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Introdução a farmacologia, Absorção e Distribuição dos fármacos

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Farmacologia Amanda Göedert
Aula 1 - Farmacocinética:
- Usar Goodman como referência, manual do
goodman é um resumo
Fármaco: substância química, estruturalmente definida
com ação terapêutica. Princípio ativo do medicamento.
Ex: Clonazepam.
1) Segundo a legislação brasileira como o médico deve
prescrever o medicamento? Nome comercial ou DCB
(nome do fármaco/ denominação comum brasileira)?
Qual o impacto dessa ação para o paciente?
R: Sempre pelo DCB, os nomes comerciais são
variáveis, dessa forma, se restringe o fármaco
Medicamento referência: medicamento inovador, a
primeira vez que aquele fármaco está sendo
comercializado. Cuja eficácia, segurança e qualidade
foram comprovadas cientificamente junto ao órgão
federal competente por ocasião do registro.
Denominado referência pois se trata do primeiro a
definir tal efeito para aquela substância. Há um
período de proteção patentária, que dura de 10 a 15
anos. Quando o fármaco está sob proteção
patentária, não existe outro fármaco como aquele
circulante, quando são feitos, devem ser
disponibilizados com toda a fórmula da sua confecção,
entretanto, enquanto estiver na proteção patentária,
nenhuma outra indústria pode fazer aquele fármaco.
Quando cai a patente, outros laboratórios podem fazer
o fármaco e comercializar, porém com outro nome
comercial, e deve ser um medicamento similar ou
genérico do referência
Medicamento similar: Aquele produzido a partir de um
medicamento de referência, mas com outro nome
comercial. Obedece duas regas: A via do
medicamento similar deve ser a mesma do
medicamento referência e a indicação terapêutica
tem que ser a mesma (pois o similar não precisa de
estudos como o referência, então deve seguir aquilo
que foi estudado e comprovado)
→ Apresenta a mesma concentração, forma
farmacêutica, via de administração, posologia e
indicação terapêutica e que é equivalente ao
medicamento registrado no órgão federal responsável
pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em
características relativas ao tamanho e forma do
produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem,
excipientes e veículos, comprovada a sua eficácia,
segurança e qualidade, devendo sempre ser
identificado por nome comercial ou marca. Os similares
normalmente mudam o excipientes, início de ação etc.
como diferencial
Excipientes: coisas adicionadas ao princípio ativo,
inertes de forma terapêutica (ex: lactose, corantes),
dão dureza e a possibilidade de desagregar no
estômago. - Melhoram a forma em que o fármaco
está apresentado e sua absorção
Medicamento genérico: Precisa seguir a mesma
biodisponibilidade e bioequivalência do
medicamento referência (mesma composição,
mesma dosagem, mesma forma farmacêutica e
mesmo tempo de absorção e ação), o similar não é
obrigatório (pode mudar a velocidade de absorção por
exemplo, para medicamentos de dor faz bastante
diferença, para os que a pessoa consome todos os
dias não muita)
No genérico obrigatoriamente contém o mesmo
princípio ativo, na mesma dose e forma farmacêutica, é
administrado pela mesma via e com a mesma
posologia e indicação terapêutica do medicamento de
referência, apresentando eficácia e segurança
equivalentes à do medicamento de referência
podendo, com este, ser intercambiável.
- Bioequivalência: Genérico tem que ser
igual ao referência na bioequivalência.
Consiste na demonstração de equivalência
farmacêutica entre produtos apresentados
sob a mesma forma farmacêutica, contendo
idêntica composição qualitativa e
quantitativa de princípio(s) ativo(s), e que
tenham comparável biodisponibilidade,
quando estudados sob um mesmo desenho
experimental.
- A ideia do medicamento genérico é que seja
sempre mais barato que o medicamento
referência
- Biodisponibilidade: indica a velocidade e
a extensão de absorção de um princípio
ativo em uma forma de dosagem, a partir de
sua curva concentração/tempo na circulação
sistêmica ou sua excreção na urina.
Tripé da farmacologia: Eficácia (medicamento
deve ser eficaz a doença para a qual é proposto),
segurança (seguro para a pessoa que está usando,
respeitando a dose e a posologia) e acesso (custo,
paciente precisa ter como comprar o medicamento)
- O médico deve prescrever pelo nome do
fármaco, e não pelo nome do medicamento
de referência, pois isso impede que o
paciente possa trocar pelo medicamento
similar, que pode ser mais barato, ele só
pode comprar o referência ou o genérico. Se
o médico prescrever pelo simular, o paciente
só tem a opção de comprar o similar
- Prescreveu nome referência: paciente só
pode comprar referência ou genérico
- Prescreveu nome similar: paciente só pode
comprar o similar
- Ideal é prescrever pelo nome do fármaco,
dando maior opção ao paciente, que pode
avaliar qual comprar dentro da sua condição
financeira
→ Existe uma legislação do similar equivalente:
Às vezes o similar fica tão famoso, que não há
necessidade de fazer um genérico, só que para que
possa ser comprado como referência, esse similar
deve ser registrado como similar equivalente -
“não pegou”, não funciona bem essa legislação
Conceitos:
Fármaco: Princípio ativo do medicamento, a
substância que faz o efeito farmacológico
Medicamento: Produto farmacêutico pronto
(fármaco e excipientes), que contenha um ou mais
fármacos ativos, que tenha como finalidade
profilática, curativa, paliativa ou para fins
diagnósticos
Forma farmacêutica: Como ele é comercializado
(cápsula, pomada, gel, injetável etc). Garante ao
paciente uma dose uniforme, facilita a
administração
Placebo/excipiente: Tudo que há no medicamento,
mas farmacologicamente não tem efeitos (pode
apresentar alguns adversidades, ex: excipiente de
lactose e o paciente é intolerante)
Efeito placebo: É um efeito psicológico que
depende da fé ou confiança que o paciente tem no
medicamento
Princípio ativo: É o componente químico capaz de
produzir efeito biológico/farmacológico. Uma
substância ativa biologicamente, se estiver dentro
de um medicamento ele é o fármaco. Mas não
necessariamente existe só em fármacos, por
exemplo: a cocaína é o princípio ativo do craque.
Princípio ativo é qualquer substância que tenha
ação biológica
Forma farmacêutica: É a forma de apresentação
do medicamento
Soluções: Quando o fármaco está completamente
dissolvido (injetáveis, gotas, etc.). Pode ser
empregada em diferentes vias, na via oral, as
formulações em soluções sempre tem início de
ação mais rápido do que uma sólida, pois é
rapidamente absorvido pelo organismo. As soluções
costumam ser mais amargas, então pode ser
desagradável é preferível o comprimido, entretanto,
em situações como dor, é muito mais indicada
Suspensão: Pó suspenso em um líquido ou um gás
(ex: bombinhas de aerossol), por isso precisa agitar
antes de utilizar e imediatamente fazer o uso. Efeito
bem rápido, mas tem a limitação de uso, o paciente
precisa seguir a forma de usar corretamente
Comprimido: Precisa desagregar, depois dissolver
o fármaco, para depois ser absorvido, por isso o seu
tempo de ação é 20-30 minutos mais tarde que as
soluções
Drágeas: Comprimido revestido com várias
camadas de açúcar, isso melhora alguns
comprimidos muito amargos como a dipirona, mas
isso acaba levando a um maior tempo para iniciar
seu efeito, pois precisa desagregar essas camadas
a mais, mais lento que o comprimido
Cápsula: Gelatinosas, se dissolvem quase que
imediatamente, é uma formulação mais rápida que
o comprimido
Cremes: Sempre indicados para áreas úmidas
(mucosa bucal, cremes vaginais). Base aquosa,
quando coloca em uma mucosa que também é
aquosa se dissolve e age
Pomadas: Áreas secas como a pele, é mais
gordurosa, o que emulsifica a pele e o fármaco
penetra e faz a ação
Gel: Base aquosa, podem ser aplicados tanto na
mucosa quanto na pele seca
Denominação Comum Brasileira (DCB):
denominação do fármaco ou princípio
farmacologicamente ativo aprovado pelo órgão
federal responsável pela vigilância sanitária. (nome
do fármaco)
Denominação Comum Internacional (DCI):
denominação do fármaco ou princípio
farmacologicamente ativo recomendada pela
Organização Mundial de Saúde. Nãoexite no brasil
e vc quer importar, tem que pedir autorização e tals.
Produto Farmacêutico Intercambiável: equivalente
terapêutico de um medicamento de referência,
comprovados, essencialmente, os mesmos efeitos
de eficácia e segurança. Ex: genéricos e similares
intercambiáveis.
Medicamento fitoterápico: É aquele que tem que
ser obtido necessariamente de matérias-primas
ativas vegetais (exemplo: óleo de canabidiol). Para
ser fitoterápico precisa ter uma droga vegetal (parte
da planta com a qual é produzida aquele
medicamento). Não pode ter substâncias ativas
isoladas sintéticas, tem que ser obtido
exclusivamente por extrações de formas
vegetais (droga vegetal), ex: passiflora - citocalme,
tem inúmeras substâncias ativas em concentrações
pequenas que agem em sinergia ( juntas atuam e
dão o efeito farmacológico final, dando um boost no
efeito farmacológico) - Percebe-se menos efeitos
adversos em fitoterápicos, pois pequenas doses
deram uma sinergia, enquanto um sintético para ter
o mesmo efeito deve estar em uma dose muito
grande.
- Obs: chás medicinais não são
fitoterápicos, pq não são medicamentos
(produtos farmacêuticos). Na fitoterapia
(emprego direto da droga vegetal)
tradicional usa-se chás medicinais. - tem
uma lista com 81 plantas, com doses certas
para serem usadas e os efeitos
- Fitoterapia ação é imediata, nem sempre
tem efeito pois as pessoas não costumam
obedecer a posologia
Medicamentos biológicos: são moléculas
complexas de alto peso molecular obtidas a partir
de fluidos biológicos, tecidos de origem animal ou
procedimentos (tecnologia do DNA recombinante)
ou alteração dos genes que ocorre devido à
irradiação, produtos químicos ou seleção forçada.
1) Alérgenos;
2) Anticorpos monoclonais;
3) Biomedicamentos;
4) Hemoderivados;
5) Probióticos;
6) Vacinas.
No geral, são mais caros, envolvem tecnologias
específicas para produção
FARMACOCINÉTICA/toxicocinética:
Relacionada a absorção, distribuição,
biotransformação e excreção (ADME) a partir do
momento que o xenobiótico entra em contato
(fármacos também são xenobióticos - substância
estranha ao organismo)
Esses fatores, associados às propriedades
físico-químicas dos mesmos, determinam a
concentração destes no seu local de ação e o seu
tempo de permanência no organismo. A velocidade
com que esses processos ocorrem determina o
início, a intensidade e a duração da atividade do
fármaco no organismo.
Antes de iniciar a farmacocinética precisa
passar pela fase de exposição, que compreende:
- Via: oral, dérmica e inalatória, são as
principais formas de exposição a
xenobióticos
- Fenômeno: Acidental ou intencional.
Determina condutas
Após isso, inicia-se a farmacocinética pela
absorção.
Absorção - É a transferência de um fármaco
do seu local de administração para a corrente
sanguínea. A velocidade e a eficiência da absorção
dependem do ambiente onde o fármaco é
absorvido, das suas características químicas e da
via de administração, por isso que a via
intravenosa é a única que não tem absorção, pq
já se coloca 100% do fármaco na circulação
sistêmica.
→ Tudo aquilo que é absorvido pelo TGI passa pela
circulação porta primeiramente, ou seja, passam
pelo fígado, e depois caem na circulação sistêmica
→ No momento que passam no fígado, pode
ocorrer de as reações de metabolização ocorre, e
até mesmo perderem seu efeito, isso se chama de
efeito de primeira passagem, mas isso é minoria,
a maioria passa pelo fígado, perde algumas
moléculas (têm um atraso) e depois vão para a
circulação sistêmica.
→ Para um fármaco realizar o seu efeito, é
necessário atingir a janela terapêutica, e
para isso ocorrer precisa de uma
concentração máxima tolerada. O fármaco é
administrado, o tempo vai passando e é
absorvido, até que atinja a concentração
mínima efetiva, o que significa que na
circulação sistêmica já há concentração
mínima de fármaco para que tenha efeito
terapêutico, mas no intestino ainda há o que ser
absorvido, as concentrações vão aumentando, até
que atingem um máximo que pode ser absorvido, a
concentração máxima tolerada. Para ter efeito
terapêutico, o fármaco precisa atingir a janela
terapêutica, e para atingir a janela, é preciso tomar
uma concentração correta para o local que será
absorvido.
→ O fármaco possui um tempo de latência, que é
o tempo necessário para que atinja a concentração
mínima efetiva.
→ O momento em que há maior concentração de
fármaco no sangue, é quando terá maior ação
farmacêutica. - C máximo
→ Quando passa o tempo necessário para o C
máximo, só há duas hipóteses: ou foi erro
diagnóstico e o tratamento era outro, ou o paciente
possui refratariedade, ele por algum motivo não
responde aquela classe de medicamento
→ Sempre deve olhar T máximo e C máximo
(tempo para atingir a concentração máxima)
→ O intervalo em que a concentração passa da
mínima efetiva, e se mantém na janela, é chamada
de duração da ação do fármaco (importante para
a posologia ex: medicações de 8/8 hrs, sempre
importante descontar o tempo de latência no cálculo
da posologia, com uma margem de segurança)
→ A janela terapêutica é o intervalo entre a
mínima e o máximo que se é tolerado, quando
ultrapassa essa janela, entra em uma janela tóxica,
em que os danos resultam em perdas
→ A janela terapêutica reflete a margem de
segurança do fármaco
→ Mesmo estando dentro da janela terapêutica,
efeitos adversos vão acontecer (efeitos
toleráveis, não há dano irreversível)
→ Dose de ataque: às vezes um fármaco demora
muito pra atingir a janela terapêutica, então dá uma
dose para atingir rápido a janela terapêutica e pra
ele se manter dentro dessa janela (quadro B)
→ a letra C é muito rara - sempre que toma vai
acumular até chegar na tóxica
→ Na letra D do quadro, é um exemplo do que pode
ocorrer em tomar um medicamento quelante junto
da alimentação
Dose de ataque: ou dose de carga do fármaco
(dose elevada – comumente, o dobro da dose) é
administrada para alcançar com rapidez
concentrações plasmáticas desejadas, seguida
de uma dose de manutenção para manter o estado
de equilíbrio.
Com excessão da via IV, as demais podem resultar
em absorção parcial e menor biodisponibilidade
(Biodisponibilidade é a quantidade do fármaco
administrado que alcança a circulação sistêmica
sem sofrer alteração química)
Fatores que interferem na absorção de
fármacos:
✓ Efeito do pH na absorção de fármacos.
(fármacos ácidos são melhor absorvidos em
ambientes ácidos etc)
✓ Interação fármacos com outras substâncias -
complexação - Alguns fármacos possuem a
capacidade de se ligarem (complexarem),
principalmente a cátions divalentes (Ca, Zn etc.) Ex:
ciprofloxacino, alta capacidade de complexação,
forma moléculas muito grandes que não
podem ser absorvidas
✓ Fluxo de sangue no local de absorção.
✓ Área ou superfície disponível para absorção.
✓ Tempo de contato com a superfície de
absorção - (precisa de um tempo minimo pra
absorção, se ele estiver usando alguma coisa
pra estimular o esvaziamento gastrico
(medicamentos pro sinergica) pode dar ruim, o
laxante não conta pq ele é a partir do intestino
grosso, então tudo já foi absorvido), doença
inflamatoria cronica tambem afeta)
✓ Expressão da glicoproteína P.
→ Alguns medicamentos, na bula é orientado
tomar o fármaco longe de refeições, entretanto,
pessoas com sensibilidade gástrica, pode ser
necessário a alimentação para diminuir esse
desconforto
→ A maioria dos fármacos podem ser tomados
junto da alimentação, isso é uma grande estratégia
de adesão ao tratamento
Jejum Farmacológico: Se refere a ter que
administrar o medicamento 1 hora antes das
refeições, ou 2 horas depois das refeições
→ Qualquer fármaco que for ingerido junto de um
medicamento, sempre terá seu tempo de ação
alterado, a curva toda se desvia para a direita, o
tempo para atingir a concentração mínima e
máxima é mais longo
● Se esse medicamento for quelante
(complexação), o tempo de ação também é
alterado, a curva se desvia para a direita,
mas além disso, o C máximo será MUITO
MENOR, a ponto de sair da janela
terapêutica muito antes do tempo.
Porque, ele se complexa e éperdido antes
de passar na circulação porta, não há muito
mais o que ser absorvido
A Biodisponibilidade representa a taxa e a
extensão com que um fármaco administrado
alcança a circulação sistêmica. A biodisponibilidade
é determinada pela comparação entre as
concentrações plasmáticas do fármaco depois de
uma via de administração comparada com a IV. -
quando do fármaco que eu tomei chegou a
circulação sistêmica, ou seja, considerando aquilo
que eu absorvo (normalmente não é 100%), aquilo
que eu perdi no fígado, e por fim, aquilo que de fato
chegou na circulação sistêmica, essa é a
biodisponibilidade
- Um fármaco com baixa biodisponibilidade,
por exemplo: morfina, tomar 10 mg,
provavelmente, só chega 1mg na circulação.
- A indústria farmacêutica já sabe o quanto é
perdido, então a concentração dos fármacos
de baixa biodisponibilidade já é muito maior
Fatores que influenciam a biodisponibilidade
● Fatores que afetam a absorção: Solubilidade
do fármaco, instabilidade química, natureza
da formulação, etc. - se refere a erros, não
foi planejada pela indústria farmacêutica, ex:
tomar um quelante com alimentação
● Biotransformação hepática de primeira
passagem - perda planejada
→ Pró- fármaco: Molécula que ainda não faz efeito
farmacológico, ela precisa ser biotransformada para
então ter efeito farmacológico, nessas situações o
efeito de primeira passagem pode ser benéfico,
pois é ele que transforma o pró-fármaco em
fármaco. A indústria farmacêutica faz esse tipo de
medicamento, quando são situações que a
molécula não é absorvível
→ Formas farmacêuticas via oral:
● Liberação controlada
● Liberação programada
Fármacos complexados a algum excipiente para
que aumente o tempo no tubo digestivo, e tenha
sua liberação prolongada (aumenta a dose, ele fica
complexado no excipiente que fica preso no tubo
digestivo por muito tempo, e sendo absorvido de
forma lenta por mais tempo, o medicamento vai
chegando aos pouquinhos na circulação sistêmica) -
efeito prolongado e diminuir número de
“tomadas”
● Não podem ser cortados e nem mastigados
● Liberação entérica - fármaco instável em
meio ácido, precisa ficar protegido enquanto
passa pelo estômago, para liberar o fármaco
somente no intestino
Distribuição: Fármaco se distribui por toda
a superfície corpórea, chegando ao local onde
causará efeitos. Há influências importantes aqui, por
exemplo: todos os fármacos chegam ao SNC? Não,
para chegar lá precisa ter boa lipossolubilidade,
para que consiga atravessar a barreira
hematoencefálica
- Fármaco precisa ser excretado, mas se ele
for lipossolúvel não irá ser excretado pela
urina, então ele precisa passar pela
metabolização
Distribuição de fármacos é o processo pelo qual
um fármaco reversivelmente abandona o leito
vascular e entra no interstício (líquido
extracelular) e, então, nas células dos tecidos
A passagem do fármaco do plasma ao interstício
depende do débito cardíaco e do fluxo
sanguíneo regional, da permeabilidade capilar,
do volume do tecido, do grau de ligação do
fármaco às proteínas plasmáticas e tissulares e
da lipofilicidade relativa do fármaco, das
barreiras biológicas (BHE)
→ A grande maioria dos fármacos vai ser carregado
pela albumina, mas há muita albumina circulante o
que permite que use-se vários fármacos, salvo
exceções de desnutrição
● Coração, rim, fígado, cérebros e órgãos
com maior perfusão, são aqueles que mais
recebem fármacos
● SNC é muito vascularizado, mas só vai
receber o fármaco se ele for lipossolúvel
● Esses órgãos que recebem muita irrigação,
consequentemente são os mais afetados
● Alguns tecidos recebem o fármaco de
acordo com a afinidade, primeiro circula
lentamente e gradualmente chegam ao
tecido. (comum no tecido ósseo)
Volume de distribuição:
Os fármacos com volume de distribuição muito
altos têm concentrações bem mais elevadas no
tecido extravascular do que no compartimento
vascular. (se distribuiu muito, o fármaco está nos
tecidos, está livre e por ser removido por diálise)
Os fármacos que são completamente retidos
dentro do compartimento vascular têm um
volume mínimo de distribuição (está no sangue,
se está no sangue por muito tempo, significa que
está circulando ligado a albumina, isso dificulta a
diálise, há baixa distribuição tecidual e alta
fixação a proteína plasmática. Esse tipo de
fármaco não pode ser removido por diálise)
Pode haver diminuição do teor da ligação com
proteínas plasmáticas nos casos de
hipoalbuminemia por cirrose, síndrome nefrótica,
desnutrição grave, uremia, hemodiálise na gestação
e em idosos, por menor capacidade de produção de
proteínas.
Ligação às proteínas e sequestro do fármaco:
Um fármaco ligado à albumina é incapaz de
difundir-se do espaço vascular para os tecidos
circundantes.
- A. Os fármacos que não se ligam às
proteínas plasmáticas sofrem, de maneira
visível, rápida difusão. Isso resulta em alto
nível de ligação ao local de ação
farmacológica e em alta taxa de
eliminação.
- B. Os fármacos que exibem altos níveis de
ligação às proteínas plasmáticas é
necessário concentração plasmática total
mais elevada para assegurar
concentração adequada do fármaco livre
(não ligado) na circulação. Caso contrário,
apenas uma pequena fração do fármaco
poderá sofrer difusão no espaço
extravascular, e poucos receptores estarão
ocupados.
É preciso ressaltar que a ligação às proteínas
plasmáticas constitui apenas uma das numerosas
variáveis que determinam a distribuição dos
fármacos.
→ Possibilidade de interação medicamentosa:
Quando muitos fármacos são tomados juntos,
normalmente, possui 50% de ligação à proteína
plasmática (isso é baixo, alta ligação a albumina é
mais de 90%). Se um fármaco tem alta ligação à
albumina ele não podem competir com outro
fármaco de alta fixação a proteína plasmática na
mesma hora. Nesse caso, nem todos os fármacos
conseguirão se ligar à albumina, ele vai ir direto e
rapidamente para o tecido, vão fazer o efeito
farmacológico, mas isso pode causar efeitos
adversos (esse é um tipo de interação
medicamentosa) Esses fármacos devem ser
tomados com pelo menos 1 hora de distância de um
e de outro
Metabolização/biotransformação: Xenobiótico
sofre transformações químicas, mediadas por
enzimas do fígado, para se tornar mais
hidrossolúvel. A metabolização possui duas fases:
- Fase 1: reações simples
- Fase 2: reações de conjugação
Excreção: Predominantemente via urinária, (outras
vias como leite da amamentação, suor etc)
FARMACODINÂMICA/toxicodinâmica:
Ocorre simultaneamente a farmacocinética, é o
mecanismo de ação do xenobiótico. O que ele
faz no organismo e como ele faz
E por fim, chega-se à última fase da intoxicação:
clínica. A clínica é como o xenobiótico irá se
manifestar
RESUMINDO: Fases da intoxicação
(farmacocinética): Absorção → distribuição →
metabolização → excreção → clínica
Enquanto a farmacocinética ocorre a
farmacodinâmica age
Meia vida: é o tempo necessário para que a
concentração plasmática inicial seja reduzida
pela metade. Quando o paciente apresenta uma
anormalidade que altera a meia-vida do fármaco,
são necessários ajustes na dosagem. A meia vida
de um fármaco dá uma idéia da duração da ação
dele, mas isso não significa que esteja relacionado
com ação de fato, pois a metade da concentração
pode já ser abaixo da janela terapêutica
O aumento da meia-vida de fármacos pode são
aqueles que têm:
1) diminuição do fluxo de sangue renal ou
hepático (p. ex., choque cardiogênico,
insuficiência cardíaca ou hemorragia);
2) diminuição na capacidade de extrair o
fármaco do plasma (p. ex., doença renal);
3) diminuição da biotransformação
(metabolização do fármaco para se tornar
hidrossolúvel) (p. ex., quando outros
fármacos concomitantes inibem a
biotransformação, ou na insuficiência
hepática, como na cirrose). Nesses
pacientes, pode ser necessário diminuir a
dosagem ou aumentar o intervalo entre as
administrações
A meia-vida de um fármaco pode ser reduzida
quando:
1) Há o aumento do fluxo sanguíneo
hepático,
2) Diminuição da ligação do fármaco com as
proteínas plasmáticas.
3) Aumento dabiotransformação. Isso pode
exigir dosagens maiores ou dosificações
mais frequentes.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO:
1) ENTERAL: Quando o fármaco entra em contato
com qualquer parte do trato digestivo (SL, oral,
bucal e retal). A administração enteral, ou
administração pela boca, é o modo mais seguro,
comum, conveniente e econômico de administrar os
fármacos
→ Oral: A administração oral oferece várias
vantagens. Os fármacos orais são facilmente
auto administrados, e a toxicidade e/ou a
dosagem excessiva podem ser neutralizadas com
antídotos como o carvão ativado. Porém, as vias
envolvidas na absorção oral são as mais
complicadas, e o baixo pH do estômago inativa
alguns fármacos. Uma ampla variedade de
preparações orais é disponibilizada, incluindo
preparações revestidas (entéricas) e de liberação
prolongada.
- Preparações revestidas (entéricas): O
revestimento entérico é um envoltório
químico que protege o fármaco do ácido
gástrico, liberando-o, porém, no intestino
(menos ácido), onde o envoltório se dissolve
e permite a liberação do fármaco. Tais
revestimentos são úteis para certos
fármacos (p. ex., omeprazol) que são
instáveis em meio ácido. Fármacos que são
irritantes ao estômago, como o ácido
acetilsalicílico, podem ser formulados com
revestimento que vai se dissolver no
intestino delgado, preservando, assim, o
estômago
- Preparações de liberação prolongada:
Medicamentos de liberação prolongada têm
revestimentos ou ingredientes especiais que
controlam a liberação do fármaco,
permitindo, assim, uma absorção mais
lenta e uma duração de ação mais longa.
Além disso, as formas de LA podem manter
as concentrações na faixa terapêutica por
um período longo de tempo, em contraste
com as formas de liberação imediata, que
podem resultar em picos e vales maiores
nas concentrações plasmáticas
→ Sublingual: Absorção muito mais rápido, a
restrição é que precisa de uma boa
lipossolubilidade, ao mesmo tempo que deve ter um
gosto bom, mas também precisa de uma boa
solubilidade em água - importante para evitar o
efeito de primeira passagem
2) PARENTERAL: Não utilizam tubo digestivo
(injetáveis, cutânea, respiratória, conjuntival, etc...).
Quando se quer uma ação de gel local, não pode
massagear por exemplo, porque isso ativa a
circulação, e aumenta a absorção desse gel. Ideal é
passar uma pedra de gelo antes, para fazer uma
vasoconstrição.
Primeira coisa que se pensa na via de
administração é se você quer um efeito sistêmico
ou localizado, se for sistêmico precisa favorecer a
absorção, se for localizado precisa tentar inibir a
absorção
- Intravenosa (IV): A injeção IV é a via
parenteral mais comum. A toxicocinética é
mais rápida, pois não precisa passar pelo
processo de absorção (passagem do
fármaco para a circulação)
- Intramuscular (IM): Fármacos
administrados por via IM podem estar em
soluções aquosas, que são absorvidas
rapidamente, ou em preparações
especializadas de depósito, que são
absorvidas lentamente
- Subcutânea (SC): Esta via de
administração, como a IM, oferece absorção
por difusão simples e é mais lenta do que a
via IV. A injeção SC minimiza os riscos de
hemólise ou trombose associados à injeção
IV e pode proporcionar efeitos lentos,
constantes e prolongados
-
o

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