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Gustavo Moreno T19 Aula 25: Úlcera de Decúbito/Úlceras por pressão: Acamados ou pacientes que ficam muito sentados Paciente não pode ficar mais de 2 horas na mesma pressão Introdução: -São lesões de pele, tecidos subjacentes ou ambas ocasionadas por aumento da pressão extrínseca sobre a superfície corpórea -São chamadas de escaras quando tem tecido necrótico* -Aumenta a mortalidade em 2x Epidemiologia: -Mais frequente em indivíduos com doenças neurodegenerativas, sequelas de AVC, TCE, politraumatizados, internados em UTI e com Sd. de imobilidade* -Mais frequente em ILPIs que varia de 2,4 a 70% -Taxa de mortalidade maior Fisiopatogenia: 1. Causas intrínsecas: -Causas avançadas -Incontinência urinária ou fecal -Anemia -Desnutrição -Alterações do nível de consciência -Doença sequelares 2. Causas extrínsecas: -Pressão -Fricção -Cisalhamento (termos laterais) -Umidade -Obs: + frequente em região de calcâneo Classificação: -Deve ser avaliado a profundidade (cm), extensão dos tecidos, margens (tecidos de granulação?), tamanho, odor, secreção (que tipo de secreção que é? amarelado?), fibrina e placas de necrose. Úlcera de grau I -Eritema persistente em pele íntegra mesmo após a retirada do estímulo de pressão sobre o local -Se não cuidar, vai piorar Úlcera grau II -Perda tecidual que acomete até a derme -Pode haver ulceração, bolha* ou crosta -Obs: nunca furar a bolha Úlcera grau III -Compromete o subcutâneo até a fáscia muscular -Mais profunda Úlcera grau IV: -Se estende ao tecido muscular, osso, tendões Localização: -Sacral*** (mais comum) -Isquiáticas -Trocantéricas *** (mais comum) -Calcâneos *** (mais comum) -Maléolos -Escapular -Joelhos -Orelha -Occipital Prevenção: 1. Inspecionar diariamente a pele, suar creme hidratantes, usar sabonete líquido 2. Mudanças de decúbito a cada 2 horas 3. Uso de colchões especiais com pressão reduzida constante ou variação intermitente de pressão 4. Uso de coxins para as proeminência ósseas 5. Não massagear a pele e não esfregar 6. Proteger a pele da umidade excessiva 7. Rastrear e avaliar o estado nutricional – uso de suplementos, dietas enterais e parenterais 8. Quando sentado numa cadeira e os pés não alcançam o chão, colocar um apoio para os pés 9. Evitar colchões ou lucas com água (se estourar, molha o paciente e piora o caso) Obs: ideal → colchão pneumático (muda a pressão) Obs Colchão casca de ovo Tratamento: A. Alginato de cálcio -Feridas com exsudação moderada a alta, feridas cavitárias ou infectadas (bastante secreção, amarelada* e grande) -Não usar em feridas com necrose seca -Trocar diariamente em feridas infectadas, e a cada 2 a 7 dias em feridas não infectadas. -Obs: caso de comprometimento do estado geral + febre … → entrar com antibiótico B. Carvão ativado: -Usar em feridas com odor fétido, com infecção bacteriana ou alta quantidade de exsudato -Não usar em feridas limpas, com necrose de coagulação ou com exposição de tecido ósseo -Diariamente ou quando estiver saturado, depois a cada 3 a 7 dias Necrose de coagulação Necrose de liquefação C. Hidrocolóide -Com lesões de baixa a moderado exsudato -Bolhas (exp: calcâneo) -Prevenção de lesões em zonas de fricção (trocanter) -Não usar em feridas infectadas, cavitárias ou colonizadas -A cada 7 dias D. Hidrogel -Remoção de crosta e tecido desvitalizado (necrótico) -Feridas dolorosas e com baixo exsudato -Não usar em feridas infectadas e com baixo exsudato -Obs: ideal trocar a cada 12 horas -Obs: não usar quando tem secreções amareladas E. Hidropolímero -Feridas não infectadas** -Feridas cavitárias com tecido vitalizado ou desvitalizado -Com exsudação excessiva -Não usar em feridas necrosadas -Trocas a cada 4 - 7 dias a depender do volume do exsudato F. Filmes transparentes: -Semelhante a uma película clara -Proteção de pele íntegra -Prevenção de UP -Curativo secundário (associar com outro – sendo colocado por cima para ter uma maior firmeza para o curativo) -Não usar em feridas infectadas ou necrosadas, abertas ou cavitárias -Trocar a cada 7 dias G. Sulfadiazina de prata – Pomada -Feridas infectadas, úlceras de pressão, úlceras varicosas -1x ao dia (no máximo 2x) H. Colagenase – Pomada -Limpeza enzimática retirando necrose e crosta -Não usar em feridas limpas -Pode ser usada 1 a 2x/dia I. Papaína – Gel, Pomada -Vem do mamão -Feridas abertas com moderada ou grande quantidade de exsudato -Desbridamento de tecido necrótico -Promove tecido de granulação -0,5 - 2% – usar em tecido de granulação -4 - 6% – necrose de liquefação e pouco tecido de granulação -6 - 10% – necrose de coagulação e liquefação -Obs: Papaína causa dor!! -Trocar a cada 24 horas -Obs: não usar em tecidos de granulação e feridas infectadas J. Ácidos graxos essenciais: -Tem ácido linoléico, ácido caprílico, vitamina A, vitamina E, lecitina de soja -Prevenção de UP -Tratamento de feridas já debridadas -Não usar em lesões com necrose -Usar em tecidos com granulação Foto de feridas Tecido de granulação Tecido viável, para o processo de cicatrização, é formado pela proliferação de células endoteliais vasculares e fibroblastos Tecido desvitalizado Tecido sem vitalidade; amarelo ou branco que adere ao leito da ferida Esse tecido retarda o processo de cicatrização das feridas Tecido necrótico Necrose ⇒ morte local do tecido. Material sexo, negro, semelhante e duro como o couro. Esse tecido retarda o processo de cicatrização das feridas Tecido de epitelização Tecido epitelial tem uma cor rosada, que indica a finalização do processo de cicatrização das feridas.
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