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(COTEC ‒ Prefeitura de São Francisco ‒ MG ‒ Pedagogo ‒ 2017 ‒ Adaptado) Segundo Freire (1996), “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.” Se essas tendências forem consideradas pelo profissional pedagogo, no exercício de suas atividades pedagógicas, serão perceptíveis, no ambiente de trabalho: Tendência Liberal Tradicional. a) Memorização de conteúdos como uma forma de preservação da cultura letrada e do conhecimento. b) Diálogos que incentivem a busca pela aprendizagem e incentivos às trocas de experiências. c) Capacitações para mistificação da realidade e treinamentos para a resolução de problemas. d) Rigorosidade metódica, no processo de aprendizagem, para limitar o pensamento crítico do educando. e) A proposição de Freire é de romper a alienação e fortalecer os fundamentos da revolução e, por essa perspectiva, o autor deve ser usado com cautela. Segundo o pensamento de Paulo Freire, o diálogo é central ao processo educativo, pois somente por intermédio das interações entre os sujeitos, com a partilha de suas vivências e conhecimentos, se torna possível a compreensão do mundo e a formação de sujeitos libertos de lógicas opressivas. (CEBRASPE/CESPE - Prefeitura de São Luís - MA - Professor da Educação Básica - 2017 - Adaptado) As teorias crítico-reprodutivistas postulam não ser possível compreender a educação senão a partir dos seus condicionantes sociais. Há, pois, nessas teorias uma cabal percepção da dependência da educação em relação à sociedade. Como chegam invariavelmente à conclusão de que a função própria da educação consiste na reprodução da sociedade em que ela se insere, recebem a denominação de teorias crítico- reprodutivistas. A partir do texto precedente sobre as teorias crítico-reprodutivistas, assinale a opção correta. a) Os aparelhos ideológicos do Estado funcionam massivamente pelos rituais econômicos e políticos e, secundariamente, pelos rituais educativos. b) Incluem-se entre as teorias crítico-reprodutivistas a teoria do sistema de ensino como violência simbólica e a teoria da escola como aparelho ideológico de Estado (AIE). c) A teoria do sistema de ensino como violência simbólica foi desenvolvida por Althusser. d) O termo “violência simbólica” relaciona-se à ideia de que toda e qualquer sociedade se estrutura como um sistema de relações de força emocional cujo papel é enfraquecer, por dissimulação, as relações de força material. e) As teorias crítico-reprodutivistas também podem ser chamadas de tradicionais, marcadas pela construção de um modelo conteudístico e pela erudição da cultura letrada. As teorias crítico-reprodutivistas são fortemente marcadas, por um lado, pela concepção de que os sistemas educacionais são produtores de processos de violência simbólica, por meio do controle cultural, segundo os estudos de Bourdieu; e, por outro, pelos estudos de Althusser, que baseiam a interpretação de que a escola seria mais um dos aparelhos de controle ideológico do Estado. A partir de seus trabalhos, Michel Foucault construiu ferozes críticas às instituições modernas, sendo a escola tradicional um de seus alvos. Para o autor, a escola é frequentemente considerada como: a) Um lugar de docilização dos corpos. b) Um espaço de troca de experiências. c) Ambiente de reflexão partilhada entre sujeitos. d) Momento de manifestação de opiniões e diferentes comportamentos. e) Um ambiente análogo ao da prisão, marcado pela violência e cerceamento da liberdade do sujeito. Para Foucault, a escola tradicional é um lugar de regulação e docilização dos corpos, pois possui, por meio da reprodução de valores e normas, o objetivo de controlar as formas de pensar e agir, reduzindo, assim, possibilidades de formação de sujeitos autônomos e críticos. As abordagens pós-estruturais criticam o realismo e o essencialismo no pensamento curricular. Nesse sentido, podemos afirmar que: a) O currículo é produzido por constantes processos de significação. b) O currículo deve assegurar os conteúdos básicos para a formação cidadã. c) O currículo transmite as normas e valores que garantem a inclusão das pessoas na sociedade. d) O currículo desvenda os processos de reprodução da sociedade capitalista. e) O currículo é a forma de criar sujeitos críticos e prontos para lutar contra o sistema e fazer a revolução. No âmbito dos curriculares pós-estruturais, o currículo é compreendido como constituído por processos contínuos de significação, o que leva à interpretação de que não pode possuir um significado final ou estável. (IDHTEC ‒ Prefeitura de Vertentes ‒ PE ‒ Professor do 1º ao 5º ano ‒ 2017 ‒ Adaptada) No contexto de estudo das tendências pedagógicas da prática escolar, Libâneo aponta que a perspectiva crítico-social dos conteúdos reconhece a universalidade e objetividade dos conteúdos, que se manifesta: a) No tratamento científico dos conteúdos e na compreensão de seu caráter histórico. b) Na busca pela emancipação dos sujeitos. c) Na intenção da formação de habilidades técnicas de forma crítica. d) No desenvolvimento de aptidões individuais. e) No valor dos conhecimentos acadêmicos que devem ser a base do que é levado para escola. Para Libâneo, assim como os saberes cotidianos dos estudantes, os conhecimentos científicos devem ser ensinados criticamente na escola, compreendendo os processos históricos envolvidos em sua construção. Para o autor, somente por meio da produção de um conhecimento sintético e crítico, mediado pelos conteúdos científicos, é que o estudante passa a ter oportunidades de compreender a realidade e modificá-la. (AMEOSC ‒ Prefeitura de Guaraciaba ‒ MG ‒ Professor II ‒ Geografia ‒ 2019) Paulo Freire insiste que ensinar não é transmitir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou sua construção, de modo que é preciso estar atento para as diferentes formas de saberes coexistentes. Essa percepção do educador é descrita como: a) Conscientização b) Práticas de liberdade c) Dialogicidade d) Educação bancária e) Revolução Para Freire, somente por meio do diálogo entre diferentes sujeitos, com seus distintos conhecimentos e vivências, é possível a produção de conhecimento crítico libertador. Assim, a dialogicidade é a base para a interação de saberes na produção de processos educativos emancipatórios. Os estudos do cotidiano criticam a visão de que a escola é um espaço de cumprimento de propostas curriculares oficiais. Segundo tais estudos, as escolas são compreendidas como: a) Locais exclusivos para a partilha de conhecimentos e vivências dos sujeitos. b) Contextos plurais enredados a outros contextos, em que sujeitos constroem conhecimentos na interação com outros conhecimentos circulantes. c) Lugares de interação de conhecimentos críticos e de conscientização dos sujeitos sobre o caráter reprodutivista e excludente da sociedade. d) Espaços-tempos de resistência e defesa de conhecimentos críticos, mediados pelo pensamento científico emancipatório. e) Espaços exclusivos para que determinados grupos possam expor suas vivências. Os estudos do cotidiano concebem a escola como contexto atravessado por outros contextos de experiências e vivências dos sujeitos. Por meio de tais atravessamentos, são constituídos conhecimentos, articulados a práticas, sentimentos, visões de mundo, táticas e experiências. 1. Em sua abordagem aos estudos do cotidiano, Nilda Alves (2008) propõe um conjunto de movimentos capazes de auxiliar no entendimento do currículo. O olhar sobre a relação entre currículo e cotidiano precisa ser conhecida por um olhar: a) Que privilegie os conteúdos de forma vertical. b) Que lide com a teia de conhecimento que abrace o aluno.. c) Que estabeleça o fim do currículo substituído por vivências. d) Que rompa com as forças do Estado e crie uma nova anarquia. e) Que só é possível imergirmos no cotidiano a partir da interação com diferentes conhecimentos. Colocar de ponta cabeça a visão clássica que está estabelecidaem nossa sociedade, notando que o currículo proposto previamente é atravessado e vivido na compreensão de que tudo no cotidiano é interessante e gera olhares e debates, colocando dessa forma a hierarquia curricular de ponta cabeça. (IFB 2017 Professor – Pedagogia – IFB [adaptado]) O currículo se refere aos programas e conteúdos de cada componente curricular e expressa os princípios e metas do projeto educativo de uma instituição. Considerando uma perspectiva crítica do currículo, podemos compreender que: a) O currículo deve ser utilizado para a reprodução de uma visão de mundo hegemônica. b) O currículo é um documento formal e estabelecido pelo sistema educacional que deve ser seguido pelas instituições de ensino, pois visa uma igualdade educacional c) O conhecimento estabelecido na organização curricular do currículo é neutro, cabe ao professor dar uma direção a esse conhecimento. d) A organização curricular deve levar em consideração as relações entre os sujeitos e o espaço- tempo em que se situam. e) É importante evitar, sistematicamente, que situações ocorridas na escola tragam contextos diferentes daqueles que estão devidamente planejados e incluídos no currículo. (IBADE 2019 – Professor da Educação Básica IV – Prefeitura de Vitória – ES) O currículo de uma escola é o conjunto de oportunidades de ensino e aprendizagens para todos os envolvidos no processo. Uma proposta curricular que emanada do corpo docente, de representantes dos responsáveis e dos estudantes a) Atende às necessidades dos responsáveis pelos estudantes, eliminando insatisfações que podem desestabilizar o trabalho da escola. b) Deve ser, posteriormente, revista pela direção da escola, a quem cabem c) Estabelece a relação fundamental entre o currículo e o contexto social, histórico e cultural ao qual a escola pertence. d) Corresponde, exclusivamente, às expectativas dos estudantes, que passam a se interessar pelas atividades que sempre desejaram, a partir das suas escolhas individuais. e) Atende aos anseios dos professores, já que eles são os protagonistas do processo, porque estudaram suas disciplinas a fundo e sabem o que é melhor para a escola. No campo do currículo, as perspectivas compreendidas como tradicionais ganharam maior destaque a partir do início do século XX, momento em que, de acordo com Pinar et al (2017), I. passou-se a buscar maior definição de seu objeto por diferentes visões. II. crescimento de uma preocupação com maior precisão sobre a forma mais adequada de projetar currículos ou guias para redes de ensino, por um lado, e, por outro, a busca por compreender o que ocorria no contexto de cada escola. III. podemos apontar para duas grandes compreensões curriculares que ajudam a reconhecer uma abordagem tradicional em currículo: o comportamentalismo ou eficientismo e o progressivismo. IV. progressivismo pode ser caracterizado pela incorporação da razão gerencial da administração científica de Taylor ao currículo, sob a ideia de que a escola pudesse ser gerida como uma empresa, através de mecanismos de controle e testagem rígidos. Estão corretas as afirmativas a) I, II e III b) I, III e IV c) II, III e IV d) Somente I e III e) II e IV (FGV 2017 - Analista Técnico - Área Pedagogia - Ministério Público da Bahia - BA) Para Lopes e Macedo (2011), o currículo é uma prática discursiva. Isso quer dizer que ele se constitui em uma prática de significação, portanto é uma prática de poder. Por meio de tais práticas a realidade é construída, sujeitos e comportamentos são orientados, identidade são produzidas. (LOPES, Alice Casimiro; MACEDO, Elizabeth. Teorias de Currículo. São Paulo: Cortez, 2011). A partir da visão pós-estruturalista das práticas curriculares de poder e significação, podemos afirmar que o currículo: a) Torna inócuas distinções como currículo formal, oculto, vivido, na medida que tudo isso é parte inalienável das práticas curriculares. b) Oculto é a parte intangível do currículo, na medida em que não está colocada nos textos e não é partilhada por todos. c) Se constrói da dialética, a partir de imposições e resistências, tendo como atores principais os alunos. d) Possui independência das decisões políticas, na medida em que é construído no interior das escolas. e) É um recorte implacável, em que há um processo avassalador de imposições por meio do arbitrário cultural dominante. (FGV 2017 - Analista Técnico - Área Pedagogia - Ministério Público - BA) Inês Barbosa de Oliveira afirma que pensar alternativas curriculares como uma possibilidade de contribuição para a emancipação social traz em si dois pressupostos. Um deles refere-se à definição de currículo. Para a autora, adepta de uma visão pós-estruturalista, o currículo deve ser compreendido como criação: a) Dos sujeitos que compõem o norte epistemológico e impõem indelevelmente seus saberes a outros que se encontram em situações de miséria social e intelectual. b) Das estruturas do Estado totalitário, que se propõe a dirigir as nações em direção a uma sociedade mais justa para todos e todas. c) Cotidiana daqueles que fazem as escolas e como prática que envolve todos os saberes e processos interativos do trabalho pedagógico realizado por alunos e professores. d) Dos intelectuais ligados aos governos centrais e que deve ser posta em ação pelos profissionais da educação nas escolas, apresentando seus resultados através das avaliações externas. e) Dos movimentos sindicais, dos movimentos sociais e dos sindicatos ligados aos profissionais da educação que conhecem as realidades dos sistemas de ensino do país. Os estudos que consideramos como reprodutivistas (ou crítico-reprodutivistas) questionam concepções de escola e de currículo como controle, reprodução e alienação social. O desenvolvimento de sua abordagem está associada a: I. Abordagens associadas ao pensamento marxista, relacionando base econômica e superestrutura. II. O pensamento de Althusser é considerado um dos de maior influência entre os estudos reprodutivistas. III. A função da escola de manter o status quo incontestável. Como um aparelho ideológico, a escola atuaria difundindo a ideologia dominante por meio das formas de conhecer entendidas como aceitáveis. IV. Podemos entender que sua função reprodutivista consiste na organização hierarquizada dos processos de escolarização, “inclina as pessoas das classes subordinadas à submissão e à obediência, enquanto as pessoas das classes dominantes aprendem a comandar e a controlar” (SILVA, 2009, p.32) Estão corretas as afirmativas: a) I, II e III b) I, III e IV c) II, III e IV d) I, II e IV e) Somente II e IV A abordagem pós-estrutural se difere de visões tradicionais ou críticas ao não trabalhar com a defesa de que determinado conhecimento tem um significado específico e, portanto, deve ser ensinado ou excluído na escola. Ao contrário, pode nos ajudar a compreender as relações de poder que levam a que conteúdo definidos por um documento curricular, por exemplo, sejam ressignificados de formas distintas em diferentes contextos, sendo relacionados a outros temas, questionamentos ou discussões imprevistas. Podemos exemplificar como visões pós-estruturais: a) Queer b) Políticas públicas c) Sexualidade d) História da África e) Currículo (IF-PA 2019 - Pedagogo - IF-PA - PA) O currículo tem relação direta com o poder e se situa no nível da superestrutura, sendo visto como instrumento de dominação da classe dominante sobre a classe dominada, constituindo-se, deste modo, em um "conhecimento comprometido", ou seja, uma expressão da vontade e dos interesses da classe detentora do poder político. Essa é uma formulação do currículo utilizada por teóricos ligados à concepção: a) Marxista b) Liberal c) Positivista d) Fisiológica e) Tecnicista O multiculturalismo crítico, no campo do currículo, também possui influências marxistas, por meio das quais analisa os processos históricos envolvidos na hierarquização cultural. Segundo Silva (2009), nocampo do currículo, o multiculturalismo: a) Especificamente nos Estados Unidos, a discussão multicultural crítica ganhou força a partir de movimentos organizados por grupos sociais subalternizados. b) No Brasil, a abordagem renega debates, tais como mulheres, homossexuais e negros, que se opunham à superioridade das referências da cultura branca, heterossexual, masculina e europeia. c) As críticas aos diferentes tipos de multiculturalismo tendem a estarem voltadas às ideias de que, embora busquem valorizar as culturas diversas, o fazem abandonando velhos padrões. d) As concepções de intolerância e desrespeito são questionadas, pois reconhecem a superioridade do tolerante e sua capacidade de permitir a existência do outro. e) Tendem a dar poder a quem tolera ou respeita, como se as culturas dependessem de uma autorização superior para serem reconhecidas. (Ano: 2021 Banca: Alternative Concursos Órgão: Prefeitura de Esperança do Sul – RS Provas: Alternative Concursos – 2021 – Prefeitura de Esperança do Sul – RS – Professor de Ciências) A obra “Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo”, de Tomaz Tadeu da Silva, tem como perspectiva a construção de uma análise acerca das teorias do currículo, abordando diferentes aspectos que envolvem os conceitos tradicionais, críticos e pós-críticos. Segundo Tomaz Tadeu são características das teorias pós-críticas do currículo: I. Identidade, alteridade e diferença II. Subjetividade III. Significação e discurso IV. Poder hegemônico V. Representação VI. Cultura VII. Gênero, raça, etnia e sexualidade VIII. Monoculturalismo a) II e V estão incorretas b) V está incorreta c) I e VIII estão incorretas d) VII está incorreta e) IV e VIII estão incorretas (Ano: 2021 Banca: Alternative Concursos Órgão: Prefeitura de Esperança do Sul – RS Provas: Alternative Concursos – 2021 – Prefeitura de Esperança do Sul – RS – Professor de Ciências) A obra “Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo”, de Tomaz Tadeu da Silva, tem como perspectiva a construção de uma análise acerca das teorias do currículo, abordando diferentes aspectos que envolvem os conceitos tradicionais, críticos e pós-críticos. Segundo Tomaz Tadeu são características das teorias pós-críticas do currículo: I. Identidade, alteridade e diferença II. Subjetividade III. Significação e discurso IV. Saber-Poder V. Representação VI. Cultura VII. Gênero, raça, etnia e sexualidade VIII. Multiculturalismo a) II e IV estão incorretas b) I e VIII estão incorretas c) V está incorreta d) Todas as características estão corretas e) VII está incorreta Os estudos que consideramos como reprodutivistas (ou crítico-reprodutivistas) questionam concepções de escola e de currículo como controle, reprodução e alienação social. O desenvolvimento de sua abordagem está associada a: I. Abordagens associadas ao pensamento marxista, relacionando base econômica e superestrutura. II. O pensamento de Althusser é considerado um dos de maior influência entre os estudos reprodutivistas. III. A função da escola de manter o status quo incontestável. Como um aparelho ideológico, a escola atuaria difundindo a ideologia dominante por meio das formas de conhecer entendidas como aceitáveis. IV. Podemos entender que sua função reprodutivista consiste na organização hierarquizada dos processos de escolarização, “inclina as pessoas das classes subordinadas à submissão e à obediência, enquanto as pessoas das classes dominantes aprendem a comandar e a controlar.” (SILVA, 2009, p.32). Estão corretas as afirmativas: a) I, II e III b) II, III e IV c) Somente II e IV d) I, II e IV e) I, III e IV