcionou? Mantém. Exacerbar? Step up
Verifica o sintoma que está descompensado
EX.: Dispneia - LAMA ou LABA→ Associa os dois ou LABA
+ ICS ou LAMA + LABA + ICS
Exacerbação - LAMA ou LABA→ Associa os dois ou LABA
+ ICS ou LAMA + LABA + ICS se eosinófilos < 100/nL
eosinófilos < 100/nL→ Roflumilast ou Azitromicina (não
tem benefício se o paciente ainda for tabagista)
4. Quando indicar VNI? Paciente hipercápnico severo
O2 domiciliar → Saturação < 88% confirmada com
PO2 < 55 mmHg
PCO2 < 60 mmHg em pacientes com ICC ou
eritrocitose
(GOLD, 2023)
(GOLD, 2023)
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P�E���LO���
(GOLD, 2023)
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