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Estruturas de contenção

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Objetivo de aprendizado desta aula
Identificar a definição de estruturas de contenção. Ilustrar a 
aplicação do emprego de estruturas de contenção em casos de 
obras.
Aula 5
Estruturas de contenções
• Definição e princípios físicos
• Tipos e características
E-mail_alan.almeida@fmu.br
mailto:E-mail_alan.almeida@fmu.br
MURO DE ARRIMO OU DE CONTENÇÃO
Muro de arrimo são estruturas usadas para prevenir que o solo 
assuma sua inclinação natural.
Introdução
As estruturas de contenção são obras de engenharia civil necessárias quando o estado 
de equilíbrio natural de um maciço de solo ou de rocha é alterado por solicitações que 
podem ocasionar deformações excessivas e até mesmo o colapso. A estrutura deverá 
então suportar as pressões laterais (empuxo) do material a ser contido de forma a 
garantir segurança ao talude.
A execução de uma estrutura de contenção pode significar um ônus financeiro muito 
significativo para a realização de um empreendimento em área de encostas. Esta etapa 
da obra, mesmo abrangendo uma extensão relativamente pequena, pode, em alguns 
casos, apresentar custo maior do que a própria edificação a ser construída. Diante disso, 
ressalta-se a importância de sempre se desenvolver um projeto considerando diferentes 
opções de estruturas de contenção de forma a atender a segurança necessária ao 
empreendimento com os menores custos envolvidos.
Introdução
Muro de arrimo ou muro de contenção é formado por estruturas 
corridas de contenção de parede vertical ou quase vertical, 
apoiadas em uma fundação rasa ou profunda. É utilizado para 
estabilizar cargas atuantes de uma determinada massa de solo 
que esteja instável, a partir da sua ruptura ao cisalhamento e com 
a determinada estabilização das cargas. Dessa forma, chega-se 
próximo ao valor do empuxo, permanecendo o muro em repouso. 
Pode ser construído em alvenaria (tijolos ou pedras) ou em 
concreto (simples ou armado), ou, ainda, em elementos especiais.
Muro de arrimo por gravidade ou peso
O muro de gravidade é uma estrutura que combate os empuxos 
horizontais pelo próprio peso. Assim, o peso próprio, combinado 
com parte de terras suportadas, contribui para a estabilidade do 
talude. Hachich et al (1998, p. 503) destaca que as estruturas de 
muros de gravidade “em geral são empregadas para conter 
desníveis pequenos ou médios inferiores a cerca de 5m”, podendo 
ser construídas com pedra, concreto ciclópico (simples ou 
armado) e solo pneu, ou seja, materiais que podem ser utilizados 
formando uma estrutura monolítica com peso, como por exemplo 
o que está representado na figura 1 - contenção de gabião.
Muro de arrimo por gravidade ou peso
Muro de arrimo por gravidade ou peso
Muro de arrimo por gravidade ou peso
A seguir serão abordados os tipos de muros de gravidade: de alvenaria de 
pedra, de concreto ciclópico, de gabião, em fogueira (“cribwall”), de sacos 
de solo-cimento, de pneus e logblock.
Muro de alvenaria de pedra
Um dos métodos de construção de muro mais antigo utilizado para conter 
estabilidades de taludes, consiste em pedras regulares arrumadas manualmente uma 
ao lado da outra formando camadas horizontais.
Uma das vantagens é a simplicidade na execução, na qual em até 2 metros de altura 
não precisa de drenagem pois o material é auto drenante. O custo total não é 
elevado, se tornando ainda mais barato se os blocos de pedras estão disponíveis no
local.
Muro de alvenaria de pedra
Nos muros de alvenaria de pedra maior que 2 metros de altura é preciso empregar argamassa 
com cimento e areia, preenchendo todos os vazios entre os blocos de pedras e gerando uma 
melhor rigidez no muro em função do travamento dos blocos. Em razão da eliminação de 
vazios drenantes há uma desvantagem, sendo necessário implementar sistemas de 
drenagem, dentre elas, a mais indicada é o sistema de dreno de areia ou geossintético no 
tardoz e tubos barbacãs.
A largura mínima da base deve ser de 0,5 a 1 metro de largura, tendo uma cota inferior ao 
solo natural engastando-se com objetivo de criar mais resistência contra o empuxo ativo, 
reduzindo o risco de ruptura por deslizamento. A seguir colaciona-se um exemplo de muro de 
alvenaria de pedra (figura 2).
Muro de alvenaria de pedra
Muro de concreto ciclópico
O muro de concreto ciclópico define sua construção em concreto e pedras 
lançadas em formas geométricas, variando em trapezoidal ou degraus. Para a 
construção ser viável, sua altura não deverá ultrapassar os 4 metros, contando 
com um sistema de drenagem muito bem executada, pois o muro de 
contenção de concreto ciclópico é impermeável,
conforme observado na figura 3.
Muro de concreto ciclópico
Gerscovich (2010, p. 4) também 
destaca que:
Os furos de drenagem devem ser 
posicionados de modo a minimizar o 
impacto visual devido às manchas que o 
fluxo de água causa na face frontal do 
muro.
Alternativamente, pode-se realizar a 
drenagem na face posterior (tardoz) do 
muro através de uma manta de material 
geossintético (tipo geotêxtil). Neste caso, 
a água é recolhida através de tubos de 
drenagem adequadamente posicionados.
Muro de Gabião
Os muros de gabião representam o sistema tradicional que agem pela 
gravidade para contenções de encostas. Barros (2009) menciona que o 
sistema é de origem italiana e foi empregado em uma nova versão no final do 
século XIX. No Brasil, surgiu em meados dos anos 70 onde foi ganhando 
espaço no mercado da construção civil e atualmente é o tipo de muro mais 
utilizado em rodovias e encostas.
Segundo Moliterno (1994, p. 174), muro de gabião:
Trata-se de um cestão de arame zincado à fogo, ou mesmo arame revestido com 
PVC. O cestão é cheio de pedra de mão ou seixos rolados de grande diâmetro. O 
empilhamento de várias cestas forma um maciço em condições de resistir esforços 
horizontais, devido ao seu elevado peso próprio que se consegue com o 
empilhamento adequado ao problema.
Muro de Gabião
São constituídos com fios de aço galvanizado em malha hexagonal de dupla 
torção formando gaiolas, sendo preenchidas com pedras arrumadas 
manualmente dentro da caixa. As gaiolas possuem várias medidas, sendo a 
mais comum 2 metros na horizontal por 1 metro de altura unido entre si 
através de costuras com arames galvanizados formando um só bloco,
conforme mostra a figura 4.
Muro de Gabião
Muro de Gabião
Barros (2009) cita que a estrutura final do muro de gabião terá as seguintes 
características técnicas:
- Estrutura monolítica: todas as gaiolas preenchidas com pedras são unidas formando
um só bloco homogêneo, tendo uma elevada resistência em qualquer ponto da estrutura;
- Resistente: as malhas que são galvanizadas hexagonal de dupla torção impedem o 
desfiamento da tela caso ocorram rupturas de pontos de arrame;
- Duráveis: os arames recebem revestimentos especiais para evitar a corrosão, 
garantindo que a deterioração da estrutura seja lenta, com uma vida útil de no mínimo 50 
anos;
Muro de Gabião
-Armadas: as estruturas metálicas além de conter as pedras, têm função de distribuir os 
esforços de tração e suportar os recalques localizados não previstos em cálculos;
-Flexíveis: permite que a estrutura sofra deformações e acomodações sem perder sua 
estabilidade e eficiência. Em razão da sua flexibilidade, permite que a estrutura se 
deforme elasticamente em excesso antes de um possível colapso e possibilita a 
realização de reparos, minimizando gastos e acidentes;
- Permeáveis: o maior problema de instabilidade dos muros em geral se dá em razão da 
má drenagem. O muro de gabião contém vazios entre as pedras, permitindo ser
permeáveis e autodrenantes, minimizando o empuxo hidrostático no muro;
Muro de Gabião
- Execução: facilidade construtiva e mão de obra barata composta por mestre de obra e 
serventes. Os materiais utilizados são de fácil acesso e um dos pontos positivos é que 
se acaso houver modificação no projeto com a obra em andamento exigindo mudanças 
no local, podeser realizado retirando ou colocando os materiais da estrutura original.
A figura 5 abaixo nos mostra uma tabela com as dimensões padrões:
Muro de Gabião
Muro em fogueira ( “Cribwall” )
Pelo nome pode-se imaginar como é o muro em fogueira: sua estrutura lembra a fogueira 
de festa junina, com seus elementos estruturais interlaçados ganhando altura e 
estabilidade. No entanto, para o muro de contenção, o interior da estrutura tipo fogueira é 
vazado, sendo preenchido com materiais como pedra e terra. Sua estrutura pode ser 
construída por metais, madeiras e pré-moldados.
Como exemplo de estrutura segue a figura 6.
Muro em fogueira ( “Cribwall” )
Muro em fogueira ( “Cribwall” )
Muro de sacos – Solo cimento
O método de muro de sacos solo-cimento consiste na contenção, cujos 
materiais utilizados são solo e sacos de cimento preenchidos com solo e 
cimento.
No que diz respeito ao processo de execução solo-cimento, Gerscovich 
(2010, p. 6) menciona que:
O solo utilizado é inicialmente submetido a um peneiramento em uma 
malha de 9 mm para a retirada dos pedregulhos. Em seguida, o cimento 
é espalhado e misturado, adicionando-se água em quantidade de 1% 
acima da correspondente à umidade ótima de compactação proctor 
normal. Após a homogeneização, a mistura é colocada em sacos, com 
preenchimento até cerca de dois terços do volume útil do saco. Procede-
se então o fechamento mediante costura manual.
Muro de sacos – Solo cimento
O processo estrutural construtivo para contenção baseia-se em empilhar horizontalmente
em camadas os sacos, sendo compactados para diminuir seus vazios e sempre
interlaçados como ‘construção de um muro de alvenaria’. Vale ressaltar que “as faces 
externas do muro podem receber uma proteção superficial de argamassa de concreto 
magro, para prevenir contra a ação erosiva de ventos e águas superficiais”. 
(GERSCOVICH, 2010, p. 6).
Muro de sacos – Solo cimento
• O método de solo cimento destaca-se por ser de baixo custo, uma vez que não
necessita de equipamentos e mão de obra especializada. É indicado para execução 
de obras emergenciais de deslizamento.
• Desse modo, segue figura 7 que mostra um corte com uma perspectiva da 
construção do muro, e, em seguida, segue a figura 8 que mostra o muro já
construído em uma barragem
Muro de sacos – Solo cimento
Muro de sacos – Solo cimento
Muro de pneus
• A construção deste muro ocorre colocando os pneus em camadas horizontais,
amarrados com cordas e arame e preenchendo seus espaços internos com solos, 
rochas e entulhos.
• Este muro é altamente reciclável, pois utiliza pneus que muitas vezes são jogados 
no lixo, agridem o meio ambiente e causam a proliferação do mosquito da dengue. 
Gerscovich (2010, p.8) destaca que: “Sendo um muro de peso, os muros de solo-
pneus estão limitados a alturas inferiores a 5 metros e à disponibilidade de espaço
para a construção de uma base com largura da ordem de 40 a 60% da altura do 
muro”, assim como o exemplo trazido na figura 9.
Muro de pneus
Muro Logblock
O muro logblock age pelo método de gravidade, adotando na sua base 60% da altura 
total, sendo construído com uma inclinação contra a contenção de 10% da base. Este 
muro é um bloco de concreto vibro prensado, inspirado no favo de mel com dimensões de 
20e 10 cm de altura.As peças de 10 cm de altura são colocadas na base para dar diferença 
de altura, criando um sistema de encaixe e uma trama entre uma peça e outra, como 
mostra a figura 10. Cada peça possui 25 cm de diâmetro e 12 kg de peso, vazada no meio 
e com um sistema de drenagem próprio. Por conta de sua geometria, a construção se torna 
fácil, adotando-se um sistema construtivo de montagem por encaixe, não sendo necessária 
a utilização de argamassa e rejunte.
Muro Logblock
Muro Logblock
Muro de arrimo atirantado
• Muro atirantado é uma estrutura vertical que atua contra as tensões 
geradas dos solos e da água. É um muro mais vertical que os demais
métodos, por sua vez, tem em seu reforço uma ancoragem por tirantes 
no topo do muro. Desse modo, é preso por meio de tirantes fixados em 
uma placa de ancoragem que está rigidamente fixada em uma rocha ou
em um solo resistente, a fim de evitar seu deslocamento, conforme 
figura 12 abaixo.
Muro de arrimo atirantado
O que aprendemos na aula de hoje
Interpretar corretamente o projeto de estruturas de contenção 
especiais;
Próxima Aula
Muros de gravidade
• Concepção e características
• Dimensionamento
	Slide 1: Objetivo de aprendizado desta aula
	Slide 2: Aula 5 Estruturas de contenções
	Slide 3: Introdução
	Slide 4: Introdução
	Slide 5: Muro de arrimo por gravidade ou peso
	Slide 6: Muro de arrimo por gravidade ou peso
	Slide 7: Muro de arrimo por gravidade ou peso
	Slide 8
	Slide 9: Muro de alvenaria de pedra
	Slide 10: Muro de alvenaria de pedra
	Slide 11: Muro de alvenaria de pedra
	Slide 12: Muro de concreto ciclópico
	Slide 13: Muro de concreto ciclópico
	Slide 14: Muro de Gabião
	Slide 15: Muro de Gabião
	Slide 16: Muro de Gabião
	Slide 17: Muro de Gabião
	Slide 18: Muro de Gabião
	Slide 19: Muro de Gabião
	Slide 20: Muro de Gabião
	Slide 21: Muro em fogueira ( “Cribwall” )
	Slide 22: Muro em fogueira ( “Cribwall” )
	Slide 23: Muro em fogueira ( “Cribwall” )
	Slide 24: Muro de sacos – Solo cimento
	Slide 25: Muro de sacos – Solo cimento
	Slide 26: Muro de sacos – Solo cimento
	Slide 27: Muro de sacos – Solo cimento
	Slide 28: Muro de sacos – Solo cimento
	Slide 29: Muro de pneus
	Slide 30: Muro de pneus
	Slide 31: Muro Logblock
	Slide 32: Muro Logblock
	Slide 33: Muro Logblock
	Slide 34: Muro de arrimo atirantado
	Slide 35: Muro de arrimo atirantado
	Slide 36: O que aprendemos na aula de hoje
	Slide 37

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