Trabalho - recinto do tamanduá bandeira

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UNIVERSIDADE DE CUIABÁ 
MEDICINA VETERINÁRIA 
CLÍNICA E MANEJO DE ANIMAIS SILVESTRES 
 
 
AMANDA TOMAZ PAVÃO 
ANA KAROLINA DE SOUZA VASCONCELOS 
ANNA BEATRIZ DA SILVA LOURENÇO 
GABRIEL OLIVEIRA RIGOLON 
GABRIELY VENTUROSO BUZATI 
JÚLIA MARTINS MELO 
NATHÁLIA CORREIA FIGUEIREDO SOUZA 
 
 
 
 
 
O TAMANDUÁ-BANDEIRA 
Classificação biológica, hábitos comportamentais, nutrição, habitat natural, descrição do 
recinto e enriquecimento ambiental e planta baixa do recinto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cuiabá/MT 
2023 
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SUMÁRIO 
 
1 Classificação biológica .......................................................................................................... 3 
2 Hábitos comportamentais .................................................................................................... 3 
3 Nutrição ................................................................................................................................. 3 
4 Habitat natural ...................................................................................................................... 5 
5 Recinto .................................................................................................................................... 6 
1 Espaço .................................................................................................................................. 6 
2 Enriquecimento ambiental ............................................................................................... 6 
3 Ambiente ..................................................................................................................... 6 
 4 Segurança ............................................................................................................. 7 
 5 Clima adequado ............................................................................................. 7 
 6 Alimentação ............................................................................................. 7 
6 Referências bibliográficas ..................................................................................................... 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 Classificação biológica 
O Tamanduá-Bandeira (Myrmecophagidae tridactyla), um vertebrado, compõe a classe 
Mammalia, dos mamíferos, é da ordem Xenarthra, dentro desta ordem possuem duas famílias, 
a família Myrmecophagidae que é onde o Tamanduá-Bandeira está classificado, e o 
Cyclopedidad que possui o Cyclopes didactylus, que é conhecido como Tamanduá-mirim.
 
Na natureza eles podem viver até 25 anos, tem o tamanho de 1,8m até 2,2m de 
comprimento, tem pelos e cauda grandes, se movimentam nas quatro patas (quadrúpedes), tem 
em seu corpo uma faixa preta e branca que se estende pelo corpo todo, não apresenta dentes, 
mas a sua língua é muito grande e possui um componente viscoso e pegajoso que captura as 
suas presas. 
 
2 Hábitos comportamentais 
São animais diurnos ou noturnos, dependendo da região em que o animal se encontra, e 
solitários quando adultos, exceto na época de acasalamento ou acompanhado de um filhote que 
costuma subir nas costas da mãe durante aproximadamente 6 a 9 meses de vida. 
Atingem a maturidade sexual em torno dos 2 anos e meio até os 4 anos, e a época 
reprodutiva é na primavera. A gestação dura aproximadamente 190 dias e geram somente 1 
filhote. 
Os tamanduás são pouco ágeis, e se apresentam agressivos apenas quando se sentem 
ameaçados, tentam se defender sentando sobre as patas traseiras e mostrando as garras, que 
servem tanto para defesa, quanto para subir em árvores para se proteger de possíveis predadores, 
apesar de não ser tão comum. São bons nadadores, e não são animais territorialistas, podendo 
percorrer bastante em busca de alimento. 
Esses animais possuem baixa visão e um olfato bastante aguçado, que é utilizado na 
hora da alimentação, atuando também como controle das populações de insetos. 
 
3 Nutrição 
A manutenção nutricional do Tamanduá-bandeira é extremamente dificultosa devido as 
suas peculiaridades anatômicas, além da individualidade de cada um. Em seu habitat natural, 
formigas e cupins fazem o prato principal na dieta desses animais, pois insetos em geral são 
uma fonte proteica importantíssima, como também possuem vitaminas e sais minerais em 
abundância. Quando ainda são filhotes, e são entregues aos cuidados humanos, deve-se elaborar 
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uma dieta que seja eficiente e supra as necessidades nutricionais desses animais, o que nem 
sempre é algo simples, pois além de suprir as exigências nutricionais da espécie deve também 
apresentar boa palatabilidade. O tamanduá faz digestão e absorção de nutrientes pelo tubo 
digestório, sendo pouco conhecido devido à falta de mais estudos concretos. 
O excesso de vitaminas A e D ou cálcio pode causar perda parcial da motricidade dos 
membros inferiores, progredindo para os membros superiores. Dietas impróprias ou mudanças 
súbitas na alimentação podem acarretar constrição da ponta da língua e anorexia, dentre outros 
sinais clínicos e enfermidades. 
Os tamanduás também possuem deficiência de taurina: um aminoácido achado somente 
em proteína animal, extremamente importante para o bom funcionamento da visão, digestão, 
músculos do coração, sistema imune, manutenção da prenhez e do feto, precisando então ser 
suplementado, pois sua ausência pode ocasionar intolerância ao exercício, problemas 
respiratórios, ascite, cardiomegalia e cardiomiopatia dilatada. A faixa normal de taurina no 
sangue é de 300 a 600 nmol/ml e de 60 a 120 nmol/ml no plasma, vale ressaltar que um alto 
teor de amido na dieta dos tamanduás pode ocasionar diabetes. Níveis altos de lactose e grãos 
e níveis baixos de fibra, principalmente fibra em detergente neutro (FDN), na dieta de 
tamanduás ocasionam fezes moles. 
De acordo com os estudos 20% das enfermidades ocorrentes nos tamanduás estão 
relacionadas à nutrição, sendo 11,5% por má absorção dos nutrientes e 8,5% provenientes de 
uma dieta inadequada. 
Tamanduás são classificados como carnívoros especializados. A fisiologia digestiva 
deles, tomando como base o tamanduá-bandeira, se assemelha a fisiologia de cães e gatos 
domésticos, de modo que, dietas estabelecidas para esses pets são utilizadas como modelos de 
necessidades nutricionais para a sua alimentação. 
Devido à dificuldade de criação e manutenção de formigas e cupins em cativeiro, os 
zoológicos encontram uma dificuldade de reproduzir a alimentação natural dos tamanduás 
cativos, tornando-se imprescindível a criação de dietas alternativas que consigam suprir todas 
as necessidades do animal. 
Ao fazer dietas com base em ração canina deve se atentar ao fato de que essas rações 
possuem altos índices de amido. As fezes líquidas e a constipação podem ser causadas por 
excesso de grãos e lactose na dieta, sendo mais comum em tamanduás cativos em zoológicos. 
A vitamina K é essencial para a coagulação sanguínea, portanto, a deficiência dela na dieta 
pode acarretar distúrbios hemorrágicos. 
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Assim, conclui-se que devido à baixa quantidade de estudos na literatura no que diz 
respeito à nutrição e alimentação desta espécie, sugere-se um estudo mais aprofundado com 
pesquisas experimentais para estabelecer uma dieta adequada e balanceada para os tamanduás-
bandeira adultos em cativeiros. Essa dieta deve suprir além das necessidades metabólicas 
diárias, mas também as necessidades vitamínicas, sendo necessária também uma 
suplementação de vitaminas essenciais para o seu desenvolvimento, de forma a minimizar 
deficiências nutricionais, e não prejudicar o crescimento. Desta forma, é importante a realização 
de avaliações das medidas corporais, pois essas ferramentas auxiliam a identificar ganho de 
massa corpórea e desenvolvimento adequado. 
 
4 Habitat natural 
Seu habitat natural são as florestas tropicais, caatinga,campos abertos e savanas como 
o cerrado. Geograficamente no Brasil, sua distribuição ocorre nos estados do Acre, Rondônia, 
Amazonas, Pará, Roraima, Amapá, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, 
Maranhão, Piauí, Ceará, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Distrito Federal. Nas demais 
localidades do país sua ocorrência ainda é uma dúvida. 
 
Figura 1. Distribuição geográfica do tamanduá bandeira. 
 
5 Recinto 
Para o recinto dessa espécie o ideal é que seja fornecido um ambiente semelhante ao 
que é encontrado na natureza, portanto, deve conter: 
1. Espaço: 
É necessário que seja grande para que ele possa se mover confortavelmente, explorar, 
escalar e cavar. 
https://www.google.com/search?safe=active&q=http%3A%2F%2Fwww.zoo.df.gov.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2020%2F01%2FTamandua-bandeira-mapa.png#imgrc=5n6gRLup3_YjZM
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 A área do recinto deve ser de 80 m² e com capacidade de até 2 tamanduás (SEMA RS, 
2016). 
 
2. Enriquecimento ambiental: 
Cupinzeiros e abóbora: neles podem ser introduzidos insetos e suas larvas, frutas 
maceradas, entre outros alimentos; 
Tubos e troncos de árvores: são outra forma para enriquecimento alimentar, sendo o 
tronco também utilizado para abrigo. 
 
3. Ambiente: 
O recinto do tamanduá precisa conter: espelho d’água, com profundidade de 0,3 m; piso 
de terra com vegetação arbustiva e touceiras; árvores altas para que ele suba e espaço raso no 
solo para descansar. 
 
 
Figura 2. Recinto do tamanduá bandeira. 
 
Figura 3. Recinto do tamanduá bandeira. 
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Figura 4. Recinto do tamanduá bandeira. 
 
4. Segurança: 
Apesar do tamanduá bandeira ser um animal calmo, é indicado que os tratadores 
utilizem um escudo de manejo ao entrarem no recinto. O escudo pode ser de chapa de madeira. 
 
5. Clima adequado: 
Como o tamanduá é encontrado em habitats quentes e úmidos, é importante fornecer 
sombra e áreas frescas de descanso para evitar superaquecimento. 
 
6. Alimentação: 
Em cativeiro, o tamanduá é alimentado com uma formulação pastosa contendo leite de 
baixa lactose, ovos, carne, couve, ração para gatos triturada e complexos vitamínicos, sofrendo 
alterações dos ingredientes utilizados de acordo com o local em que é preparada. 
Quando as fezes ficam mais liquidas ou pastosas, o que são problemas comuns 
encontrados na rotina de tamanduás que se alimentam com a dieta em cativeiro, a adição de 
quitina é recomendada, pois ela é responsável pelo endurecimento das fezes. 
 
6 Referências bibliográficas 
APRENDA BIO. Tamanduá-bandeira: curiosidades, características - Fotos. Disponível 
em: <https://aprenda.bio.br/zoologia/tamandua-bandeira-curiosidades-caracteristicas-fotos/> 
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<https://www.biologianet.com/biodiversidade/tamandua.htm> Acesso em: 16 mai. 2023. 
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E. Q. (2020). Manejo nutricional e comportamental de filhote de Tamanduá mirim 
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PASSOS, Marina Chagas dos. Crescimento e nutrição de Tamandua tetradactyla - relato de 
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RODRIGO, A. F.; SERGIO, P. S. T. BIOLOGIA E MANEJO NUTRICIONAL DE 
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SOARES, Larissa Borges de Sousa. Dieta alimentar do Tamanduá-Bandeira 
Myrmecophaga tridactyla (Linnaeus, 1758) adulto em cativeiro. Uberlândia – MG, 2021. 
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina Veterinária) - Universidade Federal 
de Uberlândia, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia. 
TODA MATÉRIA. Saiba tudo sobre o Tamanduá-Bandeira. Toda Matéria. Disponível em: 
<https://www.todamateria.com.br/tamandua-bandeira/>. Acesso em: 16 mai. 2023.