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CONVULSÕESEPILEPSIA CONVULSÕES • Manifestação clínica da atividade elétrica excessiva ou hipersincrônica anormal do córtex cerebral. • Período clínico anormal causado por uma descarga elétricarepentina, excessiva e anormal no cérebro. • É qualquer evento não específico, súbito, paroxístico, transitório e frequentemente catastrófico da função cerebral que cessa espontaneamente e tem tendência a recorrer. • A descarga convulsiva inicial pode começar numa área focal simples ou pode envolver, sincronicamente, ambos os hemisférios, desde o início. • Pródromo – fenômeno comportamental que precede o início da convulsão. Podem ser longos, variando de horas a dias e não fazem parte da convulsão (atividade elétrica normal). • Aura– Sensação inicial da convulsão. Comportamentos estereotipados podem surgir (andar, lamber, ladrar excessivamente). • Icto – convulsão. Tônus ou movimentos musculares involuntários, sensações anormais, etc. Dura entre segundos a minutos. • Pós-icto – comportamento atípico pós-convulsão devido exaustão cerebral. Varia entre segundo a algumas horas. Fases EPILEPSIA • Recorrência das crises convulsivas sem uma doença de fundo ou em progressão; • Caracterizada por recorrências das crises convulsivas, sem um processo ativo comprometendo o cérebro; • A epilepsia é uma doença cerebral crónica que é caracterizada por ataques epilépticos recorrentes, e involuntários, com ou sem perda de consciência. • Epilepsia sintomática – Doença ativa com diagnóstico confirmado • Epilepsia criptogênica – Doença ativa sem a confirmação diagnóstica • Epilepsia idiopática / verdadeira – Sem doença ativa • Convulsões reativas – Distúrbios metabólicos afetando secundariamente o cérebro CONVULSÃO X EPILEPSIA • Convulsão é o quadro clínico gerado por descargas elétricasparoxísticas, descontroladas e transitórias nos neurônios do encéfalo, levando a alterações da consciência, atividade motora, funções viscerais, percepção sensorial, conduta e memória. Podem ter causas extra e intracelulares. • Epilepsia é a recorrência de convulsões recidivantes, entre as quais o animal fica consciente. É causada por fatores de origem intracraniana, que por sua vez podem ter causas primárias e secundárias. “STATUS EPILEPTICUS” Crises convulsivas sucessivas sem o retorno da consciência do animal ou quando as crises ultrapassarem 30 minutos. Define-se como a persistência de atividade epiléptica durante um período superior a 5 minutos ou convulsões repetidas sem que entre elas, o animal recupere totalmente a consciência ETIOLOGIA Malformações – Hidrocefalia – Lissencefalia Inflamatórias – Infecciosas – Inflamatórias Metabólicas – Hepatopatia – Nefropatia – Lipidemia – Hipoglicemia Neoplasias – Primária – Secundária AVE – Hemorragia – Isquemia Epilepsia – Idiopática – Adquirida Convulsão Com alteração exame neurológico Metabólica Epilepsia Epilepsia Verdadeira Epilepsia Adquirida Sem alteração exame neurológico Desordem Estrutural DIAGNÓSTICO Exames específicos – Líquido cefalorraquidiano – Eletroencefalografia – Mapeamento cerebral – Tomografia computadorizada – Ressonância magnética Histórico Exame Físico geral e específico (Neuro) Exames complementares gerais 1 2 TRATAMENTO • Manutenção – Fenobarbital � 2-4mg/kg/BID; – Brometo de Potássio � 22mg/kg/BID; – Levotiracetan 20mg/Kg/TID – Zonisamida 5-10mg/Kg/BID – Imepitoína 15mg/Kg/BID • Emergencial – Prednisolona � 1mg/Kg/BID/3dias; – Fenobarbital � Dobro da dose/TID/2dias; – Benzodiazepínicos (diazepan) � 0,5mg/kg EV,IM ou Retal (2mg) TRATAMENTO EMERGENCIAL “Status epilepticus” – Diazepam (EV) – Sol.fisiológica 0,9% + Diazepam: infusão contínua 0,25 a 0,50 mg/Kg/hora – Pentobarbital � 2 a 4mg/Kg/EV ‘OU’ Fenobarbital (EV/IM) � 6 a 12mg/Kg/EV – Tiopental � 12 a 15mg/Kg – Manitol 20% � 0,5 a 2 g/Kg – Sol.Ringer’s lactato (EV) – Oxigenioterapia – Iniciar com 2,5mg/kg/BID – Esperar 10-14 dias para julgar eficácia – O cão ficará sedado – temporariamente – Avaliar concentração sérica 3-4 semanas – Ajustar concentração � resposta clínica e nível sérico – Nível recomendado (20-35µg/ml) – Ideal (23-30µg/ml) FB eficaz em cerca de 90% cães epiléticos Pontos-chaves para sucesso com fenobarbital: Obnubilação Andar compulsivo Andar em círculos Déficits motores Alteração proprioceptiva Alteração em reação tátil Progressão obstinada Amaurose Convulsões SÍNDROME CEREBRAL � Andar em círculos: córtex frontal (andar compulsivo, animal demente), núcleos da base, sistema vestibular (cabeça pendente); � Star Gazzy; � Capacidade de “dar ré”; � Paresia: pouca movimentação, suportar o peso, suportaro peso e alguns passos, tropeços ocasionais. � Paralisia / plegia: mono, hemi, para, tetra POSTURA E LOCOMOÇÃO Cerebral !!! SÍNDROME CEREBRAL • Síndrome da disfunção cognitiva em cães – Acúmulo de substância Beta-amiloide • Humanos – entre os neurônios • Cães – ao redor dos vasos • Tratamento – Oxigenação e circulação cerebral • Propentofilina (Revimax®) � 3-5mg/kg/BID – Eleva tempo de adenosina (neurotransmissor) na célula e eleva flexibilidade hemácias � penetrem + facilmente capilares • Piracetam � 10mg/kg/TID – Melhora a fosforilação oxidativa a nível de mitocôndria das células do córtex cerebral SÍNDROME CEREBRAL Acidente Vascular Encefálico – Hemorrágico / Isquêmico • Trombocitopenia • Trombocitose • Traumas • Neoplasias • Distúrbios hemorrágicos – Diagnóstico • Alterações clínicas • Hemograma completo • TC • RM • Ultrassonografia crânio (pode não diferenciar tumores e AVC) AVE – Abordagens Terapêuticas SÍNDROME CEREBRAL Acidente Vascular Encefálico – Tratamento • Thiomucase + Propentofilina (recente) – Thiomucase � ¼ comp./BID • Propentofilina � 3-5mg/kg/BID (antigo) • Hialuronidase � 200 a 2000 UI SID d/a SC • Prednisolona � 0,5-1,0mg/kg/BID • Antioxidantes � vitaminas A, C e E • Tratar a causa de base HIDROCEFALIA • Aumento do sistema ventricular cerebral secundário à quantidade elevada de LCR. • Obstrução do fluxo ou aumento de produção – Aqueduto mesencefálico HIDROCEFALIA • Raças toys – Chihuahua – Poodle toy – Maltês – Lhasa apso – Lulu da pomerânia – Pug • Convulsões até 30 dias ! HIDROCEFALIA • Diagnóstico – Exame físico – Ultrassonografia crânio – TC – RM • Tratamento – Corticóideterapia • Prednisolona � 0,5mg/kg/BID – Diuréticos • Manitol 20% � 1-2 g/kg/EV (Emergêncial) • Furosemia � 2-4mg/kg/TID – Oxigenador cerebral • Piracetan � 10mg/kg/TID ENCEFALOMIELITE - CINOMOSE • Etiologia • RNA virus • Família Paramyxoviridae – Gênero Morbilivirus • Localização – multifocal • Curso – semanas • Após a exposição o vírus infecta e se replica em macrófagos, espalhando-se em tonsilas e linfonodos regionais (2 a 4 dias). • Por volta do 4° ao 6° dia pós-infecção o vírus se espalha para todos os linfonodos e outros órgãos. • Este espraiamento e aumento na produção viral está associado à febre inicial e linfopenia. • Entre 9 a 14 dias pós-exposição, a infecção vai depender da resposta imunológica do hospedeiro. PATOGENIA Sinais Clínicos - Cinomose Hipoplasia do esmalte dentário Corrimento ocular e nasal Pústulas abdominais Distúrbios digestivos Tosse, pneumonia Alterações neurológicas • Ataxia locomotora, Paresia/paralisia dos quatro membros, Convulsões, Distúrbios vestibulares e Mioclonias Sinais clínicos Liquor • Discreto aumento proteínas • Globulinas - ou (+) • Discreta pleocitose – mononucleares Sorologia PCR Diagnóstico - Cinomose • Fase neurológica • Antibioticopterapia sistêmica (individualidade) – Sulfas • Atravessam a barreira - Toxoplasma/Neospora • Vitamina C e E � Antioxidantes • Corticoterapia • Inibem a resposta celular impedindo a invasão de leucócitos para dentro do SNC Tratamento - Cinomose Vitamina A Tratamento - Cinomose Fase neurológica Oxigenador cerebral • Piracetan � 10mg/KG/TID Anticonvulsivantes(se necessário) Antivertiginoso • Flunarizina (Vertix®) � 2,5 a 10mg/Kg/BID Protetores gástricos Lubrificantes oculares Vitamina A