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Angie Martinez – MED – UFRJ Fisiologia O GnRH, liberado pelo hipotálamo, estimula a hipófise a produzir LH e FSH, os quais vão atuar nos testículos, especificamente nas células de Sertoli e de Leydig. O testículo tem dois componentes – as células de Leydig, que são intersticiais, os túbulos seminíferos que representam 80% da massa testicular, as células de Sertoli e as células germinativas. É importante saber que as células de Leydig estão relacionadas à secreção de testosterona, a qual é regulada pelo hormônio luteinizante (LH). O LH vai acionar o testículo. Além disso, essas células também são responsáveis pela produção de ocitocina, renina, gf1, angiotensina e prostaglandinas (em menor quantidade). OBS: Na Síndrome de Ovário Policístico há inversão dos valores de FSH e LH e maior produção de testosterona, já que o LH no ovário também a produz. As células de Sertoli são responsáveis pela fertilidade do paciente. A produção de espermatozoides por dia é de > 20 milhões, em níveis normais [importante avaliar no espermograma, especialmente quando há queixa de infertilidade]. Essa produção é regulada pelo FSH. O FSH inicia a espermatogênese e a testosterona é indispensável na maturação. Se fizer uma dose muito alta de testosterona [como no caso de uso irregular na academia], o eixo hormonal de LH e FSH é bloqueado, o que para a produção de testosterona (falta do estímulo), podendo resultar em atrofia testicular. A produção hormonal e de estímulo para a espermatogênese são mediadas pelo LH, FSH e a testosterona. Ação da testosterona: Observações em relação à ação: Cada ação fisiológica é aumentada caso haja uma superdosagem, acima dos níveis normais [avaliar as consequências do uso inadequado de anabolizantes]. Ao fazer reposição de testosterona do paciente é preciso acompanhar com hemograma (por estimular a eritropoiese e aumentar o hematócrito). O paciente com hipogonadismo pode ter um quadro depressivo e uma diminuição de memória (é nesse sentido que há estimulação de processos cognitivos, sua utilização não “melhora” a performance cognitiva). A via de inibir lipogênese e estimular lipólise ajuda a diminuir a massa gorda. Pacientes com câncer de próstata não podem repor testosterona, porque vai desregular o crescimento. Nas mulheres que fazem a reposição inadequada de testosterona haverá aumento do clitóris (clitoromegalia). Por estimular a produção de sebo nas glândulas sebáceas, tende a favorecer a acne. Em relação a cabelo e pelos, depende da genética do paciente o fato dele ter queda ou crescimento acelerado. Condições em que existe uma alta prevalência de baixas concentrações de Testosterona (T) e para as quais sugerimos a medição de concentrações de soro T.: • Massa/tumor hipofisária, que pode gerar hipopituitarismo ou deficiência hormonal; Hipogonadismo Masculino Angie Martinez – MED – UFRJ • Radiação para a região hipofisária ou outras doenças da região selar; • Tratamento com medicamentos que afetam a produção ou o metabolismo T, como opioides e glicocorticóides; • Perda de peso associada ao HIV – o próprio processo patológico do HIV e o seu tratamento pode acarretar no consumo de bastante massa magra, então pode ser necessário repor a testosterona; • Infertilidade; • Osteoporose; • Fratura por simples trauma; • Diminuição da libido ou disfunção erétil; Hipogonadismo É definido como uma síndrome clínica frequente, que resulta na incapacidade de produzir concentrações fisiológicas de testosterona. Pode haver quantidade normal de espermatozoides (SPZ) ou alterada. • Pode ser primário ou hipergonadotrófico; • Pode ser secundário ou hipogonadotrófico; • Dentro dessa classificação, pode haver o misto – um pouco das duas. Há alteração de estímulo hormonal hipofisário e diminuição da produção hormonal do testículo. Pode haver a incapacidade de ação periférica de testosterona por defeitos dos receptores androgênicos ou a incapacidade de conversão da testosterona em seu metabólito ativo (deficiência de 5a-redutase) Causas de hipogonadismo primário: • Síndrome de Klinefelter; • Criptorquidia; • Radiação nos testículos – pacientes que tiveram tumor ou que tem e vão começar tratamento; • Trauma/torção/infecção (caxumba); • Distrofia miotônica; • Disgenesia gonadal; • Toxinas (álcool, metais pesados); • Falência testicular autoimune; Causas de hipogonadismo secundário: • Hiperprolactinemia; • Neoplasias (tumor na região selar); • Defeitos congênitos – síndrome de Kalmann, Prader Willi); • Traumatismo craniano; • Pós-cirurgia; • Pós RxT, pós radiocirurgia; • Anorexia Nervosa – a paciente está em hipogonadismo funcional, há a inibição da produção de hormônios pela desnutrição. Outras formas: • Mutações nos receptores androgênicos; • Incapacidade de conversão da testosterona em seu metabólito ativo dihidrotestosterona (DTH) por deficiência da 5a-redutase; • Há a associação de hipogonadismo primário e secundário (mista) ao envelhecimento, alcoolismo, cirrose hepática, obesidade (muito comum – há alteração da produção testicular, sendo que o excesso de peso, de leptina e insulina também interferem no eixo central e na produção de hormônios – pode ser feita uma reposição, mas não é protocolado), feocromatose. A classificação do tipo de hipogonadismo é importante para a intervenção terapêutica, visto que a fertilidade no hipogonadismo secundário, por exemplo, pode ser restaurada com estímulos hormonais. Características clínicas: • Há ausência ou regressão dos caracteres sexuais secundários; • Redução da libido; • Ginecomastia; • Disfunção erétil; • Testículos pequenos (<6mL); • Infertilidade; • Aumento de gordura corporal; • Redução da massa muscular; • Redução da massa mineral óssea; • Irritabilidade, humor depressivo; • Dificuldade de concentração; • Obesidade visceral; • Distúrbios do sono; É comum ter pacientes jovens com essa diminuição de tamanho dos testículos (para a idade) e ginecomastia. Em torno de 14 e 15 anos – neles deve ser pensada a possibilidade de uma síndrome. Às vezes não tem pelo... Nos pacientes adultos, as queixas mais comuns são a questão da libido e infertilidade. As outras queixas não são tão específicas. Como avaliar esse paciente? Quando ele chega e há suspeita de hipogonadismo, deve ser feito o pedido de exames laboratoriais. Angie Martinez – MED – UFRJ Diagnóstico laboratorial: • Testosterona total – colhido no período da manhã, pelos menos duas dosagens baixas (intervalo de 1 semana +/- entre eles), evitar medição durante doença aguda. A TT pode ser livre (2%) ou ligada a SHBG (54%) e ligada à albumina (44%). • LH e FSH – Ferramenta para saber se é hipergonadotrófico ou hipogonadotrófico); • Espermograma – em geral, depende da faixa etária do paciente; • SHBG – importante pedir, porque a relação da testosterona total com o SHBG vai dar o valor da TT livre. Essa TT livre é a que atua no organismo. • Cariótipo – apenas se há a suspeita de doença genética. Essa tabela auxilia a determinar o valor da testosterona livre. O laboratório pode dar esse resultado, porém às vezes há um maior custo, então pode ser calculado com os outros 2 valores (versão “manual”). Avaliação diagnóstica: Bhasin S, Brito JP, Cunningham GR, Hayes FJ, Hodis HN, Matsumoto AM, Snyder PJ, Swerdloff RS, Wu FC, Yialamas MA. Testosterone Therapy in Men With Hypogonadism: An Endocrine Society Clinical Practice Guideline. J Clin Endocrinol Metab. 2018 May 1;103(5):1715-1744. doi: 10.1210/jc.2018-00229. PMID: 29562364. Na suspeita, é mais prático já pedir LH e FSH junto com a testosterona. O “inapropriadamente normal” quer dizer, se a testosterona está em 40 (o normal é 300)e há níveis normais de LH e FSH. Hipogonadismo hipergonadotrófico O problema se encontra no testículo. Há uma baixa produção de testosterona no testículo, o que gera feedback positivo (na hipófise que funciona normalmente), tendo aumento na produção do LH e FSH, tentando estimular as gônadas. O laboratório apresenta testosterona baixa, com LH e FSH elevados. Como se o paciente estivesse “menopáusico” (jeito de falar). Causas congênitas: Sd. Klinefelter e criptorquidismo. Angie Martinez – MED – UFRJ Causas adquiridas: Doenças infecciosas, medicamentos, lesões traumáticas, doenças granulomatosas. Causas congênitas Síndrome de Klinefelter É a causa genética mais comum, publicada em 1942 pelo Dr. Harry F. Klinefelter. Há cromossomo X extra – 47XXY (em 2/3 dos casos). Pode haver 1 ou + cromossomos X extras (47, XXY; 46, XY/47, XXY; 48, XXXY) e mosaicismos - A condição genética do mosaicismo é definida pela presença de duas ou mais linhagens genéticas diferentes oriundas de um mesmo zigoto. Tais linhagens são o resultado de mutações executadas a partir de diferentes mecanismos. No nascimento e na infância não há estigmas físicos da síndrome – ele cresce e se desenvolve normal. A HDA normal é que a mãe leva ao médico porque ainda não entrou na puberdade. Inicialmente ele tem uma baixa produção hormonal como qualquer criança na sua faixa etária - as gonadotrofinas estão nos valores pré-puberais normais até os 12 anos, podendo se confundir com caso de retardo de crescimento fisiológico. Contudo, ao acompanhar o paciente é visto que o testículo não aumenta, o pênis não cresce, a TT deveria estar em níveis mais altos. Por conta da necessidade de acompanhamento, não é um diagnóstico imediato. Na mínima suspeita, pede-se o cariótipo para antecipar o tratamento – às vezes tem 14 anos e não desenvolveu os caracteres sexuais ainda, sendo necessário repor a TT – começa com um ciclo baixo, de 50 miligramas, para que ele inicie o desenvolvimento dos testículos, crescimento do pelo e etc. O distúrbio cromossomial é expresso durante a puberdade com aumento do FSH e LH – característico do hipergonadismo hipergonadotrófico. Características da síndrome: • Testículos pequenos e endurecidos (atrofiados – segundo o exame físico e volume certo para a idade); • Pênis tamanho reduzido (tem que expor, quando há aumento da gordura abdominal, pode parecer menor do que é); • Azoospermia (não tem produção de SPZ) – tópico difícil, porque o diagnóstico é feito, mas fala-se pouco sobre a parte da infertilidade. Deve ser dito quando for oportuno; No turner, nas mulheres, é mais comum não saber da infertilidade, porque o diagnóstico pode acontecer em uma fase mais avançada da vida. Pode ser mosaico e ter uma chance, mas é comum não ter. • Pilosidade facial e pubiana reduzida; • Criptorquidia uni ou bilateral; • Ginecomastia – com a distribuição de gordura aumentada, a pouca TT produzida é convertida em estrogênio, o que gera o desenvolvimento das glândulas mamárias; • Alta estatura com proporções eunucóides – o crescimento é normal, mas há uma desproporção no eixo de desenvolvimento; • Maior incidência de doenças tiroidianas, DM, DPOC, osteoporose, doença valvular aórtica, tromboembolismo, LES e outras. Isso porque as vezes o paciente não faz a reposição hormonal que deveria, pelo aumento de gordura abdominal.... são pacientes que precisam de um tratamento para não aumentar as comorbidades [dados estatísticos]. • Atraso puberal; Cariótipo com X extra. Biotipo mais clássico do paciente. Angie Martinez – MED – UFRJ Criptorquidismo Definido como a presença do testículo fora da bolsa escrotal, podendo ser uni ou bilateral (em teoria, ele deve descer até um ano de idade). Se não descer, deve ser consertado, porque pode se tornar infértil. Em 50% dos casos, o testículo fica localizado no anel inguinal externo ou no topo da bolsa escrotal. Ocorre em 3% dos meninos nascidos a termo e 30% nos prematuros. As complicações comuns são infertilidade, risco de malignização (em geral, é encaminhado para o uro realocar). Tratamento: Quando está bem no início, é possível fazer o hCG (gonadotrofina coriônica humana), que tem a função de mobilizar/estimular a descida dos testículos. Nem sempre é possível. Agonista do GnRH intranasal (essa medicação não tem no Brasil). Cirurgia. Síndrome de Noonan Chamada de pseudo-turner. É uma síndrome autossômica dominante, com alteração no gene PTPN11 no cromossomo 12. [não cai]. É tipo a versão da síndrome de turner no homem. O paciente apresentas aspectos fenotípicos de turner – baixa estatura, pescoço alado, implantação baixa de orelhas, encurtamento de um ou mais metacarpianos (mais comum o 4to ou 5to quirodáctilo), cardiopatia congênita. Em 50% dos casos ocorre criptorquidia e pode haver retardo mental. Os pacientes tendem a ter resistência ao hormônio do crescimento. Deve usar uma dose de hormônio grande para conseguir crescer, porém não há muito sucesso. Também deve-se estimular para crescimento de pelos, aumento dos testículos (pelos defeitos enzimáticos na biossíntese de TT). Hipogonadismo hipogonadotrófico Neste tipo de hipogonadismo a TT está baixa e os níveis de LH e FSH estão baixos ou normais baixos. Causas congênitas: síndrome de Kallmann (a mais comum), hipogonadismo hipogonadotrófico idiopático; Causas adquiridas: doenças traumáticas, neoplásicas, infiltrativas e infecciosas do hipotálamo e hipófise. Causas congênitas Síndrome de Kallmann É a causa mais comum de hipogonadismo hipogonadotrófico. É uma doença rara, na qual 50% dos pacientes têm agenesia bilateral dos bulbos olfatórios – quando há suspeita, é preciso fazer uma RM da região, para detectar a alteração. É comum o paciente não sentir cheiro – porém ele não percebe. É uma doença geneticamente heterogenea, com mutações específicas para ela. Na maioria dos pacientes com hipogonadismo há ginecomastia por conta do desequilíbrio entre TT e estrogênio. Características da síndrome: • Ginecomastia; • Hábito eunucóide – braços muito grandes, envergadura desproporcional; • Agenesia renal unilateral; • Rim em ferradura; As alterações renais acontecem nas síndromes clássicas. Quando for mosaico, não haverá todas as características clínicas. • Retardo mental; • Defeitos de linha média (fenda palatina, lábio leporino, fusão facial imperfeita). • Micropênis; • Pilosidade corporal e facial diminuídas; • Criptorquidia; Causas adquiridas Orgânicas • Lesões inflamatórias, infiltrativas, neoplásicas, isquêmicas, pós-traumáticas, cirúrgicas ou radioterápicas da região selar podem causar deficiência de gonadotrofinas isolada ou associada a outros déficits hormonais (mais comum); • Prolactina ou pseudoprolactinoma, hiperprolactinemia – por hipogonadismo por inibição da secreção GnRH. Funcionais • Anorexia nervosa, por perda de peso excessiva. A restrição alimentar altera a produção de LH e FSH. Drogas • As quais inibam direta ou indiretamente a secreção de gonadotrofinas ou GnRH. Angie Martinez – MED – UFRJ Hipogonadismo masculino de início tardio É chamada de andropausa de forma inapropriada, tendo outros nomes tbm – o mais adequado é hipogonadismo masculino de início tardio ou distúrbio androgênico do envelhecimento masculino (DAEM). Não é bem andropausa – porque na menopausa (que é a referência ao termo) há parada total da produção. No homem não há parada total e sim redução, a não ser que exista uma causa secundária. 20% dos homens com idade entre 60 e 70 anos e algumas vezes a partir dos 50 anos, começam a ter uma diminuição da produção hormonal de TT por conta do envelhecimento. O paciente acaba tendo alguns sinais e sintomas – atualmente coma prescrição indiscriminada de TT, todos os pctes acreditam que QP de cansaço pode ser deficiência de TT. Não é recomendado o tratamento com TT para todos os homens com baixos níveis do hormônio. Contudo, é complicado o paciente não ter sintomas, então acaba sendo necessário essa suplementação como teste terapêutico para resolver a sintomatologia. Segundo protocolos, é recomendada a terapia com TT para homens com níveis de TT total abaixo de 280-300 mg/dL, TT livre menor que 5-9 pg/dL, desde que associado a algum tipo de sintoma. Deve haver uma discussão com o paciente, para entender os benefícios e malefícios dessa terapia. É comum baixos níveis de TT em pacientes com obesidade, sobrepeso, diabetes, IRC, DPOC. São pacientes crônicos e que utilizam várias medicações – principalmente corticoides, que favorecem a diminuição de massa óssea, massa magra e acúmulo de gordura. Também se encontra histórico de osteoporose ou fratura por trauma de baixo impacto, infertilidade, HIV com perda de peso, massa selar, radiação selar ou outra doença nessa região. Nesses casos, é preciso descartar a possibilidade de causa secundária – já que podem sim ser provocados pelo hipogonadismo não patológico. O objetivo do tratamento nesses casos é prevenir a perda óssea e muscular, melhorar a função cognitiva e psicológica, manter níveis acima de 400 e menores que 700 ng/dL (melhor deixar mais perto de 700/800), reestabelecer fertilidade (às vezes não é suficiente só repor TT, LH e FSH podem ser necessários), melhorar libido e função sexual, assim como melhorar a qualidade de vida do paciente. A reposição de TT é contraindicada de forma absoluta em casos de Ca de mama e de próstata, sendo relativas em pacientes hemoconcentrados, com hematócrito acima de 50% (já que aumenta a eritropoiese), apnéia obstrutiva do sono, ICC descompensada e na hiperplasia prostática – importante o parecer do urologista nesse último caso. Tratamento: Pelos hormônios serem extremamente oleosos, a orientação é que a injeção seja IM profunda (pode causar necrose tecidual). • Androgênios injetáveis de média duração: Cipionato de testosterona (Deposteron) e ésteres de testosterona (Durateston). O pico dessa TT é de 2 a 5 dias, com meia vida de no máximo 3 ou 4 semanas. A desvantagem é que não mimetizam o ciclo fisiológico (sobe e desce rápido). Antes tinham baixo custo, porém pelo uso indiscriminado estão muito caros. Para acompanhamento é necessário dosar a TT na véspera da utilização da próxima ampola. • Androgênios injetáveis de longa duração: tem o undecanoato de TT (Nebido, Hormus). Aplicação IM profunda, não tem pico de ação, atinge níveis fisiológicos em 10 a 14 semanas. Deve ser feita uma segunda aplicação após 6 semanas e depois manter o tratamento a cada 12 semanas (meia vida, é variável de pcte para pcte). Alto custo – 450 reais uma ampola. Dura mais tempo. É necessário dosar a TT no meio do ciclo. Na prática, o de média duração parece ser melhor. • Androgênio transdérmico: TT em gel (manipulada ou comercializada). Vem 10 mg/g. A absorção leva cerca de 3 a 5 minutos para secar. Deve ser aplicado todos os dias no mesmo horário pela manhã (segundo a bula, mas para não passar para crianças por meio do contato, a prof. Recomenda uso à noite). Aplicado nos ombros e na parte superior dos braços ou abdômen. Atenção aos efeitos adversos: • Pedir hemograma, para acompanhar o aumento do hematócrito. • Observar se há aumento da acne e se a pele está oleosa; • Avaliar TT de humor e irritabilidade pelos altos níveis hormonais; • Redução da produção de SPTZ e fertilidade. • Detecção de CA de próstata subclínico ou crescimento metastático. Angie Martinez – MED – UFRJ • Pode agravar ou precipitar a apneia do sono (menos comum). • Pode haver ginecomastia, porque parte da TT vira estrogênio na periferia. Monitoramento/Basal por: • TT total, SHBG, albumina; • LH e FSH; • Hematócrito; • PSA/toque retal em maiores de 40 anos; • Perfil lipídico; • Densitometria óssea; • Descartar apnéia obstrutiva do sono e ICC descompensada. Esse monitoramento deve ser de 3-6 meses, depois que o pcte entra em equilíbrio, começa a espaçar anualmente. Outras modalidades de tratamento para tipos diferentes de hipogonadismo Em hipogonadismo causado por anabolizantes, no qual esse uso discriminado altera o eixo hormonal do pcte, utiliza-se 2 meses Clomifeno (ação anti-estrogênica, fazendo um pico de FSH na tentativa de que o testículo volte a funcionar). Se não responder, entra com HCG (aumentar a produção de TT); No caso de um tumor hipofisário, como o prolactinoma, trata-se o tumor (não adianta só dar o hormônio para o pcte). Utiliza-se cabergolina. Nos casos de indução da fertilidade em hipogonadismo hipogonadotrófico, devem ser feito pulsos de GNRH. Como não é muito acessível no Brasil, realiza-se HCG + FSH. Dependendo do caso, pode ser recomendada também a reprodução assistida (FIV/ICSI).
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