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Unidade 1 Página inicial Pular para o conteúdo principal Pular para a navegação 
A HIGIENE 
OCUPACIONAL 
-FUNDAMENTOS 
BÁSICOS 
Professor : 
Esp. Edinei Ap. Furquim dos Santos 
Objetivos de aprendizagem 
• Proporcionar aos acadêmicos os conhecimentos básicos relativos ao ambiente de trabalho e às práticas da higiene ocupacional. 
• Proporcionar aos acadêmicos o conhecimento sobre os principais aspectos históricos relativos à segurança e à medicina do 
trabalho. 
• Proporcionar aos acadêmicos um conhecimento mais amplo sobre a segurança do trabalho e a relação com a higiene 
ocupacional. 
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https://getfireshot.com
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/introducaoahigieneocupacional/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/unicesumar.com.br/introducaoahigieneocupacional/p%C3%A1gina-inicial
Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• O Ambiente e a Higiene do Trabalho 
• Histórico da Segurança e Medicina do Trabalho 
• Introdução à Segurança do Trabalho 
Introdução 
Caro(a) aluno(a), quando falamos sobre os aspectos históricos, observamos que o desenvolvimento tecnológico, em relação à 
humanidade, demonstrou alguns perigos, como o período marcado pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918), em que a indústria 
bélica começou a demonstrar avanços tecnológicos em função do investimento dos países envolvidos na disputa, assim como na 
Segunda Guerra Mundial (1939-1945), e, também, na chamada Guerra Fria (1947-1991), que, por sua vez, não trouxe combates, 
mas sim, uma grande disputa em relação às ideologias (capitalismo e comunismo), momento em que os países buscaram, por meio 
do desenvolvimento bélico, a proteção sob o desenvolvimento tecnológico, desenvolvendo as indústrias química, biológica e física, 
além de impulsionar avanços na medicina, mesmo que à custa de muitas vidas e de muita destruição. 
É possível perceber, porém, que esses avanços trouxeram enormes benefícios, assim como conforto para o ser humano nesse 
mesmo século XX, período no qual se observou inúmeras transformações quanto aos sistemas produtivos, às suas formas de 
distribuição e de consumo, e também, nas relações sociais. Ou seja, a grande dinâmica aconteceu na observação sobre o modo de 
vida urbanizado. Entretanto, como todo o benefício, também surgiram agentes potenciais de nocividade e riscos, assim, expondo 
os trabalhadores a diversos desses agentes, que, sob certas condições, podem provocar doenças ou desajustes em seus 
organismos, e, até mesmo, levar a óbito. 
Sendo assim, você, acadêmico(a), conhecerá aspectos introdutórios em relação à higiene ocupacional, a sua estrutura como ciência 
prevencionista, e como ela está aperfeiçoando-se dia a dia, com o objetivo fundamental de atuar no ambiente de trabalho, a fim de 
detectar o tipo de agente prejudicial, de quantificar a sua intensidade ou concentração, e tomar as medidas de controle 
necessárias para resguardar a saúde e o conforto dos trabalhadores durante toda a sua vida produtiva. 
Avançar 
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O AMBIENTE E A HIGIENE DO 
TRABALHO 
O ambiente de trabalho 
Neste encontro, passaremos a apresentar, a você, acadêmico(a), o entendimento em relação ao ambiente de trabalho quanto à 
higiene ocupacional, sendo que é relevante conhecermos boa parte dos processos de produção pelos quais o ser humano 
transforma e modifica as matérias-primas extraídas da natureza em produtos úteis, e, conforme as necessidades tecnológicas 
atuais, promovendo o crescimento e sustentabilidade. Porém, muitas vezes, esses processos são capazes de dispersar nos 
ambientes laborais inúmeras substâncias que, ao entrarem em contato com o organismo dos trabalhadores, podem acarretar 
diversas moléstias ou danos à saúde, levando a óbito em alguns casos específicos. Os processos de fabricação e manuseio dessas 
substâncias podem originar condições físico-químicas e biológicas de intensidade inadequada para o organismo humano, se 
manuseadas por determinado tempo e em determinadas concentrações. 
O ser humano possui um organismo extremamente complexo, e o seu total bem-estar não está ligado somente às condições 
ambientais dos locais de trabalho, nem tampouco à presença de agentes agressivos, e devemos compreender que a organização do 
trabalho tem grande importância sobre os trabalhadores, ou seja, o ambiente, somado às condições de execução das atividades, 
mais o fator humano, isto é, a suscetibilidade individual de cada trabalhador, irão, por muitas vezes, quando não apreciados, causar 
transtornos, ocasionando um ambiente desconfortável para ambos, trabalhadores e empregadores. 
Um fato relevante, e muito importante para a nossa disciplina, é: meio ambiente de trabalho é diferente de meio ambiente, como 
veremos a seguir. 
Segundo Gonçalves (2010), o meio ambiente de um ser vivo é representado por tudo aquilo que rodeia e influi sobre esse ser. É 
constituído por fatores bióticos e fatores abióticos. Os fatores bióticos são os outros seres vivos com quem esse ser compartilha o 
meio ambiente, tanto os da mesma espécie como os de outras espécies. Os fatores abióticos são os fatores do ambiente físico que 
influem sobre o ser vivo: a temperatura, a umidade, o relevo do terreno etc. 
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Segundo Vieira (2012), o meio ambiente do trabalho, dentro da conceituação de meio ambiente, está inserido no meio ambiente 
artificial. É o local onde o trabalhador exerce suas funções laborativas e passa grande parte de sua vida. Não necessariamente o 
ambiente de uma empresa ou fábrica, mas o local onde se trabalha, que pode ser externo, como o caso dos agricultores, ou entre 
máquinas, como carros e ônibus. 
Estas definições, entre outra muitas que existem, podem nos balizar sobre aquilo que realmente precisamos chegar, ou seja, o que 
é o ambiente laboral, conceito no qual concentraremos os nossos estudos. 
A higiene do trabalho 
Compreendendo agora as diferenças quanto ao meio ambiente e ao meio ambiente do trabalho, passaremos a estudar a higiene do 
trabalho ou a higiene ocupacional. É a parte da saúde e da segurança do trabalho que desenvolve estudos sobre o meio ambiente 
laboral, o local onde se executam atividades no dia dia de trabalho. 
A higiene ocupacional é, portanto, a ciência que estabelece antecipação, reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle de 
todos os agentes ambientais que estejam ou possam estar presentes, ou que sejam originados dos ambientes laborais, e que têm 
potencial de prejudicar a saúde e bem-estar dos trabalhadores, e/ou, até mesmo, da comunidade. A higiene ocupacional nada mais 
é do que o conjunto das ciências e tecnologias que busca, constantemente, a prevenção e o controle da exposição humana no 
âmbito ocupacional aos possíveis riscos ambientais. Ela tem como principal característica a ação multidisciplinar, e, em sua 
essência básica, identificar, estudar, avaliar e gerenciar os riscos químicos, físicos e biológicos presentes nos locais de trabalho. 
Principais conceitos 
Para a ABHO, Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais(2017), a higiene ocupacional é 
A ciência e a arte dedicada ao estudo e ao gerenciamento das exposições ocupacionais aos agentes físicos, 
químicos e biológicos, por meio de ações de antecipação, reconhecimento, avaliação e controle das 
condições e locais de trabalho, visando à preservação da saúde e bem-estar dos trabalhadores, 
considerando ainda o meio ambiente e a comunidade (ABHO, 2017, on-line). 
Para a AIHA, American Industrial Hygiene Association (2017), a higiene ocupacional se define como “A ciência que trata da 
antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos originados nos locais de trabalho e que podem prejudicar a saúde e 
bem-estar dos trabalhadores, tendo em vista, também, o possível impacto nas comunidades vizinhas e no meio ambiente” (AIHA, 
2017, on-line, tradução nossa). 
Conforme a ACGIH, American Conference of Governmental Industrial Hygienists (2017), a higiene ocupacional é 
A ciência e arte do reconhecimento, avaliação e controle de fatores ou tensões ambientais originados do ou 
no local de trabalho, e que podem causar doenças, prejuízos para a saúde e bem-estar, desconforto e 
ineficiência significativos entre os trabalhadores ou entre os cidadãos da comunidade (ACGIH, 2017, on- 
line, tradução nossa). 
O estudo da higiene ocupacional visa a proporcionar ambientes saudáveis na sua melhor forma, proporcionando aos trabalhadores 
condições dignas de um ambiente sem risco laboral, por meio de fundamentos próprios e estudos específicos que envolvem as 
seguintes fases. 
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Antecipação: momento em que se procura identificar os potenciais riscos que poderão ocorrer no ambiente laboral. Esta fase, 
preferencialmente, deve se iniciar na fase de concepção do projeto, de instalação, de ampliação, de modificação ou de substituição 
de equipamentos ou processos, para que seja possível prever os riscos futuros que possam ser gerados no processo como um todo. 
Para esta etapa, damos a classificação da etapa qualitativa, em que, por meio da análise pormenorizada, verificamos o ambiente e 
os possíveis riscos associados ao tipo de trabalho executado, aplicando as técnicas de análise de riscos. 
Reconhecimento: momento cuja preocupação se concentra nos riscos presentes que foram antecipados na fase anterior, passando 
a avaliar, com maior profundidade, os processos, as matérias-primas, os produtos intermediários e finais, as condições do processo, 
os métodos de trabalho e os equipamentos utilizados. Nesta etapa, necessitamos de um trabalho mais elaborado, ou seja, 
necessitamos qualificar ainda mais, e de forma mais detalhada, os possíveis riscos, além de realizar um estudo a fundo junto às 
documentações do tipo PPRA, Programa de Prevenção de Acidentes do Trabalho (NR 09), do mapa de riscos ambientais (NR 05), e, 
até mesmo, das várias metodologias existentes de técnicas de análise de riscos. 
Avaliação e monitoramento: momento em que devemos nos preocupar com o estudo dos riscos elencados nas fases anteriores, e, 
assim, temos uma base que está contida na avaliação de agentes de riscos (NR 15), sendo ela diretamente ligada a esta etapa, pois, 
a partir dela, se inicia a fase de trabalhos no sentido de quantificar, periodicamente, os agentes agressivos identificados nas fases 
anteriores, por meio do estudo e da utilização de instrumentos e metodologias, próprias e adequadas, que possam ajudar no 
devido enquadramento, para que, desta forma, possamos concluir se a exposição do trabalhador está acima dos limites de 
tolerância estabelecidos pela legislação vigente. 
Controle e aplicação: momento em que, após as avaliações, é importante estabelecer procedimentos necessários para garantir que 
o agente de risco não chegue aos valores mais agressivos. Nesta fase, se deve, também, procurar a melhoria do processo a fim de 
identificar valores bem menos agressivos, ou seja, que devem ser tratados como valores de nível de ação, e assim, devemos ter 
sempre em mente os princípios de controle. Em primeiro lugar, o controle na fonte, eliminar o riscos, e depois, o controle na 
trajetória e proteção por barreiras. Em último caso, e de maneira temporária, implantar o controle no trabalhador, ou seja, o EPI, 
Equipamento de Proteção Individual. 
HISTÓRICO DE SEGURANÇA E 
MEDICINA DO TRABALHO 
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História da segurança do trabalho 
No mundo 
As questões relacionadas à saúde e à segurança do trabalhadores têm seus primeiros indícios no século XVIII, na primeira 
Revolução Industrial, em que o ser humano passou, de uma relação sociedade-natureza, ao estabelecimento de novas técnicas e 
formas de produção em grande escala. Porém, a partir do século XIX, essas questões se intensificaram em função de observações e 
relatos de alguns estudiosos sobre as práticas laborais, conforme veremos a seguir. 
Em 1802: foi instituída, na Inglaterra, a primeira lei de proteção ao trabalhador, a Lei de Saúde e Moral de Aprendizes, que 
estabelecia a jornada de trabalho em 12 horas diárias, proibia o trabalho noturno e estabelecia a obrigatoriedade de 
medidas de melhoramento no ambiente de trabalho, sendo obrigatório um ambiente arejado, limpo e seguro aos 
funcionários. Dadas as condições perigosas e insalubres das práticas laborais, se instalou, no final do século XIX, uma 
situação de crise. 
Em 1833: foi instituída a Lei da Fábrica, na Inglaterra. Proibia o trabalho noturno para menores de 18 anos e limitava as 
jornadas de trabalho para 12 horas. 
Em 1862: na França, ocorreu a regulamentação da Segurança e Higiene do Trabalho. 
Em 1865: na Alemanha, surgiu a Lei de Indenização Obrigatória dos Trabalhadores, que responsabilizava o empregador a 
pagar o empregado pelo acidente de trabalho. 
Em 1884: na Alemanha, surgiram as primeiras leis que tratavam sobre o assunto segurança do trabalho. 
Em 1886: ocorreu a Revolução Trabalhista de Chicago, nos Estados Unidos. Houve o fortalecimento das correntes 
comunistas, das organizações trabalhistas e, posteriormente, dos movimentos sindicais. 
Em 1919: foi criada a OIT, a Organização Internacional do Trabalho, por meio do capítulo XIII do Tratado de Versalhes. 
Você sabia que a OIT foi criada em 1919, como parte do Tratado de Versalhes, que pôs fim à Primeira 
Guerra Mundial? Esse tratado foi fundado sobre a convicção primordial de que a paz universal e 
permanente somente pode estar baseada na justiça social. É a única das agências do Sistema das Nações 
Unidas com uma estrutura tripartite, composta por representantes de governos e de organizações de 
empregadores e de trabalhadores. A OIT é responsável pela formulação e aplicação das normas 
internacionais do trabalho (convenções e recomendações). As convenções, uma vez ratificadas por decisão 
soberana de um país, passam a fazer parte de seu ordenamento jurídico. O Brasil está entre os membros 
fundadores da OIT e participa da Conferência Internacional do Trabalho desde sua primeira reunião. Na 
primeira Conferência Internacional do Trabalho, realizada em 1919, a OIT adotou seis convenções. 
Fonte: OIT (2017, on-line). 
No Brasil 
As questões relacionadas à saúde e à segurança do trabalhadores já despertavam preocupação no final do século XIX. Porém, a 
partir do século XX, a classe trabalhadora, inconformada com tal situação, iniciou os movimentos sociais de luta por seus direitos, 
sendo deflagradas grandes greves nos anos de 1907, 1912, 1917 e 1920. A partir desta última greve, começaram a surgir, no Brasil, 
as primeiras leis objetivando a regulamentação da questão da higiene e segurança do trabalhador, porém, um pouco antes, já de 
forma prevencionista, algumas leis começarama ser criadas objetivando a proteção e a prevenção do trabalho. 
Em 1891: a preocupação prevencionista teve início com a lei que tratava da proteção ao trabalho dos menores de idade, em 
23 de janeiro do mesmo ano. 
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Em 1919: foi regulamentada a Lei nº 3.724, de 15 de janeiro do mesmo ano, que compreendia a intervenção do Estado nas 
condições de trabalho no Brasil. 
Em 1923: o Decreto nº 16.027, de 30 de abril, criou o Conselho Nacional do Trabalho, cuja função é o controle e a supervisão 
no que diz respeito à Previdência Social. 
Em 1930: o Decreto nº 19.433, de 26 de novembro, criou o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, e teve como área 
de atuação a Higiene e a Segurança do Trabalho, conforme o artigo 200 da Constituição Federal de 1988. 
Em 1934: foi criada a Inspetoria de Higiene e Segurança do Trabalho, atualmente Secretaria de Segurança e Saúde no 
Trabalho, órgão fiscalizador e controlador do cumprimento das leis referentes à segurança e à medicina do trabalho. 
Em 1943: houve a criação, por meio do Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio, a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), 
Capítulo V (artigos 154 a 201), referentes à segurança e à medicina do trabalho: 
normas referentes à inspeção prévia, embargo ou interdição; 
órgãos de segurança e medicina; 
equipamentos de proteção individual (EPIs); 
medidas preventivas; 
edificações; 
iluminação; 
conforto térmico; 
atividades insalubres e perigosas, entre outros. 
Em 1944: houve a criação do Decreto-lei n° 7.036, de 10 de novembro, que promoveu a reforma da Lei de Acidentes de 
Trabalho (um desdobramento que contava no capítulo V do Título II da CLT). 
Em 1953, foi baixada a Portaria nº 155/53, de 21 de julho, que regulamenta a atuação das Comissões Internas de Prevenção 
de Acidentes, CIPAS, proporcionando a participação dos funcionários em treinamentos e palestras que contribuem para o 
conhecimento de ações que beneficiem sua segurança e bem-estar no local de trabalho. 
A CIPA no mundo 
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho, CIPA, surgiu em 1921. Devido à Revolução 
Industrial, o aumento de máquinas dentro das indústrias tornou frequente a ocorrência de acidentes e de 
doenças ocupacionais. Surgindo, assim, a necessidade de um grupo que pudesse apresentar sugestões para 
corrigir possíveis riscos de acidentes de trabalho, sendo os colaboradores as pessoas mais preparadas para 
orientar o que pode ser melhorado dentro das atividades para evitar esses possíveis acidentes. No Brasil, a 
CIPA surgiu em 1944, durante o governo de Getúlio Vargas, período em que os primeiros passos foram 
dados para a implantação da segurança do trabalho, a partir do artigo 82 do Decreto-lei nº 7.036, de 10 de 
novembro de 1944. 
Fonte: Gonçalves (2016, on-line). 
Em 1960: a Portaria n° 319/60, de 30 de dezembro, regulamentou o uso dos EPIs. 
Em 1966: foi criada, conforme a Lei n° 5.161, de 21 de outubro, a Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e 
Medicina do Trabalho, atual Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, em homenagem ao 
seu primeiro presidente. 
Em 1972: a Portaria nº 3.237 do Ministério do Trabalho, de 27 de julho, criou os serviços de Segurança, Higiene e Medicina 
do Trabalho nas empresas. Foi o divisor de águas entre a fase do profissional espontâneo e o legalmente constituído. Essa 
Portaria criou os cursos de preparação dos profissionais da área. 
Em 1974: foram iniciados, enfim, os cursos para a formação dos profissionais de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho. 
Em 1977: a Lei n° 6.514, de 22 de dezembro, modificou o Capítulo V do Título II da CLT. Convém ressaltar que essa 
modificação reformulou a CIPA, pois estabeleceu obrigatoriedade, estabilidade, entre outros avanços. 
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Em 1978: houve a criação das NRs, as Normas Regulamentadoras, aprovadas pela Portaria n° 3.214, de 8 de junho, do 
Ministério do Trabalho, aproveitando e ampliando as portarias existentes e os Atos Normativos, adotados, até mesmo, na 
construção da Hidrelétrica de Itaipu. Na ocasião, foram criadas 28 NRs. 
Em 1983: a Portaria n° 33, de 27 de outubro, alterou a Norma Regulamentadora 5, introduzindo nela os riscos ambientais. 
Em 1985: a Lei n° 7.410, de 27 de novembro, oficializou a especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho e criou a 
categoria profissional de Técnico em Segurança do Trabalho, pois, até então, eram os únicos profissionais prevencionistas 
não reconhecidos legalmente. 
Em 1985: a Lei n° 7.410, de 27 de novembro, oficializou a especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho e criou a 
categoria profissional de Técnico em Segurança do Trabalho, pois, até então, eram os únicos profissionais prevencionistas 
não reconhecidos legalmente. 
engenheiro de segurança do trabalho; 
médico do trabalho; 
enfermeiro do trabalho; 
auxiliar de enfermagem do trabalho; 
técnico em segurança do trabalho. 
Segundo Camisassa (2016), a história da segurança e da saúde do trabalho no Brasil e no mundo começa a partir do conhecimento 
sobre o conceito de trabalho, quanto a sua contextualização desde a Antiguidade e as relações existentes entre trabalho-saúde- 
doença, como veremos a seguir. A palavra trabalho surgiu a partir do vocábulo latino tripaliu, denominação de um instrumento de 
tortura formado por três (tri) paus (paliu). Desde a Antiguidade até a Idade Média, o trabalho sempre esteve aliado a um sentido 
negativo, de castigo e sofrimento. Aristóteles dizia que a escravidão de alguns indivíduos era necessária para que outros pudessem 
se dedicar à virtude (CAMISASSA, 2016). Em outras palavras, o indivíduo deveria ser livre para se dedicar à própria perfeição, e o 
trabalho o impedia de conseguir tal objetivo. Só a vida contemplativa, e não a vida ativa, levava o indivíduo à dignidade. 
Percebemos, então, que a ociosidade era o valor, e o trabalho, o desvalor. Somente a partir do Renascimento, a noção negativa 
associada ao trabalho vai, aos poucos, tomando uma feição positiva, quando surgiram as ideias de valorização do trabalho como 
manifestação da cultura, e o trabalho começou, timidamente, a ser visto como um valor da sociedade e do próprio homem. Se sabe 
que a relação existente entre trabalho-saúde-doença já era percebida desde a Antiguidade. Porém, como somente os escravos 
trabalhavam (considerados não-cidadãos), eram eles que estavam expostos aos riscos laborais. Por este motivo, não havia uma 
preocupação efetiva no sentido de garantir proteção ao trabalho, já que a mão de obra era abundante. 
História da medicina do trabalho 
Temos, historicamente, que, por volta de 1700, surgiu a extraordinária obra de Bernardino Ramazzini, um médico que atuava na 
região de Módena, na Itália, e, com uma visão clínica diferenciada e impressionante para a época, em que não existiam muitos 
recursos introdutórios de maior ênfase na área de saúde, ele descreveu as doenças que ocorriam em mais de 50 profissões. Sua 
obra, conhecida como De Morbis Artificum Diatriba, contribuiu de forma muito importante, e, até hoje contribui, pois, por meio 
dela, é possível encontrar, além de profundas observações, uma crítica sutil aos costumes trabalhistas da época. Fato este que, em 
função da extrema importância dada ao seu trabalho, lhe foi concedido, para a posteridade, o título de pai da Medicina do Trabalho. 
Alguns aspectos, também relevantes dentro da História, nos mostra que outros estudiosos, muito antes de Ramazzini, porém, sem 
tão profunda astúcia e empenho, começaram alguns estudos e descobrimentos de doenças originárias do ambiente de trabalho. 
Vejamos alguns fatos relevantes sobre isto, até os dias atuais. 
Em 384-322 (a.C.): Aristóteles estudou as enfermidadesdos trabalhadores nas minas e, principalmente, a forma de evitá-las. 
No século IV, em 460-375 (a.C.): Hipócrates fez o reconhecimento e a descrição de envenenamento por chumbo. 
No século I (d.C.): Plínio I e Galeno, em Roma, fizeram referência ao envenenamento decorrente do trabalho com enxofre, 
zinco e vapores ácidos. 
Em 1473: Ulrich Ellenbog, na Alemanha, escreveu sobre a doença do ourives provocada pelos gases usados no seu trabalho. 
Em 1556: Georgius Agricola, na Alemanha, já lidava com doenças dos mineiros. 
Em 1567: Paracelsus deixou uma monografia sobre as doenças dos trabalhadores das minas. 
Em 1713: Bernardino Ramazzini, na Itália, escreveu o tratado de referência no campo da medicina ocupacional. 
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Em 1775: Percival Pott, na Inglaterra, descreveu o câncer dos limpadores de chaminés. 
Em 1801: Thomas Beddoe, na Inglaterra, descreveu as condições de higiene do trabalho. 
Em 1831: Charles T. Thackrah, também na Inglaterra, descreveu as doenças relacionadas ao trabalho em geral. 
Em 1833: a promulgação do Ato das Fábricas passou a considerar evitáveis doenças como: 
cólica do pintor (absorção de chumbo das tintas e que provocava cãimbras e dores abdominais); 
tísica ou silicose (mineiros que inalavam poeira de sílica e se enfraqueciam seriamente); 
tremedeira dos chapeleiros (exposição a vapores de mercúrio do nitrato de mercúrio, usado na atividade dos 
chapeleiros). 
Em 1840: o médico Louis René Villermé realizou um estudo sobre as condições de saúde dos trabalhadores têxteis, 
preocupando-se, também, com a relação entre o ambiente social, a mortalidade e a morbidade diferencial, fato que motivou 
estudos como o de Bernoiston Chateauneuf sobre as influências de diferentes ocupações na tuberculose pulmonar. 
Em 1842: Edwin Chadwick e John Simon fizeram importantes relatórios sobre as condições sanitárias da classe 
trabalhadora na Inglaterra. 
Em 1867: Karl Marx, em O Capital, denuncia o trabalho de crianças e o número excessivo de horas trabalhadas. 
Em 1897: introduzido o Workmen’s Compensation Act, lei de indenização devida ao trabalhador em caso de incapacidade 
por motivo de acidente de trabalho. 
Em 1898: Thomas M. Legge foi nomeado o primeiro Medical Inspector of Factories. 
Em 1911: se começou a implementar, com maior amplitude, o tratamento médico industrial. 
Em 1948: foi fundada a Organização Mundial de Saúde (OMS). 
Em 1986: a Lei n° 7.498 regulamenta as profissões de enfermeiro, técnico em enfermagem e auxiliar de enfermagem. 
Em 1990: o quadro do SESMT NR 4 foi atualizado. 
Sendo assim, foram apresentados fatos e aspectos relevantes em relação à medicina do trabalho e seus principais fatos históricos, 
encontrados na mais diversas enciclopédias e acervos digitais disponíveis à consulta pública no mundo. 
INTRODUÇÃO À SEGURANÇA DO 
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TRABALHO 
A segurança do trabalho trata-se de um conjunto de ciências e tecnologias que visam à preservação da saúde e da integridade 
física do trabalhador em seu local de trabalho. A diminuição dos riscos laborais é o seu principal objeto. Por consequência, também 
há a diminuição dos acidentes de trabalho e das doenças ocupacionais. 
Normas regulamentadoras (NRs) 
As Normas Regulamentadoras, ou NRs, são aprovadas pela Portaria nº 3.214/78, que fornece base e instrumentos sobre saúde e 
segurança no trabalho. Devem ser cumpridas pelas empresas, pessoas jurídicas, públicas ou privadas que possuam empregados, e 
também podem ser equiparadas a quem admite empregado. Vale ressaltar, as NRs são aplicáveis, no que couber: 
aos trabalhadores regidos por legislação própria, a quem não se aplica a CLT, como os trabalhadores avulsos ou temporários 
(Lei nº 6.019/74 e regulamento nº 73.841/74); 
aos empregados dos sindicatos patronal e laboral; 
aos autônomos que estejam prestando serviço nos estabelecimentos e são considerados empregados: 
pessoas físicas, nunca jurídicas (pessoalidade); 
prestador de serviços contínuos ao empregado (habitualidade ou continuidade); 
que estejam sob dependência ou direção do empregador (subordinação); 
que recebam um salário pelo trabalho realizado (assalariado - onerosidade). 
Características gerais sobre o SESMT: 
regido pela NR 4; 
empresas que possuam empregados regidos pela CLT são obrigadas a manter o SESMT; 
composição variável de acordo com o Grau de Risco (Quadro I) e com o Número de Trabalhadores (Quadro II). 
Atribuições do SESMT (pontos principais): 
aplicar os conhecimentos de Engenharia de Segurança do Trabalho (EST) e Medicina do Trabalho (MT); 
reduzir os riscos ocupacionais no ambiente de trabalho e em todos os seus componentes; 
determinar o uso de EPIs; 
orientar tecnicamente em projetos e na implantação de novas instalações físicas; 
orientar os atores sobre o disposto nas NRs e em outros dispositivos; 
se inter-relacionar com a CIPA; 
conscientizar, educar e orientar no sentido de prevenir acidentes e neutralizar os riscos ocupacionais; 
registrar e arquivar as ocorrências (acidentes e doenças ocupacionais); 
ser agente de articulação entre a empresa e as Delegacias Regionais do Trabalho (DRTs); 
atender aos casos de emergência, quando necessário. 
Atualmente, existem 36 NRs aprovadas. Estas NRs compõem a Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 
vigente desde 6 de julho daquele ano, relativa à segurança e medicina do trabalho. Essas normas estão previstas no Capítulo V da 
CLT. 
Percebemos que a saúde e a segurança do trabalho estão totalmente interligadas e são dependentes de uma equipe 
multidisciplinar, composta por profissionais específicos ligados à higiene ocupacional, atuando em prol dos trabalhadores e das 
empresas, com o intuito de manter os ambientes laborais adequados. Entre as Normas Regulamentadoras, e não menosprezando 
as demais, porém, de grande relevância, está a NR 09, Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Além de ser uma Norma 
Regulamentadora, é um programa de higiene ocupacional, pois segue os preceitos da antecipação, reconhecimento, avaliação e 
controle de ocorrências ou riscos ambientais, estando ela totalmente voltada a garantir a integridade física e mental do 
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trabalhadores, assim como garantir que os ambientes laborais permaneçam livres desses agentes prejudiciais. 
As Normas Regulamentadoras, portanto, são as bases pelas quais temos as orientações técnicas de procedimentos relacionados à 
segurança do trabalho, sendo algumas de cunho geral, e outras, específicas, atribuídas a determinados segmentos, porém, com 
uma única finalidade: a busca incessante para garantir, nos ambientes laborais, a integridade física e mental dos trabalhadores. 
A história da segurança do trabalho começa com a informação mais antiga sobre a preocupação relacionada 
ao assunto, que está registrada num documento egípcio. O papiro Anastacius V fala da preservação da 
saúde e da vida do trabalhador e descreve as condições de trabalho de um pedreiro. Também no Egito, no 
ano 2.360 a.C., uma insurreição geral dos trabalhadores, deflagrada nas minas de cobre, evidenciou ao faraó 
a necessidade de melhorar as condições de vida dos escravos. 
O Império Romano aprofundou o estudo da proteção médico-legal dos trabalhadores e elaborou leis para 
sua garantia. Os pioneiros do estabelecimento de medidas de prevenção de acidentes foram Plínio e 
Rotário, que, pela primeira vez, recomendaram o uso de máscaras para evitar que os trabalhadores 
respirassem poeiras metálicas. 
Fontes: Brasil (2004), Ferreira; Peixoto (2012). 
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ATIVIDADES 
1. Quanto às questões relacionadas à higiene ocupacional, temos vários aspectos a serem observados, para o bom andamento das 
atividades prevencionistas. Diante do exposto, analise as assertivas a seguir. 
I. Um fato relevante é conhecermos que boa parte dos processos de produção pelas quais o ser humano transforma e modifica 
as matérias-primas extraídas da natureza em produtos úteis, e, conforme as necessidades tecnológicas atuais, promove o 
crescimento e sustentabilidade. Porém, muitas vezes, esses processos são capazes de dispersar nos ambientes laborais 
inúmeras substâncias que, ao entrarem em contato com o organismo dos trabalhadores, podem acarretar inúmeras moléstias 
ou danos à saúde, e, até mesmo, levando a óbito em alguns casos específicos. 
II. Os processos de fabricação e manuseio dessas substâncias poderão originar condições físico-químicas e biológicas de 
intensidade inadequada para o organismo humano, se manuseadas por determinado tempo e em determinadas concentrações. 
III. O ser humano possui um organismo extremamente complexo, e o seu total bem-estar não está ligado somente às condições 
ambientais dos locais de trabalho, tampouco à presença de agentes agressivos. 
IV. A organização do trabalho exerce grande importância sobre os trabalhadores, ou seja, o ambiente, somado às condições de 
execução das atividades, mais o fator humano, ou seja, a suscetibilidade individual de cada trabalhado irá, por muitas vezes, 
quando não apreciada, causar transtornos, ocasionando um ambiente desconfortável para ambos, trabalhadores e 
empregadores. 
Está correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) II, apenas. 
c) I, II, III e IV. 
d) II e III, apenas. 
e) III e IV, apenas. 
2. Fato relevante e muito importante para a higiene ocupacional é a compreensão clara do que significa meio ambiente de trabalho 
e meio ambiente, compreendendo a diferença entre ambos e o que se aplica às questões ocupacionais. Sendo assim, quanto ao 
meio ambiente ocupacional, assinale a alternativa correta. 
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a) O meio ambiente de um ser vivo é representado por tudo aquilo que o rodeia e influi sobre ele. É constituído por fatores bióticos 
e fatores abióticos. 
b) O meio ambiente é composto por fatores bióticos, que são os outros seres vivos com quem um ser compartilha o meio ambiente, 
tanto da mesma espécie, como de outras espécies. Os fatores abióticos são os fatores do ambiente físico que influem sobre o ser 
vivo: a temperatura, a umidade, o relevo do terreno etc. 
c) O meio ambiente de trabalho, dentro da conceituação de meio ambiente, está inserido no meio ambiente artificial. É o local onde 
o trabalhador exerce suas funções laborativas e onde passa pouca parte de sua vida. 
d) O meio ambiente de trabalho não é, necessariamente, o ambiente de uma empresa ou fábrica, mas o local onde se trabalha, que 
pode ser externo, como o caso dos agricultores, ou entre máquinas, como carros e ônibus. 
e) O meio ambiente e o meio ambiente de trabalho são a mesma coisa, apenas diferenciando- se pelo contexto natureza e artificial. 
3. Compreendendo as diferenças quanto ao meio ambiente e ao meio ambiente do trabalho, estudamos, assim, a higiene do 
trabalho/higiene ocupacional, que é a parte da saúde e da segurança do trabalho que desenvolve estudos sobre o meio ambiente 
laboral, o local onde se executam atividades no dia dia de trabalho. Em relação às palavras que completam o sentido das frases a 
seguir, assinale a alternativa correta. 
A higiene ocupacional é, portanto, a ____________ que estabelece à antecipação,________________, avaliação, monitoramento e controle 
de todos os agentes ambientais que estejam ou possam estar presentes, ou que sejam originados nos ambientes laborais, e que 
têm ______________ de prejudicar a saúde e bem-estar dos trabalhadores e/ou até mesmo da ______________ . Higiene ocupacional nada 
mais é do que o conjunto da ciências e tecnologia que busca _______________ a prevenção e o controle da exposição humana no 
âmbito ocupacional aos possíveis riscos ambientais. Tem como principal característica a ação _______________, e, em sua essência 
básica, identificar, estudar, avaliar e gerenciar os riscos químicos, físicos e biológicos presentes nos locais de trabalho. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: 
a) área, conceituação, natureza, vizinhança, sempre, prevencionista. 
b) ciência, conceituação, potencial, vizinhança, constantemente, prevencionista. 
c) área, reconhecimento, natureza, comunidade, sempre, prevencionista. 
d) ciência, reconhecimento, potencial, comunidade, constantemente, multidisciplinar. 
e) ciência, conhecimento, capacidade, empresa, necessariamente, individual. 
4 . Compreendendo a evolução histórica no mundo e no Brasil quanto à higiene do trabalho e à segurança do trabalho, temos 
alguns aspectos históricos extremamente relevantes, quanto às datas e ao que foi realizado, diante dos vieses de informação 
técnico e histórico. Analise as afirmativas a seguir, e assinale verdadeiro (V) ou falso (F). 
( ) Em 1802, na Inglaterra, a primeira lei de proteção ao trabalhador, Lei de Saúde e Moral de Aprendizes, que estabelecia a 
jornada de trabalho em 12 horas diárias, proibia o trabalho noturno e estabelecia, a obrigatoriedade, de medidas de melhoramento 
no ambiente de trabalho, sendo obrigatório um ambiente arejado, limpo e seguro aos funcionários. Dadas as condições perigosas e 
insalubres das práticas laborais, se instalou, ao final do século XIX, uma situação de crise. 
( ) Em 1833, foi criada a Lei da Fábrica, na Inglaterra: proibia o trabalho noturno para menores de 18 anos e limitava as jornadas de 
trabalho para 12 horas. 
( ) Em 1930, o Decreto nº 19.433, de 26 de novembro, cria o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, tendo como área de 
atuação a Higiene e a Segurança do Trabalho, conforme o artigo 200 da Constituição Federal de 1988. 
( ) Em 1934, foi criada a Inspetoria de Higiene e Segurança do Trabalho, atualmente Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, 
órgão fiscalizador e controlador do cumprimento das leis referentes à segurança e à medicina do trabalho. 
A sequência correta para a resposta da questão, é: 
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a) V, F, V, F. 
b) F, V, F, V. 
c) V, V, V, V. 
d) F, F, F, F. 
e) V, V, V, F. 
5 . Ao estudarmos os principais aspectos relevantes quanto à saúde ocupacional e à segurança do trabalho, passamos a entender 
que elas se tratam de um conjunto de ciências e tecnologias que visam à preservação da saúde e da integridade física do 
trabalhador em seu local de trabalho. A diminuição dos riscos laborais é seu principal objeto. Por consequência, também há a 
diminuição dos acidentes de trabalho e das doenças ocupacionais. Sobre as áreas do conhecimento que compõem a saúde e a 
segurança do trabalho, assinale a alternativa correta. 
a) Biológicas, saúde, secundárias, exatas e da terra, econômicas, sociais aplicadas. 
b) Astronômicas, saúde, agropecuárias, exatas e da terra, artísticas, sociais aplicadas. 
c) Biológicas, saúde, agrárias, exatas e da terra, humanas, sociais aplicadas. 
d) Astronômicas, saúde, secundárias, exatas e da terra, econômicas, sociais aplicadas. 
e) Arqueológicas, saúde, agropecuárias, exatas e da terra, humanas, sociais. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Estudamos, neste espaço de aulas, os aspectos históricos em relação ao desenvolvimento tecnológico da humanidade, foi marcado 
pela Primeira Guerra Mundial de 1914 a 1918, em que a indústria bélica começou a demonstrar seus avanços tecnológicos em 
função do conflito que se estendia entre os países envolvidos na disputa. Contudo, verificamos que, na Segunda Guerra Mundial, 
entre 1939 e 1945, assim como na chamada Guerra Fria, período em que não houve combate, mas sim, uma grande disputa em 
relação às ideologias capitalista e comunista, o movimento em busca do desenvolvimento bélico foi ainda maior em função do 
desenvolvimento tecnológico de cada país. Isto trouxe o crescimento também de outros segmentos, como as indústrias química, 
biológica, física, impulsionando grandes avanços na medicina, haja vista que essas guerras proporcionaram a perda de muitas vidas 
e grandes destruições. 
Nestas aulas, ainda, foi possível perceber que tais avanços trouxeram enormes benefícios e também conforto para as pessoas a 
partir do século XX, um período em que se observaram inúmeras transformações em relação aos sistemas produtivos, as suas 
formas de distribuição, de consumo, e as relações sociais vividas à época, compreendendo a dinâmica do modo de vida urbanizado. 
Compreendemos que, com todo o benefício, também surgiram outros agentes potenciais quanto à nocividade e aos riscos, assim, 
acabando por expor os trabalhadores a diversos agentes potencialmente nocivos nos ambientes de trabalho. Sob certas condições, 
eles provocavam doenças ou desajustes em seus organismos, e até mesmo, levando os trabalhadores a óbito. 
Diante do que foi estudado nestes nossos encontros, você, acadêmico(a), teve o prazer de conhecer aspectos introdutórios em 
relação à higiene ocupacional, às suas estruturas acerca da ciência prevencionista, e como se busca, de forma constante, a melhoria 
dos ambientes laborais, com um único propósito: detectar o tipo de agente prejudicial, quantificar sua intensidade ou 
concentração e tomar as medidas de controle necessárias para resguardar a saúde e o conforto dos trabalhadores durante toda a 
sua vida de trabalho. 
Esperamos que você tenha se entusiasmado e que lhe sirva de motivação aos próximos estudos. 
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Material Complementar 
Leitura 
Curso Básico de Segurança e Higiene Ocupacional 
Autor: Tuffi Messias Saliba 
Editora: LTr 
Sinopse: esta obra aborda, de forma didática e objetiva, vários temas de 
segurança e saúde do trabalhador, tais como: ergonomia, higiene 
ocupacional, insalubridade, periculosidade, aposentadoria especial, 
acidente do trabalho, espaço confinado, áreas classificadas, entre outras. 
Comentário : ótimo livro, com linha didática muito importante para a 
formação de critérios técnicos relevantes às boas práticas da higiene 
ocupacional. 
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REFERÊNCIAS 
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Occupational and Environmental Health. Cincinnati. Disponível em: http://www. acgih.org/home . Acesso em: 29 ago. 2017. 
AMERICAN INDUSTRIAL HYGIENE ASSOCIATION - AIHA. AIHA : Protecting Worker Health. Falls Church. Disponível em: 
https://www.aiha.org/Pages/default.aspx . Acesso em: 29 ago. 2017. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HIGIENISTAS OCUPACIONAIS - ABHO. Definição de higiene ocupacional. ABHO . São Paulo. 
Disponível em: http://www.abho.org.br/abho/ . Acesso em: 29 ago. 2017. 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Introdução à higiene ocupacional . São Paulo: Fundacentro, 2004. 
CAMISASSA, Mara. História da Segurança e Saúde no Trabalho no Brasil e no Mundo. GenJurídico . São Paulo, 23 mar. 2016. 
Disponível em: http://genjuridico.com.br/2016/03/23/historia-da-seguranca-e-saude-no-trabalho-no-brasil-e-no-mundo/ . Acesso 
em: 29 ago. 2017. 
FERREIRA, Leandro Silveira; PEIXOTO, Neverton Hofstadler. Segurança do trabalho I . Santa Maria: UFSM, CTISM, Sistema Escola 
Técnica Aberta do Brasil, 2012. Disponível em: http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_amb_saude_seguranca 
/tec_seguranca/seg_trabalho/151012_seg_trab_i.pdf . Acesso em: 29 ago. 2017. 
GONÇALVES, Antonio Gabriel Cerqueira. Definição de Meio Ambiente e Ecologia. Diário do Verde . São Paulo, 30 maio 2010. 
Disponível em: http://diariodoverde.com/definicao-de-meio-ambiente-e-ecologia/ . Acesso em: 29 ago. 2017. 
GONÇALVES, Igor. Como a CIPA surgiu no mundo. Blog da CIPA On-line . Rio de Janeiro, 21 mar. 2016. Disponível em: 
http://www.cipaonline.com.br/blog/como-a-cipa-surgiu-no-mundo/ . Acesso em: 29 ago. 2017. 
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO - OIT. História da OIT. Organização Internacional do Trabalho . Brasília. 
Disponível em: http://www.ilo.org/brasilia/conheca-a-oit/hist%C3%B3ria/lang--pt/index.htm . Acesso em: 29 ago. 2017. 
VIEIRA, Paulo de Tarso Souza de Gouvêa. O meio ambiente do trabalho e os princípios da prevenção e precaução. Âmbito Jurídico. 
1 maio 2012. Disponível em: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11566& 
revista_caderno=5 . Acesso em: 29 ago. 2017. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fgenjuridico.com.br%2F2016%2F03%2F23%2Fhistoria-da-seguranca-e-saude-no-trabalho-no-brasil-e-no-mundo%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw2fY5h6n6_3XzrTMAkFbGXl
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fredeetec.mec.gov.br%2Fimages%2Fstories%2Fpdf%2Feixo_amb_saude_seguranca%2Ftec_seguranca%2Fseg_trabalho%2F151012_seg_trab_i.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw2QhF_uu_bOFXYRvTvPsG7q
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fredeetec.mec.gov.br%2Fimages%2Fstories%2Fpdf%2Feixo_amb_saude_seguranca%2Ftec_seguranca%2Fseg_trabalho%2F151012_seg_trab_i.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw2QhF_uu_bOFXYRvTvPsG7q
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fdiariodoverde.com%2Fdefinicao-de-meio-ambiente-e-ecologia%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw1T_D3Ptn1SFIqi7-FnDHWh
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.cipaonline.com.br%2Fblog%2Fcomo-a-cipa-surgiu-no-mundo%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw2oIUh3S19QB_DBbTJ-1Vu8
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.ilo.org%2Fbrasilia%2Fconheca-a-oit%2Fhist%25C3%25B3ria%2Flang--pt%2Findex.htm&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw3cm3F3-qwaY8ns4_QxPvQzhttp://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.ambito-juridico.com.br%2Fsite%2Findex.php%3Fn_link%3Drevista_artigos_leitura%26artigo_id%3D11566%26revista_caderno%3D5&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0t4f5_cI6KOa7UqOhthpS0
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APROFUNDANDO 
Histórico e atual 
Prof. Giuliano Franco, da Universidade de Módena, estuda a obra de Bernardino Ramazzini há muitas décadas 
Doutor em Medicina, especialista em Medicina Interna, Cardiologia e Medicina do Trabalho, o professor italiano Giuliano Franco é 
diretor da Unidade de Saúde Ocupacional e consultor do Hospital de Módena, na Itália. Em 1993, foi nomeado titular da cadeira de 
Medicina do Trabalho na Universidade de Módena, instituição na qual lecionou Bernardino Ramazzini (1633-1714) por 19 anos. 
Ele fala ao Jornal da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT) sobre as contribuições históricas do mestre para a 
Saúde Pública e a Medicina do Trabalho atuais. 
Jornal ANAMT: Faça uma relação entre sua posição acadêmica e a posição histórica de Bernardino Ramazzini. 
Prof. Giuliano Franco: Não é fácil encontrar uma relação entre a posição do fundador e um dos dois professores de Medicina da 
renomada Escola de Medicina de Módena, em 1682, e o papel acadêmico do professor de Medicina do Trabalho, na mesma 
instituição hoje. Apesar de seu trabalho ter sido apreciado e citado na Europa durante o século XVIII, foi esquecido no século 
seguinte e redescoberto apenas no início do século XX, quando Luigi Devoto – fundador da Clínica do Trabalho, em Milão – se 
inspirou na mensagem humanitária e científica de Ramazzini. Somente na década de 1980, devido à elevada importância atribuída 
à saúde dos trabalhadores, foram estabelecidos na Itália diversos posicionamentos acadêmicos sobre Medicina do Trabalho. 
Jornal ANAMT: Como o senhor avalia a contribuição de Ramazzini para a Saúde Pública? 
Prof. Giuliano Franco: Suas mensagens são importantes para a prática da Saúde Pública porque Ramazzini previu diversos 
aspectos da clássica definição de Winslow: “A arte e a ciência de prevenir a doença e a incapacidade, prolongar a vida e promover a 
saúde física e mental mediante os esforços organizados da comunidade”. Não podemos esquecer que ele viveu na segunda metade 
do século XVII, quando o poder soberano era absoluto e a Inquisição estava muito ativa. Apesar disso, Ramazzini mostrou claros 
valores éticos e uma extraordinária independência de pensamento. 
Jornal ANAMT: Em sua opinião, quais são as mensagens mais relevantes para os médicos em geral? 
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Prof. Giuliano Franco: 
Entender a relação entre risco ambiental e doença; 
Suspeitar da origem ocupacional ou ambiental, em todos os casos de doença ou distúrbio de saúde; 
Fazer um histórico ocupacional; 
Dar conselhos para um comportamento mais saudável; 
Sugerir moderação; 
Ser prudente e adotar algum tratamento; 
Adotar práticas médicas baseadas em evidências; 
Mostrar uma atitude humanitária. 
Jornal ANAMT: E quais são os tópicos mais relevantes e contemporâneos relativos à saúde dos trabalhadores? 
Prof. Giuliano Franco: 
Abordar os problemas sob uma perspectiva coletiva ou de grupo: transferir o interesse do individual para o coletivo; 
O compromisso com pessoas vulneráveis; 
A preocupação com os problemas comunitários; 
O interesse para com o meio ambiente; 
A iniciativa de visitar os locais de trabalho; 
A observação dos processos de trabalho; 
O esforço de fornecer aos trabalhadores informações sobre os fatores de riscos; 
A promoção do comportamento saudável; 
Sugerir precauções para prevenir riscos; 
A habilidade de cooperar com outros profissionais; 
O valor de uma comunicação eficaz; 
O conceito de inaptidão para certas atividades; 
A argumentação dos benefícios para os indivíduos e para o Estado. 
REFERÊNCIA 
Fonte: FRANCO, Giuliano. Histórico e atual. [set. 2014]. Jornal da ANAMT . Entrevista concedida ao Jornal da ANAMT , a. XXVII, p. 
13. Disponível em: < http://www.anamt.org.br/site/upload_arquivos/jornal_da_anamt_24102014756167055475.pdf >. Acesso em: 
29 ago. 2017. 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
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EDITORIAL 
DIREÇÃO UNICESUMAR 
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Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
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Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; 
SANTOS , Edinei Aparecido Furquim dos. 
Introdução à Higiene Ocupacional. Jonatas Marcos da Silva Santos; 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
33 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Higiene. 2. Ocupacional. 3. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 540 
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A HIGIENE OCUPACIONAL - 
NORMAS REGULAMENTADORAS E 
NORMAS DE HIGIENE 
OCUPACIONAL X NORMAS 
INTERNACIONAIS 
Professor : 
Esp. Edinei Ap. Furquim dos Santos 
Objetivos de aprendizagem 
• Proporcionar aos acadêmicos o conhecimento sobre uma das principais Normas Regulamentadoras, a NR 15, segundo a Portaria 
n° 3.214/78. 
• Proporcionar aos acadêmicos o conhecimento sobre as principais Normas de Higiene Ocupacional (NHOs), segundo a 
Fundacentro. 
• Proporcionar aos acadêmicos um paralelo entre as normas nacionais e as normas internacionais. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• A NR 15, seus Aspectos e Aplicações 
• As NHOs, seus Aspectos e Aplicações 
• As Normas Internacionais, seus Aspectos e Aplicações 
Introdução 
Conhecendo mais os aspectos introdutórios e a base histórica da higiene ocupacional, passamos a compreender melhor os fatos e 
dados relativos a esta arte de avaliar o ambiente laboral. Assim, neste estudo, passaremos a conhecer e a compreender um pouco 
mais sobre as bases técnicas que oferecem aos profissionaisda saúde e segurança do trabalho o conhecimento para avaliar, 
reconhecer, analisar e tomar ações preventivas, protegendo os ambientes laborais. 
A partir deste estudo, você, acadêmico(a), compreenderá que a higiene ocupacional é um segmento da saúde e segurança do 
trabalho que serve de apoio às tomadas de decisões importantes para um novo empreendimento, para a continuidade de um 
empreendimento, e até mesmo, para a definição de interrupção de um processo ou produto. Tudo dependerá das aplicações e dos 
resultados obtidos, e o profissional da saúde e segurança do trabalho terá, portanto, que saber utilizar de forma adequada as 
informações, além das normas técnicas e legais, para que a sua aplicação seja a mais assertiva possível. Afinal, ela poderá impactar 
positiva ou negativamente pessoas, empresas e a sociedade como um todo. 
Agora, iniciaremos um estudo básico que lhe proporcionará aprendizagem para aprimorar os seus conhecimento nas demais 
disciplinas que irá estudar, partindo do princípio do conhecimento legal de nossa legislação, a sua hierarquia e funcionalidades, a 
aplicação do estudo da Norma Regulamentadora NR 15 e seus anexos quanto às avaliações qualitativas e quantitativas. Da mesma 
forma, compreenderemos como as Normas de Higiene Ocupacional podem contribuir para os aspectos prevencionistas, além de 
alguns aspectos fundamentais relacionados às normas internacionais, haja vista que, em algumas Normas Regulamentadoras, já 
existem referências ao seu uso e aos seus padrões. Por exemplo, a NR 09, que referencia a American Conference of Governmental 
Industrial Hygienists (ACGIH). 
Aproveite o que estudaremos agora, pois fortalecerá a sua base conceitual, facilitando as suas tomadas de decisão futuras. Bons 
estudos! 
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A NR 15, SEUS ASPECTOS E 
APLICAÇÕES 
Norma Regulamentadora 15 e a hierarquia das leis 
Antes de mais nada, devemos compreender alguns aspectos relevantes e importantes antes de realizarmos o estudo da Norma 
Reguladora 15 (NR 15), ou seja, devemos compreender como funcionam as leis no Brasil. Assim, partimos do princípio de que a 
Constituição é a lei máxima de um país, e todas as demais leis devem estar em conformidade com ela. 
Diante deste prefácio, segundo Soares (2011, on-line)¹, cada estado tem uma constituição própria e um conjunto de leis estaduais, 
que devem se enquadrar nas federais. Desta mesma forma, os municípios, ao elaborarem as suas leis orgânicas e as demais leis, 
devem conformá-las de modo a não contrariar a Lei Estadual e a Federal. Diante do exposto pela autora, veja a hierarquia das leis 
seguidas no Brasil. 
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Sendo assim, temos que, de acordo com o Decreto-lei no 5.452, de 1º de maio de 1943, que aprovou a Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT), e posterior à Lei n° 6.514, de 22 de dezembro de 1977, por meio do artigo 200 da CLT, alterou o Capítulo V do 
Título II da CLT, relativo à segurança e à medicina do trabalho e dá outras providências. Entre elas, a criação da Portaria no 3.214, 
de 8 de junho de 1978, que aprovou as Normas Regulamentadoras em acordo com o Capítulo V, Título II da CLT. Em primeiro 
momento, com as seguintes normas. 
NR 1 - Disposições Gerais. 
NR 2 - Inspeção Prévia. 
NR 3 - Embargo e Interdição. 
NR 4 - Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT). 
NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). 
NR 6 - Equipamento de Proteção Individual (EPI). 
NR 7 - Exames Médicos. 
NR 8 - Edificações. 
NR 9 - Riscos Ambientais. 
NR 10 - Instalações e Serviços de Eletricidade. 
NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais. 
NR 12 - Máquinas e Equipamentos. 
NR 13 - Vasos Sob Pressão. 
NR 14 - Fornos. 
NR 15 - Atividades e Operações Insalubres. 
NR 16 - Atividades e Operações Perigosas. 
NR 17 - Ergonomia. 
NR 18 - Obras de Construção, Demolição e Reparos. 
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NR 19 - Explosivos. 
NR 20 - Combustíveis Líquidos e Inflamáveis. 
NR 21 - Trabalhos a Céu Aberto. 
NR 22- Trabalhos Subterrâneos. 
NR 23 - Proteção Contra Incêndios. 
NR 24 - Condições Sanitárias dos Locais de Trabalho. 
NR 25 - Resíduos Industriais. 
NR 26 - Sinalização de Segurança. 
NR 27 - Registro de Profissionais. 
NR 28 - Fiscalização e Penalidades. 
Em 1977, o Congresso Nacional editou a Lei n° 6.514, alterando todo o Capítulo V, do Título 11, da CLT, que 
trata da Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho. Uma das modificações importantes foi a introdução, na 
CLT, da exigência de adoção aos limites de tolerância para os agentes ambientais. O engenheiro civil 
Arnaldo Prieto, à época, ocupante do cargo de Ministro do Trabalho, determinou que a Fundacentro 
elaborasse um projeto de Portaria para regulamentar essa lei. Ele deu ampla liberdade para que se 
introduzisse, nesse novo instrumento legal, o que de melhor existisse na área de higiene, segurança e saúde 
ocupacional. 
Fonte: Soto et al . (2010). 
Passados quase 40 anos da sua criação, hoje, a Portaria no 3.214, de 8 de junho de 1978, conta com 36 Normas Regulamentadoras, 
que servem de balizadoras para a higiene ocupacional em todos os segmentos da agricultura, indústria, comércio e serviços. 
A NR 15: atividades e operações insalubres 
Com Publicação pelo D.O.U. Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78 e com as alterações/atualizações D.O.U. 
Portaria SSMT n.º 12, de 12 de novembro de 1979, Portaria SSMT n.º 01, de 17 de abril de 1980, Portaria SSMT n.º 05, de 09 de 
fevereiro de 1983, Portaria SSMT n.º 12, de 06 de junho de 1983, Portaria SSMT n.º 24, de 14 de setembro de 1983, Portaria GM 
n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990, Portaria DSST n.º 01, de 28 de maio de 1991, Portaria DNSST n.º 08, de 05 de outubro de 
1992, Portaria DNSST n.º 09, de 05 de outubro de 1992, Portaria SSST n.º 04, de 11 de abril de 1994, Portaria SSST n.º 22, de 26 de 
dezembro de 1994, Portaria SSST n.º 14, de 20 de dezembro de 1995, Portaria SIT n.º 99, de 19 de outubro de 2004, Portaria SIT 
n.º 43, de 11 de março de 2008 (Rep.), Portaria SIT n.º 203, de 28 de janeiro de 2011, Portaria SIT n.º 291, de 08 de dezembro de 
2011 e a atual Portaria MTE n.º 1.297, de 13 de agosto de 2014, está em vigor a norma regulamentadora NR 15, que tem como 
base legal os artigos 189 e 190 da CLT, com os seguinte dizeres: 
Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições 
ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de 
tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus 
efeitos. 
Art. 190 - O Ministério do Trabalho irá aprovar o quadro das atividades e operações insalubres e adotará 
normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes 
agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes (BRASIL, 
1977, on-line). 
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Desta forma, a NR 15 possui a descrição de atividades, operações e agentes insalubres, definindoos seus limites de tolerância e as 
características de trabalhos que, sendo realizados nos ambientes de trabalho, irão caracterizar o exercício em atividade insalubre, 
assim, trazendo sugestões para a devida proteção dos trabalhadores às exposições nocivas à saúde, por meio da eliminação ou 
neutralização do agente insalubre nos ambientes laborais. 
Fato extremamente importante é que a insalubridade está sempre relacionada com a conjugação de três 
elementos presentes à forma de exposição, quais sejam: agente, tempo de exposição, e concentração ou 
intensidade desse agente. Assim, os estudos científicos buscam a condição ideal desse trinômio que, se 
cumprido, não deveria causar danos à saúde do trabalhador. Trata-se do conhecido “Limite de Exposição 
Ocupacional” (LEO). A terminologia antiga, usada pela Lei 6.514/77 e, consequentemente, pela NR-15, é 
“Limite de Tolerância” (LT). 
Fonte: Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais. 
A NR 15, assim compreendida, nos traz em seu contexto 14 anexos, que, individualmente, tratam de cada risco como potencial 
gerador da situação insalutífera. Esses anexos possuem características próprias de avaliação por meio da qualificação e, alguns, por 
meio da quantificação, conforme estabelecido na norma, sendo assim distribuídos. 
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A definição de agente insalubre, conforme determina a NR 15, proporciona ao trabalhador o direito a receber um adicional de 
insalubridade no importe de 40, 20 ou 10% sobre o salário mínimo nacional vigente, desde que constatada a exposição do 
trabalhador segundo os critério de exposição, em função da concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a 
natureza e o tempo de exposição ao agente no ambiente de trabalho. 
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AS NHOS, SEUS ASPECTOS E 
APLICAÇÕES 
NHOs - Normas de HigieneOcupacional (Fundacentro) 
A Fundacentro, Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, é uma instituição criada oficialmente no 
ano de 1966, e que, inicialmente, se chamava Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, e teve a 
sua história concebida no início da década de 1960, em virtude da preocupação dos poucos prevencionistas em relação aos altos 
índices de acidentes e de doenças originárias dos ambientes de trabalho. Preocupação estendida entre o governo e a sociedade da 
época, período este em que o Brasil, filiado à OIT, a Organização Internacional do Trabalho, já refletia acerca dos conceito de saúde 
e segurança dos trabalhadores. 
Inicialmente, a partir da década de 1980, foram criadas pela Fundacentro as Normas de Higiene do Trabalho (NHTs), 
posteriormente transformadas, a partir do ano de 2001, em Normas de Higiene Ocupacional (NHOs), distribuídas da seguinte 
forma. 
NHO 01 - Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído (2001). 
NHO 02 - Método de Ensaio: Análise Qualitativa de Fração Volátil (Vapores Orgânicos) em Colas, Tintas e Vernizes por 
Cromatografia Gasosa (2001). 
NHO 03 - Método de Ensaio: Análise Gravimétrica de Aerodispersóides Sólidos Coletados sobre Filtros e Membrana 
(2001). 
NHO 04 - Método de Ensaio: Coleta e Análise de Fibras em Locais de Trabalho (2001). 
NHO 05 - Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacional aos Raios X nos Serviços de Radiologia (2001). 
NHO 06 - Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacional ao Calor (2001). 
NHO 07 - Calibração de Bombas de Amostragem Individual pelo Método da Bolha de Sabão (2002). 
NHO 08 - Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de Ambientes de Trabalho - (2009). 
NHO 09 - Procedimento Técnico - Avaliação da Exposição Ocupacional à Vibração de Corpo Inteiro (2013). 
NHO 10 - Procedimento Técnico - Avaliação da Exposição Ocupacional à Vibração em Mãos e Braços (2013). 
As NHOs e as avaliações quantitativas 
Ao identificarmos a presença de um agente ocupacional, muitas vezes, é necessário que seja realizada uma avaliação para, enfim, 
saber o quanto esse determinado risco estará prejudicando os trabalhadores durante a execução de sua jornada de trabalho. 
Assim, temos que existem duas formas de avaliação: qualitativas e as quantitativas, sendo que a avaliação qualitativa é realizada 
para se identificar o tipo de risco ocupacional que está presente no ambiente laboral, porém, não é possível saber o quanto desses 
agentes estão presentes, ou seja, neste primeiro momento, não lhes é atribuído um valor que servirá como prova de que eles 
realmente estão no ambiente. 
Por outro lado, a avaliação quantitativa já nos permite avaliar o risco ocupacional qualificado, por meio do uso de instrumentos 
apropriados, e assim, poder atribuir valores às concentrações ou à exposição dos trabalhadores aos agentes identificados. Essa 
avaliação também nos serve como fonte de monitoria, pois, por meio das medições periódicas realizadas por instrumentos 
apropriados, conseguimos verificar se as condições melhoraram, estabilizaram ou pioraram, e assim, podemos adotar medidas de 
controle e prevenção. Em condições diversas encontradas no ambiente de trabalho, portanto, necessitamos avaliar de forma 
quantitativa os agentes ocupacionais, e, neste contexto, nos deparamos com a leitura e a interpretação da NR 15 e seus anexos, em 
que temos algumas diretrizes que nos servem de balizadoras para a investigação e a avaliação dos riscos ocupacionais. 
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A NR 15 simplesmente nos proporciona as diretrizes básicas, não nos direciona para as técnicas e os tipos de instrumentais que 
serão necessários, ficando, assim, o profissional de saúde e segurança do trabalho desprovido do conhecimento, e tendo que 
buscar outras fontes técnicas para esclarecer essas dúvidas e fazer a sua investigação técnica. Passamos a compreender, desta 
forma, que, para se avaliar os riscos ocupacionais no ambiente de trabalho de forma quantitativa, devemos buscar amparo em 
normas técnicas, principalmente sobre quais instrumentos utilizar e como os utilizar no ambiente ocupacional. 
Desta forma, as NHOs da Fundacentro surgem com este viés de informar e estabelecer quais tipos de equipamentos de medição 
devem ser utilizados em cada caso e como devem ser utilizados, além de informar sobre as boas práticas de higiene ocupacional e 
sobre o comportamento dos envolvidos no processo de avaliação (avaliador e avaliado). Assim, com a base da NR 15, juntamente 
com as práticas proporcionadas pelas NHOs, podemos ter avaliações consistentes e condizentes com a realidade de exposição do 
trabalhador, podendo, caso necessário, mitigar os riscos encontrados e provar que eles estão sob controle. 
O uso das NHOs tem objetivos distintos para cada situação, e na sua concepção, busca orientar os profissionais da saúde e 
segurança do trabalho sobre a correta aplicação das normas para se chegar a resultados concretos. Sendo essa uma linha de 
pensamento prevencionista, o bom uso dessas normas, em acordo com seus objetivos propostos, proporcionará ótimos resultados 
para as análises ocupacionais, conforme proposto pela Fundacentro. Vejamos os objetivos propostos por cada NHO. 
NHO 01 - Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacionalao Ruído (2001). 
Esta norma técnica tem por objetivo estabelecer critérios e procedimentos para a avaliação da exposição ocupacional ao 
ruído, que implique risco potencial de surdez ocupacional. 
NHO 02 - Método de Ensaio: Análise Qualitativa de Fração Volátil (Vapores Orgânicos) em Colas, Tintas e Vernizes por 
Cromatografia Gasosa (1999). 
Esta norma estabelece procedimento padronizado para análise qualitativa da fração volátil de colas, tintas e vernizes à base 
de solventes, em especial os componentesmais tóxicos e mais comuns, tais como: benzeno, n-hexano, tolueno, álcool 
metílico e butanona, com a finalidade de se identificarem as substâncias voláteis que possam estar presentes no ar de um 
ambiente de trabalho. 
NHO 03 - Método de Ensaio: Análise Gravimétrica de Aerodispersóides Sólidos Coletados sobre Filtros e Membrana - 
2001 
Este método de ensaio estabelece um procedimento padronizado para análise gravimétrica de aerodispersóides sólidos 
coletados sobre filtros de membrana, com a finalidade de determinar a massa de poeira coletada do ar de um ambiente de 
trabalho. 
NHO 04 - Método de Ensaio: Coleta e Análise de Fibras em Locais de Trabalho (2001). 
Esta norma prescreve um método padronizado de coleta e análise de fibras, incluindo todos os tipos de amianto/asbesto, 
fibras vítreas (MMVF, Man Mineral Vitreous Fibers) e fibras cerâmicas. Tem a finalidade de estimar a concentração de fibras 
respiráveis em suspensão no ar. 
NHO 05 - Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacional aos Raios X nos Serviços de Radiologia (2001). 
Estabelece procedimentos para a realização de levantamento radiométrico das salas de equipamentos emissores de raios-X 
diagnóstico e para a medição da radiação de fuga do cabeçote desses equipamentos. 
NHO 06 - Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacional ao Calor (2002). 
Esta norma técnica tem por objetivo o estabelecimento de critérios e procedimentos para a avaliação da exposição 
ocupacional ao calor que implique sobrecarga térmica ao trabalhador, com consequente risco potencial de dano à saúde. 
NHO 07 - Calibração de Bombas de Amostragem Individual pelo Método da Bolha de Sabão (2002). 
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Esta norma estabelece um procedimento padronizado de calibração da vazão de bombas de amostragem individual, por 
meio do método da bolha de sabão. 
NHO 08 - Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de Ambientes de Trabalho (2009). 
Estabelece um procedimento padronizado para coleta de material particulado sólido em filtros de membrana, com a 
finalidade de obter amostras representativas das partículas suspensas no ar dos ambientes de trabalho. 
NHO 09 - Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacional à Vibração de Corpo Inteiro (2013). 
Esta norma técnica tem por objetivo estabelecer critérios e procedimentos para a avaliação da exposição ocupacional às 
vibrações de corpo inteiro (VCI) que implique possibilidade de ocorrência de problemas diversos à saúde do trabalhador, 
entre os quais, aqueles relacionados à coluna vertebral. 
NHO 10 - Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacional à Vibração em Mãos e Braços (2013). 
Esta norma técnica tem por objetivo estabelecer critérios e procedimentos para avaliação da exposição ocupacional às 
vibrações em mãos e braços que implique risco à saúde do trabalhador, como a ocorrência da síndrome da vibração em mãos 
e braços (SVMB). 
Apesar de podermos utilizar as metodologias de avaliações de riscos propostos pelas NHOs da Fundacentro, devemos respeitar e 
seguir os limites de tolerância estabelecidos pela Norma Regulamentadora NR-15, sempre e em primeiro lugar. Porém, quando os 
parâmetros dela não forem suficientes, ou seja, quando eles não se encontrarem na NR 15, é interessante utilizar as metodologias 
das NHOs, ou, até mesmo, a norma internacional da ACGIH (Association Advancing Occupational and Environmental Health), 
balizadora da higiene ocupacional em diversos países. O fundamental é fazer sempre a melhor avaliação ocupacional possível, pois, 
desta forma, a unificação da NR 15 com suas bases legais, e das NHOs com sua base técnicas, proporciona, sem dúvida, um melhor 
resultado para um maior controle do risco. 
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AS NORMAS INTERNACIONAIS, SEUS 
ASPECTOS E APLICAÇÕES 
Normas internacionais do trabalho 
De fundamental importância para a concepção do entendimento técnico profissional, é o entendimento e unificação de 
parâmetros, assim como das normas e leis sobre saúde e segurança dos trabalhadores. Com este intuito, percebemos que uma das 
principais funções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), é o estabelecimento e a adoção do uso de normas 
internacionais de trabalho, apresentadas sob a forma de convenções ou recomendações técnicas. Sabendo que esses instrumentos 
são parametrizados e posteriormente adotados pela Conferência Internacional do Trabalho (CIT), levando em conta a participação 
de representantes dos trabalhadores, dos empregadores e dos governos. 
Estas convenções da OIT, depois de elaboradas de forma tripartite, se tornam tratados internacionais que, posteriormente 
ratificados por todos os países membros da OIT, passam a integrar de forma conjunta a legislação nacional de cada um deles. Um 
fato importante e relevante quanto às normas internacionais relativas à OIT, é que elas seguem um trâmite: se examinadas por 
uma comissão de peritos quanto à aplicação de convenções e recomendações da OIT, esses recebem e avaliam possíveis queixas, 
as quais são submetidas a uma análise minuciosa, essa comissão lhes seguimento, produzindo relatórios técnicos de memórias 
para posterior discussão, publicação e difusão aos países membros (OIT, 2009, on-line). 
No ano de 1998, foi adotada pelos países membros a Declaração da OIT sobre os Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho e 
seu Seguimento, sendo um marco histórico, pois tais diretrizes são uma reafirmação universal do compromisso dos Estados 
membros e da comunidade internacional geral em respeitar, promover e aplicar um patamar mínimo de princípios e direitos no 
trabalho, e que estes são, de certa forma, reconhecidamente fundamentais para os trabalhadores executarem as suas atividades 
nos ambientes laborais. 
Uma das funções fundamentais da Organização Internacional do Trabalho (OIT) é a elaboração, adoção, 
aplicação e promoção das Normas Internacionais do Trabalho, sob a forma de convenções, protocolos, 
recomendações, resoluções e declarações. Todos estes instrumentos são discutidos e adotados pela 
Conferência Internacional do Trabalho (CIT), órgão máximo de decisão da OIT, que se reúne uma vez por 
ano. 
Fonte: OIT Brasília. 
Entidades internacionais e as normas internacionais de saúde e 
segurança do trabalho 
Como parâmetro, possuímos, tal qual a Fundacentro no Brasil, entidades de saúde e segurança do trabalho espalhadas por 
diversos países, onde também são produzidos estudos e criadas normas técnicas para avaliações ocupacionais. Esses países, por 
meio de suas entidades, criam, aperfeiçoam e desenvolvem novos métodos e aplicações dos conceitos de higiene ocupacional que, 
posteriormente, são convencionados pela OIT e passam a ser adotados pelos países participantes. Essas são algumas das principais 
entidades internacionais balizadoras da higiene ocupacional. 
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Cada uma destas instituições trabalha o contexto da higiene ocupacional das mais diversas formas, estudando e analisando o dia 
dia de trabalho em diversos segmentos, assim, podendo desenvolver métodos, técnicas e formas de atuar na proteção dos 
trabalhadores, evitando as moléstias proporcionadas por um ambiente não adequado e com riscos. Muitas dessas instituições 
criam e desenvolvem parcerias mundiais com outros países, na busca constante de parâmetros que possam tornar o ambiente 
ocupacional o mais adequado possível e erradicar o trabalho sob condições adversas. Esses parâmetros se traduzem em normas e 
procedimentos, como vimos, anteriormente, traduzidos em convenções pela OIT. 
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