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Atividade 1 De acordo com os ensinamentos de Cameron (2009), as alterações hemodinâmicas, neuromusculares, metabólicas e teciduais são efeitos fisiológicos provocados pelo resfriamento ou aquecimento do corpo humano, a partir de qualquer agente que altere a temperatura corporal. Entretanto, os efeitos fisiológicos causados pela água são resultados das propriedades físico-químicas desse elemento, e dependem de outros fatores que são alheios ao processo de imersão do paciente, como a condição clínica. CAMERON, M. H. Agentes Físicos na Reabilitação. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. Com base no que foi exposto e em nossos estudos a respeito da Hidroterapia, comente pelo menos cinco efeitos benéficos das atividades hidroterápicas para os sistemas cardiovascular e respiratório. Resposta: A Hidroterapia, que é o conjunto de métodos que estuda a aplicação externa da água sobre o corpo humano com fins terapêuticos e, essencialmente, como vetor mecânico e térmico, mediante a utilização de banhos e duchas. Efeitos fisiológicos da Hidroterapia: técnicas que utilizam água potável sobre a pele e as mucosas com fins terapêuticos. Silva e Branco (2011) mencionam que, dentro da Hidroterapia, utilizamos o princípio geral de adaptação e resposta do organismo. No caso, as aplicações hidroterapêuticas são ações agressivas consideradas toleráveis pelo organismo, as quais não alteram o seu funcionamento normal. Na Hidroterapia também utilizamos o frio (Crioterapia), geralmente de forma localizada devido às ações antiflogísticas, analgésicas e espasmolíticas. Importante mencionar que, em temperaturas abaixo dos 10 graus, as compressas frias produzem estímulos negativos. A aplicação do frio é muito interessante em casos de lesões agudas na musculatura, principalmente quando se trata de atletas, uma vez que a prática, em intervalos curtos, diminui o edema inicial inflamatório e o tempo de hemorragia. A aplicação prática das técnicas associadas ao processo de fisioterapia ou reabilitação aquática podem, de fato, trazer diferenças significativas para as necessidades individuais de cada pessoa. Contudo, essas técnicas possuem em comum a característica de se utilizarem das propriedades físicas da água e dos seus efeitos benéficos para o corpo humano. Segundo Mansur e Marcon (2006), o tratamento hidroterápico é um conjunto de ações resultantes do exercício executado, da temperatura da água, da pressão hidrostática, da duração do tratamento e da intensidade dos exercícios. Hidroterapia em pneumologia: Conforme Severino, Morano e Pinto (2007), com a imersão do corpo humano na altura do tórax, a função pulmonar sofre alterações, especialmente pela atuação da pressão hidrostática na parede torácica e pelo trabalho respiratório, que aumenta em 65%. Assim, o diafragma é descolado cranialmente, o volume e a capacidade pulmonares são diminuídos, bem como o volume de reserva expiratório e a capacidade vital. As principais pneumopatias tratadas com a fisioterapia aquática são as doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC). Estudos demonstram sua eficácia em bronquiectasia e asma também, isso se dá por conta da elevação da pressão do trato respiratório, causado pelo ato de respirar fora da água durante a imersão subtotal, a qual interfere no comprimento e na atividade dos músculos, prevenindo colapsos aéreos e melhora da troca gasosa. A temperatura da água quanto a pressão que ela exerce durante uma imersão favorecem respirações lentas e profundas ou a respiração rápida e superficial. Por isso, quando aplicados de forma devida, os banhos beneficiam pessoas que sofrem com problemas no sistema respiratório como bronquite asmática, enfisema, entre outras doenças. Conforme citam Carregaro e Toledo (2008), no sistema cardiorrespiratório, o fluxo sanguíneo aumenta devido ao aumento da pressão sanguínea. Essa resposta favorece maior troca gasosa pelo aumento de sangue na circulação pulmonar. Ainda, a imersão na altura do tórax afeta significativamente o ritmo respiratório e ocasiona elevação do trabalho respiratório por conta da compressão da caixa torácica. Hidroterapia em cardiologia: a fisioterapia aquática tem como objetivo direcionar o paciente cardiopata a um retorno ao seu estilo de vida plano, com melhor qualidade de vida. Em geral, elas se fundamentam nos processos de percepção cinestésica ou consciente da movimentação corporal, gerando, para cada paciente, um nível considerado aceitável para a realização de atividades físicas diárias em solo. Pelas respostas cardiovasculares à imersão, como a diminuição da frequência cardíaca e o aumento do volume sanguíneo central e do débito cardíaco, é possível estabelecer, com segurança, os objetivos de tratamento. Entretanto, se fazem necessários alguns cuidados, como: introdução do paciente na reabilitação aquática somente após quatro semanas do evento cardíaco, monitoração por eletrocardiograma dos parâmetros fisiológicos estabilizados, mensuração constante da pressão arterial para que não ultrapasse a uma diminuição de 10 a 20 batimentos por minuto e estabilização de uma relação de confiança. (FERREIRA, 2019, p. 39) A hidroterapia no sistema cardiovascular é uma grande aliada no tratamento de problemas cardiovasculares, que estão entre as principais causas de morte. O mecanismo de vasoconstrição e vasodilatação estimula a circulação, facilitando o trabalho do coração no bombeamento do sangue. Como consequência, o tratamento reduz a pressão arterial, sendo indicado para hipertensos. https://www.vidanatural.org.br/hipertensao-arterial-7-erros/
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