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Resumo Clinica de Pequenos Animais I Marina de Castro Prado Almosnino – 6668772 – 6 SEM. Gastroenterologia – Aula 1 Semiologia do TGI (Anamnese) – Queixa principal / histórico / antecedentes. Perguntas abertas, livre de preconceito. Manejo alimentar, higiênico (sanitário), Vacinação, vermifugação, e Rotina da família e do local (acesso a rua ou lixo). Anamnese dos todos os Sistemas: Digestório / Gastrogenitourinario / Cardiorrespiratório / Locomotor / Neurológico / Dermato-Cutaneo (Tegumento). Anamnese Digestório (TGI) – Esta se alimentando (Frequência) Hiporexia, Polofagia, apetite seletivo, Anorexia, ração comercial ou caseira, marca, preparo, petiscos / Está bebendo agua (Frequência) polidipsia / Esta defecando (Frequência) disquesia, tenesmo, Está com diarreia (frequência, consistência, aspecto) Hematoquezia, melena, muco, conteúdo alimentar não digerido / Borborigmas (barulhos intestinais) Está com emese (hematoemese com sangue, bilioso, alimentar digerido ou não, espumoso) ou regurgitação (Frequência e aspecto). Exame físico geral: Estado geral / Mucosas/ TPC (Hidratação)/ Auscultação (FC e FR) / Palpação linfonodos (mandibular, cervicais superficiais, poplíteos, mamários e inguinais) / Palpação abdominal e retal/ Temperatura. Exame físico TGI: Palpação abdominal (tenso, sensibilidade dolorosa, formação, ascite, abaulamento, aumento de algum órgão). percussão e manifestações clinicas. OBS: Estomago dentro do gradil costal, gatos tem abdômen flácido. Pâncreas e útero não se palpam. Palpação retal. Exames complementares TGI: US (avaliar órgãos), RX (corpo estranho), Endoscopia, Coproparasitologico, Tomografia, Laparotomia (abrir abdômen para investigar). Manifestaçoes Clinicas (doenças gástricas): PROVA Hiporexia (come pouco), Polifagia (come muito), apetite seletivo, Anorexia (não come nada), polidipsia (bebe muita agua), Hematoquezia (sangue vivo nas fezes – colón, reto e anus) , melena (sangue digerido nas fezes – Int. grosso), hematoemese (vomito com sangue) Hemorrágico (vivo – acabou de chegar em estomago/ duodeno ou sangue escuro que já está digerido , bilioso (jejum prolongado), alimentar (digerido ou não), espumoso, Borborigmos intestinais (barulho no abdômen). Emese (vomito): Ejeção forçada do conteúdo gástrico e duodenal pela boca. Controlado pelo centro do vômito (SNC). Pode ser alimentar, biliar ou sanguinolenta Manifestações prodrômicas (antes do vomito) Ansiedade, FC e FR, Náusea, Salivação, Deglutições repetidas, Contrações abdominais rítmicas (mímica de vômito). Não adianta tratar, temos que saber o porque. Regurgitação: Eliminação retrógrada e passiva (sem esforços abdominais) do conteúdo esofágico. Sem manifestações prodrômicas, não altera apetite. Ocorre antes do alimento chegar ao estômago (após a alimentação), referente a doenças esofágicas como dilatação esofágica, miastenia, megaesôfago (dilatação total ou parcial do esôfago causada por alterações na sua motilidade), pelos (tricobezoares). Emese x Regurgitaçao: PROVA Complicações: Desidratação, Desequilíbrios eletrolíticos (perde potássio), Desequilíbrios ácido-básico (acidose), Pneumonia por aspiração, Esofagite por refluxo (vomito frequente/ intenso). Ambos podem ser induzidos por um problema gástrico duodenal Doenças gástricas (enzimas): Em cães e gatos a digestão inicia no estomago com a ação da pepsina (que faz digestão proteica e regulação da microbiota bacteriana gástrica). A lipase faz a digestão de gorduras (inicio no estomago, mas tem maior ação em duodeno). E temos a secreção de bicabornato que neutralizam o acido (no intestino, alcalino, neutralizam o PH para não queimar o intestino). A maioria das doenças gástricas (inflamatórias).Manifestações: Anorexia, vomito, sangramento IG. Gastrite aguda e Ulcera: Inflamação da mucosa gástrica por quebra da barreira protetora da mucosa, causada por AINES, corticoides, imprudência alimentar, ingestão de cândidas (gatos), IR e IH, Doenças infecciosas. Fármacos utilizados nas doenças gástricas: Antieméticos, ondansetrona (vonau) em gatos, Maropitan (cerenia) em cães, em gatos da reação extra piramidal. Antiácidos: Pantoprazol / Omeprazol (gaviz). Protetores de mucosa: Sulcrafato (scrafilm). RESUMO DIGESTORIO (TABELA): Diarreias – Aula 2 Eh o aumento de conteúdo de agua nas fezes, temos 3 tipos (int. delgado e grosso, ou mistas - parvovirose). Se caracteriza por alterações de motilidade e permeabilidade intestinal. (secretória / osmótica). Diarreias Agudas: Infecciosas (parasitas, bactérias, vírus). Acomete int. grosso e delgado – Ancylostoma (Parasita), em filhotes leva a anemia. Giardia (protozoário). Bacterianas (E.coli e salmonela). Geram gastroenterites agudas. Acomete apenas ID: Dipilidium (parasita), Tenia que eh transmitida pela pulga. Parvovirose, Cinomose, FIV e FELV (Virais). Caracteristicas: Faz uma bela sujeira (aquosa), volume aumentado (volumosa), amarelada e cheia de gordura (esteatorreia), melena, perda de peso e emese. Acomete apenas IG: Tricuris (parasita) principalmente cães. Tritrichonomas (protozoário) especifica de colite. Clostridium (bacteriana – colite). Caracteristicas: Fezes já formadas (defeca com forma e depois vem a diarreia), volume diminuído, presença de muco, hematoquezia, disquezia, tenesmo, flatulência. Diagnostico na Anamnese: PROVA Manifestações clinicas: Borborigmas intestinais (formação de gases)/ Dor abdominal (comportamental)/ Presença de sangue nas fezes MELENA (sangue digerido – cav. Oral, esôfago, estomago, int. delgado, doença periodontal) HEMATOQUESIA (sangue vivo – int. grosso ou reto) Disquesia e tenesmo (dificuldade para defecar ou não defeca, associada a doenças de colon e reto – colites), urgência no atendimento. Diagnostico: coproparasitologico sempre e esfregaço de fezes frescas. Quando o copro der negativo, fazer ELISA e PCR para giárdia spp. Fármacos utilizados na diarreia (vermífugos): Pamoato de pirantel + praziquantel + febantel (drontal plus). Todos os anteriores + ivermectina (endogard). Diarreias crônicas: ocorre por má digestão (distúrbio intraluminal), má absorção intestinal (mucosa intestinal), problemas no pâncreas, linfangectasia (distúrbio hemolinfatico) – primaria (ma absorção) Secundaria (linfangectasia). Ocorrem na doença inflamatória intestinal, colites, linfangectasia. Anamnese: aguda ou crônica/ ID x IG (ou ambas)/ má digestão ou má absorção. Doença intestinal inflamatória: resposta imune exacerbada contra antígenos ingeridos ou produzidos localmente: proteínas dietéticas / bactérias intestinais Manifestações: Êmese (+em gatos) Espessamento de alças intestinais, Diarreia (+em cães), Perda de peso, associada as vezes a Anorexia, Desidratação, Borborigmas intestinais, Linfadenomegalia mesentérica (aumento dos linfonodos mesentéricos) Diagnostico: Coproparasitologico, bioquímica e US. Biopsia (fechada): Endoscopia (int. delg e estomago), Colonoscopia (imt. Grosso). Em cães. Biopsia (aberta): Laparotomia em gatos, pois acomete tbm fígado, pâncreas e linfonodos. Tratamento: Dieta hipoalergênica, ômega 3, imunossupressão (prednizolona ou ciclosporina) doente renal e diabéticos não podem, antibióticos (metronidazol). RESUMO DIARREIAS (TABELA): Pâncreas – Aula 3 No pâncreas temos enzimas pancreáticas que promovem a digestão de carboidratos (amilase), gorduras (lipase) e proteína (proteases), e sulco pancreático (bicarbonato e água). O Pâncreas exócrino é mediado pelos acinos pancreáticos O pâncreas tem uma serie de mecanismos para que o processo de digestão ocorra só no intestino. Quem inicia o processo de digestão é a ativação do tripsinogênio, essas enzimas são inativadas dentro do pâncreas para serem ativadas lá pela CCK (enzima que ficano duodeno e ativa a digestão no intestino durante a refeição), se forem ativadas ainda dentro das células acinais, ocorre a autodigestão, isso e uma pancreatite. Afecções do pâncreas exócrino: Insuficiência pancreática exócrina (IPE), Pancreatite, Neoplasias. Insuficiência pancreática exócrina (IPE) PROVA– A Etiologia mais importante da IPE em cães é a Atrofia acinar pancreática (inflamação imunomediada que produzem anticorpos que destroem as células acinares). É o acometimento e atrofia dos acinos que compromete a secreção de enzimas pancreáticas, tornando ineficiente a digestão de alimentos). As manifestações clinicas são ainda quando bem jovem. Outras causas de IPE em cães: Pancreatite crônica (pâncreas inflama aos poucos ou por um quadro agudo) e Obstrução dos ductos pancreáticos (por neoplasias). A Etiologia mais importante da IPE em gatos é a pancreatite crônica, que é a inflamação no pâncreas que pode levar a um acometimento e perda desses acinos, (pois tem tríade felina, por sua alteração anatômica, tem quadros inflamatórios intestinais como colangite e por isso cursam a pancreatite crônica que pode levar a uma Obstrução dos ductos pancreáticos). Normalmente é secundaria a outro problema, desenvolvem idosos. Predisposição genética: Chow chow, West, Cavalier, Cocker, Pastor alemão, Pastor de sethland. Manifestações clinicas: Diarreia de ID (aumento de volume fecale frequência), Fezes engorduradas e amareladas (esteatorreia). Polifagia (aum. Do apetite), coprofagia (come coco), borborigmas. Diagnostico: Exame de imunorreatividade sérica da tripsina e do tripsinogênio (TLI) espécie / especifico, e exames cobalamina (baixa) e anemia. Tratamento: Pancreatina (reposição enzimática), Dieta ID/digestive low fat (pouca gordura, carboidrato e fibra), Cobalamina e Vit K. Pancreatite: É a autodigestão pancreática com inflamação e necrose de gordura peripancreatica (peritonite focal ou geral) Aguda (cães): inflama muito e pode levar ao óbito. Crônica (gatos): Ocorrência maior em gatos devido a tríade felina, tem correlação de inflamação entre órgãos. Em cães pode ocorres por endocrinopatias. Causas: Idiopática (90%), pancreatite crônica, endocrinopatias, dieta com muita gordura, trauma (acidente), isquemia (choque e anemia hemolítica) Manifestações: Desidratação, anorexia, emese, letargia, diarreia, PU/PD, febre, icterícia. Diagnostico: Histórico + exame físico, Lipase especifica pancreática (PLI) canina / felina e US. Amilase e lipase. Tratamento: Fluido terapia (ringer lactato), Meropitant (controle da emese), e em gatos dipirona e tramadol (casa) e internado (FILK). Antibióticos quinolonas (enrofloxacina). Heparina em doses baixas. RESUMO PANCREAS (TABELA): Hepatopatias – Aula 4 Nas hepatopatias cursamos com a Colestase (redução do fluxo biliar – motilidade) intra hepática (dentro do hepatócito e canalículos biliares) exta hepática (redução do fluxo biliar na vesícula biliar e ductos biliares) que geram a Icterícia (Acumulo de bilirrubinas nos tecidos). Ácidos biliares / Avaliação da síntese (bilirrubinas BRD e BRI, proteínas totais, albumina, fatores de coagulação) PROVA: A bile vem da hemocaterese, o fígado não faz bilirrubina e sim conjuga. A bilirrubina vem da destruição das hemácias pelo sistema fogocitario mononuclear ou pelos monócitos circulantes, eles vão metabolizar a hemoglobina (proteína ligada ao ferro) que vai ser metabolizada em biliverdina. Quando essa bilirrubina chega ao fígado, é conjugada em bilirrubina direta, e parte dela volta para o sangue e uma parte vai para urina, rim (que da a cor alaranjada da urina), e parte da bilirrubina desemboca no intestino via fluxo biliar e vai ser metabolizada em especolinogenio (que faz as fezes serem acastanhadas). O acumulo de bilirrubina nos tecidos gera a icterícia (pre hepática/ hepática/ pós hepáticos). PROVA: Pre-Hepatica – vem de crises hemolíticas. Se tivermos uma redução do fluxo ou do processo de conjugação de metabolismo da bilirrubina do fígado (que atrasa o processo), acumulando no sangue (hepatopatia). Hepática – relacionada a doenças no fígado Pos-Hepatica - Relacionada as doenças das vias biliares. Se a vesícula biliar estiver inflamada, obstruída. Também gera acumulo de bilirrubina no sangue. O grande problema eh que na maioria das doenças hepáticas e pos-hepaticas, vamos cursar com a colestase (redução do fluxo que fica comprometido), ai a bile fica parada dentro do tecido hepático, e ela foi feita para escoar (pois a bile tem função exócrina, então se ela fica parada dentro do fígado, inflama, necrosa). Funçao do fígado: O fígado é responsável pela síntese de certas substancias, albumina, glicogênio, síntese hepática, metabolismo de fármacos e da bilirrubina, excreção de certas substancias. Avaliação da função hepática: Extravasamento e necrose (ALT – hepatoespecifica e AST – marcador cardíaco). Se a ALT e AST estiverem aumentadas, há lesão hepática. Se a ALT estiver normal e AST aumentada eh muscular. Colestase (FA e GGT). FA tem maior quantidade nos canalículos biliares e quando aumentada significa redução do fluxo biliar intra- hepático. GGT tem em maior quantidade na vesícula biliar e está presente em quadros de obstrução e inflamação das vias biliares. Bilirrubinas (Direta e indireta), são de síntese hepática. Direta é feita pelo fígado. Indireta vem da hemocaterese. Albumina – Fígado mantem a síntese de albumina, se o fígado não funcionar paciente tem hipoalbuminemia, que pode vir a ter ascite e edema. Fatores de coagulação - A maioria dos fatores de coagulação são de síntese hepática, ou seja, o paciente vai sangrar mais. Glicogênio – Fígado faz o metabolismo de glicogênio se o fígado não funcionar paciente tem hipoglicemia. Doenças hepáticas: Hepatopatias vacuolar, toxica, familiares, autoimune, desvios portos sistêmicos (shunt), cirrose, encefalopatia hepática. Gatos temos o complexo colangite, afecções das vias biliares (lipidose hepática). Hepatopatias vacuolar – É a mais comum, normalmente temos uma reação secundaria (hipoxia no cardiopata, fármacos, desnutrição, hipercortisolismo no hiperadreno, hiperlipidemia no diabético ou obeso) a uma doença primaria (EX: Cardiopata, sofre hipoxia, fígado sofre). Hepatopatias familiares (hepatopatias do Cocker ou do Doberman e Doença do armazenamento do cobre). PROVA hepatopatias do Cocker – é um tipo de hepatite autoimune. Pode ser gerada por um vírus como a hepatite infecciosa (hepatite crônica/ ativa), por um fármaco que faz uma injuria primaria nos hepatócitos e depois no sist. Imune mantem o processo (reação hepática a qualquer lesão) que gera um quadro de cirrose ao longo da vida. Diagnostico (histopatológico). Doença do armazenamento do cobre – dificuldade em excretar o cobre, gerando toxicidade. O cobre eh absorvido pelo ID (vem da alimentação), estocado (dentro do hepatócito, o que induz a muita inflamação) depois eh escoado. Raças acometidas (Bedlington Terrier – hereditário, doberman – primaria ou colestase - secundaria). Essas raças tem uma deficiência na hora de metabolizar esse cobre e escoa-lo via bile, cobre fica dentro do hepatócito e inflama e intoxica (primaria). Mas também se eu tiver uma colestase, pode começar a acumular cobre (Secundário) a uma colestase. Hepatopatias toxicas – Ocorre por fármacos e toxinas que induzem a hepatopatias (EX: fenobarbital, carprofeno, cetoconazol...etc). Hepatopatias autoimune (só de cão) – Pode ser gerada por um fármaco, toxina, ou agente infeccioso (adenovírus). São também as hepatopatias familiares. Geram cirrose hepática. Shunt (desvio porto sistêmico – adquirido/ secundário ou congênito/ primário / intra e extra hepáticos) PROVA - Raças mais acometidas (Maltês, Yorkshire, Schnauzer,Shihtzu , Persa, Siamês e Himalaios) – É o desvio da circulação intra-hepática. Essa anomalia da veia portal faz com que o sangue, que deveria ser filtrado pelo fígado, seja desviado para a corrente sanguínea do animal com todas as impurezas e toxinas. Assim, além dos danos ao sistema hepático, o sangue “sujo” chega ao cérebro do animal causando graves distúrbios físicos e neurológicos, que podem levá- lo à morte. Apesar de mais comum em cachorros, o DPS pode ocorrer também em gatos. Shunts Primários / Congênitos – A amônia vem do intestino (toxica), é metabolizada no fígado em ureia que é eliminada nos rins. Quando o animal nasce com um desvio mesentérico para veia cava, a amônia (toxica) passa direto e o paciente apresenta sintomas neurológicos (encefalopatia hepática). Ou ocorre pq o fígado nasceu muito pequeno. Shunts secundários / adquiridos – É o aumento da pressão dentro do fígado (veia porta), que acaba tendo que formar outras vias para amenizar a pressão. Diagnostico: Para saber se a amônia esta alta, dosar os acinos biliares (pois fazem o mesmo caminho), se tiver desvio vai estar aumentado. Para fechar o diagnostico fazer US com doppler vascular. Podemos tbm fazer dosagem sérica de amônia na urina (formam cálculos de amônia) Tratamento: Cirúrgico, colocação de anel aneroide. Cirrose – Estagio final da doença hepática crônica, shunts secundários. No início temos a hipertensão portal, o sangue chega no fígado com uma pressão que não tem para onde ir (formam shunts secundários) e começa a extravasar liquido no meio interscistial (ascite), fibrose e em seguida vem a hipoalbumenia que leva a Estase biliar e contribui para mais destruição de tecido = destruição do tecido hepático funcional (cirrose). Também quando temos alteração nesse fluxo mesentérico, leva a uma menor perfusão de órgãos (fígado e rins) que ativa o sistema renina angiotensina aldosterona, por isso os hepatopatas tem polidipsia (primeiro aumenta o nível de sódio, depois perde água). Encefalopatia hepática – é a deterioração da função cerebral que ocorre em animais com doença hepática grave, porque substâncias tóxicas (amônia) normalmente eliminadas pelo fígado se acumulam no sangue e chegam ao cérebro. Manifestações: Hiper salivação, ataxia, incoordenação, head-pressing, desorientação, demência, andar em círculos, alterações da consciência (prostração, torpor, coma), cegueira súbita, desmaios ou convulsões. Tratamento: Lavagem com solução fisiológica para limpar o intestino e diminuir a absorção de amônia, corrigir déficit de fluidos e desequilíbrio eletrolítico (pacientes desidratados com hipocalemia, hipoglicemia, protetores gástricos e antieméticos. Metronidazol (stomorgil), Lactulose (lactulona) para diminuir o ph do colón, converte amônia em amônio (menos toxico), fonte de carboidratos. Colestase – diminuição ou interrupção do fluxo biliar, altera a barreira hematoencefálica (passa amônia), induz a ulceras TGI, diarreia, má absorção, alteração da função plaquetária. Manifestações: icterícia e diarreia. Tratamento: (PROVA): Ursacol (acido ursodesoxicolico), deixa a bile mais fluida para ser escoada.. Suporte: vitamina K e do complexo B (cobalamina), antioxidantes (vit E), SAMe (S-Adenosil-Metionina), Quelantes de cobre (zinco). Lipidose Hepática (gatos) - Síndrome clínica decorrente de anormalidades do metabolismo de lipídeos após períodos prolongados de hiporexia ou anorexia. (A partir de 3 dias), normal em pacientes obesos que param de comer de repente. Pode ser idiopática, mas a maioria é secundaria a (Obesidade, Afecções respiratórias, Endocrinopatias, Gastroenteropatias, Hepatopatias, Dor. Tratamento: tratar causa base, alimentação por tubo esofágico. Complexo colangite (gatos) – Triade felina, deformidade anatômica no qual o ducto pancreático se une ao ducto biliar. É a inflamação do fígado que acomete 3 áreas (Fígado, pâncreas e duodeno). Diagnostico: sinais clínicos e coproparasitologico. Plano de diagnostico para doenças hepáticas / Alterações: Avaliar o paciente e as possíveis causas. Muitas vezes temos anemia. Hemograma, urinálise, proteínas totais (baixa), albumina, FA, ALT, ureia, creatinina (baixa), Na/K, Ácidos biliares, dosagem sérica de amônia na urina (formam cálculos de amônia), Ultrassom abdominal, Citologia ou biópsia (guiada tbm permite diagnostico de neoplasias, apenas em cães de médio a grande porte, pois gatos fazem reflexo vago tônico qnd manipula o fígado e fazem parada cardíaca) ou via laparotomia/laparoscopia). Diagnostico: Biopsia / histopatológico (maioria das vezes), pois eh uma doença silenciosa. Dosagem de ácidos biliares, US. Manifestações clinicas das hepatopatias: Só temos quando já há fibrose hepática (cirrose). Animal já chega em quadro tardio. Em pacientes já em estágios avançados (Desnutridos), causa anorexia, pois o paciente tem muita náusea e letargia pelo aumento da amônia, alteração no olfato (hiposmia), paladar (hipogeusia), gastrite. Na encefalopatia hepática: temos Hiper salivação, ataxia, head- pressing, desorientação, demência, andar em círculos, alterações da consciência (prostração, torpor, coma), convulsões. Ascite: desconforto respiratório e abdominal, refluxo (gastrite), peritonite bacteriana, saciedade precoce. Colestase: icterícia e diarreia Tratamento na hepatopatia – Desnutridos: Tratar a náusea e emese (meropitant ou ondasetrona), protetores gástricos (pantoprazol), orexigenos (mirtazapina), dieta com proteína de alto valor biológico, tratar distúrbios gastrointestinais (gastrite – sucrafilm). Encefalopatia hepática: Lavagem com solução fisiológica para limpar o intestino e diminuir a absorção de amônia, corrigir déficit de fluidos e desequilíbrio eletrolítico (pacientes desidratados com hipocalemia, hipoglicemia, protetores gástricos e antieméticos. Metronidazol (stomorgil), Lactulose (lactulona) para diminuir o ph do colón, converte amônia em amônio (menos toxico), fonte de carboidratos. Ascite: paracentese (drenar o liquido do abdoem),e diuréticos (espirolactona ou furosemida). Terapia antiinflamatoria: Azatioprina (cães). Colestase (PROVA): Ursacol (acido ursodesoxicolico), deixa a bile mais fluida para ser escoada.. Suporte: vitamina K e do complexo B (cobalamina), antioxidantes (vit E), SAMe (S-Adenosil-Metionina), Quelantes de cobre (zinco). Descontinuar fármacos potencialmente hepatóxicos, tratamento sintomático específico (sob medida). RESUMO HEPATOPATIAS (TABELA): Resumo Anamnese Sistema digestivo - O animal alimenta-se bem? - Bebe água normalmente? - Está defecando? - Qual o tipo de fezes (duras, moles, pastosas, líquidas)? - O animal apresenta vômito? Qual o aspecto do vômito? Horário em que aparece? Tem relação com a ingestão de alimentos? Tem alimentos não digeridos? Sangue? Urinário – Aula 5 Função dos rins: Excreta urina, filtra o sangue, auxilia na glicose ultrafiltrada. Tem função de excreção (resíduos metabólicos, drogas e toxinas), regulação (homeostase – equilíbrio acido base / Volume extracelular – concentra a urina) e endócrina (renina – regula a pressão [sistema renina angiotensina aldosterona PROVA], vitamina d, eritropoetina). Regulação da pressão arterial: O sistema renina-angiotensina- aldosterona PROVA: O sistema renina-angiotensina-aldosterona é uma série de reações que ajudam a regular a pressão arterial. Quando a pressão arterial cai os rins liberam a enzima renina na corrente sanguínea. A renina se divide o angiotensinogênio, em partes. Uma parte é a angiotensina I, que se mantém relativamente inativa, e outra parte é a angiotensina II, hormônio muito ativo. A angiotensina II faz com arteríolas se contraiam, aumentando a pressão arterial, e também provoca a liberação do hormônio aldosterona pelas glândulas adrenais e da vasopressina (hormônio antidiurético) pela hipófise.A aldosterona e a vasopressina fazem com que os rins retenham sódio (sal). A aldosterona também faz com que os rins excretem potássio. O aumento de sódio faz com que a água seja retida, aumentando, assim, o volume de sangue e a pressão arterial. Formação da urina: Os rins filtram entre 20 a 25% do debito cardíaco (fluxo sanguíneo renal = 20ml/min/kg). Em cada nefron a formação da urina eh resultante em 3 etapas (filtração glomerular, reabsorção tubular , secreção tubular). Filtração glomerular- ocorre nos glomérulos, onde passa o ultrafiltrado. Reabsorção tubular – ocorre no túbulo contorcido proximal temos a absorção de glicose, bicarbonato, aminoácidos e agua. Secreção tubular: ocorre no túbulo distal onde temos o equilíbrio ácido básico. Conformação do trajeto da uretra (sexo) – Machos (longa e estreita), trajeto da uretra pequena, mais fácil de obstruir. Femea (curta e larga), tem mais elasticidade. Idade - jovens: doenças infecciosas, doenças parasitárias (parasita de sist. Urinário – angiorenale, causada por peixe cru), malformações (de ureter). Adultos e idosos: doença renal crônica, neoplasias, urolitíases... Raças predispostas: Lhasa Apso e Shih Tzu: displasia renal (malformação nos nefrons) / Persas: rins policísticos / Dálmatas e felinos: urolitíases ( cálculos de urato de amônia, pois não convertem o acido úrico, falta uma enzima). ANAMNESE – Antecedentes (castrado / inteiro, se já teve crias), Início do quadro, Periodicidade, Sintomas (anuria, disuria, iscuria, hematúria, polaciuria, poliuria, coluria, incontinência), Comportamento dos Órgãos/Sistemas (esta urinando, qual frequência, quantidade, volume, odor, coloração. Fica arqueado, vocaliza, ou tem mimica do vomito ao urinar, está fazendo fora do local habitual - periuria), Causas Prováveis (comeu alguma planta, petisco, etc...), Tratamentos Prévios ou atuais (alguns medicamentos causam doença renal, ex. tratamento de leishmoniose com aloturinol / ou doenças autoimune que toma corticoides, podendo se tornar diabético o que aumenta a ingestão de agua e a urina fica mais diluída). As principais doenças renais vêm dos problemas periodontais. Alterações na micção - volume: poliúria (muita urina), oligúria (pouca urina), anuria (ausência de produção e eliminação de urina) / frequência: normal, polaciúria (frequência excessiva mas em pequenos volumes) / dificuldades: disúria (dor ou dificuldade de urinar), estranguria (esforço ao urinar, devido a espasmos de bexiga e uretra) / esvaziamento: incontinência urinária, iscúria (falta de excreção ou por retenção, comum em idosos por lesão medular). Aspecto da urina: Coloração (amarelo claro/ escuro), Odor (forte), Turbidez (límpida ou túrbida), Hemorragias (sangue na urina, vemos em alterações hepáticas e anemia hemolítica), cristais. Ingestão de água - Volume: polidipsia (sede anormal ou excessiva, acompanhada pela ingestão de quantidades excessivas de água - 60 a 100ml/kg/dia). Alterações digestivas: odor urêmico (halitose urêmica – cheiro de ureia na boca / halitose cetotica – cetoacidose por complicação diabética), vômito, diarreias, úlceras em cavidade oral. Caso clinico: cão, castrado a 3 anos, e desde então não para de vomitar, bebe muita água, faz muito xixi. R: ou já era doente e não fez triagem para ser anestesiado e deu problema, ou a cirurgia de castração cortou ureter ao invés do útero (ocorre muito). Exame de urina: Avalia o sistema renal e urinário através de uma triagem para diversas condições clinicas e necessária para tratamento. Complementam outros exames (avaliação funcional, avaliação estrutural – US e RX, principalmente contrastados, temos hoje em dia a cistoscopia, que é a endoscopia do trato urinário. E auxilia na detecção da etiologia da doença renal). Métodos de coleta: O veterinário sempre tem que avisar o método de coleta no pedido para o laboratório. Temos por micção espontânea (presença de bactérias), cateterizaçao (sondagem) causa lesão em ureter e é um meio de infecção ascendente, quando a sonda não é esterilizada, Cistocentese (mais utilizado e mais segura, sempre avaliar se há contraindicação). Urinalise: avaliação física e química da urina: (avalia função renal, integridade das vias urinarias [ureter, bexiga, uretra], avalia sistema genital, e de metabolismo [fígado, adrenais, circulatório e muscular]. Comprometimento: inflamatório / infeccioso (infecção de urina ou na urina, que pode ser bexiga ou também no rim, ex. pielonefrite, infecção do rim), obstrutivo / isquêmico (quando tem obstrução), toxico / neoplásico / malformação. Exame físico: Avalia volume (min de 10ml), coloração (amarelo claro [citrino] ou escuro), Aspecto (límpida ou túrbida), densidade.(alta ou baixa) Exame químico: Analise semi quantitativa (proteínas – não da para avaliar durante infecçao, glicose, corpos cetonicos, bilirrubinas, uroblinogenio, sangue oculto e ph). Feita através uma fita reagente colocada por 10 minutos em contato com a urina apresenta colorações diversas no resultado. Exame de sedimento: Avalia hemácias, leucócitos, células (epiteliais, renais, transição – aumentada nas infecções, irritações e neoplasias do trato urinário.), cilindros (formação de alguns de proteína que ficam com a forma do túbulo do nefron. Se tiver cilindro na amostra é porque temos alguma lesão renal), Cristais (que podem predispor a cálculos). Bioquímica (ureia e creatinina - triagem): Avaliamos a função glomerular. Ureia é sintetizada no fígado a partir da amônia e excretada pela filtração glomerular, (alterada caracteriza infecções, desidratação / aumentada significa que o rim não está mais conseguindo excretar), alteração glomerular (proteinúria). Creatinina produto da degradação enzimática da fosfocreatina no musculo (cães musculosos tem a creatinina próxima do limite. Cães e gatos com perda muscular podem ter doença renal). Infecção do trato urinário (ITU – não complicada e complicada / Cistites – bacterianas esporádica, recorrente, subclinica): é a infecção bacteriana de porções do trato urinário (rins, ureter, bexiga). Muito comum em cães e raro em felinos, acomete mais as femeas (risco elevado). Ascendentes - Causadas por bactérias do TGI, períneo (bactérias da reg. Peri anal), genitália externa (bactérias do ambiente, comum pela proximidade e bactérias da região vaginal ou prepúcio), coloniza uretra, bexiga, ureter e rim (pielonefrite se não tratada a ITU). Hematogenas (septicemias – raro) - por endocardite bacteriana, problemas periodontais (maior causa). Cateterização urinaria – por utilizar sonda uretral não estéreo na coleta de urina (muito comum / risco de infecção). - Cistites: A mais comum em caninos (Regular E.coli), em felinos (Hemolytic E.coli). Os sintomas dependem da virulência da bactéria, da produção de betalactase (gene de resistência a antibióticos) e das defesas naturais do organismo - micção constante, fluxo adequado (reter urina e deixar o local úmido cresce bactéria), sem cálculo, densidade elevada (baixa cresce bactéria) ideal 1050, ph adequado (ideal 5). Rotas de infecção: Ascendentes, hematogena, cateterizaçao urinaria. Histórico clinico: cães jovens – ureter ectópico / idosos – diabetes (açúcar na urina = fonte de bactérias) e DRC (densidade da urina cai = ph favorece crescimento das bactérias). Manifestações clinicas PROVA: Hematúria (sangue na urina)/ Disúria (micção dolorosa ou dificuldade de urinar)/ Polaciúria (frequência excessiva, porém com pequenos volumes de urina)/ Estrangúria (esforço ao urinar devido aos espasmos da bexiga e da uretra)/ Periúria (urinar for a do local habitual) Associada às desordens do trato urinário inferior especialmente cistites, uretrites, cálculo vesical, neoplasia vesical e obstrução da uretra por cálculo ou neoplasia (infecçao por TVT na vulva). Pode estar associadaa doenças inflamatórias ou neoplásicas do trato genital (p.ex., glândula prostática, vagina). Diagnostico: Historico clinico (hematúria, polaciurua, disuria, incontinência) + Exame físico (dor na palpação da bexiga em região hipogástrica, observamos espessamento da parede vesical) + Exames complementares - Exame de urina, urocultura para saber a bactéria (75% gram negativa – E.coli) – coletar antes do tratamento, antibiograma para ver o antibiótico que vamos utilizar. Diferencial: inflamação do trato urinário (Síndrome de Pandora em gatos a bexiga inflama por stress), Urolitiase (calculo da bexiga que vai gerar infecção), neoplasias (bexiga – maligna [carcinoma de bexiga] / benigna [pólipo]), Traumas. Tratamento: Tratamos sintomas e não exames. Antibióticos mais utilizados (amoxicilina c/ ou sem clavulanato, Cefalexinas, Quinolonas). PROVA Classificação - Infecção do trato urinário (ITU – não complicada e complicada / Cistites – bacterianas esporádica, recorrente, bacteriúria subclínica): Classificação pelo consenso - ITU Não complicada: Primeira vez que tem infecção, 1 a 2 episódios no ano, sem alteração anatômica e de micção, rim funciona normalmente, sem tumor, sem antibióticos a mais de 2 meses. ITU complicada: tem alteração anatômica, tem cálculo, tem tumor, tem hiperplasia prostática, tem diabetes, hiperadreno, toma cortisona, imunossuprimidos, lesão medular (esvaziamento da bexiga, comum em idosos). Classificaçao Atual – Cistite bacteriana esporádica (ITU não complicada): Comum em cães. Diagnostico: Manifestações clínicas de ITU + evidência de cistite bacteriana (examede urina e cultura)/ 1 ou 2 episódios de cistite nos últimos 12 meses. Exames complementares: Exame de Urina + cultura de bactérias aeróbicas (ideal coletar por cistocentese). Realizar o tratamento mesmo sem cultura em CÃES. EM GATOS É OBRIGATÓRIA A REALIZAÇÃO DE CULTURA. Tratamento: Se tiver sintomas (hematúria, isuria – dificuldade para urinar, febre). Para melhora clinica usar AINES não estoriodais (meloxicam). Antibióticos (amoxilina ou sulfonamidas). Cistite bacteriana recorrente (ITU complicada): 3 OU + EPISÓDIOS CLÍNICOS DE CISTITE BACTERIANA NOS ÚLTIMOS 12 MESES OU QUANDO OCORREM 2 OU + EPISÓDIOS NOS ÚLTIMOS 3 MESES / TENTAR IDENTIFICAR/TRATAR DOENÇA CONCOMITANTE (ex: endocrinopatia, doença renal, obesidade, urolitíases, imunossupressão, incontinência urinária ou retenção, alteração congênita [ureter ectópico]). Diagnósticos (exames complementares): US e RX abdominal, Exame de urina + cultura (cistocentese). Hemograma + perfil renal + perfil hepático + triglicérides e colesterol + eletrólitos ... *** IDENTIFICAR/TRATAR DOENÇA CONCOMITANTE. Tratamento: quando tiver sintomas, AINE (para as manifestações clínicas). Antibiótico (o mesmo p/ cistite bact. esporádica) ATÉ RESULTADO DA CULTURA. TRATAMENTO POR 3-5 DIAS (REINFECÇÃO) OU 7-14 DIAS (PERSISTENTE OU RECIDIVA) • TRATAR CAUSA DE BASE. O MAIS IMPORTANTE É RESOLVER A MANIFESTAÇÃO CLÍNICA (ALGUNS ANIMAIS MANTÉM A BACTERIÚRIA) ! • Após 5-7 do tratamento pode ser realizar nova cultura (porém o mais importante é melhora clínica): Bacteriúria subclínica: Presença de bactéria na urina (cultura) sem manifestação clínica. 2-12% de cães normais/ 1-13% de gatos normais. 15-74% em cães com D.M., obesos, parvo virose, paralisados, imunossuprimidos. Ainda não se tem evidência de bacteriúria predispor a cistite bacteriana esporádica. Diagnostico: Cultura (cistocentese) em animais sem manifestação clínica. A quantidade de crescimento de bactérias não diferencia bacteriúria subclínica de cistite bacteriana esporádica (o que diferenciar é se tem ou não manifestações clínicas). Pode ou não ter piúria (piúria não significa bacteriúria !!). Tratamento: Não há necessidade de tratar. OBS: tem cães com lesão medular que não apresentam / manifestam sintomas por não ter mais a sensibilidade, de difícil avaliação. Tratar apenas febre. DOENÇA RENAL : Doenças que causam DRA: Infecciosas – Erlichiose, Leptospirose, Leishmaniose / Intoxicaçoes - por lirio e propielenoglicol / Pielonefrite – infecçao causada por uma bacteria a nivel renal. DOENÇA RENAL CRONICA (Ultima Aula): Funçao dos rins: Excreçao de produtos indesejáveis do metabolismo (principalmente compostos amionacais como a ureia). Regulaçao do balanço de agua e eletrólitos (por isso temos sintomas como a desidratação, cálcio baixo, potássio alto). Regulaçao do balanço acido-basico (descontrole de PH, causando acidose metabólica). Produçao de vitamina D (que controla cálcio e fosforo). Produçao de Eritropoetina (o rim produz a eritropoetina que vai na medula óssea e faz a ativação de novas hemácias, se o rim não funciona não produz mais causando a anemia). Produçao de renina (causando hipertensão). Resumindo: Os rins tem como função Excreta urina, filtra o sangue, auxilia na glicose ultrafiltrada. Tem função de excreção regulação (homeostase – equilíbrio acido base e endócrina (renina – regula a pressão [sistema renina angiotensina aldosterona PROVA], vitamina d, eritropoetina). Regulação da pressão arterial: O sistema renina-angiotensina- aldosterona PROVA: Os rins regulam a pressão arterial atraves da produção de renina e secreção adrenal de aldosterona. e da vasopressina (hormônio antidiurético) pela hipófise. A aldosterona e a vasopressina fazem com que os rins retenham sódio (sal). A aldosterona também faz com que os rins excretem potássio. O aumento de sódio faz com que a água seja retida, aumentando, assim, o volume de sangue e a pressão arterial. A DCR eh comum em gatos idosos, causa perda de nefrons e alterações da taxa de filtração glomerular (TGF). Vemos lesões detectadas por marcadores urinários (urinalise), sanguíneos (ureia e creatinina – marcadores tardios [75% nefrons acometidos] / SDMA marcador – marcador mais precoce, rins liberam essa enzima qnd a perda de 40% dos nefrons) e de imagem (rins com anormalidade). A doença renal crônica eh uma doença renal aguda não tratada (lesão renal existente a mais 3 meses ou mais) As causas podem ser primarias (obstruções, hipertensão, inflamatórias, infecciosas ou congênitas) ou secundarias-adquiridas (envelhecimento, isquemia, mecamentos, agentes tóxicos). Manifestaçoes clinicas são INESPECIFICAS, mas temos poliuria, polidipsia, perda de peso (3Ps), pois o rim não concentra mais urina, eletrólitos como o sódio ficam mais altos, causando muita sede. Temos emese, diarreia e letargia, pq os compostos amionacais como a ureia geram gastrite. Sinais comum da doença renal: aumento da sede e produção de urina – perda de apetite – perda de peso – vômitos e diarrias – lesões na boca – fraqueza. OBS: Os 3Ps, como diferenciamos da diabetes? Pq na diabetes o animal come muito e pela glicemia na urina e serica / em gatos dosar frutosamina. Caso clinico PROVA: Gato, 17 anos, com perda de peso, desidratado, PA 200, hematócrito 16 (anemia bem importante), glicemia 160 (não levar em conta). Quais exames faria para confirmar a suspeita diagnostica? Frutosamina (normal para gato com DR) e Urinalise (sem glicosuria). Exame físico - Manifestaçoes clinicas: mucosas hipocoradas (anemia pela falta de eritropoetina), halitose (urêmica), lesões em cavidade oral (pela amônia – DR intensa), anorexia (perda de peso), atrofia muscular, desnutriçao, emese, diarreia, apatia desidratação (avaliar pelo TPC), poliuria (rim não concentra mais urina), polidipsia (sódio alto), alterações neurológicas (letargia), osteodistrofias (cara fica inchada, mandíbula de borracha) Exames complementares - Laboratoriais: No hemograma encontramos Anemia (hematócrito baixo – porcentagem de cel vermelhas no sangue, no cao abaixo de 35 e nogato abaixo de 25). No bioquímico encontramos azotemia, (hiperfosfatemia, hipocalemia, diminuição do bicarbonato sérico. Na urinalise, proteinúria (avaliar pela relação creatinia/proteína) e glicosuria. Exame de imagem US (perda da arquitetura renal), e Hipertensao Temos densidade urinaria baixa (de 1.008 a1002 – isostenuria / abaixo de 1.008 - hipostenuria), hipoalbuminemia, diminuição de potássio, acidose metabólica. Azotenia Pre-renal (desidratação e hipotençao) / Renal (lesão renal) / Pos-renal (obstrução ou ruptura das vias urinarias (diferenciamos na palpação e histórico, pois na DR urinam muito). Sinais clínicos, azotemia (aumento de ureia, creatinina e fosforo), que tem como manifestação a desidratação (pre-renal) por poliuria (rim não concentra mais urina) e polidpsia, doente renal (renal), diminuição da excreção de urina por obstrução com cálculos (pos renal). E temos a uremia (azotemia associada a sinais clínicos como vomito, diarreia, letargia, perda de peso, hiperparatiroidismo). Proteinuria: Perda de proteínas na urina, induz inflamação e piora a progressão da DRC, sempre realizar urinalise junto (para diferenciar se eh pos renal ou não, se tem bactéria, sangue, leucocitos). Proteinuria Pre-renal (causada por exercícios ou excesso deles, crises epileticas longas, mieloma múltiplo, hemoglobinúria – ocorre na anemia hemolítica imunomediada por erlichia, babesia ou autoimune, urina fica escura). Renal (descartar pre e pos / Temos secreção tubular de proteínas excessiva, lesão tubular distal, inflamação do parênquima renal). Pos-renal (inflamação no trato urogenital, trauma, neoplasia, sangue na urina, pus – tudo isso aumenta a proteina). OBS: Temos proteinúria na IRA, DRC e na Pielonefrite, o que diferencia elas? Na DR temos cronicidade de sintomas. Na IRA temos histórico, sintomas agudos. Na pielonefrite os rins estão bonitos no US. Tratamento: Dieta renal, ômega 3, inibidor de ECA (benazepril), dilata as arteríolas renais, deixando a proteína sair com mais facilidade = menos proteinúria. Hipertensão: Tratamos qnd tem lesão em órgão alvo (olhos – cegueiraa, descolamento de retina/ coração – no eco vemos hipertrofia concêntrica do ventrículo / encéfalo -sintomas neurológicos / rim – não controla mais aldosterona gerando crises.) Ou tratamos qnd esta acima de 160 (PA) Tratamento: inibidor de ECA (benazepril – 0,25 a 0,5 mg/kg SID e Bloqueador de canal de cálcio (amlodipina). Cuidado com azotemia e hipotensão. Acidose Metabolica: Ocorre por que não absorve mais bicarbonato, e temos que repôr com bicarbonato de sódio (suplementar no cao caso menor que 18 / no gato menor que 16) e citrato de potássio (potássio baixo). Avaliamos por meio da gasometria (venosa). Hiperparatiroidismo secundário a DR: A partir do estagio 3 temos alteração de calcitriol e paratormônio em excesso, por causa do fosforo e cálcio, que gera a mandíbula de borracha. SEMPRE AVALIAR CALCIO E FOSFORO. Hiperfosfatemia: Estagio 2 – de 4,5 a 5 (dieta renal com restrição de fosforo) / Estagio 3 – maior que 5 / Estagio 4 – maior que 6. OBS: O cálcio eh importante para acontraçao muscular, principalmente do coração e neurotransmissores, quando esta muito abaixo o paciente convulsiona, fica bradicardico. Anemia: Causas, eritropoetina (EPO baixa), ma absorção ou perda de ferro (inflamação), anemia não regenerativa (normocítica, normocromica). Tratamento: repor ferro com objetivo de deixar Hematocrito acima de 35%. Quando menor que 20% e manifestações clinicas (fraqueza), repor eritropoetina. Diagnostico: Fazemos inicialmente o estadiamento (IRIS), que eh classificado de grau 1 a 4. Sempre com 2 a 3 mensuraçes. Relação creatinia/proteína (para avaliar a creatinina que tem q ter aumento persistente acima de 1.4 e proteinúria que avalia a perda de proteína na urina e eh um importante marcador que piora a DR, avaliar so a renal no caso de DR), PA (avaliar hipertensão, acima de 160, tratar com benazepril). SEMPRE DOSAR HEMATOCRITO, UREIA, CREATININA, CALCIO E FOSFORO. IMPORTANTE: Para avaliar os níveis de creatinina e ureia, primeiro hidratar o animal. No grau 1 não fazemos soro, apenas se esta muito desidratado, pois o soro ativa i sistema renina.angio.aldo antes do que deveria. Animal com DRC: Anemia, azotemia, proteinúria, hipertensão, acidose metabólica, hiperparatiroidismo secundário a DR, hiperfosfatemia. OBS: Qual a doença que pode aumentar a creatinina? Hipoadrenocorticismo (MATA), diminuição na produção de cortisol e aldosterona, potássio alto, comatosos, bradicardicos, diarreia (Dosar sódio e potássio). Estagios (IRIS) – Estagio 1 (sem sinais clínicos e sem azotemia, proteinúria, alterações morfológicas no exame de imagem). Estagio 2 ( azotemia discreta, pode haver sinais clínicos, proteinúria e hipertensão). Tratamento 1 e 2: dieta terapêutica. (reduçao de proteína e fosforo) e tratar sinais clínicos. Estagio 3 (azotemia moderada e sinais de uremia, perda de peso, diarreia, emese, anemia, desidratação). Tratamento mesmo de 1 e 2 + inibidor de eca + fluidoterapia. _ quelantes de fosforo. Estagio 4 (azotemia severa, síndrome uremica, sintomas neurológicos, osteodistrofias, hipertiroidismo renal secundário, taquipneia, hipertençao, falencia renal e morte). Tratamento: mesmo de 1, 2 e 3 + taratr hipertençao, reduzir sódio na dieta, + sonda. Manejos gerais em casa: Oferecer agua limpa, distribuir potes pela casa, dieta úmida. Caso tenha perda de apetite (estimular com cobavital ou mirtazapina). Fluidoterapia com ringer lactato (sempre corrigir de acordo com o grau de desidratação (a partir do nível 3 + comum por ser mais difícil de repor em casa). RESUMO URINARIO (TABELA): Figura1 PROVA Resumo Anamnese Sistema genito-urinário - O animal está urinando? Qual a freqüência? Qual a coloração da urina? Qual o odor? - Onde o animal urina aparecem formigas? - Aparentemente o animal sente dor quando urina (posição à micção, gemidos, emissão lenta e vagarosa)? - O animal já pariu alguma vez? O parto foi normal? - Quando foi o último cio? Percebeu alguma secreção vaginal ou peniana? Qual o comportamento sexual dos reprodutores? Apresentam exposição peniana prolongada? ENDOCRINO: DIABETES- Conjunto de manifestações clinicas (vários sistemas envolvidos), varias doenças podem predispor. Causa hiperglicemia pela falta ou incapacidade de produzir insulina (produzida no pâncreas pela parte endócrina). Tipo 1: acomete mais cães, deficiência total de insulina, associada a doença autoimune. Tratamos com insulina. Manifestaçoes: Em cães, 4 Ps (polidpsia, poliuria, polifagia e coprofagia, perda de peso), Hiperglicemia, desidratação e aumento de apetite, aumento da ingestão de agua, faz xixi em volume. Doenças que podem causar: Hiperadreno (cortisol em excesso), piometra e pancreatite, ITU (cistites), catarata. Tipo 2: acomete mais gatos, produz pouca insulina que não funciona direito, associada a obesidade, poucos sintomas. Manifestaçoes: andar plantígrado (andar com a área plantar das patas traseiras apoiadas no chão = neuropatia diabetica), param de subir nos moveis, andar esquisito, poliuria, polidpsia, perda de peso. Doenças que podem causar: Hpertiroidismo, ITU (cistites), obesidade. Tratamento: controlar a glicemia e as manifestações clinicar para evitar a cetoacidose. Evitar hipoglicemia (abaixo de 100 tem tremor muscular e manifestações neurológicas como convulsão). HIPERCORTISOLISMO(SINDROME DE CUSHING) PROVA Acomete animais idosos, principalmente femeas. Eh a Hepersecressao/ aumento de apenas um hormônio da adrenais (cortisol). O cortisol eh secretado (produzido) no córtex da adrenal pela zona fasciculada. Os hormônios esteroidais (estrógeno, progesterona, testosterona) são produzidos no córtex da adrenal pela zona reticular. Todos os hormônios esteroidais (cortisol, estrógeno, progesterona, testosterona), são derivados da molécula de colesterol. Em situçoes de stress, trabalham mais e secretam mais cortisol. Ou por exposição prolongada a glicocorticoides. Manifestaçoes: Perda de massa muscular, acumulo de gordura abdominal (ganho de peso), hiperglicemia, poliuria, polidpsia, polifagia, intolerância a exercício. Temos manifestçoes dermatológicas (alopecia simétrica, pele fina, vemos os vasos, calcinose cutânea).. Tipos: ACTH DEPENDENTE (HIPOFISE DEPENDENTE)– microadenoma na hipófise, produz muito acth que estimula adrenais a produzirem muita cortisona que não faz feedback negativo = ACTH ALTO. ACTH INDENPENDENTE (ADRENAL DEPENDENTE) – tumor de adrenal que produz muita cortisona, faz feedback negativo e reduz ACTH, outra adrenal atrofia Doenças da tiroide: Hipotiroidismo – Comum em cães idosos, Diminuiçao da secreção, causas primarias adiquiridas (90%), tiroide linfocitica, atrofia. Causas secundarias por deficiência de TSH. Causa alterações cutâneas (lesões Cauda de rato, alopecia e hiperpigmentçao bilateral), excesso de frio (termofilia), constipação, sonolência, letargia, depressão, apatia, intolerância a exercícios, ganho de peso, síndrome de eutiroeudeu. No exame físico encontramos, mixedema facial (face trágica), alopecia bilateral, hiperpigmentação, cauda de rato. Outros achados, hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, anemia (não regenerativa- normocítica normocromica. Drogas que contribuem para a doença, fenobarbital, corticoides, furosemida. Diagnostico: T4 livre e total (diminuida) e TSH (aumentado), anticorpos t3/t4 (aumentados). Diagnostico ouro: Teste de estimulaçao com TSH e US da tirode Tratamento: Levotiroxina Hipertiroidismo – Comum em gatos idosos, Aumento da secreção/ produção excessiva de t3 e t4, temos hiperplasia adenomatosa multinodular (70% bilateral / 30% unilateral) ou carcinomas. Causa hiperatividade, agressividade, poliuria, polidpsia, perda de peso, polifagia, emese, diarreia alopecia, DCR. No exame físico encontramos, tiroide palpável (90% dos casos), animais magros e taquicardicos. Outros achados, Hiperglicema, cardiomiopatia, eritrocitose. Tratamento: Metimazol, dieta baixa em sódio, radioterapia. Diagnostico: Dosagem de TSH (diminuída), T3 e T4 (aumentados) e US de tiroide. RESUMO - Sistema Endocrino – Aula 6, 7 e 8 O sistema endócrino é responsável pelos hormônios que são usados para controlar várias funções em todo o corpo e variam desde o controle da temperatura corporal e o nível de apetite do seu animal de estimação até a regulação do metabolismo, o desenvolvimento e a função sexual de seu animal de estimação. Os sintomas mais comuns em doenças endócrinas são: beber muita água, urinar exageradamente, apresentar muito apetite, ganhar ou perder peso excessivamente e/ou lesões na pele freqüentemente. As doenças endócrinas mais frequentes são: • Diabetes mellitus: deficiência absoluta ou relativa do hormônio insulina; • Hiperadrenocorticismo: produção excessiva de hormônios produzidos pelas adrenais; • Hipotireoidismo: deficiência dos hormônios da tireoide; • Hipertireoidismo: produção excessiva de hormônios tireoidianos; Diabetes Mellitus: Ocorre na deficiência parcial ou absoluta de insulina (produzida pelo pâncreas), levando ao aumento da concentração de açúcar no sangue. O cão ou gato apresenta aumento da sede e da frequência e do volume urinário; ocorre aumento do apetite com ou sem redução de peso. Aqui é importante ressaltar que gatos quando diagnosticados no início da doença podem ser curados e deixarem de ser diabéticos, não sendo o mesmo válido para cães, que geralmente necessitam de doses diárias de insulina. Hiperadrenocorticismo: Produção excessiva dos hormônios adrenais. É também conhecido como Síndrome de Cushing em cães (atinge gatos com menos frequência), sendo uma das endocrinopatias mais frequentes em cachorros idosos. A doença ocorre devido à presença de tumores (benignos) na hipófise ou na adrenal (benigno ou maligno) e o hormônio mais envolvido é o cortisol. Seu diagnóstico envolve uma série de exames e testes funcionais. Entre os sintomas está: sede em excesso, maior frequência urinária,infecções cutâneas, abdômen distendido e fome excessiva. Hipotireoidismo: Há deficiência na produção dos hormônios tireoidianos, sendo basicamente o contrário do que ocorre no hipertireoidismo. O animal fica letárgico, ficando preguiçoso ou sonolento, ocorre apatia, ganho de peso, queda de pelos e infecção cutânea. O tratamento consiste em reposição hormonal. Hipertireoidismo em gatos: Os cães também podem apresentar, no entanto é mais comum em gatos idosos. O pet apresenta sintomas próximos aos da Diabetes mellitus com aumento de apetite e emagrecimento, aumento da sede e da frequência e volume urinário. No hipertireoidismo há aumento da produção dos hormônios da tireóide. Alguns gatos podem se mostrar agressivos quando apresentam hipertireoidismos, o que é resolvido com o tratamento. Os tratamentos atuais envolvem uso de medicamentos, cirurgia ou radioterapia. Hiperlipidemia: É o aumento do nível de colesterol e/ou triglicerídeos no sangue. O pet com esse problema pode apresentar dores abdominais, diarreia, vômito, problemas oculares e convulsões. As hiperlipidemias são menos comuns em animais. NEUROLOGIA: RESUMO ANAMNESE NEUROLOGICA: Estado mental – nível de conciencia (tronco encefálico e córtex/SARA). Comportamento (tálamo-cortex). Locomoçao – integração entre visão, equilíbrio, propriocepção e função motora. Descrever membros afetados (normal, claudicando, ataxia/ desequilíbrio, paresia). Tipos de ataxia (vestibular, cerebelar, propiaceptiva)/ andar compulsivo ou em círculos. Nervos cranianos, reflexos e reações – Ausente, diminuído, normal ou aumentado (Tamanho e simetria da pupila, face / reflexos oculares, sensibilidade nasal / olfato, visão, mastigação, membros). Reaçoes Posturais – Feita nos 4 membros, propriocepção conciente, saltitar (ausente, diminuído, normal). Reflexos segmentares – Tonus, patelar, flexor, cutâneo tronco Avaliaçao sensitiva – Palpaçao de coluna, avaliar dor cervical, sensibilidade de membros (nocicepção). Exame Neurologico (PROVA): Ferramenta para avaliar se todas as funções do paciente (movimento / nervos cranianos), estão funcionando de forma adequada. E se caso não esteja, qual lado que não esta funcionando, se tem um lado pior que outro (lesão estrutural). No caso de tumor, AVC, mal formação (genética), altera os 2 lados. Objetivo: verificar se existe ou não doença neurológica, e se sim avaliar a localização, natureza e extençao da doença. – Na anamnese 50% do diagnostico eh pela observaçao – Sequencia de procedimentos para avaliar integridade do sistema (que incluem o SNC) – Sinais clínicos dependem da anatomia (localização) da lesão. – Avalair o FOCO, em pacientes que temn crise, saber se tem outras alterações e se tem lesão lateralizada.– Avaliar assimetrias (que lado esta alterado) Materiais ultilizados no exame: pleximetro, pinça hemostática, foco de luz, cotonete, fundoscopia, petiscos (avalia apetite, faro como enxerga, como mastiga). Principais passos do exame: Estado mental / conciencia - (controlado pelo SARA – tálamo, córtex 30% e tronco encefálico 70%). Postura - (tem de andar em linha reta, alterações que vemos, andar em círculos, head tilt, cifose, lordose). Temos posição de Schiff sherrington T2 – L5 (ateraçao aguda da medula com lesão de T3 a L3, fica estático na frente e flácido atras, permanece consiente, muito comum em acidentes de carro). Temos lesões características de lesão cerebral intensa Descerebraçao (plasticidade dos 4 membros, cerebro não se comunica com o resto do corpo, estado de coma) / Descerebelaçao (não consegue se movimentar, membros flácidos em direção a cabeça, consiencia normal, cerebelo não se comunica com o restante do cérebro). Locomoção - (membros afetados, ataxia/ desequilíbrio – sem ser por problemas neuromusculares ou tremores). Existem 3 tipos de ataxia: Vestibular, inclinação de cabeça e queda para os lados, pode apresentar nistagmo (tronco encefálico – head tilt). Proprioceptiva, perda da sensibilidade / identificação dos membros as vezes associado com paresia (fraqueza) – geralmente por lesões em medula espinhal (medular – coluna ou córtex e tálamo – arrastar membros ao andar), avaliamos dobrando a pata e vendo em quanto tempo leva para voltar (ate 2s). Cerebelar, apresenta marcha exagerada, levanta pata muito a pata para andar (hipermetria), tremor de intenção, base ampla - geralmente por lesões cerebelares(cérebro). Paresias - (perda parcial dos movimentos voluntários, alteração medular), tremor nas patas trazeiras (fraqueza), fadiga, desequibrio (ataxia), conciencia norma. Tetrapesia - (fraqueza dos 4 membros, perda completa dos movimentos voluntários). Paralisia flácida - (pescoço mole caído – alteração neuromuscular). Reflexos – pupilar e palpebral (visão, ameaça, normal piscar e fechar os olhos / diencéfalo), cutâneo, perianal, patelar e flexor/ extensor. Olfatorio - (mesencéfalo), dar petisco, se não tiver reação, lesões em mucosa (nada de SNC). Oculomotor – posição dos olhos, quando alterado apresenta estrabismo. Diagnostico diferencial (fotofobia/ raiva). Simetrias – facial (se a boca abre e fecha normal), cabeça (traçar linha reta no olhos), língua (avaliamos qnd animal mastiga). Comportamento (lobo frontal), pode ter perda de nação espacial (parado olhando para parede), agressividade, medo, compulsão (região de córtex e tálamo - andar em círculos, lamber, morder pata ou rabo), do nada ficar dócil (caso seja bravo), disfonia (ficou rouco do nada – alteração do nervo vago). Convulsoes – Avaliar pelo VITAMIND OU DINAMITE (PROVA). Vasculares – Inflamatorios -Traumas – Anomalias – Metabolicas Idiopaticas – Neoplasias – Degenerativas . Porque ocorre o Head Tilt (PROVA): Ocorre pela inserção do nervo craniano dentro do tronco encefálico. Epilepsia em cães e gatos: Crise epiletica - eh uma descarga elétrica excessiva sincrônica no cérebro, onde o organismo não consegue inibibir, gerando vários movimentos composto por 3 fatores, movimentos de pata ou face (motores) (Ex. patas da frente -1 hemisferio / as 4 patas – 2 hemisferios), sensibilidades especificas no momento da crise (sensoriais), comer coisas que não existem, ficar agressivo (comportamentais), sialorreia e liberação de esfíncter (automicos). São episódios de 2 a 3 minutos, com intensidades diferentes, nem sempre perdem a conciencia. Temos que saber se esta tendo uma crise pelo excesso de ureia e creatinina presentes na circulação (que gera excitabilidade no cérebro), ou por um problema neurológico. Ocorre por uma diferenciação na quantidade de sódio e potássio e quem ativa eh o glutamato e dopamina (neurotransmissores excitatórios) Cavalos e gatos tem crises + fortes. - Autolimitantes (paramos a crise ou não) - Reflexas (estimulo de barulho, visitas, alimentação) - Estado epilético (atividade elétrica continua maior que 5 min, complica a condição, EMERGENCIA) - Cluster (crises seriadas, mais de uma crise em 24H. Qntr mais convulsionar, mais chance de não responder a medicação) - Quanto + estado epilético + cluster = alta chance de morte subita Crises reativas: são uma resposta natural do cérebro (encéfalo) a uma injuria sistêmica, um distúrbio transitório (metabólico ou toxico), reversível se corrigir a causa (crise provocada). Exemplo: Problema renal (acumulo de toxina) ou intoxicação por ingestão de cocaína e glicemia baixa. Crise : qualquer evento agudo/súbito de curta duração e transitório. Crises epileticas focais – motoras (movimenta membros/ face), automicas (libera xixi/ coco, sialorreia), comportamentais (come o que não existe, corre atras do rabo, fica agressivo). Crises epileticas generalizadas – movimenta todos os membros. Crises epileticas focais com evolução para generalizada – a mais comum de todas. Convulsao: termo usado pelo tutor (leigo), sempre pedir para filmar e descrever. São episódios de contrações musculares excessivas e anormais, bilateral e continua. A convulsão so ocorre por descarga elétrica em córtex e tálamo. A maior área do cérebro que pode receber descarga elétrica excessiva eh a área de Emuculo, onde temos a movimentação de face e membros.OBS: Nem todo paciente que tem crise epiletica eh epilético. Epilepsia: Ter pelo menos 2 crises epileticas (não provocadas / não restivas), em um intervalo maior de 24h. Consequencias (ma formação cerebral / tumor cerebral que gera as crises – epilepsia secundaria ou epilepsia estrutural) e prevalência (epilepsia idiopática, genética, já acomete meio % da população canina). Fases (pródromo, ictus, pos-ictus) PROVA: A crise epiletica normalmente tem 3 fases. Prodromo – Fase antes da crise (ate 24h antes), pode ter alterações comportamentais, fica mais perto do dono, mais ansioso, ficam andando para la e para ca, (aurea - mal estar, náusea). Ictus – Momento da crise, ocorre sialorreia, midríase, inchasso cerebral que causa déficit de energia em áreas do cérebro. Pos-ictus – Após a crise (1-7 dias), ficam com espasmos, desequilíbrio. VITAMIND OU DINAMITE (Acromo - serie de letras que nos ajudam a lembrar das coisas) PROVA: Lembrete de consulta, para não esquecer nenhum diagnostico (diferencial) que pode provocar a crise. Vasculares – AVC causando uma crise Inflamatorios /infecciosos /Imuninologicas – MEG meningoencefalite Traumas – Atropelamento Anomalias – Congenitas (shunt –come e tem sintomas, hidrocefalia) Metabolicas (reativas) – Aumento de ureia e creatinina, hipoglicemia Idiopaticas – Geneticas Neoplasias – Tumores (pioram com o tempo) Degenerativas EX: Cao convulsionou e ficou andando em círculos, mas 12h depois esta normal.Pode ser idiopático (so convulsionar daqui a 6 meses novamente), ou pode ser Vascular (sintomas melhoram em 72h, pois cães tem plasticidade cerebral). Porque os pacientes tem convulçoes: Pq temos um limiar na quantidade de neurônios que estão excitando e inibindo, e por . algum motivo não temos esse equilíbrio. Estado Epiletico (epileptogenese): Uma crise com + de 5 min. Sequencia de eventos que tornam os circuitos normais em hiperexcitáveis. FASES – latente, ocorrência frequente, refratários. As areas do cérebro mais propensas a receber descarga elétrica são o córtex motor (movimentação) e lobo temporal (comportamento). Ex: gato fazendo xixi fora do lugar, com midríase, sialoreia. Eletroencefalograma: um paciente que convulciona, fazemos um eletroencefalo para ver as ondas no cérebro (há uma tentativa de controle da onda, mas logo se perde). Quando alterado, são pelos canais de iônicos que geram o aumento de neurotransmissores excitatórios ou inibição dos inibitórias. Seu potencial de ação se da pela entrada de sódio, saída de potássio, chegando na concentração de -70, temos a liberação da descarga elétrica. Para o musculo contrair precisamos de concentração de sódio e potássio. Como diagnosticar a crise epiletica: Durante o sono ou por felicidade, menos de 5 minutos, ter podromo ou pos ictus, alteração de conciencia e automica, não eh interrompida, contrai musc. Faciais, gatilhos emocionais/ medo. Como diagnosticar a crise idiopática: excluir outras causas (metabólica, intoxicação, tumores), Ter pelo menos 2 crises epileticas (não provocadas / não restivas), em um intervalo maior de 24h, exames normais entre uma crise e outra. Exames laboratoriais: Nivel 1 – hemograma, eletrólitos (cálcio baixo), perfil renal e hepático, glicemia (baixa), triglicérides (alto), colesterol, ácidos biliares (shunt, encefalopatia hepática), exame de urina, T4/ TSH (hipotiroidismo), PRC agentes infecciosos (cinomose, toxoplasmose, neospora). Nivel 2 – Adicionar anteriores + Ressonancia M (fazer qnd não responde ao tratamento, refratários). e LCR (avaliação do liquor). Nivel 3- acrescentar eletroencefalograma + identificar anormalidades no exame. Diagnostico Diferencial: Sincope (desmaio, com ou sem tosse antes), neuromuscular (perda de força em algum momento), corportamental, crise vestibular, movimento paroxístico (distúrbio do movimento), distúrbio do sono, intoxicação, dor (DDIV cervical, imita uma crise), hipoglicemia, mioclonias (mov, invonluntario persistente), nistagmo (mov. Involuntário dos olhos), matabolico, supeita de cinomose, toxoplasma, anatômico (shunt) Tratamento: Nunca cessamos 100% das crises, mas aumentamos os intervalos, diminuímos intensidade, gerar qualidade de vida. Fenobarbital (1 escolha cães e gatos) – Não utilizar em prenhez, metabolização hepática, estimula receptores GABA. Aumenta FA, triglicérides e colesterol. Fracasso terapêutico: Triglicerides alto (perde efeito, se liga na gosdura e não tem ação), Outra medicação que diminui seu efeito, forma de administrar incorreta. Brometo de potássio (2 escolha cães) – Bom para hepatopatas (não metabolizado no fígado). Levetiracetam (2 escolha gato / 3 escolha cães) – Não eh metabolizado no fígado, uso pontual (1 hora antes de jogo, banho, visitas, age em 30 min). Gabapentina – poucos estudos, pouca eficiência anticonvulsivante Topiramato – Bom para polifagicos, poucos estudos. Outros tratamentos: massageador de estimulo vagal, dieta cetogenica, homeopatia, acupuntura. Farmacologia (PROVA): Para liberação dos neurotransmissores, precisamos de cálcio ligando na vesícula e liberando na fenda, e essa fenda faz com que os neurotransmissores se liguem em alguns receptores. Vamos trabalhar com as medicações a inibição ou a ativação desses receptores, ligados a neurotransmissores. Casos exame neuro: cao obnubilado, afundamento na cabeça. Foi feita a cirurgia de descompressão medular. Cao com lesão medular, desequilíbrio. Cao alucinado, intoxicação por cogumelos Cao que não dobrava as patas para andar, ataxia cerebelar Gato que não caminha direito, arrasta a pata, problema na coluna (ataxia proprioceptiva). Cao inclinando cabeça caindo para os lados, ataxia vestibular Cao com tremor nas patas trazeiras (fraqueza), fadiga, desequibrio (ataxia), conciencia normal, paresia (perda parcial dos movimentos voluntários, alteração medular).
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