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TRABALHO PEDREIRA de granito para fins estéticos

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UNIVERSIDADE TÉCNICA DE ANGOLA 
FACULDADE DE ENGENHARIAS – FAE 
DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DE CIÊNCIAS DA TERRA – DEICT 
CURSO DE ENGENHARIA DE MINAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Turma: EMMK.4.1 
Disciplina: Lavra de Minas a Céu Aberto 
Orientador: MSc. Adriano Cauanda Xavier 
Ano: 4º 
 
Luanda, 2022-2023 
PEDREIRA DE GRANITO PARA PRODUÇÃO 
EM BLOCOS PARA FINS ESTÉTICOS 
 
 
 
Integrantes do grupo: 
Euquérito Mafufo……………………………………………………………………37039 
Érica Mateus......................................................................................................34338 
Gabriel Manuel Hicindino...................................................................................30903 
Graça Veriana...................................................................................................39820 
 
 
PEDREIRA DE GRANITO PARA PRODUÇÃO EM 
BLOCOS PARA FINS ESTÉTICOS 
 
Lavra de Mina à ceu aberto 
 
 
 
 
 Docente 
 
MSc. Adriano Cauanda Xavier 
 
 
 
 
 
Luanda, 2022-2023
Trabalho de investigação da cadeira de Lavra a 
céu aberto apresentado ao departamento de ensino 
e investigação de ciências da terra como parte do 
cumprimento da avaliação parcial do 1º semestre 
P2, de 2022. 
 
I 
 
Epígrafe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nunca troca o que você mais quer na vida, pelo que você 
mais quer no momento. Porquê o momento, é passageiro, 
mas a vida não. 
Autor: Graça Veriana. 
 
 
II 
 
Dedicatória 
Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus pela graça concedida de realizar esta pesquisa, 
aos nossos pais e educadores que desde a infância contribuíram para a moldagem do nosso 
ser, e aqueles que directa ou indirectamente deram o seu contributo para a formação daquilo 
que hoje somos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
III 
 
Agradecimentos 
Agradecemos primeiramente a Deus pelo fôlego da vida e pela dádiva de acordar todos os 
dias e se fazer presente na instituição, a todos aqueles que nos ajudaram primeiramente aos 
nossos pais educadores pela força e incentivo que nos proporcionam e o professor Adriano 
Cauanda Xavier pelo trabalho proposto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IV 
 
Resumo 
O nosso trabalho relata sobre pedreira de granito para produção em blocos para fins 
estéticocos, e o campo de estudo, encontra-se na província da Huíla que fica no Sudoeste de 
Angola. A área de estudo localiza-se na comuna da Chibemba, município dos 
(Chiange), este último tem uma área de 8 150 km2 e situa-se na parte sudeste da província da 
Huíla e a 150 km da capital provincial Lubango. O município de Chiange tem a Norte, os 
municípios da Chibia e do Quipungo, a Este o município da Matala, a Sul apresenta os 
municípios da Cahama e do Curoca, e a Oeste é limitada pelo município de Virei. 
Tendo em conta a norma legislativa o projeto apresenta o plano de organização de uma 
pedreira que compreendi: Plano de Lvra (PL); Plano Ambiental de Recuperação Paisagística 
(PARP). 
A pedreira em estudo é composta por (5) cinco fases que são: Pesquisa Mineral; 
Desenvolvimento; Lavra; Lavraria (Beneficiamento do Minério); Desativação da Mina. 
O ciclo de produção compreende as seguintes tarefas: Perfuração, Desmonte: Por Explosivo 
ou Corte com fio diamantado ou roçadora , Derrube , Esquartejamento (Corte secundário), 
Transporte. 
Na Lavraria (Beneficiamento do Minério), os blocos são trabalhados seguindo uma 
diversidade de etapas, de equipamentos e de processos de acordo com os objectivos de 
produção. As principais fases de produção que, seguidamente, se esquematizam são: 
Serragem; corte; polimento; selecção e acabamento. 
A recuperação ambiental de uma pedreira é de grande importância, pois além de ser 
obrigatória por lei emanada pelo governo, vai amenizar os grandes impactos paisagísticos que 
uma pedreira pode provocar. 
 
Palavras-chaves: Pedreira; Granito; Produção, Desmonte, Blocos, Transformação, 
aproveitamento. 
 
 
 
V 
 
 
Índice das Figuras e Tabelas 
 
Fig. 01: A) Província da Huíla e respetiva divisão administrativa, B) República de Angola e 
C) Continente Africano.............................................................................................................02 
Fig.02: Localização da Província da Huíla...............................................................................03 
Fig.03: Emprego de correntes para remoção da vegetação.......................................................07 
Fig.04: Emprego de lâmina para remoção da vegetação..........................................................08 
Fig.05: Emprego de destocador para remoção da vegetação....................................................08 
Fig.06: Esquema da operação perfuração.................................................................................10 
Fig.07: Perfuradora HDM 635..................................................................................................10 
Fig.08: Características e parâmetros de um plano de fogo.......................................................11 
Fig.09: Vista área da pedreira de Granito, onde é possível visualizar o plano de fogo 
utilizado.....................................................................................................................................12 
Fig.10: Três momentos principais (A, B e C) da execução de uma pega de fogo....................13 
Fig.11: Três exemplos de cordões detonantes..........................................................................14 
Fig.12: Características principais do cordão detonante, alguns deles usados nas pedreiras em 
estudo........................................................................................................................................14 
Fig.13: Exemplo de fios diamantados.......................................................................................15 
Fig.14: Corte por Fio Diamantado em forma de U (A) e em forma de V (B)..........................15 
Fig.15: Roçadora CSM 961......................................................................................................16 
Fig.16: Esquema da operação de derrube.................................................................................16 
Fig.17: Esquartejamento ou Corte secundário..........................................................................17 
Fig.18: Grua de transporte de blocos........................................................................................17 
Fig.19: Pá CAT 980 G..............................................................................................................18 
Fig.20: Escombreira. Fig.21: Abertura da caixa e dos canais...................................................18 
Fig.21: Abertura da caixa e dos canais.....................................................................................19 
 
VI 
 
Fig.22: Dimensão do bloco a ser extraído.................................................................................20 
Fig.23: Individualização do Bloco na bancada.........................................................................21 
Fig.24: Sinalização de proibição, obrigação, emergência, incêndio, perigo e 
Informação................................................................................................................................23 
Fig.25: Processo de Serragem...................................................................................................24 
Fig.26: Processo de polimento dos granitos..............................................................................25 
Fig.27: Deposito e Destribuição do produto acabado...............................................................25 
Fig.28: Escombros....................................................................................................................26Fig.29: Pó ou poeira de pedra...................................................................................................26 
Fig.30: Polpa ou lama abrasiva.................................................................................................27 
Fig.31: Aproveitamento dos Escombros...................................................................................27 
Fig.32: Aproveitamento de Poeira de pedra..............................................................................28 
Fig.33: Aproveitamento de lama abrasiva................................................................................28 
Fig.34: Centro Cultural.............................................................................................................30 
Tabelas 
 
 Tabela. 01: Plano de Organização de uma Pedreira.................................................................06 
Tabela. 02: Fase da Pedreira.....................................................................................................06 
Tabela. 03: Ciclo de Produção da Pedreira...............................................................................09 
Tabela. 04: Dimensionamento da Mão-de-Obra.......................................................................22 
 
 
 
 
 
 
VII 
 
ÍNDICE GREAL 
Epígrafe ................................................................................................................................................... I 
Dedicatória ............................................................................................................................................. II 
Agradecimentos .................................................................................................................................... III 
Resumo .................................................................................................................................................. IV 
Índice das Figuras e Tabelas ................................................................................................................ V 
Tabelas .................................................................................................................................................. VI 
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 1 
OBJECTIVO GERAL .......................................................................................................................... 1 
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................................... 1 
CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ............................................................................... 2 
PLANO DE ORGANIZAÇÃO DE UMA PEDREIRA ...................................................................... 6 
FASE DA PEDREIRA .......................................................................................................................... 6 
 DESMATAMENTO ............................................................................................................................. 7 
 CICLO DE PRODUÇÃO DA PEDREIRA........................................................................................ 9 
PERFURAÇÃO ..................................................................................................................................... 9 
DESMONTE ........................................................................................................................................ 11 
DERRUBE ........................................................................................................................................... 16 
ESQUARTEJAMENTO ..................................................................................................................... 17 
TRANSPORTE ................................................................................................................................... 17 
ESCOMBREIRA ................................................................................................................................. 18 
DIMENSIONAMENTO DA CAIXA DOS CANAIS E DOS BLOCOS ......................................... 19 
HIGIENE E SEGURANÇA ............................................................................................................... 23 
TRANSFORMAÇÃO DO GRANITO .............................................................................................. 24 
APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NA EXPLORAÇÃO DE 
PEDREIRAS. ....................................................................................................................................... 26 
Aproveitamento dos Resíduos ........................................................................................................... 27 
RECUPERAÇÃO AMBIENTAL ...................................................................................................... 29 
Projeto de Recuperação Ambiental ................................................................................................... 30 
Conclusão ............................................................................................................................................. 31 
Referências Bibliográficas .................................................................................................................. 32 
 
 
1 
 
INTRODUÇÃO 
Inicialmente, o sector da Construção Civil vivia da aplicação de rocha ornamental na 
construção de infraestruturas, no entanto, com o avanço do conhecimento e da 
tecnologia passou a empregar aço e betão devido às suas características únicas, leveza, 
flexibilidade e rapidez de aplicação. 
 Assim, o sector da rocha ornamental teve que se adaptar a esta nova realidade bem 
como as pedreiras de agregados, uma vez que a procura destas aumentou 
substancialmente, pois estas são a principal fonte de matéria-prima. 
Uma pedreira é um tipo de mineração a céu aberto de onde rochas ou minerais são 
extraídos. são usadas para extrair materiais de construção, tais como pedras decorativas. 
Estas rochas possuem determinadas propriedades para serem utilizadas como material 
para revestimento em diversas aplicações. Para que uma rocha seja considerada 
ornamental, devem ser obedecidas duas exigências básicas: apresentar beleza estética e 
possuir características dentro dos padrões aceitáveis pelas normas técnicas. 
As rochas Ornamentais abrangem diversos tipos litológicos que podem ser extraídos em 
blocos ou placas e utilizados em formas variadas. Os principais campos de aplicação 
destas rochas assentam nas edificações da construção civil, com destaque para os 
revestimentos internos e externos de paredes, colunas, entre outros. 
Deste modo, ir-se-á realizar este trabalho para perceber melhor a forma como a 
exploração é feita nos dois tipos de pedreira, nomeadamente a definição da geometria de 
ambas as explorações, os métodos de desmonte, os equipamentos necessários, os ciclos 
de produção e para a pedreira de agregados também será feita uma análise financeira. 
OBJECTIVO GERAL 
 Apresentar um funcionamento da pedreira de granito para produçao de blocos 
para fins esteticos, descrevendo os metodos de desmonte, carregamento, 
transporte e beneficiamento. 
 
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS 
 Conhecer o ciclo de produçao da pedreira de granito; 
 Apresentar o plano de fogo executado na pedreira para produçao de granito; 
 Descrever e dimensionar a exploraçao da pedreira de granito, envolvendo o 
calculos de produção de bloco; 
 Definiçao das operaçoes acessorias; 
 Escolha do equipamento necessaria para produçao e exploraçao do jazigo. 
 Apresentar o plano de recuperaçao ambiental da pedreira. 
 
 
2 
 
CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 
 
Enquadramento Geográfico 
Apedreira,encontra-se na província da Huíla que fica no Sudoeste de Angola sendo que 
esta província, encontra-se entre os paralelos de 13° 30' e 16° 30' de latitude Sul, e nos 
meridianos de 13° 30' e 16° 30' de longitude Leste, e ocupa uma extensão territorial de 
79 023 km² (Figura abaixo). 
 
 
Fig. 01: A) Província da Huíla e respetiva divisão administrativa, B) República de Angola e C) 
Continente Africano. 
 
 
 
 
 
3 
 
A província da Huíla é constituída por 39 comunas inseridas em catorze municípios: 
Quilengues, Humpata, Quipungo, Caconda, Matala, Caluquembe, Gambos (Chiange), 
Kuvango, Jamba, Chicomba, Chipindo, Chibia, Cacula e Lubango sendo este último, a 
capital da província. 
 
A área de estudo localiza-se na comuna da Chibemba, município dos 
(Chiange), este último tem uma área de 8 150 km2 e situa-se na parte sudeste da 
província da Huíla e a 150 km da capital provincial Lubango. O município de Chiange 
tem a Norte, os municípios da Chibia e do Quipungo, a Este o município da Matala, a 
Sul apresenta os municípios da Cahama e do Curoca, e a Oeste é limitada pelo 
município de Virei. O município de Chiange tem uma altitude média de 1 484 m, e 
apresenta-se composto pela referida comuna de Chibemba e também pela de Chiange. 
 
Fig.02: Localização da Província da Huíla. 
 Clima e Vegetação 
Na zona centro-norte da província da Huíla e no Planalto da Humpata, o clima é 
tropical de altitude e semiárido nas áreas de cota m 
caracterizado pela existência de temperaturas médias anuais compreendidas entre os 19° 
e 24° C, enquanto as precipitações médias anuais oscilam entre 1200 mm na parte norte 
e nordeste da província e inferior a 500 mm por ano na extremidade sul da Província da 
Huíla (GPH, 2014), ocorrem duas estações: 
 
 
4 
 
 Estação seca (Cacimbo): entre os meses de maio a setembro, rigorosa nos 
planaltos e com temperaturas médias variando entre os 15,5º e os 19º C, 
registam-se amplitudes térmicas diárias significativas, inexistência de 
precipitação e uma humidade relativa do ar muito reduzida. 
 Estação das chuvas: entre os meses de outubro a abril, na qual se verificam 
temperaturas médias compreendidas entre 19º e 21º C, bem como valores de 
precipitações médias de 600 a 1200 mm. 
Na região dos Gambos os meses de janeiro e março são de pluviosidade mais elevada, 
enquanto os meses de junho e julho correspondem aos meses de menor temperatura e 
enquadram-se na estação seca, registando-se uma humidade relativa mais baixa e 
evidenciando oscilações diárias mais elevadas de temperatura. 
Os tipos de vegetação predominantes são de formação estépica de arbustos e árvores, 
bosques de Colophospermum Mopane, savana de Acácia Kirkil e matos lenhosos 
(MADR, 1997). É de salientar que em algumas áreas do município de Gambos se 
regista a presença de vegetação muito densa e espinhosa. Observa-se a presença de 
pequenos declives de terrenos alagadiços na época das chuvas «Mulolas» e algumas 
elevações de maior importância onde são ocorrentes as rochas pertencentes ao 
Complexo Gabro-Anortosítico. 
Nas áreas com a cobertura arenosa do Kalahari, verifica-se a predominância de solos 
psamíticos que são grosseiros e não coesos, correspondendo a uma unidade pedológica 
bem n v n p “T n ”, v n n p p 
acinzentada no horizonte superficial, a que corresponde uma presença de material 
argiloso reduzida, sendo muito permeáveis e evidenciando poucos nutrientes minerais e 
matéria orgânica. 
 
 
5 
 
 
Aspetos Socioeconómicos 
Angola possui uma grande diversidade de recursos naturais e o novo ambiente de 
negócios, bem como as potencialidades agrícolas, geológicas e mineiras constituem um 
apelo ao investimento privado nacional e estrangeiro, promovendo o crescimento e o 
desenvolvimento do país. A província da Huíla possui uma população diversificada em 
termos étnicos, estimada em cerca de 2 906 700 habitantes (GPH, 2019), e é composta 
por quatro principais grupos etnolinguísticos: Nyaneca-Humbi, Ovimbundu, N´gangela 
e Herero. O município dos Gambos (Chiange) possui uma população aproximada de 
150 000 habitantes que se dedica maioritariamente a atividades relacionadas com a 
agricultura de subsistência, agropecuária e a extração de rochas ígneas. 
A agricultura, a pecuária e a silvicultura constituem as principais atividades económicas da 
província da Huíla que foram afetadas pelos problemas derivados da guerra civil, mas também 
pela seca, escassez de equipamentos e tecnologias modernas. Na Província da Huíla destaca-se 
a criação de produtos agrícolas como algodão, banana, batata, batata doce, feijão, milho, soja, 
tabaco, goiaba, trigo, manga e cana-de-açúcar. A produção agrícola é vendida nos mercados 
municipais, mercados paralelos e, mais raramente, através do escoamento para Luanda. 
 
 n n v n , n n 
 p n p n n n , , 
 n n , n n v , 
verificando-se a existência de dezasseis (16) unidades industriais relacionadas com as 
rochas ornamentais. 
 
 
 
 
6 
 
 
PLANO DE ORGANIZAÇÃO DE UMA PEDREIRA 
 
 
 
 
 
Tabela. 01: Plano de Organização de uma Pedreira. 
 Plano de Lavra (PL): documento técnico contendo a descrição do método de: 
desmonte, sistemas de extracção e transporte, sistemas de abastecimento em 
materiais, energia e água, sistemas de segurança, sinalização e de drenagem. 
 
 Plano Ambiental de Recuperação Paisagística (PARP): documento técnico 
constituído pelas medidas ambientais para a recuperação paisagística das áreas 
degradadas no processo de exploração e pela proposta de solução para o 
encerramento da pedreira. 
 
FASE DA PEDREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela. 02: Fase da Pedreira 
 
PLANO DE PEDREIRA (PP) 
Plano de Lavra (PL): 
Plano Ambiental de Recuperação Paisagística (PARP): 
2. Desenvolvimento: Desmatação; Preparação da Escombreira. 
1. Pesquisa Mineral 
3. Lavra: Perfuração; Desmonte; Derrube; Esquartejamento; Transporte; Higiene e Seguramça 
5. Desativação da Mina: Restauração Ambiental. 
4. Lavaria (Beneficiamento do Minério): Tratamento do Gramito; Aproveitamento dos Resíduos. 
 
7 
 
2. DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO 
 
DESMATAMENTO 
 
Desmatamento é a etapa que compreende os serviços de remoção da cobertura vegetal 
do local onde será instalado um empreendimento. O porte da vegetação, o número de 
árvores, a densidade da vegetação e o diâmetro das árvores, são fatores que devem ser 
determinados através de uma inspeção local. Assim, conclui-se que a inspeção do local 
é indispensável para a averiguação dos fatores favoráveis ou desfavoráveis aos serviços 
de limpeza da vegetação. De forma geral, este processo de remoção da vegetação é 
representado basicamente por três técnicas de remoção: 
 
 Emprego de Correntes 
O desmatamento poderá ser feito com o emprego de correntes, pesadas e reforçadas, 
arrastadas por dois tratores de mesmo modelo que trabalham em paralelo. É 
especialmente indicado para a limpeza de grandes áreas de vegetação de arbustos ou 
árvores de pequeno porte. 
 
Fig.03: Emprego de correntes para remoção da vegetação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
2. DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO 
 
 
 
 Emprego de Lâmina 
 
O desmatamento com o emprego de lâmina se caracteriza pelo tombamento total da 
árvore, inclusive das raízes, que são arrancadas do solo. 
 
 
Fig.04: Emprego de lâmina para remoção da vegetação. 
 
 Emprego de Destocador 
 
O destocador é um implemento destinado à remoção de tocos deixados após o corteda 
árvore. O princípio de sua aplicação é o uso da força concentrada do empuxo do trator 
numa área reduzida e ao mesmo tempo a força de levantamento da lâmina. A curvatura 
do destocador e sua pequena largura permitem a entrada no solo e aplicação da força 
por baixo do toco, removendo-o com todas as ramificações. 
 
Fig.05: Emprego de destocador para remoção da vegetação. 
 
9 
 
3. LAVRA DO PROJECTO 
 
CICLO DE PRODUÇÃO DA PEDREIRA 
 
O ciclo de produção compreende as seguintes tarefas: Perfuração, Desmonte: Por 
Explosivo ou Corte com fio diamantado ou roçadora , Derrube , Esquartejamento (Corte 
secundário), Transporte, conforme ilustra a figura abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela. 03: Ciclo de Produção da Pedreira 
 
PERFURAÇÃO 
 
As operações de perfuração constituem o início da fase de extração de blocos, que 
depois é levada a cabo através de métodos de desmonte, como o material explosivo, 
(através de pegas de fogo na frente de desmonte), fio diamantado e etapas 
complementares (derrube e esquadrejamento). 
Na sequência de desmonte para o caso de três faces livres. As três faces livres consistem 
em duas faces laterais livres e uma face de topo livre. A primeira operação é a 
perfuração que consiste em efetuar três furos, dois horizontais junto à base do bloco e 
um furo na vertical. Esta perfuração é necessária para que na operação seguinte, o fio 
diamantado possa passar pelos furos e proceder ao corte. Na figura abaixo as linhas a 
vermelho representam as perfurações a efetuar. 
 
 
 
 
1.Perfuração 
2. Desmonte 
Desmonte Por Explusivo 
Desmonte com Fio Adiamantado ou Roçaduro 
3. Derrube 
4.Esquarteja
mento 
5.Transporte 
 
10 
 
 
 
3. LAVRA DO PROJECTO 
 
 
 
Fig.06: Esquema da operação perfuração. 
 
Para o equipamento de perfuração optou-se por usar equipamento mecanizado de modo 
a garantir os níveis de produção pretendidos, e garantir também a verticalidade dos 
furos. De acordo com o diâmetro, comprimento e velocidade de perfuração escolheu se 
a perfuradora, pela Empressa Benetti Macchine. Tipo de Máquina que operam na 
perfuração: 
 
 Perfuradora Selecionadora HDM 635 
Motor elétrico 7,5 kw ; 
Diâmetro do bit de perfuração 90 mm ; 
Comprimento do rod de perfuração 1000 mm. 
 
 
 Fig.07: Perfuradora HDM 635 
 
11 
 
3. LAVRA DO PROJECTO 
 
DESMONTE 
Desmonte por Explosivo (Plano de Fogo) 
A perfuração é necessária para definir um plano de fogo que servirá de plano de 
desmonte de rocha, através do uso, por norma, de material explosivo. Na figura abaixo 
apresenta-se o modelo teórico do plano de fogo e os seus principais parâmetros técnicos 
que se utilizam habitualmente nas pedreiras, salvaguardando-se no entanto, que estes 
parâmetros técnicos variam para que a pega se adapte a situações específicas, 
permitindo assim a otimização do desmonte. 
 
 
Fig.08: Características e parâmetros de um plano de fogo. 
 
 
12 
 
3. LAVRA DO PROJECTO 
 
Os planos de fogo das pedreira são realizados em esquadria, de forma a obter-se um 
plano de fogo quadrado na parte superior, tal como é possível observar pela figura 
abaixo. 
 
 Plano de Fogo normalmente usado; Bancada já desmontada. 
 
 
Fig.09: Vista área da pedreira de Granito, onde é possível visualizar o plano de fogo utilizado. 
 
 
O conhecimento dos parâmetros geológicos e geotécnicos que caracterizam os maciços 
rochosos, e que modelizam o seu comportamento, são a base para a compreensão dos 
mecanismos de rotura das rochas. 
 
 
13 
 
3. LAVRA DO PROJECTO 
 
 
Fig.10: Três momentos principais (A, B e C) da execução de uma pega de fogo. 
Os três momentos principais (A, B e C) da execução de uma pega de fogo: 
 Figura A: ilustrativa de uma malha de fogo com os furos já assinalados com 
vegetação, 
 Figura B: ilustrativa do cordão detonante geralmente usado entre os furos; 
 Figura C: ilustrativa que mostra depois de executada uma pega de fogo. 
Material Explosivo Usado no Desmonte 
A utilização de material explosivo como método de desmonte baseia-se na utilização de 
cordão detonante, pólvora ou dinamite através do plano de fogo definido e executado 
inicialmente. É utilizado de forma a otimizar a obtenção de blocos com dimensões 
comerciais com a fracturação existente, especialmente no que diz respeito à fracturação 
sub-horizontal. Esta substância explosiva é adequada para a obtenção de blocos com 
dimensões comerciais devido à sua baixa velocidade de detonação, utilizando os gases 
resultantes da deflagração como força ativa num processo de desmonte de menor 
impacte. Por sua vez, o cordão detonante (figura abaixo), que varia de 6 a 100 g/m, é 
utilizado consoante a potência que se pretende, sendo o cordão de 12 g/m (laranja) o 
mais utilizado nas pedreiras em estudo. 
 
 
14 
 
3. LAVRA DO PROJECTO 
 
O uso de cordão tem diversas aplicabilidade e tem como principais vantagens o facto de 
ser resistente à água e à abrasão, tendo cores vivas para facilitar a sua identificação. Na 
tabela abaixo são apresentados as características principais dos cordões detonantes 
comercializados e mais usados em atividades de extração de rocha. 
 
 
Fig.11: Três exemplos de cordões detonantes. 
 
Referir que o cordão detonante de cor laranja é, por norma, o mais utilizado nas 
pedreiras em estudo. Como se percebe facilmente pela tabela 3, se pretender um 
detonamento mais forte usa-se, nas pedreiras já referidas, o cordão de cor verde. 
Contudo, o que se faz nas pedreiras em estudo, é utilizar pólvora juntamente com o 
cordão detonante laranja, tornando assim esse detonamento mais forte e evitando o uso 
do cordão verde, que é ligeiramente mais caro. 
Gramagem (g/m): Cor: Diâmetro Exterior 
(mm): 
Resistência à 
tração(Kg/cm2): 
6 Amarelo 3,6 60 
10 Azul 4,5 75 
12 Laranja 4,7 75 
20 Branco 5,7 100 
40 Verde 7,6 100 
80 Amarelo 10,3 100 
100 Vermelho 11,2 100 
Fig.12: Características principais do cordão detonante, alguns deles usados nas pedreiras em estudo. 
 
 
15 
 
3. LAVRA DO PROJECTO 
 
Corte com Fio Adiamantado 
O desmonte por fio diamantado tem como objetivo principal a obtenção de blocos que 
apresentem superfícies completamente lisas. O fio diamantado é introduzido nos furos, 
processando-se o corte mediante o atrito provocado pela circulação do fio diamantado 
na massa mineral (granito). É necessário grandes quantidades de água para evitar ao 
máximo o atrito entre o fio diamantado e o granito, lubrificando o fio e aumentando a 
velocidade de corte. 
 
 
Fig.13: Exemplo de fios diamantados. 
 
Em termos mais específicos, o corte por fio diamantado, utilizado na pedreira, processa-
se basicamente de duas formas (figura abaixo): 
 Através de corte vertical, realizando a abertura de um canal em U, até os fios 
se intersetarem; 
 Através de corte horizontal, realizando a abertura de um canal em V, até os 
fios se intersectarem. 
 
Fig.14: Corte por Fio Diamantado em forma de U (A) e em forma de V (B). 
 
 
16 
 
3. LAVRA DO PROJECTO 
 
Corte com Roçadora 
A roçadora é um aparelho de corte que consiste numa unidade motriz que acciona uma 
serra de grandes dimensões que literalmente serra o bloco. Este tipo de equipamento é 
usado principalmente para efectuar os cortes de levante. 
Foram selecionadas roçadoras diferentes para corte primário e secundário 
respetivamente. 
 
Fig.15: Roçadora CSM 961 
DERRUBE 
 
Operação que passa por derrubar o bloco e depois soltá-lo da posição em que estava 
ainda encaixado na bancada. Efetua-se uma cama para minimizar a rutura do bloco, ou 
maximizar a recuperação. Essa cama pode consistir em escombros, em pneus de 
máquinas ou outro objeto adequado à função, que seja barato e prático. Com o auxílio 
de uma máquina, que pode ser uma pá carregadora ou uma escavadora aplica-se carga 
na face paralela à zona de derrube. 
Na figura abaixoestá representado um esquema da operação de derrube com recurso a 
escavadora. 
. 
Fig.16: Esquema da operação de derrube. 
 
17 
 
3. LAVRA DO PROJECTO 
 
ESQUARTEJAMENTO 
 
A quarta operação principal é o esquartejamento. Esta operação consiste na divisão dos 
blocos aproveitáveis em blocos comerciais ou simplesmente transportáveis. Para esta 
operação é necessário uma roçadura. O corte secundário tem como função cortar o 
bloco principal em blocos de menores dimensões. 
 
Fig.17: Esquartejamento ou Corte secundário. 
TRANSPORTE 
O transporte pode ser efectuado com auxílio de dumpers ou com gruas, no caso em 
particular da pedreira em estudo a remoção do bloco das frentes de trabalho terá de ser 
feito com o auxílio de gruas uma vez que a exploração é feita em poço sendo o 
comprimento muito superior à largura, não permitindo a criação de rampas. Todo o 
transporte de blocos bem como o equipamento mecanizado é realizado por potentes 
gruas instaladas no topo da exploração. 
 
 
Fig.18: Grua de transporte de blocos. 
 
18 
 
3. LAVRA DO PROJECTO 
 
O equipamento para manuseamento de blocos no fundo da pedreira atá às zonas de 
remoção e para carga dos escombros em caixotes para extração é a pá frontal Caterpillar 
CAT 980G, equipada com sistema de permutação entre garfos e balde. 
 
Fig.19: Pá CAT 980 G. 
 
ESCOMBREIRA 
Os escombros extraídos da pedreira devem ser depositados nas proximidades desta, 
evitando-se gastos desnecessários de combustível. Deve considerar-se ainda que os 
terrenos onde é feita a deposição não deverão ser explorados posteriormente de modo a 
evitarem-se gastos desnecessários com movimentação de terras e escombros das 
pedreiras. 
 
Fig.20: Escombreira. 
O transporte dos detritos e de blocos sem valor comercial para a escombreira é feito por 
Dumper. Normalmente, neste tipo de exploração, utilizam-se equipamentos velhos 
comprados no mercado de ocasião, visto que têm uma baixa taxa de utilização. 
 
 
19 
 
3. LAVRA DO PROJECTO 
 
DIMENSIONAMENTO DA CAIXA DOS CANAIS E DOS BLOCOS 
 
Previamente ao início da exploração é necessário executar a abertura da caixa e dos 
canais de modo a providenciar duas faces livres extra ao bloco alvo de desmonte, bem 
como a necessidade de existir espaço livre para posicionar a maquinaria de corte dos 
blocos. É ainda essencial existir espaço suficiente para tombar as fatias. Como a altura é 
de 5 m, os canais para onde estas irão tombar foram dimensionados com 5,5 m de 
largura de modo a existir espaço para tombar a fatias e executar os trabalhos de 
desbaste. Como se pode observar na figura 36, o nível terá um total de 26 blocos 
primários exploráveis, por mês serão explorados 6 blocos primários, pelo que o tempo 
de exploração deste nível será de aproximadamente 4.5 meses, sendo necessário 
prosseguir para o nível seguinte para prosseguir a exploração, ao fim deste tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig.21: Abertura da caixa e dos canais.
 
20 
 
3. LAVRA DO PROJECTO 
 
 
Calculos de Dimencionamento dos Blocos 
 
Este projeto tem como objetivo a extração de 100 de blocos com aproximadamente 
12 t por mês. Sabemos que: 
 A altura da bancada, segundo o corte AB, é de 5m; 
 A recuperação é de 20%; 
 O tempo médio de mudança de equipamento de fio diamantado é de 1 hora 
 O tempo total de furação é de 48 horas; 
 O tempo total de transporte é de 30 horas; 
 O tempo total de serragem, inclusive acabamentos, é de 72 horas; 
 O tempo total de transporte de estéreis é de 12 horas; 
 Diâmetros de furação são de 10cm e 25cm; 
 
Fig.22: Dimensão do bloco a ser extraído. 
Calculo da produção mensal total 
A produção mensal total obtém-se relacionando o índice de aproveitamento com a 
produção útil da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
Onde: 
 
 
 
21 
 
3. LAVRA DO PROJECTO 
 
Tendo em conta a recuperação de 20 %, assim vamos ter de calcular o volume total 
necessário para que no final obtenhamos esses mesmos 100 de rocha comerciável. 
Assim: 
 
 
Logo precisamos desmontar 500 de rocha. 
Cálculo da volumetria média dos blocos extraídos 
Devido à elevada fracturação do maciço optou-se por limitar o peso médio dos blocos a 
12 Ton de modo a optimizar-se o aproveitamento do material. Com uma densidade 
média de material extraído de 2.7 t/ pode-se determinar a volumetria média dos 
blocos produzidos: 
 
 
 
 
 
 
 
Se cada bloco tem 4 então necessitamos de 
 
 
 que corresponde à 
recuperação de 20% no desmonte de 500 de rocha. 
Sendo o processo de desmonte de três faces livres, e para facilitar vamos individualizar. 
As dimensões (comprimento × altura × espessura) vão depender em grande parte da 
altura da bancada que estava já previamente definida como sendo de 5 metros. Bloco de 
dimensões (10×5×10). O que corresponde aos 500 (Figura abaixo). 
 
Fig.23: Individualização do Bloco na bancada 
 
 
22 
 
3. LAVRA DO PROJECTO 
 
 
 
Dimensionamento da Mão-de-Obra 
Categoria Número Função 
Engenheiro 4 Projectar, e coordenar toda actividade da pedreira 
Responsável Técnico 3 
Responsabilidade técnica da pedreira (fazer cumprir 
os projectos) 
Encarregado de Pedreira 4 Gerir os trabalhos de exploração 
Operador de Perfuradora 3 Operar com a máquina de perfuração 
Motorista 3 
Manobrar com as máquinas móveis e com todos os 
veículos necessários à pedreira 
Operador Geral 2 Operar a máquina de Fio Diamantado 
Mecânico 3 Manutenção das máquinas 
Total 22 
 
Tabela. 04: Dimensionamento da Mão-de-Obra 
 
 
 
 
 
23 
 
3. LAVRA DO PROJECTO 
 
HIGIENE E SEGURANÇA 
A implementação de medidas de higiene e segurança são da maior importância nas pedreiras 
dado que nelas se executa um trabalho duro e risco elevado. Serão cumpridas as disposições 
constantes da Lei nº 102/2009, de 10 de setembro, com alteração mais recente pela Lei n.º 
3/2014, de 28 de janeiro e do quadro legislativo nacional referente à Segurança na Indústria 
Extrativa: 
 
Todos os procedimentos, regras e medidas de prevenção para a eliminação ou redução 
dos riscos existentes na Pedreira estão descritos no Plano de Segurança e Saúde (PSS) 
que acompanha o presente Plano de Pedreira. O PSS contém os seguintes elementos: 
 
 Caracterização da Empresa e Unidade Extractiva; 
 Riscos; 
 Plano de Sinalização; 
 Planos de Proteções Coletivas e Individuais; 
 Plano de Saúde; 
 Plano de Formação e Sensibilização; 
 Controlo de Sinistralidade; 
 Plano de Manutenção; 
 Meios de combate a incêndios, de primeiros socorros e de evacuação. 
 
Fig.24: Sinalização de proibição, obrigação, emergência, incêndio, perigo e 
Informação. 
 
24 
 
 4. LAVRARIA (BENEFICIAMENTO DO MINÉRIO) 
 
TRANSFORMAÇÃO DO GRANITO 
Na Indústria Transformadora, os blocos são trabalhados seguindo uma diversidade de 
etapas, de equipamentos e de processos de acordo com os objectivos de produção. As 
principais fases de produção que, seguidamente, se esquematizam são: Serragem; corte; 
polimento; selecção e acabamento. 
Serragem 
Esta fase destina-se à transformação do bloco em chapa serrada, com espessura variável 
de acordo com o fim a que se destina. É um processo predominantemente automatizado, 
com constante recurso a circuitos fechados de água. Surgimento de engenhos de corte 
diamantados constituídos por multilâminas veio permitir o corte do bloco em chapas 
com diferentes espessuras e simultaneamente. 
 
Fig.25: Processo de Serragem 
Corte e Polimento 
Após a serragem as chapas passam em cortes secundários onde são cortadas em 
pequenas peças como ladrilhos, mosaicas etc. 
O polimento corresponde ao processode tratamento das superfícies, sendo utilizadas 
linhas de polimento, cada vez mais automatizadas. 
Na fase de polimento, recorrem-se as polidoras de tapete, compostas por uma bancada 
ao longo da qual se desloca um tapete de dimensões variáveis, onde se coloca o produto 
trabalhado. 
 
 
 
 
25 
 
4. LAVRARIA (BENEFICIAMENTO DO MINÉRIO) 
 
Devido à alta porosidade que as chapas apresentam, elas passam por um processo de 
aquecimento, de seguida é colocado resina na superfície das chapas de forma a cubrir os 
poros das chapas, conforme ilustra a figura abaixo. 
 
 
Fig.26: Processo de polimento dos granitos 
As chapas recebem resinas na integra devido os seus poros, a resina tem a finalidade de 
garantir o fecho dos poros para prosterior, na sequência do polimento resultar em 
superfície lisa e brilhante. O polimento é feito com uma máquina com um conjunto de 
lichas com granulomentria diferentes desde as mais grossas e as mais finas, para 
garantir o bilho adequado, (conforme a figura acima). É um processo lento, mas 
compensa pelo belo resultado final que apresenta. 
Depois do processo de polimento, as chapas são depositado no stock com a devida 
identificação alfanumérica, ficando pronto para a sua destribuição. 
 
Fig.27: Deposito e Destribuição do produto acabado. 
Selecção e Acabamento 
A selecção é um processo, sobretudo manual, que visa obter um produto final 
uniformizado. O acabamento constitui a fase final do processo produtivo e depende do 
tipo de rocha e dos objectivos finais de produção. É realizado por canteiros e operários 
especializados e consiste na chanfragem de arestas e obturação de poros. 
 
 
 
26 
 
4. LAVRARIA (BENEFICIAMENTO DO MINÉRIO) 
 
APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NA 
EXPLORAÇÃO DE PEDREIRAS. 
Principais resíduos gerados nos processos de lavra e beneficiamento. 
Os principais resíduos gerados na fase de lavra de pedreiras são os seguintes: 
 
 Escombros: 
 
Escombros são resíduos por norma gerados nos processos de desmonte e 
esquartejamento, na separação da matéria mineral útil da rejeitada, ou ainda na 
utilização de explosivos para a detonação do material estéril que impede a chegada do 
material com teor comercializável; 
 
Fig.28: Escombros 
 
 Pó ou poeira de pedra: 
Estes resíduos são os finos produzidos em grande volume no processo de 
esquartejamento ou perfuração de canal com o material pneumático de perfuração a 
seco; 
 
Fig.29: Pó ou poeira de pedra 
 
 
 
27 
 
4. LAVRARIA (BENEFICIAMENTO DO MINÉRIO) 
 
 Polpa ou lama abrasiva: 
Lama abasiva são resíduo resultante da serragem de blocos primários ou secundários 
por via húmida, onde o pó da rocha ornamental mistura-se com a água injectada para o 
arrefecimento do material abrasivo, resultando uma lama ou polpa desta mistura. 
 
Fig.30: Polpa ou lama abrasiva. 
 
Aproveitamento dos Resíduos 
 
 
 Escombros: 
Estes resíduos são maioritariamente aproveitados no sector de construção civil e 
arquitectura, tanto para obras públicas ou revestimento de interior e/ou exterior. Deles 
podem resultar: Cubos/Paralelos para calçadas; Lancis; Tijolos; Revestimento para 
paredes (Interno e externo), Britas, Ladrilho, Peças artesanais; Etc. 
 
 
Fig.31: Aproveitamento dos Escombros. 
 
 
28 
 
 4. LAVRARIA (BENEFICIAMENTO DO MINÉRIO) 
 
 Pó ou Poeira de pedra: 
São partículas extremamente finas com granulometria inferior a 0,001 mm, estes 
resíduos são geralmente aproveitados para o sector civil, agrícola e outros. Deles podem 
resultar: Argamassas; Fertilizantes; Correctores de solos; Absorvedor de poluentes 
na água; Matéria-prima para a produção de novo tipo de cimento. 
 
 
Fig.32: Aproveitamento de Poeira de pedra 
 
 
 Lama abrasiva: 
A lama abrasiva resultante da serragem por via húmida, é um resíduo que pode ser 
secado e transformado em pó de pedra, porém, com propriedades químicas diferentes do 
pó de pedra do processo de esquartejamento, por possuir aço e outras partículas na sua 
composição provenientes do processo de abrasão durante a serragem/serração, porém, 
tanto o pó quanto a lama podem ser aproveitados para: Fabricação de produtos 
cerâmicos diversos, Fabricação de tijolos ecológicos, Argamassas, 
Reaproveitamento do pó de pedra. 
 
 
Fig.33: Aproveitamento de lama abrasiva 
 
 
 
 
29 
 
 5. DESATIVAÇÃO DA MINA 
 
RECUPERAÇÃO AMBIENTAL 
 
A recuperação ambiental de uma pedreira é de grande importância, pois além de ser 
obrigatória por lei, decreto‐Lei nº 270/2001, de 6 de outubro, vai amenizar os grandes 
impactos paisagísticos que uma pedreira pode provocar. A recuperação vai também dar 
valor ao espaço em termos ecológicos e paisagísticos, podendo no futuro vir a gerar 
lucro, directa ou indirectamente, ao proprietário do espaço. 
A recuperação de uma pedreira pode ser feita de três formas diferentes: 
 Restauração: A restauração tem como objectivo restabelecer a área afectada ao 
seu estado natural, pelo que este método é o menos utlizado, pois pode ser um 
método muito dispendioso; 
 Reabilitação: A reabilitação propõe que a área afectada seja reconvertida num 
espaço que se insira no ecossistema circundante. 
 Reconversão: A reconversão propõe que seja dado um novo uso há área 
afectada. Visa uma utilização do espaço afectado para outros usos, distintos dos 
originais, ou seja, substituir o ecossistema autóctone, não obrigando, 
necessariamente, à revegetação das áreas. 
A recuperação de uma pedreira a céu aberto proporciona diversas possibilidades de 
recuperação paisagística de acordo com vários fatores. De entre estes, destacam-se o 
enquadramento socio-económico, as características do maciço e aptidão dos solos, o 
local de implementação do plano, a longevidade da pedreira e o capital disponível para 
o efeito. 
Tendo em conta os paramétrtos geométricos da pedreira (profundidade, comprimento, 
área, os contornos, inclinação) etc. A pedreira sofreu uma reconverção de modos a 
proporcionar a região um espaço novo e com grande entretenimento. 
 
 
 
 
 
30 
 
5. DESATIVAÇÃO DA MINA 
 
Projeto de Recuperação Ambiental 
Após várias análises, estudos na pedreira, bem como na região onde se encontra, achou-
se por bem imprementar um projeto de âmbito socio-cultural (Centro Cultural). 
Um centro cultural é o espaço que permite participar em atividades culturais. Estes 
centros têm o objetivo de promover a cultura entre os habitantes de uma comunidade. 
O Centro Cultural é um importante instrumento para o desenvolvimento de uma 
população. E, nesse aspecto, o primeiro benefício é a inclusão de um povo na cadeia de 
produção cultural, sendo que até mesmo aquelas pessoas que se encontram excluídas do 
consumo das artes possam ter acesso a essas diversas atividades culturais. 
Centro Cultural 
 
 
Fig.34: Centro Cultural. 
 
31 
 
Conclusão 
 
O projecto sobre pedreira de granito para produção em blocos para fins estéticocos, 
durante o trabalho foi posivel descrever os métodos de desmonte, transporte e 
beneficiamento, de igral modo objectivou-se a construção do layout onde se evidenciou 
a caixa, os canais e os blocos primários e ainda as instalações inerentes à exploração, e 
também a sequência de desmonte dos blocos primários até à obtenção dos blocos 
comerciais, tal como o seu dimensionamento. 
A definição de cada uma das operações deve ter sempre por objetivo o aproveitamento 
máximo de blocos de dimensão comercial. 
Este trabalho foi muito importante para a consolidação dos conhecimentos de âmbito 
mineiro adquiridos nas aulas teóricas, como os equipamentos, dimensionamento, ciclos 
de trabalho, produção, bem como na consciencialização da dificuldade e exigência que 
um trabalho de preparação de produção mineira envolve. 
Para terminar, também é muito importante depois de toda exploração feita, começar a 
implementar o plano de recuperação paisagística.É um plano técnico constituído pelas 
medidas ambientais para a recuperação das áreas degradadas no processo de exploração 
e pela proposta de solução para o encerramento da pedreira. 
 
 
32 
 
Referências Bibliográficas 
 
1. http://www.benettimacchine.it/uk/benetti-macchine.asp 
2. Http://www.aeportugal.pt/downloads/estudosaep/rochasornamentais.pdf 
3. Mestrado em Engenharia Geológica e de Minas, Exploração Pedreiras 
Dimensionamento do desmonte de uma pedreira de rocha ornamental. 
4. Estudo sobre as Rochas Ornamentais em Angola 
5. Henriques P.F., Carvalho J.M.F., Falé P., Lusi A.G., Estudo Geológico 
Aplicados à indústria extrativa de mármores no anticlinal de Estremoz – o caso 
do núcleo de Pardais. 
 
 
http://www.benettimacchine.it/uk/benetti-macchine.asp
http://www.aeportugal.pt/downloads/estudosaep/rochasornamentais.pdf

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