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Afecções Benignas das Vias Biliares 1 🥼 Afecções Benignas das Vias Biliares Reviewed Type Aula Gravada Date Especialidade Cirurgia Geral Apostila Área Cirurgia Geral Colelitíase Bile: 20-60 mL ficam na vesícula → formada por água, eletrólitos, sais biliares, colesterol, fosfolipídios e proteínas. Fisiopatologia: supersaturação + estase + precipitação. Fatores de Risco: idade avançada, sexo feminino, obesidade, rápida perda de peso (bariátrica), gestação, doença de Crohn, jejum prolongado, DM2. Tipos de Cálculo: @June 1, 2023 Afecções Benignas das Vias Biliares 2 Clínica: maioria dos pacientes não apresentará sintomas → cólica biliar: obstrução temporária do ducto cístico por um cálculo; dor no hipocôndrio direito com duração < 6h (se durar mais, pensar em colecistite), geralmente após refeições gordurosas, náuseas e vômitos, sem febre ou outros sinais sistêmicos. Diagnóstico: clínica + USG (hiperecóico, sombra acústica posterior, móvel ao decúbito; se parede espessada ou delaminada e líquido perivesicular, pensar em colecistite). Exames Laboratoriais: v Afecções Benignas das Vias Biliares 3 Diagnósticos Diferenciais: pancreatite, coledocolitíase, colecistite, hepatite, úlcera péptica perfurada. Tratamento: cirurgia em regime eletivo → analgesia, antieméticos, orientações dietéticas → não precisa fazer ATB. Sintomáticos: operar todos os que tem condições de suportar cirurgia. Assintomáticos: operar se vesícula calcificada (em porcelana; pois predispõe câncer), cálculo > 2,5-3cm, anemia hemolítica → controversas: presença de pólipos, gestantes, cirurgia bariátrica, antes de transplantes. Particularidades da Cirurgia: potencialmente contaminada → ATB profilaxia (cefazolina) pode não ser realizada, exceto em > 70 anos, DM, trato biliar previamente manipulado → visão crítica de segurança de Strasberg: apenas clipar o ducto cístico e artérias cística quando tiver certeza que são essas estruturas; sendo apenas elas duas entrada na vesícula. Coledocolitíase Primários: formação dos cálculos na própria via biliar principal → estase, colangite de repetição. Secundários: cálculos que migra da vesícula → principal causa → residuais: até 2 anos após colecistectomia. Clínica: obstrução da via biliar gera dor e colestase (icterícia, colúria e acolia) → a clínica sozinha não nos dar o diagnóstico, requerendo imagem. Diagnóstico: exames laboratoriais inespecíficos (aumento de BD, GGT, FA, discreto de transaminases) → o primeiro exame de imagem a ser solicitado é o USG: observar cálculo ou dilatação de vias biliares (colestase, sinal indireto de obstrução) → Colangiografia: falha de enchimento em colédoco distal em cálice invertido. Afecções Benignas das Vias Biliares 4 Afecções Benignas das Vias Biliares 5 Colangiografia Intraoperatória: quando há risco intermediário + colangioRM ou USG endoscópico indisponíveis → colédoco > 6mm, BT entre 1,8-4, aumento de GGT e FA, idade > 55 anos, pancreatite biliar prévia. Tratamento: colecistectomia + CPRE → colecistectomia + exploração de vias biliares → colecistectomia + derivação biliodigestiva. Colangite Obstrução da via biliar associada a presença de bactérias: E. coli, Klebsiella, Enterobacter. Causas de Obstrução: colelitíase, coledocolitíase, neoplasia periampular, estenose da via biliar, pós-procedimento. Tríade de Charcot: icterícia + febre + dor em QSD. Pêntade de Reynolds: tríade de Charcot + rebaixamento do nível de consciência + hipotensão → sepse. Diagnóstico: inflamação sistêmica + colestase + imagem com obstrução. Afecções Benignas das Vias Biliares 6 A + B + C: diagnóstico confirmado. A + B ou A + C: diagnóstico suspeito. Exames Complementares: Exames de Imagem: primeiro exame é o USG → TC de abdome tem menor sensibilidade para cálculos, mas é bom para dilatação de vias biliares → colangioRM ou USG endoscópico são bons, mas menor disponibilidade. Afecções Benignas das Vias Biliares 7 Critérios de Tokyo: gravidade. III: disfunção de órgãos e sistemas → sepse. II: alterações de gravidade. I: sem critérios pra II ou III. Tratamento: desobstrução (minimamente invasiva) + ATB (Gram- cef + metro ou amp + gente + metro). Afecções Benignas das Vias Biliares 8 CPRE: é a forma preferível. Percutânea: para pacientes que não aguentam CPRE. Via Cirúrgica: falha nos métodos menos invasivos → exploração cirúrgica da via biliar e instalação de dreno em T → derivação biliodigestiva. Lama Biliar Microlitíase formada por colesterol e muco. Aparece no jejum prolongado, NPT ou pela simples obstrução de VB. Geralmente assintomática → mas pode cursar com cólica biliar. É causa de pancreatite recorrente e sem causa aparente. Tratamento: colecistectomia → especialmente em sintomáticos ou que já tiveram pancreatite previamente. Síndrome de Mirizzi Importante no diagnóstico diferencial. Obstrução do ducto hepático comum ou colédoco por cálculo grande na vesícula. Causa inflamação local (dor, pode fistulizar) e compressão extrínseca (colestase). Complicação: íleo biliar. Tratamento: cirúrgico → avaliar a presença de fístulas + tratamento específico de acordo com o achado.
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