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Projeto Cenográfico: Conceito e Execução

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PROJETO DE 
CENOGRAFIA E 
EVENTOS 
DESENVOLVIMENTO 
DE PROJETO 
CENOGRÁFICO II 
Autor: Me. Laura 
Carolina Oliveira 
Nóbrega 
Revisor: Ana Carolina 
Pereira de Souza 
INICIAR 
 
introdução 
https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/DEM_PROCEV_20/unidade_4/ebook/index.html#section_1
Introdução 
Ao longo desta unidade, 
estudaremos sobre 
como realizar um projeto 
cenográfico executivo e o 
que é uma representação 
gráfica, seja um desenho 
livre, seja um desenho 
técnico. Veremos 
também quais os 
materiais adequados 
para a sua produção de 
representações 
cenográficas. Além disso, 
você irá conhecer um 
pouco sobre o universo 
dos desenhos 
computadorizados feitos 
por meio de softwares. 
Atualmente, eles podem 
e estão sendo aplicados 
ao projeto de cenografia. 
Outro ponto a ser 
estudado aqui serão as 
maquetes, quais as 
características e 
utilizações. O objetivo é 
que você saiba aplicar os 
conhecimentos obtidos 
em aula na realização 
cênica. Sendo assim, a 
partir do estudo deste 
conteúdo, será possível 
compreender todo o 
processo de realização 
cenográfica no âmbito 
profissional. 
Projeto Cenográfico 
Executivo 
 
O projeto cenográfico 
tem seu início na 
concepção de ideias, 
passando pela fase de 
criação de traços e 
desenhos, entre outros 
elementos, e se 
concretiza no momento 
em que todo o processo 
fica materializado 
fisicamente, saindo da 
esfera das ideias e 
chegando ao mundo da 
materialização das 
coisas. 
O conceito de projeto 
executivo é emprestado 
da arquitetura, 
conhecimento muito 
utilizado para quem 
trabalha na área de 
cenografia. De acordo 
com Mano et al. (2018, p. 
297), o projeto executivo 
é a parte final de todo o 
trabalho, “[...] é o 
momento de detalhar 
tudo: plantas técnicas de 
todo o projeto 
arquitetônico, cortes, 
fachadas, muitas plantas 
baixas, etc.”. 
Segundo Oliveira (2014, 
p. 15), o projeto executivo 
“[...] deve ser 
considerado o 
detalhamento 
construtivo do projeto, 
pois é nesse documento 
que deverão constar 
todas as informac ̧ões 
necessárias para a 
construc ̧ão da obra”. Ele 
deve abranger também 
os detalhamentos de 
toda a construção. 
De acordo com Cornetet 
e Pires (2016, p. 49), “Para 
a elaboração desta etapa, 
você deve ter todas as 
informações geradas em 
todas as etapas 
anteriores e por todos os 
colaboradores 
responsáveis pelas 
demais disciplinas, 
compatibilizadas em um 
conjunto de 
documentos”. 
O projeto executivo é a 
finalização de todo um 
trabalho feito em equipe. 
Ele é fruto da pesquisa e 
desenvolvimento de um 
trabalho feito em equipe. 
Dentro da cenografia, ele 
é o projeto final, ou seja, 
o projeto que será 
apresentado para a 
busca de patrocínio, por 
exemplo. 
Em um projeto de 
arquitetura comercial, o 
levantamento métrico e 
fotográfico deve fornecer 
elementos ao arquiteto 
para averiguar de que 
maneira o padrão de 
identidade visual da loja 
será implantado. Os 
estudos preliminares 
propõem diferentes 
soluções de layout, 
reposicionando 
expositores, balcão, caixa 
e provadores. O 
anteprojeto apresenta as 
soluções consolidadas de 
layout e fachada, e um 
projeto executivo com 
muitos detalhes 
construtivos orienta os 
trabalhos de marcenaria, 
gesso, colocação de piso e 
luminárias. A instalação de 
expositores e aplicação 
dos elementos de 
comunicação visual 
precede o trabalho de 
revisão e ajustes antes da 
exposição das 
mercadorias e 
inauguração da loja 
(MANO et al., 2018, p. 318). 
O projeto executivo deve 
ser muito bem elaborado 
para que não ocorram 
erros de interpretação 
por parte da equipe. A 
utilização de maquetes 
ou pequenos modelos 
tridimensionais auxiliam 
na criação do projeto 
cenográfico, pois 
demonstram, de uma 
maneira simplificada, 
como será cada cenário 
após a finalização do 
projeto inteiro. 
praticar 
Vamos Praticar 
Leia o trecho a seguir. 
“Tudo isso é outro modo 
de dizer que os meio 
visuais têm presença 
extraordinária em nosso 
ambiente natural. Não 
existe reprodução tão 
perfeita de nosso 
ambiente visual na 
gênese das ideias 
visuais, nos projetos e 
nos croquis. O que 
domina a pré-
visualização é esse 
elemento simples e 
extremamente 
expressivo que é a linha” 
(DONDIS apud URSSI, 
2006, p. 95-96). 
Considerando o trecho 
sobre a importância do 
projeto cenográfico para 
o trabalho do cenógrafo, 
analise as afirmações a 
seguir. 
I. O processo criativo se 
inicia com a formulação 
de ideias e do imaginário 
do cenógrafo. 
II. O conceito de projeto 
executivo é originário do 
design de interiores. 
III. O projeto cenográfico, 
quando finalizado, deve 
transmitir ao seu 
público-alvo toda a 
identidade visual e a 
dinâmica expressiva da 
representação artística. 
IV. O uso de maquetes 
auxilia o trabalho do 
cenógrafo. 
Está correto o que se 
afirma em: 
a) I, III e IV, apenas. 
b) I, II e III, apenas. 
c) II, III e IV, apenas. 
d) I e III, apenas. 
e) I e II, apenas. 
Representação 
Gráfica 
 
Ao projetar um cenário, o 
cenógrafo deve realizar a 
verificação do espaço em 
que serão inseridos os 
elementos cenográficos. 
Após tais observações, o 
profissional precisa 
visualizar todo o projeto 
no papel, portanto é 
necessário que o 
cenógrafo tenha noções 
de desenho. A fim de 
concretizar o projeto 
cenográfico, o cenógrafo 
utiliza diversos utensílios 
que vão auxiliar o 
processo criativo, 
operacional e 
organizacional do 
cenógrafo. 
Instrumentos de Desenho 
O cenógrafo deverá usar 
instrumentos para que 
possa desenhar suas 
projeções. Montenegro 
(2017) lista esses 
instrumentos em ordem 
alfabética: ateliê, 
borracha, caneta, 
esquadro, compasso, 
iluminação, lápis, régua e 
transferidor. 
O ateliê se trata do 
espaço físico que contém 
uma ou várias salas com 
pranchetas ou mesas 
para desenho, na qual o 
cenógrafo irá sentar e 
começar a fazer o 
desenho para 
materializar todo o 
cenário que será 
construído. Esse espaço 
também pode ser 
chamado de oficina, e 
não há necessidade de 
ser uma área reservada 
exclusivamente para 
esse propósito, pois pode 
ser apenas uma mesa 
qualquer na qual o 
cenógrafo irá realizar os 
seus desenhos. 
Todo desenho, antes de 
ficar efetivamente 
completo, teve todo um 
processo de criação 
anterior com diversos 
erros e acertos. Por isso a 
importância 
da borracha . Ela serve 
para apagar ou modificar 
aquilo que o cenógrafo 
acredita que não esteja 
correto. Montenegro 
(2017) afirma que 
antigamente usava-se a 
borracha chamada de 
“miolo de pão” nos 
desenhos feitos à lápis, 
contudo, hoje, é usada a 
borracha sintética ou 
polímero, além do tipo 
mais áspero que serve 
para apagar os desenhos 
feitos à caneta. 
A caneta é o principal 
instrumento de desenho, 
assim como o lápis, pois 
sem eles não há como o 
profissional fazer o 
desenho que 
representará o cenário 
do espetáculo. De acordo 
com Montenegro (2017), 
dentre as canetas usadas 
para esse propósito 
tínhamos a caneta de 
estilete e a caneta grafos. 
Contudo, é importante 
destacar que essas 
canetas foram 
substituídas pelas 
canetas com ponta de 
náilon e tintas químicas, 
haja vista que, além de 
serem mais baratas, são 
facilmente manipuláveis, 
pois a tinta seca 
facilmente e não entope 
o compartimento da 
caneta. 
Outro instrumento usado 
para fazer um desenho 
angular reto é 
o esquadro , que possui 
diversos tamanhos 
dependendo do tamanho 
do desenho. Montenegro 
(2017) demonstra alguns 
exemplos: os esquadros 
com tamanho de 16cm 
são adequados para 
desenhos em formato 
A4, e em A1 o tamanho 
de 32 cm é melhor usado. 
O compasso é utilizado 
para fazer desenhos 
circulares com certa 
precisão. Segundo 
Montenegro (2017), hádiferentes tipos de 
compassos, como o 
simples, o de balaústre, 
cintel, de redução e de 
ampliação, e o compasso 
de pontas secas. A régua 
também é um material 
essencial. Existem as 
réguas graduadas, com 
três tipos de escalas. Já o 
transferidor é o 
instrumento de desenho 
que serve para fazer a 
medição dos ângulos. 
Montenegro (2017, p. 12) 
explica que, para esse 
tipo de trabalho, não 
podem ser usados 
qualquer tipo de lápis. Os 
lápis comuns, cuja 
graduação é de 1 a 3, não 
são usados nos desenhos 
técnicos. É necessário 
que se utilize um lápis de 
boa qualidade. O mesmo 
autor afirma que “[...] a 
mina de grafite ou de 
polímero deve ser de boa 
qualidade, quando não é 
assim, ela varia de 
dureza, prejudicando a 
qualidade do traço”. 
Desenho Livre 
O desenho feito sem 
atender normas técnicas 
serve para a elaboração 
de ideias e organização 
de pensamentos e 
projetos. Ou seja, é 
possível afirmar que o 
desenho livre faz parte 
da fase que precede a 
concretização do projeto, 
sendo utilizado no 
desenvolvimento do 
anteprojeto. De acordo 
com Netto (2014, p. 75), o 
anteprojeto é a etapa em 
que “[...] foi definido e 
aprovado pelo cliente o 
estudo preliminar com 
partido arquitetônico de 
acordo com o programa 
de necessidades, 
permitindo a 
configuração final da 
solução arquitetônica”. 
Chamamos de croqui o 
desenho feito à mão livre, 
ou seja, sem nenhuma 
técnica. É o desenho feito 
para organizar as ideias, 
podendo ter ou não 
escala. É a partir dos 
croquis que muitos 
cenógrafos materializam, 
projetam e planejam 
seus pensamentos. Ele é 
o esboço de todo o 
trabalho que será feito 
pelo cenógrafo. 
Segundo Yee (2017), os 
croquis são desenhos 
feitos rapidamente a fim 
de representar diversas 
ideias aleatórias sobre o 
projeto em si. Esses 
desenhos podem ter 
uma característica mais 
bruta ou até com certo 
refinamento, e, mesmo 
tendo natureza de 
experimento, esses 
croquis devem 
representar a realidade 
do projeto em sua fase 
inicial. 
O croqui do plano cênico é 
considerado o primeiro 
marco do bom cenógrafo 
que coletou os dados 
disponíveis, realizou 
diversas visitas ao local e 
comprou novas provisões 
de lâminas afiadas e 
placas de espuma sintética 
laminadas com papel 
branco dos dois lados para 
confeccionar sua maquete 
(HOWARD, 2015, p. 46). 
Nesse sentido, o croqui é 
a fase inicial do desenho 
realizado pelo 
profissional de 
cenografia. Muitas vezes, 
esse desenho livre é feito 
na mesma hora em que o 
cenógrafo está 
visualizando o espaço 
reservado para a cena, 
onde ele faz esboços a 
fim de registrar as suas 
ideias iniciais de como 
ocorrerá todo o projeto. 
Yee (2017) afirma que os 
croquis representam 
uma espécie de 
“aquecimento” ou 
“preparação” do trabalho 
do arquiteto e do 
designer, como se eles 
fossem boxeadores 
preparando-se para 
entrar no ringue de luta. 
Ademais, o mesmo autor 
explica que “[...] a 
execução dos croquis age 
como um exercício de 
aquecimento para a sua 
faculdade mão-olho-
cérebro a fim de que o 
“motor de desenho” dê a 
partida e em preparação 
para que as ideias fluam”. 
Desenho Técnico 
O trabalho do cenógrafo 
parte do estudo do 
espaço em que serão 
inseridos diversos 
elementos cenográficos. 
Após tais observações, o 
cenógrafo precisa 
visualizar todo esse 
projeto no papel. É 
necessário que o 
cenógrafo tenha noções 
de desenho técnico para 
que possa realizar um 
projeto cenográfico 
exato. 
 
 
https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/DEM_PROCEV_20/unidade_4/ebook/index.html
https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/DEM_PROCEV_20/unidade_4/ebook/index.html
https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/DEM_PROCEV_20/unidade_4/ebook/index.html
 
Figura 4.1 - Desenho 
técnico 
Fonte: serezniy / 123RF. 
Marques (2015, p. 2) 
conceitua desenho 
técnico como sendo 
“uma ferramenta 
utilizada no 
desenvolvimento e na 
https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/DEM_PROCEV_20/unidade_4/ebook/index.html
comunicação de ideias, 
conceitos e projetos”. O 
desenho técnico se faz 
necessário 
principalmente para que 
toda a equipe envolvida 
em um projeto 
cenográfico se utilize do 
desenho para se orientar 
e compreender o projeto 
executivo. 
Segundo Ribeiro et al. 
apud Marques (2015, p. 
2), o desenho técnico “[...] 
é uma forma de 
expressão gráfica que 
tem por finalidade a 
representação, a 
dimensão e o 
posicionamento dos 
objetos de acordo com as 
necessidades requeridas 
pela Arquitetura e pelas 
várias modalidades de 
Engenharias”. 
O desenho técnico 
utiliza-se de regras para 
representar no papel a 
realidade do projeto 
final. Portanto, a seguinte 
pergunta surge: é 
possível desenhar um 
palco ou um cenário em 
suas dimensões reais? Se 
sim, seria necessária uma 
grande quantidade de 
papel para poder realizar 
esse desenho. Para isso, 
contamos com a escala. 
A escala de um desenho, 
segundo Montenegro 
(2017, p. 31), é “a relação 
entre a medida do 
desenho e a sua 
dimensão real no objeto”. 
Ou seja, quando o 
profissional desenha um 
espaço, um palco ou 
cenário, ele irá usar uma 
numeração que servirá 
como escala para o real 
tamanho da coisa que se 
desenha. 
Há tanto a escala de 
redução como a escala 
de ampliação, na qual a 
primeira demonstra um 
objeto ou lugar muito 
grande para caber no 
papel, portanto o seu 
desenho será menor, 
porém terá ao lado uma 
escala gráfica, a fim de 
demonstrar o seu 
tamanho real. A mesma 
coisa ocorre com os 
objetos muito pequenos, 
no entanto eles serão 
desenhados maiores do 
que realmente são, para 
que seja possível a sua 
visualização. 
Um exemplo de escala é 
a que se utiliza da 
numeração 1/5, na qual o 
número 1 (um) 
representa o tamanho do 
desenho e o 5 (cinco) 
representará a sua real 
dimensão. 
Os desenhos técnicos 
devem indicar todas as 
suas medidas de maneira 
correta, caso contrário 
poderão ocorrer 
prejuízos e transtornos 
em grandes proporções. 
Diante disso, conforme 
explica Montenegro 
(2017, p. 39), “[...] a 
unidade usada é o metro 
ou o milímetro, menos 
utilizado. O centímetro é 
reservado para medidas 
inferiores a 1 m. Nos três 
casos, a cota é escrita 
sem o símbolo da 
unidade de medida (m, 
mm ou cm)”. 
As cotas são “os números 
que correspondem às 
medidas” 
(MONTENEGRO, 2017, p. 
39). Elas precisam ser 
escritas na mesma 
direção das linhas de 
cota. Segundo o autor, há 
certas regras que 
precisam ser seguidas 
para o uso de cotas: 
● as cotas de um desenho 
devem ser expressas em 
uma única unidade; 
● uma cota não deve ser 
cruzada por uma linha do 
desenho; 
● as linhas de cota são 
desenhadas paralelas à 
direção da medida; 
● a altura dos algarismos é 
uniforme dentro do 
mesmo desenho. Em geral, 
usa-se 2,5 mm a 3 mm de 
altura; 
● no caso de divergência 
entre cotas da mesma 
medida em desenhos 
diferentes, prevalece a 
cota do desenho feito em 
escala maior. Por exemplo: 
se houver divergência de 
cotas numa medida 
indicada nas escalas de 
1:10 e 1:200, será válida a 
cota escrita no desenho 
feito na escala de 1:10 
(MONTENEGRO, 2017, p. 
40). 
Para além dos elementos 
técnicos, no 
desenvolvimento de um 
desenho técnico, é 
preciso que as 
informações estejam 
dispostas de maneira 
clara. Segundo Netto 
(2014, p. 29), as folhas do 
projeto devem conter as 
seguintes informações: 
● Nome da empresa 
● Autor do Projeto 
● Dados do cliente e 
endereço do projeto 
● Título da folha e 
conteúdo 
● Número da folha 
sequencial 
● Escala 
● Data 
● Nome do desenhista 
● Número da revisão 
Tais informações são 
importantes para que 
todos os dados sejam 
sinalizados e sejam de 
fácil acesso a todos os 
profissionaisenvolvidos 
no projeto. 
praticar 
Vamos Praticar 
Leia o texto a seguir. 
“A escala é uma relação 
entre as medidas reais 
do objeto e as medidas 
do desenho. Dessa 
forma conseguimos 
colocar no papel a planta 
de uma edificação com 
uma escala de redução 
das medidas da 
edificação. Existem 
várias escalas para o 
desenho arquitetônico e, 
dependendo do desenho 
a ser representado, 
deve-se escolher uma 
escala que permita 
representar as 
informações necessárias 
para a construção do 
objeto. Em geral, a escala 
escolhida para o 
desenho determina o 
tamanho da folha a ser 
utilizada” (NETTO, 2014, 
p. 31-32). 
Considerando o trecho 
apresentado, sobre o 
uso de escala no 
desenho técnico, indique 
quais são os principais 
exemplos de convenções 
de desenho. 
a) Carimbo e escala. 
b) Escala e croqui. 
c) Croqui e Aquarela. 
d) Cotas e desenho 
livre. 
e) Título do desenho e 
aquarela. 
Desenho 
Computadorizado 
 
Com a evolução e a 
criação de programas de 
computador, os 
processos manuais 
descritos no capítulo 
anterior foram 
mecanizados e se 
tornaram processos mais 
ágeis e exatos. A 
tecnologia de 
modelagem de 
informações da 
construção, 
popularmente conhecida 
como BIM ( Building 
Information Modeling ), 
proporcionou aos 
profissionais a criação 
digital de modelos 
precisos de uma 
construção. 
 
 
https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/DEM_PROCEV_20/unidade_4/ebook/index.html
https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/DEM_PROCEV_20/unidade_4/ebook/index.html
https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/DEM_PROCEV_20/unidade_4/ebook/index.html
 
Figura 4.2 - Desenho 
sendo feito no CAD 
Fonte: Juan Jimenez 
Fernandez / 123RF. 
Atualmente, os softwares 
CAD e as ferramentas 
BIM são capazes de criar 
desenhos arquitetônicos 
tridimensionais. Netto 
https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/DEM_PROCEV_20/unidade_4/ebook/index.html
(2014) afirma que foi no 
início dos anos 90 que a 
tecnologia CAD começou 
a ser utilizada em 
desenhos arquitetônicos. 
Um ponto importante é 
que tais programas são 
exatos, pois consideram 
as escalas reais. Alguns 
programas são gratuitos, 
porém a maioria deles é 
paga. Yee (2017, p. 91) 
cita que: 
[...] os softwares de 
modelagem de 
informações de 
construção (BIM) e 
desenho para criação de 
croquis, como o Revit, 
ArchiCAD, AutoCAD e 
Bentley, se transformaram 
não só em ferramentas 
eficazes de desenho, mas 
também em facilitadores 
de precisão do processo de 
construção. 
Existem diferenças entre 
os programas CAD e BIM. 
No caso do CAD, os 
desenhos são feitos 
através de linhas, formas 
e textos. Netto (2014) 
afirma que os softwares 
CAD possuem 
ferramentas para 
organizar as espessuras 
de linha e, quando 
impresso, o desenho se 
parece com um feito à 
mão. 
saiba mais 
Saiba mais 
A partir da invenção de 
programas gráficos em 
computadores, o 
desenho arquitetônico 
mudou. Atualmente, o 
CAD ( Computer Aided 
Design ) é popularmente 
utilizado para esse fim. 
Muito se discute acerca 
da utilização de tais 
programas nas 
representações 
arquitetônicas. Eles 
vieram para aperfeiçoar 
o trabalho de desenho, 
tornando o processo 
cada vez mais flexível, 
exato e ágil. Hoje, eles 
servem como apoio 
desde o processo 
criativo até a finalização 
do projeto. Leia mais 
sobre o assunto no 
artigo Os três momentos 
do uso da tecnologia 
computacional gráfica em 
arquitetura a seguir. 
ACESSAR 
O BIM é mais complexo e 
envolve outras 
informações referentes à 
análise construtiva, como 
espessura, medidas, 
detalhes de materiais e 
propriedades, entre 
outras. Um projeto é 
alterado inúmeras vezes 
pelos mais diversos 
http://periodicos.puc-campinas.edu.br/seer/index.php/oculum/article/view/387
fatores. Um ponto 
vantajoso no uso de 
novas tecnologias é que, 
quando há alguma 
alteração projetual, a 
tecnologia BIM “[...] 
habilita os profissionais a 
atualizarem 
automaticamente um 
conjunto inteiro de 
desenhos quando são 
feitas alterações no 
projeto” (YEE, 2017, p. 
91). 
De acordo com Yee 
(2017), a grande 
vantagem da 
computação gráfica em 
relação aos desenhos 
manuais é a questão da 
eficiência e do tempo de 
trabalho. O autor coloca 
que: 
Os pontos fortes do 
desenho feito à mão e da 
modelagem residem na 
manipulação intuitiva do 
lápis ou de outros 
materiais físicos na criação 
de modelos e croquis 
conceituais fluidos. 
Todavia, à medida que 
uma equipe de projeto se 
depara com prazos finais, 
o movimento quase 
sempre é na direção da 
maior eficiência 
presumida da computação 
gráfica (YEE, 2017, p. 92). 
Sobre tais vantagens, 
Netto (2014) afirma que 
tais desenhos podem ser 
editados e reimpressos 
rapidamente, o que 
evitaria retrabalhos. 
Além disso, é possível 
imprimir diversas cópias 
do mesmo projeto e em 
escalas diferentes do 
projeto original, trazendo 
mais flexibilidade ao 
profissional. 
Montenegro (2017, p. 28) 
mostra que os softwares 
auxiliam o trabalho 
projetual e seu uso traz 
diversas vantagens, 
como: 
● agrega instrumentos 
como lápis, canetas, régua 
graduada, compasso, 
esquadros, régua-tê, 
prancheta e outros, 
tornando o processo mais 
rápido e preciso; 
● dá a visão global do 
projeto, inexistente nos 
desenhos manuais 
fragmentados de plantas, 
cortes, fachadas e 
perspectivas; 
● abre a possibilidade da 
animação gráfica com o 
observador circulando 
dentro ou fora do edifício; 
● permite o estudo de 
alternativas de 
acabamentos internos e 
externos (simulação) de 
modo simples e rápido; 
● possibilita grande 
compatibilidade entre o 
projeto arquitetônico e os 
projetos complementares; 
● traz facilidade de 
reprodução e transmissão 
dos desenhos do projeto. 
Yee (2017, p. 91) coloca 
que existem outros 
softwares que são mais 
conceituais. O autor cita 
o 3D Studio Max, Maya, 
Rhino e SketchUp, que 
são utilizados no 
desenvolvimento de 
prévias do projeto. Ele 
afirma que, “Como 
alguns desses programas 
foram desenvolvidos 
originalmente para a 
indústria do 
entretenimento, eles são 
ferramentas 
maravilhosas para 
acrescentar detalhes 
realistas a um projeto 
diagramático ainda em 
desenvolvimento”. Tais 
softwares também são 
utilizados nos processos 
finais para fins de 
apresentação do projeto 
ao público e/ou 
marketing. 
Para entender o ambiente 
gráfico digital 
característico do 
computador como um 
ambiente de auxílio ao 
projeto, é preciso conhecer 
o que os programas 
podem ajudar a criar, 
quais características esses 
modelos digitais trazem e 
como eles podem ser 
desenvolvidos. Depois, 
essas técnicas poderão ser 
experimentadas em um 
processo de projeto, e 
somente aí suas vantagens 
e desvantagens serão 
realmente conhecidas 
(FERNANDES et al., 2006, p. 
38). 
Atualmente, existe uma 
infinidade de softwares 
que podem ajudar o 
projeto a ser tornar mais 
exato, ilustrativo e 
criativo. É importante 
estar atento às novas 
tecnologias, conhecê-las 
e compreender suas 
funcionalidades para que 
o projeto se torne cada 
vez mais atraente, atual e 
correto do ponto de vista 
técnico. 
praticar 
Vamos Praticar 
Com as novas 
tecnologias, o desenho 
feito à mão foi sendo 
substituído por 
desenhos desenvolvidos 
através de softwares. O 
desenho 
computadorizado trouxe 
mais possibilidades ao 
cenógrafo. Com ele, é 
possível realizar 
desenhos exatos, com 
escalas, dando uma 
visão global a um projeto 
cenográfico. Sobre os 
softwares CAD e BIM, é 
correto afirmar que: 
a) O BIM é um software 
mais simples do que o 
CAD. Nele, o usuário é 
capaz de fazer desenhos 
coloridos e alterar linhas 
e formas. 
b) O CAD é um 
software mais complexo 
do que o BIM. O CAD 
envolve outros 
elementos técnicoscomo medidas e 
detalhes de materiais. 
c) O CAD possibilita a 
utilização de linhas e 
formas na construção 
de um desenho, e o BIM 
envolve outros 
elementos técnicos, 
como medidas e 
detalhes de materiais. 
d) Enquanto o BIM 
possibilita apenas o 
desenho de linhas, com 
o CAD é possível 
desenvolver desenhos 
muito semelhantes aos 
manuais. 
e) O CAD é um 
software mais simples 
do que o BIM e envolve 
elementos como 
espessuras, medidas e 
propriedades de 
materiais, o que o torna 
mais vantajoso. 
Maquetes 
 
Após o desenvolvimento 
do desenho 
tridimensional, o 
cenógrafo passa para a 
etapa de confeccionar 
uma maquete. 
[...] o termo maquete ou 
maqueta, vem do Francês 
maquette derivado do 
italiano macchietta, 
diminutivo de macchia, 
originário do latim mácula 
(pequena mancha). 
Mancha pode ser 
entendida como uma 
forma bruta de limites 
pouco precisos, uma 
forma bruta ainda pouca 
elaborada (CUNHA apud 
ROZESTRATEN, 2003, p. 
10). 
A maquete cenográfica 
tem o objetivo de 
representar, em 
dimensões menores, a 
construção de um 
cenário. A escala de 
redução da maquete irá 
variar principalmente 
pelo objetivo e pelos 
detalhes que precisam, 
ou não, serem 
representados. 
Segundo Paese (2018), a 
maquete física é um 
instrumento de 
representação de fácil 
compreensão por ser 
tridimensional. A autora 
coloca que, “Além disso, 
ela possibilita que o 
corpo se desloque no 
espaço, estabelecendo 
uma relação com seus 
volumes. O contato e a 
visualização da maquete 
física a tornam um meio 
de representação que se 
aproxima muito da 
realidade”. 
É por meio da maquete 
que o cenógrafo 
consegue fazer com que 
os outros profissionais 
envolvidos no projeto 
também tenham noção 
de volume e detalhes de 
tal construção. Segundo 
Paese (2018, p. 73), “as 
maquetes podem 
representar o resumo de 
uma pesquisa ou auxiliar 
no estudo de novas 
soluções para o projeto”. 
Mills (2007) afirma que as 
maquetes devem fazer 
parte do projeto. O autor 
esclarece que talvez a 
vantagem mais 
importante da maquete 
“[...] seja a possibilidade 
de se observar (vivenciar) 
a forma, o espaço físico, 
tridimensional 
concretamente. Essa 
presença física permite 
ao projetista interagir 
diretamente com a 
maquete e obter 
feedback imediato”. Elas 
materializam as ideias e 
reproduzem o projeto de 
modo com que ele possa 
ser inclusive reavaliado e, 
se preciso, modificado. 
A maquete de um 
cenógrafo deve reproduzir 
uma realidade existente, 
que é, frequentemente, um 
espaço bastante usado, 
sujo e sombrio, com tubos 
e climatizadores 
localizados em 
convenientemente no meio 
das paredes, sinais de 
saída iluminados em 
cantos escuros e paredes 
que se parecem com 
colchas de retalhos de 
tijolos e gesso 
deteriorados. Todos os 
obstáculos e dificuldades 
que o cenógrafo, o diretor 
e os autores encontraram, 
incluindo cores e texturas 
que dão ao espaço sua 
característica individual, 
precisam ser indicados 
(HOWARD, 2015, p. 46). 
É importante notar que a 
etapa de confecção de 
uma maquete vai além 
de mera representação 
tridimensional. Ela 
abrange a linguagem 
simbólica do contexto 
cenográfico. Além das 
dimensões do espaço e 
suas características, o 
cenógrafo estuda a 
visibilidade do projeto, a 
movimentação dos 
atores em cena, quais 
objetos e onde eles serão 
dispostos, entre diversos 
outros elementos. 
Equipamentos e materiais 
para a confecção de 
maquetes 
Segundo Paese (2018), o 
material para se 
confeccionar uma 
maquete dependerá de 
como ela será utilizada. 
Podem ser utilizados 
papéis, plásticos e 
madeiras, entre outros 
elementos. Mills (2007, p. 
12) observa que, para a 
confecção de maquetes, 
são necessários 
equipamentos básicos. 
São eles: 
● Instrumentos para 
desenho 
● Régua de aço 
● Esquadros 
● Escalímetro 
● Estiletes e lâminas 
● Base para corte 
● Cortador circular 
● Limpador de ar 
comprimido 
● Tesoura 
● Colas (branca, em spray 
e para acetato) 
● Pistola de cola quente 
● Alfinetes 
● Fita mágica 
● Alicate 
● Lixa 
● Pinça 
● Furadeira 
● Fita adesiva 
● Acu-Arc 
● Pistola de soldar 
● Ferro de soldar 
● Terceira mão 
Em relação aos materiais 
necessários, para a Mills 
(2007, p. 18) podem ser 
utilizados os seguintes 
exemplos: 
● Papelão simples 
● Papelão Corrugado 
● Papel Foam Core 
● Passepartout Branco 
● Papel Gatorborad 
● Cartolina 
● Papel Fosco Colorido 
● Papel vegetal 
● Papel Manteiga 
● Palitos em plástico e 
madeira 
● Canudos de plástico e 
madeira 
● Arame 
● Lâminas de acrílico e de 
plástico transparente 
● Fita adesiva branca 
● Linha de costura 
● Esmalte Spray 
● Tecido 
● Folhas de metal 
Tipos de Maquetes 
Segundo Farrelly (2014), 
existem diversos tipos de 
maquetes convencionais 
que são empregadas em 
um projeto. As maquetes 
de volumes são mais 
abstratas e têm o 
objetivo de mostrar o 
espaço. Para Mills (2007, 
p. 25), “Essas maquetes 
podem ser feitas em 
pequena escala, devido à 
falta de detalhes, e 
refletirão de forma 
rápida o tamanho e a 
proporção de uma 
edificação em um estágio 
preliminar”. 
Farrelly (2014) afirma 
que, nas maquetes de 
conceito, são utilizados 
diversos materiais e 
escalas para que se 
compreenda a ideia a ser 
realizada. Mills (2007, p. 
25) explica que os 
conceitos podem ser 
traduzidos “[...] de 
diversas formas, como 
através da dissecac ̧ão da 
maquete através de 
desenhos, pelo uso de 
geometrias sugeridas, 
pela interpretac ̧ão de 
leituras a partir de 
qualidades formais ou 
até mesmo pela 
interpretac ̧ão de temas 
literários”. 
As maquetes de detalhes 
exemplificam elementos 
específicos e não o todo. 
Mills (2007) afirma que 
esse tipo de maquete é 
desenvolvido para que se 
representem detalhes de 
interior ou exterior, 
janelas, corrimão e 
fachada, entre outros 
elementos importantes 
no projeto. 
Já as maquetes de 
interiores ilustram todo o 
espaço e o mobiliário 
externo. Para Mills (2007, 
p. 32), “essas maquetes 
precisam definir os 
limites do espaço e, ao 
mesmo tempo, 
permanecer abertas, 
para a visualização e 
manuseio”. 
Escala 
Em geral, as maquetes 
podem ser 
confeccionadas em 
diversas escalas. Para 
realizar tal escolha, 
alguns aspectos devem 
ser levados em 
consideração. 
Primeiramente, é 
necessário pensar no 
tamanho físico do local e 
sobre quantos e quais 
detalhes precisam ser 
ilustrados por meio da 
maquete. Se o projeto for 
muito detalhado, talvez 
seja interessante o uso 
de uma escala maior. 
Mills (2007, p. 65) 
comenta que: “Embora a 
maquete não precise ser 
elaborada em uma escala 
predeterminada, ela 
deve incluir relações de 
proporções relativas 
entre suas partes, como 
as alturas entre os 
pavimentos”. 
Etapas de Confecção de 
Maquetes 
Panazio e Ferreira apud 
Paese (2018) afirmam 
que as etapas de 
confecção de maquetes 
podem ser divididas em: 
Planificação, corte e 
montagem. 
Na etapa 
de planificação , são 
desenhadas as partes da 
maquete. Os materiais 
utilizados para a 
confecção (papéis, 
plásticos e/ou madeiras) 
são marcados. Na etapa 
de corte, as partes 
riscadas são recortadas. 
reflita 
Reflita 
O trabalho do cenógrafo 
envolve a utilização de 
muitos materiais. Você já 
imaginou a quantidade 
de lixo após a realização 
de uma maquete e/ou de 
um cenário? Para a 
confecção de uma nova 
maquete, é possível que 
se faça a reciclagem de 
materiais, 
reaproveitando suas 
bases ou recobrindo-as 
com papel. 
Fonte: Adaptado de Mills 
(2007). 
Para cortar materiais em 
folhas, lâminas e chapas, 
como madeira 
aglomerada e papel foam 
core, aplica-se uma leve 
pressão com o estilete e 
com a passagem de sua 
lâmina diversas vezes, 
conforme a espessura do 
material exija. É 
necessária uma lâmina 
bem afiada, assim como 
uma borda de apoio 
metálica com base que 
não escorregue ou uma 
régua paralela com 
borda de ac ̧o. Nota: esses 
materiais devem ser 
cortados sobre uma 
prancha de corte ou 
outra superfície 
protetora, como um 
papelão grosso (MILLS, 
2007). 
Na etapa de montagem , 
as partes cortadas serão 
unidas. Paese (2018, p. 
75) afirma que 
Algumas partes da 
maquete podem ser 
unidas previamente com 
fita-crepe para depois 
serem coladas e unidas à 
estrutura maior [...]. 
Quando a posição da peça 
depois de colada 
impossibilitar o perfeito 
acabamento, você deve 
fazer a pintura ou o 
revestimento final antes da 
montagem. 
Para além de tais etapas 
também podem ser 
feitos tratamentos de 
superfícies . Mills (2007, 
p. 36) explica que existem 
diversos tipos de 
acabamentos de 
superfície, como: 
● Lixamento: Cabos são 
normalmente lixados a fim 
de uma superfície lisa. 
● Limpeza: Pode ser feita 
através de jato de ar 
comprimido. 
● Pintura: As maquetes são 
limpas e acabadas com 
pintura spray. 
● Acabamento de Bordas: 
Fitas são colocadas nas 
bordas dos painéis. 
● Revestimento: Um papel 
colorido (ou adesivo) é 
utilizado para revestir 
partes da maquete. 
Eles irão incorporar às 
maquetes cores e 
texturas. Para deixar a 
superfície plana, é 
interessante o uso de 
lixas. Segundo Paese 
(2018, p. 76), “A limpeza 
do pó em uma maquete 
nunca deve ser feita com 
água, e sim a seco, com 
recursos como 
espanador, secador de 
cabelo ou jato de ar 
comprimido”. A autora 
afirma ainda que é 
aconselhável que se 
passe uma camada de 
base automotiva antes 
da pintura da maquete. 
praticar 
Vamos Praticar 
Leia o trecho a seguir. 
“A maquete física, junto 
ao croqui, aos desenhos 
técnicos e à maquete 
eletrônica, forma o 
conjunto de recursos de 
representação, estudo e 
desenvolvimento de um 
projeto de arquitetura. 
Antes de iniciar uma 
maquete, você precisa 
de desenhos técnicos 
relativos ao nível de 
desenvolvimento em que 
o projeto se encontra. 
Caso esses desenhos 
não estejam prontos, ou 
estejam feitos em escala 
diferente, você deve 
reservar um tempo para 
produzi-los” (PAESE, 
2018, p. 74). 
São etapas da confecção 
de maquetes: 
I. análise de 
componentes; 
II. corte; 
III. tratamento de 
superfícies. 
É correto o que se afirma 
em: 
a) I, apenas. 
b) II, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
indicações 
Material 
Complementar 
 
 
LIVRO 
Maquetes cenográficas: 
catálogo da exposição 
Editora: EDUTFPR 
Autor: Ismael Scheffler 
(Org.). 
ISBN: 9788570141231 
Comentário: Trata-se de 
um catálogo fruto da 
exposição “Maquetes 
cenográficas”, que 
ocorreu em Curitiba no 
ano de 2014. Os 
trabalhos enfatizam a 
importância das 
maquetes dentro do 
processo de criação da 
cenografia. 
WEB 
Teatro e circunstância: a 
desconstrução do espaço 
cênico – profissão 
cenógrafo 
Ano: 2009 
Comentário: O 
documentário convida 
profissionais da área de 
cenografia para falarem 
sobre sua os desafios de 
suas vidas profissionais. 
Eles contam sobre seus 
projetos e mostram, 
inclusive, alguns 
trabalhos desenvolvidos. 
Para conhecer, assista ao 
documentário a seguir. 
 
ASSISTIR 
 
conclusão 
Conclusão 
Foi possível observar 
pelo conteúdo que o 
projeto cenográfico 
https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/DEM_PROCEV_20/unidade_4/ebook/index.html
https://catalogcdns3.ulife.com.br/content-cli/DEM_PROCEV_20/unidade_4/ebook/index.html
executivo se dá por meio 
de diversas técnicas que, 
juntas, formam um 
arsenal importante de 
representações gráficas 
bidimensionais e 
tridimensionais. Cada 
técnica citada possui 
certa aplicabilidade e 
será utilizada conforme 
as características e as 
necessidades de cada 
projeto. O desenho livre 
foi e é um grande aliado 
em projetos 
cenográficos, 
principalmente para 
comunicar ideias e 
conceitos. O desenho 
técnico tem o papel de, 
através de normas, 
colocar no papel 
números e dados 
importantes para a 
construção de um 
cenário. O desenho 
computadorizado vem 
como uma ótima e 
vantajosa alternativa na 
concepção de projetos, 
inclusive de maneira 
tridimensional. A 
maquete, elemento 
historicamente muito 
utilizado, tem a função de 
ilustrar projeções, 
conceitos e 
possibilidades. Por fim, 
tais conhecimentos 
permitem que você 
reconheça elementos 
cênicos, bem como 
domine sua aplicação de 
acordo com o projeto 
cenográfico em 
elaboração. 
referências 
Referências 
Bibliográficas 
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D. G. M. Arquitetura . 
Porto Alegre: SAGAH, 
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https://www.youtube.com/watch?v=fwmk3ITApmg&t=1351s
https://www.youtube.com/watch?v=fwmk3ITApmg&t=1351s
Apmg&t=1351s . Acesso 
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URSSI, N. J. A linguagem 
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Dissertação (Mestrado 
em Artes) – ECA-USP, São 
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YEE, R. Desenho 
arquitetônico : um 
compêndio visual de 
tipos e métodos. 
Tradução de Luiz Claudio 
https://www.youtube.com/watch?v=fwmk3ITApmg&t=1351s
de Queiroz Faria. 4. ed. 
Rio de Janeiro: LTC, 2017. 
© 2020 - ÂNI

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